Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
Unidade Universitária de Campo Grande - UUCG
III CONFERÊNCIA INTERNACIONAL BRASIL-CANADÁ:
Transletramentos, Fronteiras e Ensino de Línguas e Literaturas
Local:
21,22 e 23 de agosto - Centro Universitário Anhanguera
CADERNO DE RESUMOS E PROGRAMAÇÃO
Campo Grande/MS
2013
III Conferência Internacional Brasil-Canadá: Transletramentos, Fronteiras e Ensino de
Línguas e Literaturas
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
Unidade Universitária de Campo Grande
21, 22 e 23 de agosto de 2013
REITOR
Fábio Edir dos Santos Costa
VICE-REITOR
Eleuza Ferreira Lima
GERENTE DA UUC
Kátia Cristina Figueira do Nascimento
COMISSÃO ORGANIZADORA
COORDENADORES
Adriana Lucia Escobar Chaves de Barros
Ruberval Franco Maciel
COMISSÃO EXTERNA
Diana Brydon
Karla Costa
Walkyria Monte Mór
COMITÊ CIENTÍFICO
João Fábio Sanches Silva (Coordenador)
Adriana Lúcia de Escobar Chaves de Barros
Ruberval Franco Maciel
CONVIDADOS
Andrea Mattos (UFMG)
Ben Akoh (Extended Education, University of Manitoba)
Brian Morgan (Glendon College/York University)
Bruno Cornellier (University of Manitoba)
Danie Marcelo de Jesus (UFMT)
Diana Brydon (University of Manitoba)
Ian Martin (Glendon College/York University)
Jessica Jacobson-Konefall (Queen’s University; Centre GCS Associate, University of Manitoba)
Jonathan Luke (York University)
Lynn Mario Menezes de Souza (USP)
Neil Besner (University of Winnipeg)
Paulo Stella (UFAL)
Riley McGuire (University of Manitoba)
Roberto Silva (UFS)
Roseanne Tavares (UFAL)
Sean Meades (York University)
Sérgio Ifa (UFAL)
Vanderlei Zacchi (UFS)
Walkyria Monte Mór (USP)
COLABORADORES
Daniel Abrão
Eliane Maria Giacon
Léia Teixeira Lacerda
Maria Leda Pinto
Marlon Leal Rodrigues
Natalina Sierra
Nataniel Gomes
Roberto Paixão
Roseli Peixoto Grubert
VÍNCULOS COM PROGRAMAS DE GRADUAÇÃO E PÓS
CURSOS DA UEMS
Mestrado Acadêmico em Letras
Mestrado Profissional em Letras
Mestrado Profissional em Educação
Graduação em Letras Português/Inglês - Português/Espanhol
Graduação em Geografia
Graduação em Pedagogia
UNIVERSIDADES ENVOLVIDAS
University of Manitoba
Glendon College/York University
University of Winnipeg
USP
UFMG
UFAL
UFS
UFMS
UCDB
UNIDERP
Anhanguera Educacional
FOMENTOS
FUNDECT
SSHRC (Social Sciences and Humanities Research Council of Canada). Projeto: BRCAKE – Brazil-Canada knowledge exchange:
developing transnational literacies. University of Manitoba
ISSN 2318-2423
III CONFERÊNCIA INTERNACIONAL BRASIL-CANADÁ:
Transletramentos, Fronteiras e Ensino de Línguas e Literaturas
A III conferência internacional Brasil-Canadá: Transletramentos, Fronteiras, Ensino de Línguas e Literaturas
promoverá o intercâmbio entre os dois países. Durante três dias, pesquisadores brasileiros e canadenses debaterão
temas relacionados ao fluxo de conhecimentos transnacionais e os efeitos da globalização que redefinem as formas de
considerar fronteiras, ensino de línguas e literaturas. Estão programadas mesas redondas, sessões coordenadas,
comunicações individuais e workshops. O evento contará com a participação de acadêmicos dos acadêmicos dos
cursos de Letras, Relações Internacionais, Pedagogia e Geografia; pós-graduandos em Letras e Educação; Professores
e Pesquisadores destas e outras áreas afins de conhecimento.
PROGRAMAÇÃO: III CONFERÊNCIA INTERNACIONAL BRASIL-CANADÁ – 2013
Local:
Anhanguera Educacional: Rua Fernando Corrêa da Costa, 1800
Campo Grande, MS.
Site do evento: www.uems.br/eventos/brasilcanada
Dia 21 de agosto (quarta-feira)
Anhanguera Educacional
Noite
18h – Credenciamento
19h – Abertura oficial do evento
Diana Brydon (Univ. of Manitoba – Keynote speaker)
20h às 22h – Mesa redonda: “Transletramentos, literaturas e culturas”
Adriana de Barros (UEMS) (mediadora)
Neil Besner (Univ. of Winnipeg)
Roberto Bezerra da Silva (UFS)
Lynn Mario Trindade Menezes de Souza (USP)
Diana Brydon (Univ. of Manitoba)
Vanderlei Zacchi (UFS)
Dia 22 de agosto (quinta-feira)
Anhanguera Educacional
Manhã
07h30 às 08h – Credenciamento
08h às 09h30 – Comunicações individuais e coordenadas
09h30 às 09h45 – Coffee break
09h45 às 11h15 – Comunicações individuais
Tarde
13h30 às 15h – Comunicações individuais e coordenadas
15h às 15h30 – Coffee break
15h30 às 17h – Workshops
Noite
18h30 – Lançamento de livros
19h – Apresentação cultural
19h30 às 21h30 – Mesa redonda: “Transletramentos e ensino de línguas”
Karla Costa (APLIEMS/USP-PG) (mediadora)
Brian Morgan (York University)
Andréa Machado de Almeida Mattos (UFMG)
Ruberval Maciel (UEMS)
Nara Takaki (UFMS)
Walkyria Monte Mór (USP)
Dia 23 de agosto (sexta-feira)
Anhanguera Educacional
07h30 às 09h30 – Workshops
09h30 às 10h – Coffee break
10h às 12 – Mesa redonda: “Letramentos transnacionais e fronteiras”
Danie Marcelo de Jesus (UFMT) (mediador)
Ian Martin (Glendon College/York University)
Roseanne Tavares (UFAL)
Suzana Mancilla (UFMS/USP-PG)
Bruno Cornellier (University of Winnipeg)
Vanderléia Paes Leite Mussi (UFMS)
Roberto Paixão (UEMS)
O conteúdo dos resumos e a revisão linguística e ortográfica dos mesmos são de responsabilidade dos autores.
WORKSHOPS
22 de agosto
Horário: 15h30 às 17h
SALA B302
O USO DE HQS NA SALA DE AULA DE LÍNGUA INGLESA: REPRESENTAÇÕES E CRITICIDADE
Paulo Rogério Stella (UFAL)
Sérgio Ifa (UFAL)
Uma questão bastante controversa quando tratamos de ensino nas escolas públicas e, especialmente, do ensinoaprendizagem de línguas, diz respeito ao distanciamento entre escola e mundo. Cope e Kalantzis nos ajudam a pensar
a educação com base em três momentos distintos: educação didática, reflexiva e transgressora. A educação didática se
aproxima do que Freire (2005) denomina de educação bancária, em que o aluno passivamente sentado em sua carteira
recebe a informação do professor, como se as informações fossem depositadas cumulativamente na cabeça de seus
alunos. A educação reflexiva remonta ao que Zeichner e Liston (1996) concebem como a possibilidade do professor
questionar constantemente sua prática com o objetivo de modificá-la. A educação transgressora se aproxima do que
Ribeiro (2006) denomina de três agendas para a atuação do profissional de letras no século XXI: a agenda política,
ética e intervencionista. A agenda política pode ser definida com base em Freire (2001) que define política como o
posicionamento sempre valorativo que tomamos frente às demandas do mundo. A agenda ética pode ser entendida
segundo Arendt ([1958] 1999) que considera discurso e ação como a mesma coisa. Desse modo, o dizer está pautado
na ação que lhe dá sentido e a ação não existe sem o discurso que lhe dá forma. A posição ética se constitui das ações
e dos discursos que visem à reflexão e auto-reflexão sobre o posicionamento do falante no mundo, o que permite a
construção de uma visão ecológica (GIDDENS, 1990) sobre o outro e, em última instância sobre si mesmo no mundo.
Por fim, a agenda intervencionista prevê o que Pennycook (1998) denomina de intervenção na realidade com o
objetivo da mudança para melhor. A possibilidade de utilização de outros artefatos, além do quadro negro e do giz, é
uma forma de transgressão da realidade constituída da sala de aula pela apropriação de objetivos circulantes em outras
esferas de produção de conhecimento, além da esfera escolar, o que permite à escola se aproximar do mundo fora.
Esta oficina apresenta algumas possibilidades de trabalho com HQs na interface entre língua portuguesa e língua
inglesa. A oficina de cunho prático se propõe a discutir criticamente o uso desses artefatos, considerando-se as
representações que circulam pelos materiais, e as produções de sentidos decorrentes dessa atividade.
SALA B305
AUDIOVISUAL LITERACY ACROSS REAL WORLDS: (UN)LEARNING THROUGH RECENT
INDIGENOUS-FOCUSED FILMS IN BRAZIL
Jamille Pinheiro Dias (USP)
Jessica Konefall (University of Manitoba)
In times of bloody land disputes between indigenous groups and cattle ranchers, loggers, miners and agribusiness
lobbyists supported by federal authorities, the teaching of indigenous history and culture – made compulsory in Brazil
by the Law 11.645/2008 – should be regarded as one of the most pressing issues in the curriculum in the country. In
this gloomy and paradoxical scenario, there are indigenous-focused films that might enable viewers to look critically
at the ways in which indigenous peoples are portrayed in mainstream media. This presentation will address some of
the challenges faced by, and possibilities brought about by,"The Hyper women" (2011) and "Xapiri" (2012), two
award-winning pictures shot among specific communities of the Carib-speaking Kuikuro– inhabiting the upper
reaches of the Xingu River in Mato Grosso– and the Tupi-speaking Yanomami – living in Roraima, in the Northwest
Amazon. How do these films featuring shamanism and ritual explore territories that move beyond ethnographic
documentary bounds, pointing to something other than fiction or nonfiction modes? Additionally, to what extent can
they crosscut bodily senses and conceptual frameworks in a way that might help one unlearn assumptions and
expectations forged by national and developmentalist concerns? Rather than explain shamanism and ritual, "The
Hyperwomen" and "Xapiri" translate in both content and form the dynamics of such Amerindian practices through
experimentation with the visible and the invisible, the audible and the inaudible. Each in its own particular way, these
films engage us with different "real worlds" rather than "imaginary ways of 'seeing the world'" (Viveiros de Castro
2004), providing us with an opportunity to rethink and reframe audiovisual literacy in relation to indigenous peoples
in the 21st century.
23 de agosto
Horário: 07h30 às 09h30
SALA B302
REPENSANDO O ENSINO DE INGLÊS NA EDUCAÇÃO BÁSICA:
ATIVIDADES PARA O
DESENVOLVIMENTO DA CRITICIDADE E DA CIDADANIA DO APRENDIZ.
Andréa Mattos (UFMG)
Leina Jucá (UFOP)
O homem ocidental moderno passa grande parte de sua vida na escola. Nos dias de hoje, já não basta frequentar o
ensino fundamental e o ensino médio – é preciso seguir em frente e perseguir o ensino superior e talvez até a pósgraduação. Embora a educação escolar ocupe, assim, uma posição central em nossas vidas, o conceito de educação e a
maneira como ela é exercida não estão muito claros para nós. É preciso, portanto, refletir criticamente sobre o real
papel da educação para a formação do cidadão moderno e sobre como a educação pode mudar os rumos da sociedade
atual. Este workshop tem por objetivo introduzir noções relativas às teorias de Novos Letramentos e Letramento
Crítico para o ensino de inglês como língua estrangeira (ILE), dentro do que sugerem as Orientações Curriculares
para o Ensino Médio (BRASIL, 2006), de forma a contribuir para a elaboração de atividades para o ensino e a
aprendizagem de ILE dentro da perspectiva da educação para a cidadania.
SALA B304
LINGUAGEM E TECNOLOGIA DIGITAL: NOVAS EPISTEMOLOGIAS,
SIGNIFICADOS E COLABORAÇÃO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Fabrício Tetsuya Parreira Ono (USP-PG)
Denise Landim (USP-PG)
CONSTRUÇÃO
DE
Este workshop buscará proporcionar discussões, pautadas pelos novos estudos de letramento (novos letramentos,
multiletramentos, letramento crítico),acerca das tecnologias digitais e da formação de professores de inglês como
língua estrangeira. Essas discussões nos conduzem à compreensão sobre novas epistemologias, construção de
significados e colaboração na formação de professores de língua inglesa na sociedade globalizada e interconectada.
Sob a influência de tecnologias digitais, tornam-se cultural e socialmente visíveis variedades de formas de produção
de conhecimento e de construção de sentidos até pouco tempo ignoradas pelos saberes escolares, tais como a
aprendizagem colaborativa. Com demandas de sociedades contemporâneas que se fundamentam em conceitos de
velocidade e flexibilidade em um mundo em constante transformação, tais saberes ganham relevância em nossa
formação como professores e cidadãos. Nesse sentido, apresentaremos perspectivas resultantes de experiências
realizadas com professores a partir do uso de tecnologias digitais, além de um elenco de ferramentas que podem
contribuir para a práxis de professores e formadores de professores de inglês como língua estrangeira.
COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS – 22 de agosto
Horário: 08h às 09h30
FRONTEIRAS
SALA C301
O ENSINO DE CIÊNCIAS E A PREVENÇÃO DAS DOENÇAS DO HISTÓRICO CONTATO
INTERÉTNICO: A ESCOLARIZAÇÃO DOS ENAWENE NAWE, JUINA, MATO GROSSO
Cleyde Nunes Pereira de Carvalho (PPGEd/UEMS/Unidade de Paranaíba/Capes)
Léia Teixeira Lacerda (PPGEd/UEMS/Unidade de Campo Grande e Paranaíba)
Maria Leda Pinto (PPGLetras/PROFELETRAS/UEMS/Unidade de Campo Grande)
Este artigo tem por objetivo divulgar os resultados parciais da pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-Graduação
Stricto Sensu em Educação, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), junto aos alunos Enawene
Nawe, matriculados no Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja Alternativo) de Juina, em Mato Grosso. A
pesquisa visa investigar o Ensino de Ciências, com ênfase na prevenção das doenças conhecidas como doenças do
histórico contato interétnico advindas do Outro — sobretudo as Doenças Sexualmente Transmissíveis e a Aids — no
processo de escolarização formal dos 27 alunos Enawene Nawe, dada a crescente interação entre as diferentes etnias
indígenas e a sociedade não indígena. Os dados apresentam uma revisão bibliográfica e documental, bem como uma
análise do currículo e dos registros acadêmicos do referido Centro como: planos de ensino, diários de classe, ou
produções escritas individuais e/ou coletivas dos estudantes em questão e entrevistas com os profissionais da escola
envolvidos no processo de formação desses alunos. Os resultados parciais apontam para a necessidade de a escola
oportunizar condições para a realização de um processo educativo articulado aos saberes, aos rituais de passagem e
aos códigos culturais da comunidade escolar indígena, a fim de desenvolver ações de Educação Preventiva das
Doenças Sexualmente Transmissíveis e a AIDS. Dessa forma, uma das possibilidades para a implementação dessas
ações são aulas de Ciências que respeitem a língua, o modo de vida e os códigos culturais das etnias.
A CONSTITUIÇÃO DE UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA PARA O ENSINO DA LÍNGUA TERENA, NA
ALDEIA BANANAL, AQUIDAUANA, MATO GROSSO DO SUL
Micilene Teodoro Ventura (PPGEd/UEMS)
Léia Teixeira Lacerda (PPGEd/UEMS)
Onilda Sanches Nincao (PPGEd/UFMS)
A presente comunicação tem por objetivo apresentar os resultados parciais de uma pesquisa que analisa a prática
pedagógica do ensino da língua Terena, falada pelos Terena da aldeia Bananal, desenvolvida na Escola Municipal
Indígena General Rondon, localizada em Aquidauana MS. No Brasil os povos indígenas têm lutado por uma
Educação Escolar Indígena diferenciada, intercultural e bilíngue que garanta às novas gerações um ensino que
considere seus aspectos históricos, antropológicos e linguísticos pela sociedade e, sobretudo, pela escola frequentada
por esses povos. Esse esforço tem sido empreendido pelos professores Terena que desde 1999, a partir da implantação
da nova política de educação escolar indígena no referido Município, por meio do Projeto Bilíngue Raízes do Saber,
buscam investigar o processo de alfabetização e ensino da língua Terena na escola. Neste sentido, é preciso levar em
conta a ausência de práticas de letramento em língua indígena, socialmente valorizadas na comunidade, o que
dificulta um processo significativo de construção da escrita em língua Terena, conforme discutido por estudiosos da
área. Dessa forma, este estudo se propõe a desenvolver, em conjunto com professores indígenas, práticas pedagógicas
que valorizem ou que dinamizem o ensino na língua Terena na escola, tendo em vista a necessidade da compreensão
desse conteúdo pelos alunos e, sobretudo o desenvolvimento de materiais didáticos que expressem a visão de mundo
e o modo de ser desses indígenas.
A VISÃO DE ACADÊMICOS DA LICENCIATURA INTERCULTURAL INDÍGENA POVOS DO
PANTANAL SOBRE A PRÁTICA PEDAGÓGICA DE ENSINO DE LÍNGUAS (PORTUGUESA E
TERENA) NA ESCOLA INDÍGENA.
Onilda Sanches Nincao (UFMS/CPAq)
O curso de Licenciatura Intercultural Indígena Povos do Pantanal tem como uma de suas habilitações a área de
Linguagens e Educação Intercultural cujo currículo contempla entre suasdisciplinas, “Práticas e Pesquisas
Pedagógicas e Estágio Obrigatório” que focalizam as práticas pedagógicas do ensino de línguas. Como desenvolver
equitativamente o ensino das línguas portuguesa e indígenas? Tal questão parece simples de responder considerada a
atual política nacional de educação escolar indígena que valoriza não só o ensino da língua portuguesa, mas também,
e muito mais, o ensino das línguas indígenas. Porém, dadas as questões constitutivas de um contexto sócio-cultural
minoritário em um país de colonização européia delineia-se uma fronteira sócio-cultural e linguística em que o peso
da “língua nacional” e sua tradição literária deixou as línguas indígenas alijadas de práticas sociais de letramento com
implicações para o seu ensino na escola, conforme prevê a legislação da educação escolar indígena. Esse trabalho
tem como objetivo focalizar a experiência de acadêmicos indígenas (Terena) em suas atividades nas disciplinas acima
citadas e como bolsistas PIBID ao interagirem com o cotidiano das escolas indígenas onde exercem suas atividades.
A LINGUAGEM DA EDUCAÇÃO PREVENTIVA DAS DST E DA AIDS COM OS PROFESSORES
TERENA: CULTURA E SEXUALIDADE
Clarialdo Gabriel Alonso do Nascimento (PIBEX/UEMS/MEC)
Maria Leda Pinto (PPGLetras/UEMS)
Léia Teixeira Lacerda (PPGEd/UEMS)
Kátia Cristina Nascimento Figueira (UEMS)
A presente comunicação tem por finalidade apresentar os resultados parciais das atividades desenvolvidas no
Programa de Educação Preventiva das Doenças Sexualmente Transmissíveis e da Aids, com os Professores das
Escolas Indígenas do Pantanal Sul-Mato-Grossense. As ações extensionistas realizadas foram: participação em
reuniões com a Coordenação do Programa; com os Gestores das Escolas Indígenas e com os Gestores das Unidades
Básicas de Saúde dos municípios de Aquidauana, Anastácio, Dois irmãos do Buriti, Nioaque e Bodoquena, para o
levantamento das necessidades dessas comunidades, no que diz respeito às temáticas da prevenção das DST e da
AIDS, bem como para o planejamento das Oficinas de Saúde e Educação Preventiva. Além dessas atividades
realizamos a seleção, leitura e estudo da bibliografia específica para proceder, posteriormente, à análise discursiva dos
dados coletados nas dinâmicas de grupo desenvolvidas nas Oficinas e produções de materiais didáticos que
considerem a diversidade étnica; as relações de gênero; identidade/alteridade nos contatos interétnicos, bem como a
perspectiva dos povos indígenas dessa região sobre a origem das doenças, os processos tradicionais de cura e os
indicadores das vulnerabilidades físicas, psíquicas e culturais. Os materiais didáticos — produzidos nas oficinas —
contemplarão os conhecimentos não indígenas sobre as DST/HIV/Aids, bem como informações sobre formas de
prevenção e diferentes tipos de tratamentos. Os resultados parciais evidenciam, no discurso dos professores, os
saberes culturais, as crenças, as tradições e os costumes desses indígenas, possibilitando uma melhoria na
implementação da educação preventiva para uma população que possui modos de vida singulares e diferentes dos não
indígenas.
SALA C303
Coordenador: Rosângela Aparecida Alves Basso
O TRONCO MACRO-JÊ EM MS: O CASO DA LÍNGUA TERENA
Letícia Reis de Oliveira (Grad-UEMS)
Nataniel dos Santos Gomes (UEMS)
As línguas indígenas brasileiras estão dividas em troncos ou famílias conforme a suas finalidades linguísticas,
segundo a classificação do pesquisador Aryon Rodrigues, são elas: a família Tupi-Guaraní, tronco Tupí, tronco
Macro – Jê família Karíb, as famílias Aruák e Arawá, família Guaikurú, família Múra, família Katukína, família
Tukáno, família Makú, família Yanománi e as línguas isoladas que não se encaixam em nenhuma família ou tronco
por ser difícil detectar semelhanças linguísticas, logo quando trata-se do Tronco Macro-Jê Rodigues afirma que a
maior família pertencente ao tronco é a Jê, mas as famílias Boróro, Botocudo, Karajá, Maxakalí e outras línguas
também fazem parte desse tronco. No entanto nesta pesquisa pretendemos dar ênfase a família Jê a qual pertence à
língua Terena.
EDUCAÇÃO INDÍGENA NO BRASIL: UMA HISTÓRIA DE CONQUISTAS E DESAFIOS
Simone dos Santos França (PGLETRAS/UEMS)
Maria Leda Pinto (PPGLetras/UEMS)
Esse artigo apresenta as reflexões parciais do projeto de pesquisa Cotas e o acesso À universidade: o discurso de
acadêmicos indígenas cotistas da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, em andamento, que desenvolvemos,
no Programa de Pós-Graduação em Letras da UEMS, sobre a temática da implantação de cotas para indígenas nessa
universidade. A educação é um direito de todos e fundamental a qualquer ser humano, para que se desenvolva
plenamente, no entanto, nem todos têm acesso à educação e nem sempre oferecer acesso garante o direito a educação,
já que alguns aspectos devem ser considerados como: oportunidades iguais e educação de qualidade. Pode-se
observar claramente que o principio de igualdade por muitas vezes não está presente quando se refere à educação
indígena, tendo em vista que a educação deve garantir aos povos indígenas a reafirmação de suas identidades étnicas.
