Volume 1 Mecânica Óptica Termodinâmica Anual 2014 Prof Renato Brito FOTOCÓPIA É PROIBIDA A REPRODUÇÃO QUAISQUER OS MEIOS SEM PARCIAL AUTORIZAÇÃO OU TOTAL PRÉVIA DO TRANSGRESSORES SERÃO PUNIDOS COM POR AUTOR. BASE NO ARTIGO 7°, I DA LEI 9.610/98 . DENUNCIE O PLÁGIO. TODO O CONTEÚDO DESSA OBRA ENCONTRA-SE REGISTRADO . AO ESTUDANTE Seja bem vindo ao Curso de Física do Prof Renato Brito, especialista no ensino de Física para Vestibulandos de Medicina e Odontologia em Fortaleza. É sempre um enorme prazer ministrar aulas de alto nível para alunos do padrão de excelência dos vestibulandos de Medicina e Odontologia. Tenho a dimensão exata da qualidade do ensino de Física que você precisa para ter sucesso no vestibular e farei tudo que estiver ao meu alcance para que sua meta seja atingida. Esse 1º volume do seu livro texto foi especialmente produzido para o Curso de Física Especial para Medicina e Odontologia com todo o carinho, para que você possa tirar máximo proveito dos conceitos da Física aqui apresentados. Exponho a teoria com uma linguagem leve, clara e irreverente, para tornar o seu aprendizado prazeroso. Apesar disso, é completa e rigorosa do ponto de vista Físico. O material conta com exercícios de classe (série pensando em classe) e de casa (pensando em casa) para que você possa aferir os conhecimentos e fixar conceitos recebidos em sala. Um curso de Mecânica, geralmente, começa com a Cinemática, um assunto excessivamente visto e revisto pelos alunos no ensino médio e que não traz, em sua essência, os princípios fundamentais da Mecânica. Assim, optei por um enfoque mais moderno nesse Livro texto, trazendo a Cinemática sutilmente diluída ao longo do estudo das Leis de Newton, haja visto a atenção cada vez menor que esse assunto tem recebido dos vestibulares. A teoria encontra-se repleta de exemplos elucidativos e precisa ser lida com bastante atenção. Sempre que possível, procurei realçar aspectos históricos que permitam, de alguma forma, uma melhor assimilação do conteúdo. É o caso, por exemplo, do confronto do pensamento dos filósofos Aristóteles e Galileu acerca do movimento, muito importante para que o aluno possa compreender o surgimento de conceitos chaves, como o da inércia. Dentro e fora de sala de aula, o Renato Brito é mais do que o seu professor, é o seu companheiro nessa jornada da Física, portanto, esteja sempre à vontade para tirar dúvidas dentro ou fora de sala de aula. O professor Renato Brito ensina Física com um prazer inigualável, com dedicação exclusiva a você aluno, que tem um engenheiro do ITA a serviço da sua aprovação em Medicina e Odontologia. Conte comigo sempre, Prof Renato Brito Fortaleza, 15 de Janeiro de 2014 É POSSÍVEL MESMO APRENDER FÍSICA ? A grande maioria dos estudantes tem sérios problemas de entendimento da Física, o que lhes causa um grande temor e a quase certeza de que jamais aprenderão essa tão temida disciplina. Entretanto, os relatos dos alunos que fizeram o Curso Anual de Física do prof. Renato Brito, ao término do curso, é que o pesadelo da Física é, gradualmente, dissolvido, durante os primeiros meses de aula, dando lugar, em alguns casos, até a um certo prazer em desvendar e dominar a tão temida Física que tantos não entendem. Outros disseram fatos curiosos como chegarem a ter a sensação de possuir super-poderes, ao dominar a tão assustadora Física que tanto afugenta os colegas . COMO DEVO PROCEDER PARA TIRAR MÁXIMO PROVEITO DO CURSO ? Estar apenas matriculado no Curso Anual de Física do prof. Renato Brito não é garantia de aprendizado. Para tirar máximo prov eito do curso e fazer valer a pena as 4h ( ou até 4 + 4 horas) de aula semanais, é preciso cumprir, com disciplina e perseverança, uma série de outros requisitos listados abaixo: 1) Pontualidade. O aluno deve chegar ao curso 20 min antes de começar a aula, para evitar atrasos. Perder o começo da aula pode colocar a perder as 4h de aula daquele dia, comprometendo seriamente a assimilação do conteúdo. O mesmo se aplica ao final da aula. Sair mais cedo da aula pode denotar descaso e desrespeito, converse com o professor quando eventualmente precisar sair mais cedo. 2) Assistir aula de corpo e alma presentes. Nada de celular, nada de mensagens de texto, deixe o aparelho fora do seu alcance. Nada de conversas paralelas, sente longe do seu melhor amigo, converse com ele no intervalo. Preste atenção à aula, fique atento à explicação pois, algumas informações são passadas nas linhas, mas boa parte delas são passadas nas entrelinhas, o que só será captado pelos alunos que estiverem antenados. 3) Copiar ou não copiar ? A maioria dos alunos com dificuldade em Física são, exatamente, aqueles que copiam tudo, especialmente o desnecessário. Isso porque tudo que o prof. Renato Brito fala em sala de aula está escrito na apostila, dando ao aluno o luxo de copiar apenas as resoluções das questões de classe, permitindo que ele fique atento durante a explanação teórica, podendo intervir e tirar dúvida antes da aula, durante a aula e ao término da aula. O prof. Renato Brito tem muito prazer em tirar dúvidas de todos os alunos em toda paciência e todo o tempo do mundo. Vale ressaltar que o caderno de anotações é imprescindível para organização do seu estudo e será de suma importância no final do ano, quando o aluno organizado fará sua revisão de forma rápida e eficiente consultando prontamente todas as resoluções de casa e de classe no caderno. 4) Como estudar em casa ? O estudo caseiro disciplinado é uma parcela muito significativa do aprendizado do aluno. Para obter os melhores resultados, siga os seguinte passos: a) leia a teoria relativa ao conteúdo explanado em sala de aula; tentar resolver as questões de casa sem ler a teoria não lhe permitirá uma real compreensão da matéria. Afinal, mais que simplesmente fazer o seu dever de casa, o seu objetivo é realmente aprender Física para se dar bem no vestibular, certo ? b) abra o caderno onde você copiou as resoluções das questões de classe e leia, uma a uma, a resolução de todas as questões resolvidas em sala na última aula. As questões de casa, em geral, estão baseadas nas questões resolvidas em classe, o que to rna imprescindível o estudo destas previamente. c) resolva todas as questões de casa relativas ao conteúdo. Em caso de dúvidas, consulte o caderno de resoluções no final da apostila, onde constam as resoluções das questões mais pedidas pelos alunos. Caso a dúvida ainda persista, consulte o professor. Ele terá prazer em sanar todas as suas dúvidas. d) Como você percebe, o estudo caseiro do nosso Curso Anual de Física irá requerer muitas horas de estudo. São necessárias 4h de estudo caseiro para cada 4h de aula em sala de aula. Nas semanas em que o aluno tiver aula da frente 2, são requeridas mais 4h de estudo caseiro para cobrir o conteúdo visto na frente 2. Não há exagero algum no número de horas sugeridas anteriormente. Os alunos que são bem sucedidos no curso e no vestibular seguem exatamente esse ritual. O aluno que não cumprir o mínimo sugerido acima está comprometendo o seu rendimento no Curso de Física e não terá garantia de aprendizado. 5) Precisarei faltar essa semana. O que faço ? Uma semana de aula do curso de Física contém 4h de aula, ou seja, 240 min de aula, equivalendo a 5 aulas de 50 min (se houver aula da frente 2, esse número dobra). Faltar uma semana de aula do curso equivale a faltar 5 semanas de aula do prof. Renato Brito caso ele fosse professor da sua escola, percebe como é grave (10 semanas, se houvesse aula de frente 2 naquela semana também) ???? É como se o aluno tivesse faltado mais de um mês (2 meses) de aula porque estava doente. Portanto, o aluno NÃO PODE faltar nenhuma aula do Curso de Física. Caso haja necessidade REAL (caso de doença ou caso de morte), ele deve repor a respectiva aula na outra turma, devendo antecipar ou pospor a aula (dependendo da sua turma), de forma a não perdê-la em hipótese alguma. Os horários de turmas do prof. Renato Brito são: Frente 1: - 2ª feira tarde das 14h às 18h30 ou 3ª feira de noite – das 18h às 22h30 Frente 2: - 5ª feira de noite – das 18h às 22h30 ou 6ª feira tarde das 14h às 18h30 6) Semana que vem tem feriado, será que vai ter aula ? Sim, vai ter aula. O prof. Renato Brito não adoece, não falta aula e nunca dá feriado, salvo raríssimas exceções em que ele avisará explicitamente em sala de aula. Na dúvida, telefone para o curso (3458 1406) e confirme. 7) Tenho muita coisa para estudar e tem a Física do colégio também. Se eu estudar só pela Física do Curso Anual de Física, é garantia de aprendizado ? Sim, o curso Anual de Física não é um complemento das atividades da sua escola, tendo em vista que a carga horária do curso de Física chega a ser duas vezes maior. Sendo assim, mais da metade dos alunos que fazem o Curso Anual de Física percebem ser inviável resolver as duas Físicas e acabam resolvendo só a apostila do Curso Anual, obtendo excelentes resultados no vestibular. Caso você se sinta sobrecarregado e venha a fazer essa opção, seu aprendizado ainda será mais que satisfatório para garantir bons resultados no vestibular. Embora o ideal seja dar conta das duas Físicas para tirar proveito da experiência e dos ensinamentos dos colegas professores de Física das escolas, a escassez de tempo muitas vezes torna esse procedimento inviável. 8) O bom relacionamento do prof. Renato Brito com as escolas. O prof. Renato Brito é colega de todos os professores das escolas e mantém bom relacionamento com todos, respeitando o bom trabalho executados por cada um deles e cooperando sempre que solicitado. Assim, em respeito aos colegas professores, o aluno do Curso Anual de Física não deve abrir essa apostila em salas de aula das escolas, deixando para fazê-lo apenas fora de sala de aula, nas bibliotecas e salas de estudo. Todo professor faz o melhor que pode pelo aluno e merece respeito em qualquer circunstância. Mostre sua educação e sua gratidão ao seu professor respeitando-o . Ele merece. 9) Eu posso tirar dúvidas com o prof. Renato Brito das apostilas da minha escola ? Entre os colegas professores, existe um código de ética que diz que não se deve tirar dúvidas do material de outro professor, para evitar constrangimentos e transtornos desnecessários. Assim, zelando pelo bom relacionamento que o prof. Renato Brito tem com os demais colegas, ele não tirará dúvidas de qualquer questão que não seja da nossa apostila do Curso Anual de Física. 10) Será que devo estudar por livros para complementar ? A apostila do Curso Anual é escrita pessoalmente pelo prof. Renato Brito, autor de livros de Física que circulam em todo território nacional pela Editora VestSeller (visite www.vestseller.com.br). Considerando que a apostila é muito didática e muito rica em informações, bem como a escassez de tempo usual dos vestibulandos de Medicina, o aluno não deve se preocupar em complementar o estudo de Física por livros. Quando for necessário, o prof. Renato Brito informará em sala de aula. Até lá, o estudante deve ler e reler apenas o conteúdo da nossa apostila que será mais que satisfatório. SUMÁRIO CAPÍTULO 1 - VETORES 1 1 - Grandezas escalares e grandezas vetrotoriais 1 2 - Vetores 1 3 - Operações com vetores – Soma vetorial 1 4 - Operações com vetores – subtração de vetores 2 5 - Método gráfico do paralelogramo 2 6 - Ângulo formado entre dois vetores 3 7 - Decomposição de vetores 3 8 - Multiplicação de um vetor por um número 5 9 - Propriedade do polígono fechado de vetores 5 10 - Representação i e j para vetores 6 11 – Expandindo para a notação i, j e k para vetores 7 12 - Breve Revisão de Geometria Plana 7 - Pensando em classe 10 - Pensando em casa 14 CAPÍTULO 2 – DE ARISTÓTELES A GALILEU 1 – Introdução 20 2 – O Pensamento Aristotélico e o senso comum 20 3 – Galileu chega ao conceito de Inércia 20 4 – O princípio da Relatividade de Galileu 22 5 – A primeira lei de Newton do movimento 23 6 – Entendendo o conceito de equilíbrio 23 7 – Entendendo o conceito de repouso 24 8 – O Papel da Força no Movimento dos Corpos 24 9 – Subindo ou descendo ? Acelerado ou retardado ? 25 – Pensando em classe 27 – Pensando em casa 29 10 – Aceleração: a rapidez com que a velocidade varia 34 11 – Movimento Uniforme (MU) 35 12 – Movimento Uniformemente Variado (MUV) 35 13 – A velocidade escalar média no MUV 36 14 – A função horária da Velocidade no MUV 36 15 – A função horária da posição no MUV 37 16 – Interpretação de gráficos 37 17 – Conversando sobre o lançamento horizontal 38 18 – Conversando sobre o lançamento obliquo 40 – Pensando em classe 43 – Pensando em casa 49 19 - Força produz aceleração 56 20 - Massa e peso 56 21 - Massa resiste a aceleração 57 22 - Segunda lei de Newton do movimento 57 23 - Quando a aceleração é g – Queda Livre 58 24 - Forças e interações 59 - Leitura Complementar: A natureza das forças 60 25 - Terceira lei de newton do movimento 62 26 - Ação e reação em massas diferentes 62 27 – Força de tração T em fios ideais 64 28 – Força de tração T em polias ideais 65 29 – Forças e deformações em molas ideais 66 30 – O Formato da Trajetória e o Par de Eixos Padrão 66 - Pensando em classe 70 - Pensando em casa 74 CAPÍTULO 3 – ESTUDO DO ATRITO 1 - Força de atrito seco de escorregamento entre sólidos 78 2 - Força de atrito estático e cinético 79 3 - A força de atrito na escala microscópica 80 4 - Resistência dos fluidos 82 - Pensando em classe 88 - Pensando em casa 94 CAPÍTULO 4 – DINÂMICA DO MOVIMENTO CURVILÍNEO 1 – Introdução 101 2 - As componentes tangencial e centrípeta da aceleração 102 3 - Forças em trajetória curvilínea 103 4 - Estudo do movimento de um Pêndulo Simples 104 5 – Dinâmica do MCU plano horizontal 105 6 - Uma questão intrigante: por que a lua não cai na Terra ? 107 7 - Comentários finais – Características do MCU 109 8 - Resumo das propriedades - Componentes da aceleração 111 - Pensando em classe 112 - Pensando em casa 117 APÊNDICE – REFERENCIAIS NÃO-INERCIAIS 1 – O Domínio de Validade das leis de Newton 125 2 – Introdução ao Referencial Inercial 125 3 – Propriedades dos Referenciais não-inerciais 127 4 - O Referencial Não Inercial 128 5 - O Princípio da Equivalência de Einstein 128 6 - O elevador acelerado para cima 129 7 - O elevador acelerado para baixo 130 8 - Vagão acelerado horizontalmente 130 9 – Forças de Interação e Forças de Inércia 132 - Pensando em classe 136 - Pensando em casa 138 CAPÍTULO 5 – TRABALHO E ENERGIA 1 - Por que estudar trabalho e energia ? 140 2 - O significado físico do trabalho realizado por uma força 140 3 - Entendendo o sinal algébrico do trabalho 141 4 - Trabalho realizado por forças internas 144 5 - Trabalho realizado por força constante inclinada 144 6 - Trabalho realizado por força de intensidade variável 146 7 - Aplicação: Cálculo do trabalho realizado pela força elástica 147 8 - Princípio da Trajetória Alternativa (P. T. A.) 148 9 - Princípio do trabalho total ou trabalho resultante 148 10 - Trabalho realizado pela força peso 150 11 - Forças conservativas e forças não-conservativas 151 12 - O Princípio da conservação da Energia Mecânica 151 13 - Condições para a conservação da Energia Mecânica 153 14 - Potência média e potência instantânea 155 15 – Máquinas 155 16 - O simples conceito de rendimento 156 - Pensando em classe 159 - Pensando em casa 163 CAPÍTULO 6 – SISTEMA DE PARTÍCULAS 1 - A quantidade de movimento (qdm) de uma partícula 172 2 - O impulso: o ganho de quantidade de movimento 172 3 - Impulso aplicado por uma força de intensidade variável 174 4 - O conceito de Sistema 175 5 - O conceito de Forças internas e Externas 176 6 - Entendo o impulso trocado entre dois corpos como uma mera transferência de quantidade de movimento entre eles. 176 7 - Coeficiente de restituição numa colisão 178 8 - Tipos de Colisão 178 9 - Caso Especial: Colisão elástica Unidimensional entre partículas de massas iguais 180 10 - Caso Especial: Colisão Unidimensional em que uma das massas é muito maior do que a outra 180 Leitura Complementar: O Efeito da Baladeira Gravitacional 181 - Pensando em classe 183 - Pensando em casa 190 CAPÍTULO 7 – HIDROSTÁTICA 1 - O Conceito de Pressão 197 2 - Pressão exercida por uma coluna líquida 198 3 - A pressão atmosférica 201 4 - A Variação da Pressão no Interior de um gás 203 5 - A experiência de Torricelli 203 6 - Bebendo água de canudinho 205 7 - O Sifão 207 8 - O Princípio de Arquimedes do Empuxo 208 9 - A lógica por trás do Princípio de Arquimedes 209 10 - Calculando o empuxo a partir das leis de Newton 211 11 – Empuxo e Densidade 211 12 – Calculando o Empuxo Duplo 213 13 – Empuxo Não-Arquimedianos 214 14 – Referenciais não-inerciais na Hidrostática 220 15 – O Princípio de Pascal 222 16 – Mecanismos Hidráulicos 222 - Pensando em classe 224 - Pensando em casa 233 CAPÍTULO 8 – ESTÁTICA 1 – Introdução 247 2 - Momento de Uma Força 247 - Pensando em Classe 249 - Pensando em Casa 251 CAPÍTULO 9 – GRAVITAÇÃO UNIVERSAL 1 - Introdução 253 2 - Geocentrismo 253 3 - Heliocentrismo 253 4 - As três Leis de Kepler 254 5 - Lei da Gravitação Universal de Newton 254 6 - Intensidade do Campo Gravitacional 255 7 – Corpos em órbita 256 8 - Imponderabilidade no Interior de Satélites 256 9 – Entendendo as marés 256 - Pensando em Classe 258 - Pensando em Casa 262 CAPÍTULO 10 – ESPELHOS PLANOS 1 - Introdução 265 2 - Imagem de um Objeto Pontual 265 3 - Imagem de um Corpo Extenso 266 4 - Deslocamento e Velocidade da Imagem 266 5 - Campo Visual de um Espelho Plano 267 6 - Dois Espelhos Associados 267 7 - Rotação de um Espelho Plano 268 8 - Velocidade no Espelho Plano 268 9 – Enantiomorfismo 269 CAPÍTULO 11 – ESPELHOS ESFÉRICOS 1 - Introdução 271 2 - Elementos dos Espelhos Esféricos 271 3 - Leis da Reflexão 272 4 - Condições de Gauss 272 5 - Focos 272 6 - Raios Principais no Espelho Esférico 274 7 - Construção Geométrica de Imagens 274 8 - Espelho Esférico Convexo 275 9 – Espelho Esférico Côncavo 275 10 - Estudo Analítico 277 CAPÍTULO 12 – REFRAÇÃO DA LUZ 1 - Introdução 279 2 - Índice de Refração 279 3 - Leis de Refração da Luz 279 4 - Ângulo Limite e Reflexão Total 280 5 - Dioptro Plano 280 6 - Lâmina de Fases Paralelas 281 7 - Prisma Óptico 282 8 - Prismas de Reflexão Total 282 9 – Decomposição da Luz Branca 283 10 - Refração atmosférica, Miragens e Arco-íris. 284 CAPÍTULO 13 – LENTES ESFÉRICAS 1 - Introdução 286 2 - Tipos: Elementos e Nomenclatura 286 3 - Comportamento Óptico 287 4 - Focos 287 5 - Distância Focal e Pontos Antiprincipais 288 6 - Propriedades 288 7 - Construção Geométrica de Imagens 289 8 - Estudo Analítico 291 9 – Vergência (V) 291 10 - Fórmulas dos Fabricantes 291 11 – Associação de Lentes 292 12 – Instrumentos Ópticos 293 13 – Lupa 293 14 – Máquina Fotográfica 293 15 – Projetor 294 16 – Microscópio Composto 294 17 – Luneta Astronômica 294 18 – Óptica da Visão 294 19 – Comportamento Óptico do Globo Ocular 295 20 – Acomodação Visual 295 21 – Defeitos da Visão 295 - Pensando em classe 299 - Pensando em casa 311 CAPÍTULO 14 – Gases e Termodinâmica 1 – Entendendo o Estado Gasoso 326 2 – Leis experimentais dos gases 326 3 – A Equação de Estado do Gás ideal 328 4 – A Equação geral dos gases 329 5 – A Densidade do gás ideal 329 6 – Mistura de gases que não reagem entre si 330 6.1 – Lei de Dalton das Pressões Parciais 331 7 – Transformações gasosas particulares 332 7.1 – Transformação isovolumétrica – Estudo gráfico e analítico 332 7.2 – Transformação isobárica – Estudo gráfico e analítico 333 7.3 – Transformação isotérmica – Estudo gráfico e analítico 334 8 – A Teoria Cinética dos Gases 336 9 – Interpretação molecular da pressão de um gás ideal 337 10 - Interpretação molecular da temperatura de um gás ideal 337 11 – A Energia interna de um gás Ideal 339 12 – Trabalho em Transformações gasosas 339 13 – Maneiras para Aquecer ou Esfriar um gás 341 13.1 – Fornecendo energia ao gás 341 13.2 – Extraindo energia do gás 342 13.3 – Aumentando a energia interna U do gás 342 13.4 – Diminuindo a energia interna U do gás 342 14 – A 1ª Lei da Termodinâmica 343 15 – A Expansão Livre – Um caso especial 344 16 – Funções de Estado e Funções de Caminho 345 17 – Calores Molares dos gases - Cp e Cv 346 17.1 – Calor fornecido ao gás no processo isovolumétrico (Qv) 347 17.2 – Calor fornecido ao gás no processo isobárico (Qp) 347 17.3 – Analise Comparativa entre Qp e Qv 348 17.4 – Proporção entre Qp, Qv, U e isob nesse contexto 348 18 – Relação entre Cv e U 349 19 – A transformação adiabática 349 19.1 – Processos adiabáticos no dia-a-dia 350 19.2 – Estudo analítico da transformação adiabática 351 19.3 – Estudo gráfico da transformação adiabática 351 20 – Ciclos Termodinâmicos 352 20.1 – A variação da energia interna U num ciclo termodinâmico 352 20.2 – O trabalho realizado num ciclo termodinâmico 352 20.3 – O calor trocado por um gás num ciclo termodinâmico 353 20.4 – A primeira lei da termodinâmica aplicada a um ciclo 353 20.5 – Interpretando o Ciclo – Máquinas Térmicas 354 20.6 – O conceito de rendimento de uma máquina térmica 354 20.7 – Máquinas Frigoríficas 355 20.8 – Eficiência de máquinas frigoríficas 355 21 – A segunda lei da Termodinâmica 355 22 – O ciclo de Carnot 356 22.1 – A máquina de Carnot na prática – Exemplo Numérico 23 – Uma visão histórica das máquinas térmicas 357 359 23.1 – Ciclo Otto – motores de automóveis 359 24 – Leis da Termodinâmica – Considerações Finais 360 25 – AutoTestes comentados 363 - Pensando em classe 365 - Pensando em casa 375 Gabarito Comentado 403 Manual de Resoluções 415 Cronograma de aulas da Frente 2 459 Vetores Aula 01 1. Grandezas escalares e grandezas vetoriais Na natureza, algumas grandezas físicas ficam bem definidas quando lhes é atribuído um valor numérico (módulo) e uma unidade de medida. São as chamadas grandezas escalares. Essas grandezas não têm nenhuma orientação e a sua aritmética é simples como a utilizada no caixa de uma padaria. Dentre elas, podemos citar massa, tempo, comprimento, temperatura, energia, corrente elétrica, resistência elétrica, potência. É isso aí turma ! Massa é uma grandeza escalar..... infelizmente . Entretanto, existem grandezas que, além de um valor numérico (módulo) e uma unidade de medida, também recebem uma orientação, caracterizada por uma direção e um sentido. São as chamadas grandezas vetoriais. As operações matemáticas com essas grandezas precisam levar em conta não só o valor numérico, mas também a sua orientação. Assim, lançamos mão da geometria para nos auxiliar nas operações matemáticas com essas grandezas. Deslocamento, velocidade, aceleração, força, impulso , quantidade de movimento, velocidade angular, momento de uma força são exemplos de grandezas vetoriais. sentido (flecha) e mesmo módulo (comprimento). Sendo assim, podemos dizer que: a =b e a d c . Os vetores b e c são iguais apenas e direção. em módulo Simbolicamente, podemos escrever | | = | | apesar de c b b c. 3. Operação com vetores – soma vetorial Conforme dito, um vetor pode representar qualquer grandeza vetorial. Assim, para ilustrar a operação da “soma vetorial”, utilizaremos vetores que representam o deslocamento de uma pessoa, que têm sua origem no ponto de partida e, sua extremidade, no ponto de chegada. Imagine que uma pessoa partiu do ponto A e fez o percurso ABCD parando no ponto D. Cada um dos seus deslocamentos parciais AB, BC e CD podem ser representados, respectivamente, pelos vetores a , b e c conforme a figura 2. O deslocamento resultante dessa pessoa é representado pelo vetor r , que parte do ponto inicial A e tem sua extremidade no ponto final D como mostra a figura 3. Dizemos que r é a soma vetorial ou a resultante dos vetores a , b e c e, simbolicamente, escrevemos: r = a + b + c b B c a C D A figura 2 A força é uma grandeza vetorial ! Estou aplicando uma força vertical para cima ! b B c a 2. Vetores Para representar as grandezas físicas orientadas (vetoriais), utilizamos um ente geométrico denominado Vetor. Trata-se de um segmento de reta orientado (orientação dada pela flecha) que apresenta uma direção, um sentido e um módulo, que está relacionado com o comprimento do vetor. Um vetor, portanto, pode representar qualquer grandeza física vetorial. a A d B figura 1 b c A C D r figura 3 Admitindo que os módulos dos deslocamentos valem | a | = 9 km, | b | = 8 km e | c | = 3 km, a fim de obter o vetor r , você não deve efetuar o cálculo: r = a + b + c = 9 + 8 + 3 = 20 km Afinal de contas, a expressão acima não se trata de uma soma algébrica ou soma escalar. As flechinhas sobre cada letra indicam que estamos realizando uma soma vetorial ou geométrica e que não se pode substituir diretamente os valores numéricos na expressão. Devemos fazer uso das propriedades da geometria e, a partir do diagrama dos vetores ilustrado na figura 3, obter o módulo do vetor r . A partir do Teorema de Pitágoras, o triângulo hachurado na figura 3 nos permite escrever : A figura ilustra o vetor AB que tem direção horizontal, sentido da esquerda para a direita e módulo dado pelo comprimento AB . O vetor AB também pode ser simplesmente designado por uma única letra minúscula d . Para nos referirmos apenas ao módulo do vetor d , podemos usar o símbolo | d | ou simplesmente d. Dizemos que dois vetores são iguais, se e somente se, (a–c)2 + ( b )2 = ( r )2 ( 9–3 )2 + ( 8 )2 = ( r )2 r = 10 km apresentarem a mesma direção (forem paralelos), o mesmo Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 2 Assim, sempre que desejarmos calcular o resultado de uma operação com vetores, é preciso primeiro traçar o diagrama vetorial e, só em seguida, utilizar a geometria plana para efetuar a operação. Em linhas gerais, para se obter a resultante entre vários vetores, basta dispor os vetores um após o outro, com a extremidade de um na origem do próximo. O vetor soma é sempre obtido ligando a origem do primeiro à extremidade do último. Esse processo gráfico chama-se método do polígono. 4. Operação com vetores – subtração de vetores Sejam os vetores a , b e c mostrados na figura 7. Desejamos obter o vetor r tal que r = a + b – c . Para isso, definimos o vetor oposto a c , representado por – c . Note que os vetores c e – c têm o mesmo módulo (comprimento), mesma direção (são paralelos) e sentidos opostos ( flechas contrárias) como na figura 7. Entendi, prôfi ! Esse A seguir, destacamos uma série de relações vetoriais existentes no diagrama da figura 4. Observe: f Jorge, não existe vetor negativo naum ! Assim como não existe triângulo negativo ! d e g c b a figura 4 a + b + d + f = g mas ( a + b ) = c , portanto: ( a + b) + d + f = g c + d + f = g mas ( c + d ) = e , portanto: (c + d ) + f = g e + f = g As relações vetoriais acima mostram que a soma de vetores é associativa. É fácil ver que também é válida a propriedade comutativa para a adição, ou seja, a + b = b + a : Graficamente, temos: c a ab c figura 5 a b -C é um vetor negativo, né ? b c ba c figura 6 O vetor – c não se trata de um vetor negativo, afinal de contas, um vetor é um ente geométrico e, assim como não existem quadrados negativos ou triângulos negativos, não existem vetores negativos. Apenas, da mesma forma que existe um vetor chamado c , também existe um vetor chamado – c , é o nome dele, chama-se vetor “menos cê ”. c a b c b r c a figura 7 figura 8 Assim, reescrevemos a expressão r = a + b – c como r = a + b + (– c ) e traçamos o diagrama vetorial naturalmente, dispondo os vetores a , b e (– c ) em série, um após o outro e traçando o vetor resultante r como mostra a figura 8. Mais uma vez, determinaremos o módulo de r com base na geometria da figura. 5. Método gráfico do paralelogramo Para determinar a resultante entre vários vetores através do método do polígono, vimos que devemos dispor um vetor após o outro (figura 9a), com a extremidade de um coincidindo com a origem do seguinte (em série). O vetor resultante é obtido ao final, ligando a origem do primeiro vetor à extremidade do último (figura 9b). Uma forma alternativa de se traçar a resultante entre dois vetores a e b que formam um ângulo entre si é através do método do paralelogramo. Nesse método, que se aplica a apenas dois vetores de cada vez, devemos dispor os dois vetores de forma que Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física suas origens fiquem coincidentes (figura 9c). Traçando-se as retas paralelas r e s, determinamos um paralelogramo. Traçando-se a diagonal desse paralelogramo (figura 9d) a partir da origem dos vetores, determina-se o vetor resultante r tal que r = a + b. b b a b a a r Figura 9 a Figura 9 b r ab r b a a s b Figura 9 c Figura 9 d É fácil ver que os traçados gráficos mostrados na figura 9b e 9d são equivalentes e determinam o mesmo vetor r , por qualquer um dos métodos. A partir da lei dos cossenos, pode-se demonstrar que, se a e b são dois vetores que formam um ângulo entre si ( figura 9d ), a resultante r = a + b tem módulo dado pela relação: r 2 a2 b 2 2.a.b. cos Para uma importante revisão de geometria plana, veja a página 7. 3 Já os vetores a e c , na figura 10, portanto, o ângulo formado entre eles como o ângulo formando entre b e têm origens coicindentes e, realmente vale 60, assim c. 7. Decomposição de vetores A decomposição de vetores é uma ferramenta muito útil na análise de problemas de Física. Seja um vetor genérico F . Estamos interessados em determinar as componentes horizontal e vertical Fx e Fy do vetor F . Fy F F Fx Figura 12 a Fy Fx Figura 12 b Para isso, posicionamos o vetor F na origem de um sistema de eixos cartesianos e determinamos as projeções desse vetor sobre os eixos x e y (figura 12 a). Os vetores projeções Fx e Fy mostrados na figura 12 claramente satisfazem a relação vetorial F = Fx + F y . E aí...brother.... como se determinam os módulos das componentes Fx e Fy conhecendo o módulo de F ? Ora Raul.....basta usar os conceitos de seno e cosseno no triângulo retângulo. Veja a seguir ! 6. Ângulo formado entre dois vetores O ângulo formado entre dois vetores, por definição, é o menor ângulo determinado entre eles quando suas origens estão coincidentes. a 120o 120o a b 60o 60o 60o b 60o 60o 60o c c Figura 10 Figura 11 Observando o triângulo retângulo da figura 12b, é fácil ver que: sen = Fy F Fy = F . sen cos = Fx F Fx = F . cos Adicionalmente, pelo teorema de Pitágoras, os módulos dos vetores projeções Fx e Fy satisfazem a relação algébrica: Para esclarecer melhor, considere os vetores a , b e c (F)2 = (Fx)2 + (Fy)2 apoiados sobre um triângulo eqüilátero na figura 10. A seguir, ilustramos uma aplicação clássica da decomposição de Observando apenas os vetores a e b , alguém, à primeira vista, forças em Mecânica. poderia julgar que o ângulo formado entre eles é de 60, o que estaria errado visto que suas origens não estão coincidentes. Exemplo resolvido 1: Uma caixa de peso P = 120 N encontra-se Assim, ainda é preciso mover um dos vetores paralelamente a si a apoiada sobre um plano inclinado liso que forma um ângulo fim de tornar a sua origem coincidente com a do outro, como = 36 com a horizontal e escorrega ladeira abaixo. Determine o sugere a figura 11. Portanto, o ângulo formado entre os vetores valor da componente do peso responsável pelo movimento da a e b não será 60, mas sim, o seu suplemento caixa. Dado = 36 , sen36 = 0,6 cos36 = 0,8 180 – 60 = 120. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 4 Solução: A figura 13a mostra as duas forças aplicadas sobre a caixa: o peso P exercido pela Terra e a reação normal N exercida pelo plano inclinado. N Solução: a) Os vetores V1 e V2 certamente NÃO são idênticos, pois têm orientações diferentes. Apenas apresentam o mesmo módulo, portanto V1 V2 e V V2 V1 0 . b) V V2 V1 V2 ( V1 ) , ou seja, devemos achar a resultante (+) entre os vetores V2 e – V1 90- P V2 V1 54o 54o figura 13a N P. se n s co P. figura 15 = 54o P Vy V Vy V figura 13b Vx Se o plano inclinado forma um ângulo com a horizontal, é fácil perceber que a força peso P também forma um ângulo com a direção da normal N. Assim, decompondo a força peso em suas componentes (figura 13b), temos que: P.sen = P. sen36 = 120 x 0,6 = 72 N P.cos = P. cos36 = 120 x 0,8 = 96 N Estando a caixa em equilíbrio na direção normal, temos N = P.cos = 96 N. A componente P.sen = 72 N é a responsável pelo movimento da caixa ladeira abaixo. Exemplo resolvido 2 : Uma bola de tênis, movendo-se com velocidade V1 de módulo 40 m/s, colide elasticamente com o solo horizontal de acordo com a figura 14 e retorna com velocidade V2 de mesmo módulo 40 m/s. Dado sen54 = 0,8 cos54 = 0,6 , pergunta-se: a) É correto afirmar que V1 = V2 e, portanto, que V V2 V1 0 ? b) Caso contrário, determine o valor da variação da velocidade vetorial V V2 V1 da bola na colisão. V2 V1 54o 54o Vx figura 16 O vetor – V1 é obtido invertendo-se a flecha do vetor V1 . A figura 15 ilustra o diagrama vetorial preparado para que se determine a resultante V V2 ( V1 ) . Na figura 16 , tomamos | V2 | = | – V1 | = V = 40 m/s e decompomos os vetores para achar a resultante: Na horizontal, as componentes Vx se cancelam e a resultante será puramente vertical, de módulo: | V | = Vy + Vy = 2.V.cos = 2 x 40 x 0,6 = 48 m/s | V | = 48 m/s V V1 54o 54o V2 figura 17 Assim o vetor diferença V V2 ( V1 ) é vertical, apontando para cima (figura 17) e tem módulo dado por | V | = 48 m/s figura 14 Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 8. Multiplicação de um vetor por um número Seja um vetor a . O resultado da multiplicação desse vetor por um número real n é um outro vetor de mesma direção de a (paralelo a a ) e cujo sentido depende do sinal de n. Observe a figura 18: a a a a 2a a 3a a figura 18 Nota-se que o vetor 2 a é paralelo ao vetor a , tem a mesma direção e sentido de a e módulo (comprimento) duas vezes maior que a . Já o vetor –3 a tem a mesma direção de a (são paralelos) e sentido contrário de a (flecha invertida) e módulo 3 vezes maior que a . Assim, generalizando: Se b = n. a com n R , então o vetor b é paralelo ao vetor a Se n > 0, os vetores b e a apontarão no mesmo sentido Se n < 0, os vetores b e a apontarão em sentidos opostos Se b = n. a | b | = | n. a | | b | = | n | . | a | b = n. a Grandeza Força F Relação vetorial F m. a Força elétrica Fe Fe q.E Quantidade de Movimento Q Q m. V Impulso de uma força I I F . t 5 Muitas grandezas vetoriais na Física são definidas pelo produto entre um número real n e um outro vetor. A tabela nessa página mostra alguma dessas grandezas, bem como a interpretação física. Se o estudante conhece bem as propriedades matemáticas dos vetores, ele percebe que as conclusões mostradas na tabela anterior são meras conseqüências matemáticas da relação vetorial que define essas grandezas. Isso significa que essas conclusões não merecem ser memorizadas. O aluno deve ser capaz de reproduzi-las por si só posteriormente, sempre que se deparar com aquelas relações vetoriais. 