Com o propósito de explorar melhor o tema educação e diversidade, o presente artigo tem como objetivo apresentar
os principais aspectos que envolvem a educação indígena em âmbito nacional e no estado de Mato Grosso do Sul. .
Sendo assim, essa pesquisa bibliográfica tem como aporte teórico as ideias de Grupioni; Lima & Hoffmann;
Guimarães & Villardi, Afinal, a educação precisa oferecer um espaço para reflexões e para o exercício do direito à
diferença por meio da igualdade de oportunidades.
REGISTRO DAS CONCEPÇÕES DOS PROFESSORES SOBRE A DIVERSIDADE ÉTNICO-CULTURAL
NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS - MATO GROSSO DO SUL, BRASIL
Maria Leda Pinto (PPGLetras/UEMS)
Léia Teixeira Lacerda (PPGEd/UEMS)
Celi Corrêa Neres (PPGEd/UEMS)
Kátia Cristina Nascimento Figueira (UEMS)
Esta comunicação tem por objetivo divulgar a organização das fontes do acervo do Centro de Documentação em
Educação, Diversidade Cultural e Linguagens de Mato Grosso do Sul, no que diz respeito aos dados coletados, por
meio do Curso de Aperfeiçoamento Educação para a Diversidade em Mato Grosso do Sul, Brasil, oferecido pela
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, de 2010 a 2011. Foram ofertadas 350 (trezentos e cinquenta) vagas,
em 05 (cinco) Polos da Universidade Aberta do Brasil/UAB: Bataguassu, Costa Rica, Miranda, Porto Murtinho e São
Gabriel do Oeste, com uma abrangência de 49% dos municípios do Estado. A modalidade de ensino Educação a
Distância foi a metodologia escolhida, para o oferecimento do Curso, porque apresenta vantagens organizacionais,
que resolveram as dificuldades de acesso ao conhecimento, tanto para os educadores de regiões próximas a Capital,
como para aqueles que residem nos lugares mais distantes do Estado. O impacto social do Curso se evidencia —
conforme destacado pelos professores — pela socialização das temáticas discutidas com outros colegas da mesma
escola (em torno de 50%) e com amigos da cidade (em torno de 20%), por meio de discussões e/ou atividades
coletivas que propusessem o aprofundamento dos temas da diversidade estudados no Curso em suas Unidades de
Estudos. Outro aspecto apresentado pelos Cursistas e Tutores apontou como um dos principais aprendizados o
respeito às nossas diferenças, pois é na dinâmica da identidade/alteridade, entre o Eu e o Outro, que podemos destacar
a importância da convivência com a diversidade étnica e cultural.
CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO EM EDUCAÇÃO, DIVERSIDADE CULTURAL E LINGUAGENS DE
MATO GROSSO DO SUL: MAPEAMENTO DAS FONTES DOCUMENTAIS E ORAIS
Kátia Cristina Nascimento Figueira (UEMS)
Léia Teixeira Lacerda (PPGEd/UEMS)
Maria Leda Pinto (PPGLetras/UEMS)
Nedina Roseli Martins Stein (Centro Universitário da Grande Dourados/UNIGRAN)
Esta comunicação tem por objetivo apresentar os resultados parciais do mapeamento de fontes documentais e orais do
Centro de Documentação em Educação, Diversidade Cultural e Linguagens de Mato Grosso do Sul. As fontes
primárias e secundárias do Centro estão organizadas em três eixos: historiografia da educação, diversidade cultural e
linguagens. A constituição em eixos teve como ênfase as fontes sobre Instituições Escolares no período de 1850 a
1979; fontes orais sobre o cotidiano e as representações sobre o lugar da escola e dos espaços de aprendizagem dos
povos pantaneiros e indígenas, Kadiwéu, Terena e Kinikinau que residem na Região Pantaneira Sul Mato-Grossense.
As ações realizadas tiveram como fundamentação metodológica os princípios da Arquivologia em interface com os
estudiosos do campo da Educação, da História e da Linguística. Assim, no campo da historiografia da educação o
referido Centro de Documentação possui um banco de dados digital, constituído por 42 (quarenta e dois) relatórios
em sua maioria do Diretor da Instrução Pública ao Presidente da Província e relatórios de escolas, encontrados no
Arquivo Público de Cuiabá, no período de 1850 a 1950. No campo da discursividade analisou-se a obra Manoel de
Barros e Abílio Leite de Barros, a fim de ampliar a compreensão sobre a vida dos povos pantaneiros e seu contexto
sócio-cultural e a realização de novas pesquisas. Os resultados evidenciaram a fertilidade que as fontes possibilitam
aos processos investigativos da Área de Ciências Humanas.
LITERATURAS
SALA C309
ASSIMILAÇÃO E PERTENCIMENTO:
CONTEMPORÂNEA
Anderson Soares Gomes (UFRRJ)
MINORIAS
VISÍVEIS
E
A
FICÇÃO
CANADENSE
Desde a década de 1970, o Canadá vem desenvolvendo um programa ideológico que estabelece um projeto nacional
de arte e cultura tendo como base noções fundamentais de multiculturalismo. Esse processo chegou ao seu ápice em
1988 com o Ato de Multiculturalismo Canadense [Canadian Multiculturalism Act]. Tal decreto governamental não
apenas valorizou o passado multicultural do país, mas também reconheceu os direitos e as culturas das chamadas
minorias visíveis. O apoio político e financeiro do governo federal do Canadá a formas de expressão cultural oriundas
de uma experiência multicultural vem tendo um expressivo impacto na produção de artistas de diferentes origens,
dando propulsão às artes "minoritárias" e promovendo a igualdade. A influência do Estado na cultura do Canadá tem
particular influência no campo da literatura. O cenário literário canadense (escritores, críticos, acadêmicos e o público
em geral), na contemporaneidade, vem debatendo sobre os dilemas de assimilação e pertencimento das minorias
visíveis ao contexto daquele país, tendo em vista discursos de integração mosaica ou segregação. Considerando essas
questões, essa comunicação pretende abordar os romances Life of Pi, de Yann Martel, e In the Skin of a Lion, de
Michael Ondaatje, como reflexo da crescente diversidade cultural do Canadá na contemporaneidade, assim como
investigar como essas obras tematizam os mundos de experiências das minorias visíveis.
HENRY MILLER, JACK KEROUAC E WILLIAM BURROUGHS: LITERATURA SUBVERSIVA COMO
PROJETO PEDAGÓGICO EM CONTEXTO BRASILEIRO
Flávia Andrea Rodrigues Benfatti (UFMT)
Esta apresentação objetiva investigar o encontro entre literatura e pedagogia crítica em contexto brasileiro. À Luz de
Menezes de Souza (2006, 2008), Freire (1996, 1999, 2000) e Rancière (1995, 2009) defendemos um ensino de
literatura que, por um lado, questiona a forma canônica de ver a literatura e, por outro, procura interligar o ensino de
literatura a outras disciplinas que atuam como fontes para a construção de sentido. Para tanto, tomamos como
exemplos os escritores Henry Miller, Jack Kerouac e William Burroughs que inspiraram gerações que se seguiram a
eles ao romper, cada qual à sua maneira, com os paradigmas literários instituídos pelo academicismo. Ao inovarem
nos planos estético e conteudístico, Henry Miller, em Tropic of Cancer (1934) e Tropic of Capricorn (1939); Jack
Kerouac em On The Road (1957) e William Burroughs em Naked Lunch (1959) oferecem contra-discursos que
afrontaram o status quo, as regras academicistas e a canonicidade nos períodos entre-guerras e pós segunda Guerra
mundial. Nesse sentido, pretendemos instigar a “emancipação intelectual” no contexto de sala de aula ao propor
debates acerca de obras variadas que divergiram e divergem dos modelos instituídos pela crítica academicista em
vários tempos e contextos.
O HOMEM CRUZA-CAMPO E TROTA-MUNDO: UM ANDANTE EM FRONTEIRAS
Elismar Bertoluci de Araujo Anastacio (UEMS)
Para Achugar (2006, p. 313) “Há um “eu” e há também esse Outro “eu”, esse outro sujeito que é o Outro.” “[...] O
outro ...é o objeto do meu discurso.” Em síntese, diante disso, ficamos na expectativa de aprofundar “nas veredas” da
investigação do “eu” e o “outro” no decorrer da tese de doutoramento. A afirmação da identidade perante a Academia
de Letras em noite solene proferida por Hélio Serejo: “Eu vim dos ervais ...do fogo dos barbaquás, do canto triste e
gementes dos urus, dos entreveros dos bolichos das estradas [...] Eu sou filho da jungle, sou gaudério de todos os
pagos, ...e cria de todos os galpões da terra”( 2007, p.17) poderá revelar a incorporação do outro, do todo
representado no/pelo escritor. Para o teórico citado, “Uma forma de pensar no tema do “todo” passa pelas noções que
falam de “discursos minoritários”, de “línguas” ou “literaturas menores”, de “culturas de resistência”, de
“legitimação”, de “aceitação” [...] (p. 317). Sustentamos que essa representação evidencia-se na obra de Serejo
quando recupera do anonimato uma “cartografia” humana aparentemente esquecida: a fronteira. e a mistura “das
gentes” que chegaram ali. De forma mais objetiva e específica essa fronteira se traduz no espaço que margeia a
fronteira, Brasil-Paraguay, da obra de Hélio Serejo. Defendemos, então, que, ao recuperar por meio da (re) criação as
histórias de bravura, misto de crendices, fatos históricos desenredados, aumentados, distorcidos, incorporados à
vivência rude dos ervais em que se aglutinam, diversidades culturais, formadas por fugitivos da justiça, nativos de
diferentes etnias, exploradores de mão-de-obra trocada por fumo, pinga..., Serejo resgata personagens que podem
representar o nós, a identidade do homem sul-matogrossense. Para tanto, iremos estudar os tipos mais significativos –
a mulher guarani, o peão paraguaio, o quatrero, o comiteveros, mayordomo, barbaquazeiro e o monteador e suas
relações de opressão e oprimido.
A REPRESENTAÇÃO DE POBREZA EM VIDAS SECAS NA LÍNGUA - CULTURA ESPANHOLA
Sandra Francisca da Silva (UNICAMP/SP)
O objetivo desta pesquisa é lançar um olhar para o discurso da tradução literária do romance moderno brasileiro Vidas
Secas, de Graciliano Ramos. Inicia-se este estudo pela perspectiva do processo tradutório da referida obra, traduzida
para o espanhol pelos tradutores José Rodríguez Feo (La Habana – Cuba, 1964), José Luis Díaz Liaño (Madrid –
España, 1974) e Florencia Garramuño (Buenos Aires – Argentina, 2001). O embasamento teórico deste trabalho parte
de uma perspectiva discursivo-desconstrutivista, especialmente no que tange aos estudos de Michel Foucault, Jacques
Derrida e Maria José Coracini, em discurso e Estudos da Tradução. Fazemos a hipótese de que diferentes
representações de pobreza são trazidas nas traduções e com base no texto de partida variam conforme a língua-cultura
do tradutor. Temos como pergunta de pesquisa, quais as representações de pobreza que irrompem na(s) língua(s)cultura do outro via tradução? Inicialmente, trouxemos a indagação do filósofo Jacques Derrida (2005, p. 27) Ao
pensarmos que traduzir seja trabalhar entre línguas, e que trabalhar entre línguas seja trabalhar a diferença que há em
cada uma. No trecho bíblico “Utilizaram tijolos em vez de pedras, e piche no lugar de argamassa”, interpretamos
como uma substituição, transmutação por que passa toda tradução, como se fosse uma “tradução da tradução,
portanto, nessa condição, a tradução é e sempre será, interpretação, logo um lugar de tensão e diferenças.
ESTUDO DO BLACK ENGLISH VERNACULAR NA TRADUÇÃO BRASILEIRA DE THE BLUEST EYE,
DE TONI MORRISON
Lucília Teodora Villela de Leitgeb Lourenço (PPG-UFRGS)
Este trabalho, intitulado Um estudo do Black Vernacular English e da tradução brasileira de The Bluest Eye, de Toni
Morrison, tem como objetivo, aliando os Estudos Linguísticos, Literários e os Estudos de Tradução, analisar a
tradução para além da perspectiva logocêntrica, focando nosso olhar para as manifestações culturais expressadas por
via da língua. No estudo de caso, daremos atenção às vozes encenadas na obra da escritora afro-americana Toni
Morrison, desafiadoras dos pressupostos brancos, patriarcais e protestantes que marcam o contexto cultural
estadunidense. Nossa investigação toma como ponto de partida o plano linguístico, em que Morrison opta por utilizar
não somente o padrão culto da língua inglesa, mas, sobretudo, a variante Black English, num registro que abre espaço
para a diferença. Neste artigo, a tradução brasileira da obra The Bluest Eye, denominada O Olho Mais Azul, feita por
Manoel Paulo Ferreira, é alvo de uma análise na perspectiva culturalista e não somente logocêntrica.
A INFLUÊNCIA DO TEATRO NA POSTURA DO PROFESSOR EM SALA DE AULA - LEITURA,
ESCRITA E EXPRESSÃO TEATRAL SOBRE A POESIA DE MANOEL DE BARROS
Mário Henrique dos Santos Lopes (UEMS /PIBID/Pedagogia-Interdisciplinar/Capes)
Léia Teixeira Lacerda (PPGEd/UEMS)
Maria Leda Pinto (PPGLetras/PROFLETRAS/UEMS)
Esta comunicação tem por finalidade divulgar os resultados parciais das atividades de leitura, de escrita e de
expressão teatral desenvolvidas no Projeto Educação e Teatro - A Formação do Leitor na Educação Básica por
meio da Poética de Manoel de Barros com os alunos do Ensino Fundamental de 02 (duas) Escolas da Rede Pública
de Ensino de Campo Grande, vinculadas ao Programa de Iniciação à Docência PIBID/Pedagogia-Interdisciplinar, por
meio do Laboratório de Apoio à Ação Docente para a Educação das Relações Étnico-raciais e a Diversidade Sexual
e de Gênero, Mato Grosso do Sul, Brasil. O projeto é voltado, inicialmente, aos educadores e alunos bolsistas que
atuam na Iniciação à Docência e tem como base em primeira instância identificar a postura do educador como aluno,
trabalhar sua memória e sentimentos, para que possam lidar com essas situações sem se desestabilizar, por meio de
exercícios de criação de personagens, desconstrução da timidez, exercícios faciais e corporais. Visa também capacitálos a desenvolver, em sala de aula, um estudo da poesia como gênero discursivo que oportuniza ao aluno dialogar
com a sensibilidade do poeta. O embasamento teórico no desenvolvimento das Oficinas são as obras de Constantin
Stanislavski e de Viola Spolin, aplicados à literatura de Manoel de Barros e culminará com a apresentação de uma
peça de teatro nas Escolas do Programa. Os dados parciais da participação nas oficinas apontam para uma interação
entre educadores e bolsistas com seus alunos no dia-a-dia de suas práticas educativas em sala de aula.
COMUNICAÇÕES COORDENADAS – 22 de agosto
Horário: 08h às 09h30
TRANSLETRAMENTOS E ENSINO DE LÍNGUAS
SALA B302
DAS SALAS DE AULA PARA UM MUNDO TRANSNACIONAL
Coordenadora: Denise Landim (USP/PG)
Afinal, a educação e a escolarização devem voltar-se para quê? Para adquirir dados conhecimentos, normas e valores
da sociedade de modo a reproduzi-los ou para engajar-se no mundo e construir conhecimentos que possam
transformá-lo? A presente comunicação coordenada se propõe a promover uma reflexão acerca da formação de
professores de línguas que contemplem as premências das constantes e aceleradas transformações socioculturais,
proporcionadas especialmente pelo advento das tecnologias digitais e da globalização. Nesse sentido, discute-se a
ampliação das capacidades de construção de sentidos de modo a promover a sensibilidade sobre as representações da
realidade que nos cerca, cada vez mais mediada pela multimodalidade. Com os recursos oferecidos pela
multimodalidade, tem-se um aumento das capacidades de interação na comunicação, reconstruindo a hierarquia da
produção de significados e conhecimentos: de uma verticalidade, passou-se a uma horizontalidade. Essa nova relação
na construção de sentidos e conhecimentos interfere significativamente para uma maior criticidade e para uma maior
possibilidade de atuação no mundo, isto é, permite o desenvolvimento de agência. Com maior capacidade de
construção de sentidos, interação, criticidade e agência, busca-se uma atuação de professores no sentido de
compreenderem-se cidadãos que atuem para a promoção de justiça social.
DAS SALAS DE AULA PARA UM MUNDO TRANSNACIONAL: CONSTRUÇÃO DE SIGNIFICADOS E
TECNOLOGIA DIGITAL NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Fabrício Tetsuya Parreira Ono (USP/PG)
As mudanças nas formas como nos comunicamos e nos relacionamos diante das transformações causadas pelas novas
tecnologias alteraram a construção de sentidos e os meios e recursos que utilizamos em nossas interações, desta forma
este estudo apresenta uma proposta focada na construção de significado das teorias de letramentos ensino crítico
realizada em um contexto de pós-graduação latu senso em Estudos Avançados de Língua Inglesa, a partir da análise
um vídeo criado pelos participantes no qual eles discutem e reinterpretam as teorias dos novos letramentos, indicando
um processo reflexivo na (re)construção de suas perspectivas teóricas e que poderão refletir em suas práticas de sala
de aula. Este estudo visa promover questionamento/reflexão sobre a forma com que professores de língua inglesa
ressignificam os valores das novas teorias de letramento (SNYDER, KRESS, 2000), multiletramentos (COPE E
KALANTZIS, 2000) e ensino crítico (LANKASHEAR e KNOBEL, 1997; MONTE MOR, 2009 E MENEZES DE
SOUZA E MONTE MOR, 2006) na construção de significados e integram tais transformações sociais, cognitivas e
tecnológicas a sua práxis, ampliando o que já existe ou criando novas possibilidades (WARSCHAUER, 2002). Ainda,
os multiletramentos enfatizam as variações de uso da linguagem em contextos sociais e culturais distintos e na
comunicação multimodal, especialmente no que se refere ao uso novas mídias inseridas no nosso cotidiano (COPE e
KALANTZIS, 2000), ressignificando a educação diante das mudanças socioculturais, cognitivas e tecnológicas.
DAS SALAS DE AULA PARA UM MUNDO TRANSNACIONAL: DAS SALAS DE AULA PARA UM
MUNDO TRANSNACIONAL: A CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS EM CONTEXTOS MULTIMIDIÁTICOS
DE HIERARQUIA HORIZONTAL
Fernando Pardo (USP/PG)
Os letramentos (no plural) têm influenciado o modo como pensamos a questão da interatividade e suas implicações
nas práticas sociais e no processo de ensino/aprendizagem, visto que o indivíduo isolado e dissociado do mundo
material extingue-se para dar lugar ao indivíduo interligado a uma estrutura maior e coletiva em que não apenas um,
mas multiletramentos são acionados para que se possa compreender o caráter integrado, simultâneo e multimidiático
dos textos. Tratam-se de letramentos que unem pessoas, práticas sociais e mídias para a construção do significado e
que também sugerem a maneira como moldamos e somos moldados por sistemas e redes integradas (LEMKE, 2010).
Segundo Castells (2007) o surgimento da autocomunicação de massa, através da internet, celulares, das mídias
digitais e de uma série de outras ferramentas, promoveu o desenvolvimento de redes horizontais de comunicação
interativa, as quais conectam o local e global, proporcionando a comunicação de muitos para muitos de forma
sincrônica e assincrônica, o que possibilitaria uma interação global e uma diversidade ilimitada, as quais constroem e
reconstroem a produção de sentidos local e globalmente. Assim, o objetivo deste trabalho é repensar o papel do
professor neste contexto da sociedade em rede e as implicações deste panorama no processo de ensino/aprendizagem.
DAS SALAS DE AULA PARA UM MUNDO TRANSNACIONAL: ENSINANDO E APRENDENDO
LÍNGUAS PARA A AÇÃO NO MUNDO
Denise Landim (USP/PG)
Além das tradicionais funções de qualificação e de socialização, a educação tem sido recentemente descrita como
tendo a função de sujeitificação (BIESTA 2009). Como função de sujeitificação, oposto da socialização, entende-se a
aprendizagem de modos de ser que direcionem a uma independência de normas da sociedade, o que já foi tratado por
Paulo Freire (2009) como “educação como prática da liberdade” (FREIRE 2009). Nesse sentido, o termo liberdade
tem sido recentemente tratado como agência. A noção de agência vem ganhando especial importância, considerandose as premências das práticas em sociedades digitais e globalizadas. Nesse contexto sociocultural, espera-se que as
oportunidades de aprendizagem ocorram a todo o momento, em todo lugar, por parte de qualquer indivíduo,
conferindo à aprendizagem um status de ubiquidade (KALANTZIS e COPE 2009) e reconfigurando os sentidos e
valores da escolarização(COPE e KALANTZIS 2008) e do engajamento em aprendizagens ao longo da vida, em face
das rápidas e constantes transformações no mundo pós-moderno (LANKSHEAR e KNOBEL 2011, KALANTZIS e
COPE 2012).
DAS SALAS DE AULA PARA UM MUNDO TRANSNACIONAL: FORMANDO PROFESSORESCIDADÃOS PARA A PROMOÇÃO DE JUSTIÇA SOCIAL
Leina Jucá (UFOP / USP-PG)
No Brasil, no que se refere ao ensino de línguas estrangeiras na escola, muita ênfase tem sido dada à necessidade de
uma educação voltada para o desenvolvimento da cidadania do aprendiz (PCN, 1998; PCN+, 2000; OCEM, 2006).
Educar para a cidadania na escola pressupõe, contudo, a formação de um professor que também se compreenda
cidadão. O argumento principal deste trabalho é, portanto, o de que é fundamental incluir a educação para a cidadania
na formação (inicial e continuada) de professores. O conceito de cidadania implica, segundo as OCEM (2006), a
compreensão do lugar que se ocupa e do qual se fala na sociedade, o porquê dessa posição, o desejo de permanecer ou
de sair dela, e a possibilidade de que se esteja incluído ou excluído de alguma coisa ao se ocupar tal posição.
Compreender-se cidadão pode significar, assim, ter a oportunidade de escolher como se quer viver (BRYDON, 2009).
Consequentemente, compreender-se professor-cidadão pode contribuir não apenas para o desenvolvimento do
trabalho docente em sala de aula – conforme orientado pelos documentos oficiais brasileiros - como também para a
ressignificação dos papeis sociais do docente e da docência. Da mesma forma, compreender-se professor-cidadão
pode contribuir para a realização de um trabalho docente também voltado para a promoção de justiça social
(SENSOY &DiANGELO, 2009; ZEICHNER, 2011).
PIBID: ESPAÇO DE FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOCENTE
Bartolina Ramalho Catanante (UEMS/ PIBID/CAPES)
Vera Lucia Guerra (UEMS/ PIBID/CAPES)
Giana Amaral Yamin (UEMS/ PIBID/CAPES)
O projeto institucional denominado “Iniciação a Docência: fortalecendo compromisso entre Universidade e Escolas
de Educação Básica” vinculado ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (PIBID/CAPES 2009) tem como fito elevar os níveis de qualidade
da educação promovendo ações que integrem universidade e escola básica e busquem a superação de problemas
existentes na educação básica e na formação inicial e continuada de professores. Considerando o desenvolvimento
de metodologias inovadoras aliadas a reflexão sobre a prática, realizadas pelos grupos de estudantes, supervisores e
coordenadores dos subprojetos, apresentamos nesse trabalho os instrumentos utilizados para a criação de um espaço
fecundo à formação de professores e incentivo a docência, com a elevação da auto-estima dos bolsistas e o
empoderamento sobre o fazer docente. Para coleta dos dados foram usados relatórios dos subprojetos, depoimentos
dos bolsistas e trabalhos apresentados nos encontros do Pibid. A análise ressalta a importância da articulação entre
universidade e educação básica, o financiamento de bolsas, materiais e participação em eventos como forma de
valorizar e incentivar a permanência do professor como profissional da escola básica.
TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
SALA B304
PROUCA NA EDUCAÇÃO E NO ENSINO DE LÍNGUAS: PERSPECTIVAS, SUGESTÕES E PRÁTICA
DOCENTE.
Coordenadora: Azenaide Abreu Soares Vieira (IFMS)
INTERNALIZAÇÃO E NORMALIZAÇÃO DO COMPUTADOR NA/PARA O ENSINO DE LÍNGUAS NA
PERSPECTIVA DA TEORIA DA COMPLEXIDADE
Azenaide Abreu Soares Vieira (IFMS)
O presente texto traz reflexões teóricas quanto ao processo de internalização e normalização do computador na e para
o ensino de Línguas sob a perspectiva da teoria da Complexidade. Assim como, apresenta percepções de docentes da
área de linguagem e discentes quanto ao Projeto Um Computador por Aluno (UCA). Primeiramente, faz-se uma
releitura da teoria sociocultural, principalmente no que concerne à internalização de conceitos, na perspectiva de
Vygotsky e apresenta os pressupostos da normalização do computador no ensino de Línguas conforme os estudos de
Bax. Na sequência, analisam-se percepções de professores de Línguas (Inglesa e Portuguesa) e discentes partícipes do
Projeto UCA em uma escola da rede estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul, contemplada em 2011 com o
Programa Um Computador por Aluno (PROUCA), que integra laptops a escolas públicas do país. Nessa etapa foram
coletadas informações mediante aplicação de questionário e gravação de entrevista em áudio com professores e
estudantes da escola UCA que serviu de contexto de investigação. Trata de uma pesquisa de cunho qualitativo e
orientada pelo Paradigma da Complexidade. Os resultados evidenciam como a teoria sociocultural e a perspectiva da
normalização tecnológica pode contribuir para as pesquisas na área de Tecnologia Educacional e Linguística
Aplicada. Além disso, os dados elucidam as dificuldades, receios e percepções de professores de Línguas e alunos no
processo de implementação do Projeto UCA na escola.
ALUNO-MONITOR: UMA PERSPECTIVA COLABORATIVA EM SALA DE AULA MEDIADA PELO
LAPTOP EDUCACIONAL
Ana Maria Ribas de Jesus (PG-UCDB)
Rosimeire Martins dos Santos Régis (PG-UCDB)
Este artigo tem como objetivo apresentar uma experiência de formação continuada composta por cinco alunosmonitores do ensino médio. O contexto de investigação é uma escola da rede estadual de ensino localizada próxima a
Campo Grande, inserida na fase II Piloto do Programa Um Computador por Aluno (PROUCA). Os dados
apresentados são resultados parciais da pesquisa em andamento Comunidade Virtual Interativa para aplicação em
Laptops Educacionais em parceria com o Instituto Federal de Mato Grosso do Sul e a Universidade Católica Dom
Bosco, aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Trata-se de uma pesquisa
com abordagem qualitativa. A concepção da formação potencializou o protagonismo juvenil para o exercício da
monitoria em um movimento colaborativo entre professores e alunos-monitores para a utilização do laptop
educacional. Os resultados evidenciam que a formação contribuiu para o engajamento dos alunos-monitores no
PROUCA incentivando-os a vivenciar os desafios do programa, o que lhes permitiu criar espaços de reflexão e trocas
no ambiente escolar sobre as possibilidades pedagógicas e lacunas do laptop educacional.
PRÁTICA DOCENTE MEDIADA PELAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Tânia Maria Filiú de Souza (PG-UCDB)
Maria Cristina Lima Paniago Lopes (UCDB)
Resumo: Este trabalho apresenta uma análise sobre a prática docente mediada pelas tecnologias na educação especial,
principalmente pelo uso do laptop educacional dentro do projeto PROUCA, tecnologia entendida como o laptop
educacional. Buscamos delinear o perfil dos professores pesquisados; sua formação; suas concepções a respeito das
tecnologias e educação especial; e, as implicações da formação na prática. Abordagem de pesquisa escolhida foi a
qualitativa com delineamento descritivo e explicativo, usando como instrumento estudo documental, entrevista e
observação. Foram selecionados para esta pesquisa cincos professores da uma escola estadual do município de
Terenos do Mato Grosso do Sul, que possuem em sala de aula alunos com deficiência e utilizam o laptop educacional
como ferramenta de aprendizagem. Nos resultados os professores narraram experiência de vida, evidenciando
aspectos pessoais, profissionais que contribuíram para sua formação e prática. A pesquisa evidencia a necessidade da
inserção das tecnologias nas práticas docentes promovendo o potencial formativo educativo dos alunos com
deficiência. A análise salienta a necessidade de informação, formação e prática dos professores, quanto à utilização do
laptop no trabalho com os alunos, respeitando as diferentes capacidades de aprendizagem.
ENSINO DE LÍNGUAS
SALA B305
CONSIDERAÇÕES SOBRE A LÍNGUA ESPANHOLA E SEU ENSINO PARA BRASILEIROS
Coordenadora: Angela Karina Manfio (UEMS)
O LIVRO DIDÁTICO SINTESÍS (2010) E SUA ABORDAGEM DOS PRONOMES SUJEITO DA LÍNGUA
ESPANHOLA
Adriane Aparecida Mahl (PIBIC/UEMS)
Toda língua tem seu conjunto de regras pré-estabelecidas e particularidades gramaticais que delimitam a função
morfológica e sintática de seus elementos. Tanto em português (P) quanto em espanhol (E), o pronome sujeito pode
acompanhar ou substituir o nome, indicando-o como pessoa do discurso. Pode estar explícito ou implícito em
determinadas frases e quando não aparece textualmente, a desinência número-pessoal permite identificar o pronome
equivalente. No entanto, seu uso na língua espanhola é mais restrito que na língua portuguesa e, devido às
semelhanças entre ambos os idiomas, a possibilidade de que haja confusões na aquisição/aprendizagem da referida
classe gramatical do E por aprendentes brasileiros é bastante provável. No Programa Nacional do Livro Didático
(PNLD) foram distribuídos livros de Espanhol como Língua Estrangeira Moderna nos anos de 2011 e 2012 para os
anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, respectivamente. Síntesis (2010) foi uma das obras
indicadas no PNLD de 2012 e adotada por muitas escolas do país e, por isso, resolvemos analisar como são
apresentados os pronomes pessoais na mesma. Observamos que as explicações sobre os pronomes pessoais sujeito na
obra são insuficientes para que os alunos brasileiros compreendam efetivamente as peculiaridades da língua
espanhola. Desse modo, se faz necessária a complementação das explanações contidas no livro didático pelos
professores que o adotarem.
OS POSSESSIVOS DA LÍNGUA ESPANHOLA: UMA PROPOSTA DIDÁTICA PARA ENSINÁ-LOS A
APRENDENTES BRASILEIROS
Ester Izidio Freire (PIBIC/UEMS)
A língua portuguesa (LP) e a língua espanhola (LE) são muito próximas etimologicamente e, devido a essa
proximidade os aprendentes brasileiros da língua espanhola apresentam dificuldades em dissociar as regras
gramaticais de cada uma delas. Este trabalho, fruto de nossa Iniciação Científica, está embasado nos moldes
contrastivos de Corder (1971) e tem por objetivo analisar as semelhanças e distinções no uso dos pronomes
possessivos entre a LP e a LE, relacionando as possíveis dificuldades dos alunos falantes do português brasileiro em
adquirir a referida categoria gramatical da língua-alvo. A existência de adjetivos tônicos e átonos em espanhol (E)
designa a sua posição na frase em relação ao substantivo e a não necessidade de uso dos artigos determinativos, assim
como sua variação em gênero e número. Sabemos também que na LE há adjetivos e pronomes possessivos, ao
contrario do que ocorre na LP, que somente apresenta pronomes. Há, ainda, o caso de pertencimento ou posse sem a
utilização de adjetivos possessivos que compreende uma das várias peculiaridades do E para os luso-falantes. Após
avaliarmos quais são os pontos que dificultam a assimilação da LE e de suas peculiaridades, elaboramos algumas
propostas didáticas com o intuito de facilitar sua compreensão pelos aprendentes. Os exercícios desenvolvidos são
estruturais e de preenchimento de lacunas para a fixação das regras gramaticais do E, levando em consideração o
contraste entre a língua materna dos alunos e a língua estrangeira que estão aprendendo.
ERROS COMUNS NO USO DOS CONECTORES DA LÍNGUA ESPANHOLA POR APRENDENTES
BRASILEIROS
Angela Karina Manfio (UEMS)
Este trabalho foi desenvolvido com o intuito de perscrutar a utilização dos conectores aditivos, consecutivo-causais e
contra-argumentativos em textos escritos em espanhol por universitários brasileiros desde o 3º até o 4º ano do Curso
de Letras. Tal proposta surgiu da constatação das inúmeras similaridades entre ambas as línguas no que se refere aos
tipos de marcadores discursivos citados. No entanto, há dificuldades na aquisição/aprendizagem de alguns nexos da
língua estrangeira (LE), seja pela sua “aparente” semelhança com os conectores da língua materna (LM) ou por suas
especificidades de uso. Por meio da Análise de Erros (1967) examinamos os conectivos existentes nos textos de seis
sujeitos falantes de português brasileiro (PB), a fim de averiguar se eles os usam ou não e quais são os principais erros
detectados em cada categoria. Constatamos que os aditivos apareceram maior número de vezes, seguidos dos
consecutivo-causais e dos contra-argumentativos. Quanto à quantidade de incorreções, percebemos problemas no uso
dos contra-argumentativos, aditivos e consecutivo-causais, nessa ordem de ocorrência. Percebemos a preferência por
y, pues e pero que revelou a aquisição dos conectores elementares da LE. De modo geral, houve muita instabilidade
expressa na alternância de formas corretas e incorretas e nos empréstimos do PB, além de algumas tendências à
fossilização. Os estudantes recorreram à invariabilidade das formas conectivas e aos conectores de uso mais estendido
no Espanhol, na tentativa de evitar os erros.
O USO DO IMPERATIVO EM TRADUÇÕES PORTUGUÊS-ESPANHOL FEITAS POR APRENDENTES
BRASILEIROS
Rossana Paniagua Piris (UEMS)
Este trabalho se propõe a analisar os erros referentes ao uso dos verbos no modo imperativo nas traduções ao
espanhol de crônicas em português feitas por aprendentes universitários de Espanhol como Língua Estrangeira (ELE)
do 4º ano do Curso de Letras e falantes de português brasileiro (PB). Ao longo do último ano do estágio formal de
aprendizagem do ELE analisamos a tradução de quatro crônicas produzidas por seis sujeitos do nível intermediárioavançado para avaliar a utilização do imperativo espanhol, modo verbal que incute muitas dúvidas aos alunos
brasileiros. Na língua-alvo (L-alvo) é comum o uso desse modo, já na língua materna (LM) dos estudantes tal
utilização adquire matiz descortês e, por vezes, soa grosseiro. Tanto que é usual na LM a substituição do imperativo
pelo presente do Indicativo para contornar este tom “mandão”. Dessa forma, decidimos perscrutar se esta estratégia é
imitada na produção em língua estrangeira (LE), ou seja, se há interferências da LM na LE no que se refere a essa
categoria verbal. Percebemos que nesta etapa da aprendizagem se estabilizou a aquisição das formas e dos valores de
uso verbal, ocorrendo confusões quanto às pessoas verbais que realmente deveriam ser empregadas.
ANÁLISE DO SERVIÇO DE INFORMAÇÃO PROFISSIONAL DESENVOLVIDO NA ESCOLA
HÉRCULES MAYMONE, CAMPO GRANDE, MATO GROSSO DO SUL
Edilmar Galeano Marques (PPGEd/UEMS)
Léia Teixeira Lacerda (PPGEd/UEMS)
Esta comunicação tem por objetivo apresentar os resultados parciais de uma pesquisa em andamento, que investiga o
processo de implantação do Serviço de Informação Profissional na EE Hércules Maymone desenvolvido com os
alunos concluintes do Ensino Médio e Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio, pois há uma evidente
necessidade que se agregue a essa etapa de ensino a dinâmica de funcionamento do mundo do trabalho. Este estudo
visa também analisar os resultados obtidos com a implantação desse Serviço articulado à proposta pedagógica em que
essas ações se evidencia por meio de diferentes instrumentos capazes de abordar o autoconhecimento do aluno,
possibilitando a reflexão e o estímulo para uma escolha adequada. As atividades foram realizadas em horário contra
turno, pois o objetivo central da pesquisa é somar-se às propostas específicas de ensino oportunizando um
desenvolvimento pessoal e profissional com maior capacidade de adaptação às possíveis exigências do mercado de
trabalho, à qual a escola por sua vez agregará uma melhoria na qualidade de ensino ofertada, além de uma indubitável
contribuição à sociedade. Com os resultados parciais será possível evidenciar os jovens aptos a concorrer a vagas em
uma Instituição de Ensino Superior, assim como aqueles inseridos no projeto. A partir dessas informações serão
analisadas as escolhas profissionais feitas no início das atividades e as mudanças ocorridas durante a execução desse
processo de escolha. Nessa perspectiva, a importância do Serviço de Informação Profissional constitui-se em
resultados que transformam anseios em escolhas acertadas e conscientes para a juventude, visando um desempenho
satisfatório para um mercado de trabalho cada vez mais exigente.
LITERATURAS
SALA B306
DIÁLOGOS LITERÁRIOS E INTERDISCIPLINARES E SUAS PRÁTICAS I
Coordenadora: Zélia R. Nolasco dos S. Freire (UEMS)
PRÁTICAS LITERÁRIAS PRESENTES NO BIL – BOLETIM INFORMATIVO DE LETRAS - PROJETO
DE EXTENSÃO DO CURSO DE LETRAS/UEMS/DOURADOS
Zélia R. Nolasco dos S. Freire (UEMS)
A maioria dos professores de literatura, muitas vezes, logo na primeira série do Curso de Letras se depara com uma
realidade adversa ao que esperava. Já que o mínimo que se espera de um jovem que inicia um Curso Superior é certa
afinidade com o Curso escolhido, logo, para quem escolhe o Curso de Letras espera-se que goste de ler e de escrever,
que tenha afinidade com a palavra escrita e falada, que sinta interesse pelas artes, principalmente, pela literatura, pela
música, pelo cinema, pelo teatro, já que ambas dialogam entre si. Através da literatura é possível conhecer e, até
mesmo, compreender melhor o mundo no qual vivemos, pois inúmeros artistas dedicam-se a representar, a escrever, a
pintar, a cantar e a esculpir objetos que simbolizam a exuberante natureza, o índio, o pantanal, o tereré, entre tantos
outros. Digo isso, pois a literatura é ao mesmo tempo, a pintura, o teatro, o cinema, as artes plásticas e as
manifestações artísticas em todas as suas formas de expressão. Com isso, o objetivo do Boletim Informativo de
Letras, da UEMS, da Unidade de Dourados, é aproximar os alunos do Curso de Letras e do III Ano do Ensino Médio
da Escola Estadual Presidente Vargas, da disciplina de Literatura, de práticas literárias que possam contribuir para o
crescimento intelectual e técnico de ambos. Fazendo com que os mesmos se utilizem de tecnologia, principalmente,
das redes sociais para colocarem em prática atividades específicas e essenciais ao aluno do Curso de Letras: ler e
escrever com competência crítica.
UMA VISADA COMPARATISTA: CAIO FERNANDO DE ABREU VERSUS CLARICE LISPECTOR
Letícia Gonçalves Ozório Silva (G/LETRAS/UEMS/DOURADOS)
Zélia R. Nolasco dos S. Freire (UEMS/DOURADOS)
O trabalho consiste em analisar a obra de Caio Fernando Abreu visando compreender as concepções de escrita do
autor, estas construídas através de suas experiências pessoais e influências. Entre essas influências, uma
frequentemente citada pelo próprio Caio e por muitas vezes alvo de associações da crítica, Clarice Lispector, também
é tida como objeto de estudo. A análise desses dois pontos se deu através da leitura de algumas obras do autor, assim
como a leitura de uma biografia publicada em 2008, por Jeanne Callegari e artigos de críticas literárias. Pode-se, ao
fim, afirmar a influência declarada de Clarice Lispector (a quem Caio atribuiu a qualidade de ter olhos hipnóticos),
além da admiração e do afeto íntimo por parte do escritor gaúcho. Essa tendência a se basear em sua inspiradora levou
Caio a ter uma visão mais emocional da escrita, sendo que, para ele, era obrigatório biografar o que sentia. No
processo de formação da concepção de escrita de Caio, encontramos a influência de Clarice Lispector. Por muitas
vezes associada à Clarice pela crítica. A obra de Caio Fernando foi elaborada sob os mesmos mandamentos da de
Clarice Lispector, e esse é um dos principais pontos do comparatismo entre os dois autores. O autor, por vezes
comenta a imensa tristeza que Clarice transmitia como pessoa, e também na sua escrita, tanto que ele diz que “se
proibiu de ler Clarice Lispector, mas lia escondido de si mesmo”.
O CONTO DO MAGISTRADO DE GEOFFREY CHAUCER E A “LEGENDA ÁUREA” DE JACOPO DE
VARAZZE: O PROCESSO DE SANTIFICAÇÃO
Rafael Francisco Neves de Souza (UEMS)
Márcia Maria de Medeiros (UEMS)
Geoffrey Chaucer é considerado, por muitos estudiosos do espaço literário, como o pai da literatura inglesa e do
idioma em que ela é escrita. Em seu livro The Canterbury Tales (Os Contos da Cantuária), o autor faz um panorama
da sociedade inglesa da baixa idade média, e com isso ele se foca em destacar como era a religião cristã em O Conto
do Magistrado. Esse projeto foi desenvolvido através de uma análise do livro “Legenda Áurea”, de Jacopo de
Varazze, e O conto do Magistrado, de Geoffrey Chaucer, com o objetivo principal de comparar a santificação da
personagem Constância de Chaucer com três santas presentes na hagiografia: Santa Cecília, Santa Ágata e Santa
Anastásia que são apresentadas na “Legenda Áurea”. Foi necessária uma tradução cautelosa do Conto do Magistrado
do inglês para o português, entre leituras e fichamentos de livros que se relacionam com o universo medieval. O
Conto do Magistrado de Geoffrey Chaucer e a “Legenda Áurea” de Jacopo de Varazze teve por finalidade aprimorar
e buscar, de modo científico, os resultados do processo de santificação.
FRONTEIRAS
SALA B307
FRONTEIRAS E LETRAMENTO – OS DESAFIOS PARA O PESQUISADOR
Coordenador: Maria Ceres Pereira (UFGD)
PROVINHA BRASIL EM CENÁRIO INDÍGENA NA PERSPECTIVA DO LETRAMENTO
Maria Ceres Pereira (FACALE/UFGD)
A Provinha Brasil vem sendo aplicada nas escolas brasileiras em todo território nacional. Trata-se um dos indicadores
de aferição de como está a educação no país. Todavia, vale discutir algumas questões complexas que envolvem a
aplicação das mesmas. Primeiramente, qual o envolvimento com o letrado destas crianças no contexto anterior a sua
prática escolar? Que acessos têm estas crianças com bens letrados que darão a elas modelos para lidar com o esperado
na escola? E, nesta linha de questões porque as Provinhas são aplicadas de norte a sul do país sem considerar as
especificidades regionais, rurais, de fronteira e indígenas? Particularmente em relação a estes últimos, porque
recebem a provinha sem diferenciação alguma tendo estes um direito Constitucional a uma educação intercultural,
bilíngue e diferenciada? Este direito parece estar tão somente do documento e não na aplicação. Neste comunicação
objetiva-se, portanto, focalizar experiências letradas ou não de crianças indígenas das aldeias de Dourados que
participaram da Provinha Brasil nos anos de 2011, 2012.
LEITURA SEM TEXTO. O APARENTE DILEMA DA ALFABETIZAÇÃO EM LÍNGUA INDÍGENA
Rinaldo Vitor Costa (UFGD/FACALE)
O processo de letramento que há tempos acreditava-se ter seu início durante a escolarização, entretanto verificou-se
que o mesmo ocorre antes disso, uma vez que normalmente as crianças vivem em ambiente onde há intenso uso da
leitura e escrita para diversos fins. Ferreiro (2001) demonstra que há conexão entre a alfabetização e a situação
socioeconômica dos indivíduos e seus grupos sociais. Por isso o analfabetismo atinge principalmente o camponês
pobre que labuta em sua terra exaurida, nas comunidades indígenas que não falam a língua oficial do país e o operário
das periferias que vive alijado do letramento. Neste caso verificaremos a questão do ensino do processo de letramento
em escolas de aldeias que embora tentem iniciá-lo através da língua materna dos alunos não conseguem dar
continuidade em decorrência da ausência de materiais na língua. Assim, o letramento fica prejudicado, visto que não
haverá continuidade do letramento e de sua expansão para além da escola. Teremos nesse caso um processo de
transição de bilinguismo para monolinguísmo na língua majoritária.
NOS TRILHOS DO UNIVERSO FRONTEIRIÇO ENTRE BRASIL E PARAGUAI: UMA ABORDAGEM A
PARTIR DA EXPERIÊNCIA DE FRONTEIRA ENTRE AS REGIÕES DE ARAL MOREIRA/CARDIA E
PONTA PORÃ/PEDRO JUAN CABALLERO.
Jefferson Machado Barbosa (PPG-UFGD/CAPES)
Maria Ceres Pereira (FACALE/UFGD)
Partindo do princípio de que o conceito de fronteira extrapola o campo cartográfico e não se limita ao campo
geográfico (GOMES, 2010), o objetivo desta comunicação é apresentar como se caracterizam as fronteiras de Aral
Moreira/Cardia e Ponta Porã/Pedro Juan. Para tanto, além da experiência do primeiro autor nesses contextos,
embasamo-nos, principalmente, em BARBOSA (2012); DALINGHAUS (2009); FERNANDES (2012) e SILVA
(2005) pesquisadores que realizaram estudos etnográficos nessas fronteiras, que são caracterizadas como complexas e
híbridas. Os dados iniciais confirmam que essas fronteiras se apresentam de modo peculiar, visto que Aral
Moreira/Cardia não possui cidade gêmea e, tampouco comércio do lado Paraguaio, diferentemente, da fronteira de
Ponta Porã/Pedro Juan Caballero.