9. Propriedade do polígono fechado de vetores Se n vetores, dispostos em série, um após o outro, formam um polígono fechado, então a resultante desses vetores é nula. B A figura 19 Conseqüência matemática da relação vetorial Como a massa m de um corpo é sempre positiva (m > 0), concluímos que a aceleração a causada por uma força F está sempre na mesma direção e sentido da referida força. A força elétrica Fe é sempre paralela ao campo elétrico E que a transmite. Se q > 0 , Fe e E terão o mesmo sentido Se q < 0 , Fe e E terão sentidos opostos Como a massa m de um corpo é sempre positiva (m > 0), concluímos que a quantidade de movimento Q de um móvel está sempre na mesma direção e sentido da sua velocidade V Como t é sempre positivo (t > 0), concluímos que o Impulso I aplicado por uma força está sempre na mesma direção e sentido da referida força F . B A figura 20 Para compreender melhor o significado dessa propriedade, considere os 8 vetores da figura 19 dispostos num polígono fechado. Se uma pessoa parte do ponto A, segue no sentido antihorário o caminho formado pela série de vetores e retorna ao ponto A, qual o deslocamento efetivo dessa pessoa ? Certamente é nulo. Essa é uma forma simples de entender a propriedade do polígono fechado de vetores. A resultante de todos os vetores é nula. Uma outra forma de visualizar que a resultante dos vetores é nula consiste em, inicialmente, determinar a resultante de todos os vetores exceto um deles, por exemplo, o vetor AB , como indica a figura 20. Em seguida, somamos a resultante de todos os vetores exceto AB com o vetor AB faltante e, assim, obtemos a resultante final de todos os vetores. A resultante dos 7 vetores na figura 20, partindo de B e percorrendo no sentido anti-horário o caminho de vetores, até o ponto A é dada, graficamente, pelo vetor BA . Agora somando a resultante dos 7 vetores BA com o 8o vetor AB que foi temporariamente deixado de fora, temos: Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 6 y AB + BA = 0 Essa é uma forma mais elaborada de entender a propriedade do polígono fechado de vetores. A recíproca dessa propriedade também é verdadeira, ou seja: b 2 , Se n vetores tem resultante nula, então eles formam um a 4 polígono fechado quando dispostos em série, um após o outro. 3 Essa recíproca é muito útil na solução de problemas de Estática. Note que o símbolo 0 deve ser lido como “vetor nulo” e não, “zero”. Da mesma forma, uma matriz 2x2 toda preenchida com zeros é chamada de “matriz 2x2 nula” e não, “matriz zero”. Um número real qualquer como o zero ( 0 ) pertence a um espaço de uma única dimensão R. Um vetor no plano pertence a um espaço de duas dimensões R2 e um vetor no espaço pertence a um espaço de três dimensões R3. Elementos que pertencem a espaços diferentes não são comparáveis. Muitos estudantes fazem mal uso da simbologia de vetores por não atentarem para esses fatos. 10. Representação i, j para vetores Chamamos de “versores unitários” um conjunto de vetores que apresentam módulo unitário e que são utilizados apenas para indicar uma direção. Os versores mais utilizados universalmente são o i e o j. y figura 22 y 2 s 4 3 x -j figura 21 O versor i trata-se de um vetor unitário | i | = 1 que aponta na direção positiva do eixo x ao passo que o versor j é um vetor unitário | j | = 1 que aponta no sentido positivo do eixo y ( figura 21) . A notação vetorial utilizando os versores unitários i e j é bastante prática. Por exemplo, considere o vetor a mostrado na figura 22, cujas componentes são ax = 3 e ay = 4. Na notação i j, esse vetor pode ser representado como: a = ax.i + ay.j ou a = 3.i + 4.j . O módulo de a é dado pelo teorema de Pitágoras: |a |= s é dado por (sx) 2 (sy ) 2 (8) 2 (6) 2 | s | = 10 O vetor diferença d a b também pode ser facilmente determinado: d a b = ( 3.i + 4.j ) – ( 5.i + 2.j ) = –2.i + 2.j |s | = i -i (ax) 2 (ay) 2 (3) 2 (4) 2 = 5 x 5 figura 23 O vetor b pode ser representado por b = 5.i + 2.j . A grande vantagem da notação i j é que as operações com vetores passam a ser algébricas. Veja: O vetor s a b é dado por: s a b = 3.i + 4.j + 5.i + 2.j s = 8.i + 6.j O módulo de j x 5 d 2 2 figura 24 A representação gráfica do vetor diferença d é mostrada na figura 24. O exemplo resolvido 2 mostra como é prático se trabalhar com a notação i j para vetores. As figuras 22 e 23 permitem ao estudante perceber o que realmente está ocorrendo quando somamos dois vetores: na verdade, suas projeções é que são somadas, no sentido real da palavra, para em seguida, determinarmos graficamente o vetor resultante s . Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 7 Exemplo resolvido 3 : Determine o módulo da resultante entre os vetores a , b , c e d ilustrados na figura. Considere que cada célula é quadrada de lado unitário. z b 12 d a 3 c y 12. Breve Revisão de Geometria É importante que o aluno esteja bem familiarizado com as propriedades usuais da geometria plana, tais como Lei dos senos, Lei dos cossenos, Teorema de Pitágoras, Propriedades dos triângulos retângulos, a fim de operar com os vetores sem maiores dificuldades. Vamos a uma pequena revisão: Em seguida, efetuamos a soma operando as componentes i e j individualmente: s = a + b + c + d = s = 0.i + 5.j + 6.i + 2.j – 4.i + 0.j – 2.i – 2.j s = 0.i + 5.j s = +5.j O vetor s = +5.j está mostrado na figura (sx) 2 (sy ) 2 (0) 2 (5) 2 s |s | = 5 Propriedade 1: Lei dos Cossenos Aplicação: Calcula o 3º lado de um triângulo, do qual se conhecem dois lados e um ângulo. esse é o lado oposto a esse ângulo a2 = b2 + c2 2.b.c. cos ao lado e seu módulo é dado por : 4 x Solução: Inicialmente escrevemos cada vetor na notação i j : a = 0.i + 5.j b = 6.i + 2.j c = –4.i + 0.j d = –2.i – 2.j |s | = a Note que, na lei dos cossenos, o lado a que aparece no 1º membro da fórmula é sempre o lado oposto ao ângulo . Para exemplificar o uso da Lei dos cossenos, determinaremos, a seguir, o comprimento do 3º lado de um triângulo do qual conhecemos dois lados e um ângulo. ? 5 cm 11. Expandindo para a notação i, j e k para vetores Da mesma forma que i representa um vetor de módulo unitário apontando no sentido positivo do eixo x e j representa um vetor de módulo unitário apontando no sentido positivo do eixo y, também se define k como sendo um vetor de módulo unitário apontando no sentido positivo do eixo z num sistema tridimensional xyz. Dessa forma, poderíamos definir um vetor a tal que: a = 3i + 4j + 12k cuja representação gráfica é mostrada na figura. O módulo do vetor a é calculado, determinando-se o comprimento da diagonal do paralelepípedo mostrado na figura, dado por: |a| = 2 2 2 (3) (4) (12) = 9 16 144 | a | = 13 Para revisar como se calcula a diagonal de um paralelepípedo, veja a propriedade 3 na página 8 – Cálculo da Diagonal maior de um Paralelepípedo. 60o 8 cm esse é o lado oposto a esse ângulo a2 = b2 + c2 2.b.c. cos Chamaremos de o ângulo de 60o do triângulo . O lado oposto ao ângulo é sempre o lado a na lei dos cossenos e, nesse exercício, será nessa incógnita. Os lados b e c podem ser escolhidos em qualquer ordem. Assim, temos: a=? b = 8 cm c = 5 cm = 600 a2 = b2 + c2 2.b.c. cos a2 = (8)2 + (5)2 2 x 8 x 5. cos(60o) a2 = 64 + 25 40 a2 = 49 a=7 Assim, o lado a desconhecido tem um comprimento de 7 cm. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 8 Propriedade 2: Cálculo da Diagonal de um Paralelogramo Aplicação: Calcula o comprimento da diagonal S de um paralelogramo, do qual se conhecem os dois lados a e b e o ângulo formado entre eles. A diagonal a ser calculada parte do mesmo vértice que contém o ângulo . s2 = (8)2 + (7)2 + 2 x 8 x 7 x (1/2) s2 = 64 + 49 56 S2 = 57 S = 7 cm b 120o a b essa diagonal parte desse ângulo s2 = a2 + b2 + 2.a.b. cos Exemplo resolvido 4 : Dois vetores a e b , de módulos respectivamente iguais a 8 e 7, formam um ângulo = 60o entre si. Determine o módulo do vetor s = a + b Solução: Pelo método do paralelogramo, determinaremos a diagonal S que parte do ângulo = 60o , com o uso da fórmula da diagonal: 7 cm 8 cm S 60 o 8 cm b 7 cm Substuindo a = 8 cm, b = 7 cm, = 60o na fórmula, vem : s2 = a2 + b2 + 2.a.b. cos s2 = (8)2 + (7)2 + 2 x 8 x 7 x (1/2) s2 = 64 + 49 + 56 S2 = 169 S = 13. Profinho, e como eu faria para calcular a outra diagonal do paralelogramo ? A lei dos cossenos, aplicada ao triângulo em destaque na figura abaixo, também permite calcular a diagonal a, agora interpretada como sendo o 3º lado de um triângulo do qual se conhecem dois lados e um ângulo. Encontraremos a mesma resposta obtida acima. Veja: 7 cm a 8 cm 8 cm 60o 7 cm esse é o lado oposto a esse ângulo a2 = b2 + c2 2.b.c. cos Substituindo os valores na lei dos cossenos, vem: a2 a2 a2 a2 a=? b = 7 cm c = 8 cm = 600 = = = = b2 + c2 2.b.c. cos (7)2 + (8)2 2 x 7 x 8. cos(60o) 49 + 64 56 57 a2 = 57 a = O aluno atento deve perceber que a lei dos cossenos NÃO é igual à fórmula que calcula a diagonal do paralelogramo. Conforme vimos, tais fórmulas são diferentes pelo simples fato de que calculam coisas diferentes. Propriedade 3: Cálculo da Diagonal (D) maior de um Paralelepípedo Seja um paralelepído (uma caixa de sapato) de dimensões A, B e C. O Teorema de Pitágoras, no triângulo retângulo em destaque na figura abaixo, permite escrever: A s2 = a2 + b2 57 cm Obtivemos o mesmo resultado de antes ! X2 = A2 + B2 Ora, Claudete. A outra diagonal parte do ângulo de 120 o, suplementar ao ângulo de 60o . Assim, Substuindo a = 8 cm, b = 7 cm, = 120o na fórmula que calcula diagonais de paralelogramos, lembrando que cos120o = 1/2, vem : 8 cm 7 cm O aluno atento deve perceber que, apesar da semelhança, a fórmula acima não é a lei dos cossenos, não recebendo denominação alguma. Tais fórmulas são diferentes (diferem pelo sinal algébrico) pelo simples fato de que calculam coisas diferentes. a S 8 cm S a 57 cm C (I) B A X B + 2.a.b. cos Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 9 Aplicando, mais uma vez, o Teorema de pitágoras no outro triângulo retângulo destacado a seguir, podemos escrever: D2 = C2 + X2 C ( II ) D X X Substituindo I em II, vem: D2 = C2 + X2 D2 = C2 + ( A2 + B2 ) A2 + B2 + C2 = D2 A famosa relação acima calcula o comprimento da diagonal maior D de um paralelepípedo, conhecendo-se as dimensões A, B e C do mesmo. PENSAMENTO DO DIA Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 10 Física Pensando em Classe Pensando em Classe Questão 1 Determine o módulo do vetor resultante em cada um dos sistemas abaixo. Todos os vetores têm o mesmo módulo igual a 1: a) b) c) d) Questão 2 A figura mostra um hexágono regular de lado a sobre o qual se apoiam 5 vetores. A resultante desses vetores tem módulo dado por : a) 3.a. 3 b) 4.a c) 6.a d) 6.a. 3 e) 12 a Questão 3 O esquema a seguir mostra cinco vetores a , b , c , d e e apoiados sobre um pentágono regular. A relação vetorial que existe entre eles é: a) b) c) d) e) a a a a a b + c= d + e + e + b + c= d + b + c + d +e = 0 + c + d = b +e + e =b + c + d b + c d a e Questão 4 Através do Método da Decomposição, determine a resultante dos vetores do sistema abaixo: sen = 0,8 20 U cos = 0,6 7U 4U Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 11 Questão 5 Sejam a e b os dois vetores mostrados na figura a seguir. O prof Renato Brito pede para você : a) determinar o módulo dos vetores s e d tais que s = a + b e d = a – b . b) determinar a orientação dos vetores s e d de acordo com o seguinte código (1), (2) , (3) e (4) 5 cm 5 cm a 4 cm b 5 cm 4 cm 5 cm Questão 6 Sejam a e b os dois vetores mostrados a seguir. Dado que | a | = | b | = 15 cm , sen = 0,8 cos = 0,6 , usando o método da decomposição, o prof Renato Brito pede que você determine o módulo dos vetores s e d tais que s = a + b e do vetor d = a – b . a b Questão 7 Dois vetores de mesma intensidade U formam entre um ângulo de 120. Determine a intensidade da resultante deles. U 60o 60o U Questão 8 Usando o resultado da questão anterior, determine mentalmente a resultante dos vetores abaixo: a) b) a 120o a 6 120o 120o a 120o 4 120o 120o 4 Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 12 c) d) 10 o o 3 3 45 45 o 30 8 8 o 30 6 2 10 Questão 9 Considere que um satélite esteja girando em torno da Terra em movimento circular uniforme com velocidade escalar V constante. Pergunta-se: a) a velocidade do satélite permanece constante durante o movimento, ou seja, VA VB VC VD ? b) determine o módulo da variação da velocidade V VB VA em função de V c) determine o módulo da variação da velocidade V VC VA em função de V VA VD VB VC Questão 10 Resolva as seguintes equações vetoriais e determine o módulo do vetor x em cada caso: a) 6 5 0 5X 3 b) 6 2X 60o 60o 6 2 6 Questão 11 Em cada ítem abaixo, determine os vetores a e b fazendo uso dos versores unitários i e j, bem como o módulo do vetor diferença d = a – b . Admita que as células são quadrados de lado 1. a) b) b b a a Dica: Atenção, só contamos quadradinhos na horizontal e na vertical. Na diagonal, quem conta para a gente é o Pitágoras, ok ? Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 13 Questão 12 Duas forças F1 e F2 tem módulos respectivamente iguais a 6 N e 10 N. Assim, o módulo da força resultante R entre elas só pode assumir valores no intervalo: a) 4 R 12 b) 6 R 12 c) 6 R 16 d) 4 R 16 Questão 13 Duas forças F1 e F2 tem módulos respectivamente iguais a 6 N e 8 N. Assim, a força resultante entre elas pode assumir qualquer um dos valores abaixo, exceto: a) 4 N b) 3 N c) 2 N d) 1 N Questão 14 Dois vetores a e b , de intensidades respectivamente iguais a 5 cm e 3 cm , formam entre si um ângulo = 60o. O vetor s tal que s = a + b , tem módulo: a) 8 cm b) 7 cm c) 6 cm d) 9 cm e) 4 cm Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 14 Pensando em Casa Pensando em Casa Para um bom aprendizado da física, o estudante deve inicialmente ler a teoria completa do capítulo, escrita pessoalmente pelo prof Renato Brito. Em seguida, deve rever todas as questões resolvidas em classe e que estão copiadas no seu caderno (o caderno é imprescindível !) . Só então, o aluno deve partir para a fixação dos conceitos na lista de exercícios de casa. Questão 1 - Determine o módulo do vetor resultante em cada um dos sistemas abaixo. Todas as figuras são polígonos regulares de lado 1 a) b) c) d) O símbolo , no começo de algumas questões, indica que aquelas questões encontram-se resolvidas no Manual de Resoluções que encontra-se anexado a essa apostila, a partir da página 415 Questão 2 - O vetor resultante da soma AB + BE + CA é: C a) AE b) AD c) CD d) CE B D e) BC A E Questão 3 - Seis vetores de mesmo módulo F estão dispostos em série, um após o outro, formando um hexágono regular, de modo que a resultante deles é nula. Se o prof. Renato Brito inverter o sentido de apenas um dos vetores, a força resultante nesse sistema passa a valer: a) F b) 2F c) 3F d) 5F e) 4F Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 15 Questão 4 - A figura mostra um hexágono regular de lado a sobre o qual se apoiam 5 vetores. A resultante desses vetores tem módulo dado por : a) 3.a. 3 b) 4.a c) 6.a d) 6.a. 3 e) 12 a Dica: Veja a questão 2 de classe Questão 5 - Nos sistemas abaixo, os vetores têm mesma intensidade a e estão dispostos ao longo de um hexágono regular. Determine a resultante dos vetores em cada caso, sem efetuar cálculos, usando apenas as propriedades aprendidas nas questões de aprendizagem. a) b) c) Questão 6 Suponha agora que uma bola de frescobol que se movia horizontalmente com velocidade V1 de módulo 30 m/s, colide elasticamente com o solo horizontal de acordo com a figura e retorna com velocidade V2 de módulo 20 m/s. Qual dos vetores abaixo melhor representa a variação da velocidade vetorial V V2 V1 da bola durante a ocasião ? a) b) 50 m/s 60 m/s d) c) V1 10 m/s V2 e) NULA Colisão da bola 10 m/s Questão 7 - A figura mostra dois vetores a e b de mesma intensidade. Os vetores s = a + b e d = a – b têm módulo respectivamente iguais a: a) 13 cm, 24 cm b) 10 cm, 24 cm c) 16 cm, 26 cm d) 26 cm, 0 cm e) 24 cm, 10 cm 12 cm 5 cm a 12 cm 12 cm b 5 cm 12 cm Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 16 Questão 8 Sejam a e b os dois vetores a seguir. Usando o método da decomposição, determine o módulo do vetor s = a + b e do vetor d = a – b . Dado: | a | = | b | = 10 cm , sen = 0,6 cos = 0,8 a b Questão 9 Uma bola de tênis, movendo-se com velocidade V1 de módulo 50 m/s, colide elasticamente com o solo horizontal de acordo com a figura e retorna com velocidade V2 de mesmo módulo 50 m/s. V2 V1 60o 60o Determine qual dos vetores a seguir melhor representa a variação da velocidade vetorial V V2 V1 da bola durante a ocasião. a) b) c) 50 m/s 50 m/s 60o 50 m/s d) e) 60o 60o 25 m/s 50 m/s Dica: veja exemplo resolvido 2 – página 4 Questão 10 Determine m e n t a l m e n t e a resultante dos vetores abaixo em cada caso: a) b) 10 8 6 3 o 60 8 o 30 o o 60 30 10 8 c) d) o 60 o o 60 8 45 8 8 o 45 8 8 6 2 Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 17 Questão 11 - Através do Método da Decomposição, determine a resultante dos vetores para cada sistema abaixo. Dado sen = 0,6 e cos = 0,8 a) b) b 10 U 20 U 10 U c 4U a 1U d 3U 10 U Dica: o vetor b faz um ângulo com a vertical. Por que ? O símbolo , no começo de algumas questões, indica que aquelas questões encontram-se resolvidas no Manual de Resoluções que encontra-se anexado a essa apostila, a partir da página 415 Questão 12 Na figura abaixo, uma caixa de 20 kg encontra-se em equilíbrio estático sobre um plano inclinado que forma um ângulo = 36 com a horizontal, graças à força de atrito. Se a gravidade local vale g = 10 m/s2, decomponha a força peso e, em seguida, determine (sen = 0,6 cos = 0,8): a) o valor da força normal N b) o valor da força de atrito. Dica: veja exemplo resolvido 1 – página 3 N Fat 90- P Questão 13 - Dois vetores a e b tem intensidades respectivamente iguais a 8 cm e 7 cm. Determine o ângulo formado entre esses vetores, para que a resultante deles tenha módulo igual a 13 cm. Questão 14 - Determine o módulo do vetor diferença d = a – b em cada um dos sistemas abaixo. Admita que as células são quadrados de lado 1 e use o Método do Polígono ou do Paralelogramo. a) b) b a b a Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 18 Questão 15 - Em cada ítem abaixo, determine os vetores a e b fazendo uso dos versores unitários i e j, bem como o módulo do vetor diferença d = a – b . Admita que as células são quadrados de lado 1. a) b) b a b a Dica: veja explicação e exemplo resolvido nas páginas 6 e 7. Questão 16 - Duas bolas de sinuca A e B, de massas mA = 4 kg e mB = 2 kg, se movem sobre um plano horizontal liso em movimento uniforme, com velocidades VA (3.i + 5.J) e VB ( 6.i – 1.J) em m/s. Determine o módulo da velocidade Vcm do centro de massa desse sistema, dada pela fórmula abaixo: mA .VA mB .VB Vcm = mA mB Questão 17 Determine o módulo e a orientação aproximada do vetor que resulta em cada sentença vetorial a seguir: a) 3. ( 2 ) – 4. ( 3) + 2.( 2 ) = (exemplo resolvido) = ( 6 ) + ( 12 ) + ( 4 ) = = ( 6 ) + ( 8) = = 10 b) (–3).( 2 ) + 4. ( 3 ) – 2.( 5 ) + c) (–2).( 7 ) + 4.( 4 ) 3.( 6 ) + 2. ( 2 ) – 3.( 2 ) Questão 18 - Resolva as seguintes equações vetoriais e determine o módulo do vetor x em cada caso: a) 6 6 2 0 2X b) 4 60o 60o 2X 4 6 4 c) 30o 6 6 8 30o 2X Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 19 Questão 19 Duas forças F1 e F2 tem módulos respectivamente iguais a 6 N e 10 N. Assim, o módulo da força resultante R entre elas só pode assumir valores no intervalo: a) 4 R 12 b) 6 R 12 c) 6 R 16 d) 4 R 16 Dica: veja questão 12 de classe Questão 20 Duas forças F1 e F2 tem módulos respectivamente iguais a 6 N e 8 N. Assim, a força resultante entre elas pode assumir qualquer um dos valores abaixo, exceto: a) 4 N b) 3 N c) 2 N d) 1 N Questão 21 - (Medicna Christus 2013) Suponha que dois músculos com uma inserção comum, mas diferentes ângulos de tração se contraiam simultaneamente como mostra a figura ao lado. O ponto “O” representa a inserção comum dos músculos vastos lateral e medial, do quadríceps da coxa, na patela. OA é o vetor que descreve a tração do vasto lateral. OB é o vetor que descreve a tração do vasto medial. Sendo os dois vetores de módulos iguais a 10u e 15u, o intervalo que representa a variação possível para o módulo do vetor soma V é: a) 1 u v 1,5 u. b) 5 u v 25 u. c) 10 u v 15 u. d) 15 u v 25 u. e) 25 u v 150 u. Dica: veja questão 19 de casa Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br De Aristóteles a Galileu Aula 2 1 – Introdução Há mais de 2000 anos atrás, os cientistas da Grécia antiga estavam familiarizados com algumas das idéias que estudamos hoje. Tinham um bom entendimento de algumas propriedades da luz, mas eram confusos sobre o movimento. Um dos primeiros a estudar seriamente o movimento foi Aristóteles, o mais proeminente filósofo-cientista da Grécia antiga. 2 - O Pensamento Aristotélico e o Senso Comum. Denominamos “senso comum” o conjunto de princípios e conclusões que consideramos corretas com base em nossas experiências cotidianas. Entretanto, muitas vezes a simples observação dos fenômenos do dia-a-dia, mascaradas por efeitos que fogem à nossa capacidade de observação, nos leva a conclusões equivocadas mas que são admitidas corretas até que uma nova observação mais cautelosa, regada por um raciocínio lógico dedutivo, nos faz perceber a necessidade de rever nossos conceitos e ser mais cautelosos com tudo aquilo que denominamos senso comum. Ao contrário do que se possa imaginar, nossos sentidos nem sempre são tão confiáveis. F F F Aristóteles acreditava que a resistência natural ao movimento (atrito, resistência do ar) era algo inerente ao movimento, sendo impossível suprimi-la. Ele fez deste o fato central da sua teoria do movimento segundo a qual era fundamental que houvesse uma força empurrando ou puxando os corpos para mantê-los em movimento. Curiosamente, até hoje, as idéias aristotélicas sobre o movimento ainda coincidem com o pensamento do senso comum das pessoas leigas em ciências. Uma pessoa não devidamente instruída, quando questionada sobre “quem cairá primeiro, uma pedra ou uma folha de papel”, certamente responde que “a pedra cairá antes, por ser mais pesada”. F Figura 1 - O estado natural dos corpos é o de repouso. Um corpo só se manterá em movimento enquanto uma força atuar sobre ele. Quando esta for suprimida o corpo deve retornar ao repouso. Esse é o ponto de vista de Aristóteles (384-322 a.c.). Se você ainda pensa assim, seu ponto de vista está atrasado 2000 anos . Por exemplo, sabemos que se uma força suficientemente grande for aplicada sobre uma mesa, esta acabará se movendo ao longo do piso. Entretanto, percebemos que esse movimento cessa tão logo a força seja suprimida. Conclusão do senso comum: para manter um corpo em movimento, é necessária a atuação de uma força a favor do deslocamento. Tão logo todas as forças sejam suprimidas, o corpo voltará ao estado de repouso, o estado natural dos corpos livres da ação de forças. Quando uma pedra e uma folha de papel são abandonadas do alto de um prédio, facilmente percebe-se que a pedra chega ao solo antes que o papel, o que leva à seguinte conclusão do senso comum: Os corpos mais pesados caem mais rapidamente que os corpos mais leves. figura 2 - Aristóteles (384 – 322 a.c.) foi um dos mais famosos filósofos gregos e um dos primeiros a se preocupar com o movimento dos corpos. Esses dois exemplos de senso comum citados acima constituem a base do pensamento Aristotélico sobre o movimento dos corpos. Figura 3 – Galileu Galilei As idéias aristotélicas sobre o movimento dominaram o mundo científico por mais de dois mil anos e começaram a ser questionadas no século dezesseis por Copérnico e Galileu. Apesar de não ter sido o primeiro a apontar algumas dificuldades nas concepções de Aristóteles, Galileu foi o primeiro a fornecer refutações definitivas apoiadas no método experimental por ele introduzido no estudo das ciências naturais. 3 – Galileu chega ao conceito de Inércia Figura 4 – A lendária demonstração de Galileu sobre a queda dos corpos. Para demonstrar o erro na hipótese de Aristóteles sobre a queda dos corpos, conta-se que Galileu deixou cair, do alto da torre inclinada de Pisa, vários objetos com pesos diferentes e comparou Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física as quedas. Ao contrário do que afirmava Aristóteles, Galileu comprovou que uma pedra duas vezes mais pesada que outra não caía realmente duas vezes mais rápido. Desprezando o efeito do ar, Galileu percebeu que objetos de pesos diferentes, soltos ao mesmo tempo, caíam juntos e atingiam o chão ao mesmo tempo. Modernamente, sabemos que, na ausência da resistência do ar (no vácuo), todos os corpos são igualmente acelerados e caem juntos. Esse comportamento ainda é aproximadamente observado mesmo em situações em que a resistência do ar esteja presente, desde que ela ainda seja desprezível, como no caso das pedras abandonadas por Galileu do alto da torre. Em geral, quando a força de resistência do ar está presente, ela afeta diferentemente o movimento de queda dos corpos, sendo que aqueles mais pesados e com formato mais “aerodinâmico” tendem a cair mais rapidamente que os demais. Estudaremos a força de resistência do ar em detalhes no capítulo de Atrito. A metodologia investigativa de Galileu, aliando suas habilidades experimentais ao seu raciocínio lógico, constitui a base do método experimental. Pelo seu pioneirismo, Galileu é considerado o precursor da grande revolução ocorrida na Física a partir do século XVII. Para chegar ao conceito de Inércia, Galileu realizou uma série de experimentos com planos inclinados. Numa de suas mais famosas experiências, ele colocou dois de seus planos inclinados (Figura 5) um de frente para o outro. Ele observou que uma bola liberada do topo de um plano inclinado, a partir do repouso, rolava para baixo e então subia o outro plano inclinado até alcançar uma altura quase igual à sua altura inicial. Raciocinou que apenas o atrito a impedia de chegar até exatamente a mesma altura inicial, pois quanto mais liso era o plano inclinado, mais próximo daquela altura a bola chegava. 21 na horizontal, quão longe a bola deve ir para alcançar a mesma altura inicial ?” A resposta óbvia é “ela jamais alcançará essa altura inicial, se moverá para sempre, perpetuamente, na ausência de atrito”. A propriedade de um objeto tender a se manter em movimento numa linha reta (movimento retilíneo e uniforme) foi chamada de inércia. O conceito de inércia não era o senso comum e os antigos tinham muita dificuldade em compreendê-lo. Por exemplo, considere que uma pessoa esteja no topo do mastro de um navio que se move para frente com velocidade constante em alto mar. Admita que essa pessoa segure, em suas mãos, uma bola de canhão. Até o século XVI, acreditava-se que, se a bola de canhão fosse abandonada do repouso pela pessoa, a bola iria descendo e ficando para trás (figura 6), em relação ao navio e, portanto, não cairia no pé do mastro. v v v Posição inicial Posição final v Posição inicial Posição final Posição inicial Onde é a posição final ? Figura 5 – Planos inclinados de Galileu Ele então reduziu a inclinação do plano de subida. Novamente a bola alcançava a mesma altura, embora tivesse que percorrer uma distância maior. Reduzindo o valor do ângulo gradativamente, a bola vai cada vez mais longe para atingir a mesma altura inicial. Galileu, então, pôs a seguinte questão: “se eu disponho esse plano Figura 6 – Segundo o pensamento aristotélico, o barco permaneceria se movendo para a frente. A bola abandonada iria ficando para trás, em relação ao navio, e não cairia no pé do mastro. O conceito de inércia ainda não era conhecido. Se eles conhecessem o conceito de inércia, entenderiam que os movimentos horizontais e verticais ocorrem de forma independente (é o chamado Princípio da Independência dos Movimentos de Galileu) e que, portanto, a bola de canhão acompanha o movimento horizontal do barco durante a sua queda, conforme a figura 7. Os antigos acreditavam no modelo geocêntrico para o sistema solar, defendendo que a Terra encontrava-se em repouso no centro do universo. Para eles, era senso comum o fato de que seria impossível existir uma força suficientemente grande capaz de manter a Terra se movendo para frente. Se eles conhecessem o conceito de inércia, entenderiam que a Terra poderia se manter em movimento sem que nenhuma força fosse necessária para a manutenção da sua rapidez. Um corpo em MCU, por exemplo, não requer uma força tangencial para mantê-lo em movimento, mas tão somente uma força radial (ctp) para garantir a sua gradual mudança de direção, ao descrever a órbita curvilínea. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 22 v v apanhamos a moeda de volta, da mesma forma que o faríamos caso estivéssemos parados. Nós vemos a evidência da lei da inércia quando a moeda nos acompanha. A força vertical da gravidade afeta apenas o movimento vertical da moeda. Em suma, a inércia é parte na nossa rotina diária nos tempos modernos, embora nem todos tenham essa percepção da física presente no cotidiano. Figura 7 – A inércia em ação – Na natureza, o barco se move para frente e a bola cai ao pé do mastro. Isso ocorre pelo fato do movimento de queda vertical descrito pela bola ser independente do seu MRU original para a direita, acompanhando o movimento do navio. Outro argumento curioso (cômico, na verdade ) dos aristotélicos a favor da imobilidade da Terra era o seguinte: Se a Terra estivesse se movendo ao redor do sol, seria necessária uma velocidade orbital da ordem de 30 km/s para que ela completasse uma volta a cada ano. Assim, imagine um pássaro pousado num galho de uma árvore observando uma suculenta minhoca no chão. Se o pássaro decidir apanhar a minhoca, gastando um segundo para descer até o chão e pegá-la, segundo os antigos, ele jamais conseguirá, caso a Terra esteja em movimento. Isso porque, durante um segundo de descida do pássaro, a Terra, juntamente com o chão e a minhoca, se deslocará 30 km para frente e, portanto, o pássaro jamais alcançará a minhoca a tempo ! Como os pássaros comem minhocas diariamente, parecia claro para os antigos que a Terra só pode estar em repouso. Figura 9 – Pessoa no interior de um avião em MRU - A inércia em ação – A moeda lançada para cima retorna novamente à mão da pessoa, acompanhando o seu movimento horizontal. No referencial do avião, a moeda executa um mero movimento vertical de sobe e desce. Nossas noções do movimento atualmente são muito diferentes daquelas dos nossos ancestrais. Aristóteles não reconheceu a idéia de inércia porque não percebeu que todas as coisas que se movem seguem as mesmas leis. Ele imaginava que as leis que regiam os movimentos celestes eram muito diferentes daquelas que regiam os movimentos na Terra. Galileu e Newton, por outro lado, perceberam que todos os objetos em movimentos seguem as mesmas leis. Para eles, corpos que se movem em MRU, na ausência de atrito, não requerem a ação de forças para permanecer em movimento. Podemos apenas especular como a ciência teria progredido se Aristóteles tivesse reconhecido a unidades de todos os tipos de movimento a 2000 anos atrás. 4 - O Princípio da Relatividade de Galileu O princípio da inércia traz consigo o Princípio da Relatividade de Galileu segundo o qual é impossível um observador distinguir se encontra-se num referencial parado ou num referencial em movimento retilíneo uniforme, visto que experimentará exatamente as mesmas sensações em ambos os referenciais. Figura 8 – A inércia em ação – O movimento horizontal do pássaro, da minhoca e da árvore acompanha o movimento da Terra. O movimento vertical do pássaro é independente do seu movimento horizontal. Atualmente, entendemos que o movimento de descida do pássaro ocorre independente do seu movimento horizontal a 30 km/s, acompanhando o movimento da Terra, árvore, chão e minhoca. Assim, por inércia, ele prossegue horizontalmente junto com a Terra, enquanto desce, apanha a minhoca e sobe, o que permite matar a sua fome diariamente, ainda que a Terra esteja se movendo ao redor do sol ! Se os antigos estivessem corretos, você é capaz de imaginar o que ocorreria caso você chegasse bem próximo a uma parede vertical em sua casa e desse um pulo para cima ? Estaria literalmente cometendo suicídio ! As pessoas de 400 anos atrás tinham dificuldades com idéias como essa não só por falharem em reconhecer o conceito de inércia, mas porque estavam acostumadas a locomoverem-se em veículos que trepidavam bastante. Carruagens puxadas por cavalos, em estradas sacolejantes, não os conduziam aos experimentos capazes de revelar os efeitos da inércia. Hoje nós atiramos uma moeda para cima dentro de um carro ou avião e Figura 10 – A inércia em ação – Uma partida de tênis jogada em qualquer referencial Inercial transcorre da mesma forma, quer você esteja jogando em terra firme, quer você esteja jogando no interior de um Boeing voando em MRU. Por exemplo, todas as leis da Física válidas durante uma partida de tênis em Winbledon também são igualmente válidas caso os Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física jogadores estejam jogando tênis numa ampla quadra instalada no interior de um Wide Boeing Large voando em movimento retilíneo e uniforme em relação à Terra. A verdade é que, sem olhar pela janela, os jogadores no interior do avião não têm como distinguir em qual das situações se encontram, visto que a trajetória seguida pela bola, as sensações fisiológicas, a gravidade, tudo funciona exatamente como se estivessem jogando numa quadra em terra firme. A lei da inércia é sempre válida em referenciais que encontram-se parados ou que se deslocam em movimento retilíneo e uniforme, os chamados Referenciais Inerciais ou Galileanos. Um metrô que esteja se movendo aceleradamente para frente, por exemplo, não é um referencial inercial visto que, em seu interior não será válida a lei da inércia. O que isso significa ? Caso um passageiro desse metrô jogue uma moeda verticalmente para cima, perceberá que a moeda subirá e descerá sendo arrastada para trás, caindo no piso numa posição atrás do passageiro. Referenciais acelerados como estes são denominados Referenciais Não-Inerciais. No momento estamos interessados em tratar somente com Referenciais Inerciais. As Leis de Newton só são válidas em referenciais inerciais. A importância do Princípio da Relatividade de Galileu é tão grande para a compreensão da Física como um todo, que enfatizaremos o seu enunciado: As leis da física são sempre as mesmas, esteja você parado ou se movendo uniformemente em linha reta. Ora, mas se as leis da natureza não são afetadas pelo movimento retilíneo e uniforme, tampouco o serão experimentos, máquinas, medidas ou observações. Em outras palavras, não há como você dizer se está parado ou se movendo em MRU com base em medidas ou experimentos. Assim, o Princípio da Relatividade pode ser enunciado da seguinte forma: Nenhum experimento ou medida física é capaz de distinguir se um observador encontra-se parado ou em movimento retilíneo e uniforme. 