PROVINHA BRASIL – DESAFIOS PARA ALUNOS E PROFESSORES INDÍGENAS EM DOURADOS/MS
Alexandra Aparecida de Araújo Figueiredo (PPG-UFGD/CAPES)
Maria Ceres Pereira (FACALE/UFGD)
A presente comunicação é resultado de dissertação já concluída no Programa de Mestrado em Letras da UFGD,
pautada na Provinha Brasil aplicada nos anos de 2011 e 2012. O amparo teórico tomou os estudos da avaliação, do
ensino de língua portuguesa como L2 e questões de identidade conforme Hall – 2003. O Referencial Curricular
Nacional para Escola Indígena – RCNEI 2002 orienta igualmente o ensino para as estas escolas salvaguardando - lhes
o direito Constitucional a uma educação intercultural, bilíngue e diferenciada. Todavia, as Provinha recebidas para
aplicação eram iguais a todas as demais aplicadas em território nacional. Desta forma, os gestores entenderam que as
mesmas deveram ser traduzidas para a língua das crianças objetivando auxiliar as mesmas. Os resultados não foram
positivos no ano de 2011, houve, no entanto uma melhora significativa na aplicação do ano de 2012. Propõe-se
apresentar os resultados de ambos os anos apontando os avanços obtidos pelos alunos. Os desafios para professores e
alunos no tocante a Provinha são muitos e os resultados, em certa medida, servem para “localizar” as escolas
indígenas dentro de um cenário negativo.
COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS – 22 de agosto
Horário: 09h45 às 11h15
TRANSLETRAMENTOS E ENSINO DE LÍNGUAS
SALA B302
DESENVOLVIMENTO DE LETRAMENTOS TRANSNACIONAIS: CONSTRUINDO E QUESTIONANDO
NOVAS SIGNIFICAÇÕES
Silvia Regina Gomes Miho (UFGD)
O objetivo deste trabalho é o de refletir sobre algumas questões relacionadas: 1) ao papel da digitalização do
conhecimento no mundo contemporâneo e 2) de que modo essa digitalização interage na construção, troca e
questionamento de sentidos. Poderíamos pensar no fato de que o suporte material e tecnológico é um aliado essencial
no processo de trocas culturais, sendo responsável pela demanda de letramentos múltiplos, que ultrapassem fronteiras
nacionais, a exemplo do próprio conhecimento humano. Ao serem digitalizados, conhecimentos, experiências,
percepções e reflexões construídas em outros universos significativos e/ou outras mídias são adaptados, traduzidos
para adequarem-se à nova mídia. Como questiona Berry (2011): “What is culture after it has been softwarized?” O
autor sugere a necessidade de repensarmos nossos conceitos de leitura e de escrita na era computacional, expondo a
necessidade de se trabalhar a leitura e a escrita de códigos computacionais como parte um letramento mais completo
e menos superficial e mais crítico perante as possibilidades técnicas. Seria este um tipo de letramento transnacional?
A acessibilidade ao conhecimento e a bens culturais proporcionados pela tecnologia encurta distancias, desfaz
fronteiras físicas e geográficas. Recursos como estes, além de serem excelentes instrumentos na construção de
contextos e sentidos em aulas de língua e literatura estrangeiras, refletem de maneira vibrante e veloz uma das
maneiras pelas quais as mudanças nos modos de produção econômica e influenciam e são influenciados pelas
produções textuais e práticas sociais.
PRÁTICAS CONTEMPORÂNEAS NO ENSINO DA LÍNGUA INGLESA: OS LETRAMENTOS CRÍTICOS
EM SALA DE AULA
Simone Batista da Silva (UFRRJ)
No ensino formal em contexto brasileiro, usualmente o conhecimento da Língua Inglesa tem sido considerado como
commodity e visto como porta de acesso para ascensão social e econômica. As teorias pós-críticas dos Letramentos
Críticos (MENEZES DE SOUZA, 2011; MONTE MÓR, 2011; NEW LONDON GROUP, 2006; CERVETTI,
PARDALES e DAMICO, 2001; entre outros), entretanto, enxergam o ensino de língua Inglesa na educação formal
como a oportunidade de promover uma metalinguagem em sala de aula, fomentando entre os alunos a crítica de seus
próprios discursos, representações e produções de sentidos, buscando, desta forma, trabalhar a diferença, a pluralidade
e a apropriação local de conteúdos globais. Com a intenção de investigar essas teorias contemporâneas para o ensino
de Língua Inglesa, foi fundado o Grupo de Estudos sobre Letramentos Críticos, da UFRRJ, constituído por
professores de Inglês em pré-serviço na Universidade além de professores em serviço da comunidade extramuros. O
objetivo deste trabalho é apresentar as perspectivas desses professores componentes do Grupo quanto às teorias
investigadas, e mostrar resultados práticos dessas investigações concretizados em ações didáticas realizadas por esses
professores em serviço e em pré-serviço junto a escolas de ensino básico nos municípios de Seropédica, Itaguaí e Rio
de Janeiro, RJ.
(MULTI)LETRAMENTOS CRÍTICOS E(M) DISCURSIVIZAÇÕES SOBRE O
DOCÊNCIA DE LÍNGUAS: (RE)VISITANDO FRONTEIRAS
Cristina ArcuriEluf (UESB)
Ester Maria de Figueiredo Souza (PPGCEL)
Fernanda de Castro Batista Coelho (GPLED)
EXERCÍCIO DA
Nesta comunicação, orientamo-nos por estudos dos(multi)letramentos críticos (Rojo, 2012; MonteMór, 2010) e
atualizamos convergências teóricas e metodológicas da Linguística Aplicada para focalizar o lugar de uma
multiplicidade de práticas, gêneros, mídias e semioses para se tematizar a docência como objeto de discurso na
formação inicial do professor. O corpus de análise é constituído de narrativas – que configuram respostas a
enunciados geradores de provocações instanciadas na dialogia professor-formador e professor em formação – de
bolsistas do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência/ CAPES) que registram gestos de
(re)tomadas de posição sobre o exercício da docência de línguas. O movimento dialógico de produção textual aliado à
formação dialógica, interacionista e multimodal para a docência revelam que as práticas docentes do professor
formador precisam incorporar estratégias e recursos de textualização com base na apropriação das capacidades da
linguagem em contextos letrados e multiletrados. Isso sobretudo porque, no cenário global em que (con)vivemos, a
inovação tecnológica no reino midiático é considerada uma verdadeira extensão do próprio homem
(Rajagopalan,2013) e letramentos transnacionais mesclam a consciência global a um conjunto de competências e
performances necessárias na sociedade do conhecimento (Brydon, 2012).Assumindo esses princípios, os resultados
parciais aqui apresentados, que resultam de pesquisas em andamento no Núcleo de Linguagens PIBID Letras UESB,
reafirmam a necessidade de serefletir sobre a ação pedagógica da sala de aula de línguas somando a ótica dos
(multi)letramentos críticos aos debate sobre o ensino, a docência e o papel da linguagem na esfera da atividade
docente.
LETRAMENTOS CONTEMPORÂNEOS
Elizabeth Conceição de Almeida Alves
Waldinéia Lemes da Cruz Alves
No contexto contemporâneo emergem inúmeras formas de aprender diante da nova dinâmica que a sociedade
vivencia, suscitada pela presença de um aparato tecnológico em quase todas as áreas do cotidiano das pessoas. Nos
últimos anos, pesquisadores (BUZATO, 2007; LANKSHEAR E KNOBEL, 2006; MENEZES DE SOUZA, 2011;
ROJO, 2012) vêm enfatizando a importância dos estudos de novos letramentos entendidos como práticas sociais que
podem ser manifestadas de diferentes formas, em lugares diferentes e em situações distintas, como no ambiente
digital. Com base nessa realidade, este trabalho tem por objetivo investigar a presença dos novos letramentos nesse
universo social permeado por práticas sociais, mediante tecnologias digitais observadas em comunidades que utilizam
dessas práticas para comunicar, ler e produzir no ambiente digital. Um desses estilos é o “fanfic”, abreviação do
termo em inglês fanfiction. Trata-se de contos ou romances escritos por terceiros. Esse tipo de gênero não apresenta
caráter comercial nem lucrativo, pois são escritos por fãs que se utilizam de personagens ficcionais já existentes.
EXTENSÃO, ENSINO E PESQUISA EM LÍNGUA INGLESA: QUE FORMAÇÃO DE PROFESSORES É
ESSA?
Sérgio Ifa (UFAL)
O objetivo da comunicação é apresentar interpretações sobre o fenômeno da formação de professores que co-construo
com meus professores no Projeto Casas de Cultura no Campus, um projeto de extensão que oferece cursos de inglês
para alunos que apresentam vulnerabilidade social da UFAL. Os professores são alunos de licenciatura Letras-inglês e
se tornam responsáveis por uma turma, por elaborar planos e atividades, por pesquisarem a sua sala de aula, por
participarem de dois encontros semanais comigo e por divulgarem suas investigações em eventos acadêmicos. Estar
teoricamente apoiado na Linguística Aplicada Crítica (PENNYCOOK, 2001) e na abordagem dos novos letramentos
(LANKSHEAR & KNOBEL, 2011; BRYDON, 2011; MENEZES DE SOUZA, 2011; MONTE MÓR, 2011) incitame, desafia-me a levantar alguns questionamentos que serão apresentados e interpretados nessa comunicação. Alguns
deles são: De que forma a formação construída promove uma conscientização crítica? Qual é a contribuição do
projeto para os professores envolvidos pela ótica deles? E para a minha? Afinal, que formação é essa?
SALA B304
TRANSNATIONAL LITERACIES: GOING BEYOND BORDERS IN EFL TEACHING AND LEARNING
Fabio Nascimento Sandes (PPGCEL–UESB)
Cristina ArcuriEluf (UESB)
According to Monte Mór (2008), the critical literacies studies have evidenced the relevance of an education that is
engaged in “social change, cultural diversity, economic equity, and political enfranchisement”, as stated by Luke
&Freebody (1997), through “the technologies of writing and other modes of inscription”. Rajagopalan (2003)adds
that welive in a globalized world, whether we want it or not. In addition to that, it means different people’s destinies
are more and more connected to one another – phenomenon that has been called “transnationalization” of our cultural
and economic life. (RAJAGOPALAN, 2003apudROBINS, 1997).With this in mind, it is adequate to start pondering
how to address the changing role of English as a global language, by considering the local aspects in a community at
first, its place in global system, history, current needs and hopes (BRYDON, 2011). Transnational literacy requires
thinking about the structural changes that are currently reshaping the global higher education system as well as our
regional and national positions within it (BRYDON, 2011). Under such circumstances, how might English best be
taught today in the many different contexts in which it is now being seen as a desirable competency?”(BRYDON,
2011)That is what we intend to discuss here.
PROCESSO DE ESCRITA E LETRAMENTO CRÍTICO EM AULAS DE LÍNGUA INGLESA NO
PROJETO CASAS DE CULTURA NO CAMPUS
Jacksson Feitosa da Silva (Grad-UFAL)
Meu foco nesta apresentação é descrever, analisar e refletir sobre o ensino de língua Inglesa por meio do processo de
escrita em conjunto com uma proposta de letramento crítico (LANKSHEAR & KNOBEL, 2011). Os alunos são do
Ensino Médio e cursam o módulo 2 do nível básico de língua inglesa no Projeto de Extensão Casas de Cultura no
Campus (FALE/PROEX/UFAL) que acontece no campus da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). O tema
escolhido para a realização do processo de escrita foi acordado e trabalhado por mim e pelos alunos: “O que há por
trás dos protestos?”. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram: o plano de aula, os diários tanto do
professor das aulas quanto dos observadores externos, questionário dos alunos sobre as aulas e as produções textuais
em língua inglesa dos alunos recolhidas ao longo das aulas.Para esta comunicação, descrevo as aulas, primeiramente.
Em seguida, apresento as primeiras análises confrontando objetivos planejados e resultados alcançados.
ENSINO-APRENDIZAGEM DE INGLÊS NA PERSPECTIVA DOS NOVOS LETRAMENTOS NO ENSINO
MÉDIO PÚBLICO: INVESTIGANDO POSTURAS NA ERA DIGITAL
José Assis Santos (PPGLL – UFAL/IFAL)
Rogério T. de Azevedo (PPGLL – UFAL/IFAL)
Nessa apresentação faço um relato da pesquisa-ação em Linguística Aplicada (CELANI, 1992, 2010: MOITA
LOPES, 2006) que conduzo sobre as novas posturas do professor e do aluno de língua Inglesa na sociedade atual da
globalização e interligada pelas TICs. Objetivo entender os reflexos e influências das novas tecnologias no processo
ensino-aprendizagem de inglês no Ensino Médio público com alunos do quarto ano do curso Técnico em Informática
do Instituto Federal de Alagoas em Palmeira dos Índios - AL. Busco suporte teórico nos estudos de Lankshear &
Knobel (2003) para compreender as concepções de Letramentos e Novos Letramentos bem como das OCEM
(MENEZES DE SOUZA; MONTE MÓR, 2006); em Leffa (2006); Arruda (2009); Crystal (2013) sobre os impactos e
papéis das tecnologias digitais na vida social. Apresento aqui a interpretação dos dados obtidos pelo questionário
inicial da pesquisa cujo objetivo é conhecer como e para que o aluno acessa a internet e a avaliação dele sobre as
contribuições dessa ferramenta na sua aprendizagem de inglês.
PROJETO DE EXTENSÃO E PIBIC: COMPREENSÃO ORAL EM INGLÊS, TEXTOS AUTÊNTICOS E
NOVOS LETRAMENTOS NA BUSCA DE UMA FORMAÇÃO CRÍTICA
Simon de Sena Marques (Grad-UFAL)
A apresentação desta comunicação objetiva mostrar a preparação, o desenvolvimento e os resultados de uma pesquisa
PIBIC realizada durante os anos 2012/2013 baseada nas teorias dos Novos Letramentos (LANKSHEAR & KNOBEL,
2003) e no ensino de compreensão oral em língua inglesa. Ao trazer para a sala de aula, temas de interesse coletivo
registrados em textos de áudio e vídeos em Inglês, para proporcionar espaços de discussões, acredito que, como
professor e mediador da construção do conhecimento, posso contribuir para o desenvolvimento do pensamento crítico
dos meus alunos de básico 1 e 2 de Inglês. O foco da apresentação é ilustrar minhas interpretações sobre a
triangulação entre as teorias que embasam o ensino de Compreensão Oral, a utilização de textos autênticos no ensino
de inglês e as teorias dos Novos Letramentos . A análise foi feita a partir dos dados coletados pelos seguintes
instrumentos: planos de aula, diários reflexivos, questionários, atividades de compreensão oral e comentários dos
alunos. As análises revelam que é possível conciliar letramento crítico e utilização de textos autênticos dentro de
atividades de compreensão oral.
TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
SALA B305
LOUSA DIGITAL INTERATIVA NO CONTEXTO DO PROUCA: A FORMAÇÃO DO PROFESSOR E O
ENSINO DE LÍNGUAS EM DESTAQUE
Azenaide Abreu Soares Vieira (IFMS)
Regiane da Silva Macedo Lima (SED/MS)
Apresenta-se, neste artigo, uma experiência de formação de professores para uso de Lousas Digitais Interativas (LDI),
assim como, discutem-se as expectativas de formadores e de professores de Línguas quanto à integração da nova
mídia digital ao ensino de Língua Inglesa e Portuguesa. O contexto de investigação é uma escola da rede estadual de
ensino localizada no interior do Estado de Mato Grosso do Sul, que foi totalmente informatizada pelo Projeto Um
Computador por Aluno (PROUCA) em meados de 2011. Os participantes são professores formadores em Tecnologia
Educacional e professores de Língua Inglesa e de Língua Portuguesa da escola UCA. Os instrumentos de coleta de
dados são questionários semiestruturados. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva e interpretativa. Os
pressupostos teóricos são os conceitos da Teoria da Complexidade, da Teoria Sociocultural e os estudos sobre a
normalização de tecnologias integradas ao contexto educacional. A pesquisa revela que formadores e professores têm
expectativas variadas que ora se cruzam e ora se distanciam. Os formadores revelam a expectativa de que os
professores integrem à prática pedagógica a LDI de forma a facilitar o ensino, dinamizar a aula e despertar o interesse
do estudante. Quanto aos docentes, alguns apresentam grau elevado de entusiasmo e muita motivação para
experienciar o novo recurso tecnológico, por outro lado, outros demonstram medo e insegurança no manuseio e uso
da LDI.
OBJETOS DIGITAIS DE ENSINO-APRENDIZAGEM: UM NOVO MODO DE APRENDER
Julia Cristina Granetto (PG-UNIOESTE)
Beatriz Helena Dal Molin (UNIOESTE)
Este artigo discute sobre os objetos digitais de ensino-aprendizagem (ODEA), buscando compreender seus conceitos,
sua função e seu papel no cenário da cultura da convergência, apresentando suas características e abordando sobre os
repositórios educacionais existentes. Nesta Era tecnológica faz-se necessário refletir sobre materiais digitais,
considerando o emprego da tecnologia, uma vez que ela está presente em todos os âmbitos. Dessa forma, o objetivo
deste trabalho é demonstrar que entre as diversas possibilidades de potencializar o acesso ao conhecimento, destacase o papel que ocupam os ODEAs, que não apenas proporcionam uma maior interatividade na forma de transmissão
de conteúdo, mas também potencializar e possibilitam um novo modo de ensinar e aprender.
DO ESTÉTICO AO MIDIÁTICO: O E-BOOK COMO PRODUTO DA INDÚSTRIA CULTURAL
Quelciane Ferreira Marucci
Na contemporaneidade, os livros não mais se restringem somente ao suporte impresso que fica exposto em prateleiras
de livrarias e bibliotecas. O e-book é, atualmente, este suporte diferenciado do papel e tinta. Tais e-books são livros
eletrônicos disponíveis nas páginas da web. Basta somente fazer o download do arquivo para ter acesso ao conteúdo
que se deseja. A partir da década de 2000, houve uma expansão nas publicações de livros na internet. Países, como os
Estados Unidos, publicam tanto em livro de papel quanto nas redes virtuais. Por meio da minha pesquisa de
dissertação de mestrado, vimos que a publicação on-line também está crescendo no Brasil, mas ainda é pouco visível.
O que podemos perceber é que estas publicações on-line podem ser estratégias mercadológicas, visando mais o
consumo do que a própria propagação da cultura, e estas estratégias são traços da própria Indústria cultural. Neste
artigo, propomos uma investigação do recente suporte – e-book, como um produto de consumo.
ENSINO DE LÍNGUAS
SALA B306
A PRESENÇA DO TRI/MULTILINGUISMO NO ENSINO SUPERIOR: UM ESTUDO DE CASO DE UMA
ALUNA DO CURSO DE LETRAS.
Elisangela Silva
Crisliane Patricia Silva
O objetivo desta comunicação é de trazer reflexões a partir de uma acadêmica oriunda do Paraguai. Trata-se de um
estudo de caso e consideramos como ponto de discussão o fato de, essa acadêmica viver uma realidade, no mínimo
trilíngue. O repertório da mesma inclui o espanhol e o guarani como línguas ativas. O português certamente passou a
fazer parte do repertório como "segunda língua". Atualmente ela se expõe ao inglês em sua formação de Letras. A
proposta é de discutir como um sujeito com estas particularidades linguísticas se apropria das habilidades acadêmicas
e letradas em curso de formação em que o português é tratado como língua materna e o inglês como língua
estrangeira num processo de formação profissional.
O PERCURSO DOS QUADRINHOS COMO INSTRUMENTO PARA O ENSINO DE LÍNGUA
PORTUGUESA
Elisângela Leal da Silva Amaral (PGLETRAS/UEMS)
Nataniel dos Santos Gomes (PGLETRAS/UEMS)
Marlon Leal Rodrigues (PGLETRAS/UEMS)
Os quadrinhos já foram marginalizados, combatidos como fonte geradora do “desvirtuamento” de menores,
colocados de lado como algo sem utilidade, principalmente para a área da educação, sob a alegação de que os
mesmos não possuíam conteúdos considerados cultos ou apropriados para a educação de crianças e adolescentes.
Esses discursos negativistas, no entanto, foram perdendo a força e, aos poucos, deram lugar a uma realidade
totalmente oposta, responsável pela promoção dos mesmos a instrumento de resgate e inculcamento de valores.
Passaram a ser utilizados em diversas campanhas sociais, até mesmo por alguns chefes de Estado, extrapolando as
fronteiras do público infantil, e tornaram-se um reconhecido recurso educativo. Nesse sentido, atualmente, os
quadrinhos são utilizados como recurso didático tanto em sala de aula, quanto em provas importantes relacionadas
à educação brasileira, tais como: ENEM e Prova Brasil. Situações como essas demonstram o quão os quadrinhos
estão se fazendo presentes na área da educação. A proposta deste trabalho é demonstrar o quanto é possível a
utilização dos quadrinhos nas aulas de português, literatura e redação.
A CONSTRUÇÃO LEXICAL DO PORTUGUÊS DO BRASIL: UMA ABORDAGEM LINGUÍSTICA
HISTÓRICA
Geane Lopes Francisco Araújo (PPGL-UEMS)
Miguel Eugênio de Almeida (UEMS)
Adriana Lúcia de Escobar Chaves de Barros (UEMS)
Este artigo visa abordar a construção lexical do português falado no Brasil, tendo como ponto de partida a chegada
dos portugueses à terra brasileira, o período de colonização até a formação da nossa língua. Embasamo-nos, para
tanto, numa pesquisa bibliográfica, numa contextualização histórica e linguística, sendo que nesta última abordagem,
priorizou-se a língua tupi falada pelos indígenas que já habitavam esse país, a perda de sua identidade lingüística,
cultural, a submissão aos desbravadores e a imposição de uma nova língua. Esse estudo inicia-se com a língua geral
ou brasílica, como inicialmente denominou-se a língua indígena, permeia a história do Brasil e enfatiza a força de
uma língua que era proibida, mas que teve grande importância na formação da nossa língua oficial, o português.
ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA INSTRUMENTALIZADO PELA GRAMÁTICA
Miguel Eugenio Almeida (UEMS)
Tecemos aqui algumas considerações pertinentes à prática do ensino de gramática da língua portuguesa no ensino
básico, verificando, no caso, o papel instrumental – meio – da gramática para o ensino em questão. Para tanto,
contemplamos, ainda, o uso didático-pedagógico das seguintes gramáticas: gramática normativa, gramática descritiva
e gramática histórica, principalmente contribuindo quer sob o âmbito interno, quer sob o âmbito externo da língua; e,
ainda, quer sob o aspecto sincrônico e diacrônico, fundamentalmente. Para tanto, distribuímos esta análise em duas
partes: a formação do professor em língua portuguesa, de modo especial. E, no segundo momento, abordamos a
prática de ensino-aprendizagem do educando nessa língua vernácula. Assim, partimos das considerações dos
estudiosos da língua portuguesa aliando o referido papel da gramática para o exercício da leitura e produção de texto.
Em seguida, apontamos algumas diretrizes práticas efetivando satisfatoriamente a busca para uma melhoria do ensino
do vernáculo.
TENTATIVAS “FRUSTRADAS” DE APROXIMAÇÃO DO PORTUGUÊS BRASILEIRO E A VARIANTE
EUROPEIA?
Nágila Kelli Prado Sana (PG-UEMS)
Elza Sabino da Silva Bueno (UEMS)
O presente estudo desenvolve se á partir das analises de aspectos similares e divergentes entreo (PB) Português
Brasileiro, (PE) Português Europeu, algumas vezes aproximando-os e outras vezes distanciando –os. Temos o
Português Europeu como variante padrão da língua, e com base nessatendência linguística observamos
continuamente a tentativa de aproximação do PB com a variante europeia, ocorrendo assim uma valorização dos
estudos que se enquadram nessa perspectiva. E que por outro ladosão raros os estudos sociolinguísticos que
desenvolvem –se numa metodologia comparativa do português Brasileiro (PB) e as línguas crioulas de base
portuguesa. Sabemos quediversos estudos já comprovaram as semelhanças encontradas entre o PB e as línguas
crioulas na concordância de gênero e número do sintagma nominal, principalmente aos crioulos da Guiné-Bissau,
Cabo Verde, São Tomé e Príncipe. Assim esses resultadosde semelhanças em diversos níveis como : fonológico,
lexical e morfossintático podem nos permitir defender a existência de um continuum afro-brasileiro de português.
SALA B307
O SUBJUNTIVO NO ENSINO DE PORTUGUÊS PARA FALANTES DE LÍNGUA INGLESA: REFLEXÕES
GRAMATICAIS E DIDÁTICAS
Mario Marcio Godoy Ribas (PG – UEMS)
Juliana Oliveira de Santana Novais (PG – UEMS)
Nataniel dos Santos Gomes (UEMS)
A partir de problemas encontrados por falantes de língua inglesa que são alunos de português como língua estrangeira
(PLE), este trabalho compara as diferenças estruturais do subjuntivo nas duas línguas supracitadas. Apesar de, em
ambas, haver os tempos presente, passado e futuro no subjuntivo, as diferenças são marcantes no português devido às
desinências modo-temporais, enquanto, no inglês, os modos indicativo e subjuntivo são muito similares na forma
fonética, quando não idênticos. A partir desta análise, investiga-se qual é abordagem adotada para se ensinar o
subjuntivo nos livros Falar... Ler... Escrever... Português: Um Curso para Estrangeiros de LIMA & IUNES (2009) e
Bem-Vindo! A Língua Portuguesa no Mundo da Comunicação de PONCE, BURIM & FLORISSI (2004). A primeira
parte do estudo utiliza como referencial os conceitos chomskyanos, já que são adequados para se verificar a
gramaticalidade ou agramaticalidade da frase. Pelo fato de as teorias gerativas não oferecerem respostas às questões
educacionais, na segunda parte do trabalho, demonstra-se a ligação entre as abordagens e métodos utilizados nos dois
livros didáticos e aqueles apresentados por RICHARDS & RODGERS (2001).
THE COLOR PURPLE E BELOVED: IMPLICAÇÕES DIALETAIS SOB A PERSPECTIVA DA
TRADUÇÃO
Hiroco Luíza FujiiIwassa (PG-UEMS)
Lucília Teodora Villela de Leitgeb Lourenço (UEMS)
Adriana Lúcia de Escobar Chaves de Barros (UEMS)
O presente artigo tem como objetivo tecer algumas considerações sobre o dialeto afro-americano Black
VernacularEnglish (BVE). Tais considerações tornam-se evidentes, a partir das contribuições da Sociolinguística e da
Tradução, abordando reflexões que envolvem as implicâncias dialetais nestes contextos teóricos. Manifestadas
através da literatura,tais variantes são marcantes nas obras Beloved de Toni Morrison eThe Color Purple de Alice
Walker.A partir desta conjuntura histórica, observa-se a resistência de um grupo étnico formado a partir de conflitos
que ultrapassam o campo linguístico. Dessa forma, neste trabalho, buscamos alternativas que contribuam para uma
tradução que respeite as peculiaridades culturais e linguísticas, considerando assim, a conjuntura sócio-histórica na
qual a variação está inserida.
DESCRIÇÃO DA LIBRAS DO SÉCULO XIX AO SÉULO XXI
Magno Pinheiro de Almeida
Miguel Eugênio Almeida (UEMS)
O presente trabalho mostrará a descrição de LIBRAS do século XIX ao século XXI, através dos marcadores manuais
(configuração de mãos, ponto de articulação e movimento), parte da dissertação do Mestrado em Letras. Trata-se de
uma pesquisa bibliográfica e documental, buscam-se dados sobre as diferenças e semelhanças através do tempo, será
utilizado o dicionário Iconographia de Signaes século XIX e dicionários atuais. Com base nesse estudo observe-se
que a LIBRAS, assim, como outras línguas estão em constantes transformações, até chegar-se na medida para
expansão que caracterize o povo surdo como povo com cultura e língua própria, porém, que lutam por objetivos e
ideais e que vão evoluindo através da história e das comunidades surdas. Hoje a referida língua possui elementos
identificáveis que é considerada como Língua oficial da comunidade surda do Brasil – LIBRAS.
O LÚDICO COMO ESTÍMULO À LEITURA E À ESCRITA UM ESTUDO SOBRE O PROJETO DE
EXTENSÃO ALMANAQUE
Marielle Rizzo Muniz
Angela Cristina Catonio (UCDB)
Este trabalho apresenta a importância da leitura e da escrita para a formação das crianças e dos jovens, e mostra a
atividade lúdica como um ato positivo a ser adotado pelas escolas para transmitir conhecimento. O prazer pela leitura
e pela escrita é criado por meio de estímulos, como a utilização de atividades lúdicas, que mostra a força que tem
quando se incentiva as crianças e os jovens por meio de brincadeiras, fazendo-o adquirir conhecimento e criarem o
hábito de ler e escrever sem que sejam obrigadas. Apresenta também uma breve explicação sobre as atividades de
incentivo à leitura e à escrita que o Projeto de Extensão Almanaque da Universidade Católica Dom Bosco – UCDB –
leva à comunidade e às crianças do Ensino Infantil e Fundamental, em escolas públicas e particulares de Campo
Grande – Mato Grosso do Sul.
TRABALHAR AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NA ESCOLA COM OS QUADRINHOS
Taís Turaça Arantes (UEMS)
Nataniel dos Santos Gomes (UEMS)
A Lei 11.645/08 que trata sobre á inclusão da História da África e cultura Afro-Brasileira e indígena no currículo
escolar. Para tanto se faz necessário entender que há uma compreensão de que é obrigatório ter uma única disciplina
responsável sobre o assunto, ou seja, entende-se que sua proposta tem por base trabalhar o assunto de uma forma
ampla, que faça com que o aluno venha a se tornar um cidadão consciente sobre as questões étnico-raciais. Antes da
justificativa da escolha de se trabalhar com os quadrinhas o devido assunto, vale mencionar que durante a própria
história das histórias em quadrinhos, a figura do negro e do indígena veio alterando-se com o tempo, ou seja, pode-se
dizer que sempre apareciam em um segundo plano e que mais recentemente com um maior destaque. É evidente que
ainda não possuem um destaque grande alguns personagens, porém outros se apresentam como personagens
fundamentais em algumas histórias, como o caso de Tempestade em os X-Men. Por isso o presente trabalho tem por
finalidade apresentar propostas para se trabalhar as relações étnico-raciais na escola com os quadrinhos, pois acreditase que os alunos apresentam um grande interesse e afinidade com esse tipo de material, além do que pensa-se que o
presente estudo contribuíra para que cada vez se edifique mais a ideia de que é necessário que os alunos
compreendam melhor as relações étnico-raciais.
SALA C301
O ENSINO DE LEITURA E A AVALIAÇÃO EM LARGA ESCALA NA REDE ESTADUAL DE ENSINO
DE MATO GROSSO DO SUL (SAEMS): CONTRIBUEM PARA GERAR TRANSFORMAÇÕES?
Silvane Aparecida de Freitas (UEMS)
Michele Serafim dos Santos (PG-UEMS)
Nesta comunicação, pretendemos discutir alguns conceitos presentes no debate acadêmico sobre a avaliação externa e
sua relação com as políticas públicas, enfatizando o ensino de leitura nas aulas de língua portuguesa, destacando os
seguintes objetivos específicos: conceituar avaliação externa de Língua portuguesa em MS (SAEMS) e analisar as
questões de leitura aplicadas ao 3. ano do Ensino Médio, com o fito de verificar se estas questões estão em
consonância com as atuais concepções sobre leitura. Para isso, partiremos de uma revisão bibliográfica sobre leitura
numa perspectiva discursiva e sobre avaliação externa, relacionando-a com as políticas públicas de nosso país. A
proposta será refletir sobre como o ensino de leitura é focalizado nessas avaliações de larga escala. Esse tipo de
avaliação ofereceria um modelo a ser seguido pelos professores? Que concepções de leitura perpassam essas questões
avaliativas? Qual a finalidade desse tipo de avaliação? Após análise dessas questões, pretendemos discutir os
resultados obtidos nas avaliações externas, divulgar seu conteúdo, com o foco na leitura, promovendo uma reflexão
sobre as concepções de leitura apresentadas nessas provas, motivando os professores a debater essas propostas, a
desenvolver atividades de leitura diversificadas, propiciando diferentes gêneros discursivos aos seus alunos, tendo em
vista uma concepção de leitura como processo polifônico, abrangente e complexo.
MULTICULTURALISMO NO CANADÁ: UMA ANÁLISE DO DISCURSO DO PRIMEIRO-MINISTRO
PIERRE TRUDEAU
Diego Barbosa da Silva (UFF/Arquivo Nacional)
Nestas últimas décadas, observamos o crescimento da migração e a intensificação da globalização que, favorecendo o
contato entre culturas, trouxe e traz uma série de questões e desafios de convivência. Nossa pesquisa de doutorado
visa justamente pensar essas questões por meio da análise discursiva do multiculturalismo. O que está em jogo e o
que não está quando se diz multiculturalismo? O que esses sentidos silenciam? O multiculturalismo é um
acontecimento discursivo? Para isso analisaremos o funcionamento e as condições de produção do discurso
multicultural no Canadá, na Austrália, na Europa, na ONU (Unesco) e no Brasil, enquanto acontecimento histórico.
Como se sabe, o surgimento do termo multicultural/multiculturalismo se deu justamente no Canadá e na Austrália nos
anos 1960, países com colonização predominantemente de povoamento e com intensas políticas migratórias. Para esta
apresentação tomemos, sobretudo, como corpus de análise o discurso considerado o marco inicial da política
multicultural no Canadá, proferido no Parlamento, no dia 8 de outubro de 1971, pelo premier canadense Pierre Elliott
Trudeau.
DISCURSO E TABU:UMA ANÁLISE DO(SEM-) SENTIDO DO INCESTO CONSENTIDO
Márcia Helena Franco Santos Godoy (PG-UEMS/NEAD)
Marlon Leal Rodrigues (CEPAD/NEAD/UEMS)
Este artigo trata da análisedeum fragmento de uma narrativa erótica que aborda o tabu do incesto como temática,
sopesando o que a Análise do Discurso identifica como“sentido” (ou “sem-sentido”). Considerou-se, para tanto, a
possibilidade de que, mesmo silente, o envolvimento sexual entre consanguíneos e afins é bastante comum e nem
sempre corresponde a um ato delitivo, pois pode ser manifestadode maneira consentida por indivíduos dotados de
plena capacidade física e mental. Com o objetivo de contribuir a reflexões acerca do incesto perpetrado com a
aceitaçãode praticantes juridicamente capazes (maiores de idade e em condições de normalidade físico-intelectual),
elegeram-se, como materialpara este estudo, partes de umtexto erótico coletado emsítio da internet, divulgado em
Língua Portuguesa. Tem-se, como problema central, a atribuição de (sem-)sentidosao discurso de sujeito que justifica
a prática incestuosa que, por ser factualmente consentida, não implica em abuso sexual, mas que, mesmo assim, não
parece ser moralmenteaceita ou socialmente justificável. Optou-se, na fundamentação teórica, pelas contribuições de
Pêcheux (2002), Orlandi (2012), Freud (1910) e Lévi-Strauss (2011). Quanto à metodologia, elencaram-se e foram
discutidosfragmentos de um relato que, mesmo que não tenha sido vivenciado, materializa o interesse por relações
sexuais entre familiares. Como a proibição do incesto é considerada um marco histórico da passagem do estado
naturaldo ser humano ao estágio cultural, os resultados deste trabalho correspondem a uma introdução à abordagem
discursiva de (sem)sentidos na transgressão de um dos mais intrigantes tabus da humanidade.
PERFIL DE LEITOR DOS ESTUDANTES DO CAMPUS CAMPO GRANDE DO IFMS
Flávio Amorim da Rocha
João Pedro Vasconcelos Tabosa
Este trabalho tem por objetivo apresentar uma pesquisa desenvolvida no campus Campo Grande do Instituto Federal
de Mato Grosso do Sul (IFMS) que procurou identificar, através da aplicação de um questionário, o perfil dos
estudantes leitores do ensino médio integrado ao técnico – quem são, como leem e o que leem. De posse dos
resultados, discutimos aspectos relevantes relacionados ao hábito de leitura desses sujeitos de pesquisa, tendo por
base as teorias de letramento literário (COSSON, 2012). Dessas discussões, originou-se uma proposta de formação do
Clube de Leitura, um espaço onde alunos e professores possam discutir sobre literatura, levando em consideração as
multimodalidades presentes nos textos, como a música e o cinema. É intenção do grupo promover atividades que
permitam à comunidade escolar o acesso à arte literária por meio do diálogo que ela mantém com diversas formas de
expressão, colaborando com a construção da identidade do leitor frente à transformação tecnológica que faz com que
repensemos a linearidade do ensino de literatura nas escolas nos dias atuais.
OS IMPACTOS DA PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL NA INSERÇÃO SOCIAL DOS AGRICULTORES DO
ASSENTAMENTO “GUARDINHA”
Milena de Souza Locatelli (UEMS)
Adriana Lúcia de Escobar Chaves de Barros (UEMS)
Esta pesquisa tem como objetivo refletir sobre os impactos do trabalho com a produção agropecuária sustentável, na
inserção social dos agricultores familiares do assentamento do “Guardinha”, localizado no Município de Jardim, em
Mato Grosso do Sul. Para tal, buscou-se ouvir os discursos desses assentados, procurando entender a relação entre
suas práticas diferenciadas de produção e seu reposicionamento na sociedade. Esses trabalhadores rurais
conquistaram suas terras a partir da luta do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A maioria tem
origem na vida rural agrícola, então, pensando em garantir sua permanência na terra e sua inserção social na
sociedade local e além dela, alguns deles buscaram alternativas produtivas, através de um modelo de produção
sustentável. A fim de compreender e produzir registros sobre tais impactos, uma pesquisa de natureza qualitativa foi
realizada. Os registros foram feitos através de entrevistas individuais e gravadas, onde os entrevistados falarão sobre
suas práticas de produção agrícola sustentável, fazendo comentários e dando suas opiniões e impressões. Seus
discursos foram transcritos e analisados sob a ótica da Sociolinguística Interacional. Observou-se que as inovadoras
práticas de produção sustentável vivenciadas por esses agricultores familiares vêm promovendo sua inclusão social e
melhoria na qualidade de suas vidas.
FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES
SALA C303
Coordenação: Kátia Cristina Nascimento Figueira
SUPERVISÃO À AÇÃO DOCENTE DOS BOLSISTAS DO PIBID-PEDAGOGIA-INTERDISCIPLINAR NA
ESCOLA MUNICIPAL SULIVAN SILVESTRE OLIVEIRA - TUMUNE KALIVONO ‘CRIANÇA DO
FUTURO’, CAMPO GRANDE, MATO GROSSO DO SUL, BRASIL
Cilmara Miranda Camargo (UEMS/ /PIBID/CAPES)
Léia Teixeira Lacerda (PPGEd/UEMS)
Maria Leda Pinto (PPGLetras/UEMS)
Esta comunicação tem por finalidade divulgar os resultados das atividades desenvolvidas no PIBID/PedagogiaInterdisciplinar na Escola Municipal Sulivan Silvestre Oliveira, por meio do Laboratório de Apoio à Ação Docente
para a Educação das Relações Étnico-Raciais e a Diversidade Sexual e de Gênero, Mato Grosso do Sul, Brasil. Esta
instituição escolar está situada na Aldeia Urbana Marçal de Souza e conta com 22% dos alunos indígenas, além de
dois professores Terenas que atuam na Escola com o ensino de língua, cultura e arte da etnia. Com esse subprojeto a
escola encontrou motivos que impulsionaram para a construção de um trabalho pautado na diversidade cultural. Os
bolsistas participaram de forma direta nas salas de aula, atuando em princípio como colaboradores dos professores
com a finalidade de estreitarem laços com os alunos, e em um segundo momento, aplicando seus planos de ensino
com base nas temáticas sugeridas pela Coordenação do PIBID-Pedogia-Interdisciplinar da UEMS. Essas atividades
foram realizadas de maneira supervisionada, estabelecendo a relação entre o ambiente escolar e o acadêmico de forma
a integrá-los à realidade escolar cotidiana, contribuindo assim para a formação desses bolsistas e dando base à prática
pedagógica. Durante o projeto foram realizadas atividades lúdicas, tais como teatro de fantoches, rodas de leitura e
oficina de brinquedos. No decorrer dessas atividades as crianças demonstraram potencialidades em diversos sentidos
como solidariedade, cooperação e respeito às diferenças, manifestando sentimentos de respeito às diferenças e à
cultura da paz com abertura para a criatividade.
PIBID-PEDAGOGIA/INTERDISCIPLINAR:
ATIVIDADES
DE
ESTÍMULO
PARA
DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE CRIANÇAS DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE CAMPO GRANDE
Cláudia Andréa Ferreira (UEMS/ /PIBID/CAPES)
Cilmara Miranda Camargo (UEMS/ /PIBID/CAPES)
Léia Teixeira Lacerda (PPGEd/UEMS)
Maria Leda Pinto (PPGLetras/UEMS)
O
O presente trabalho visa apresentar as atividades de Iniciação à Docência que foram desenvolvidas na Escola
Municipal Sulivan Silvestre de Oliveira, vinculadas ao subprojeto PIBID-Pedagogia-Interdisciplinar. Notamos ser de
suma importância a realização desse tipo de atividade dentro das escolas, sobretudo em uma escola pública, que tem
grande parte de seu corpo discente composta por alunos indígenas. Essa importância se evidencia aos alunos não só
pela existência das diferenças étnicas e de gênero, mas também pela necessidade de se respeitar e se conviver
harmoniosamente com elas, tanto no ambiente escolar, como também na vida e na sociedade como um todo. A
princípio duas propostas foram executadas: o teatrinho de fantoches com um texto infantil adaptado e uma oficina de
brinquedos com base no mesmo tema apresentado no teatrinho. O mais surpreendente no projeto foi o senso de
cooperação, união e também a harmonia que se estabeleceu no dia da oficina de brinquedos, sobretudo se levarmos
em conta os fatos de termos unido os alunos de quatro salas em um mesmo espaço e de que nem todos se conheciam.
No primeiro semestre de 2013, as atividades foram desenvolvidas com base no filme “O menino maluquinho”
baseado na obra de Ziraldo, produzido por Tarcísio Vidigal e dirigido por Helvécio Ratton. Após a exibição do filme
foram abordados temas variados com as crianças, tais como as diferenças de gêneros entre meninos e meninas,
família — separação, respeito aos idosos, morte — amizade (combate ao preconceito) e brincadeiras diversas. Essas
aulas baseadas nesses temas foram extremamente proveitosas, pois os alunos puderam se manifestar trabalhando sua
oralidade, integração e desenvoltura.
INTERAÇÃO ENTRE A DIVERSIDADE TEXTUAL E A DIVERSIDADE ÉTNICO-RACIAL
BRASILEIRA: O TEXTO LITERÁRIO NAS PRÁTICAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA
Erica Oliveira Silva (UEMS/ PIBID/CAPES)
Cilmara Miranda Camargo (UEMS/ PIBID/CAPES)
Léia Teixeira Lacerda (PPGEd/UEMS)
Maria Leda Pinto (PPGLetras/UEMS)
A presente comunicação tem por finalidade apresentar os resultados parciais das atividades do PibidPedagogia/Interdisciplinar, desenvolvidas por meio das ações do Projeto de Iniciação à Docência: Leitura e
questionamento textual na formação e na prática docente do professor iniciante de português: uma proposta de
ensino a partir da diversidade textual, na E. M. Sulivan Silvestre Oliveira - Tumune Kalivono ‘Criança do Futuro’,
em Campo Grande/MS, Brasil. Foram propostas atividades de leitura com contos literários, com os alunos das Séries
Iniciais do Ensino Fundamental. Essa atividade oportunizou — por meio da discussão e compreensão dos contos —
os questionamentos dos alunos sobre as questões étnico-raciais e as relações de gênero, com a finalidade de
compreender o texto literário e sua relação com as temáticas da diversidade. A partir dessa compreensão os alunos
produziram textos que possibilitaram a interação com os contos apresentados. Os resultados evidenciaram uma
melhoria na compreensão e na produção textual dos alunos e demonstraram que a escolha do conto literário foi
positiva, tendo em vista que possibilitou maior interação e empatia, entre os alunos, gerando curiosidade pelas
diferenças étnicas e culturais. Essa compreensão aproxima o aluno da leitura, da criação estético-literária e,
consequentemente, da relação com os diferentes colegas, contribuindo para a formação de cidadãos éticos,
compreensíveis consigo mesmo e com o Outro, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
das Relações Étnico-Raciais.
AS CONTRIBUIÇÕES DO FILME O MENINO MALUQUINHO PARA AS ATIVIDADES DE INICIAÇÃO À
DOCÊNCIA, PIBID/PEDAGOGIA-INTERDISCIPLINAR/UEMS
Kelly Luciana Ramires Godoy (UEMS/ PIBID/CAPES)
Léia Teixeira Lacerda (UEMS/ PIBID/CAPES)
Maria Leda Pinto (UEMS/ PIBID/CAPES)
Este trabalho visa apresentar o processo de aprendizado adquirido na realização das atividades do PIBIDPedagogia/Interdisciplinar-UEMS. Essas atividades se revelam de grande importância para a formação integral dos
acadêmicos, colaborando com a constituição do conhecimento e o aprimorando da experiência da prática pedagógica.
O objetivo dessas atividades em sala de aula foi de ensinar as crianças a valorizarem e a respeitarem os colegas e os
professores, independente de etnia, cor, religião e sexo, consciliando também os princípios familiares que devem ser
vivenciados, bem como evidenciar o valor da amizade e da solidariedade, entre os colegas, por meio dos vários tipos
de brincadeiras e jogos de recreações, antigas e modernas. Uma das atividades preparadas para cumprir com os
objetivos do subprojeto foi a escolha do filme o Menino Maluquinho, de Helvécio Ratton, apresentado ao 2º. ano do
Ensino Fundamental com a finalidade de abordar as relações de gênero e as brincadeiras infantis. Os resultados
revelaram que mesmo diante do pouco domínio dos conteúdos e experiência no ensino, toda a sabedoria apreendida,
nas atividades foi aplicada com sucesso. A conciliação da prática com a teoria possibilita a compreensão da vivência
em sala de aula, pois só assim exerceremos o processo educativo, tendo em vista que cada teoria apreendida nos
encontro com o projeto tem um motivo especial, o de nos tornar educadores de maneira integral, bem como a
valorização da prática de docência.