5 –A primeira lei de Newton do movimento Em 1642, no ano da morte de Galileu, nasce Isaac Newton. Aos 23 anos de idade, Newton formulou as suas famosas leis do movimento, que suplantaram em definitivo as idéias aristotélicas que haviam dominado o pensamento das melhores mentes por quase dois milênios. A primeira lei de Newton é uma reafirmação do conceito de inércia, proposto por Galileu. Newton refinou esse conceito estabelecendo que: Todo objeto permanece em seu estado de repouso ou de movimento retilíneo e uniforme (em suma, permanece em equilíbrio) , a menos que seja obrigado a mudar aquele estado, devido à ação de forças sobre ele. A palavra chave nesta lei é permanece: Um corpo permanece fazendo seja o que for, a menos que uma força seja exercida sobre ele. Se ele estiver em repouso, permanecerá em repouso. Isto é ilustrado quando uma toalha de mesa é habilmente puxada por baixo dos pratos sobre uma mesa, deixando esses pratos em seus estados iniciais de repouso. Se um objeto estiver se movendo, ele permanecerá se movendo, sem fazer curvas ou alterar sua rapidez, enquanto não sofrer a ação de uma força que altere o seu estado 23 de movimento. Ao contrário do que dizia Aristóteles, o estado natural dos corpos não é o repouso, mas sim, o equilíbrio. Figura 11 – Isaac Newton 6 – Entendendo o conceito de Equilíbrio A palavra “equilíbrio” é um termo bastante amplo. Genericamente, dizemos que um corpo ou um sistema encontra-se em equilíbrio quando suas características permanecem estáveis no tempo, imutáveis, constantes, ou seja, quando elas não variam. O Equilíbrio é um estado em que não ocorrem mudanças. Por exemplo, dizemos que a economia de um país encontra-se equilibrada quando a taxa de juros permanece estável, quando a cotação do dólar não varia, assim como o PIB, a renda per capita etc. Da mesma forma, um sistema físico-químico encontra-se em equilíbrio quando as concentrações das substâncias em seu interior permanecem constantes no tempo. O mesmo ocorre na mecânica: um corpo encontra-se em equilíbrio quando sua velocidade permanece constante no decorrer do tempo (podendo ser nula ou não). Tanto um quadro pendurado na parede em “repouso permanente” como uma bola de boliche que se move em MRU num solo liso encontram-se em equilíbrio. Mas o que há em comum em duas situações aparentemente tão distintas ? O fato de a velocidade permanecer constante (vetorialmente constante) em ambas as situações, quer essa velocidade seja ou nula ou não. Para ser mais claro e explícito, podemos dizer que: Um corpo só encontra-se em equilíbrio se sua VELOCIDADE permanecer CONSTANTE em direção, sentido e valor; Todo corpo que tenha VELOCIDADE CONSTANTE em direção, sentido e valor (quer ela seja nula ou não) encontra-se em EQUILÍBRIO; Só existem dois possíveis estados de equilíbrio mecânico: o “repouso permanente” e o “movimento retilíneo e uniforme”. Assim, todo corpo em equilíbrio só pode estar em um desses dois estados, respectivamente denominados “equilíbrio estático” e “equilíbrio dinâmico”. Todo corpo que estiver se movendo em trajetória NÃORETILÍNEA, ou seja, CURVILÍNEA, não estará em equilíbrio, por apresentar velocidade variável. Afinal, por estar fazendo curvas, a velocidade do móvel estará mudando de direção em cada ponto da trajetória, mantendo-se tangente à ela, o que já é Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 24 suficiente para dizermos que a sua velocidade não é constante, por se tratar de uma grandeza vetorial. Conforme aprenderemos, o agente que causa a VARIAÇÃO DA VELOCIDADE (direção, sentido e valor) de um corpo é a FORÇA. Na ausência dela, o corpo certamente apresentará VELOCIDADE CONSTANTE, isto é, estará em EQUILÍBRIO. O equilíbrio não tem nada a ver com “se a velocidade do corpo é grande, pequena ou nula”. Ele não diz respeito ao valor da velocidade, mas sim, à constância do vetor velocidade. Se o vetor velocidade permanece constante, o corpo está em equilíbrio. Caso contrário, não está em equilíbrio, simples assim. momentaneamente em repouso (ele pára a fim de inverter o sentido do movimento), mas não se encontra em equilíbrio. Mesmo na posição mais baixa da oscilação teremos T > P, visto que a trajetória circular descrita pelo pêndulo requer que a força resultante tenha uma componente centrípeta radial apontando para dentro da curva (centrípeta) naquele ponto. ( calminha, tudo isso será explicado com detalhes no capítulo 4). Profinho, um corpo pode estar em equilíbrio sem estar em repouso ? Certamente, Claudete ! 7 – Entendendo o conceito de repouso O conceito de “repouso” é bastante simples. Dizemos que um corpo está em repouso num certo referencial quando sua velocidade é nula ( V = 0) naquele referencial. Profinho, um corpo pode estar momentaneamente em repouso sem estar em equilíbrio ? Certamente, Claudete ! Basta imaginar qualquer situação em que um corpo pare de se mover (v = 0) apenas para inverter o sentido do seu movimento. Por exemplo, quando lançamos um corpo verticalmente para cima, sujeito à gravidade terreste, num certo momento ele atingirá o ponto de altura máxima. Naquele instante, ele estará momentaneamente em repouso (v=0), mas não estará em equilíbrio. Por que não? Porque a força resultante agindo no corpo não é nula naquele momento, visto que continua sendo atraído pela massa da Terra (massas se atraem, isso chama-se força gravitacional). No instante em que ele pára a fim de inverter o sentido do movimento, temos força resultante F R = P e aceleração a = g para esse corpo. Todo corpo que se move em MRU encontra-se em equilíbrio, esqueceu, Claudete ? Mas ainda assim, não está em repouso por apresentar velocidade, ou seja, por estar em movimento. Sempre que o corpo pára apenas para inverter o sentido do seu movimento, ele encontra-se apenas em repouso momentâneo (v = 0), mas não encontra-se em equilíbrio (FR 0, a 0). O estudante precisa estar bastante atento, visto que muitos textos de física usam a palavra repouso referindo-se ao caso particular de “repouso permanente”. Cabe ao leitor analisar o contexto e, com bom senso, dar a devida interpretação ao enunciado proposto pelo autor. Ao pé da letra, “repouso” significa “parado” apenas. Parou prá inverter o sentido do movimento Momentâneo Repouso (V = 0) V = 0, mas a 0, FR 0 Não é Equilíbrio V = 0, FR = 0, a = 0 Estado de Equilíbrio Permanente 8 – O papel da Força no movimento dos corpos Ao descobrir a propriedade da inércia, Galileu percebeu que, definitivamente, a presença de uma força resultante não é necessária para manter um corpo em movimento. V T T P P T T T P P Px P Py Figura 12 – durante a oscilação do pêndulo, ele nunca estará em equilíbrio (FR = 0), visto que a tração T jamais cancelará a força peso P em nenhum instante da oscilação. Nos extremos da oscilação, dizemos que o pêndulo apenas encontra-se em repouso momentâneo (velocidade nula), pois inverterá o sentido do seu movimento naquele ponto. O mesmo ocorre a um pêndulo simples que está oscilando (figura 12). Nos extremos da sua oscilação ele se encontra Para melhor esclarecer, considere a caixa da figura acima que se move ao longo de uma superfície horizontal lisa sendo empurrada por um operador. Se, de repente, a mão do operador perder o contato com a caixa, o que ocorrerá ao seu movimento posterior ? A caixa prosseguirá em movimento retilíneo horizontal, freiando gradativamente até parar ? Não, pois essa redução no valor da velocidade requer a presença de uma força agindo contra a velocidade (Figura 13). V F Figura 13 F V Figura 14 Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física A caixa prosseguirá em movimento retilíneo horizontal, acelerando gradativamente ? Não, pois esse aumento no valor da velocidade requer a presença de uma força agindo a favor da velocidade (Figura 14). A caixa prosseguirá em movimento não-retilíneo, descrevendo uma trajetória curvilinea ? Não, pois essa mudança de direção e, consequentemente, essa mudança da velocidade vetorial da caixa requer a presença de uma força . A caixa não prosseguirá em movimento mas, sim, parará instantaneamente logo após a caixa ser abandonada ? Falso, pois essa redução brusca de velocidade requer a ação de uma grande força se opondo ao seu movimento para freiar a a caixa. Como vemos, qualquer MUDANÇA DE VELOCIDADE, tanto na sua direção (movimentos curvilíneos), quanto no seu sentido (inversão de movimento), ou mesmo no seu valor (movimentos não-uniformes), implica a presença de uma força resultante agindo sobre o corpo. O papel da força, no movimento, é causar VARIAÇÃO DE VELOCIDADE. Se a força resultante agindo sobre o corpo for NULA, sua velocidade PERMANECERÁ INVARIÁVEL (em direção, sentido e valor). Mas, afinal de contas, o que ocorrerá ao movimento da caixa que se movia horizontalmente com velocidade v quando, de repente, todas as forças que agiam nela desapareceram ? Ora, na ausência total de forças, a velocidade que a caixa já possuía PERMANECERÁ CONSTANTE enquanto perdurar a ausência de forças. Isso significa que: a velocidade não poderá aumentar de valor ( a caixa não poderá se mover cada vez mais rapidamente); a velocidade não poderá diminuir de valor ( a caixa não poderá se mover cada vez mais lentamente, isto é, a caixa não pode parar); a velocidade não poderá mudar de direção (a caixa não poderá fazer a curva). Assim, só resta a essa pobre caixa descrever qual tipo de movimento ? Sim !! O movimento retilineo uniforme MRU, o único tipo de movimento que se mantém, mesmo na ausência total de forças, evidenciando que a presença de forças não é necessária para que haja movimento, sendo necessária apenas para mudanças de movimento (mudanças de velocidade). 9 – Subindo ou descendo ? Acelerado ou retardado ? Quando dizemos que um corpo está subindo verticalmente, estamos dizendo que, necessariamente, a sua velocidade está apontando para cima V. Ao contrário, quando dizemos que um corpo está descendo verticalmente, isso implica que a sua velocidade, necessariamente, está apontando para baixo V. O vetor velocidade V de um corpo sempre aponta para onde o corpo e s t á i n d o naquele momento. E quanto à sua aceleração? Se o corpo está subindo, a sua aceleração aponta para cima ou para baixo ? Apenas com essa informação, nada se pode afirmar. O que sabemos é que toda aceleração é causada por uma força. Uma força vertical F para cima causa uma aceleração a vertical para cima, assim como uma força F vertical para baixo causa uma aceleração a 25 vertical para baixo, e assim por diante. Generalizando, podemos dizer que: A aceleração a causada por uma força F sempre aponta na mesma direção e sentido da força que a originou. Isso está implícito no caráter vetorial da 2ª Lei de Newton: F m.a Sendo m um número positivo, os vetores F e a têm a mesma direção e sentido. Caso haja várias forças agindo no corpo simultaneamente, a aceleração a é determinada pela força total (resultante) FR , a partir da 2ª lei de Newton: FR m a A aceleração a causada pela força total (resultante) FR agindo num corpo sempre aponta na mesma direção e sentido dessa força resultante. Assim, saber “para onde” o corpo está indo nos informa sobre “para onde” aponta a sua velocidade, mas nada nos diz sobre sua aceleração, cuja orientação é dada pela força resultante FR que age sobre o corpo. Um corpo, basicamente, pode subir ou descer de três maneiras diferentes: acelerado, retardado ou em movimento uniforme. Para visualizar melhor esse fato, considere o balde da figura a seguir, sob ação exclusiva das forças F e P. Vejamos as seis possibilidades para o seu movimento vertical : F P 1) Subindo acelerado: “subindo” significa velocidade para cima v, “acelerado” significa aceleração a favor da velocidade a. Assim, a força total (resultante) que proporcionou essa aceleração também aponta para cima FR , o que implica F > P. 2) Subindo retardado: “subindo” significa velocidade para cima v, “retardado” significa aceleração contrária à velocidade a. Assim, como a força total (resultante) que proporcionou essa aceleração tem que ter a sua mesma orientação (sempre), ela aponta para baixo FR, o que implica F < P. (acompanhe pela tabela 1). Tabela 1 Acelerado Retardado Uniforme Subindo V V, a, FR V, a, FR V , a = 0 (F>P) (F<P) (F=P) Descendo V V, a, FR V, a, FR V, a = 0 (F<P) (F>P) (F=P) 3) Subindo em movimento retilíneo e uniforme: “subindo” significa velocidade para cima v, “uniforme” significa aceleração nula. Nesse caso o balde sobe em MRU e a resultante das Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 26 forças que age sobre ele é nula (isto é, F = P). O MRU é o único movimento que se mantém na ausência total de forças, ao contrário do que pensava Aristóteles. 4) Descendo acelerado: “descendo” significa velocidade para baixo v, “acelerado” significa aceleração a favor da velocidade a. Assim, a força total (resultante) FR que proporcionou essa aceleração aponta para baixo FR , o que implica P > F. 5) Descendo retardado: “descendo” significa velocidade para baixo v, “retardado” significa aceleração contrária à velocidade a. Assim, a força total (resultante) FR que proporcionou essa aceleração aponta para cima FR , o que implica F > P. 6) Descendo em movimento retilíneo e uniforme: “descendo” significa velocidade para baixo v, “uniforme” significa aceleração (escalar) nula. Nesse caso o corpo desce em MRU e a resultante das forças que age sobre ele é nula ( F = P). Lembre-se: O MRU é o único movimento que se mantém na ausência total de forças, ao contrário do que pensava Aristóteles. Segundo Aristóteles, para que esse balde estivesse subindo, seria necessário que a força para cima superasse a força para baixo, isto é, que tivéssemos F > P. Para ele, o corpo só poderia estar descendo se tivéssemos F < P e, finalmente, o corpo estaria necessariamente parado caso ocorresse F = P. Atenção, se você estiver concordando com o velho Aristóteles, sua maneira de pensar está defasada meros 2000 anos ! A tabela 1 sintetiza a forma como a mecânica de Galileu e Newton inter-relaciona essas grandezas da física em cada uma das seis possibilidades para o movimento vertical do balde. O leitor deve parar e observar a tabela por alguns instantes. Note que, para o corpo estar subindo, podemos ter qualquer uma das possibilidades F > P, F = P, F < P ! O mesmo ocorre para o corpo descendo. Tabela 1 Repetida para você Acelerado Retardado Uniforme Subindo V V, a, FR V, a, FR V , a = 0 (F>P) (F<P) (F=P) Descendo V V, a, FR V, a, FR V, a = 0 (F<P) (F>P) (F=P) Conforme eu, Renato Brito, gosto de repetir em sala de aula, a velocidade do corpo (em cada instante) indica para onde o corpo ESTÁ INDO naquele instante. A aceleração do corpo (em cada instante) indica apenas para onde o corpo GOSTARIA DE IR naquele instante, para onde ele está sendo puxado, para onde aponta a força resultante FR que age sobre ele naquele instante. Um corpo nem sempre “está indo” para onde “gostaria de ir”. Em outras palavras, a velocidade de um móvel nem sempre apontará na mesma direção e sentido da sua aceleração . A velocidade do corpo é (sempre) tangente à sua trajetória, em cada instante, apontando efetivamente para onde o corpo está indo, em cada instante. Já a sua aceleração é dada pela força total (resultante) FR que age sobre ele, sempre apontando na mesma direção e sentido dessa força que a está produzindo. Conhecer a força resultante FR que age sobre um corpo, num dado instante, permite apenas determinar a aceleração com que ele se move, porém, nada nos diz sobre “para onde aponta a velocidade do referido corpo naquele instante”, ou seja, para onde ele “está efetivamente indo” naquele momento. t=3s t=4s t=2s P P t=1s t = 4s t=5s P diagrama de forças P P Para esclarecer, observe o movimento parabólico de uma bola de futebol, após perder o contato com o pé do jogador. Durante toda a sua trajetória, a única força que age sobre a bola é o seu peso, (observe o diagrama de forças acima) resultado da atração gravitacional entre a massa da bola e a massa da Terra (desprezando a resistência do ar). Essa força resultante FR , a cada instante, é vertical e para baixo, o que nos assegura que a aceleração do corpo, em cada instante, também será vertical e para baixo. Mas, e sobre a sua velocidade ? É possível prever para onde aponta a velocidade da bola em cada instante, conhecendo-se a força resultante que age sobre ela naquele instante ? t=3s t=2s V V a t=1s V a a t=4s V t=5s a diagrama cinemático a V Observando a figura acima, vemos que, no instante t = 1 s, a força resultante aponta para baixo FR = P, causando uma aceleração para baixo (a = g). Aí eu lhe pergunto. esse fato nos permite concluir que, nesse instante t.=.1s, a velocidade da bola aponta para baixo V ?? E no instante t = 2s ? E no instante t = 3 s ? A resposta, logicamente, é não. Assim, por incrível que pareça, vimos que, saber a direção da força resultante FR , num certo instante, nada nos informa sobre para onde aponta a velocidade do corpo naquele instante, isto é, para onde o corpo está indo. A direção e o sentido da força resultante agindo sobre o corpo, em cada instante, só nos informa para onde ele está sendo “puxado”, isto é, para onde o corpo gostaria de ir naquele instante. Essa direção sempre coincide como a direção e o sentido da sua aceleração. Observando o diagrama cinemático atentamente agora, você verá que a direção da aceleração é a direção da tendência de movimento. O que isso significa ? A velocidade da bola vai “encurvando”, gradativamente, tendendo a se alinhar à aceleração a do móvel no decorrer do movimento, mantendo-se tangente à sua trajetória. Se esperássemos um tempo suficientemente grande, a velocidade acabaria se alinhando à aceleração. Isso ocorre em todo movimento. A aceleração indica meramente para onde a bola gostaria de ir, para onde ela está sendo puxada, indica para onde aponta a força resultante (a força peso P nesse caso) em qualquer instante. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 27 Pensando em Classe Pensando em Classe Questão 1 Um rapaz está empurrando uma caixa com uma força de intensidade F = 20N, e esta caixa permanece se movendo com rapidez constante em trajetória retilínea. a) Podemos afirmar que a caixa está se movendo em equilíbrio ? b) O que se pode afirmar sobre a força de atrito que atua sobre a caixa ? Questão 2 Pedro encontra-se firmemente apoiado sobre um solo áspero e está levantando uma caixa que sobe verticalmente em movimento uniforme. Pergunta-se: a) essa caixa encontra-se em equilíbrio ? b) a tração que Pedro exerce sobre a corda é maior ou menor que o peso da caixa ? Questão 3 A foto ao lado mostra um balde sobre o qual atuam exclusivamente a força de sustentação F = 100 N e o seu peso P = 40 N. Pode-se afirmar que, no momento em que essa foto foi tirada: a) o corpo está subindo; b) o corpo está descendo; c) o corpo não pode estar parado; d) esse corpo não pode estar indo para a esquerda; e) o corpo tem aceleração vertical para cima, mas velocidade indeterminada. Questão 4 Os dois blocos A e B da figura têm massas mA = 8 kg, mB = 4 kg e estão presos por fios e polias ideais sujeitos à gravidade. O prof Renato Brito pede para você assinalar assinalar V ou F: a) os blocos não podem estar em repouso em algum instante; b) os blocos jamais estarão em equilíbrio; c) o bloco A pode estar subindo; d) o bloco B pode estar descendo acelerado; e) se A estiver subindo, a tração no fio 1 é maior que o peso do bloco A. Questão 5 Os dois blocos A e B da figura têm massas mA = 4 kg, mB = 4 kg e estão presos por fios e polias ideais sujeitos à gravidade. O prof Renato Brito pede para você assinalar V ou F: a) os blocos estão necessariamente em equilíbrio; b) os blocos estão necessariamente em repouso; c) o bloco A pode estar subindo ou descendo em MRU; d) se A estiver descendo, o peso do bloco A é igual à tração no fio 1; e) se A estiver subindo, a tração no fio 1 é maior que o peso do bloco A; F = 100 N P = 40 N 2 1 B A 2 1 A B Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 28 Questão 6 Considere dois blocos A e B, conectados por polia e fios ideais, conforme a figura. O bloco A encontra-se sobre uma mesa horizontal lisa. Sobre esse episódio, marque V ou F : A B a) Esse sistema pode estar em equilíbrio, dependendo das massas de A e B; b) Esse sistema pode estar em repouso em algum instante; c) Se B pesar mais que A, então B estará descendo; d) Se B estiver subindo, a tração será maior que o peso de B; e) B pode estar descendo em movimento uniforme; f) B pode estar descendo em movimento retardado; g) A pode estar indo para a esquerda em movimento retardado; h) Independente de qual massa seja a maior, B sempre terá aceleração para baixo. i) Independente de qual massa seja a maior, o peso de B é sempre maior do que a tração. j) Se A pesar mais do que B, B terá aceleração para cima; k) Se A pesar mais do que B, abandonando o sistema do repouso, B se moverá para cima. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 29 Questão 3 Durante a oscilação de um pêndulo simples clássico, em quais pontos do movimento ele se encontra em equilíbrio ? E em quais pontos do movimento ele se encontra em repouso ? Pensando em Casa Pensando em Casa T T Para um bom aprendizado da física, o estudante deve inicialmente ler a teoria completa do capítulo, escrita pessoalmente pelo prof Renato Brito. Em seguida, deve rever todas as questões resolvidas em classe e que estão copiadas no seu caderno (o caderno é imprescindível !) . Só então, o aluno deve partir para a fixação dos conceitos na lista de exercícios de casa. Sugestão: Tenha um caderno dividido em duas metades – uma para as questões de classe e a outra para as questões de casa. Às vésperas do vestibular, na hora da revisão, você verá como valeu a pena ter se organizado. P P T T T Px P P P Questão 1 O conceito de equilíbrio é fundamental para a Física. Aristóteles achava que o estado natural dos corpos, quando livre da ação de puxões ou empurrões, era o estado do repouso. Quase 2000 anos depois, Galileu chega o conceito de inércia. Newton nasce do ano da morte de Galileu e, “apoiado sobre ombros de gigantes”, generaliza o conceito de inércia e sintetiza todo o pensamento moderno sobre o conceito de força nas chamadas 3 Leis de Newton do movimento. Ao contrário do que pensava Aristóteles, o estado natural de um corpo (ou seja, quando ele está livre da ação de forças) é o estado , de Equilíbrio. Assinale quais das situações a seguir caracterizam corpos ou sistemas em equilíbrio: a) um corpo em repouso permanente sobre uma rampa inclinada; b) um corpo descendo um plano inclinado com velocidade constante v = 2 m/s; c) um corpo em queda livre na lua, onde g = 1,6 m/s 2 ; d) uma bóia de isopor flutuando imóvel na superfície de uma piscina sem ondas; e) a lua girando em torno da Terra em movimento circular uniforme; f) as pessoas no interior de um elevador que desce com velocidade constante; g) as pessoas no interior de um carro, usando cinto de segurança, durante uma curva; h) um pêndulo de um relógio, no momento em que ele pára de se mover a fim de inverter o sentido do seu movimento; i) uma pedra que foi lançada verticalmente para cima, no instante em que ela atinge a sua altura máxima; j) qualquer corpo se movendo em trajetória curvilínea; k) qualquer corpo se movendo com velocidade escalar constante; l) Qualquer corpo em movimento uniforme; m) Qualquer corpo em movimento retilíneo; n) Qualquer corpo se movendo em MRU; o) Um pára-quedistas caindo em MRU, devido à ação do páraquedas; O símbolo , no começo de algumas questões, indica que aquelas questões encontram-se resolvidas no Manual de Resoluções que encontra-se anexado a essa apostila, a partir da página 415 Questão 2 O equilíbrio é um estado em que não ocorrem mudanças. Assim, é correto afirmar que a lua, girando em torno da Terra em movimento uniforme, está em equilíbrio ? Alguma grandeza física está mudando nesse caso ? Em caso afirmativo, cite algumas. Py Questão 4 Uma caixa está oscilando verticalmente presa a uma mola como mostra a figura abaixo. Após descer em movimento retardado, a caixa atinge a posição mais baixa da oscilação onde ela para a fim de inverter o sentido do movimento. Pergunta-se: a) No momento em que essa caixa pára a fim de inverter o sentido do movimento, ela encontra-se em equilíbrio ? E encontra-se em repouso ? b) Nesse instante, qual das forças agindo nela terá maior intensidade, a força elástica Fel ou o peso P ? c) Nesse instante, a caixa tem velocidade ? E tem aceleração ? Aceleração apontando para onde ? V M V M Fel M P V=0 parou a fim de inverter o sentido movimento Questão 5 - A caixa a seguir pesa 40 N e está descendo uma rampa que forma um ângulo de 30 com a horizontal com uma velocidade constante de 4 m/s. a) podemos afirmar que essa caixa encontra-se em equilíbrio ? b) quanto vale a força de atrito que atua sobre essa caixa ? ( Dica: Veja página 3 – exemplo resolvido 1) Questão 6 Em poucas palavras, dizemos que um corpo encontra-se em Equilíbrio Mecânico quando: a) O corpo encontra-se em repouso; b) O corpo se desloca em movimento uniforme. c) sua aceleração (grandeza vetorial) permanece constante; d) A força resultante (grandeza vetorial) permanece constante; e) sua velocidade (grandeza vetorial) permanece constante. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 30 Questão 7 Uma criança está numa roda gigante que gira em movimento uniforme. a) Podemos dizer que a criança está se movendo com velocidade constante ? b) A rapidez (o módulo da velocidade) da criança é constante ? c) Podemos dizer que essa criança está se movendo em Equilíbrio ? Questão 8 Em quais casos a seguir a velocidade do corpo está necessariamente variando ? a) o corpo está em movimento acelerado; b) o corpo está em movimento retardado; c) o corpo está em movimento uniforme; d) o corpo está executando um MCU; e) o corpo está executando um MRU; f) o corpo está indo para frente; g) o corpo está indo para trás; h) o corpo está executando um movimento curvilíneo, i) o corpo está em movimento retilíneo. Questão 9 Sobre os seus conhecimentos a respeito dos conceitos de Equilíbrio e Repouso, responda as perguntas abaixo: a) Um corpo pode estar em Equilíbrio sem estar em Repouso ? Em caso afirmativo, exemplifique. b) Um corpo pode estar em Repouso sem estar em Equilíbrio ? Em caso afirmativo, exemplifique. c) Um corpo pode estar simultaneamente em Repouso e em Equilíbrio ? Em caso afirmativo, exemplifique. Questão 10 A foto a seguir mostra um corpo sobre o qual atuam, exclusivamente, a força de sustentação F = 10 N e o seu peso P = 40 N. No momento em que essa foto foi tirada, é errado afirmar que: F = 10 N P = 40 N a) o corpo poderia estar descendo acelerado b) o corpo poderia estar subindo retardado c) o corpo poderia apresentar velocidade horizontal para a direita V d) o corpo certamente tem aceleração vertical para baixo e) o corpo só pode estar se deslocando em trajetória vertical Questão 11 - Um homem está no alto do mastro de um navio que se move com velocidade constante e vai abandonar uma pedra. a) Segundo Aristóteles, essa pedra cairá no pé do mastro, atrás ou à frente dele ? b) e segundo Galileu, Newton, eu e você, onde a pedra cairá (desprezando efeitos do ar, ventos etc.) ? c) qual conceito importante foi introduzido por Galileu, refinado por Newton e nos leva a crer que a pedra deve acompanhar o movimento horizontal do barco, durante a sua queda vertical ? Questão 12 (UFRN 2012) Em seu livro “Diálogos sobre os dois Principais Sistemas do Mundo”, Galileu, através de seu personagem Salviati, refuta um dos principais argumentos aristotélicos sobre o movimento da Terra, defendido pelo personagem Simplício, que diz: “Se de fato a Terra tivesse um movimento diurno de rotação, uma torre do alto da qual se deixasse cair uma pedra, sendo transportada pela Terra em sua rotação, já se teria deslocado de muitas centenas de jardas para leste durante o tempo de queda da pedra, e a pedra deveria atingir o solo a essa distância da base da torre”. Seguindo o argumento de Simplício, poder-se-ia concluir que a Terra não gira, pois a pedra sempre cai atingindo o ponto verticalmente abaixo de onde foi solta. Entretanto, a argumentação de Simplício está equivocada, pois sabe-se que a Terra tem movimento de rotação, isto é, ela gira, e que a pedra cai no ponto abaixo do qual foi solta porque: a) sua velocidade de queda depende da velocidade linear da Terra. b) sua velocidade angular é igual à velocidade angular da Terra. c) sua aceleração angular é igual à aceleração da gravidade. d) sua aceleração linear depende da aceleração linear da Terra. Questão 13 (UFRN 2011) Considere um grande navio, tipo transatlântico, movendo-se em linha reta e com velocidade constante (velocidade de cruzeiro). Em seu interior, existe um salão de jogos climatizado e nele uma mesa de pingue-pongue orientada paralelamente ao comprimento do navio. Dois jovens resolvem jogar pingue-pongue, mas discordam sobre quem deve ficar de frente ou de costas para o sentido do deslocamento do navio. Segundo um deles, tal escolha influenciaria no resultado do jogo, pois o movimento do navio afetaria o movimento relativo da bolinha de pingue-pongue. Nesse contexto, de acordo com as Leis da Física, pode-se afirmar que : a) a discussão não é pertinente, pois, no caso, o navio se comporta como um referencial não inercial, não afetando o movimento da bola. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física b) a discussão é pertinente, pois, no caso, o navio se comporta como um referencial não inercial, não afetando o movimento da bola. c) a discussão é pertinente, pois, no caso, o navio se comporta como um referencial inercial, afetando o movimento da bola. d) a discussão não é pertinente, pois, no caso, o navio se comporta como um referencial inercial, não afetando o movimento da bola. Dica: Veja a figura 10 na página 22 e texto na página 23. Questão 14 A figura abaixo mostra uma bola de futebol que descreve uma trajetória parabólica, após ser chutada pelo goleiro em “tiro de meta”. Pergunta-se: t=3s V V t=4s t=2s a V a V a t=5s t=1s diagrama V cinemático a a a) durante o movimento dessa bola, quantas forças agem nela ? b) se a força resultante que age nessa bola aponta para baixo FR = P em cada instante, qual a direção e sentido da aceleração dessa bola, em qualquer instante do movimento ? c) a velocidade do móvel é sempre tangente à trajetória em cada instante. Assim no ponto mais alto da trajetória (t = 3s) vemos que, embora a força resultante agindo na bola aponte para baixo, a bola está indo para onde, em t = 3 s ? Para cima, para baixo, para esquerda ou para a direita ? Questão 15 Do exposto acima, podemos tirar várias conclusões importantes. Assinale verdadeiro ou falso nas afirmativas a seguir: a) Em todo movimento, a velocidade do corpo sempre aponta na mesma direção e sentido da força resultante; b) Em todo movimento, a aceleração do corpo sempre aponta na mesma direção e sentido da força resultante; c) a aceleração do corpo é sempre tangente à trajetória; d) a velocidade do corpo é sempre tangente à trajetória; e) no instante t = 3s, na figura acima, vemos que o corpo está indo para a direita V, embora a força resultante agindo nele esteja puxando o corpo para baixo FR = P; f) Conhecer a orientação (direção e sentido) da força resultante FR que age no corpo, em cada instante, nos permite concluir exatamente para onde ele está indo, isto é, para onde aponta a sua velocidade; g) Conhecer a orientação (direção e sentido) da força resultante FR que age no corpo, em cada instante, nos permite concluir apenas para onde aponta a sua aceleração, não nos dando nenhum indicativo de “para onde” o corpo está indo naquele instante, isto é, para onde aponta a sua velocidade V naquele instante. Questão 16 - Dois blocos A e B, colocados um sobre o outro, já estão se movendo para a direita, compartilhando uma mesma velocidade V constante em relação à Terra, sobre uma superfície horizontal lisa. 31 v B v A Pergunta Conceitual : Se ambos os móveis se deslocam em MRU, qual a resultante das forças que agem sobre o bloco B ? De acordo com a sua resposta dada para a pergunta anterior, indique o diagrama que melhor representa as forças que atuam sobre o corpo B. Lembre-se que velocidade não é forca ! : a) b) c) B d) B B e) B B Questão 17 (UECE 2012.2) Um cubo de massa m é posto sobre outro cubo de massa 2m. O coeficiente de atrito estático entre os dois blocos é μ. Suponha que esse conjunto deslize com velocidade constante sobre um plano horizontal, sem atrito. Considere o módulo da aceleração da gravidade igual a g. Assim, a força de atrito Fat atuante no bloco de cima é: a) 0 b) μmg c) 2μmg d) 3μmg. Questão 18 Selecione corretamente a opção que melhor completa cada um dos trechos dos parágrafos abaixo: A figura mostra uma caixa que se move sobre um solo horizontal sujeita a ação de apenas duas forças horizontais F 1 e F2. Observando o diagrama abaixo, vemos que a caixa está se movendo para a (esquerda / direita) em movimento (acelerado / retardado). a v F1 F2 A Podemos concluir que a resultante entre as forças F 1 e F2 aponta para a (esquerda / direita) visto que a (velocidade / aceleração) aponta para a (esquerda / direita). Assim, deduzimos que a força F1 é (maior / menor ) do que F2. Questão 19 Selecione corretamente a opção que melhor completa cada um dos trechos dos parágrafos abaixo: a F1 A v F2 A figura mostra uma caixa que se move sobre um solo horizontal sujeita a ação de apenas duas forças horizontais F 1 e F2. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 32 Observando o diagrama abaixo, vemos que a caixa está se movendo para a (esquerda / direita) em movimento (acelerado / retardado). Podemos concluir que a resultante entre as forças F 1 e F2 aponta para a (esquerda / direita) visto que a (velocidade / aceleração) aponta para a (esquerda / direita). Assim, deduzimos que a força F1 é (maior / menor ) do que F2. Questão 20 - Nos esquemas abaixo, cada situação física traz alguma descrição. Diga quais delas trazem uma descrição coerente com a situação física (não viola nenhum princípio físico) e quais trazem uma descrição incompatível com a situação física, por violar algum princípio da mecânica: a) sistema físico: F2 = 20 N F1 = 40 N M Descrição a V M b) sistema físico F2 = 20 N F1 = 40 N M Descrição V a M c) Sistema Físico F2 = 20 N F1 = 40 N M Descrição M F1 = 20 N Descrição: Corpo se movendo em MRU V M e) Sistema Físico a M V Descrição: Corpo se movendo para a esquerda f) Sistema Físico a M F1 = 40 N V d) Sistema Físico F2 = 20 N Questão 22 Considere o bloco a seguir, apoiado sobre uma mesa horizontal lisa. Marque verdadeiro V ou falso F ou “nada se pode afirmar” NPA conforme seus conhecimentos de Mecânica: F2 = 10 N a M Questão 21 Assinale Verdadeiro ou falso: a) Todo corpo que se encontra em equilíbrio Mecânico possui velocidade constante, podendo ela ser nula ou não. b) É possível fazer uma curva com velocidade constante; c) É possível fazer uma curva estando livre da ação de forças; d) Sempre que um móvel descreve uma curva, sua velocidade está variando em direção, motivo pelo qual dizemos que a velocidade do corpo está variando; e) A força é o agente responsável pela variação da velocidade, quer através da variação do seu módulo, da sua direção ou do seu sentido. f) Sempre que a velocidade de um corpo estiver variando, quer em direção (nas curvas), quer em sentido (quando o corpo inverte o sentido do seu movimento), quer em módulo (mov. Acelerado ou retardado), a força resultante agindo sobre o corpo certamente não é nula. g) Todo corpo em Movimento Retilíneo e Uniforme encontra-se em Equilíbrio Mecânico. h) Todo corpo em Movimento Circular e Uniforme encontra-se em Equilíbrio Mecânico. i) Todo corpo em Movimento Uniforme encontra-se em Equilíbrio Mecânico. j) Todo corpo em repouso permanente encontra-se em Equilíbrio Mecânico. k) Um corpo em repouso momentâneo (um pêndulo simples, por exemplo, no instante em que pára e inverte o sentido do movimento) encontra-se em Equilíbrio Mecânico. l) Todo corpo em repouso encontra-se em Equilíbrio Mecânico. m) Um corpo que se move em MRU encontra-se em equilíbrio, embora não esteja em repouso. M Descrição: Corpo se movendo para a direita V a) A força resultante agindo sobre esse corpo aponta para a direita ; b) A aceleração desse corpo aponta para a direita; c) Esse corpo está se deslocando em movimento acelerado; d) Esse corpo está se deslocando em movimento retardado; e) Esse corpo está necessariamente se movendo para a direita. f) Esse corpo pode estar se movendo para a esquerda; g) Esse corpo pode estar momentaneamente em repouso (parou a fim de inverter o sentido do movimento). h) Esse corpo pode estar em Equilíbrio. i) A velocidade desse corpo pode se manter constante. j) A velocidade desse corpo está necessariamenteo variando; k) Esse corpo pode estar se movendo para a esquerda V em movimento retardado a ; l) Se o corpo for abandonado a partir do repouso, se moverá para a direita em movimento acelerado; m) Se F1 e F2 tivessem módulos iguais, o corpo pode estar se movendo tanto para a esquerda quanto para a direita, desde que se mova em MRU; Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 33 n) Se F1 e F2 tivessem módulos iguais, o corpo está obrigatóriamente em repouso permanente; o) Se F1 e F2 tivessem módulos iguais, o corpo está obrigatóriamente em Equilíbrio; A B Questão 23 - A Figura mostra dois blocos A e B, de mesma massa m , presos entre si através de um fio ideal que passa por uma polia sem atrito. Se a aceleração da gravidade vale g, o prof Renato Brito pede para você assinalar a alternativa correta: 2 1 m B A m c) Se A pesar mais do que B, B terá aceleração para cima; d) Se A pesar mais do que B, abandonando o sistema do repouso, B se moverá para cima. e) Se B pesar mais que A, então B certamente estará descendo; f) Se B estiver subindo, a tração será maior que o peso de B; g) Independente de qual massa seja a maior, B sempre terá aceleração para baixo. h) Independente de qual massa seja a maior, o peso de B é sempre maior do que a tração. i) B pode estar descendo em movimento uniforme; j) B pode estar descendo em movimento retardado; k) A pode estar indo para a esquerda em movimento retardado; a) os blocos estão necessariamente em repouso; b) se o bloco A estiver subindo, a tração no fio 1 será maior que o peso dele; c) os blocos só ficam em repouso, caso estejam lado a lado, na mesma altura; d) os blocos estão necessariamente em equilíbrio em qualquer instante; e) o bloco A pode estar se movendo com aceleração constante não nula Questão 24 - A figura mostra dois blocos A e B, de massas 2m e m , presos entre si através de um fio ideal que passa por uma polia sem atrito. Se a aceleração da gravidade vale g, o prof Renato Brito pede para você assinalar a afirmativa errada: 2 1 A 2m m B a) os blocos podem estar momentanea-mente em repouso em algum instante; b) os blocos jamais estarão em equilíbrio; c) o bloco A pode estar subindo d) o bloco B pode estar subindo e) se A estiver subindo, a tração no fio 1 é maior que o peso do bloco A Questão 25 Considere dois blocos A e B, conectados por polia e fios ideais, conforme a figura. O bloco A encontra-se sobre uma mesa horizontal lisa. Sobre esse episódio, marque V ou F : a) Esse sistema pode estar em equilíbrio, dependendo das massas de A e B; b) Esse sistema pode estar em repouso em algum instante; Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Galileu e o Movimento Acelerado 10 –Aceleração: a rapidez com que a velocidade varia Galileu desenvolveu o conceito de aceleração em seus experimento com planos inclinados. Ele estava interessado na queda dos objetos, e como lhe faltavam instrumentos, usou planos inclinados para tornar efetivamente mais lentos os movimentos acelerados e, assim, poder investigá-los mais detalhadamente. Galileu percebeu que a bola possuía uma aceleração máxima quando a rampa era vertical (Figura 9C). Nesse caso, a sua aceleração tornava-se igual à de um objeto em queda e seu valor era independente do peso e do tamanho do corpo , desde que a resistência do ar fosse pequena o suficiente para ser desprezada. A Figura 8 – Para se ter uma idéia das dificuldades enfrentadas por Galileu, basta lembrar que ele media o tempo com um relógio d’água – isto é, determinava a quantidade de água que escoava de um recipiente, enquanto o corpo descia o plano. Galileu percebeu que, quando uma bola rola para baixo ao longo de um plano inclinado, a sua rapidez (rapidez denota o módulo da velocidade) aumenta sempre a mesma quantidade v, a cada segundo t de movimento. No plano inclinado da Figura 9A, por exemplo, a rapidez da bola, abandonada do repouso, aumenta de acordo com a tabela abaixo: Tempo Velocidade Aceleração 0s 0 m/s 2 m/s2 1s 2 m/s 2 m/s2 2s 4 m/s 2 m/s2 3s 6 m/s 2 m/s2 A aceleração do movimento é o ritmo com que a rapidez do móvel está variando. No caso da tabela acima (Figura 9A), a rapidez está aumentando de 2 m/s em 2 m/s a cada 1 segundo que se passa (0, 2, 4, 6, 8, 10, 12......). Dizemos que a aceleração do movimento é de 2 m/s a cada 1 segundo, ou, uma aceleração de 2 m/s 2 (note que a unidade de tempo apareceu duas vezes – uma na unidade de rapidez e, de novo, no intervalo de tempo durante o qual ocorreu a variação da rapidez): a aumento da rapidez V 2 m/s 2 m/s2 tempo decorrido t 1s Galileu descobriu que as acelerações eram tão maiores quanto mais inclinadas fossem as rampas usadas. Esse fato pode ser percebido comparando-se as Figuras 9A e 9B. Tempo Velocidade Aceleração 0s 0 m/s 4 m/s2 1s 4 m/s 4 m/s2 2s 8 m/s 4 m/s2 3s 12 m/s 4 m/s2 No caso da rampa B, a rapidez aumenta num ritmo de 4 m/s em 4 m/s (0, 4, 8, 12, 16......) a cada 1 segundo, revelando que o movimento ocorre com uma aceleração de 4 m/s a cada 1 segundo, ou 4 m/s2, conforme a tabela anterior: a aumento da rapidez V 4 m/s 4 m/s2 tempo decorrido t 1s B C Figura 9 – uma bola é abandonada do repouso e sua posição é registrada a cada um segundo. Quanto maior a inclinação, mais rapidamente a bola adquire velocidade, maior a distância que ela percorre durante os três segundos. Qual a aceleração da bola na Figura C ? Autoteste 1 1. Qual a aceleração de um carro de fórmula 1 que passa zunindo por você com uma rapidez constante de 400 km/h ? 2. Quem tem maior aceleração, um avião que vai de 1000 km/h para 1005 km/h em 10 segundos, ou um skate que vai de zero a 5 km/h em 1 segundo ? Os corpos caem por causa da gravidade. Quando um objeto está caindo, sem enfrentar qualquer impedimento – sem atrito ou resistência do ar – ele está num estado denominado queda livre. A tabela a seguir mostra a rapidez como a sua velocidade varia a cada segundo (Figura 9C): Tempo Velocidade Aceleração 0s 0 m/s 10 m/s2 1s 10 m/s 10 m/s2 2s 20 m/s 10 m/s2 3s 30 m/s 10 m/s2 Vemos que a rapidez varia de 10 m/s em 10 m/s a cada 1 segundo do movimento ( 0, 10, 20, 30, 40, ......), para um objeto caindo nas proximidades da superfície da Terra. Essa aceleração vale, portanto, 10 m/s a cada 1 segundo, ou 10 m/s 2, sendo freqüentemente denotada pela letra g (porque ela deve-se à gravidade). Dizemos que, na queda livre tem-se a = g = 10 m/s2. O valor da aceleração g da gravidade é muito diferente na lua ou nos demais planetas, pois está relacionada à massa e ao raio do planeta, como aprenderemos posteriormente no estudo da Gravitação. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 35 Autoteste comentado 1 V V 1. zero, pois a sua velocidade é constante e, portanto, não varia. 2. a velocidade de ambos aumentou 5 km/h, mas o skate conseguiu isso em um décimo do tempo requerido pelo avião. O skate tem, portanto, uma aceleração 10 vezes maior, o que significa dizer que a sua rapidez aumentou num ritmo 10 vezes maior que o do avião. O cálculo mostrará que a aceleração do avião vale 0,5 km/h.s, enquanto que o skate, apesar de ser mais lento que o avião, teve uma aceleração de 5 km/h.s durante aquele segundo de movimento. Velocidade e aceleração são dois conceitos muito diferentes. Ser capaz de distingui-los é muito importante. 11 – Movimento Uniforme (MU) Um movimento é dito uniforme quando o módulo da velocidade, a rapidez ou a velocidade escalar do móvel permanecem constantes ao longo do tempo. Nesse tipo de movimento, o móvel percorre distâncias iguais em intervalos de tempos iguais. Não há restrições para o formato da trajetória de um movimento uniforme, podendo ser retilínea, curvilínea, circular etc. V(m/s) 8 V Figura 12 – Movimento Circular Uniforme – nesse movimento, a velocidade não permanece constante, pois o vetor V muda de direção a cada instante. Assim, esse movimento é dito acelerado, visto que a mudança da direção da velocidade está associada à aceleração centrípeta. Apesar da velocidade do móvel variar (em direção), a sua rapidez (módulo da velocidade) permanece constante durante o MCU. Autoteste 2 3. Em todo movimento uniforme, a velocidade do móvel permanece constante ? 4. A velocidade de um móvel em MCU é constante ? 5. Qual a única classe de movimentos no qual a velocidade do móvel efetivamente permanece constante ? 4 4 4 1 4 2 4 3 4 4 5 T(s) Figura 10 – No MU, o módulo da velocidade (rapidez) permanece constante durante o movimento. O móvel percorre espaços iguais em intervalos de tempos iguais, como pode ser percebido pelo cálculo da área sob o gráfico acima. V = 4 m/s 12 – Movimento Uniformemente Variado - (MUV) Um movimento é dito variado quando a rapidez varia com o passar do tempo. Caso essa variação ocorra de forma uniforme, isto é, a rapidez sofre variações iguais em intervalos de tempos iguais, o movimento é dito uniformemente variado (MUV). Ao contrário do MU, no MUV o móvel apresenta uma aceleração (escalar ou tangencial) constante durante o movimento, que propicia essa variação uniforme na sua rapidez. V(m/s) S(m) 10 m 14 m 18 m 22 m 2 20 Figura 11 – No movimento retilíneo uniforme, a velocidade permanece constante, visto que não muda nem de direção, nem de sentido nem de valor (rapidez). Em todo movimento uniforme, a aceleração escalar (tangencial) do módulo é nula (a = 0), visto que não há variação do módulo da velocidade (rapidez) do móvel. Entretanto, nos movimentos uniformes cujas trajetórias não são retilíneas, tais como o movimento circular uniforme (MCU), o móvel apresenta apenas aceleração centrípeta actp, responsável exclusivamente pela mudança da direção do vetor velocidade, sem afetar o seu módulo. Aprenderemos mais sobre as componentes tangencial e centrípeta da aceleração nos próximos capítulos. 4 2 16 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 2 12 2 8 4 2 4 0 1 2 3 4 5 t(s) Figura 13 – No MUV, o módulo da velocidade (rapidez) varia linearmente com o tempo durante o movimento. No exemplo ilustrado pelo gráfico acima, o móvel percorre distâncias cada vez maiores em intervalos de tempos iguais, como pode ser percebido pelo cálculo da área sob o gráfico. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 36 Considere o MUV descrito pelo gráfico da Figura 13 em que a velocidade do móvel aumenta de 4 m/s em 4 m/s a cada segundo num ritmo constante. Isso significa que o móvel tem uma aceleração escalar constante +4 m/s 2 durante o movimento. A área sob a curva na Figura 13 revela que o móvel, em movimento acelerado, não percorre distâncias iguais em intervalos de tempos iguais mas, sim, distâncias progressivamente crescentes. Analisando a área sob a curva, no gráfico da Figura 13, pode-se perceber que: No intervalo [ 0s, 1s ] o móvel percorre s = 4 + 2 = 6 m No intervalo [ 1s, 2s ] o móvel percorre s = 4 + 4 + 2 = 10 m No intervalo [ 2s, 3s ] o móvel percorre s = 4 + 4 + 4 + 2 = 14 m O móvel, de fato, percorre distâncias cada vez maiores, a cada segundo. Essa é a diferença prática entre o MU e o MUV e é causada pela aceleração. Autoteste comentado 2 3. Não. Em todo movimento uniforme, a rapidez (módulo da velocidade) do móvel deve ser constante, mas a velocidade pode ser variável em direção, por exemplo. 4. Não. A velocidade é um conjunto de três informações: direção, sentido e valor. A velocidade só é constante caso não ocorra variação de nenhuma dessas três características. No MCU, a velocidade do móvel é variável (em direção), apesar da sua rapidez (módulo da velocidade) ser constante. 5. Um movimento no qual a velocidade não mude nem de direção (retilíneo), nem de sentido, nem de módulo (uniforme), ou seja, o movimento retilíneo e uniforme. 13– A velocidade escalar média no MUV Uma das características marcantes de todo MUV é que a sua velocidade escalar varia linearmente com o tempo. Assim, considere o gráfico de um MUV genérico mostrado abaixo. A seguir, determinaremos a velocidade média Vm desse móvel no intervalo [ t0 , t ] a partir da definição geral de velocidade média: V(m/s) V Autoteste 3 6. Um móvel viajou durante 6h com velocidade de 50 km/h e durante as próximas 4h com velocidade de 40 km/h. A velocidade média dele nessa viagem é dada por: V V 50 40 Vm 0 45 km / h 2 2 Está correto o raciocínio acima ? Justifique. Exemplo Resolvido 1: Um veículo, deslocando-se em movimento uniformemente variado, penetra um túnel a uma velocidade 10 m/s e sai pelo outro extremo 4 s depois, com uma velocidade de 20 m/s. Determine o comprimento do túnel. Solução: O comprimento do túnel corresponde ao deslocamento s do veículo naquele intervalo de 4 s, desprezando-se o comprimento do carro. Assim, sendo o movimento um MUV, podemos escrever: V V S 10 20 S 0 Vm t 4 2 2 S 15 s = 60 m 4 Assim, o comprimento do túnel vale 60 m. Vm Esse exercício mostra uma interessante aplicação da fórmula da velocidade média do MUV. Aplicamos a fórmula quando, na verdade, não havia interesse em determinar a velocidade média mas, sim, o deslocamento s. Autoteste comentado 3 6. Não. A velocidade média só é a média aritmética das velocidades em movimentos nos quais a velocidade varie linearmente (MUV) com o tempo. Assim, a velocidade média deveria ser calculada pela expressão geral, que é válida para qualquer movimento: Vm Vo to t distância total 6x50 4x40 460 km 46 km / h tempo total 64 10 h t(s) (V V0 ) (t t 0 ) S área hachurada trapézio 2 Vm = = t t t0 (t t 0 ) Após os devidos cancelamentos, obtem-se: S V0 V t 2 Assim, no MUV, valem as seguintes relações para o cálculo da velocidade média de um móvel : V V S Vm o t 2 Vm expressão particular, expressão geral válida para qualquer válida apenas para o MUV movimento 14– A Função Horária da Velocidade no MUV Uma das características marcantes do MUV é que o móvel se desloca com aceleração escalar constante a ao longo do tempo. Isso significa que a sua aceleração média am , em qualquer intervalo [ t0 , t ] , sempre resulta o mesmo valor a, assim: am V Vo V = a t t to (V – V0) = a.( t – t0) Isolando V, vem: V = Vo + a. ( t – t0) Vo velocidade do móvel no instante to V velocidade do móvel num instante t posterior a to com t > to ; Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 15– A Função Horária da Posição no MUV Considere um móvel deslocando-se em MUV tal que, no instante to, sua posição escalar vale So e sua velocidade escalar vale Vo. Se sua aceleração vale a , qual será a posição escalar S do móvel no instante t > to ? Vo a V S(m) So S to = 0 t Vm V V S 0 t 2 10.t 2 a.t 2 = 25 + 20.t – 2 2 V = Vo + a.( t – t0) S – So = Vo. ( t – t0) + S = So + Vo. ( t – t0) + a.( t t 0 ) 2 V = 20 – 10. t , t0s a) o coco atinge a altura máxima no instante em que sua velocidade se anula ( a bola pára momentaneamente) , portanto: V = 20 – 10. t V Vo a.( t t0 ) Vo V .( t to ) .t = o 2 2 S = 25 + 20. t – 5. t2 , t 0 s V = Vo + a. t e A partir dessas relações, temos: S Solução: Para definir o sinal algébrico das grandezas tratadas escalarmente, inicialmente adotamos arbitrariamente um eixo orientado para cima, com a origem S = 0m no nível da calçada. Assim, a velocidade escalar inicial do coco será tomada positiva ( a favor do eixo ) Vo = + 20 m/s e a sua aceleração escalar será tomada negativa a = –g = –10 m/s2, já que a gravidade, sendo vertical para baixo, se opõe ao eixo. No instante inicial to = 0, o coco está na posição So = 25 m de acordo com o eixo adotado. Assim, as funções horárias da posição e da velocidade do coco são: S = S o + V o. t + Para determinar S, devemos recordar que no MUV valem as seguinte relações: 37 0 = 20 – 10. t t=2s b) determinar a altura máxima do coco corresponde a determinar a sua posição S no instante t = 2 s, portanto: S = 25 + 20. t – 5. t2 = 25 + 20. ( 2 ) – 5. ( 2 )2 = 45 m 2 de onde se conclui que Hmax = 45 m c) perguntar o instante t em que o coco atinge a calçada equivale a perguntar: “ em qual instante t a posição do móvel será S = 0 m ? ” Afinal, a origem do eixo orientado foi adotada na calçada. Assim : a.( t t 0 ) 2 2 So posição do móvel no instante to S posição do móvel num instante t posterior a to ( t > to); A relação acima se chama função horária completa da posição para o MUV. Freqüentemente, o instante inicial to é tomado como sendo to = 0. Exemplo Resolvido 2: Juquinha está no alto de um prédio de 25 m de altura e rebola, verticalmente para cima, um coco com velocidade de 20 m/s. Se a aceleração da gravidade vale g = 10 m/s 2, pede-se determinar: a) o instante em que o coco atinge a altura máxima; b) a altura máxima atingida pelo coco em relação à calçada; c) após quanto tempo o coco chega à calçada; S(m) S = 25 + 20. t – 5. t2 t2 – 4.t – 5 = 0 0 = 25 + 20. t – 5. t2 Resolvendo a equação, encontramos t = –1 s e t = 5 s. Como o movimento começa em t = 0 s, então somente t = 5 s faz sentido fisicamente. O coco atinge o solo em t = 5 s. O aluno deve atentar para o fato de que uma única função horária da posição é útil para estudar tanto a subida como a descida do móvel. 16– Interpretação de Gráficos Um gráfico é uma forma de representação de dados bastante compacta e, ainda assim, traz uma quantidade de informações muito grande. O estudante deve ser capaz de extrair todas as informações de um gráfico, que podem ser obtidas por: 45 m Leitura direta dos valores numéricos dos eixos do gráfico a = -g 25 m Analisando a área sob a curva Analisando a inclinação da curva em pontos convenientes A área sob a curva, em cada gráfico, geralmente traz informações importantes na solução de problemas. 25 m Para se determinar saber o significado físico da área sob a curva em gráfico, basta multiplicar a unidade física do eixo Y pela 0m Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 38 unidade física do eixo X. A unidade física resultante indicará a grandeza física representada pela área sob a curva. Para se determinar o significado físico da inclinação do gráfico Exemplo Resolvido 3: A Figura abaixo mostra o gráfico da posição escalar S, em função do tempo, de dois móveis A e B, que se movem sobre uma mesma estrada. Analise o gráfico: ( tg), basta dividir a unidade física do eixo Y pela unidade física S(m) A do eixo X. A unidade física resultante indicará a grandeza física representada pela inclinação da curva em um dado instante. A tabela a seguir mostra o significado físico da área e da inclinação em alguns gráficos como de posição S, velocidade escalar V, aceleração escalar a e potência P, em função do tempo. No S0A gráfico da potência P x t, note que: S0B 1 watt = 1 Sxt Área (Y x X) Inclinação (YX) Sem significado físico m m/s s tg v joule segundo Vx t m s m s área s m/s m / s2 s tg a t1 t2 a x t m s 2 s Px t m s j s j s área energia área v Sem significado físico Sem significado físico A tabela mostra que não há necessidade de se memorizar o significado da área e da inclinação da curva para todos os B t3 t(s) Solução: Analisando o gráfico acima, é possível afirmar que: Por leitura direta dos valores do gráfico, conclui-se que o móvel A está à frente do móvel B no instante inicial ( t = 0 ) visto que S0A > S0B. No intervalo de tempo [ 0 , t2 ] os móveis se movem com velocidades escalares iguais, visto que os gráficos de A e B são retas paralelas ( mesma inclinação ) nesse intervalo de tempo. Assim, velocidades dos móveis certamente são iguais entre si iguais no instante t1. A partir do instante t2, o móvel A passou a se mover com velocidade maior que o móvel B, visto que o ângulo que a reta A faz com a horizontal é maior que o ângulo que a reta B faz com a horizontal, para t > t2 . Então, certamente o carro A está mais veloz que o B no instante t3 inúmeros gráficos. Afinal, todos seguem o mesmo princípio. 17 – Conversando Sobre o Lançamento Horizontal Vo Vx Vx Vy Vx V Vy V Vx Vy V Professor: Observe a figura acima. A bola vem rolando pelo solo horizontal e, de repente, entra em queda livre (sob ação exclusiva da força peso) até atingir o solo. Esse movimento chama-se lançamento horizontal porque, quando o corpo iniciou o movimento de queda, sua velocidade era exclusivamente horizontal, não havendo nenhuma componente vertical, ou seja, Vx Vo . Claudete, o que você espera que ocorra com a velocidade horizontal Vx da bola durante o movimento em direção ao solo ? Claudete: Não sei, prôfi, mas acho que ela deve diminuir, certo ? Professor: Ora, claudete, Vx não deve aumentar nem diminuir de valor, pois, para isso, seria necessária alguma força atuando na bola na direção horizontal, força essa que não existe. Durante todo o movimento de queda livre da bola, a única força que age sobre a mesma é o peso na direção vertical. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 39 Claudete: Ah, entendi ! Quer dizer que se a gente observar somente o movimento da bola na direção horizontal, esquecendo que ela também está caindo, o movimento seria MU né, prôfi, já que a velocidade horizontal permanece constante ? Professor: Exatamente, querida ! Na horizontal será um MU, a velocidade Vx será constante durante o movimento. Horizontalmente a bola percorrerá espaços iguais em intervalos de tempos iguais. Agora me diga, Claudete. O que se pode concluir sobre o comportamen to da velocidade vertical Vy da bola durante a sua queda ? Claudete: Agora até eu sei ! Como tem a força peso P agindo na direção vertical, ele causará um aumento progressivo da velocidade Vy, de acordo com a aceleração da gravidade, né verdade ? Professor: Sem dúvida ! Se esquecermos que a bola também se move na direção horizontal, seu movimento vertical é idêntico ao de um coco que cai verticalmente de uma árvore. A velocidade vai aumentando gradativamente de acordo com a gravidade. Claudete: Ah ! Legal ! Mostre um exemplo prático, professor ! g = 10 m/s t=0s Vo 2 t=1s 40 m/s 40 m/s t=2s 10 m/s V 40 m/s 20 m/s H = 45 m V t=3s 40 m/s 30 m/s V Alcance = D Professor: Olhe atentamente a figura acima. A bola de basquete que vinha com Vo = 40 m/s rolando num plano a 45 m de altura entra em queda até o chão. Veja a velocidade Vx = 40 m/s da bola permanecendo constante durante a queda. Veja a velocidade Vy da bola, que inicialmente valia Vy = 0, aumentando progressivamente de 10 m/s em 10 m/s a cada 1 segundo, já que a aceleração da gravidade vale g = 10 m/s 2. Note que se quisermos achar a velocidade V da bola num certo instante, temos que achar a resultante (teorema de Pitágoras) entre as velocidades Vx e Vy da bola. Assim, no instante t = 3 s, a bola tem velocidade Vx = 30 m/s , Vy = 40 m/s , o que permite facilmente achar o valor da velocidade total V da bola: V2 = (Vx)2 + (Vy)2 = (30)2 + (40)2 V2 = 900 + 1600 = 2500 V = 50 m/s A bola, que partiu lá de cima com velocidade Vo = 40 m/s, chegou ao solo em t = 3 s com velocidade V = 50 m/s Claudete: Puxa, que legal ! E prôfi, como eu iria saber que a bola leva t = 3 s para chegar lá embaixo ? Professor: Ora, amiga Claudete. Lembra que o movimento vertical daquela bola é idêntico ao de um coco caindo de uma árvore. Quanto tempo um coco leva para despencar do alto de uma árvore gigante de 45 m de altura ? Basta usar aquela conhecida relação da q ueda livre: H g. t 2 2 45 = 10.t 2 2 t = 3s (cálculo do tempo de queda) Claudete:Hummmm ! entendi. E seu eu quisesse saber quanto vale aquela distância percorrida pela bolota horizontalmente, aquele tal de alcance D , prôfi ? Professor: Beeem facinho ! Você lembra que o movimento daquela bola, na horizontal, é um MRU, já que horizontalmente sua velocidade é constante Vx = 40 m/s ? Assim, qual a distância horizontal percorrida por um móvel que se desloca com 40 m/s durante t = 3 s ? Adiviiiiinha ? Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 40 D = Vx . t = 40 m/s x 3s D = 120 m (cálculo do alcance) Ou seja, Claudete. A bola, em seu “vôo” até o chão percorreu, horizontalmente, 120 m , que é o chamado alcance. A figura abaixo resume todos os resultados que encontramos. Agora você já sabe como se calcula o tempo de queda da bolinha, bem como o seu alcance: g = 10 m/s t=0s Vo 2 t=1s 40 m/s 40 m/s t=2s 10 m/s H = 45 m V 40 m/s 20 m/s V t=3s 40 m/s 30 m/s 50 m/s Alcance = 120 m Claudete: Afff ! Gostei desse negócio, prôfi ! E olhe, e é porque pensei que nunca fosse entender, acredita ? Olhe, percebi uma coisa interessante nesse movimento: quando calculamos o tempo de queda da bolinha ( t = 3 s ), nem precisamos utilizar a velocida de V0 = 40 m/s com que a bolinha iniciou o seu movimento. Por que, prôfi ? Professor: Bem notado, Claudete ! O cálculo do tempo de queda é efetuado usando apenas a altura e a gravidade, da mesma forma como calculamos o tempo de queda de um coco. Isso ocorre porque o movimento de queda vertical é totalmente independente do movimento horizontal da bola. Em outras palavras, quando a bolinha está caindo, ela “não sabe” que também está indo para a di reita em MRU ! A tabela abaixo resume tudo isso: Grandeza a ser determinada Únicos fatores dos quais a grandeza depende Tempo de queda (t) H e g apenas Vo e tempo de queda (t), ou seja, Alcance (D) Vo , H e g 18 – Conversando Sobre o Lançamento Oblíquo Professor: Agora o lançamento não será mais horizontal. A bola será lançada numa direção que forma um ângulo com a horizontal. Isso significa que, no início do lançamento, a bola já terá tanto velocidade horizontal Vx quanto vertical Vy. Uma vez mais, durante todo o movimento da bola, só atuará na mesma a força vertical peso P. Assim, Claudete, como você espera que seja o comportamento da velocidade horizontal Vx da bola, durante o movimento ? g = 10 m/s VoY 2 Vo VoX Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 41 Claudete: Ora, prôfi , que nem antes ! A velocidade horizontal Vx da bola nem aumentará nem diminuirá de valor durante o “vôo” da bolota, pois para isso teria que haver alguma força na horizontal para empurrar ou frear a bola, coisa que não existe ! Ago ra, na vertical, por causa do peso, a velocidade vai mudando de acordo com a gravidade, certo ? g = 10 m/s2 Professor: Muito bem, Claudete ! A figura acima mostra que a velocidade Vx da bola não muda de valor durante o movimento da bola. Já a velocidade vertical Vy vai diminuindo durante o movimento até atingir a altura máxima (onde Vy = 0 já que a bola pára de subir). A partir daí a velocidade vertical volta a aumentar de valor gradativamente. Esse comportamento da velocidade Vy, logicamente, se deve à presença da força peso na vertical, proporcionando a aceleração da gravidade g que controla Vy. Claudete: Bora ver um exemplo prático, prôfi ! t =3s t =2s t =4s 40 m/s 10 m/s t =1s g = 10 m/s 40 m/s 2 40 m/s 20 m/s 10 m/s 40 m/s t =5s 40 m/s 30 m/s H 50 m/s 20 m/s 40 m/s t =0s t =6s 40 m/s 30 m/s 50 m/s alcance = D Professor: Na figura acima, uma bola é lançada com velocidade inicial Vo = 50 m/s numa direção que forma um ângulo = 36 com a horizontal. Decompondo a velocidade inicial Vo da bola em suas componentes Vox = 40 m/s e Voy = 30 m/s , podemos estudar separadamente os movimentos vertical (MUV) e horizontal (MRU). Observe os seguintes detalhes na figura acima: A velocidade Vx = 40 m/s da bola não se altera durante todo o “vôo” da bola MRU) como era esperado; A velocidade inicial Vy = 30 m/s da bola vai diminuindo 10 m/s a cada segundo que se passa durante a subida até se anular na altura máxima (t = 3 s) . A seguir, a velocidade Vy passa a aumentar 10 m/s a cada 1 s durante o movimento de descida, já que a aceleração da gravidade vale g = 10 m/s 2. As velocidade Vx e Vy da bola durante todo o movimento, bem como a velocidade resultante V (determinada pelo teorema de Pitágoras) , podem ser vistas na tabela abaixo: T (s) 0 1 2 3 4 5 6 Vx (m/s) 40 40 40 40 40 40 40 Vy (m/s) +30 +20 +10 0 –10 –20 –30 V (m/s) 50 44,72 41,23 40 41,23 44,72 50 Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 42 Note que a velocidade mínima da bola ocorre na altura máxima ( V = 40 m/s ) , onde toda a componente Vy se anula, restando apenas a componente horizontal Vx naquele instante ( t = 3 s ). Claudete: Prôfi, e como faço para determinar as componentes Vox e Voy no instante inicial ? Professor: Ora, claudete. Basta você decompor a velocidade inicial Vo da bola, veja: Suponha dado sen 36 = 0,6 e cos 36 = 0,8 Vox = Vo. cos 36 = 50 x 0,8 = 40 m/s VoY Voy = Vo. sen 36 = 50 x 0,6 = 30 m/s Vo VoX Claudete: E como sei quanto tempo a bola vai durar o “vôo” da bola, prôfi ? Professor: Ora, vamos analisar apenas o movimento vertical. Quando um coco é jogado com Vy = 30 m/s verticalmente para cima, quanto tempo ele leva para parar (e atingir a altura máxima) ? Ora, como a gravidade vale g = 10 m/s 2, a velocidade na subida diminui de 10 m/s em 10 m/s a cada 1 segundo. Se ela vale 30 m/s no começo e diminui de 10 em 10, em quanto tempo ela se anula ? Fácil : Vy 30 20 10 0 T 0 1 2 3 Intuitivamente, vê-se que ela se anula após 3 s . Assim, o tempo de subida vale Tsub = 3 s. Como o tempo de subida é igual ao tempo de descida, devido à simetria, o tempo de vôo é dado por: Tvôo = Tsub + Tdes = 3 s + 3 s = 6 s Eixo y A velocidade Vy da bola, em qualquer instante, pode ser determinada: Vy = Voy + a. T , com Voy = +30 m/s e a = –10 m/s2 a = -10 m/s 2 Vy = 30 – 10. T Claudete: Prôfi, e como a gente faz para determinar a altura máxima atingida pela bola ? Professor: Claudete, para isso, lembre-se que o movimento vertical é independente do horizontal. Ou seja, quando a bola está subindo ou descendo, ela “não sabe” que também está se deslocando para a direita. Para determinar a altura máxima, vamos avaliar apenas o movimento vertical da bola. Voy = +30 m/s Claudete: Ah, prôfi ! Sendo assim, o movimento vertical da bola é igual ao de um coco jogado verticalmente para cima com 30 m/s né ? Professor: Exato, Claudete ! Esse coco levará 3 s para subir, atingir a altura máxima e 3 s para descer. Se ele leva 3 s para desc er lá de cima, a partir do repouso vertical, de que altura ele desceu ? Usando a conhecida relação da queda livre a partir do repou so vertical, vem: Hmax g. ( Tdesc )2 2 Hmax = 10.( 3 )2 2 Hmax = 45 m Hmax = Vo2 sen2 . g 2 (cálculo da altura máxima) Claudete: Ahhh ! Entendi ! Basta notar que ela leva 3 s para descer lá de cima, onde se encontrava em repouso na vertical ( Vy = 0). E prôfi, e como se faz para achar o alcance horizontal D da bola em seu vôo ? Professor: Ora, perguntar quanto vale o alcance equivale a perguntar “qual a distância percorrida horizontalmente (MRU) pela bolinha durante os 6 s de duração do vôo ?” Se na horizontal o movimento ocorre com velocidade constante (MRU), vem: D = Vx . Tvôo = 40 m/s x 6s D = 240 m A = Vo2 sen(2) g (cálculo do alcance) Assim, aprendemos como interpretar direitinho o lançamento horizontal e o lançamento oblíquo em queda livre no campo gravitacional. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 43 Pensando em Classe Pensando em Classe Questão 1 A Figura abaixo mostra um reservatório cilíndrico contendo água, que escorre por um tubo cilíndrico em sua base inferior a uma velocidade de 80 cm/s. Considerando as dimensões indicadas na figura, qual a velocidade de descida do nível da água nas paredes do cilindro ? a) 5 cm/s R = 60 cm b) 10 cm/s c) 15 cm/s d) 20 cm/s e) 40 cm/s r = 15 cm Questão 2 O gráfico a seguir ilustra o movimento de dois carros A e B, que inicia em t = 0 s numa mesma estrada retilínea. O prof Renato Brito pede para você determinar a opção correta a cerca desse movimento: S(m) B A q p t1 a) b) c) d) e) t2 t3 T(s) t4 a velocidade inicial de B é maior que a de A a velocidade de A aumenta com o passar do tempo a velocidade de B aumenta com o passar do tempo num instante entre t2 e t3 os móveis chegam a ter velocidades iguais a velocidade de A sempre supera a velocidade de B em todo o movimento Questão 3 O prof Renato Brito conta que duas partículas A e B deslocam-se ao longo do eixo Ox com velocidades dadas pelo gráfico abaixo, sendo que no instante t o = 0 s ambas partem da origem do sistema de coordenadas. Sobre esse movimento, é correto afirmar que: v(m/s) B A 6 0 2 t (s) a) ambos apresentam a mesma aceleração em t = 0 s b) ambos apresentam a mesma aceleração em t = 2 s c) os móveis se encontram em t = 2 s d) B está atrás de A no instante t = 2 s e) a aceleração de A é maior que a aceleração de B em t = 2 s Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 44 Questão 4 No instante inicial (t = 0), dois móveis A e B passam por um mesmo ponto movendo-se sobre uma mesma trajetória retilínea de acordo com o gráfico abaixo. Assim, o prof. Renato Brito pede para você determinar o instante no qual os móveis voltarão a se encontrar novamente: a) 2T velocidade b) 3T A c) 4T d) 6T B e) 8 T VB VA 0 3T tempo Questão 5 Em cada uma das rampas mostradas a seguir, a bolinha será abandonada do repouso a partir de uma mesma altura. O prof Renato Brito pede para você determinar: a) se a velocidade da bola aumenta, diminui ou permanece constante durante a descida em cada caso. b) se a aceleração da bola aumenta, diminui ou permanece constante durante a descida em cada caso. c) Estabeleça uma ordem para as velocidades finais com que cada bola atinge a base da rampa; d) Estabeleça uma ordem para o tempo de descida de cada uma das três bolas B A VA C VC VB t t t Questão 6 Um rapaz estava dirigindo uma motocicleta a uma velocidade de 72 km/h quando acionou os freios e parou em 4 s, retardando uniformemente. O prof Renato Brito pede para você: a) traçar o gráfico V x t para esse movimento; b) determinar o módulo da aceleração da motocicleta; c) a partir do gráfico, determinar a distância que a motocicleta percorre até parar. Questão 7 Um motorista freia seu veículo no momento em que seu velocímetro indica 72 km/h, percorrendo uma distância d até parar. Sendo o módulo da aceleração igual a 5 m/s 2, O prof. Renato Brito pede para você determinar, aproximadamente, a velocidade do veículo no ponto médio do percurso de frenagem: a) 4,0 m/s b) 8,0 m/s c) 12 m/s d) 14 m/s e) 16 m/s Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 45 Questão 8 – As proporções de Galileu para a queda livre Galileu Galilei foi um dos primeiros cientistas a utilizar o método científico para estudar a queda dos corpos. Sobre esse movimento, considere o conjunto de fotografias abaixo, tiradas em intervalos de tempos iguais, que mostra o deslocamento em queda livre de um móvel, a partir do repouso. t =0 t = 1T velocidade Vo = 0 1x 3x t = 2T 5x t = 3T 7x 0 1T 2T 3T 4T 5T tempo t = 4T Um dos princípios que Galileu estabeleceu para a queda dos corpos diz que: Hipóteses: se o corpo parte do repouso (Vo = 0) com aceleração constante. Tese: As sucessivas distâncias que o corpo percorrerá, em intervalos de tempos arbitrariamente iguais, serão proporcionais aos números ímpares 1, 3, 5, 7, 9, ...., 2n + 1 Questão 9 Num edifício pode-se notar um aparelho de ar-condicionado instalado a 80 m de altura. Esse aparelho goteja água periodicamente, em intervalos de tempos iguais. Percebe-se que a 1a gota atinge o solo no exato momento em que a 5 a gota se desprende. O prof. Renato Brito pede para você determinar, no referido instante, a distância que separa a 3 a e a 4a gota. a) 25 m b) 45 m c) 30 m d) 15 m e) 50 m Questão 10 A torneira do chuveiro da Claudete está mal fechada e, por isso, goteja água periodicamente em intervalos de tempos iguais. A figura mostra o exato momento em que uma gota está se desprendendo e outras 3 gotas já estão em queda livre. As distâncias x e y valem, respectivamente: a) 4 cm, 15 cm b) 4 cm, 12 cm c) 6 cm, 15 cm d) 6 cm,12 cm e) 9 cm, 15 cm x y 20 cm Questão 11 Um móvel parte do repouso, no instante inicial t = 0 s, com aceleração constante e percorre 18 m nos primeiros 3 s. a) a velocidade desse móvel, no instante t = 3 s, vale 6 m/s ? b) a partir da expressão da velocidade média do MUV, determine a velocidade do móvel no instante t = 3 s; c) qual a aceleração desse móvel ? d) No instante t = 4 s, qual a velocidade da partícula ? Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 46 Questão 12 Um móvel desloca-se sobre uma trajetória retilínea e sua velocidade escalar é dada, em função do tempo, pelo gráfico abaixo. Sobre esse movimento, pode-se afirmar que: v(m/s) 8 4 0 2 4 6 8 10 12 t(s) -4 -8 a) o móvel encontra-se em repouso entre os instantes 0s e 2s; b) entre os instantes 3s e 12 s o móvel pára uma única vez; c) o movimento é retardado entre os instantes 2s e 6s; d) a posição inicial do móvel, em t = 0s, vale S0 = 8m; e) no instante 5s o móvel desloca-se em movimento acelerado. Questão 13 Juquinha está no alto de um prédio de 25 m de altura e rebola, verticalmente para cima, um côco com velocidade de 20 m/s. Se a aceleração da gravidade vale g = 10 m/s 2, pede-se determinar: a) o instante em que o coco atinge a altura S(m) máxima; b) a altura máxima atingida pelo coco em a = -g relação à calçada; c) após quanto tempo o coco chega à calçada. 