A PRODUÇÃO TEXTUAL NOS ANOS INICIAIS DO FUNDAMENTAL I – AMAMBAI/MS: O SUJEITO E
SUAS RELAÇÕES ENTRE LINGUAGEM E DISCURSO
Marta Luzzi (PG-UEMS/PIBID)
Maria Leda Pinto (UEMS)
Esta comunicação tem como objetivo apresentar análises parciais das Produções Textuais dos alunos nos anos Iniciais
do Fundamental I, da Escola Estadual Drº Fernando Correia da Costa em Amambai-MS. O trabalho faz parte do
projeto de Mestrado desenvolvido no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Letras, da Universidade Estadual
de Mato Grosso do Sul está fundamentado na teoria sócio-interacionista, associada a Mikhail Bakhtin. Nessa
perspectiva os sentidos do Discurso nos revelam um sujeito – ser múltiplo – de muitas vozes, que se (re)significa
mediado pela linguagem. Nessa vertente Geraldi (2010) apresenta uma noção de Constituição de Sujeito que
compreende a inconclusibilidade e insolubilidade, não admitindo o caráter fechado de uma instituição escolar, mas
que se constitui na relação dialógica entre o eu e o tu (aluno, professor, linguagem, escola), no encontro/desencontro e
na instabilidade. Trabalhar nessa perspectiva é ter convicção de que é pela Interação Verbal, que nós sujeitos
Enunciadores, nos (re)compreendemos e nos constituímos como produtores de sentido. Fundamentados nesses
estudiosos, analisamos textos produzidos, no 2º semestre de 2012. Nessa análise foram levantadas algumas pistas, de
como o ensino de Língua Portuguesa a partir da Interação Verbal, tem o texto como multiplicador de sentido e como
ato discursivo. O que foi possível evidenciar nas análises realizadas com os trabalhos produzidos pelos alunos A, B e
C orientados pela professora da turma, é que esses alunos tiveram a oportunidade de desenvolver conhecimentos,
fazendo a construção ativa e crítica do texto enquanto escritor/autor.
SALA C309
PIBID-PEDAGOGIA/INTERDISCIPLINAR: UMA EXPERIÊNCIA NA FORMAÇÃO A DOCÊNCIA
Toni Salvador Massiaba Jorge (UEMS/ PIBID/CAPES)
Léia Teixeira Lacerda (UEMS/PIBID/CAPES)
Maria Leda Pinto (UEMS/ PIBID/CAPES)
Esta comunicação pretende apresentar a experiência constituída no subprojeto PIBID-Pedagogia/Interdisciplinar que
esta sendo realizada na Escola Municipal Sulivan Silvestre Oliveira, Tumune Kalivono/Criança do Futuro. O
processo de formação inicial possibilita ao futuro professor a constituição da sua identidade profissional, a capacidade
de refletir sobre as práticas pedagógicas de maneira crítica e compreender as relações que se estabelecem em sala de
aula a fim de responder de maneira critica diante dos conflitos que estejam relacionados ao exercício da docência.
Nessa perspectiva, dois aspectos podem ser evidenciados em sala de aula: a postura do professor durante o processo
de ensino e de aprendizagem na mediação dos conhecimentos, bem como a relação que se estabelece entre o professor
e seus alunos. Conhecer esses aspectos e articulá-los às atividades de estudo do referido Subprojeto por meio de
leituras e discussões nos encontros semanais permitiu reflexões sobre a importância de o acadêmico vivenciar a
prática de ensino durante o tempo de estudos na Universidade, pois com isso poderá melhor amadurecer a sua postura
e atuação como professor. Diante disso, foi possível constatar que a experiência na Escola trouxe um crescimento
considerável por meio das relações sociais com os alunos e professores e ao acadêmico a pratica como iniciante na
docência, de forma que o PIBID pode ser considerado como chave principal na formação da docência.
O PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NO DEBATE SOBRE DIVERSIDADE CULTURAL,
RACISMO E PRECONCEITO NA E.E PROFESSOR CARLOS HENRIQUE SCHRADER, CAMPO
GRANDE, MS
Semíramis Gandolfi Cruz (PPGEd/UEMS/ CAPES)
Maria Lúcia Braz Lopes (PPGEd/UEMS/ CAPES)
Christoffer Jamesson da Silva (PPGEd/UEMS/ CAPES)
Léia Teixeira Lacerda (PPGEd/UEMS)
Maria Leda Pinto (PPGLetras/PROFELETRAS/UEMS)
Esta comunicação tem por objetivo divulgar os resultados parciais das atividades de Iniciação à Docência
desenvolvidas na E.E Professor Carlos Henrique Schrader, por meio do Laboratório de Apoio à Ação Docente para a
Educação das Relações Étnico-raciais e a Diversidade Sexual e de Gênero, Mato Grosso do Sul, Brasil. Este
subprojeto está sendo desenvolvido, pelos discentes dos Cursos de Pedagogia e Letras, da Universidade Estadual de
Mato Grosso do Sul. As atividades são realizadas de forma articulada com os conteúdos desenvolvidos pelos
professores nas salas do 3º e 5º ano do Ensino Fundamental, da referida Escola. Os resultados parciais evidenciaram
que os alunos não sabiam exemplificar ou definir o que é racismo, preconceito e/ou diversidade cultural. Diante disso,
constatamos a necessidade de debater com os alunos esses conceitos nas atividades de docência, sobretudo os
conceitos de cor, de raça e de etnia. Foram desenvolvidas atividades de leitura, escrita e debates no sentido de
possibilitar a compreensão ampla desses conceitos pelos alunos. Dessa forma, as atividades de leitura e escrita foram
organizadas com o objetivo de enfrentar as dificuldades, acima apresentadas, e oportunizar aos alunos e aos
licenciandos uma melhoria de ensino, das relações sociais entre crianças, professores e gestores.
ESTUDO DOS DILEMAS, DESAFIOS E PERSPECTIVAS DA SUPERVISÃO PEDAGÓGICA NO PIBIDPEDAGOGIA/INTERDISCIPLINAR, CAMPO GRANDE, MS
Maria Lúcia Braz Lopes (UEMS/PIBID/CAPES)
Gisele Lunas Rodrigues (UEMS/PIBID/CAPES)
Thais Oliveira Amaro (UEMS/PIBID/CAPES)
Léia Teixeira Lacerda (PPGEd/UEMS)
Maria Leda Pinto (PPGEd/UEMS)
Esta comunicação tem por objetivo analisar a atuação dos bolsistas do PIBID/Pedagogia-Interdisciplinar — diante
dos dilemas, desafios e perspectivas inerentes à profissão da Docência — desenvolvida na E. E. Professor Carlos
Henrique Schrader, por meio do Laboratório de Apoio à Ação Docente para a Educação das Relações Étnico-Raciais
e a Diversidade Sexual e de Gênero, Mato Grosso do Sul, Brasil. As atividades foram realizadas de forma articulada
com os conteúdos que abordam a oralidade, a prática da leitura e a produção e reflexão dos textos desenvolvidos
pelos professores do Ensino Fundamental da referida Escola. Ao receber os bolsistas na Escola ficaram evidentes os
desafios que a prática de supervisão encontraria. Inicialmente, apresentamos-lhes: a Escola, as suas rotinas e os
professores das salas, para posterior observação da prática pedagógica e vínculo com os alunos. Na fase de regência,
evidenciamos a importância do planejamento escolar, da escolha dos textos referentes à diversidade cultural e às
relações de gênero; a necessidade de estudar as diretrizes curriculares para a realização dessas atividades e,
principalmente, para replanejá-las de acordo com os objetivos propostos. Quanto aos benefícios para os bolsistas e
alunos podemos destacar: o conhecimento da realidade dos alunos, as dificuldades da escola, os desafios e
perspectivas para uma educação de qualidade, bem como a constituição da postura e identidade docente, sobretudo,
refletindo sobre a prática pedagógica que atenda às necessidades existentes no cotidiano escolar, ou seja, a
valorização do ser humano.
RELATO DE EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DE ACADÊMICOS
PELO PROGRAMA DE INICIAÇÃO A DOCÊNCIA/PIBID-PEDAGOGIA-INTERDISCIPLINAR DA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL
Renato Alves de Souza (UEMS/PIBID/CAPES)
Léia Teixeira Lacerda (PPGEd/UEMS)
Maria Leda Pinto (PPGLetras/UEMS)
Este trabalho tem por objetivo relatar as experiências vivenciadas, pelos licenciandos, na E.M Sulivan Silvestre de
Oliveira - Tumune Kalivono ‘Criança do Futuro’, localizada em Campo Grande, com base nas atividades de Iniciação
a Docência. O que chama atenção nesse programa é a inserção dos acadêmicos em uma sala de aula real com as
atividades e os desafios enfrentados dentro de uma escola. Essas vivências se revelam como uma escolha decisiva
para a formação dos bolsistas, que se constituem em ganhos e experiências inacreditáveis. Na Universidade,
estudamos vários filósofos e grandes estudiosos da educação. Para compreendermos a teoria precisamos conciliá-la
com a prática, e é isso que o programa proporciona aos bolsistas. Em algumas situações, o aprendizado se evidencia
nos estudos dos teóricos da Educação Infantil, como as ideias de John Dewey que destaca que o objetivo dentro da
escola é educar as crianças para um futuro incerto, mas, respeitando as diferenças. Pensando nisso, as atividades
foram desenvolvidas voltadas ao respeito ao Outro e do limite do Outro. O resultado foi satisfatório, pois as
atividades de leitura e escrita foram organizadas no sentido de enfrentar tanto as dificuldades dos alunos, como
também as que existem dentro da instituição, no sentido de oportunizar a esses alunos e aos licenciandos uma
melhoria de ensino, das relações sociais entre crianças, professores e gestores, bem como a oportunidade de abrir
novos horizontes no que diz respeito às práticas pedagógicas, tendo em vista que a cada novo projeto, uma nova ideia
educativa surge e com elas novas práticas e novos métodos.
ANÁLISE DISCURSIVA, DO WORKSHP DE INICIAÇÃO TEATRAL PARA O MELHOR DESEMPENHO
DO PROFESSOR NAS ESCOLAS
Clarialdo Gabriel Alonso do Nascimento (UEMS/ PIBEX/MEC)
Léia Teixeira Lacerda (UEMS/PIBEX/Pedagogia-Interdisciplinar/Capes)
Maria Leda Pinto (UEMS/PIBID/Pedagogia-Interdisciplinar/Capes)
Esta comunicação tem por objetivo apresentar os resultados parciais da analise discursiva sobre as desenvolvidas na
Universidade Estadual do Mato grosso do Sul, com o Subprojeto: Análise Discursiva do workshop de Iniciação
Teatral para melhor desempenho do educador. Cujo qual esta vinculado com o Grupo de Pesquisa: Educação,
Cultura e Diversiade/CNPq e está sendo desenvolvido, discentes licenciados dos cursos de Pedagogia e Letras. As
atividades são realizadas de forma articulada em 01 (uma) sala, o ministrante dos workshop Mario Lopes, aplica
teorias e técnicas teatrais para o melhor desempenho e desenvolvimento dos alunos do PIBID para que, enquanto
estiverem ministrando as aulas em sala , possam ter melhor postura e poder aplicar algumas das técnicas aprendidas
nos workshop em sala, durante as aulas teatrais contamos com a presença das Doutoras: Maria Leda Pinto e Léia
Teixeira Lacerda, que hora ou outra tomam a arte da palavra para que possam trazer as técnicas para o âmbito do
colégio, dizendo como e quando essas técnicas devem ser aplicadas em sala de aula. Até o primeiro semestre do
projeto foram aplicadas em demasia as teorias, deixando assim para a segunda metade do ano a prática e a execução
das técnicas aprendidas, este projeto do grupo de pesquisa será finalizado com a apresentação de um teatro baseado na
obra de Manuel de Barros nos colégios vinculados com os projetos de iniciação a docência. No decorrer do workshop,
faço a análise discursiva, sobre as ideias apresentadas e como essas ideias, podem contribuir para a produção do
material didático no término do projeto de extensão. Esta análise é feita a partir dos dos pontos de vista e das
experiências de cada integrante do grupo vividas nos colégios, essa mesmas são coletas através de anotações para
posteriormente serem usadas na produção do material didático.
COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS – 22 de agosto
Horário: 13h30 às 15h
LITERATURAS
SALA C301
Coordenação: Flávia Andrea Rodrigues Benfatti (UFMT)
ENSINO DE LITERATURA: OS POSSÍVEIS DIÁLOGOS
Graciela Fátima Granetto (PG-UEMS)
Ana Aparecida Arguelho de Souza (UEMS)
Este trabalho apresenta os primeiros resultados de pesquisa em desenvolvimento no Programa de Mestrado em Letras
da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Trata de uma investigação sobre o que os manuais didáticos têm
indicado como objetos de leitura; em que medida a literatura aparece como gênero a ser lido, qual dos gêneros
literários é mais recorrente e como se dão as orientações de leitura dessa modalidade de texto nos instrumentos
didáticos analisados e, por fim, investiga os determinantes históricos dessas escolhas. O universo desta pesquisa
abrange, além dos manuais didáticos utilizados no 3º ano do Ensino Médio da rede pública escolar de Mato Grosso do
Sul, os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio, as Orientações Curriculares para o Ensino Médio, bem
como o Referencial Teórico Curricular do Estado de Mato Grosso do Sul. O objetivo deste artigo é, a partir de um
recorte na pesquisa, apresentar o estado da arte do ensino da literatura, referente à produção materializada em livros,
capítulos, artigos, teses e dissertações. Como não é possível abarcar toda a essa produção, limitou-se a alguns
exemplos, a partir dos quais pode-se identificar as abordagens mais usuais, bem como as lacunas que podem
possibilitar novos trabalhos.
A LITERATURA NO PROCESSO DE DESCONTRUÇÃO DO PRECONCEITO ÉTNICO RACIAL.
Erivânia Oliveira de Paula (Grad-UEMS)
Bartolina Ramalho Catanate (UEMS)
Esta pesquisa tem por objetivo refletir sobre a literatura de Monteiro Lobato, a obra “O Presidente Negro ou Choque
das Raças”, no processo de formação de professores, pois tanto a literatura quanto a formação são detentoras e (Re)
produtoras de conhecimento. Esta obra literária revela, por meio dos personagens, as diferentes formas de preconceito
existente, dentre eles o preconceito racial e social. Observa-se que o negro foi ideologicamente desagregado de sua
condição humana e fatores foram constituídos para que o preconceito racial se instaurasse nas relações entre os
diferentes povos em nosso país. A Lei N° 10.639/2003, que explicita e regulamenta a obrigatoriedade do ensino da
“HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA”, alerta sobre a necessidade de se investir na formação do
professor, uma vez que desempenha a função de mediador no processo de aquisição/apropriação do conhecimento e a
literatura um importante instrumento na reflexão sobre o contexto social, histórico e cultural no qual o sujeito está
inserido. O professor poderá analisar os fatos históricos que construíram as relações de submissão e dependência dos
povos e propor uma prática pedagógica em que o educando se reconheça e construa sua identidade de forma positiva.
A base teórica foi com os autores: (Gramsci, 2003; Scaff, 2011; Saviani, 2009; Catanante, 2009; Gatti, 2003;
Brezinski, 2009; Candido, 2006; Ribeiro, 1995; Adorno, 1947) que tratam sobre a formação de professores, literatura
e sociedade. A formação de um sujeito crítico e consciente, passa pela apreensão do saber, função facilitada pela
prática docente e pelo conhecimento literário, pois ambos corroboram no processo de humanização e conscientização
do ser humano.
HISTÓRIA E INTERTEXTUALIDADE EM O ANEL DO NIBELUNGO DE RICHARD WAGNER: AS
FONTES MÍTICAS
Wanderson Fernandes Fonseca (UEMS/UCG)
Ana Aparecida Arguelho de Souza (UEMS/UCG)
Este trabalho é um recorte da pesquisa Mito, história e literatura em Wagner: O Anel do Nibelungo desenvolvida na
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, sob a orientação da Profª Drª Ana A. Arguelho de Souza. Foi
financiada pelo CNPQ – Programa de Iniciação Científica e teve por objetivo realizar o levantamento do estado da
arte sobre os quatro libretos que compõem o ciclo dramatúrgico musical O Anel do Nibelungo, do compositor alemão
Richard Wagner, com opropósito de, posteriormente, investigar os elementos míticos, literários e históricos no drama
wagneriano.O Anel do Nibelungo, também tratado como tetralogia, consiste em um ciclo de quatro libretos de óperas
adaptadas dos personagens mitológicos de sagas nórdicas e do poema épico medieval A Canção dos Nibelungos. O
compositor retoma e re-significa todo um conteúdo mítico enraizado nas origens do povo germânico, dentro do
movimento romântico-nacionalista que firma no século XIX o estabelecimento da burguesia na história. Esse
movimento busca, por meio do resgate da cultura e da mitologia de cada povo, formar e consolidar o sentimento de
nacionalidade das nações europeias. O recorte feito no presente trabalho incide sobre as fontes míticas nas quais
bebeu Wagner para criar sua obra com o objetivo de apontar os intertextos com essas literaturas anteriores.
MARCEL DUCHAMP E MANOEL DE BARROS – MATÉRIA DE POESIA
Thiago Cyles (UEMS-PG)
O lúdico está presente nas mais diferentes manifestações artísticas, desde o começo da humanidade, nos primórdios
de todas as civilizações. O lúdico surge nas artes plásticas de Marcel Duchamp e na obra poética de Manoel de Barros
por meio de uma linguagem criada para que o próprio espectador ou leitor possa participar do jogo de atribuição de
sentidos, diante da obra que está vendo. O lúdico torna de alguma forma o espectador/leitor também um participante
da obra artística.
FORMAÇÃO DE PROFESSORES
SALA C303
GENDER AND LANGUAGE TEACHER EDUCATION IN A BRAZILIAN CONTEXT
Dánie Marcelo de Jesus (UFMT)
The aim of this study is to investigate the representations of pre-service teachers in an educational blog of a Federal
University in Brazil. The purpose is to understand how the gender theme is presented in the discourses of participants.
This work is based on the critical perspective of discourse and is supported by studies about gender and sexuality. An
interpretative research methodology was used, and the analysis sought to identify the discursive representations that
are manifested in the linguistic choices of the pre-service teachers’ blog. The findings suggest that critical reflection
can be an excellent tool to question heteronormative hegemonic discourse in teachers’ education.
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS: UMA ABORDAGEM SOCIOLINGUÍSTICA
APLICADA AO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA A PEDAGOGIA
Daniela de Souza Silva Costa (UEMS)
A língua, para além de instrumento de comunicação e organização de pensamento, carrega consigo a riqueza cultural
da sociedade que a utiliza e, nesse sentido, reflete aspectos sócio-histórico-culturais. Assim, seu ensino não pode
prescindir da abordagem de aspectos sociais ligados ao estudo linguístico. Este trabalho discute o viés
sociolinguístico aplicado à disciplina Linguagens, códigos e suas tecnologias, ministrada no ano de 2013 para os
acadêmicos do 3º ano de Pedagogia da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Utilizando-se da teoria
sociolinguística por meio da abordagem de textos teóricos, a experiência revelou que os primeiros professores de
língua portuguesa das crianças que se iniciam no ambiente escolar carecem de uma abordagem linguística em sua
formação, bem como se demonstrou que os acadêmicos percebem essa importância, aplicando-se aos estudos
propostos. Por fim, evidenciou-se que a interface entre os cursos de Letras e Pedagogia tende a enriquecer o ensino de
Língua Portuguesa, tendo em vista que ambas as carreiras se completam no ofício do ensino de língua.
A IMPORTÂNCIA DA SOCOLINGUÍSTICA PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUA
PORTUGUESA
Dirlene Santos de Araujo
Adriana Lúcia de Escobar Chaves de Barros (PPGLetras/UEMS)
Este trabalho visa discorrer sobre a importância dos estudos da Sociolinguística para a formação de professores de
língua materna. Trataremos de princípios básicos desta área do conhecimento, assim como suas concepções, seu
surgimento, seu escopo de atuação e importância na sala de aula e relacionando-os com a formação continuada de
professores de língua materna, numa perspectiva reflexiva, no que diz respeito ao combate ao preconceito linguístico
e ao conservadorismo na escola. O papel da escola é o de levar os alunos a se apoderarem da norma culta da língua,
mas também enriquecer o seu repertório linguístico, permitindo o acesso a uma maior gama possível de recursos para
que atinjam uma competência comunicativa ampla e diversificada, sem desvalorizar suas variantes linguísticas de
origem, adquiridas nas suas relações sociais dentro de sua comunidade. Considerando que o conhecimento da
Sociolinguística contribui relevantemente para os profissionais que ensinam a língua materna em nosso sistema
educacional, uma das oportunidades para o aperfeiçoamento e reconstrução deste, são os cursos de formação
continuada de professores. O professor precisa estar preparado para enfrentar o desafio de ensinar a língua materna, e,
através dela, desenvolver a capacidade crítica dos alunos, promovendo, assim, o exercício da cidadania e sua inclusão
social.
INTERVENÇÕES GRUPAIS: RELAÇÕES DE GÊNERO E SEXUALIDADE NA ESCOLA INTEGRAL
Joana D`arc Moreira Alves (PPGEd/UEMS)
Léia Teixeira Lacerda (PPGEd/UEMS)
A implementação da escola em regime de tempo integral passa a ter grande relevância no cenário das políticas
educacionais na atualidade, necessitando de uma análise aprofundada para a compreensão dessa temática, uma vez
que a cada ano cresce o número dessas escolas no Brasil que funcionam nessa modalidade de ensino. Nessa
perspectiva as relações de gênero e sexualidade, inerente à constituição do sujeito, também deve ser considerada
dentro da proposta da escola de tempo integral, onde o aluno passa em média, um terço do dia. Esta comunicação visa
apresentar os dados da revisão bibliográfica no que diz respeito ao trabalho desenvolvido com intervenções grupais
com os alunos no processo de implantação dos grupos focais em uma escola pública que funciona em tempo integral,
em Jataí, no Estado de Goiás. Tem também por finalidade compreender as concepções das relações de gênero e a
dinâmica da sexualidade dos alunos matriculados no Ensino Fundamental, em uma perspectiva conceitual de grupo de
acordo com a fenomenologia. Visando este objetivo, primeiramente foi explorado nesse texto o conceito de grupo
conforme a visão da Fenomenologia. Assim, faz-se necessário descrever e analisar como os alunos e professores
estabelecem relações e interações com outras pessoas dentro de um grupo focal no cotidiano escolar e no meio em
que vivem, bem como os mecanismos que ele pode desenvolver, as mudanças que podem ser observadas nos
relacionamentos interpessoais no grupo, com o passar do tempo. Neste sentido, esse estudo visa uma reflexão sobre o
funcionamento grupal e alguns dos benefícios que o aluno pode obter a partir dessa modalidade de atendimento,
sobretudo no que diz respeito à compreensão das relações de gênero e sexualidade na escola pública em regime
integral. Este trabalho será apresentado à escola integral como uma alternativa a mais para se trabalhar com os temas
de gênero e sexualidade, tão necessários e complexos na atual conjuntura brasileira.