25 m 25 m 0m Questão 14 Uma pedra é abandonada, a partir do repouso, do topo de uma torre em um local onde a aceleração da gravidade vale g = 10 m/s2. Desprezando a resistência do ar e sabendo que, no último segundo de queda, a pedra percorreu 45 m, pode-se concluir corretamente que a altura da torre é, em metros, a) 125 b) 150 c) 275 d) 320 e) 405 Questão 15 – Transmissão de movimento circular A figura a seguir ilustra três polias A, B e C executando um movimento circular uniforme. A polia B está fixada à polia C e estas ligadas à polia A por meio de uma correia que faz o sistema girar sem deslizar. Marque V ou F: a) As polias B e C têm velocidades angulares iguais pois giram solidárias ao mesmo eixo; b) Os pontos 1 e 2 das periferias das polias A e B tem velocidades lineares iguais; c) As polias A e B tem frequências iguais; d) Os pontos 1 e 2 das periferias das polias A e B tem velocidades angulares iguais; e) A periferia da polia C tem maior velocidade linear do que a periferia da polia B; C 1 2 B A Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 47 Questão 16 – Transmissão de movimento circular As polias 1 e 2 da figura têm raios respectivamente iguais a 20 cm e 30 com. A polia 2 gira com frequência 20 RPM e seu movimento circular é transmitido até a polia 1 através de uma correia que gira sem escorregamento. Durante esse movimento, a polia 1 dá quantas voltas completas a cada 16 segundos ? a) 4 b) 8 c) 12 d) 16 e) 24 Questão 17 – Transmissão de movimento circular Em uma bicicleta o ciclista pedala na coroa e o movimento é transmitido à catraca pela corrente. A frequência de giro da catraca é igual à da roda. Supondo os diâmetros da coroa, catraca e roda iguais, respectivamente, a 15 cm, 5,0 cm e 60 cm, a velocidade dessa bicicleta, em m/s, quando o ciclista gira a coroa a 80 rpm, tem módulo mais próximo de: a) 5 b) 7 c) 9 d) 11 e) 14 Questão 18 – lançamento oblíquo Um projétil foi lançado obliquamente formando um ângulo de 30 com a horizontal e permaneceu 4 s no ar até cair no solo. Determine Vo e Hmax (g = 10 m/s2). 2s Vo 4s 30 o 0s Questão 19 – lançamento oblíquo Um projétil foi lançado obliquamente e permaneceu 6 s no ar até cair no solo a uma distância de 240 m do ponto de lançamento. Determine Vo e Hmax (g = 10 m/s2). 3s Vo 6s 0s 240 m Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 48 Questão 20 – lançamento oblíquo Em Cajúpter, onde a gravidade é desconhecida, um coco foi rebolado numa direção que forma 60 com a horizontal. Sabendo ele permanece 8s no ar e que sua velocidade no ponto de altura máxima vale 20 m/s, determine a velocidade Vo de lançamento e seu alcance horizontal A. 4s 20 m/s Vo 8s 60 o 0s A Questão 21 – lançamento oblíquo Um projétil foi lançado obliquamente e atingiu uma altura máxima de 80 m no instante em que sua velocidade era de 20 m/s. Se a gravidade vale g = 10 m/s 2, determine seu alcance A e o seu tempo de permanência no ar. 20 m/s Vo 80 m A Questão 22 – lançamento horizontal Uma bolinha rola sobre uma mesa, com velocidade constante cujo módulo é v 0 = 7,0 m/s. A altura da mesa é 0,80 m e a aceleração da gravidade é g = 10 m/s 2. Desprezando os efeitos do ar, calcule o alcance horizontal d. vo 0, 80 m d Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 49 da lagarta é de 10 cm por segundo. Após 5 segundos do início dos movimentos, a menor distância entre o sapo e a lagarta é: a) 2,2 m. b) 2,0 m. c) 1,8 m. d) 1,5 m. e) 1,3 m. Pensando em Casa Pensando em Casa Que tal resolver todas as questões de casa sempre num mesmo caderno grande, especialmente reservado para o nosso Curso de Física ? Assim, a sua revisão em novembro, às vésperas do vestibular, será enormemente facilitada. Lembre-se: arrependimento só vem depois, ou você já viu alguém se arrepender antes do fato ? Portanto, aceite meu conselho e organize-se desde já ! Questão 6 (Medicina Christus 2012) - O eletrocardiograma é um dos exames mais comuns da prática cardiológica. Criado no início do século XX, é utilizado para analisar o funcionamento do coração em função das correntes elétricas que nele circulam. Questão 1 (FMJ 2011) Uma pessoa produz um pulso na extremidade de uma corda, cujo comprimento é de 9,0 m, conforme a figura. Sabendo que o pulso atinge a extremidade oposta num intervalo de tempo de 1,5 s, determine a velocidade de propagação desse pulso transversal na corda: a) 5 m/s b) 6 m/s c) 8 m/s d) 10 m/s e) 14 m/s Questão 2 - Para encher uma caixa d’água de 4 m de largura, 5 m de comprimento e 120 cm de altura, foi utilizada uma torneira que derrama água com uma vazão de 1200 litros por minuto. A velocidade de subida do nível da água ao longo das paredes da caixa vale: a) 10 cm/s b) 2 cm/s c) 5 mm/s d) 1 mm/s e) 1cm/s Dica: 1 m3 = 1000 litros Questão 3 - (UNIT 2011) Numa caixa d’água retangular, de 2,0 m de comprimento por 1,0 m de largura, o nível da água desce 3,0 mm em duas horas, por evaporação. Sendo a densidade da água 1,0 g/cm3, determine quantos kg estão evaporando a cada minuto: a) 6 b) 1 c) 0,50 d) 0,10 e) 0,05 Questão 4 - Um trem parte de São Paulo com destino ao Rio de Janeiro com velocidade de 60 Km/h. Ao mesmo tempo, parte do Rio de Janeiro, com destino a São Paulo, um segundo trem com velocidade de 40 Km/h. Na frente deste e ao mesmo tempo, parte uma abelha com a velocidade de 70 Km/h. Essa abelha vai ao encontro do trem que vem de São Paulo e, ao encontrá-lo, volta com destino ao Rio de Janeiro até encontrar o segundo trem, e assim sucessivamente até quando os dois trens se cruzam. Admitindo que a distância São Paulo-Rio de Janeiro é igual a 500 Km, pergunta-se quanto percorreu a abelha? Questão 5 (Medicina Christus 2012) - Um sapo-cururu, procurando alimento, está no chão, a 2 m de uma árvore perpendicular ao solo plano e horizontal, e começa a se aproximar dela no mesmo instante em que uma lagarta começa a subir na árvore. A velocidade do sapo é de 16 cm por segundo e a Uma pena ou caneta registra a atividade elétrica do coração, movimentando-se transversalmente ao movimento de uma fita de papel milimetrado, que se desloca em movimento uniforme com velocidade de 25 mm/s. A figura mostra parte de uma fita e um eletrocardiograma. Sabendo-se que a cada pico maior está associada uma contração do coração, a frequência cardíaca dessa pessoa, observada no infográfico foi de: a) 70 batimentos por minuto. b) 75 batimentos por minuto. c) 80 batimentos por minuto. d) 85 batimentos por minuto. e) 90 batimentos por minuto. Questão 7 - (Medicina Christus 2011) Em uma corrida de Kart, desenvolvida em uma pista circular, no instante em que o primeiro colocado completava a décima volta, colocava também uma volta sobre o último colocado, Caso sejam mantidas as velocidades médias dos dois Karts, podemos afirmar que o primeiro colocado colocará três voltas sobre o último colocado ao completar a volta de número: a) 18 b) 17 c) 30 d) 20 e) 19 Questão 8 - (Medicina UNIFOR 2010.2) Os terremotos, como o ocorrido recentemente no Haiti, são ondas mecânicas que se propagam na crosta terrestre principalmente devido a movimentos das camadas desta crosta. Estas ondas são de dois tipos: longitudinais (mais rápidas), também chamadas ondas P (Primárias) e transversais (mais lentas), também chamadas ondas S (Secundárias). Uma estação sismológica recebe duas ondas P e S com um intervalo de tempo entre elas de 20s. Considerando que estas ondas percorreram a mesma trajetória, com velocidades de 7500 m/s e 4500 m/s respectivamente, a distância entre o epicentro (fonte da onda) e a estação sismológica é de: a) 200 km b) 135 km c) 225 km d) 90 km e) 125 km Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 50 Questão 9 - (Medicina Christus 2011) - Em decorrência das obras pelas quais passam as rodovias, os caminhoneiros têm dificuldades em manter uma velocidade constante, necessária para o cumprimento dos prazos previstos para as entregas de suas cargas. Em uma rodovia, um motorista trafega no trecho que liga as cidades A e B e atinge velocidade média de 60 km/h. Da cidade B até a cidade C, a velocidade média atingida caiu para 45 km/h e, no trecho em piores condições, que liga as cidades C e D, só foi possível andar a uma velocidade média de 36 km/h. a) o móvel A está à frente do B no início do movimento, porém B se move com velocidade maior que A: b) o móvel B está à frente do A no início do movimento, porém A se move com velocidade maior que B: c) o móvel A está à frente do B no início do movimento e se move com velocidade maior que B: d) o móvel B está à frente do A no início do movimento e se move com velocidade maior que A: e) A velocidade de B é maior que a de A no início do movimento. A velocidade de A supera a velocidade de B ao final. Questão 13 Uma partícula inicialmente em repouso passa a ser acelerada constantemente à razão de 3 m/s 2 no sentido da trajetória. Após ter percorrido 24 m, sua velocidade é de: a) 3 m/s b) 8 m/s c) 12 m/s d) 72 m/s d) 144 m/s Dica: Use Torricelli As cidades B e C dividem o percurso de A para D em iguais distâncias. Sabendo que todo percurso foi feito em 8 horas e que a velocidade média prevista era de 80 km/h, com quantas horas de atraso a carga chegou em D? a) 2 horas e 30 minutos. b) 3 horas c) 3 horas e 30 minutos d) 4 horas e) 4 horas e 30 minutos. Questão 10 - Um móvel que se desloca ao longo de uma estrada retilínea, movendo-se sempre no mesmo sentido, percorre um trecho de 20 km a 60 km/h e o trecho seguinte, de 60 km, a 20 km/h. Sua velocidade média, no percurso completo, vale: a) 24 km/h b) 36 km/h c) 40 km/h d) 48 km/h e) 56 km/h Questão 11 - (Medicina Christus Seriado 2011 VCS2) - Um motorista precisa fazer uma viagem e faz a primeira parte do percurso com velocidade média igual a 60 km/h. Em determinado momento, estaciona para um breve descanso. Para compensar o tempo que ficou parado, imprime no segundo trecho da viagem, uma velocidade média igual a 100 km/h. Sabe-se que, no ponto de parada, o motorista havia feito apenas metade da viagem. Diante disso, pode-se afirmar que a velocidade média em todo o percurso foi de: a) 65 km\h. b) 70 km\h. c) 72 km\h. d) 75 km\h. e) 76 km\h. Questão 12 O gráfico a seguir ilustra o movimento de dois carros A e B, que inicia em t = 0 s numa mesma estrada retilínea. O prof Renato Brito pede para você determinar a opção correta a cerca desse movimento: S(m) SOB A B SOA T(s) Questão 14 Um carro, partindo do repouso, assume movimento com aceleração constante de 1 m/s 2 durante 5 s. Desliga então o motor e, devido à resistência do ar, o carro volta ao repouso com um retardamento constante de 0,5 m/s 2 . Determine a duração total do movimento. Dica: faça de forma brega, por tabelinha mesmo Questão 15 a) Um objeto pode estar se movendo quando sua aceleração é nula ? Em caso afirmativo, dê um exemplo. b) um objeto pode ter aceleração num instante em que a sua velocidade é nula ? Em caso afirmativo, dê um exemplo. Questão 16 Um veículo, deslocando-se em movimento uniformemente variado, penetra um túnel a uma velocidade 10 m/s e sai pelo outro extremo 4 s depois, com uma velocidade de 20 m/s. Desprezando as dimensões do veículo, determine o comprimento do túnel. Dica: veja exemplo resolvido 1, página 36 Questão 17 Um projétil de massa m incide horizontalmente sobre uma tábua com velocidade v1 e a abandona com velocidade, ainda horizontal, v2. Considerando-se constante a força exercida pela tábua de espessura d, pode-se afirmar que o tempo de perfuração é dado por: 2d a) v1 v 2 b) 2d v1 v 2 c) d 2(v1 v 2 ) d) d 2(v1 v 2 ) Dica: veja exemplo resolvido 1, página 36 Questão 18 Uma bolinha se desloca por inércia em direção a uma superfície inclinada lisa, como mostra a figura. Durante a subida da rampa pode-se afirmar que sua: Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física a) os móveis A e B terão velocidades iguais num instante entre t 1 e t2. b) os móveis A e B terão velocidades iguais nos instantes t2 e t3. c) os móveis A e B terão velocidades iguais num instante entre t2 e t3. d) os móveis A e B nunca terão velocidades iguais. v e) as informações do gráfico são insuficientes para que se tire alguma conclusão sobre as velocidades. a) velocidade e aceleração crescem b) velocidade e aceleração decrescem c) a velocidade decresce e a aceleração cresce d) a velocidade e a aceleração decrescem e) a velocidade cresce e aceleração decresce. Questão 19 - Na sua decolagem, Um avião tipo JUMBO parte do repouso e acelera uniformemente atingindo a incrível velocidade de 360 km/h em 20 s. À distância percorrida por ele durante a decolagem e a sua aceleração valem, respectivamente: Questão 22 - Dois carros A e B passam pela policial rodoviária no instante t = 0s e prosseguem em movimento de acordo com o gráfico abaixo. Pode-se afirmar que: V(m/s) A 20 a) 1 km , 5 m/s2 B 5 b) 2 km , 5 m/s2 0 c) 1 km , 4 m/s2 d) 2 km, 4 m/s2 e) 3 km, 5 m/s2 51 Dica: não é MRU, mas sim, MRUV , movimento acelerado. Questão 20 Um móvel se desloca numa estrada retilínea e a sua velocidade, em função do tempo, é descrita pelo gráfico a seguir. Sobre esse movimento, pode-se afirmar que: V t t1 3 a) no instante t = 0 s, o carro B encontra-se à frente do A; b) no instante t = 3 s, os carros voltam a se encontrar; c) o carro A move-se com aceleração escalar 4 m/s2 d) no instante t = 3 s o carro A está à frente do carro B e) os carros voltam a se cruzar no instante t = 6 s Questão 23 No instante inicial, dois móveis A e B passam por um mesmo ponto movendo-se sobre uma mesma trajetória retilínea de acordo com o gráfico abaixo. Assim, o prof. Renato Brito pede para você determinar o instante no qual os móveis voltarão a se encontrar novamente . a) 2T a) o movimento é uniforme b) o movimento é acelerado entre 0 e t1 e retardado após o instante t1 c) durante esse movimento, o móvel não parou em nenhum instante d) o móvel passou pela origem no instante t1 e) o movimento é retardado entre 0 e t1 e acelerado após o instante t1 Questão 21 - Dois móveis A e B deslocam-se em trajetórias retilíneas e suas posições, em função do tempo, são descritas pelos gráficos a seguir: Com base no gráfico, pode-se afirmar que: X V(m/s) b) 3T B d) 6T e) 8 T T t3 7T T(s) V(m/s) a c) 0 t (s) 5T 20 d) 20 t1 t2 3T Questão 24 (UECE 2010.1- 2ª fase) A figura mostra as velocidades versus tempo de um caminhão (c) e um automóvel (a) ambos em MRUV. No instante t = 0 segundo o caminhão ultrapassa o automóvel. No instante t = 10 s, a distância que separa o caminhão do automovel em metros é: b) 5 B A 2V c) 4T a) 10 A t(s) 6 c 0 10 Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br t(s) Física 52 Questão 25 (UNIT 2011) A velocidade de um corpo que se move em trajetória retilínea varia com o tempo como mostra o gráfico. A velocidade média do móvel, em m/s, no intervalo de tempo de 0 a 10 s, vale: a) 12 b) 14 c) 15 d) 16 e) 18 Questão 29 (proporções de Galileu) A torneira do chuveiro da Claudete está mal fechada e, por isso, goteja água periodicamente em intervalos de tempos iguais. A figura mostra o exato momento em que uma gota está se desprendendo e outras 3 gotas já estão em queda livre. As distâncias x e y valem, respectivamente: x 24 cm a) 12 cm, 36 cm b) 12 cm, 48 cm y c) 8 cm, 40 cm Questão 26 Raul está no alto de um prédio de 80 m de altura e rebola, verticalmente para cima, um caju com velocidade de 30 m/s. Se a aceleração da gravidade vale g = 10 m/s 2, pede-se determinar: S(m) ? a = -g 80 m 80 m d) 8 cm, 36 cm e) 18 cm, 32 cm Questão 30 (proporções de Galileu) (UFAM 2009) Uma torneira pinga em intervalos de tempo iguais. A figura (fora de escala) mostra a situação em que uma das gotas está saindo da torneira. Despreze a resistência do ar e considere que as gotas saem da torneira com velocidade nula. A razão B/A entre as distâncias vale: a) 9 b) 2 c) 6 d) 12 e) 5 A B Dica quente: A é a distância da 1ª gota até a 2ª gota de cima. B é a distância da 1ª gota lá de cima até a 4ª gota. 0m Questao 27 (FMJ 2008) O cabo de sustentação de um elevador rompe quando se encontra parado a uma altura de 45 m do solo. Calcule com que velocidade o elevador atinge o chão (g = 10 m/s 2). Questão 31 (proporções de Galileu) Um ar condicionado está instalado a 3,6 m de altura num apartamento e pinga gotas em intervalos de tempos iguais. No exato momento em que uma gota toca o solo, o prof Renato Brito percebe apenas mais três gotas acima dela, das quais, a primeira delas está se desprendendo do cano do aparelho naquele exato momento. Que distância separa as duas gotas intermediárias naquele instante ? a) 20 m/s a) 2,4 m a) o instante em que o caju atinge a altura máxima; b) a altura máxima atingida pelo caju em relação à calçada; c) após quanto tempo o caju chega à calçada; b) 4,5 m/s c) 9 m/s d) 30 m/s e) 90 m/s Questao 28 O gráfico ilustra o movimento de uma bola de vôlei, após receber o saque “jornada nas estrelas” verticalmente para cima. Sendo g = 10 m/s2, pede-se determinar: V(m/s) c) 1,6 m d) 1,5 m e) 1,2 m Questão 32 (proporções de Galileu) - (UNIFOR 2009.2) Uma pedra é abandonada, a partir do repouso, do topo de uma torre em um local onde a aceleração da gravidade vale g = 10 m/s2. Desprezando a resistência do ar e sabendo que, no último segundo de queda, a pedra percorreu 55 m, pode-se concluir corretamente que a altura da torre é, em metros, a) 180 0 b) 1,8 m b) 245 c) 275 d) 320 e) 405 t(s) 3 a) a velocidade inicial da bola; b) a altura máxima atingida pela bola; c) a sua velocidade 1 s antes de atingir a altura máxima; Questao 33 (proporções de Galileu) - (UNIT 2011) Um veículo, a partir do repouso, apresenta aceleração constante, de módulo 4,0 m/s 2. Durante o quarto segundo de seu movimento ele percorre, em metros: a) 10 b) 12 c) 14 d) 16 e) 18 Dica: o 4º segundo vai do instante t = 3s até o instante t = 4 s. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física Questao 34 - (UFPE) Uma arma dispara 30 balas/minuto. Estas balas atingem um disco girante sempre no mesmo ponto atravessando um orifício. Qual a velocidade angular do disco, em Hz (voltas / seg) ? Questao 35 - (Fuvest) Um disco de raio r gira com velocidade angular w constante. Na borda do disco, está presa uma placa fina de material facilmente perfurável. Um projétil é disparado com velocidade v em direção ao eixo do disco, conforme mostra a figura, e fura a placa no ponto A. Enquanto o projétil prossegue sua trajetória sobre o disco, a placa gira meia circunferência, de forma que o projétil atravessa mais uma vez o mesmo orifício que havia perfurado. Considere a velocidade do projétil constante e sua trajetória retilínea. O módulo da velocidade v do projétil é: wr 2wr b) wr c) 2 d) wr w e) r 53 Questao 38 - (UFsCAR) Para misturar o concreto, um motor de 3,5 hp tem solidária ao seu eixo uma engrenagem de 8 cm de diâmetro, que se acopla a uma grande cremalheira em forma de anel, com 120 cm de diâmetro, fixa ao redor do tambor misturador. Quando o motor é ligado, seu eixo gira com frequência de 3 Hz. Nestas condições, o casco do misturador dá um giro completo em : a) 3 s. b) 5 s. c) 6 s. d) 8 s. e) 9 s. Questao 39 (ENEM) Um cidadão brasileiro resolve construir uma bicicleta com objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade do ar e de sua própria saúde. A bicicleta possui uma corrente que liga uma coroa dentada dianteira (D) movimentada pelos pedais, a uma coroa localizada no eixo da roda traseira (T). O rendimento da roda traseira depende do tamanho relativo das coroas. Dos esquemas das coroas representadas a seguir, a roda traseira que dá o maior número de voltas por pedaladas é: a) Questao 36 - As bicicletas antigas tinham rodas dianteiras com raio três vezes maior que o raio da roda traseira. Nessas bicicletas, os pedais estão fixos às rodas dianteiras. Suponha que um ciclista esteja andando nessa bicicleta num ritmo de 40 pedaladas por minuto. Dessa forma, a roda traseira vai girar com que frequência ? a) 1 Hz b) 2 Hz Questao 40 - Uma bicicleta possui duas catracas, uma de raio 6,0 cm, e outra de raio 4,5 cm. Um ciclista move-se com velocidade uniforme de 12 km/h usando a catraca de 6,0 cm. Com o objetivo de aumentar a sua velocidade, o ciclista muda para a catraca de 4,5 cm mantendo a mesma velocidade angular dos pedais. Determine a velocidade final da bicicleta, em km/h. c) 3 Hz d) 4 Hz e) 5 Hz Questao 37 - Na figura abaixo, a rotação da polia maior (A) é transferida á polia menor (B) através do contato entre elas sem escorregamento. Sabendo que a polia A de raio R A = 8 cm leva 40 s para dar uma volta completa, a polia B (de raio 5 cm) dá uma volta a cada quantos segundos ? a) 5 s b) 10 s A c) 15 s d) 20 s B e) 25 s Questao 41 (Christus Seriado 2011 vsc1) - Durante a reprodução de um CD, o leitor óptico que faz a leitura do mesmo inicia o processo no centro do disco e vai se afastando radialmente do centro lendo trilhas cada vez mais externas enquanto o disco gira. Entretanto, a velocidade linear v do leitor óptico em relação à superfície do disco tem que se manter constante num valor padrão universal de cerca de 1,3 m/s durante a leitura. Para isso, a velocidade angular do disco deve variar suavemente para compensar a mudança da distância do leitor óptico até o centro. Diante disso, quando um CD de música é Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 54 posto para ouvir, sua velocidade angular e seu período de rotação, respectivamente: a) aumenta, diminui b) aumenta, aumenta sentido da c) diminui, aumenta leitura d) diminui, diminui e) mantém-se inalterada, trilhas diminui Questão 42 - Um projétil foi lançado obliquamente formando um ângulo de 30 com a horizontal e permaneceu 6 s no ar até cair no solo. Determine Vo e Hmax (g = 10 m/s2). 3s Vo 6s 30 o 0s Questão 43 - Um projétil foi lançado obliquamente e permaneceu 8 s no ar até cair no solo a uma distância de 240 m do ponto de lançamento. Determine Vo e Hmax (g = 10 m/s2). Questão 46 - Os vetores abaixo representam as velocidades iniciais de dois projéteis A e B que foram lançados obliquamente num campo gravitacional uniforme. A B Sobre o movimento desses projéteis, assinale a afirmativa errada: a) O tempo de subida dos dois projéteis é o mesmo; b) Os projéteis atingem o solo no mesmo instante; c) A altura máxima atingida por eles é a mesma; d) O alcance horizontal do projétil B é três vezes maior que o alcance atingido pelo projétil A; e) A velocidade do projétil B, o passar pelo ponto culminante da sua trajetória, é menor que a velocidade do projétil A, ao passar pelo ponto culminante da sua trajetória. Questão 47 - Numa das margens de um rio, cuja largura é 850 m, foi instalado um canhão de modo que sua boca esteja 45 m acima do solo (veja figura). Para que os projéteis disparados horizontalmente caiam do outro lado do rio, qual a velocidade horizontal mínima de disparo (g = 10 m/s2) ? Vo 4s Vo 45 m 8s 0s 240 m Questão 44 - Em Cajúpter, onde a gravidade é desconhecida, um coco foi rebolado numa direção que forma 60 com a horizontal. Sabendo ele permanece 4s no ar e que sua velocidade no ponto de altura máxima vale 30 m/s, determine a velocidade Vo de lançamento e seu alcance horizontal A. 50 m Questão 48 - Dois projéteis A e B, de massas 3M e M, são lançados horizontalmente do alto de um prédio de altura H, com velocidades horizontais V e 3V, respectivamente. 2s 30 m/s V Vo 4s 60 o 0s 850 m 3M M A B 3V A Questão 45 - Um projétil foi lançado obliquamente e atingiu uma altura máxima de 45 m no instante em que sua velocidade era de 5 m/s. Se a gravidade vale g = 10 m/s2, determine seu alcance A e o seu tempo de permanência no ar. 5 m/s Vo 45 m A Sobre os movimentos desses projéteis, pode-se afirmar que: a) A chegará ao solo antes de B por ter maior massa; b) B chegará ao solo antes de A, por ter maior velocidade inicial; c) Ambos chegarão ao solo com a mesma velocidade d) Ambos chegarão ao solo juntos e com a mesma velocidade e) Ambos chegarão ao solo juntos, mas B cairá mais longe do prédio que o projétil A. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física Questão 49 (FMJ 2004) Numa experiência de laboratório, uma pequena esfera de aço é solta do alto de um trilho metálico, a partir do ponto O, e deve atingir o ponto P, obtendo assim um alcance horizontal d = 30 cm como mostra a figura. Sendo h = 20 cm e g = 10 m/s 2, determine a velocidade horizontal v o atingida pela bolinha no momento em que perde o contato com o trilho. 55 a) 1/4 b) 1/2 c) 1/6 d) 1/8 Dica: É preciso se conformar. Essa questão, infelizmente, requer a aplicação das fórmulas apresentadas na questão anterior. a) 3 m/s b) 2,5 m/s c) 2,0 m/s d) 1,5 m/s e) 1,0 m/s Questão 50 A expressão abaixo permite determinar o alcance horizontal A atingido por um projétil, em função dos parâmetros Vo, e g: A = Vo2 sen(2) g Da mesma maneira, a expressão abaixo permite determinar a altura máxima, em função dos mesmos parâmetros: V2 sen2 Hmax = o . g 2 Essas duas expressões são válidas quando o projétil inicia e termina o seu movimento no mesmo nível horizontal, como mostra a figura abaixo. Vo Hmax A Admita que você esteja manipulando um canhão antigo que dispara projeteis com velocidade Vo = 20 m/s numa grande planície horizontal local onde g = 10 m/s 2. a) Observando a expressão do alcance A, qual valor de você escolheria para que o sen(2) atingisse o maior valor possível para o seno de um ângulo (ou seja, 1) ? b) Assim, conforme o item anterior, qual o maior alcance A horizontal que os projéteis disparados pelo seu canhão poderiam atingir ? c) Nesse caso, qual seria a altura máxima Hmax atingida por eles ? Comentário: embora tenhamos aprendido a calcular o alcance e a altura máxima em sala de aula sem o uso dessas fórmulas, ainda assim não custa nada conhecê-las. Afinal, algumas questões de vestibular se resumem a aplicação direta delas, como a questão a seguir, que pode até aparentar ser difícil, à primeira vista, Questao 52 - UNIFOR 2014 – Medicina Durante a Copa das Confederações no Brasil, os policiais militares responderam às ações dos manifestantes com bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha em uma região totalmente plana onde era possível avistar a todos. Suponha que o projétil disparado pela arma do PM tenha uma velocidade inicial de 200,00 m/s ao sair da arma e sob um ângulo de 30,00º com a horizontal. Calcule a altura máxima do projétil em relação ao solo, sabendo-se que ao deixar o cano da arma o projétil estava a 1,70 m do solo. Despreze as forças dissipativas e adote g = 10 m/s2. a) 401,70 m b) 501,70 m c) 601,70 m d) 701,70 m e) 801,70 m Hmax 1,70 m Questao 53 - (Seriado Christus 2011 vsc1) Nos jogos olímpicos, o lançamento de dardos é uma das modalidades do atletismo. Essa prática esportiva consiste em lançar um dardo na maior distância possível. O dardo tem a forma de uma lança e sua constituição pode ser de fibra de vidro, de metal ou de fibra de carbono. O esquema da figura descreve a técnica de lançamento: Considere que, numa dessas provas de lançamento de dardos, um atleta consegue lançar o dardo com uma velocidade de 108 km/h numa direção (inclinação) que propicia a ele máximo alcance horizontal. Desprezando-se a resistência do ar, a altura do atleta e considerando g = 10 m/s2, o alcance horizontal atingido pelo dardo valerá: a) 80 m b) 85 m c) 90 m d) 95 m e) 100 m mas, definitivamente, não é. Questão 51 - (UECE 2007.1 2ª fase) Uma bola é chutada da superfície de um terreno plano segundo um ângulo > 0 acima da horizontal. Se é o ângulo de elevação do ponto mais alto da trajetória, visto do ponto de lançamento, a razão tg / tg , desprezando-se a resistência do ar, é igual a: Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br O Conceito de Força 19 – Força produz Aceleração Há mais de 2000 anos atrás, Aristóteles acreditava que era impossível um móvel permanecer em movimento na ausência de forças que o empurrassem. No século XVI, Galileu introduziu o conceito de Inércia, refutando as idéias de Aristóteles e mostrando que um corpo, em movimento na ausência de forças, tende a permanecer em movimento retilíneo e uniforme para sempre, desprezando-se eventuais atritos. Newton deu continuidade ao trabalho de Galileu e mostrou que uma força não seria necessária para que o corpo permanecesse em movimento mas, sim, para que ele sofresse qualquer variação na sua velocidade, quer na sua direção, quer no seu sentido, quer no seu módulo (rapidez). Em outras palavras, uma força é necessária para causar aceleração no corpo. Esta aceleração, por sua vez, mede a rapidez com que a velocidade varia. Figura 14 – a bola, inicialmente em repouso, é acelerada pela força do chute. A velocidade da bola varia. Com freqüência mais de uma única força atua sobre um objeto. Lembre-se de que a combinação de forças que atuam sobre um objeto é a força resultante. A aceleração depende da força resultante. Por exemplo, se você empurrar um objeto com duas vezes mais força e a força resultante duplica, o objeto ganhará rapidez a uma taxa duas vezes maior. A aceleração, então, dobrará de valor quando a força resultante dobrar. Triplicar a força resultante produz três vezes mais aceleração. Dizemos então que a aceleração produzida é diretamente proporcional à força resultante. 20– Massa e Peso A aceleração que se imprime sobre um objeto depende não apenas das forças aplicadas e das forças de atrito, mas da inércia do mesmo. Quanto de inércia um objeto possui depende da quantidade de matéria que ele tem — quanto mais matéria, mais inércia. Para especificar quanta matéria alguma coisa possui, usamos o termo massa. Quanto maior for a massa de um objeto, maior será sua inércia. A massa é uma medida da inércia de um objeto material. A massa corresponde à nossa noção intuitiva de peso. Normalmente dizemos que um objeto possui bastante matéria se ele pesa muito. Mas existe uma diferença entre massa e peso. Podemos definir cada um deles da seguinte maneira: Massa: a quantidade de matéria num objeto. É também a medida da inércia ou lerdeza que um objeto apresenta em resposta a qualquer esforço feito para movê-lo, pará-lo ou alterar de algum modo o seu estado de movimento. Peso: a força sobre um objeto devido à gravidade. Massa e peso são diretamente proporcionais entre si. Se a massa de um objeto é dobrada, seu peso também dobra; se a massa torna-se duas vezes menor, o mesmo acontece com o peso. Massa e peso são algumas vezes confundidos porque é comum medir a quantidade de matéria dos corpos (massa) pela atração gravitacional da Terra sobre eles (peso). Figura 15A – Uma bigorna flutuando no espaço sideral longe de qualquer planeta, por exemplo, pode não ter peso, mas possui massa. Mas a massa é mais fundamental do que o peso; ela é uma quantidade fundamental que escapa completamente a atenção da maioria das pessoas. Existem ocasiões em que o peso corresponde à nossa noção inconsciente de inércia. Por exemplo, se você está tentando determinar qual de dois pequenos objetos é o mais pesado, pode sacudi-los para frente e para trás em sua mão, ou movimentá-lo de alguma maneira, em vez de apenas sustentá-lo. Ao fazê-lo, você estará avaliando qual dos dois é mais difícil de conseguir mover, verificando qual dos dois resiste mais a uma alteração no movimento. Você estará, de fato, comparando as inércias dos corpos. Figura 15B - O astronauta, no espaço sideral, descobre que sacudir a bigorna “sem peso” é tão difícil quanto sacudi-la aqui na Terra. Se a bigorna tivesse muito mais massa que o astronauta, qual dos dois balançaria mais – a bigorna ou o astronauta – quando ele tentasse sacudir a bigorna ? Logicamente, a bigorna “sacudiria” o astronauta . A quantidade de matéria que um objeto possui é normalmente descrita pela atração gravitacional que a Terra a lhe aplica, ou seu peso, no Brasil, geralmente expresso em newtons (símbolo: N). Na superfície da Terra, um tijolo com massa de 1 quilograma pesa 1 quilograma-força (1 kgf), que equivale a 9,8N. Longe da superfície da Terra, onde é menor a influência da gravidade, um tijolo de 1 quilograma pesa menos. Ele também pesaria menos na superfície de planetas com gravidade menor do que a da Terra. Na superfície da Lua, por exemplo, onde o campo gravitacional tem apenas 1/6 da intensidade do campo gravitacional na superfície terrestre, um objeto de 1 quilograma pesa cerca de 1,6 newtons (ou cerca de 0,16 Kgf). Esse mesmo objeto, sobre planetas com gravidade mais forte, pesaria mais. A massa do tijolo, entretanto, é a mesma em qualquer lugar. Ele oferece a mesma resistência ao aumento ou à diminuição de sua rapidez, não importa se ele está na Terra, na Lua ou em qualquer outro corpo que o atraia. Dentro de uma nave espacial com os motores desligados, uma balança indicará zero para o peso (peso aparente ou normal N) do tijolo, mas ele ainda possui massa. Mesmo que não pressione a balança para baixo, o tijolo continua apresentando a mesma resistência a mudanças em seu movimento que apresenta na Terra. Para sacudi-lo, um astronauta numa nave espacial teria que exercer sobre o tijolo a mesma quantidade de força que exerce quando ele se encontra na Terra. Você teria que empurrar com a mesma força para acelerar um enorme caminhão até alcançar uma certa rapidez, seja na superfície da Lua ou na da Terra. A dificuldade de sustentá-lo Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física contra a gravidade (peso), entretanto, é outra coisa. Massa e peso são diferentes um do outro. Figura 16 – O barbante superior se rompe quando o barbante de baixo é puxado com uma força que aumenta gradualmente, mas o barbante de baixo é quem se rompe quando é puxado bruscamente. Qual desses casos ilustra o peso da bola e qual deles ilustra a massa da mesma ? Uma demonstração que esclarece bem a diferença entre massa(inércia) e peso é a de uma bola massiva suspensa por um barbante, como mostrado na Figura 16. Note que a tração no barbante inferior coincide com a própria força que a mão exerce sobre ele. Já a tração no barbante superior é mais forte, porque está suportando tanto o peso da bola de ferro quanto puxão exercido pela mão. Assim, quando o barbante inferior gradualmente é puxado com uma força crescente, a tensão criada pelo puxão é transmitida para o barbante superior. Todo barbante tem um limite além do qual ele se rompe. Esse limite, então, é atingido primeiro pelo barbante superior, por suportar, a cada instante, uma força superior, findando por se romper antes. Entretanto, quando o barbante debaixo é puxado bruscamente, a massa da bola — sua tendência a permanecer em repouso — retarda a transmissão do efeito até o barbante superior. Assim, se a puxada for muito brusca e intensa o suficiente, o efeito não tem tempo hábil para se transmitir para o barbante superior, rompendo o barbante debaixo primeiro. Autoteste 7. Peça a um colega para martelar um pequeno prego num pedaço de madeira no topo de uma pilha de livros sobre sua cabeça. Por que isso não lhe machucaria (Figura 17) ? Também é fácil confundir massa com volume. Quando imaginamos um objeto com muita massa, com freqüência imaginamos um objeto grande. O tamanho do objeto (volume), entretanto, não é exatamente uma boa maneira de avaliar sua massa. Qual é o mais fácil de movimentar: uma bateria de carro ou uma caixa de papelão vazia do mesmo tamanho? Assim, vemos que massa não é nem peso e nem volume. 