CONSTRUINDO SENTIDOS: OS IMPACTOS DAS REUNIÕES PEDAGÓGICAS NA FORMAÇÃO
(CONTINUADA) DE PROFESSORES DE INGLÊS
Marlene de Almeida Augusto de Souza (UFS)
Pesquisadores como Cervetti; Pardales e Damico (2001); Lankshear e Knobel (2003); Luke e Freebody (2003);
Snyder (2002); Ward, Beach, Mirseitova (2004), dentre outros afirmam que na leitura de um texto, seja escrito, oral,
visual, o leitor tem um papel ativo, pois ele é responsável por construir significados e não apenas identificar as
informações exatas colocadas no texto por um autor. Para a construção de sentido usamos lentes (Menezes de Souza e
Andreotti 2008) que são os conhecimentos adquiridos nos mais diferentes contextos e nas interações ocorridas nas
complexas redes às quais todos nos pertencemos – família, educação, trabalho, cultura, mídia, religião, dentre outras.
Tais lentes determinam o olhar que lançaremos em relação a nós mesmos e em relação aos outros, ao mundo.
Considerando, portanto, que as pessoas fazem diferentes leituras de um mesmo texto ou uma mesma situação
dependendo de suas próprias experiências, esta comunicação tem três objetivos: (1) analisar as expectativas da
professora-formadora em relação às discussões encaminhadas durante as reuniões pedagógicas com professores (em
formação) que atuam no ensino de inglês em um projeto de cursos de línguas para a comunidade de uma universidade
federal do nordeste; (2) analisar as avaliações feitas pelos professores (em formação) sobre os impactos das
discussões realizadas nessas reuniões pedagógicas em sua formação pedagógica(continuada) e (3) identificar em que
aspectos as leituras da professora-formadora e dos professores (em formação) se aproximam ou se distanciam.
SALA C309
PRO EVOLUTION SOCCER E IDENTIDADE DE GÊNERO NA AULA DE INGLÊS
Rogério Tenório de Azevedo (UFS)
Este trabalho vincula-se à linha de pesquisa “Ensino de língua inglesa, suas culturas e literaturas”, do grupo de
pesquisa “Letramentos em inglês: língua, literatura e cultura”, e discute a relação entre video games e identidade de
gênero, a partir da análise do jogo Pro Evolution Soccer (PES). Os dados foram coletados a partir da prática de jogo
de alunos de uma escola pública de Aracaju/SE, onde foram aplicados questionários e entrevistas visando interpretar
as questões sobre identidade de gênero que emergem dessa prática. A análise dos dados mostra que as meninas
perfazem uma pequena parcela do número de jogadores do PES e isso reflete uma cultura mais ampla, que tem
implicações sobre espaço das mulheres neste esporte. No jogo, elas estão ausentes ou são representadas como
símbolos sexuais para decorá-lo e atrair os homens. Considerando que a prática de futebol feminino está mais
difundida em alguns países de língua inglesa como Canadá e Estados Unidos, a aula de inglês se torna um espaço
privilegiado para fomentar o letramento crítico a respeito da cultura e da posição da mulher na nossa sociedade.
Concluímos que a entrada dos video games na escola faz emergir práticas culturais cuja mudança e aperfeiçoamento
perpassam pelo ensino de língua estrangeira.
LETRAS LICENCIATURA A DISTÂNCIA: HABILITAÇÃO EM LÍNGUA INGLESA E SEUS DESAFIOS
Raquel D'Elboux Couto Nunes (UFAL)
Este trabalho tem por objetivo apresentar o curso Letras Licenciatura a distância: habilitação inglês, a ser
implementado pela Universidade Federal de Alagoas em 2014. O projeto, já aprovado pela CAPES, busca atender à
demanda da Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR), e à demanda social. A fim de atingir um
maior número de pessoas, o curso será desenvolvido na modalidade a distância, em consonância com a proposta da
UAB (Universidade Aberta do Brasil) de expandir o acesso ao ensino superior e de requalificar docentes em
disciplinas diversas, fortalecendo a educação em cidades do interior. O texto apresenta os principais objetivos e as
abordagens de tal curso, com enfoque nas disciplinas de língua inglesa e suas literaturas, planejadas pelo corpo
docente do setor de inglês da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Alagoas. Tal planejamento levou em
conta perspectivas teóricas em pauta na atualidade, como Estudos Culturais, Novos Letramentos, Letramento Crítico,
entre outras. O trabalho comenta também alguns dos desafios da iniciativa de expandir cursos de formação inicial e
continuada de professores da rede pública, considerando especificamente a carência de docentes qualificados para
ministrar língua inglesa e suas literaturas, no estado de Alagoas.
ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE LÍNGUA INGLESA: BECO SEM SAÍDA OU COMPROMETENDO-SE
POLITICAMENTE?
Sergio Ifa (UFAL)
Meu objetivo primeiro é contextualizar brevemente minhas experiências no primeiro semestre de 2013 em duas
disciplinas: Estágio de Língua Inglesa 1 e 4, na UFAL. Em seguida, interpreto principalmente dois instrumentos de
coleta de dados selecionados para esta apresentação: planos de aula e relatórios individuais de estágio
supervisionado. Interpreto os dados ao buscar diálogos com a Linguística Aplicada Crítica (PENNYCOOK, 2001) e a
abordagem dos Letramento Crítico/Novos Letramentos (LANKSHEAR & KNOBEL, 2011; BRYDON, 2011;
MENEZES DE SOUZA, 2011; MONTE MÓR, 2011) e também com alguns textos lidos nessas disciplinas, a saber:
PCN de LE (BRASIL, 1998), OCEM (BRASIL, 2006), Vygotsky (KOHL DE OLIVEIRA, 1997/2003) e
principalmente o artigo em que Lima e Pessoa (2010) mencionam que um dos resultados a que chegaram é que o
estágio supervisionado pouco contribuiu para a mudança das “teorias pessoais” (Vieira-Abrahão, 2004) dos alunos
que estagiaram em escola pública. Após interpretação dos dados, é possível perceber que alguns alunos exemplificam
tal constatação. No entanto, há outros que se descobrem capazes de achar saídas e se percebem como agentes de
mudanças.
A CONSTRUÇÃO DISCURSIVA DA IDENTIDADE DE FUTUROS PROFESSORES DE INGLÊS: UM
ESTUDO EM MATO GROSSO DO SUL
João Fábio Sanches Silva (UEMS)
Identidade, investimento, resistência e comunidades imaginadas são construtos que recebem cada vez mais atenção no
campo de investigação da Linguística Aplicada, enfatizando seu caráter dinâmico e fluido. Dentro deste contexto pósestrutural, este trabalho apresenta um estudo qualitativo que parte dos conceitos mencionados, baseando-se nos
trabalhos de Anderson (1991), Norton Peirce (1995), Norton (2000, 2010) e Wenger (1998), para entender como
futuros professores de inglês têm discursivamente construído sua identidade ao longo de suas experiências de
aprendizagem de inglês. Mais especificamente, este trabalho busca verificar: até que ponto os alunos-professores
investem nas práticas de língua inglesa em seu curso de graduação; o investimento (se algum) dos alunos-professores
nas práticas da língua alvo; as relações de poder inerentes aos contextos destes alunos-professores (se alguma); e por
fim, se os participantes querem ser reconhecidos como aprendizes de L2 ou como professores de LE. Os dados foram
coletados com um grupo de alunos professores de um curso de Letras Português-Inglês de uma universidade pública
no centro-oeste brasileiro no ano de 2011, por meio de questionários, narrativas e entrevistas. A análise foi conduzida
de forma qualitativa, e neste trabalho serão apresentados os dados de dois dos participantes da pesquisa. Os resultados
sugerem que os participantes são altamente investidos nas práticas de língua inglesa e nas práticas do curso de Letras;
embora a identificação como professores de inglês esteja relacionada ao desenvolvimento de melhores práticas na
língua alvo. Os participantes também construíram safe houses para desenvolver contextos educacionais mais seguros
em relação à língua inglesa. Eles ainda se apropriaram de comunidades imaginadas como fonte de agência e
investimento na aprendizagem da língua alvo. É possível afirmar que estes participantes estão construindo suas
identidades no encontro de múltiplas condições, como diferentes ambientes escolares, experiências de aprendizagem,
e investimentos nas práticas da língua alvo.
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL: POLÍTICA PÚBLICA DE DEMOCRATIZAÇÃO
INTERIORIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Rosângela A. Alves Basso (USP/UEM)
E
No século XXI o fenômeno da globalização e as Tecnologias de Informação e Comunição tem afetado as políticas
públicas das nações-estado ao redor do mundo, e a educação nos seus diversos níveis, passa por transformações
inerentes a nova ordem mundial. Consequentemente, a democratização do acesso e a expansão de vagas na educação
superior fazem parte da agenda. Neste contexto, o Brasil diferentemente dos modelos das Universidades Abertas de
outros países como Inglaterra e Espanha, institui, mediante o decreto 5.800 de 2006 do Ministério da Educação e
Cultura, o Sistema Universidade Aberta do Brasil consolidando a modalidade a distância no país. Diante os
problemas de acesso e as demandas de formação de professores nas áreas mais distantes, o sistema oferta cursos de
licenciatura, bacharelado e formação profissional aqueles que não tem acesso á educação superior pública. No Brasil
a Universidade Aberta do Brasil tem a participação de 103 Instituições públicas de Ensino Superior das quais 4 atuam
nos dois países. O objetivo deste trabalho é discutir o papel social que esta política pública de governo está
desenvolvendo nas áreas de atuação e em que medida tal política promove a cidadania.
COMUNICAÇÕES COORDENADAS – 22 de agosto
Horário: 13h30 às 15h
TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
SALA B302
OLHARES INTERCULTURAIS EM PROCESSOS FORMATIVOS ONLINE: SABERES, LINGUAGENS E
INTERAÇÕES
Coordenadora: Maria Cristina Lima Paniago Lopes (UCDB)
COMPETÊNCIA COMUNICATIVA INTERCULTURAL EM CONTEXTO DIGITAL
Arlinda Cantero Dorsa (UCDB)
Maria Cristina L. Paniago Lopes (UCDB)
Este trabalho apresenta e discute uma proposta de uma comunidade virtual intercultural iniciada em 2011 no ambiente
Ning e focada em 2012 no ambiente facebook. O contexto volta-se a professores indígenas e não indígenas em
formação continuada na comunidade docente da Escola General Rondon na Aldeia Bananal, localizada em TaunayMS. Insere-se no Grupo de Pesquisas e Estudos em Tecnologia Educacional e Educação a Distância (GETED)/2005,
subsidiado pelos órgãos de fomento CNPq e FUNDECT. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e colaborativa no
sentido de que as experiências dos pesquisadores e professores são valorizadas e compartilhadas dentro de um
contexto social de formação continuada.
Discute-se a importância da competência comunicativa em contexto intercultural mediada pelas tecnologias de
informação e comunicação. Alguns resultados evidenciam que se aliam a esta competência, outras competências
relativas à sociolinguística, à gramatical, à discursiva e à estratégica. Esta última,volta-se ao aumento da eficácia
interativa entre culturas envolvendo o saber: ser, compreender, aprender e fazer, relacionados à percepção interativa
necessária que permite comparar as diferentes culturas, desenvolver valores e atitudes, aprender a aprender, ter
adaptabilidade, criatividade, enfim desenvolver uma competência intercultural.
A TEORIA DO CONECTIVISMO NA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES EM AMBIENTES
DIGITAIS
Maysa de Oliveira Brum Bueno (PG-UCDB)
Este trabalho vincula-se à minha pesquisa de doutorado em Educação do PPGE/UCDB da Linha de Pesquisa Práticas
Pedagógicas e sua relação com a formação docente, mais diretamente ao Grupo de Estudos e Pesquisas em
Tecnologias Educacionais e Educação a Distância - GETED/UCDB, que tem como objetivo analisar como os
professores articulam seus conhecimentos com sua prática em comunidades, redes e grupos digitais em processo de
formação continuada. O desenvolvimento das tecnologias digitais tem feito surgir novas formas de interação social,
de ensinar e de aprender. O contexto atual indica que a aprendizagem não é tão somente a aquisição formal de
informações é, contudo, um processo social que requer interação e colaboração do aprendiz. As teorias de
aprendizagem existentes estão se mostrando insuficientes para compreender as características do indivíduo do século
XXI, a chamada Era Digital. A forma como as pessoas aprendem e interagem se modifica quando as tecnologias são
utilizadas. A teoria do Conectivismo apresenta um modelo de aprendizagem que reconhece as mudanças na sociedade
onde aprender não é mais uma atividade interna, individualista. O campo da educação está começando a reconhecer
esse impacto e a forma como ele favorece a aprendizagem, principalmente quando se trata dos professores
procurarem sua própria forma de fazer educação continuada em ambientes não formais, como as redes sociais.
COM QUE PROPÓSITO SE ESTUDA A LÍNGUA ESPANHOLA? – CONCEPÇÕES E CONTRADIÇÕES
DOS ALUNOS DE UM CURSO ONLINE
Elidiana Marques Scariot (PG-UCDB)
Pensar o ensino de Espanhol no Brasil constitui uma tarefa que demanda uma série de considerações quanto aos
fatores que levaram essa língua a ter mais prestígio na sociedade brasileira. Seja pela globalização ou pela
implementação do Mercosul, a necessidade de aprender um novo idioma fez com que houvesse um aumento
gradativo na procura por espaços destinados ao ensino da língua. Assim, surgem os cursos de idiomas online, na
modalidade de ensino a distância, com grande potencial para contribuir para o enriquecimento cultural e tecnológico
do aluno. Este trabalho tem como objetivo levantar o perfil dos alunos de um curso online de Língua Espanhola, as
razões pelas quais optaram pelo espanhol e pela modalidade a distância e suas contradições quanto ao
ensino/aprendizagem da língua. Os dados fazem parte de uma pesquisa de mestrado, em andamento, que tem como
objetivo geral analisar o trabalho do docente de Língua Espanhola na educação online tanto na concepção dos
professores quanto dos alunos. Para a coleta de dados, foi utilizado um questionário online, com perguntas abertas e
fechadas, enviado a 179 alunos de um curso online de espanhol, totalizando 20 participações. Apesar da necessidade
de aprender um novo idioma e o foco principal ser saber comunicar-se fluentemente, 14 alunos afirmaram nunca
participar das aulas ao vivo de conversação online. Mesmo com toda a flexibilidade nos horários que a modalidade a
distância proporciona, o tempo é um dos fatores que impede um maior aproveitamento e participação nas aulas.
EXPERIÊNCIA INTERCULTURAL NO PROCESSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA (ESTÁGIO CANADÁ)
Ana Maria Ribas de Jesus (PG-UCDB)
Rosimeire Martins Régis dos Santos (PG-UCDB)
Pretendemos apresentar nessa sessão coordenada a nossa experiência intercultural vivenciada no Canadá um país
multicultural. Estar em outro país significa conhecer pessoas e lugares diferentes, entrar em contato com uma cultura
que não a sua de origem, o que faz as pessoas perceberem que precisam assimilar as diferenças entre os povos nos
mais diversos quesitos, como social, econômico, cultural e linguístico. Dessa forma, essa experiência de formação
continuada oportunizou promover diálogos entre culturas, identidades, saberes, socializando experiências de ensino e
de aprendizagem, promovendo o diálogo intercultural. Assim, a partir dessa experiência que emergem das relações
interculturais, construimos novos olhares e com estes novos olhares, novas formas de relacionamento com o mundo,
abrindo novas oportunidades de aprendizagem. Nessa direção, podemos dizer que é fundamental criar e recriar
condições de vida permitindo que sujeitos de diferentes culturas dialoguem entre si e vivam outros padrões culturais
abrindo à convivência mútua e é sob esta perspectiva que a interculturalidade se preocupa com as relações entre seres
humanos culturalmente diferentes uns dos outros.
ENSINO DE LÍNGUAS
SALA B304
ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS: CONCEPÇÕES E
PRÁTICAS
Coordenadora: Raimunda Madalena Araujo Maeda (PPGMEL/UFMS)
O processo de ensino-aprendizagem de línguas tem sido uma questão bastante discutida pelos educadores nas últimas
décadas. As preocupações em torno do fracasso escolar no ensino da Língua Portuguesa e da Língua Brasileira de
Sinais são evidenciadas pelas constantes pesquisas e projetos de ensino, os quais vêm sendo desenvolvidos por
linguistas brasileiros, de modo a conhecer e interpretar a realidade das atividades em torno da linguagem em sala de
aula, com o objetivo de implantar reflexões, propor soluções e contribuir, com subsídios teóricos e práticos, no
desenvolvimento da prática pedagógica do ensino dessas línguas. Esta sessão coordenada pretende constituir um
espaço congregador, no qual se irá discutir sobre propostas de ensino de Língua Portuguesa e de Língua Brasileira de
Sinais na educação básica, que integrem as práticas de leitura, análise linguística e produção textual, subsidiadas pela
concepção de linguagem em pauta, a fim de propiciar a reflexão sobre a heterogeneidade das perspectivas teóricas
subjacentes à prática, bem como discutir o processo de didatização, o qual envolve rupturas, deslocamentos e
modificações no contexto da ação pedagógica do ensino de línguas.
APRENDIZAGEM DA LÍNGUA PORTUGUESA COMO SEGUNDA LÍNGUA
Jussara Linhares Granemann (PPGMEL/UFMS)
Raimunda Madalena Araujo Maeda (PPGMEL/UFMS)
A aprendizagem de uma segunda língua perpassa uma sucessão lógica de ideias e pensamentos, independentemente
do gênero, da língua ou da modalidade a ser utilizada. Os aprendizes percorrem caminhos que configuram um
processo denominado interlíngua, sendo assim, exploram diferentes estágios em que levantam hipóteses, constroem e
reconstroem regras para alcançar a proficiência. Portanto, é durante o processo de interlíngua que se estabelecem os
seus novos conhecimentos, ou seja, os aprendizes utilizam-se de estruturas e regras conhecidas na primeira língua
para conferir segurança na nova língua. Nesta perspectiva, entendemos os surdos enquanto “estrangeiros” em
processo de aquisição de uma segunda língua e vivenciando assim os estágios de interlíngua até consolidá-la
efetivamente, pois para estes a Língua Brasileira de Sinais – Libras, conforme a Lei nº 10.436/2002 é considerada
primeira língua e a Língua Portuguesa na modalidade escrita, como segunda língua. Assim, é fundamental buscar
alternativas e estratégias específicas de letramento com os alunos surdos usuários tanto da Língua Brasileira de Sinais
quanto na Língua Portuguesa na modalidade escrita, dentro de uma proposta bilíngue que ultrapassem os caminhos da
simples codificação e decodificação e que, acima de tudo, resultem na construção de sentidos e de significados,
traçando possibilidades que possam favorecer o processo de letramento na Língua Portuguesa na modalidade escrita,
consoante aos estágios de interlíngua que decorrem normalmente o aprendizado de uma segunda língua.
GÊNERO PIADA: CONCEITUAÇÃO E PROPOSTA
RETEXTUALIZAÇÃO DO ORAL PARA O ESCRITO
Cláudia Onuszezak (PPGMEL/UFMS)
Raimunda Madalena Araújo Maeda (PPGMEL/UFMS)
DIDÁTICA
NA
PERSPECTIVA
DE
Nossa tarefa nesse artigo será a de caracterizar a piada como um gênero textual, localizando a sequência tipológica a
que pertence e buscando por à mostra as peculiaridades desse texto em relação ao plano composicional, ao conteúdo
temático, ao estilo e funcionalidade, seguindo assim os pressupostos teóricos no entorno da Linguística Textual,
embasando-nos para isso, em autores como: Marcuschi (2008), Koch & Elias (2008, 2011) e Travaglia (2007), que,
por sua vez, se fundamentam em Bakhtin (2011), cuja teoria será também explorada neste estudo. Pretendemos,
ainda, expor resumidamente algumas descobertas e conclusões a que pesquisadores chegaram a cerca da conceituação
do gênero textual piada, baseando-nos principalmente em Possenti (1998) e Muniz (2004), para, enfim, buscar
evidenciar e justificar a aplicabilidade de possíveis propostas didáticas com esse texto no ensino de língua portuguesa
da escola básica, levando em consideração à observância aos princípios teórico-metodológicos dos PCN de Língua
Portuguesa do ensino fundamental (1997), no sentido de promover um trabalho voltado para a diversidade de gêneros
textuais os quais os estudantes têm contato em sua vida social.
O QUE SIGNIFICA ENSINAR PORTUGUÊS: CONCEPÇÕES E PRÁTICAS
Willie Macedo de Almeida (UFMS/PPGMEL)
Para esta comunicação, destacamos uma questão fundamental a partir da qual é possível refletir sobre concepções e
ações que permeiam o ensino de língua portuguesa. Pretendemos, dessa maneira, instaurar novamente um diálogo
entre teoria e prática. Para tanto, procedemos a uma breve análise: 1) das propostas curriculares de documentos
oficiais, incluindo a revisão dos Parâmetros Curriculares Nacionais e dos Referenciais Curriculares da Educação
Básica da Rede estadual do Estado de Mato Grosso do Sul, relacionando seus pressupostos com os de obras que se
dedicam a tratar do ensino na perspectiva do interacionismo sociodiscursivo e 2) das respostas de professores de
língua portuguesa, fornecidas quando estes foram questionados a respeito da indagação que intitula esta comunicação.
Tais repostas fazem parte do corpus utilizado para o desenvolvimento do projeto “Competência Discursiva e Análise
Linguística: um diálogo entre os Parâmetros e as Variáveis”. De fevereiro a abril de 2012, durante uma das etapas da
pesquisa, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com seis professores-informantes de escolas públicas
estaduais do município de Miranda, Mato Grosso do Sul, por meio de gravação eletrônica audiovisual, para conhecer
a experiência desses profissionais enquanto professores de língua portuguesa e para identificar as concepções quanto
aos objetos de ensino com os quais eles trabalhavam. Dentre as dezoito perguntas, escolhemos aqui uma que
consideramos norteadora: afinal, “o que significa ensinar português?”. Esperamos, a partir dessa reflexão, estimular
os educadores a refletir sobre os parâmetros que eles seguem, de forma adequada e coerente com o desenvolvimento
de seus alunos.
A SOCIOLINGUÍSTICA: SUAS PERSPECTIVAS E CONTRIBUIÇÕES PARA O ENSINO DA LÍNGUA
PORTUGUESA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Janaína Coutinho Rodrigues (PGLETRAS/UEMS)
Adriana Lúcia de Escobar Chaves de Barros (PGLETRAS/UEMS)
Este trabalho tem como objetivo contribuir para os estudos sociolinguísticos relacionados ao ensino da língua
portuguesa diante das diversidades linguísticas e culturais na Educação de Jovens e Adultos, EJA. Partindo das
entrevistas com dois alunos adultos de uma escola estadual de Campo Grande, em MS, contexto desta pesquisa,
refletiremos sobre o ensino de Língua Portuguesa centrado na gramática normativa, fazendo um contraponto àquele
que valoriza a norma culta sem desconsiderar a realidade e o contexto linguístico dos alunos. O referencial teórico
tem como base os estudos de autores como, William Labov, Bagno, Mollica e Bortoni-Ricardo, sobre a
Sociolinguística, como também sobre suas contribuições para o ensino da nossa língua materna. Trata-se de um
estudo de caso ainda em desenvolvimento, por meio do qual a pesquisadora-professora utilizou-se de vários gêneros
textuais como estratégia para que os alunos tivessem acesso à norma culta da língua Portuguesa, partindo das suas
próprias variantes discursivas, na busca de torná-los cidadãos letrados e conscientes do seu papel social no meio em
que vivem.