57 aceleração. Para uma massa três vezes maior, um terço da aceleração. Dizemos que, mantendo a força constante, a aceleração produzida por essa força é inversamente proporcional à massa do corpo. Figura 18 – quanto maior a massa, maior a força que se deve fazer para obter uma certa aceleração. Autoteste comentado 7. A massa relativamente grande dos livros e do bloco sobre sua cabeça resiste a ser movimentada. A mesma força que é bem sucedida em cravar o prego não terá sucesso em acelerar a massiva pilha de livros e o bloco, os quais não se movimentarão muito quando o prego for martelado.Você consegue enxergar a similaridade entre esta e a demonstração da bola suspensa, em que o barbante de sustentação (superior) não se rompe quando o barbante de baixo é puxado bruscamente? 22 –Segunda Lei de Newton do Movimento Todos os dias vemos corpos que não mantêm um mesmo estado de movimento: objetos que inicialmente estão em repouso, mais tarde podem estar em movimento; objetos podem seguir por caminhos que não são linhas retas; carros em movimento podem parar. A maioria dos movimentos que observamos sofre alterações, que são o resultado de uma ou mais forças aplicadas. Toda a força resultante, seja ela de uma única fonte ou de uma combinação de fontes, produz aceleração. A relação da aceleração com a força resultante e a inércia é dada pela segunda lei de Newton que diz: A aceleração de um objeto é diretamente proporcional à força resultante atuando sobre ele; tem o mesmo sentido que esta força e é inversamente proporcional à massa do objeto. Em forma resumida, Força resultante a massa ou matematicamente: F a R m Autoteste 8. Um tijolo de ferro com 2 kg tem duas vezes mais inércia do que um tijolo de ferro de 1 kg ? Tem duas vezes mais peso ? 9. Seria mais fácil sustentar um caminhão de cimento sobre a Terra ou sobre a Lua ? A aceleração de um objeto, então, depende tanto da força resultante exercida sobre ele como de sua massa. Um objeto sempre é acelerado no mesmo sentido da força 21– Massa Resiste a AceIeração resultante que atua sobre ele (figura 19). Se uma força for aplicada Empurre um colega seu numa prancha de skate que ele será no sentido do movimento de um objeto, fará a rapidez do mesmo acelerado. Agora empurre, com a mesma força, um elefante sobre aumentar. Se for aplicada no sentido oposto, fará diminuir a rapio mesmo skate e a aceleração produzida será muito menor. Você dez do objeto. Atuando em ângulos retos à direção do movimento, verificará que a quantidade de aceleração depende não apenas da desviará o objeto. Aplicada numa outra direção qualquer, causará força, mas também da massa a ser empurrada. A mesma força uma combinação de variação da rapidez com desvio da trajetória. aplicada a uma massa duas vezes maior produz a metade da Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Figura 17 58 Física Figura 19 – aplicando-se uma força constante, nota-se que a aceleração com que o corpo se desloca é inversamente proporcional à sua massa. Quanto maior é a massa de um objeto, maior é a força de atração gravitacional entre ele e a Terra. O duplo tijolo da Figura 20, por exemplo, sofre duas vezes mais atração gravitacional do que o tijolo único. Por que, então, o tijolo duplo não cai duas vezes mais rápido, como supôs Aristóteles? A resposta é que a aceleração de um objeto depende não apenas da força — neste caso, o peso — mas também da resistência do objeto ao movimento, sua inércia. Enquanto uma força produz uma aceleração, a inércia resiste à aceleração. Assim, duas vezes mais força exercida sobre duas vezes mais inércia produz a mesma aceleração que a metade da força aplicada sobre a metade da inércia. Ambas aceleram igualmente. A aceleração devido à gravidade é simbolizada por g. Usamos este símbolo, em lugar de a, para indicar que a aceleração deve-se apenas à gravidade. Figura 20 – a razão entre o peso (F) e a massa (m) é igual para todos os objetos na mesma região; daí suas acelerações serem as mesmas na ausência da resistência do ar. Autoteste comentado 8. A resposta para as duas perguntas é sim. Um tijolo de ferro com 2 kg tem duas vezes mais átomos de ferro e, portanto, duas vezes maior é sua quantidade de matéria e sua massa. Numa mesma localização, ele também tem peso duas vezes maior. E, como ambos têm a mesma densidade (são feitos do mesmo material) o tijolo de 2 kg tem também volume duas vezes maior. 9. Seria mais fácil sustentar um caminhão de cimento sobre a Lua, porque a força gravitacional é menor na Lua. Quando você sustenta um objeto, você está lutando contra a força da gravidade (o peso dele). Embora a massa do objeto seja a mesma sobre a Terra, na Lua ou em qualquer outro lugar, seu peso é somente 1/6 sobre a Lua; assim, apenas 1/6 do esforço é necessário para sustentá-lo lá, comparado com na Terra. Ao movê-lo horizontalmente, entretanto, você não está empurrando contra a gravidade. Quando a massa é o único fator, forças iguais produzirão iguais acelerações num mesmo corpo, quer ele esteja sobre a Terra ou sobre a Lua. Autoteste 10. Na seção anterior, definiu-se a aceleração como sendo a taxa temporal de variação da velocidade. Nessa seção, estamos dizendo que a aceleração, em vez disso, é a razão entre a força e a massa, isto é, a = F/ m. Afinal, o que é aceleração ? 23 –Quando a Aceleração é g – Queda livre Embora Galileu tenha estabelecido os conceitos de inércia e aceleração, e tenha sido o primeiro a medir a aceleração de objetos em queda, ele não foi capaz de explicar porque objetos de massas diferentes caíam com acelerações iguais. A segunda lei de Newton fornece a explicação. Sabemos que um objeto em queda acelera na direção da Terra por causa da força de atração gravitacional entre ele e o planeta. Quando a força da gravidade é a única força – isto é, quando a resistência do ar é desprezível – dizemos que o objeto está num estado de queda livre. Matematicamente, podemos sintetizar a explicação aplicando, diretamente, a 2ª lei de Newton: a Força resultante = massa m.g m = m.g m = g Em suma, qualquer corpo que esteja caindo em queda livre, isto é, caindo sob ação exclusiva do seu próprio peso, se moverá com a mesma aceleração g, característica de cada planeta. Essa aceleração independe da massa m do corpo que está caindo, como mostra o cálculo acima. Conforme aprenderemos no capítulo de gravitação, essa aceleração g pode ser calculada conhecendo-se a massa do planeta e o seu raio, pela expressão: G.(Massa do planeta) g (Raio do planeta)2 onde G é a chamada “constante da gravitação universal. Não se preocupe em memorizar essa expressão matemática nesse momento. Entenda apenas que a aceleração de queda dos corpos g varia de um planeta para outro planeta, visto que cada um deles tem massa e raio diferentes. Na lua, por exemplo, a aceleração de queda livre proporcionada pela gravidade naquele astro é de apenas glua = 1,6 m/s2 , aproximada-mente 6 vezes menor que a gravidade terrestre. Autoteste comentado 10. É preciso ter bem em mente a noção de Causa e Efeito nesse contexto. O valor da aceleração a tanto está relacionado com a força F que a causou, quanto com o seu efeito de “ditar o ritmo com que a velocidade varia”. Quanto maior a força que age sobre um móvel, maior será a sua aceleração, isto é, o ritmo com que a sua velocidade varia durante o seu deslocamento. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física Se você empurra uma parede com seus dedos, outro evento está ocorrendo além de seu empurrão: a parede também está empurrando você. Seus dedos e a parede empurram-se mutuamente. Há um par de forças envolvidas: o seu empurrão sobre a parede e o empurrão de volta da parede sobre você. Estas forças são iguais em valor ou magnitude, opostas em sentido e constituem uma única interação. De fato, você não pode empurrar a parede, a menos que ela o empurre de volta. 00 N Por exemplo, seja um bloco de massa m = 5 kg em repouso sobre uma superfície lisa. Se uma força horizontal de intensidade F = 50 N passar a agir sobre ele, causará nele uma aceleração: F 50 N a 10 m/s2 m 5 kg Isso indica que a sua velocidade irá aumentar nesse ritmo: V 10 m/s a 10 m/s2 t 1s Em outras palavras, a velocidade do móvel aumentará continuamente (no conjunto dos números reais), num ritmo de v = 10 m/s a cada t = 1s, como mostra o gráfico abaixo. Velocidade ( m/s) 60 59 F =1 50 Figura 21 40 30 20 F= 50 N 10 1 2 3 tempo (s) Note que partimos da causa da aceleração (a força) e chegamos ao seu efeito (o ritmo com que a velocidade mudará com o tempo). Uma força duas vezes maior F = 100 N causará nesse bloco uma aceleração duas vezes maior: F 100 N a 20 m/s2 m 5 kg Consequentemente, também será duplicado o ‘ritmo” com que a sua velocidade variaria : V 20 m/s a 20 m/s2 t 1s Em outras palavras, a velocidade do móvel agora aumentará num ritmo de v = 20 m/s a cada t = 1s (continuamente), como mostra o gráfico. 24 – Forças e Interações Deixe cair um lenço de papel diante do campeão mundial de boxe peso-pesado e desafie-o a atingir o objeto no ar com uma força de apenas 220 N. Desculpe, mas o campeão não consegue fazê-lo. De fato, seu melhor golpe nem mesmo chegaria perto desse número. Por que isso ocorre ? Nós veremos, a seguir, que o lenço de papel tem inércia insuficiente para sofrer uma interação de 220 newtons com o punho do campeão. Até aqui temos abordado força em seu sentido mais simples – um empurrão ou um puxão. Num sentido mais amplo, uma força não é uma coisa em si mesmo, não é algo que alguém possua, mas surge como resultado da interação entre dois corpos. Uma interação é um fenômeno que sempre envolve: I - um par de corpos; II – um par de forças de mesma natureza. Tendemos a pensar que apenas coisas vivas sejam capazes de empurrar ou puxar. Mas as coisas inanimadas podem também fazê-lo. Assim, por favor, não entre em conflito com a idéia de que a parede inanimada empurre você . Ela o faz realmente, da mesma forma que uma outra pessoa faria quando se apoiasse em você. Ação: o pneu empurra a estrada Reação: a estrada empurra o pneu Ação: o foguete empurra o gás - Reação: o gás empurra o foguete Ação: o homem puxa a mola - Reação: a mola puxa o homem. Ação: a Terra puxa a bola - Reação: a bola puxa a Terra Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 60 Figura 22 – Pares de Força do tipo ação e reação. Note que, quando a ação é “a força que A exerce em B”, a reação é simplesmente “a força que B exerce em A”. Considere o punho de um boxeador atingindo um massivo saco de treinamento. O punho golpeia o saco (e produz uma cavidade nele), enquanto o saco golpeia o punho de volta (e interrompe o movimento dele, às vezes causando dor). Ao atingir o saco, há uma interação com o saco que envolve um par de forças. O par de forças pode ser muito grande. Mas, e quanto ao golpe contra o lenço de papel, citado anteriormente ? O boxeador pode até imprimir uma grande aceleração ao lenço, mas certamente o par de forças trocadas nessa interação não será muito forte, visto que a inércia (massa) do lenço é muito pequena. Figura 23 – O boxeador pode golpear um saco massivo com uma força considerável. Mas com o mesmo golpe, ele pode exercer apenas uma minúscula força sobre um lenço de papel no ar. Um corpo pode ter energia cinética, quantidade de movimento, massa, porém Força não é algo que alguém possua. A quantidade de força que o boxeador é capaz de aplicar depende, dentre outras coisas, da inércia de quem receberá o impacto, no caso, o lenço de papel. F F Figura 24 – o menino puxa o cordão com uma força F. O cordão puxa o menino com uma força contrária (reação) de mesmo valor F. Outros exemplos: você puxa um carrinho e ele acelera. Mas ao fazer isso, o carrinho o puxa no sentido oposto, como fica evidenciado talvez pelo aperto do barbante enrolado em volta de sua mão. Figura 25 - Um martelo bate numa estaca e a crava no chão. Ao fazê-lo, a estaca exerce uma quantidade igual de força sobre o martelo, o que faz com que o martelo pare subitamente. Uma coisa interage com outra; você com o carrinho, ou o martelo com a estaca. Mas, afinal, quem exerce a força e quem sofre a ação da força ? A resposta de Isaac Newton para essa pergunta foi que nenhuma força pode ser identificada como “ação” ou “reação”; ele concluiu que ambos os objetos devem ser tratados igualmente. Por exemplo, quando você puxa o carrinho, este simultaneamente puxa você. Este par de forças – seu puxão sobre o carrinho e o puxão do carrinho sobre você – constitui uma única interação entre você e ele (ainda que você tenha vida e o carrinho seja inanimado, nenhum dos dois é privilegiado nessa interação). Na interação entre o martelo e a estaca, o martelo exerce uma força sobre a estaca, mas ele mesmo sofre uma parada neste processo, devido à reação da estaca sobre ele. Tais observações conduziram Newton a sua terceira lei do movimento. LEITURA COMPLEMENTAR: As 4 Forças Fundamentais da Natureza As forças que existem na natureza, basicamente, podem ser classificadas em quatro grandes grupos: as forças gravitacionais, as forças eletromagnéticas e as forças nucleares forte e fraca. 1) As Forças Gravitacionais Massas se atraem. Esse é um fato conhecido pelos físicos desde o século XVII. A essas forças que decorrem da atração mútua entre massas damos o nome de forças gravitacionais. Nós cientistas não sabemos exatamente por que motivo massas se atraem, muito embora sejamos capazes de quantificar essa força atrativa, quer por medidas experimentais, quer pelo cálculo direto através da “lei de Newton da atração das massas” , cuja expressão matemática é: G.M.m Fgravitacional d2 A força que mantém a lua em órbita em volta da Terra é de natureza gravitacional, isto é, decorre da atração mútua entre suas massas. Forças gravitacionais também mantém todos os planetas do sistema solar girando em torno do sol. E o que é a força peso ? É a força de natureza gravitacional que resulta da interação entre a massa de um planeta (ou astro qualquer, como a lua) e a massa de um corpo localizado sobre sua superfície. Exemplo 1: Com que força gravitacional a Terra atrai uma pessoa de massa m = 80 kg localizada sobre sua superfície ? Dados: M = massa da terra = 6 x 1024 kg m = massa da pessoa = 80 kg G é a constante da gravitação medida experimentalmente na famosa experiência de Cavendish, cujo valor aproximado é G = 6,67x 10 11 no (SI). Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física d = distância da pessoa até o centro da terra (centro de massa), coincidirá com o raio da Terra, R = 6400 km = 6,4 x 106 m Efetuando os cálculos, vem: G.M.m Fgravitacional d2 Fgravitacional 6,67.1011. 6 1024 . 80 (6,4 106 )2 782,16 N A massa da Terra atrai a massa da pessoa com a mesma força que a mesma força que a massa da pessoa atrai a massa da Terra, força essa que vale F = 782,16 N. Exemplo 2: Com que força gravitacional você atrai o seu paquera, quando estão a uma distância de apenas 1m entre si, esperando o Paranjana no Terminal do Quintino Cunha ? Dados: M = sua massa = 40 kg. m = massa do seu paquera = 50 kg G = 6,67x 10 11 no (SI). d=1m Efetuando os cálculos, vem: G.M.m Fgravitacional d2 Fgravitacional 6,67.1011. 40 50 (1)2 0,000000133 N Agora você entende porque você e seu paquera não sentem a atração gravitacional que existe entre vocês. As massas de vocês se atraem, mas com uma força gravitacional desprezível, imperceptível na prática. Esses exemplos ilustram dois fatos importantes : 1) a força gravitacional é a mais fraca das forças da natureza; 2) a força gravitacional só tem um valor considerável se pelo menos uma das massas que interagem for muito grande, como ocorre nas interações pessoa-terra, terra-lua, terra-sol. A força gravitacional acaba sendo desprezível, portanto, nas interações caneta-caneta, caderno-mesa, carro-pessoa etc. Portanto, não esqueça: a força gravitacional é a força que surge devido à atração entre massas. Como todas as forças, as forças gravitacionais sempre surgem as pares. Isso significa que quando, por exemplo, o seu corpo interage com a Terra, duas forças estão em jogo: a força com que a massa da Terra atrai a sua massa, chamada de “o seu peso”. Essa força é exercida pela Terra, mas age sobre o seu corpo, puxando-o para baixo. a força com que a sua massa atrai a massa da Terra , chamada de “a reação ao seu peso” . Essa força é exercida pela pessoa, mas age sobre a Terra, atuando no seu centro de massa. Toda interação envolve um par de forças de mesma natureza. No exemplo acima, por exemplo, o par de forças ação-reação tem natureza gravitacional. 2) As Forças Eletromagnéticas Tanto as forças elétricas quanto as forças magnéticas pertencem a esse grupo. As forças elétricas surgem, basicamente, devido a dois motivos bastante conhecidos: 1) cargas elétricas de sinais iguais se repelem; 2) cargas elétricas de sinais opostos se atraem. 61 Da mesma forma que as forças gravitacionais, somos capazes de quantificar a maioria das forças de natureza elétrica, quer experimentalmente, quer pelo cálculo direto, com base na lei de Coulomb: K.|Q|.|q| Felétrica d2 Entretanto, também é desconhecido o real motivo que faz com que as cargas elétricas interajam dessa forma. Sabemos que isso ocorre, mas ainda não sabemos por que isso ocorre. Se você souber o porquê, divulgue. Este é um dos enigmas ainda não explicados pela Física. E quanto à força magnética ? Quando duas cargas elétricas interagem entre si, cada uma sofre uma força elétrica exercida pela outra carga. Adicionalmente, se uma carga estiver se movendo em relação à outra, cada uma delas sofrerá a ação de uma força extra, denominada “força magnética”, decorrente do movimento relativo entre as cargas. Aprenderemos mais sobre as forças magnéticas na apostila 2, durante o estudo do Eletromagnetismo. 3) As Forças Nucleares Forte Todos sabemos que a maioria dos núcleos atômicos é constituída de prótons e nêutrons (o núcleo de hidrogênio não contém nêutrons), e que a forte repulsão elétrica entre os prótons deveria levar o núcleo atômico a colapsar. O que mantém as partículas nucleares juntas, coesas ? Ora, são as forças nucleares trocadas entre essas partículas, especificamente a chamada Força Nuclear Forte. A força nuclear, diferentemente da força elétrica, é sempre sempre atrativa, em qualquer uma das interações próton-próton, próton-nêutron, nêutron-nêutron. É essa força que garante a coesão dos núcleos atômicos. Se a distância entre 2 prótons, por exemplo, for suficientemente pequena (da ordem do diâmetro de um próton), as forças nucleares atrativas entre eles superam as colossais forças elétricas repulsivas, mantendo tais prótons grudados entre si. Isso não lhe parece incrível ? Vale ressaltar que a força nuclear forte decai muito rapidamente com a distância, se tornando desprezível a uma distância de alguns poucos diâmetros de prótons, ou seja, alguns fentômetros (1 ft = 10–15 m). 4) As Forças Nucleares Fracas Para finalizar, a força nuclear fraca é responsável pelo decaimento beta, processo no qual, por exemplo, um nêutron livre se decompõe originando um próton, um elétron e um anti-neutrino. Seu estudo é mais complexo e foge aos nossos objetivos. É importante o aluno ter, pelo menos, a noção da intensidade relativa das 4 forças fundamentais da natureza: Natureza da Força Intensidade relativa nuclear forte 1 eletromagnética 1 / 137 nuclear fraca 10–9 gravitacional 10–38 Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 62 25 –Terceira Lei de Newton do movimento A terceira lei de Newton estabelece que: perceptível no caso b, em que a diferença entre os valores das massas é menos acentuada. Sempre que um objeto exerce uma força sobre um outro objeto, este exerce uma força igual e oposta sobre o primeiro. A terceira lei de Newton com freqüência é enunciada assim: “A cada ação corresponde sempre uma reação igual e oposta”. Em qualquer interação há sempre um par de forças de ação e reação, que são iguais em valor e de sentidos opostos. Nenhuma força existe sem a outra — as forças aparecem em pares, uma é a ação e a outra é a reação. O par de forças de ação e reação constitui uma interação entre dois corpos. Fat Fat Figura 26 – O garoto aplica sobre o solo uma força (fat) empurrando-o para trás. O solo, por sua vez, reage e aplica uma força (fat) sobre os pés do garoto, empurrando-o para frente. Assim, o menino anda. Você interage com o piso quando caminha sobre ele. O empurrão que você exerce contra o piso está acoplado ao empurrão dele contra você. O par de forças ocorre simultaneamente. Qual das forças é chamada de ação e qual é chamada de reação não importa. O ponto importante é que uma não existe sem a outra. Analogamente, os pneus de um carro empurram contra a rodovia, enquanto a rodovia empurra de volta os pneus — os pneus e a rodovia estão empurrando-se mutuamente. Ao nadar, você interage com a água e a empurra para trás, enquanto ela o empurra para frente — você e a água estão se empurrando um ao outro. Em cada caso existe um par de forças, uma de ação e outra de reação. Nesse contexto, as forças de reação são as responsáveis pelo nosso movimento, e dependem do atrito existente entre as superfícies em contato. Na ausência de atrito numa superfície de gelo, por exemplo, uma pessoa ou carro são incapazes de exercer a força de ação para produzir a força de reação necessária ao seu movimento. 26 – Ação e Reação sobre Massas Diferentes Embora, à primeira vista, pareça estranho, um objeto em queda puxa a Terra tanto para cima tanto quanto a Terra o puxa para baixo. O puxão para baixo, atuando sobre o objeto, parece-nos normal porque a aceleração de 10 metros por segundo a cada segundo é bastante evidente. O mesmo valor de força, agindo para cima sobre a imensa massa da Terra, entretanto, produz nela uma aceleração tão pequena que não pode ser notada nem medida. Podemos compreender melhor que a Terra acelera ligeiramente em resposta à queda de um objeto, considerando os exemplos exagerados, nos casos de a até e, dos dois corpos planetários da Figura 27 (é importante olhar a figura) . Figura 27 – Qual das bolas cai em direção à outra, A ou B ? As acelerações de cada uma delas têm relação com as suas massas ? No caso c, onde os corpos têm mesma massa, a aceleração de A é tão evidente quanto à de B. Continuando, vemos que a aceleração de A torna-se ainda mais evidente no caso d, e ainda mais evidente no caso e. Assim, estritamente falando, quando você salta do meio-fio da calçada, a rua inteira sobe ao seu encontro, ainda que muito ligeiramente . O papel desempenhado pelas massas diferentes fica evidenciado no disparo de um rifle. Quando se dispara o rifle, ocorre uma interação entre este e a bala (Figura 28). A força exercida sobre a bala é tão grande quanto a força de reação exercida sobre o rifle; logo, a bala acelera para frente enquanto o rifle “dá um tranco” no atirador. Uma vez que as forças são de mesmo valor, por que o rifle não recua com a mesma rapidez da bala ? Ao analisar as mudanças no movimento, a segunda lei de Newton nos lembra que devemos também levar em conta as massas envolvidas. Suponha que F represente os valores das forças de ação e reação, m represente a massa da bala e m a massa do rifle mais massivo. As acelerações da bala e do rifle são, então, obtidas tomando-se a razão da força pela massa. A aceleração da bala é dada por: F = m a enquanto a aceleração do recuo do rifle é F m= a Usei símbolos com tamanhos diferentes no cálculo acima para As forças com que os corpos A e B se atraem são de mesmo indicar as diferenças nas massas e nas acelerações decorrentes. valor, mas com sentidos opostos em cada caso. Se no caso a o planeta A possui uma aceleração imperceptível, então ela é mais Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 63 Vemos, assim, porque a mudança V no movimento do rifle não é tão grande comparada com a mudança de movimento V da bala: uma certa força agindo sobre uma pequena massa produz uma grande aceleração, enquanto a mesma força agindo sobre uma grande massa produz uma pequena aceleração. F F Figura 28 – A força exercida contra o rifle que recua é exatamente tão grande quanto a força que impulsiona a bala. Por que, então, a bala acelera mais que o rifle ? O que ocorreria se você disparasse uma pistola cuja massa fosse muitas vezes menor que a bala contida no seu interior ? Você estaria cometendo suicídio . Se estendermos a idéia de um rifle recuando, ou “dando um tranco” a partir da bala que ele dispara, podemos compreender a propulsão de foguetes. Considere uma metralhadora que recua a cada vez que dispara uma bala. Se a metralhadora for adaptada, de modo que possa deslizar livremente ao longo de um arame distendido verticalmente (Figura 29), ela acelera para cima quando as balas são disparadas para baixo. Um foguete acelera da mesma maneira. Ele “recua” continuamente em decorrência dos gases da combustão ejetados. Cada molécula do gás ejetado é como uma minúscula bala disparada do foguete (Figura 30). Figura 30 – Lançamento de um foguete Um foguete funciona melhor, aliás, acima da atmosfera, onde não existe ar para oferecer resistência ao seu movimento. Usando a terceira lei de Newton, podemos compreender como um helicóptero (Figura 31) obtém sua força de sustentação. As lâminas giratórias possuem a forma adequada para forçar as partículas de ar para baixo (ação), enquanto o ar força as lâminas para cima (reação). Essa força de reação atuando para cima é chamada sustentação. Quando a sustentação é igual ao peso da nave, o helicóptero plana no ar. Quando a sustentação é maior, o helicóptero ganha altura. F F F F Figura 29 – uma metralhadora adaptada a um arame vertical demonstra facilmente como funciona um sistema de propulsão. Com os disparos, a metralhadora impulsiona os projéteis para baixo; estes, por sua vez, impulsionam a arma para cima, fazendo com que ela suba. Uma falsa concepção muito comum é a de que um foguete seja propelido pelo impacto dos gases ejetados contra a atmosfera. No início do século XX, antes do advento dos foguetes, de fato muitas pessoas pensavam que fosse impossível mandar um foguete para a Lua por causa da ausência de uma atmosfera que o foguete pudesse empurrar. Mas pensar assim é como afirmar que uma arma de fogo não recuaria a menos que houvesse ar contra o qual ela pudesse empurrar. Nada disso! Tanto o foguete como a arma de fogo que recua aceleram não por causa de qualquer empurrão sobre o ar, mas por causa das forças de reação das “balas” que eles atiram — com ou sem a presença do ar. Ar Ar Figura 31 Ação: as hélices empurram o ar para baixo Reação: o ar empurra as hélices para cima Assim, é fácil compreender que um helicóptero não consegue levantar vôo na ausência de uma camada de ar. Na lua, por exemplo, não há atmosfera (lá existe vácuo), apesar de haver gravidade. Um helicóptero pousado na superfície lunar jamais levantaria vôo, devido à ausência do “colchão de ar necessário para interagir com as suas hélices. Autoteste 11. Um ônibus em alta velocidade e um inocente besouro colidem frontalmente.A força de impacto esparrama o pobre besouro sobre o pára-brisa.A força correspondente que o besouro exerce contra o pára-brisa é maior, menor ou a mesma? A conseqüente desaceleração do ônibus é maior, menor ou a mesma que a do besouro? Percebemos a terceira lei de Newton atuando em todos os lugares. Um peixe empurra a água para trás com suas nadadeiras, e a água o empurra para frente. O vento empurra os galhos de uma Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 64 árvore, e eles empurram de volta o vento, e temos sons de assobios. As forças são interações entre diferentes coisas. Cada contato requer no mínimo duas vias; não existe maneira de um objeto exercer força sobre nada. As forças, sejam grandes empurrões ou rápidos toques leves, sempre ocorrem aos pares, cada uma oposta à outra. Assim, não podemos tocar sem sermos tocados. É impossível tocar sem ser tocado.... ....essa é a terceira Lei de newton.... Observe os meninos A e B interagindo, cada um, com uma corda C ideal (figura 33). Na interação AC, percebemos o par de forças: FAC – força que A exerce em C – ela é causada por A mas atua em C, trazendo conseqüências para a corda C; FCA – força que C exerce em A – ela é causada por C mas atua em A, trazendo conseqüências para o menino A; Essa força poderia machucar a mão do menino visto que ela age sobre a mão dele. Esse par de forças FAC e FCA constitui um par ação-reação e, portanto, têm intensidades iguais: FAC| = |FCA| . FCA FCB C FAC A FBC B Figura 34 - Cada força é sempre causada por um corpo, mas age sobre outro corpo, trazendo conseqüências apenas para este corpo sobre o qual ela age. Assim, FAC é incapaz de acelerar o menino A, visto que essa força age na corda C e não, no menino A . A força FCA é que age sobre o menino A e, portanto, só ela pode trazer conseqüências para ele, tais como acelerá-lo ou provocar dor na sua mão etc. Figura 32 Autoteste comentado 11. Os valores de ambas as forças são os mesmos, pois elas formam um par ação-reação de forças que constitui a interação entre o ônibus e o besouro. As acelerações são muito diferentes, entretanto, porque as massas envolvidas são diferentes! O besouro sofre uma desaceleração enorme e mortal, enquanto o ônibus sofre uma desaceleração minúscula — tão minúscula que a perda muito pequena de rapidez nem é notada pelos seus passageiros. Mas se o besouro fosse mais massivo — tão massivo quanto outro ônibus, por exemplo — a perda de rapidez ficaria totalmente evidente! 27 – Força de TRAÇÃO T em fios ideais Fios, cordas, correntes fazem parte do nosso dia a dia e são utilizados, basicamente, para a mesma função simples: PUXAR algo. Um fio tracionado, uma corda esticada, eles sempre são usados para PUXAR um corpo, jamais sendo usados para empurrar corpos. Você já tentou EMPURRAR uma caixa pesada usando um fio ? Tente fazê-lo, você perceberá ser impossível. Fios e cordas servem para PUXAR ou serem PUXADOS. Eles jamais empurrarão ou serão empurrados por algo ou alguém. Da mesma forma, na interação entre o menino B e a corda C, percebemos o par de forças: FBC – força que B exerce em C – ela é causada por B mas atua em C, trazendo conseqüências para a corda C; FCB – força que C exerce em B – ela é causada por C mas atua em B, trazendo conseqüências para o menino B; Essa força poderia, por exemplo, acelerar o menino B para frente. Esse par de forças FAC e FCA também constitui um par açãoreação e, portanto, têm intensidades iguais: |FAC| = |FCA|. Levando-se em conta que a corda é ideal, a sua massa é nula mcorda = 0. Observando as forças FAC e FBC que agem sobre a corda, podemos calcular a força resultante sobre ela, aplicando-se a 2ª lei de Newton: FR corda = mcorda x a ( FAC FBC) = mcorda x a ( FAC FBC) = 0 x a ( FAC FBC) = 0 FAC = FBC Assim, vemos que, numa corda ideal (mcorda = 0), as forças que agem em suas extremidades sempre têm intensidades iguais. Essa intensidade é denominada tração na corda: FAC = FBC = T Assim, em módulo, podemos escrever: Denominamos “fio ideal” aquele cuja massa é desprezível quando comparada às massas dos demais corpos do sistema. Na prática, a massa do fio ideal é considerada nula (m=0). Qual a importância desse fato na resolução dos problemas ? FCA = FAC = FBC = FCB C Todas as forças, na figura 34, têm o mesmo valor T (tração). Isso é verdade desde que a corda seja ideal, caso contrário, as trações em cada extremidade da corda terão valores diferentes, mas ainda podem ser calculadas pela 2ª lei de Newton: A B corda ideal ação-reação ação-reação ( FAC FBC) = mcorda x a Figura 33 - Nessa figura percebemos duas interações (AC e CB) e, portanto, estão presentes dois pares de forças, sendo um par para cada interação. As trações, em geral, são diferentes em problemas que envolvam cabos de aço ou cordas pesadas. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física Na grande maioria dos problemas, os fios são admitidos ideais (mcorda = 0). Nesses casos, a figura 34 poderá ser simplificada assim: T A T T C T B Figura 35 - quando a corda é ideal, as quatro forças têm a mesma intensidade, denominada tração T. Assim, alguns fatos interessantes devem ser observados na figura 35: A rigor, a frase “o menino A tem mais força que B” não faz sentido, visto que “força não é algo que alguém possua”. As forças que cada menino aplicará na corda (ideal) e sofrerá, devido a ela, sempre terão valores iguais T = T = T = T ! Quanto maior for a “violência” com que um deles (ou ambos) puxe a corda, maior será o valor da tração T = T = T = T nela ! O menino A jamais puxará a corda com mais força que o menino B; e vice-versa. As forças com que eles puxarão a corda terão sempre a mesma intensidade T = T = T = T ! Se você não acredita nisso, segure firmemente as mãos do seu irmão e brinquem de “cabo de guerra” sem a corda. Quem puxará o outro com mais força, você ou ele ? Ora, uma vez mais, essas forças têm que ser iguais em módulo. Nesse caso, elas constituem um par ação-reação. Ainda que apenas o menino A efetivamente puxe a corda, enquanto B apenas mantenha-a firmemente em suas mãos, esticada, ambos os meninos serão puxados, um em direção ao outro, por forças de mesma intensidade T = T = T = T ! A vitória no “cabo de guerra” dependerá, fundamentalmente, da inércia, da massa dos oponentes. Imagine uma corda com tração T puxando uma pessoa gordona (massa M) numa extremidade e, uma pessoa magrela (massa m) na outra extremidade. A mesma força T, agindo em massas diferentes (M > m), produzirá acelerações diferentes, sendo mais acelerado a pessoa magrela. Ela terá maior tendência a ser arrastada para frente e cruzar a linha no marcada no chão que define o perdedor da disputa. A pessoa mais pesada também obterá mais atrito do chão (Fat max) que a pessoa mais leve, o que favorece ainda mais a sua vitória. A forma como cada oponente posiciona o seu corpo inclinado para trás, enquanto puxa a corda, também é importante. Para que um magrelo possa vencer um gordão num “cabo de guerra”, ele deverá maximizar o seu atrito com o solo (calçando sapatos adequados) e posicionar melhor melhor o seu corpo em relação à vertical durante a disputa. Uma outra dica é aplicar impulsos na corda na hora certa, tirando proveito de momentâneos desequilíbrios do oponente. Um gordão só perderá uma disputa de cabo de guerra se for muito desajeitado. Afinal, a sua natureza muito massuda lhe assegura o favoritismo nesse tipo de disputa. O prof Renato Brito discutiu esse exemplo afim de nos fazer, definitivamente, rever os nossos conceitos, os nossos pontos de vista sobre as forças. As forças sempre surgem aos pares, visto que são fruto de uma interação entre dois corpos. Uma pessoa não tem mais nem menos força que outra pessoa ! Sempre será necessário que ela 65 interaja com outro corpo para que um “par de forças” seja “produzido”. A intensidade do par de forças que surgirá, durante essa interação, depende não somente da “vontade da pessoa”, mas também das características do outro corpo, tais como inércia, elasticidade, dureza etc. Lembre-se sempre do exemplo do lutador de boxe (figura 23) aplicando seu golpe mais violento num pesado saco de areia e, depois, num lenço de papel. Ele produzirá forças bastante diferentes nesses corpos, por mais que se esforce, visto que tais corpos têm inércias muito diferentes. 28 – Força de TRAÇÃO T em polias ideais Denominamos “polia ideal” aquela cuja massa é desprezível quando comparada às massas dos demais corpos do sistema. Na prática, a massa da polia ideal é considerada nula (m=0). Qual a importância desse fato na resolução dos problemas ? TB TA TE TA TC TD Figura 36 Figura 37 Na figura 36, vemos uma polia sustentada por seu pino através de uma corda B que exerce sobre ele uma tração de intensidade T B para cima. A periferia dessa polia, por sua vez, sustenta uma corda A que exerce um par de trações de mesma intensidade T A para baixo. As trações nas extremidades da corda A têm intensidades iguais pelo fato da corda ser ideal, conforme vimos na secção 2.23. Mas qual a relação entre as trações TA e TB na figura 36 ? Ora, como a polia tem massa nula mpolia = 0, a 2ª lei de Newton nos permite escrever : FR polia = mpolia x a 2.TA TB = mpolia x a 2.TA TB = 0 x a 2.TA TB = 0 TB = 2.TA Assim, na figura 36, a relação TB = 2.TA advém do fato da polia ser ideal. O mesmo raciocínio pode ser aplicado a qualquer configuração de cordas e polias. Na figura 37, por exemplo, temos um sistema de forças apontando em direções distintas, o que requer a aplicação da 2ª lei de Newton em sua forma vetorial: F R polia m polia . a Substituindo os vetores da figura 37 na equação vetorial acima e efetuando as operações vetoriais, vem: TD + TC + TE = mcorda a Note que as intensidades TC e TD são iguais, visto que são as trações nas extremidades de uma corda ideal mcorda = 0. Assim, faremos |TC| = |TD| = T. Substituindo, vem: T + T + TE = mcorda a Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 66 + T T + T T + TE = + TE =0 0 LO a x TE T A B T T O teorema de Pitágoras permite escrever: T2 + T2 = (TE)2 (TE) 2 = 2.T2 TE = T. 2 Essa é, portanto, a relação entre as trações nos fios da figura 37. 29 – Forças e deformações em molas ideais Uma mola é um objeto muito comum no nosso dia-a-dia e tem utilidade bastante variada, desde canetas a amortecedores de veículos, armamentos, brinquedos etc. Aplicando-se adequadamente uma força nas extremidades de uma mola, é possível elongá-la (aumentar o seu tamanho) ou comprimila (reduzir o seu comprimento). Quando a força é suprimida, a mola volta ao seu comprimento natural. Dizemos que trata-se de uma mola elástica. Toda mola tem o seu limite de elasticidade, isto é, a maior deformação que ela é capaz de suportar de forma a ainda ser capaz de restituir o seu tamanho original. Uma deformação maior que esta levaria a mola a ter o seu comprimento natural (quando relaxada) maior que o original, ou seja, a mola apresentaria uma deformação residual permanente. A deformação X experimentada por uma mola (veja a figura 38 e 39) é diretamente proporcional à força T aplicada a ela (tração ou compressão). Esse fato é expresso matematicamente pela Lei de Hooke das molas: T = K. X onde K é a chamada constante elástica da mola, medida em N/m no SI. Quanto maior o valor de K de uma mola, mais newtons serão necessários para deformar “cada metro” da mola, ou seja, mais dura será essa mola. Assim, dizemos que a constante K expressa a “dureza da mola”. A força T, acima, é a força que está deformando a mola. Geralmente, trata-se da própria tração no fio em que a mola está inserida. Essa força T também pode ser chamada de “força elástica”. É importante atentar para o fato de que, enquanto cordas, fios e correntes só são capazes de PUXAR os corpos aos quais foram fixados, uma mola tanto pode PUXAR quanto EMPURRAR os corpos ao seu redor, conforme o tipo de deformação que ela apresente: Molas ELONGADAS sempre PUXAM os corpos ao seu redor (figura 38). Molas COMPRIMIDAS sempre EMPURRAM os corpos ao seu redor (figura 39). Afinal, toda mola que encontra-se deformada sempre age no sentido de tentar retornar ao seu comprimento natural, ao seu estado relaxado. As figuras 38 e 39 ilustram o comportamento das molas em cada caso: T mola elongada mão esquerda sendo puxada para dentro T T mão direita sendo puxada para dentro Figura 38 - uma mola e l o n g a d a sempre está PUXANDO DE VOLTA os corpos ao seu redor, com o objetivo de voltar ao seu tamanho natural. Note, na figura, que tanto a mão esquerda quanto a mão direita estão sendo PUXADAS de volta para o centro da mola (forças brancas), visando a restituir o seu comprimento natural. Nas figuras 38 e 39, o prof Renato Brito usou o seguinte código de cores: Forças pretas: são as forças que as mão aplicam nas extremidades da mola. São exercidas pelas mãos, mas agem na mola, causando a sua deformação. Forças brancas: são as forças que as extremidades da mola aplicam nas mãos do operador. São exercidas pela mola, mas agem nas mãos (ou em qualquer objeto que estivesse conectado às extremidades da mola). As forças brancas são as de maior interesse nas resoluções de problemas, visto que, em geral, estamos interessados em analisar as forças que agem nos corpos conectados à mola e não, nas forças que agem na própria mola. Lembre-se, também, que estamos tratando de molas ideais, isto é, molas com massa nula (m = 0), por isso que as forças pretas nas extremidades da mola sempre têm valores iguais. Aliando esse fato à 3ª lei de Newton (ação e reação), concluímos que as 4 forças T = T = T = T = K.x que aparecem na figura 38 acabam sendo, inevitavelmente, de mesma intensidade. O mesmo ocorre na figura 39. x LO B A T mão esquerda sendo empurrada para fora T mola comprimida T T mão direita sendo empurrada para fora Figura 39 - uma mola c o m p r i m i d a está sempre EMPURRANDO DE VOLTA os corpos ao seu redor, com o objetivo de voltar ao seu tamanho natural. Note, na figura, que tanto a mão esquerda quanto a mão direita estão sendo EMPURRADAS para longe do centro da mola (forças brancas), visando a restituir o seu comprimento natural. 30 – O Formato da Trajetória e o Par de Eixos-Padrão Nessa seção, aprenderemos alguns métodos simples, porém muito eficientes no equacionamento de problemas de Dinâmica, isto é, problemas que envolvam forças, aceleração, velocidade, deslocamentos etc. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física Em geral, uma das grandes dificuldades com as quais os estudantes de Física se deparam, na análise das forças que agem num corpo, é como saber quais forças devem ser decompostas e quais não precisam ser decompostas na resolução do problema. “....Será que há apenas uma forma sistemática de analisar o problema, ou será que existem várias maneiras de analisar que conduzem ao mesmo resultado correto ? ....“ A experiência mostra que uma ferramenta importante na resolução sistemática de problemas de Dinâmica é a análise do formato da trajetória seguida pelo móvel. O formato da trajetória está intimamente relacionado com as forças que agem sobre o corpo durante seu movimento num dado referencial, e nos permite concluir quais forças efetivamente colaboram para a sua aceleração e quais forças definitivamente devem se cancelar por não participarem do processo de aceleração do móvel. 67 Eixo 1 – Eixo tangencial Características Eixo que está na mesma direção da velocidade da partícula, no referencial inercial em questão (Figura 41) ; em movimentos retilíneos, coincide com a trajetória seguida pela partícula (Figura 41); em movimentos retilíneos, esse eixo contém a força resultante agindo no móvel (caso ela não seja nula) e,conseqüentemente, a sua aceleração resultante (caso ela não seja nula); e as forças e acelerações, nesse eixo, determinam se o movimento será retardado, uniforme ou acelerado. Eixo 2 – Eixo centrípeto, radial ou normal Características Eixo que é perpendicular à velocidade da partícula, no referencial inercial em questão (Figura 41); em movimentos retilíneos, o corpo sempre está em equilíbrio (FR = 0, aR = 0 ) na direção do eixo 2; esse eixo, obviamente, é sempre perpendicular ao eixo 1, visto que sempre é perpendicular à velocidade do corpo; as forças que agem sobre esse eixo estão relacionadas à curvatura da trajetória descrita pelo corpo no referencial inercial. Esse par de eixos descrito será denominado “Par de eixospadrão”. Na maioria das resoluções, adotaremos o par de eixospadrão, fazendo uso de eixos alternativos apenas quando a simplificação algébrica obtida nesse caso for vantajosa (o que raramente acontece). Para esclarecer um pouco essas idéias, considere, por exemplo, o pêndulo preso ao teto do vagão (Figura 40), que coincide com a questão 30 de classe. A bola presa ao fio se encontra em movimento acelerado descrevendo uma trajetória retilínea horizontal em relação à Terra (referencial inercial). Esse formato da trajetória descrita pela bola permite concluir que : a aceleração (a) resultante do móvel está (integralmente) na mesma direção da velocidade (v), isto é, está na direção horizontal, não havendo nenhuma componente de aceleração vertical (Figura 40); conseqüentemente, a força resultante agindo no móvel (responsável por produzir tal aceleração) é horizontal FR = TX ; a ausência de aceleração vertical garante que a força resultante nessa direção é nula, portanto, TY = P na Figura 40. Em geral, no estudo da Dinâmica dos movimentos, o par de eixospadrão utilizado para a decomposição das forças obedece o seguinte modelo : eixo 1 eixo 2 a V tra ór jet ia Exemplo Resolvido 1: a Figura mostra um prisma de massa M que move-se sobre um plano horizontal. Um pequeno bloco de massa m se encontra apoiado sobre a superfície inclinada do prisma. Se a gravidade local vale g, o prof. Renato Brito pede que você determine com qual força F horizontal e constante se deve empurrar esse prisma, de forma que o conjunto se mova sem que o bloquinho escorregue em relação ao prisma. Todos os atritos são desprezados. F F Trajetória do bloco a Figura 42 Solução A Figura 43 mostra o diagrama das forças que agem no prisma e no bloco. A questão-chave, para o estudante de Física, é “qual das forças que agem no bloquinho deve ser decomposta, N ou m.g ? ” Será que tanto faz ? A resposta é que devemos fazer uso do chamado Par de Eixospadrão (mostrado na Figura 41), a fim de que o nosso equacionamento do problema seja mais objetivo, reduzindo o trabalho algébrico. A seguir, analisaremos a Dinâmica do movimento da caixa, com base no formato da sua trajetória descrita no referencial da Terra. Figura 41 Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 68 Figura 43 F O prisma compartilha dessa mesma aceleração horizontal a, portanto, observando as forças horizontais que agem no prisma, na Figura 44, vem: N FR = M.a (F NX) = M.a (F N.sen) = M.a (eq3) m.g N Dividindo as equações eq1 e eq2 membro a membro, vem: a = g.Tg. N’ M.g Segundo o enunciado, bloco e prisma descreverão trajetórias retillíneas compartilhando das mesmas acelerações a no referencial da Terra, como mostra a Figura 42. A trajetória do bloco no referencial da Terra define o eixo 1 a ser adotado, o chamado eixo tangencial. Conforme expresso anteriormente, em movimentos retilíneos, o eixo 1 sempre coincide com a trajetória do corpo em relação à Terra (referencial inercial), portanto será horizontal nessa questão. O eixo 2 (centrípeto ou normal) é perpendicular ao eixo 1, portanto será vertical nessa questão. Assim, adotando esse par de eixos-padrão, decomporemos apenas as forças que não estiverem sobre nenhum desses dois eixos, como mostra a Figura 44 Figura 44 NY M.g NY Figura 45 (eq 4a) A relação eq4 nos lembra que ambos os corpos compartiham da mesma aceleração horizontal a no referencial da Terra (como mostra a Figura 42) e, portanto, podem ser tratados como se fossem corpo único de massa “M + m” movendo-se com aceleração a = g.Tg. Em linhas gerais, so é possível considerar um sistema de N corpos como se fosse corpo único, a fim de aplicar a segunda lei de Newton, quando todos os corpos do sistema compartilharem de uma mesma aceleração a (que será a aceleração do centro de massa do sistema). Assim, da relação eq 4a, vem: F = (M + m).g.Tg (eq 4b) Daria, mas não seria tão vantajoso quanto se você usasse o par de eixos-padrão N’ NY = m.g N.cos = m.g NY a1 A Figura 46 mostra o diagrama das forças agindo no bloco, fazendo uso de um sistema de eixos cartesianos alternativo, como sugeriu a Claudete. Nesse caso, relacionar a aceleração horizontal (a) do bloco com a força resultante horizontal que causou essa aceleração, torna-se uma missão complicada, visto que as forças que agem no bloco (N, p.sen e p.cos) não se encontram direcionadas ao longo do mesmo sistema de eixos coordenados que contém a aceleração, como mostra a Figura 46. b c N Trajetória do bloco no referencial da Terra p.s FR = m.a NX = m.a N.sen = m.a (eq2) en a p .c Na direção 1, bloco e prisma compartilham de uma mesma aceleração a1 = a no referencial da Terra. O diagrama de forças da Figura 45 mostra que essa aceleração horizontal do bloquinho decorre da força NX. A segunda lei de Newton permite escrever: Figura 46 os m.g (eq1) a a2 NX Trajetória do bloco no referencial da Terra F = (M + m).a Profinho, eu queria decompor o peso do bloco, em vez da normal N. Daria certo também ? NX O formato da trajetória seguido pelo bloco, no referencial inercial (Terra), é uma reta horizontal (Figura 45b) que não se curva nem para cima (Figura 45a) nem para baixo (Figura 45c), sugerindo que o bloco não possui aceleração na direção 2 (a2 = 0), isto é, que o bloco encontra-se em equilíbrio (FR = 0) na direção do eixo 2, o que permite escrever: Equilíbrio na direção 2: Somando as equações eq2 e eq3, membro a membro, vem: F = (M + m).a m.g NX F Essa é a aceleração horizontal que os corpos devem compartilhar (no referencial da Terra) a fim de que o bloco se mova em equilíbrio vertical. Agora, com qual força F devemos empurrar o prisma para que ambos compartilhem dessa aceleração ? Dizemos que o diagrama de forças não está “casado” com o diagrama cinemático do bloco (o par de eixos das forças não coincide com o par de eixos da aceleração), o que dificulta o equacionamento da segunda lei de Newton. Para melhor compreender, note que o diagrama de forças (padrão) utilizado na Figura 44 ficou automaticamente “casado” ao Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física diagrama cinemático (forças e acelerações estão direcionadas sobre o mesmo par de eixos), permitindo que facilmente se chegasse às relações eq1 e eq2, levando-se em conta o formato da trajetória descrita pelo bloco, bem como a segunda lei de Newton. Essa simplicidade, em geral, é obtida quando se faz uso do par de eixos-padrão. Para resolver o problema usando o diagrama de forças da Figura 46 (resolução que deve ser evitada), decomporemos a aceleração a no mesmo sistema de eixos das forças N, p.sen e p.cos, escrevendo a segunda lei de Newton para cada direção, com base na Figura 47: 3 a .s 4 3 en N Figura 47 p.s p .c os Trajetória do bloco no referencial da terra en a.c o 4 s Direção 3: FR = m.a ( N m.g.cos) = m.a.sen (eq5). Direção 4: FR = m.a ( m.g.sen) = m.a.cos (eq6). As relações eq5 e eq6 (determinadas a partir da análise das forças no sistema de eixos alternativos) são perfeitamente compatíveis com as relações eq1 e eq2 (determinadas a partir da análise das forças no sistema de eixos-padrão) e levam ao mesmo resultado encontrado inicialmente, requerendo, entretanto, maior processamento algébrico, o que deve ser evitado. Profinho, mas por que tem questões de plano inclinado em que a gente decompõe é o peso P, em vez da normal ? Ora, basta perceber que há uma diferença entre o formato da trajetória de cada uma dessas questões. Nas questões mais comuns de planos inclinados, o bloquinho move-se ao longo da rampa (Figura 48), descrevendo uma trajetória retilínea na direção da rampa (no referencial da Terra), indicando que devemos tomar um sistema de referênciapadrão com o eixo 1 paralelo à rampa e o eixo 2 perpendicular à rampa. 1 2 N P 69 diagrama cinemático, facilitando o equacionamento da segunda lei de Newton. Portanto, em linhas gerais, ao iniciar a resolução de um problema de Dinâmica, é interessante o estudante sempre atentar para os seguintes passos a serem seguidos: 1) separe todos os corpos e coloque todas as forças que agem em cada um deles; 2) identifique o formato da trajetória seguida pelo corpo (reta horizontal, reta inclinada, reta vertical etc); 3) cada corpo deverá ganhar um par de eixos, sendo o eixo 1 de cada corpo posicionado sobre a sua trajetória retilínea, e o eixo 2 posicionado perpendicularmente ao primeiro eixo; e 4) decomponha todas as forças que não caíram sobre o eixo 1 nem sobre o eixo 2 de cada corpo. As demais forças, em geral, não devem ser decompostas. Profinho, eu pensei em resolver essa questão no referencial do prisma e admitir que o bloquinho está em equilíbrio em relação ao prisma. Daria certo também ? Claudete, não daria certo. Claudete, não podemos resolver esse problema adotanto o prisma como referencial e admitindo que o bloco esteja em equilíbrio nesse referencial. Por quê ? A resposta é que as leis de Newton só relacionam as forças que agem num corpo com as suas respectivas acelerações no referencial inercial (a Terra, por simplicidade), não sendo válidas num referencial não inercial (acelerado), como no caso do prisma dessa questão. Estudaremos um pouco sobre o Referencial Não-Inercial na página 125, logo após estudarmos a Dinâmica do Movimento Curvilíneo. Até lá, resolveremos todos os problemas no Referencial Inercial padrão: a Terra. Figura 48 Tra ref jetór ere ia nc do i al bl o da c o Te no rra v Nesse caso, a força que será decomposta (por estar fora dos eixos 1 e 2) será o peso P do bloco, visto que a normal N estará sobre o eixo 1 (Figura 48). Portanto, em cada situação-problema, devemos sempre identificar o sistema de eixos-padrão a ser usado na resolução, a fim de obter um diagrama de forças casado ao Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 70 Pensando em Classe Pensando em Classe Questão 1 A figura mostra um livro em repouso sobre uma mesa, apoiada sobre a Terra. A respeito das forças trocadas entre os corpos, marque verdadeiro ou falso: a) O peso do livro é uma força de campo que o livro exerce sobre a Terra. b) Um par de forças de ação e reação não se cancelam, pois nunca agem num mesmo corpo. c) A reação ao peso do livro é a força normal que a mesa exerce sobre o livro. d) A reação ao peso do livro é a força normal que o livro exerce sobre a mesa. e) A força normal sempre será a reação ao peso. f) A força normal poderá ser a reação ao peso. g) A força normal nunca será a reação ao peso. h) A reação ao peso da mesa é a força gravitacional que a Terra exerce sobre a mesa. i) A reação ao peso do livro é a força gravitacional que o livro exerce sobre a Terra. j) A reação à normal que age no livro devido à mesa é a força normal que a mesa exerce sobre o livro. k) A reação à normal que age na mesa devido à Terra é a força normal que a mesa exerce sobre a Terra . Questão 2 A figura mostra dois blocos A e B de massas mA = 4 kg e mB = 6 kg conectados por um fio que passa por uma polia suspensa ao teto, num local onde a gravidade vale g = 10 m/s 2. Admita que todos os fios, bem como a polia, são ideais, isto é, têm massa nula. Sabendo que, no instante t = 0s, a caixa B estava subindo com velocidade Vo = 6 m/s, o prof Renato Brito pede para você determinar : a) o instante em que a caixa B irá parar e inverter o seu movimento; 2 b) a tração nos fios 1 e 2 durante a subida da caixa B; c) no instante em que a caixa B pára a fim de inverter o seu movimento, ela está em repouso ? ela está em equilíbrio ? d) a tração no fio 1 é maior ou menor que o peso da caixa B durante a subida dessa caixa ? e durante a descida dela ? 1 A B Vo e) a aceleração do sistema aumenta, diminui ou permanece constante durante o sobe e desce das caixas ? e a tração nos fios 1 e 2 ? f) adotando um eixo referencial vertical para cima , esboce os gráficos da aceleração escalar e da velocidade escalar da caixa B, durante seu movimento. aB (m/s2) VB (m/s) t(s) t(s) Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 71 Questão 3 Claudete, uma exímia estudante da Turma Saúde 10 estava no piso L5 do Shopping Aldeota e tomou o elevador até o L7 para chegar ao Simétrico. O gráfico abaixo mostra a velocidade de subida do elevador em função do tempo. Sabendo que a estudante apresentava massa m = 50 kg e a gravidade local vale g = 10 m/s2, o prof Renato Brito pede para você determinar : V(cm/s) 160 t (s) 1 a) b) c) d) 2 3 4 5 A distância percorrida pelo elevador durante esses 5s de subida; A sensação de peso (em newtons) do estudante no instante t = 0,5 s em qual intervalo de tempo o estudante terá a sensação normal de peso ? A sensação de peso (em newtons) do estudante no instante t = 4,5 s Questão 4 A figura mostra um elevador que se sobe verticalmente em movimento retardado com aceleração de módulo a. Em seu interior encontram-se empilhadas 5 caixas de mesma massa M, sob ação da gravidade g. Durante o movimento do elevador, a força que o bloco 3 exerce sobre o bloco 4 vale: a) 3.M.( g – a ) b) 2.M. ( g – a ) c) 3.M.( g + a ) d) 2.M. ( g + a ) e) M. ( g + a ) 1 2 3 4 5 Questão 5 Um vagão move-se sobre trilhos retos e horizontais, com aceleração escalar constante numa região em que g = 10m/s2. Preso ao teto do vagão há um pêndulo simples que se mantém em repouso em relação ao vagão, formando ângulo = 37º com a vertical. Sabendo que a massa da partícula presa ao fio é a m = 4,0 kg, o prof Renato Brito pergunta: m a) O vagão está se movendo para a direita ou esquerda ? b) Qual o módulo da aceleração do vagão ? c) Qual o módulo da tração no fio ? São dados: sen37o = 0,60 e cos 37º = 0,80 Questão 6 Cada uma das figuras a seguir representa um vagão que pode mover-se sobre trilhos retos e horizontais, com um pêndulo simples pendurado no seu teto, estando o pêndulo em repouso em relação ao vagão. (I) ( II ) ( III ) Para cada uma das situações propostas a seguir, diga qual é a figura correspondente. a) O vagão está em repouso. b) O vagão tem velocidade constante. c) O vagão move-se para a direita em movimento acelerado. d) O vagão move-se para a direita em movimento retardado. e) O vagão move-se para a esquerda em movimento acelerado. f) O vagão move-se para a esquerda em movimento retardado. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 72 Questão 7 No sistema representado na figura, os blocos A, B e C têm massas, respectivamente iguais a 44 kg, 10 kg e 6 kg. Uma força F é aplicada ao bloco A, de modo que o conjunto todo se move em relação ao solo, mas os blocos B e C permanecem em repouso, em relação a A. Sabendo que não há contato entre os blocos A e C e desprezando quaisquer atritos, determine o módulo: a) da aceleração do conjunto em relação ao solo; B b) da força F; F c) como o B e C encontram-se em repouso permanente em relação ao carrinho A, por que não fazemos simplesmente o equilibrio das forças que agem em B e C, no referencial do carrinho A ? c A Questão 8 A figura mostra uma cunha de massa M que se move sobre um plano horizontal liso sob ação de uma força constante F. Um pequeno bloco de massa m encontra-se apoiado sobre a superfície da cunha. Se a gravidade local vale g e todos os atritos são desprezíveis, o prof Renato Brito pede para você determinar: F F Trajetória do bloco m a F M a) a aceleração a com que o sistema precisa estar se movendo para que o bloquinho não escorregue em relação à cunha; b) a força F que causa essa aceleração; c) quanto deveria valer a força F para a cunha permanecer em repouso; d) como o bloco encontra-se em repouso permanente em relação à cunha, por que não fazemos simplesmente o equilibrio das forças que agem no bloco, no referencial da cunha ? Questão 9 A figura ilustra um bloco de massa M foi abandonado no topo de um plano inclinado de altura H que forma um ângulo com a horizontal. Se a gravidade local vale g e todos os atritos são desprezíveis, pede-se determinar: a) a aceleração com que o bloco vai escorregar ladeira abaixo; b) essa aceleração depende da massa do bloco ? c) se H = 5m, = 30 e g = 10 m/s2, quanto tempo a caixa gastará para descer toda a rampa ? d) qual a velocidade final da caixa ? g H Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 73 Questão 10 No sistema representado na figura, o fio e a polia são ideais e não tem atrito. Os blocos A e B têm massas 4 k g e 6 kg . Se a constante elástica da mola vale k = 60 N/m e todos os atritos são desprezíveis, determine: a) A aceleração adquirida pelo sistema; b) A deformação da mola. k B A 30 o Questão 11 A figura mostra dois blocos A e B, de massas 8 kg e 2 kg respectivamente, encostados entre si, apoiados numa rampa lisa de inclinação = 30o com a horizontal, subindo a ladeira com aceleração a = 3 m/s2 devido à ação de uma força F paralela à rampa. Se a gravidade local vale g = 10 m/s2 e todos os atritos são desprezíveis, determine: a) a intensidade da força F; a b) a força que A aplica em B. B A F Questão 12 A figura mostra uma esfera de massa m que oscila verticalmente, conectada a uma mola, presa a uma caixa de massa M que repousa sobre o prato de uma balança. A gravidade local vale g. O prof Renato Brito pede para você assinalar a alternativa errada a cerca da marcação da balança durante a oscilação da esfera: a) Quando a esfera desce em movimento retardado, a marcação da balança é maior do que M.g; b) Quando a esfera sobe em movimento acelerado, a marcação da balança é maior do que M.g; c) Quando a esfera pára no ponto mais alto, estando a mola elongada, a marcação da balança é menor do que M.g; m M d) No instante em que a aceleração da esfera é nula, a balança marca M.g; e) Quando a esfera pára no ponto mais baixo, a marcação da balança é maior do que M.g. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 74 Física Pensando em Casa Pensando em Casa Que tal resolver todas as questões de casa sempre num mesmo caderno grande, especialmente reservado para o nosso Curso de Física ? Assim, a sua revisão em novembro, às vésperas do vestibular, será enormemente facilitada. Lembre-se: arrependimento só vem depois, ou você já viu alguém se arrepender antes do fato ? Portanto, aceite meu conselho e organize-se desde já ! Questão 1 (UFRN 2012) Em Tirinhas, é muito comum encontrarmos situações que envolvem conceitos de Física e que, inclusive, têm sua parte cômica relacionada, de alguma forma, com a Física. Considere a tirinha envolvendo a “Turma da Mônica”, mostrada a seguir. Questão 4 - Um jogador de basquete arremessa uma bola B em direção à cesta. A figura representa a trajetória da bola e sua velocidade V num certo instante. Desprezando os efeitos do ar, as forças que agem sobre a bola, nesse instante, podem ser representadas por: a) c) b) d) e) Lembre-se, amiguinho, di namômet ros medem simplesmente a tração no fio ideal onde estão inseridos ! Supondo que o sistema se encontra em equilíbrio, é correto afirmar que, de acordo com a Lei da Ação e Reação (3ª Lei de Newton): a) a força que a Mônica exerce sobre a corda e a força que os meninos exercem sobre a corda formam um par ação-reação. b) a força que a Mônica exerce sobre o chão e a força que a corda faz sobre a Mônica formam um par ação-reação. c) a força que a Mônica exerce sobre a corda e a força que a corda faz sobre a Mônica formam um par ação-reação. d) a força que a Mônica exerce sobre a corda e a força que os meninos exercem sobre o chão formam um par ação-reação. Questão 2 (UFRS) Um operário puxa, por uma das extremidades, uma corda grossa presa, pela outra extremidade, a um caixote depositado sobre uma mesa. Em suas mãos o operário sente uma força de reação à força que ele realiza. Essa força é exercida: a) pela corda. b) pela Terra. c) pela mesa. d) pelo chão. e) pelo caixote. Questão 3 (UFRS) Sendo F o módulo da força gravitacional com que a Terra atrai a a Lua, o módulo da força gravitacional com que a Lua atrai a Terra é: a) muito menor do que F; b) um pouco menor do que F; c) igual a F; d) um pouco maior do que F; e) muito maior do que F. Questão 5 - (UFMG) A figura mostra uma pessoa puxando um objeto através de um dinamômetro, deslocando-se sobre uma superfície ao longo da qual o coeficiente de atrito varia. O deslocamento do objeto é retilíneo e a leitura do dinamômetro permanece constante. Isto indica que: a) a força resultante que atua no objeto é constante. b) o objeto está deslocando-se com velocidade constante; c) o valor da força de atrito entre o objeto e a superfície é dado pela leitura do dinamômetro. d) a força que a pessoa aplica no objeto é constante; e) a força de atrito entre o objeto e a superfície é constante. Dica: a marcação de um dinamômetro sempre é o próprio valor da tração T no fio em que ele se encontra inserido. Questão 6 A figura mostra dois blocos A e B, de massas 3 kg e 7 kg, presos às extremidades de um fio ideal que passa por duas polias, conforme o esquema abaixo. A marcação do dinamômetro (d) vale: a) 12 N b) 42 N c) 36 N d B d) 40 N A 18 m e) 28 N Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física Questão 7 Na questão anterior, se o sistema for abandonado do repouso, quanto tempo a caixa B leva para atingir o solo ? a) 1 s b) 2 s c) 3 s d) 4 s e) 5 s Questão 8 Ainda na questão 6, com que velocidade ela chegará ao solo ? a) 3 m/s b) 6 m/s c) 8 m/s d) 12 m/s e) 24 m/s Questão 9 A figura mostra dois blocos A e B, de massas 6 kg e 4 kg, presos entre si através de um fio ideal que passa por uma polia sem atrito. Se a aceleração da gravidade vale g = 10 m/s2, as trações T1 e T2 valem, respectivamente: a) 72 N, 144 N 2 b) 36 N, 72 N c) 48N, 24 N 75 Questão 12 (UFRN 2012) Um ascensorista leu a respeito das famosas leis de Newton do movimento e decidiu testar a sua aplicabilidade. Para tanto, subiu em uma balança dentro de um elevador em repouso e observou o valor do seu peso. Em seguida, ainda sobre a balança, fez com que o elevador subisse com aceleração vertical constante. Nessas condições, ele observou que o seu peso: a) diminuiu como previsto pela 2ª lei de Newton. b) aumentou como previsto pela 3ª lei de Newton. c) aumentou como previsto pela 2ª lei de Newton. d) diminuiu como previsto pela 3ª lei de Newton. Questão 13 Nosso amigo LeoNerd, de massa 40 kg, está de pé sobre uma balança de mola (aparelho que mede normal ou peso aparente) fixa no piso de um elevador, como mostra a figura. A aceleração da gravidade tem módulo g = 10m/s 2. O gráfico abaixo mostra a rapidez do elevador durante um trecho de subida: d) 48 N, 96 N 1 A B Questão 10 Consideremos um corpo de massa m = 15kg pendurado em um dinamômetro, o qual está preso no teto de um elevador. A aceleração da gravidade tem intensidade g = 10m/s 2. LeoNerd dentro do elevador observa que a marcação do dinamômetro é 180N. V(cm/s) 120 t(s) 0,5 m a) Qual o módulo da aceleração do elevador ? b) O que podemos dizer sobre o movimento do elevador (subindo / descendo / acelerado / retardado) ? Dica: a marcação de um dinamômetro sempre é o próprio valor da tração T no fio em que ele se encontra inserido. Questão 11 Uma pessoa está dentro de um elevador sobre uma balança mas não se conforma com o fato de a mesma estar acusando um valor acima do peso dele. Para que essa situação ocorra, o elevador: a) b) c) d) Está necessariamente subindo; O elevador está necessariamente descendo; O elevador pode estar em movimento uniforme; O elevador pode estar subindo ou descendo, mas certamente tem aceleração para cima; e) O elevador pode estar subindo ou descendo, mas certamente tem aceleração para baixo. 1,0 1,5 2,0 a) Em quais intervalos de tempo Leonerd se sentirá mais pesado que o normal ? b) Quanto marcará a balança nesses intervalos ? c) Em quais intervalos de tempo Leonerd sentirá seu peso normal ? d) Quanto marcará a balança nesses intervalos ? e) Em quais intervalos de tempo Leonerd se sentirá mais leve que o normal ? f) Quanto marcará a balança nesses intervalos ? Questão 14 Admita que você acabou de ter aula no Simétrico e tomou o elevador do L7 ao L1 para sair do Shopping Aldeota. Considerando que no intervalo do elevador havia uma balança, assinale o gráfico que melhor descreve a marcação da balança (peso aparente, ou seja, a normal N) durante esse episódio: a) b) c) P P t P t Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br t Física 76 d) e) Sendo = 60, determine a intensidade da força normal de contato entre o bloco e o solo durante seu movimento. Dado sen 60 = 0,86 e cos 60 = 0,50 P P a) 14 N t t Questão 15 Admita você tomou o elevador do Shopping Aldeota no L 1 e dirigiuse até o L7 para vir assistir aula no melhor pré-vestibular da cidade, o simétrico. Considerando que no interior do elevador havia uma balança, assinale o gráfico que melhor descreve a marcação da balança (peso aparente) durante esse episódio: a) b) c) P P P t t b) 100 N c) 50 N d) 36 N e) 86 N Questão19 No sistema representado na figura, os blocos A, B e C têm massas, respectivamente iguais a 42 kg, 10 kg e 8 kg. Uma força F é aplicada ao bloco A, de modo que o conjunto todo se move em relação ao solo, mas os blocos B e C permanecem em repouso, em relação a C. Sabendo que não há contato entre os blocos A e C e todos os atritos são desprezíveis, determine o módulo: a) da aceleração do conjunto em relação ao solo; b) da força F. B t F d) e) c A P P t t Questão 16 Uma pilha de seis blocos iguais, de mesma massa m, repousam sobre o piso de um elevador, como mostra a figura. O elevador está subindo em movimento uniformemente acelerado com uma aceleração de módulo a. O módulo da força que o bloco 3 exerce sobre o bloco 2 é dado por: a) 3m (g + a). b) 3m (g – a). c) 2m (g + a). d) 2m (g – a). e) m (2g – a). Questão 20 - Um sistema formado por dois blocos A e B, um fio ideal e uma polia também ideal foi montado sobre um plano que tem inclinação em relação a um plano horizontal, como mostra a figura A B Questão 17 Um bloco de massa 4 kg se move em MRUV de acordo com a função horária S = 1 + 2.t + b.t2, no SI. Se a posição do bloco no instante t = 1 s vale S = 6 m, a força resultante que age sobre o bloco vale: As massas de A e B são respectivamente iguais a 5 kg e 15kg. Desprezando o atrito, calcule: a) o módulo da aceleração do bloco B; b) o módulo da tração no fio. a) 24 N Questão 21 - A figura abaixo mostra duas caixas de mesma massa M = 10 kg conectadas entre si através de um fio ideal. A rampa lisa apresenta inclinação = 30o. Se a gravidade local vale g = 10 m/s2, o prof Renato Brito pede que você determine: a) a aceleração com que se moverá o sistema; b) a tração T no fio. b) 12 N c) 36 N d) 4 N e) 16 N Dica: b = a / 2, a = aceleração do MUV Questão 18 - A tabela abaixo mostra como varia a velocidade de um bloco de massa 10 kg, que se desloca horizontalmente sob ação de uma força F conforme o esquema: F V (m/s) T (s) 15 1 25 3 35 5 São dados: g = 10m/s2 e sen = 0,60 e cos = 0,80. M 45 7 55 9 M Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física Questão 22 A figura mostra um prisma triangular de massa M = 6 kg está apoiado sobre uma superfície horizontal lisa. Um bloco de massa m = 3 kg encontra-se apoiado sobre sua superfície lisa. Determine o valor da força F horizontal capaz de fazer com que o sistema se mova com o bloco ficando em repouso em relação ao prisma. Todos os atritos são desprezíveis. São dados: g = 10m/s2 e sen = 0,80 e cos = 0,60. m F M Questão 23 Uma bolinha pendurada na extremidade de uma mola vertical executa um movimento oscilatório. Na situação da figura, a mola encontra-se comprimida e a bolinha está subindo com velocidade V. Indicando por Fel a força da mola e por P a força peso aplicadas na bolinha, o único esquema que pode representar tais forças na situação descrita acima é: P Fel a) P b) Fel P P P c) d) e) Questão 25 Um vagão move-se sobre trilhos retos e horizontais numa região em que g = 10 m/s2. Preso ao teto do vagão através de uma mola ideal há um pêndulo simples que se mantêm em repouso em relação ao vagão, formando ângulo (sen = 0,60 e cos = 0,80) com a vertical. Sabendo que a massa da partícula presa ao fio é m = 4 kg e a constante elástica da mola vale K = 2500 N/m, o prof Renato Brito pergunta: a) O que se pode afirmar sobre o movimento horizontal do vagão (se move para a esquerda / direita / acelerado / retardado ) ? b) A aceleração do vagão aponta para a esquerda ou para a direita ? e a sua velocidade ? c) Qual o módulo da aceleração do vagão ? d) Qual o módulo da tração no fio ? e) Qual a deformação apresenta pela mola durante o movimento do vagão ? K Dica: Veja questão 6 de classe página 71 Fel Fel 77 V Questão 24 - A figura mostra uma caixa de massa M apoiada sobre uma balança calibrada em newtons. No seu interior, uma bola de boliche de massa m está conectada ao teto através de uma mola ideal de constante elástica K e oscila verticalmente entre duas posições extremas . A respeito da marcação da balança, pode-se afirmar que: Questão 26 - Consideremos um bloco de massa m = 2 kg inicialmente em repouso sobre uma superfície plana horizontal sem atrito. A partir de determinado instante, duas forças F 1 = 40 N e F2 = 30 N passam a atuar sobre o bloco conforme o esquema abaixo. A intensidade da aceleração adquirida pelo bloco vale : a) 1 m/s2 F1 b) 2 m/s2 2 c) 3 m/s F2 60o 2 d) 4 m/s e) 5 m/s2 Questão 27 - No esquema abaixo, os blocos A e B, de massas 8 kg e 6 kg, são submetidos às forças F1 e F2 de intensidades respectivamente iguais a 41 N e 13 N. A força de contato que um bloco exerce no outro vale : a) 16 N F1 b) 30 N F2 A c) 28 N B d) 25 N e) 40 N a) Sempre acusará um peso maior que M.g b) Quando a esfera pára na altura máxima, supondo a mola comprimida, a balança acusará um peso maior que M.g c) Quando a esfera sobe em movimento acelerado, a balança acusará um peso menor que M.g d) Quando a esfera passa pela posição em que a mola encontrase no seu comprimento natural, a balança acusará um peso M.g e) Quando a esfera passa pela sua posição de equilíbrio, a balança acusará um peso M.g Dica: Veja questão 11 de classe página 71 Dica: Veja questão 12 de classe página 73 Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Gabarito Comentado Anual 2014 Prof Renato Brito Gabarito Comentado Exercícios de Casa Capítulo 1 - Vetores 1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) 8) 9) a) 2 , b) 2 , c) 4, d) 2 D B C a) 3a, b) 2a, c) nula B B é só decompor , s = 16, d = 12 B 10) a) 2, b) 2 3 , c) nulo, d) 2 2 11) a) 5 b) 13 12) a) N = P. cos = 160N b) Fat = P. sen = 120N 13) 60° 14) a) 5 , b) 6 15) a) 5 , b) 6 16) 5 m/s 17) 18) 19) 20) 21) b) 10, c) 10 2 a) 5 , b) 5, c) 5 D D B Capítulo 2 - De Aristóteles A Galileu 1) a) equilíbrio b) MRU, equilíbrio c) não equilíbrio d) equilíbrio e) não equilíbrio f) MRU, equilíbrio g) actp, não equilíbrio h) não equilíbrio i) força peso, não equilíbrio j) actp, não equilíbrio k) velocidade escalar constante significa |v| = constante mas, e quanto à direção da velocidade ? Não temos certeza se é um MRU ou não. Falso. l) uniforme e retilíneo ? ou curvilíneo ? Nada se pode afirmar m) MRU ou não ? Falso. n) equilíbrio o) MRU, equilíbrio. 