FRONTEIRAS
SALA B305
MESTIÇAGEM E INTERCULTURALIDADE NA DRAMATURGIA SUL-MATO-GROSSENSE: PEDRO
PALITO O ISONEIRO E TORO CANDIL DE CRISTINA MATO GROSSO
Coordenadora: Gicelma da Fonseca Chacarosqui Torchi (UFGD)
A dramaturgia vêm, a cada ano, e como reflexo direto de evoluções no campo, nao só do social, mas também sendo o
resultado de subjetivações, renovando-se esteticamente, incluindo a preocupação de ser também objeto de expansão
de linguagem, com experimentos em que a própria grafia e o papel podem funcionar também como tela a aportar uma
obra que tende a ser também visual, experimentos que trazem avanços de linguagem dentro da própria lógica de sua
estrutura.Texto é Linguagem, linguagem é cultural e em Mato Grosso do Sul esta cultura é mestiça. A mestiçagem é
um adágio da mediação que se desempenha nos intervalos, nos interstícios, nas fronteiras a partir dos cruzamentos e
das trocas, pertence ao território do ato que procede ao deslocamento do que se tinha como categorial, colocando,
assim, em questão princípios, nomeadamente o princípio da interculturalidade. Este paper objetiva abordar a rica e
estratificada cultura traduzida em significativas produções artísticas sul-mato-grossenses (música, dança, literatura,
teatro, pintura, escultura, cinema), verificando particularmente a dramaturgia de Cristina Mato Grosso no texto
dramatúrgico Pedro Palito o Izoneiro e o Toro Candil como fator semiótico de mestiçagem e interculturalidade.
Nossa investigação de cunho semiótico aponta na constituição do texto da autora à presença de um corpus de
elementos culturais mestiços e interculturais.
UMA BREVE ANÁLISE DOS ASPECTOS IDENTITÁRIOS DE MORADORES DA CIDADE DE CAPITAN
BADO-PY, POR MEIO DO BILINGÜISMO.
Céllia Fernanda Pietramale Ebling (PG/UFGD)
Maria Ceres Pereira (UFGD)
O presente estudo, pesquisa, através do bilingüismo, aspectos identitários de moradores da cidade de Capitan Bado –
PY, próxima à cidade Coronel Sapucaia-MS, Brasil. Após a leitura das entrevistas, realizadas na cidade paraguaia,
notou-se na oralidade e no conteúdo textual, a presença das línguas espanhola, guarani e portuguesa. Procura-se,
então, entender quais são os fatores que levam tais sujeitos a serem bilíngües, buscando, então, por meio da história
das políticas lingüísticas do Paraguai e do Brasil dialogando com o material coletado nas entrevistas, aspectos que
identifiquem essas pessoas. Sabe-se, ainda, que a região fronteiriça entre o Paraguai e o Brasil é permeada de
contextos sociolinguisticamente complexos, advindo, historicamente, desde a colonização européia, e firmado pelo
contato dos espanhóis com os povos guaranis, a relação indígenas/espanhóis, indignas/franciscanos e
indígenas/jesuítas, o registro escrito da língua guarani, a marginalização da língua indígena pós Guerra da Tríplice
Aliança, o surgimento de cidades gêmeas fronteiriças, o contato com a língua portuguesa e, por fim, a oficialização do
guarani como língua do Paraguai. Busca-se, então, como estes fatores contribuíram e contribuem para o
comportamento bilíngüe destes sujeitos, e na sua formação identitária. Pra isso, o estudo é apoiado, nos aspectos do
bi(multi)linguismo, em Grosjean (1982), Mello (1999), Romaine (1995), Pereira & Costa (2011), nas questões
identiárias em Hall (2005)
A PRODUÇÃO DE FANZINES NO MATO GROSSO DO SUL: APONTAMENTOS SEMIÓTICOS EM
MÍDIA TÁTICA MESTIÇA IMPRESSA
Kellython Alves de Oliveira (UFGD-PPG/LETRAS)
Gicelma Chacarosqui Torchi (UFGD)
Foi por necessidade de se proliferar à margem das grandes mídias que o Fanzine nasceu. A partir da liberdade estética
conquistada pelo modernismo de 1922 e, os subsequentes movimentos da contracultura (passando pela literatura
marginal e independente dos anos 70 e 90), é que os folhetos anteriormente conhecidos como boletins foram se
popularizando pela então Geração Mimeógrafo. Fanzine (ou somente zine, como é normalmente usado por aqueles
que produzem) é uma publicação impressa experimental, que se aproxima de um jornal ou revista, porque utiliza
técnicas de editoração, diagramação, impressão, distribuição e, às vezes, até publicidade, embora não trabalhe com a
mesma formalidade nem pretensões editoriais dos grandes meios de comunicação. O presente trabalho, relato da
pesquisa em andamento no PPG de LETRAS da UFGD – devido à total escassez de pesquisas que envolvam o
fenômeno fanzinesco no estado – procura observar as práticas culturais mestiças e barrocas (assim como os mais
variados usos pedagógicos e de letramentos do fanzine), essas compreendidas à luz da semiótica da cultura (associada
à lógica Peircena) e do comparatismo, para finalmente, assim, ser possível vislumbrar o macrotexto fanzineiro no
Mato Grosso do Sul, em toda sua amplitude identitária.
A PROVINHA BRASIL NO CENÁRIO SOCIOLINGUISTICAMENTE COMPLEXO
Elisangela Manfré Benites Moreira (PPG/LETRAS/UFGD)
Maria Ceres Pereira (UFGD)
Levando em consideração a grande extensão da fronteira brasileira em relação aos demais países da América do Sul,
tem-se a percepção da diversidade lingüística nessas áreas, o que caracteriza essa população como indivíduos
bilíngues/plurilíngues. Nesse cenário complexo a região oeste de Mato grosso do Sul, tem participação ativa, com a
segunda maior população indígena do Brasil. Apenas na cidade de Dourados há uma população de quase catorze mil
indígenas distribuídas em três etnias, Guarani, Kaiowá e Terena. Sendo que a reserva indígena está localizada nos
limiares da zona urbana desta cidade devido seu desenvolvimento, consequentemente as línguas estão em constante
contato. Mediante cenário linguístico o RCNEI- Referencial Curricular Nacional Escolas Indígenas- traz uma
proposta de ensino específico e diferenciado para as escolas indígenas, e que a língua indígena deve ser a língua de
instrução curricular. Todavia a Provinha Brasil, avaliativo do IDEB, que tem como propósito diagnosticar o nível de
alfabetização das crianças matriculadas no segundo ano de escolarização das escolas públicas brasileiras, também
aplicada nas escolas indígenas, tem demonstrado baixos índices, e tem como pressuposto de que a língua possa ser
um motivador para o (des)entendimento desse material. Portanto a pesquisa visa analisar os documentos e se propõe
a gerar subsídios para futuras avaliações em contextos sociolinguisticamente complexos.
LITERATURAS
SALA B306
DIÁLOGOS LITERÁRIOS E INTERDISCIPLINARES E SUAS PRÁTICAS II
Coordenadora: Zélia R. Nolasco dos S. Freire (UEMS)
“A RETIRADA DA LAGUNA” DE TAUNAY E “CUNHATAÍ” DE M.F. LEPECKI: DIÁLOGOS
LITERÁRIOS E HISTÓRICOS.
Célia Dias de Moraes (G/Letras/UEMS/FUNDECT)
Zélia R. Nolasco dos Santos Freire (UEMS/DOURADOS)
Este trabalho tem por objetivo a análise das narrativas: “A Retirada da Laguna” (1871) de Visconde de Taunay e
“Cunhataí” (2003) de M.F. Lepecki, sob um viés comparatista, buscando, através dos estudos realizados por Tânia F.
Carvalhal, bem como a teoria do novo romance histórico, mais especificamente, pelas características apontadas por
Seymour Mentom, permear as linhas tênues entre literatura e história presentes nas mesmas. “A Retirada da Laguna”
e “Cunhataí” nos possibilitam rediscutir e confrontar os discursos: histórico e ficcional. Para isso, é preciso, atentarse, principalmente, para o que é História? E, o que é Ficção? Ressaltando que Literatura e História nos propiciam um
diálogo produtivo principalmente porque tanto uma quanto outra se valem da linguagem. Ambas são ciências
humanas e constituídas de material discursivo, permeadas por uma organização subjetiva da realidade. Mas, como
escrever a história utilizando-se do discurso ficcional? E, como escrever romances utilizando-se de aspectos
históricos? Assim, para enfrentar esta aproximação entre as formas de conhecimento ou discursos sobre o mundo é
preciso assumir posturas epistemológicas que diluam fronteiras e relativizem a dualidade verdade/ficção. Assim, nas
obras selecionadas, literatura e história fazem parte de narrativas que tem o real como referente, podendo assumir a
postura de confirmá-lo, negá-lo, ou ainda para ultrapassá-lo.
A LÍNGUA LITERÁRIA DE LIMA BARRETO
Décio Bento José da Silva (PG-UEMS)
Zélia R. Nolasco dos S. Freire (UEMS/DOURADOS)
O escritor Afonso Henriques de Lima Barreto (1881-1922) dedicou-se à literatura e ao jornalismo, e como resultado
teve uma produção variada que impressiona não só pelo esclarecido espírito de brasilidade, pela coragem da crítica,
pela análise perspicaz da sociedade como também por sua expressão artística. Sua obra reflete o contexto sóciopolítico em que se insere e, para ser avaliada, é preciso relacioná-la com o ambiente literário da época. O escritor
estreou na literatura com a obra “Recordações do escrivão Isaias Caminha” (1909), momento no qual os textos dos
naturalistas: Aluísio de Azevedo e Inglês e Souza eram bastante lidos; Coelho Neto estava em franca produção
literária e a obra de Machado de Assis continuava a dominar o panorama literário brasileiro. Nesse contexto e por
causa dele, Lima Barreto qualificou sua “literatura militante”, cuja missão era “fazer comunicar umas almas com as
outras”. Através de uma língua literária que rompeu com os moldes literários vigentes, aliás, pode-se atribuir ao seu
estilo que o mesmo foi o mais profícuo grito de liberdade que eclodiu no período. Desse modo, através de uma
pesquisa bibliográfica, analisar-se-á como o escritor Lima Barreto transforma a linguagem utilizada que é bastante
coloquial, fluente, simples e mais próxima do grande público que buscava, em uma linguagem literária que foi capaz
de romper com as convenções literárias do período. Inicialmente, é ignorado pela crítica literária, porém isso não foi
suficiente para relegá-lo ao rol dos esquecidos. Logo, como justificar que sua obra continue até os dias de hoje a
provocar os leitores? Enfim, o objetivo principal desse trabalho volta-se para a análise da língua literária de Lima
Barreto.
DIÁLOGOS INTERTEXTUAIS AS OBRAS “IRACEMA” E “IERECÊ A GUANÁ”
Mikaelly de Paula Maidana (G/LETRAS/UEMS/FUNDECT)
Zélia R. Nolasco dos S. Freire (UEMS/DOURADOS)
Esta proposta de comunicação tem por intuito destacar, por intermédio da teoria da intertextualidade, o diálogo
existente nas obras: “Iracema”, de José de Alencar (1829-1877) e “Ierecê a guaná”, de Visconde Taunay (18431899). A primeira narra o amor de Iracema pelo europeu Martim, sendo que esse casal, ao longo da narrativa, passa
por vários obstáculos, inclusive o amor proibido. Já a segunda obra, no conto “Ierecê a guaná”, a jovem é oferecida ao
aventureiro Alberto, compartilhando momentos felizes juntos até o dia da partida do rapaz a terra natal dele. O
objetivo principal da pesquisa em foco é analisar as estruturas das narrativas nas obras citadas, de modo a evidenciar
como a ficção e a história se entrelaçam. Utilizando de várias leituras bibliográficas e grandes teóricos entre eles:
Julia Kristeva, Tânia Carvalhal, e outros, para melhor desenvolver nosso objeto de pesquisa. Ambos os autores das
obras tratam do sertão, entendido por nós como todo o território que não compunha o centro social do período
supracitado nas obras. O Mato Grosso bem como o Ceará são sertões do Brasil, são espaços geográficos que não
compõem a elite econômica e intelectual. No entanto, apesar das obras apresentarem muitas semelhanças em suas
estruturas e enredos, há distinções consideravelmente importantes entre Iracema e Ierecê a guaná. Percebemos que os
autores citados acima fazem parte de um mesmo período estilístico da literatura brasileira, embora imprimam em seus
textos suas particularidades.
LITERATURA E HISTÓRIA EM DIÁLOGO NAS OBRAS: “STELLA MAIA” DE RAQUEL NAVEIRA E
“A CONQUISTA DO MÉXICO”, DE HERNAN CORTEZ
Sá Junior da Cruz Lopes (G/LETRAS/UEMS/DOURADOS)
Zélia R. Nolasco dos S. Freire (G/PGL/UEMS/DOURADOS)
Esse projeto de pesquisa tem por objeto de estudo duas obras significativas sobre a conquista do México. A primeira
obra é “Stella Maia e Outros Poemas” (2001), da escritora Raquel Naveira. A segunda obra trata-se de “A conquista
do México” de Hernan Cortez, o conquistador espanhol mais consagrado, temido e odiado. O capitão que subjugou e
aniquilou a maior e mais poderosa civilização do Novo Mundo - o império asteca. “A conquista do México” consiste
em cinco cartas que Cortez enviou ao imperador Carlos V, da Alemanha e da Espanha, narrando - com todos os
detalhes e apavorante realismo - tudo o que se passou desde sua partida de Havana, em 10 de fevereiro de 1519, até a
conquista definitiva da nação asteca, dois anos mais tarde. Em contrapartida “Stella Maia e Outros Poemas” trata-se
de um texto em prosa poética que se refere ao tema sobre a conquista do México em uma dimensão épica sobre o fato.
Temos as áreas da literatura e da história que fazem um diálogo produtivo, pois tanto uma quanto a outra se valem da
linguagem e ambas são constituídas de material discursivo. Primando por uma análise literária e histórica dos fatos
presentes nas narrativas pelo viés comparativo verificar-se-á o diálogo que as duas promovem entre si. Questionam,
reconstroem ou não o momento histórico sob outro olhar, analisando e refletindo sobre a construção discursiva para
confrontar o quanto de história e o quanto de ficção há em ambas.
TRANSLETRAMENTOS E ENSINO DE LÍNGUAS
SALA B307
LETRAMENTOS E ENSINO DE LÍNGUAS
Coordenadora: Nara Takaki (UFMS)
FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES: PRÁTICAS E REFLEXÕES
Karla Costa (Mestranda da USP)
Uma formação continuada de professores adequada aos dias atuais visa oportunizar uma vasta gama de escolhas e
reflexões a serem feitas pelo professor-formador e pelos professores-participantes, como por exemplo, basear-se em
qual/quais epistemologia(s)? Quando usar tecnologias, recursos? Como utilizá-los? Sob que perspectivas? Ensinar
nestes tempos requer um professor ativo, através de uma “ação pedagógica que crie uma pedagogia mais produtiva,
relevante, inovadora, criativa e até mesmo transformadora” (Cope, Kalantzis, 2013, p.2). A partir desta ação
pedagógica outros questionamentos emergem quanto à formação do professor-formador e o que esperar dos cursos de
formação. Quem é este professor-formador apto a atuar nesta atualidade híbrida, exigente e em constante mutação?
De acordo com Kuramadivelu (2005) “one-size-fits-all-cookie-cutter approach” não está mais funcionando para os
desafios que os professores enfrentam diariamente, ou seja, a ênfase à uma única metodologia durante os cursos de
formação não funciona mais (Monte Mór, 2011). Além disso, há uma alta expectativa em aprender/conhece
rmetodologias, abordagens, propostas técnicas e estratégias novas por parte dos participantes envolvidos neste
processo de formação continuada. O professor (formador) ao não dar conta destas inovações depara-se com desafios
para a sua formação e sua atuação. Esta apresentação tem por objetivo discutir questões relacionadas à formação do
professor e do professor-formador, dentro de uma proposta autocrítica (Takaki, 2011) inserida num contexto de
práticas fundamentadas na pedagogia dos multiletramentos (Rojo, 2012), Cope, Kalantzis (2000, 2010, 2013).
O PLANO DE AULA DE LÍNGUA INGLESA EM ESTÁGIO OBRIGATÓRIO NA PERSPECTIVA DOS
NOVOS LETRAMENTOS
Fernanda Belarmino de Santana (Mestranda da UFMS)
As inúmeras transformações nos âmbitos social, econômico e político deste século vêm demandando novas formas de
construção de sentido nas diversas áreas do conhecimento. Professores e aprendizes com posicionamentos criativos,
críticos, éticos e interconectados em face às novas formas de linguagem, trabalho, cidadania e práticas individuais e
coletivas tornam-se, portanto, indispensáveis. Desse modo, o ensino de línguas estrangeiras enfrenta o desafio de uma
redefinição epistemológica de modo a atender às demandas de sala de aula e da sociedade globalizada e digital. Tais
demandas envolvem, por exemplo, o uso de novas tecnologias, que parecem ampliar as possibilidades de
aprendizagem de línguas estrangeiras, uma vez que propiciam maior participação do aprendiz na construção de
sentidos e na sua agência. (Cope e Kalantzis, 2008; Takaki, 2012). Este trabalho trata-se de uma pesquisa qualitativa
colaborativa de cunho etnográfico para investigar as concepções de acadêmicos em estágio obrigatório do sexto ano
do curso de Letras da UFMS em relação ao ensino-aprendizagem de língua inglesa na escola pública. Por
conseguinte, a partir de uma revisão epistemológica, propõe-se observar as implicações das teorias de novos
letramentos (Lankshear e Knobel, 2005), multiletramentos (Cope e Kalantzis, 2000; Rojo, 2012) e letramentos
críticos (Cervetti, Pardales, Damico, 2001; Monte Mór, 2011; Menezes de Souza, 2011) na elaboração de planos de
aula de língua inglesa, foco desta investigação. Dessa forma, os acadêmicos poderão refletir sobre tais concepções nas
observações de aulas, na elaboração dos seus próprios planos de aula e por fim, em suas regências ao longo do estágio
supervisionado.
ENSINO DA LÍNGUA ESPANHOLA NA UNIVERSIDADE PELOS NOVOS LETRAMENTOS E
MULTILETRAMENTOS CRÍTICOS
Ioneide Preusse Juliani (Mestranda da UFMS)
As novas tecnologias oferecem um ambiente propício para a aprendizagem e construção de significado e, portanto,
para a agência dos aprendizes, segundo Cope e Kalantzis (2008). Este trabalho visa à compreensão da subjetividade,
construção de sentidos, como práticas sociais dos participantes do projeto de pesquisa e baseia-se nos estudos de
novos letramentos e multiletramentos, ou seja, práticas pedagógicas inovadoras, conforme afirmam Lankshear e
Knobel (2005); Cope e Kalantzis (2000). Este estudo é parte do meu projeto, de pesquisa do mestrado em Estudos de
Linguagens com alunos do 4º ano, do Curso de Letras, da UFMS/CPCX, na disciplina Prática de Ensino de
Espanhol. Para isso, adoto uma metodologia que prioriza aspectos qualitativos e interpretativos e que volta para o
olhar etnográfico, incluindo as perspectivas dos participantes e da pesquisadora e suas consequências na formação de
professores de Espanhol à luz do aporte teórico anteriormente citado. Conforme Geertz (1978) e André (1995),
saliento que o objeto da etnografia está na descrição densa do que os participantes realizam, visando a uma reconstrução de sentidos. Nesse contexto, de acordo com Menezes de Souza (2009); Monte Mór (2007; 2009); Takaki
(2008) é possível contribuir na expansão de novas visões na comunidade espanhola desenvolvendo assim a
reflexividade.
LÍNGUA INGLESA, FACEBOOK E CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS
Giovani Ferreira (Grad./UFMS)
O objetivo é apresentar o meu Trabalho de Conclusão de Curso, o qual está sendo desenvolvido. No referido trabalho
focalizam-se teorias recentes sobre múltiplos letramentos (Cope e Kalantzis, 2000), novos letramentos (Lankshear e
Knobel, 2003), letramento crítico (Cervetti, Pardales e Damico, 2001; Menezes de Souza, 2011; Menezes de Souza e
Monte Mór, 2006; Takaki, 2011) e a relação destes com o ensino e aprendizado de língua inglesa. Para o processo de
investigação, coleta de dados e discussões dos mesmos, adoto uma metodologia de natureza qualitativa, interpretativa,
de caráter etnográfico (André, 2007; Lankshear e Knobel, 2008; Takaki, 2012). Assim sendo, investigarei e analisarei
à luz das teorias anteriormente mencionadas, como acadêmicos do 7º semestre do curso de Letras-Inglês, interpretam
e constroem sentidos em língua inglesa ou língua materna (como língua adicional) por meio de uma página do
Facebook com interações a respeito de diversos textos, como imagens, charges, vídeos, notícias de jornal,
enfatizando, portanto, o fenômeno hipermodalidade (Lemke, 2002).
DRAW MY LIFE
Alana Bardella (Grad./UFMS)
O objetivo dessa apresentação é uma proposta de Trabalho de Conclusão de Curso de Letras, Língua Inglesa. Trata-se
de uma ideia inovadora, inspirada em “Draw my life”. Tal ideia utiliza recursos digitais no ensino-aprendizagem de
línguas, integrando aspectos pessoais, comunitários e globais de forma colaborativa e educacional. Com base em
revisão bibliográfica sobre o conceito de letramento, letramento crítico (Cervetti, Pardales, Damico, 2001, Monte Mór
e Menezes de Souza, 2006) novos letramentos (Lankshear e Knobel, 2005, Takaki, 2012) e multiletramentos (COPE;
KALANTZIS, 2000). Sob esse prisma discutimos a emergência da complexidade do processo da produção de
significação e ressignificação. Nesse enfoque, é aqui primeiramente ressignificado o conceito de práticas sociais e
educacionais tradicionalmente pautadas por visões autoritárias e lineares. Frente a uma sociedade que sofre constante
e continuamente os impactos das novas tecnologias de comunicação e informação e em que as relações entre pessoas
e das pessoas com o mundo encontram-se em permanente processo de reconstrução, buscamos respeitar a natureza
multissemiótica da linguagem (Kress, Van Leeuwen, 2006) e as implicações sobre a produção de narrativa e sobre o
processo educativo na formação de cidadãos deste século. A metodologia desta pesquisa centra-se nos aspectos
qualitativos e interpretativos (Takaki, 2013), considerando o contexto de estudo e as visões intersubjetivas de todos os
participantes.
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