2) Não, visto que a velocidade (grandeza vetorial) não é constante durante o movimento. Afinal, a direção da velocidade está sempre variando durante qualquer movimento não retilíneo e toda variação de velocidade implica uma aceleração. A aceleração centrípeta (grandeza vetorial) também varia durante todo o MCU, visto que sua direção vai se adaptando, em cada ponto da trajetória, de forma a sempre apontar para o centro da curva. 3) Durante a oscilação do pêndulo, ele nunca estará em equilíbrio, pois a resultante entre as duas únicas forças que agem sobre o corpo ( a tração T e o peso P) nunca será nula. Afinal, em nenhum momento essas forças terão a mesma direção, o mesmo valor e sentidos contrários. Mesmo no ponto mais baixo da oscilação, onde elas têm a mesma direção e sentidos contrários, tem-se T > P, já que a resultante delas é centrípeta naquele ponto. Para estar em repouso, sua velocidade precisa ser nula, o que ocorre nos dois extremos da oscilação. Nesses pontos, o corpo encontra-se momentaneamente em repouso (V=0), embora não esteja em equilíbrio ( FR 0). 4) a) Não, pois trata-se de um repouso apenas momentâneo, a caixa parou apenas para inverter o sentido do movimento, portanto ela não está em equilíbrio. b) sim, ela está momentaneamente em repouso. c) Nesse instante, a força resultante na caixa aponta para cima FR (para que ela volte a subir após parar), portanto temos Fel > P . c) A caixa não tem velocidade (v=0) visto que está parada, mas tem aceleração a para cima, aceleração essa causada pela força resultante FR que aponta para cima. 5) a) sim, o MRU é um dos dois possíveis estados de equilíbrio. b) FR = 0, a caixa move-se em equilíbrio portanto Fat = P.sen = 20 N, adicionalmente tem-se N = P.cos. 6) E 7) a) Não, pois no MCU a direção da velocidade varia durante o movimento, portanto, a velocidade (grandeza vetorial) da criança não é constante. b) sim, visto que se trata de um movimento uniforme. c) Não, visto que a velocidade da criança não é constante. A criança está sujeita a uma força resultante centrípeta responsável pela variação da direção da velocidade em cada instante. 8) Apenas os casos a, b, d, h. 9) a) sim, como por exemplo um corpo em MRU. b) sim, um corpo em repouso momentâneo, como a caixa da questão 4. c) sim, é o caso do repouso permanente experimentado pelo aparelho de ar-condicionado da sua sala de aula. 10) E 11) a) Aristóteles desconhece a inércia. Para ele, a pedra cai verticalmente em relação à terra, à medida que o navio continua se movendo para frente, caindo portanto atrás do mastro. b) Galileu conhece a inércia. Para ele, navio e pedra prosseguem se movendo juntos para a frente horizontalmente para a frente, à medida que a pedra também vai caindo vertical e, portanto, cai no pé do mastro. c) conceito de inércia. 12) B – a pedra acompanha o movimento da superfície terrestre. Assim como você, eu também não gostei da palavra “angular” na resposta da UFRN, mas tudo bem. Eu também teria dito que tem a mesma “velocidade da Terra” apenas. 13) D 14) a) Somente uma, a força peso; b) A aceleração em cada instante será a da gravidade a = g vertical e para baixo; c) A bola está indo para onde aponta o vetor velocidade, ou seja, para a direita. 15) a) F b) V c) F d)V e) V f) F g) V 16) Resposta da pergunta conceitual: nula, portanto, letra D, viu, Aristóleles ? Não haverá força de atrito entre os blocos, visto que não há tendência de escorregamento relativo entre eles. Os blocos já estão se movendo com a mesma velocidade V em relação à terra e, portanto, estão parados entre si, se movem por inércia. MRU é um movimento que se mantém mesmo na ausência de forças. Só haveria atrito se A estivesse acelerada. Adicionalmente, lembre-se que velocidade não é força. 17) Letra A, é zero. Veja a questão anterior. Os blocos se movem juntos por inércia. Nenhum deles tende a escorregar em relação ao outro, ou seja, nenhum deles tende a escorregar em relação ao outro já que nenhum deles está acelerado nem Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 406 Física retardado. A força de atrito só atua entre esses dois blocos se eles estiverem se movendo acelerados ou retardados. É pegadinha mesmo a questão, mas com o tempo você vai se acostumar a esse tipo de questão, não tenha medo . Estudaremos ainda muito sobre a força de atrito daqui a dois meses. Vai dar tudo certo, aguarde ! 18) Esquerda (v), retardado (a), direita (FR), aceleração, direita, maior 19) Direita (v), acelerado (a), direita (FR), aceleração, direita, maior 20) a) incompatível, pois FR pra direita implica aceleração pra direita b) compatível c) compatível d) FR = 0, o corpo pode estar em MRU sim – compatível e) incompatível, o corpo está se movendo para aponta a sua velocidade, ou seja, para a direita. f) compatível – o corpo está indo para a direita embora esteja retardando 21) a) V b) F c) F d) V e) V f) V g) V h) F i) F j) V k) F l) F m) V 22) a) V b) V c) NPA d) NPA e) F f) V g) V h) F i) F j) V k) V l) V m) V n) F o) V 23) D, equilíbrio pois as massas são iguais, nenhum blocos tende a acelerar nem para cima nem para baixo, aceleração nula, força resultante nula ( T = m.g). Os blocos podem estar parados ou em MRU. A letra C não tem nada a ver. Em qualquer posição que os blocos forem abandonados em repouso, eles permanecerão em repouso, visto que teremos T = m.g em qualquer um deles, em qualquer posição. 24) Como MA > MB, A tem aceleração para baixo, B tem aceleração para cima, ainda que nada se possa afirmar sobre suas velocidades. O peso do bloco A certamente é maior que a tração no fio 1, visto que A tem aceleração para baixo. Isso independe de A estar subindo V ou descendo V , resposta Letra E 25) a) F b) V c) F d) F e) F f) F g) V h) V i) F j) F k) F Capítulo 2 – Parte 2 – Galileu e o movimento acelerado (página 49) 1) B, V = d / t = 9 / 1,5 = 6 m/s, sim , só isso !! 2) D, mostre que em 1 minuto de funcionamento o nível da água sobre 60 mm e lembre-se que 1m3 = 1000 litros. 3) E 4) 350 km – dica: calcule durante quanto tempo a abelha permanecerá voando ida e volta, ou seja, calcule o tempo de encontro dos trens. Depois multiplique esse tempo pela velocidade da abelha só isso ! É sério ! Juro 5) E, Teorema de Pitágoras. 6) B 7) C 8) C 9) C 10) Letra A. Atenção, a velocidade média não é a média aritmética das velocidades, exceto no MUV. Essa questão não é um MUV. 11) Letra D. Ignore o tempo de descanso. O veículo andou a primeira metade da distância com velocidade 60 km/h e a 2ª metade da distancia com velocidade 100 km/h. Essa questão é clássica. 12) B 13) C, Torricelli 14) 15s, intuitivo. Lembre-se: o que significa aceleração ? Pense em progressão aritmética. 15) a) sim, qualquer corpo em MRU. b) sim, um corpo lançado verticalmente para cima, ao atingir a altura máxima, tem aceleração a=g, mas sua rapidez é, momentaneamente, nula v = 0. 16) 60 m, veja exemplo resolvido 1 página 36. 17) A, igual à questão anterior. 18) C 19) A 20) Letra E, faça o gráfico do módulo de V em função de t. 21) C, velocidades iguais nesse caso implicam retas tangentes aos gráficos paralelas. 22) letra E, método da gravata. 23) Letra D, método da gravata. 24) Letra C, método da gravata. 25) B, calcule a área sob o gráfico e divida pelo tempo total. 26) a) 3s , b) 125m, c) 8 s 27) D, Torricelli 28) a) 30 m/s, b) 45m , c) 10 m/s 29) Letra C 30) letra A , use 1x, 3x, 5x ...... proporções de galileu ! 31) letra E , use 1x, 3x, 5x ...... proporções de galileu ! 32) A 33) C 34) 0,5 Hz = 0,5 voltas / seg 35) B 36) B 37) E 38) B 39) D 40) 16 km/h 41) C 42) 60 m/s, 45 m (sem fórmulas por favor ) 43) 50 m/s, 80 m (dica: ache Vx, depois Vy, depois use pitágoras para achar V) 44) 60 m/s, 120 m 45) 30 m, 6 s 46) E 47) 300 m/s 48) E 49) D 50) a) 45o, b) 40 m, c) 10 m 51) B 52) B 53) C, use a fórmula do alcance dada na questão 50, para alcance máximo use = 45o Capítulo 2 – Parte 3 – O conceito de Força (página 74) 1) C 2) A, quem sente a força é o operador, quem faz a força é a corda. 3) C, ação e reação 4) Letra D. Lembre-se que velocidade não é força, e que a força que jogador aplicou na bola, no momento do arremesso, só atua na bola enquanto houver contato entre as mãos e a bola. As mãos do jogador não vão junto com a bola ! Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 5) Letra D. O dinamômetro é, meramente, um medidor de tração T no fio. Essa tração T é a força que a pessoa aplica à corda e que esta aplica tanto à caixa quanto à pessoa. 6) B, escreva a 2ª Lei de Newton para cada bloco, resolva o sisteminha 2 x 2, ache a tração T no fio, igual à questão 2 de classe página 70. 7) Letra C. Faça H = s = a.t² / 2, use a = 4 m/s2 8) Letra D, faça tabelinha, essa é fácil e intuitiva. 9) Letra D 10) a) T – P = m.a, a = 2 m/s2 , b) ou ele está subindo acelerado v, a ou ele está descendo retardado v, a. Note que o 180 N dado na questão é a tração T no fio. 11) D 12) C 13) a) 0 < t < 0,3 s , subindo acelerado N > P; b) N – P = m.a, onde a = tg no grafico, balança marcará N = 560N. c) sensação de peso normal significa N = P, que ocorre nos intervalos de tempo 0,3 < t < 1,3 s e t > 1,7s ; d) a balança marcará N = P = 400N; e) mais leve, N < P, subindo retardado , 1,3 < t < 1,7 s. f) P – N = m.a, onde a = tg no grafico, balança marcará N = 280N. 14) B 15) A 16) C 17) A 18) A 19) Analise o corpo C, depois o B. Ao final, considere todos como se fossem um corpo só e determine F. Você encontrará a = 40/ 3 m/s2 e F = 800 N. Não arredonde frações calculando na calculadora, ok ? Dá azar ! 20) a = 3 m/s2, T = 45N. (analise a figura olhando a vista lateral do desenho). 21) a) 7,5 m/s2 , b) 25 N 22) 120 N 23) Letra A. Lembre que molas que estejam comprimidas atuam empurrando os corpos em volta dela, ao passo que molas que estejam elongadas atuam puxando os corpos em volta dela. Como a mola dessa questão está comprimida, ela fará na bola uma força para baixo. A velocidade da bola não influencia em nada, apenas indica para onde ela está indo. 24) Letra D. Lembre-se que a marcação da balança é a normal N que ela troca com a caixa. Sobre a caixa atuam a normal N, o seu peso M.g e a força elástica Fel no teto da caixa, que pode apontar para cima ou para baixo, conforme a mola esteja respectivamente comprimida ou elongada. Se a mola estivesse comprimida, teríamos N, M.g e Fel e N + Fel = M.g, portanto N < M.g. Se a mola estivesse deformada, teríamos N, M.g e Fel e N = Fel + M.g, portanto N > M.g. Quando a mola encontra-se em seu comprimento natural, teremos Fel =0 e N = M.g. 25) a) Tanto pode estar indo pra direita v em movimento acelerado a, como indo pra esquerda v em movimento retardado a, b) Só sabemos que a aceleração do vagão, bem como da bola, é para a direita a, mas não temos como tirar conclusões sobre a velocidade, c) a = g.tg = 7,5 m/s2 , d) 50N, e) 2 cm 26) E, F2 F1X = m.a 27) D 407 Capítulo 3 - Atrito 1) 25 N 2) a questão garante que o sistema está em equilíbrio estático, assim, não requer análise. Fat = T = PB = 30 N 3) a questão garante que o sistema está em equilíbrio estático, assim, não requer análise. Fat = 10 N 4) Fat = P.sen = 200. (3/5) = 120 N 5) Letra E, Como PB.sen30 = PA , as caixas não tendem a escorregar em nenhuma direção ou sentido, portanto, Fat = 0. 6) a questão garante que o sistema está em equilíbrio estático, assim, não requer análise. Letra A 7) A, lembre-se que m.g.sen < m.g , ou seja, o bloco sobre a rampa tem a tendência a subir a rampa, portanto recebe Fat ladeira abaixo, na mesma direção e sentido do P.sen. 8) a) 120N, b) 100N, c) Fat = 80N, a = 6 m/s 2 9) a) 30N, b) sim, pois se Fat consegue segurar 30N, ela conseguirá segurar 10N, e teremos Fat = 10N, c) 60 N 10) a) não, pois o coeficiente de atrito estático se relaciona com a força de atrito apenas na situação de iminência. Entretanto, sabemos apenas que a caixa está em equilíbrio, mas não sabemos se a força de atrito está no seu limite máximo. b) 4m 11) a) a caixa não escorregará e teremos Fat = P.sen = 240N b) a caixa escorregará e teremos Fat = FatCINETICO = 96N 12) D, analise e conclua que a caixa escorrega. 13) a) caixa não escorregará e T = PB = 20N, b) caixa escorregará, Fat cin = 8N, resolvendo o sistema teremos a = 7,2 m/s2 e T = 22,4 N 14) E 15) a) calcule FatMAX e analise, caixa está em equilíbrio mas fora da iminência, teremos Fat = PB = 200N , b) 280N 16) Zero 17) 0,5 m/s2 , note que N + FY = P. 18) D, analise e resolva o sistema de equações. 19) a) 4 m/s2 , b) 0,4 20) a) 2 m/s2 , b) 0,2 21) D 22) C, igual ao raciocínio da questão 19 de casa 23) A 24) E 25) Letra A, o solo aplica sobre a caixa a força de atrito Fat e a normal N , portanto a força (total) que o solo aplica sobre a caixa é a resultante (pitagórica) entre N e Fat pegadinha ! Fique atento a esse tipo de questão ! 26) B 27) B 28) a) 2 m/s2 , b) 5 s 29) D 30) D 31) a) II, b) IV 32) C 33) B 34) C 35) A 36) a 25 m/s2 b) F 250N, c) 0,5 37) 24N 38) 48 N Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Manual de Resoluções Anual 2014 Prof Renato Brito Física 417 Aula 1 - Questão 3 - resolução AULA 1 - VETORES Aula 1 - Questão 1 - resolução F 1 = a) = 2 F 1 b) F F = 1 = + F = 1 F + 2F = Aula 1 - Questão 4 - resolução = 0 = + 2 + reposicionando os vetores , temos: 2 = 1 = = + + = + = = 1 c) = + = = 1 1 1 1 = + 1 1 1 1 1 1 + = = 1 2a 1 2a 2a = 2 d) + 2 = = = + = 1 Questão 5 - resolução Letra A) + 0 = 1 A resultante terá módulo 2a+2a+2a = 6a resposta correta: Letra C = 4 = + = + 2 1 a 2a = + = + 2a 1 Aula 1 - Questão 2 - resolução = 2a + 2a + = a 3a C Letra B) B D = + = + a A E observando a figura da questão, note que: AB + BE = AE e CA + AE = CE assim, o prof Renato Brito pode escrever: = + + a 0 = + 0 2a Letra C) = + = 0 AB + BE + CA = ( AB + BE ) + CA = (AE ) + CA = CA + AE = CE Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br = 0 Física 418 Aula 1 - Questão 7 – resolução alternativa Deslocando, convenientemente, o vetor b, prontamente determinamos o b) vetor soma a graficamente. o seu módulo, como se pode verificar na figura abaixo, vale 1U S a 8U 10 U.cos 5 cm 5 cm Decompondo o 20U cos = 0,8 sen = 0,6 20 U 12 cm b 5 cm 12 cm 10 U 12U 10 U 1U 12 cm 20 U.cos 20 U = 12 U = 8U 1U 10 U 5U 10 U pitágoras para achar o vetor d = a – b , encare essa operação de subtração Prontinho, para o prof Renato Brito determinar o módulo de d , basta Aula 1 - Questão 13 - resolução A expressão abaixo calcula o módulo da soma S entre dois vetores a e b que formam um ângulo qualquer entre si achar a resultante (+) entre os vetores a e (– b ) assim: 12 cm 13U = como uma operação de soma : d = a – b = a + (– b ). 16 U 6U 12U 16 U 20 U 5 cm 6U 10 U.sen 20 U.sen 12 cm 5 cm 10 U 10 U 12 cm b 5 cm 10 U s = 5 + 5 = 10 cm 12 cm Decompondo o 10U cos = 0,8 sen = 0,6 20 U S2 = a2 + b2 + 2.a.b.cos Segundo a questão, S = 13, a = 8, b = 7 , = ? 12 cm 132 = 82 + 72 + 2 x 8 x 7.cos 12 cm - 5 cm 169 – 64 – 49 = 112. cos 5 cm 5 cm b a 5 cm d 12 cm 5 cm 12 cm a ( a) ( d vetor b , a fim de encontrar o vetor – b , prontamente determinamos o diferença = 60 Aula 1 - Questão 14 - resolução a) deslocando, convenientemente, o vetor a , e invertendo a flecha do cos = 0,5 56 = 112. cos 12 cm b ) 5 cm d = a + (– b ) graficamente. o seu módulo, como se a -b -b pode verificar na figura acima, vale : 3 d = 12 + 12 = 24 cm 4 Aula 1 - Questão 11 – resolução7 pitágoras |d | =5 d Decompondo o 10U cos = 0,8 sen = 0,6 6U 10 U.sen 4U 10 U.cos 8U a 3U pitágoras 10 U 4U 3U 6U = -b a d -b 3U 4U 8U 3U b b) 10 U 10 U 10 U a) = 4U = 5U Contando quadradinhos vemos que : |d | = 6 Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 419 Aula 1 - Questão 15 - resolução a) a = 2i + 2j, b = 5i 2j letra C- resolução: d = a b = 2i + 2j (5i 2j) = 3i + 4j 32 42 = 5 |d |= 6 30o 2X 8 30o 6 b) a = +4i + 3j, b = 2i + 3j 30o 62 02 = 6 |d |= 30o 6 6 Aula 1 - Questão 16 – resolução m A .VA m B .VB = m A mB Vcm 30o 30o 6 120o 12.i 20.j 12.i 2.j 24.i 18.j = Vcm = 6 6 Vcm = ( 4.i + 3.j ) m/s | Vcm | = 4 2 3 2 = 5 m/s 6 letra A - resolução: 6 6 2X 2 6 8 2X 6 6 2X 0 2X 0 2x 6 8 8 6 pitágoras: (2x)2 = (8) 2 + (6)2 2 x = 10 x =5 0 8 graficamente, vem: pitágoras: (2x)2 = (8)2 + (6)2 2x = 10 x=5 2x 8 2X 6 2 2X 8 Aula 1 - Questão 18 - resolução 6 2X 8 4.( 3.i 5.J) 2.( 6.i 1.j ) 42 = 2X 8 30o d = a b = +4i + 3j (2i + 3j) = 6i + 0j 6 letra B- resolução: 4 2X 60o 60o 4 6 4 2X 4 2X 6 2X 6 4 6 4 4 8 graficamente, vem: 6 2x 8 pitágoras: (2x)2 = (8) 2 + (6)2 2 x = 10 x =5 Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 420 AULA 2 – DE ARISTÓTELES A GALILEU Aula 2 - Questão 5 - resolução a) sim, o corpo está em equilíbrio visto que, segundo o enunciado, ele está se deslocando em MRU e, conforme você leu na evolução das idéias do Aristóteles ao Galileu, o MRU é um dos dois possíveis estados de equilíbrio, chamado de equilíbrio dinâmico, isto é, equilíbrio com velocidade. Para um observador na margem do rio vendo o barco passar e a pedra b) FR = 0, a caixa move-se em equilíbrio, as forças devem se cancelar ao longo de cada eixol cair, esse movimento resultante é parabólico, como mostra a trajetória azul na figura acima. Para quem está no interior da embarcação, barco e pedra se movem em MRU para frente e, portanto, o MRU não é percebido, apenas a queda livre é notada. Assim, para quem está no barco, a pedra descreverá um Fat N movimento de queda vertical, como mostra a trajetória vermelha acima. Navio e pedra se movem para frente enquanto a pedra despenca em Pcos P.Sen queda livre. Para qualquer observador, entretanto, a pedra cai no pé do mastro. c) conceito de Inércia Aula 2 - Questão 16 - resolução Portanto Fat = P.sen = 40 x 0,5 = 20 N. Não ache que o corpo estará parado pelo fato de P.sen = Fat . Lembrese que, se a resultante das forças sobre o corpo é nula, ele pode estar parado ou em MRU. Se as caixas se movem em MRU em relação à Terra, a resultante das forças que agem em qualquer uma das caixas é nula. Ambas as caixas têm a mesma velocidade V constante em relação à terra, portanto estão em repouso entre si. A está parado em relação a B Lógico que, para essa caixa começar a andar, inicialmente, P.sen foi maior que o Fat, mas agora que ela estah em MRU, certamente tem-se P.sen = Fat. Do contrário, se P.sen > Fat, a sua velocidade estaria aumentando, o que não é verdade no movimento em questão (MRU). Aula 2 - Questão 11 - resolução a) Aristóteles ignora a inércia. Para ele, quando a pedra perde o contato B B B A A A v v com as mãos da pessoa, ela deixa de ir para frente, deixando de acompanhar o movimento horizontal do barco, ficando, portanto, para trás, Qual caixa tende a ultrapassar a outra ? resp: nenhuma. visto que nenhuma força a empurra mais pra frente. Entretanto, a pedra tendência de escorregamento relativo, portanto não há atrito horizontal vai para baixo, visto que ela é puxada pra baixo pela força peso P. Para agindo na fronteira entre as caixas. O atrito só aparece quando ele é Aristóteles, o movimento numa direção so ocorre na presença de força requisitado para tentar impedir alguma tendência de escorregamento naquela direção. Portanto, a pedra deixa de ir pra frente, deixa de relativo entre superfícies. acompanhar o movimento horizontal do navio, ela simplesmente cai na Adicionalmente, se houvesse atrito, ele causaria aceleração (a ou ) vertical, portanto, segundo aristóteles, a pedra cairá atrás do mastro. e as caixas não estariam em MRU, contradizendo o enunciado. b) Galileu conhece a inércia. Para ele, quando a pedra perde o contato Ambas as caixas prosseguem em MRU por inércia, na ausência de forças com as mãos, a sua velocidade horizontal Vx permanece constante ( a horizontais empurrando uma ou outra. pedra acompanha o barco horizontalmente, por inércia) devido à ausência Para o garoto sobre a caixa A, a caixa B está simplesmente parada sobre de forças horizontais Fx. Entretanto, superposto a esse MRU pra frente A, e não há nenhuma tendência de escorregamento de uma em relação à haverá o movimento de queda livre vertical, devido à ação da força peso outra e, por isso, mesmo que as superfícies das caixas sejam rugosas, a P, que propiciará à pedra uma velocidade Vy crescente. O movimento força de atrito não estará presente, visto que a força de atrito so age global da pedra será a composição, a superposição de dois movimentos quando há alguma tendência de escorregamento entre duas superfícies simples: um MRU horizontal (por inércia) e uma queda livre vertical. O em contato mútuo. movimento observado na natureza, de fato, ocorre dessa forma. Somente o peso e a normal atuam na caixa B. Somente haveria atrito Não há entre as caixas no caso em que elas se movessem aceleradas. Fique Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física tranquilo. O prof Renato Brito falará tudo sobre atrito no capítulo 5. Take it easy ! Aula 2 - Questão 20 - resolução a) incompatível - força resultante apontando para a direita fr causando 421 Aula 2 - Questão 24 - resolução Nesse problema, o bloco A é mais pesado que B. Nesse caso, as leis de Newton garantem que o bloco A tem aceleração para baixo (tendência de movimento) e o bloco B tem aceleração para cima, mas essas leis nada afirmam sobre o sentido do movimento do blocos, isto é, sobre a velocidade deles. aceleração para a esquerda a. absurdo. b) compatível - a força resultante e aceleração do móvel apontam na mesma direção e sentido c) compatível - a força resultante e aceleração do móvel apontam na mesma direção e sentido a d) compatível - fr = 0 , nada impede que o corpo esteja em mru. móvel está indo naquele momento. a figura sugere um corpo se movendo para a direita v, de acordo com a descrição dada. Aula 2 - Questão 23 - resolução Num sistema desse tipo, a caixa mais pesada tem aceleração para baixo a B FRA FRB B A mg 2mg móvel está indo naquele momento. a figura sugere um corpo se movendo para a direita v, contradizendo a descrição dada. A T1 T1 mg e) incompatível – a velocidade de um móvel sempre indica para onde o f) compatível – a velocidade de um móvel sempre indica para onde o T1 T1 2mg No bloco A: 2m.g > T1 No bloco B: T1 > m.g FRA = 2m.g – T1 FRB = T1 – m.g Se o bloco A tem aceleração para baixo, ele pode estar descendo acelerado ou subindo retardado, ou até mesmo pode estar momentaneamente em repouso, caso ele pare a fim de inverter o sentido do movimento, como mostra a figura a seguir. Em qualquer desses casos, a aceleração do bloco A aponta para baixo, a força resultante sobre ele aponta para baixo e, portanto, o seu peso 2.mg é maior que a tração T1 (2m.g > T1 ). (é para onde ela gostaria de ir) e a mais leve. para cima. Entretanto, como nesse problema as duas caixas têm massas iguais, percebe-se que nenhuma delas terá aceleração alguma. As caixas estão em equilíbrio, o que permite ao prof Renato Brito distinguir três possibilidades: I) as caixas estão paradas em repouso (equilíbrio estático) II) a caixa A está descendo e a caixa B subindo, ambas em MRU (equilíbrio dinâmico) III) a caixa B está descendo e a caixa A subindo, ambas em MRU T1 T1 V a A a B V V Assim, vejamos cada uma das opções oferecidas na questão: a) os blocos estão necessariamente em repouso; Falsa, eles podem estar em MRU. b) se o bloco A estiver subindo, a tração no fio 1 será maior que o peso dele; Se ele estiver subindo, certamente estará subindo em MRU, em equilíbrio, por inércia e, portanto, a tração será igual ao peso dele. c) os blocos só ficam em repouso, caso estejam lado a lado, na mesma altura; Não há nenhuma razão para isso ocorrer. Os blocos ficam lado a lado V mg mg 2mg 2mg A subindo e B descendo em movimento retardado A descendo e B subindo em movimento acelerado situações, afinal, se a caixa está em equilíbrio, a resultante das forças sobre ela deve ser nula, independente dela estar parada ou em MRU. a B A a (equilíbrio dinâmico) A tração T no fio satisfaz a relação T = m.g em qualquer uma dessas T1 T1 2mg > T1 > mg 2mg > T1 > mg Assim, como os blocos têm massas diferentes, eles sempre terão aceleração e, portanto, nunca estarão em equilíbrio, conforme explicado pelo prof Renato Brito em sala. Resposta correta – letra E T1 T1 V=0 a A a B mg V=0 2mg A e B momentaneamente em repouso no instante da inversão do sentido do movimento 2mg > T1 > mg em repouso com qualquer desnível entre eles, visto que têm massas iguais. d) os blocos estão necessariamente em equilíbrio em qualquer instante; verdadeiro Aula 2 - Cinemática - Questão 1 - resolução V = d /t = 9 m / (1,5 s) = 6 m/s difícil, né ? affff e) o bloco A pode estar se movendo com aceleração constante não nula. Falso, sua aceleração é necessariamente nula, visto que os blocos têm massas são iguais. Aula 2 - Cinemática - Questão 2 - resolução Segundo o sistema métrico decimal: 1m3 1000 litros, portanto 1200 litros 1,2 m3 . O prof Renato Brito admitirá que o tanque esteja inicialmente vazio. Após 1 minuto, o volume V de água no seu interior será: Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 422 Assim, no instante t = 5 s, qual a distância D entre o sapo e a lagartixa ? A figura acima mostra que essa distância é dada simplesmente pelo teorema de Pitágoras no triângulo retângulo: D 1202 502 130cm 1,3 m H 4m 4m 5m 5m 1 minuto depois.... recipiente inicialmente vazio V=ax bx c recipiente com 1,2m3 de água H = 0,06 m = 60mm 1,2 m3 = 5m x 4m x H O nível da água sobe 60 mm a cada 60 segundos, ou seja, sobe 1 mm a cada 1 segundo portanto V = 1 mm/s Aula 2 - Cinemática página 49 - Questão 3 - resolução Qual o volume de água que evapora em 2h ? Resposta: V = 2m x 1m x 3.103 m = 6.103 m3 em 2h Esse volume corresponde a qual massa de água ? kg M = d . V = 10 3 3 6 103 m3 6kg em 2h m Isso corresponde a 6 kg de água em 120 min, ou seja, 0,05 kg de água a cada 1 minuto. Aula 2 - Cinemática página 49 - Questão 4 - resolução Se os trens se movem com velocidades 60 km/h e 40 km/h em sentidos opostos. Qual a velocidade relativa entre eles ? Ora, eles se aproximam mutuamente com uma velocidade 60 + 40 = 100 km/h. Assim, se a distância incial entre eles vale 500 km, eles vão se encontrar após t = d / V = 500 / 100 = 5 h de viagem. Durante essas 5h de viagem, a abelha está percorrendo 70 km a cada 1 hora, portanto, ela percorrerá 5 x 70 = 350 km em 5h de viagem. Você não estava pensando em calcular pedacinho por pedacinho, estava ? Aula 2 - Cinemática página 49 - Questão 5 – resolução O sapo se move ao longo do solo (direção horizontal, eixo x) enquanto a lagartixa se move ao longo da vertical (eixo y). A figura abaixo mostra a configuração inicial (t = 0) do sistema sapo + lagartixa. Y Instante t = 0 Sapo 16 cm/s Lagartixa 10 cm/s 200 cm O sapo se move com velocidade 16 cm/s, portanto, após 5 s ele terá percorrido uma distância horizontal 16 6 = 80 cm para a esquerda, portanto estará a uma distância 200 80 = 120 cm da parede vertical (veja a próxima figura). A lagartixa, por sua vez, durante esses 5 segs, percorrerá 10 cm/s 5 s = 50 cm para cima na vertical, como mostra a próxima figura. Y Lagartixa 50 cm Instante t = 5 s D Sapo 120 cm 80 cm x Aula 2 - Cinemática página 49 - Questão 6 - resolução Observando atentamente, você perceberá que a distância entre 2 picos de contração é de 2 cm. Ora, mas quanto tempo o papel milimetrado demora para percorrer 2 cm = 20 mm ? d 20mm t 0,8 s v 25mm / s Assim, vemos que o coração está dando uma contração a cada 0,8 s, portanto, nesse ritmo, ele dará quantas contrações a cada 60 segs ? Iiiisso, regra de 3 ! Vamos lá ? 1 contração 0,8 s X contrações 60 s X = 75 contrações por minuto Aula 2 - Cinemática página 48 - Questão 7 - resolução Imagine que os carros A e B (respectivamente o primeiro e o último colocado) se movem em MCU com velocidades tais que V A > VB. Segundo o enunciado, após o tempo que os carros levam para dar 10 voltas na pista, o carro A coloca UMA VOLTA de vantagem sobre o carro B. Isso indica que no dobro desse tempo (ou seja, após 20 voltas na pista), ele terá o dobro da vantagem, ou seja, colocará DUAS voltas de vantagem sobre o carro B. Assim, após o triplo desse tempo (após 30 voltas na pista), ele terá colocado TRÊS voltas de vantagens sobre o carro B. Resposta: letra C Aula 2 - Cinemática página 48 - Questão 8 - resolução d = distância Sinal 1 tem velocidade maior v1 = 7500 m/s portanto demora menos tempo, demora apenas t1 = t. Sinal 2 tem velocidade menor v 2 = 4500 m/s portanto demora mais tempo, demora apenas t2 = t + 20. Mas a distancia percorrida é sempre a mesma, portanto, usando trianglinho mágico vem: d = v1.t1 = v2.t2 7500t = 4500.(t+20) 7500t 4500t = 90000 t = 30 s Assim d = v1.t1 = 7500×30 = 225.000m = 225 km. Se preferir, pode escrever: d = v2.t2 = 4500×(t+20) = 4500×(30+20) = 225.000m = 225 km. Aula 2 - Cinemática página 48 - Questão 9 - resolução TAB + TBC + TCD = 8 horas x x x 8 x = 120 km 60 45 36 Assim, a distância total ABCD vale 3X = 360 km. Como a velocidade média prevista era de 80 km/h, o tempo previsto para essa viagem completa então era de: d 360km t 4,5 h v 80km / h O tempo de viagem previsto era de 4,5 h mas a viagem foi realizada em 8h, ou seja, a carga chegou com um atraso de 8h 4,5 h = 3,5 h. Letra C Aula 2 - Questão 10- resolução Como não se trata de um MUV, visto que a velocidade do móvel não varia lineamente com o tempo mas, sim, de forma brusca, não podemos calcular a velocidade média pela média aritmética das velocidades. Devemos buscar a definição mais geral de velocidade média: Vm D total D1 D 2 20 km 60 km 80 km 80 km 24 km/h 20 km 60 km 1 10 T total T1 T2 h 3h h 60 km/h 20 km/h 3 3 Essa é a velocidade média do carro no percurso. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física Aula 2 - Questão 11- resolução Como não se trata de um MUV, visto que a velocidade do móvel não varia lineamente com o tempo mas, sim, de forma brusca, não podemos calcular a velocidade média pela média aritmética das velocidades. Devemos buscar a definição mais geral de velocidade média: Digamos que a 1ª metade da distância percorrida valha x, a 2ª metade da distância percorrida valha x e, portanto, a distância total valha 2x. Assim, vem: D total D1 D2 x x 2x 600 Vm 75 km/h x x 10x 6x T total T1 T2 8 60 100 600 Aula 2 - Questão 19 - resolução O avião parte do repouso e sua velocidade aumenta uniformemente de 0 m/s a 100 m/s em 20 segs. Você diria que essa velocidade está aumentando de quanto em quanto, a cada 1 seg ? Sim, aumentando de 5 m/s em 5 m/s a cada 1 seg, portanto sua aceleração vale a = 5 m/s2. Qual a distancia percorrida por ele durante esses 20 segs ? N 5º segundo de queda cai 9x = 45 m 6º segundo de queda cai 11x = 55 m Ops ! O 6º segundo vai do instante t = 5s ao instante t = 6s. Ou seja, o corpo caiu durante 6 s !!!!! Qual a altura caída em 6 segs ??? H = g.t2 / 2 = 10.(6)2 / 2 = 180 m Aula 2 - Questão 33 - resolução Do gráfico V x t, se a aceleração vale a = 4 m/s2, a velocidade aumenta de 4 em 4 m/s a cada 1 seg, ou seja: 0 m/s, 4 m/s, 8 m/s...... etc V(m/s) 8 0 t(s) A X B t (s) t3 t* Aula 2 - Questão 22 - resolução Você chegará facilmente à resposta se usar o mesmo raciocínio da questão 4 de classe – método da gravata – solução geométrica. Aula 2 - Questão 32 - resolução Do gráfico V x t da queda livre na gravidade g = 10 m/s2, a velocidade aumenta de 10 em 10 m/s a cada 1 seg V(m/s) 11x 9x 7x 5x 3x 10 x 2 4º segundo de queda cai 7x = 35 m 7x Aula 2 - Questão 21 - resolução No gráfico S x t, a inclinação em cada instante está relacionada com a velocidade do móvel naquele instante. Observado a figura abaixo, vemos que, no instante t * , os gráficos do móveis têm a mesma inclinação ( = ) e, portanto, A e B têm velocidades iguais naquele instante. 1 3º segundo de queda cai 5x = 25 m 5x Também podemos usar a expressão do 0 20 Muv: s = Vo.t + a.t2 / 2 = 0 + 5.(20)2 / 2 = 1000 m = 1 km 20 2º segundo de queda cai 3x = 15 m 100 b h 100 20 1000 m 2 2 t1 t2 1º segundo de queda cai x = 5 m V(m/s) Podemos fazer pelo gráfico: D área 423 3 4 5 6 Assim, a área de 1 triângulo x vale x = 10 x 1 / 2 = 5 m. Assim, das proporções de Galileu, vem: t(s) 3x 4 x 1 2 3 4 t(s) Assim, a área de 1 triângulo x vale: x = 4 x 1 / 2 = 2 m. Assim, das proporções de Galileu, vem: 1º segundo de movimento percorre 1x = 2 m 2º segundo de movimento percorre 3x = 6 m 3º segundo de movimento percorre 5x = 10 m 4º segundo de movimento percorre 7x = 14 m Aula 2 - Questão 34 - resolução O tempo (t1) decorrido entre duas balas consecutivas é o mesmo tempo (t2) que o disco leva para girar 1 volta completa. Mas qual o tempo decorrido entre duas balas consecutivas ? Ora, 30 balas a cada 60 segs significa 1 bala a cada 2 segs. A cada 2 segs uma bala atravessa o disco, portanto, a cada 2 segs o disco dá uma volta completa. Ou seja, o disco está girando num ritmo de 1 volta a cada 2 segs, portanto (1 volta) / ( 2 segs ), ou seja, 0,5 voltas/seg ou 0,5 Hz. Aula 2 - Questão 35 - resolução O tempo (t1) que a bala demora para percorrer uma distância d 1 igual ao diâmetro (d1 = 2R) do disco é o mesmo tempo (t2) que o disco leva para girar meia volta, ou seja, sofrer um deslocamento angular = rad. Assim, temos: d deslocamento angular 2R rad t1 t 2 1 V velocidade angular V 2R V Aula 2 - Questão 36 - resolução Essa questão segue o mesmo raciocínio da questão 16 de classe. A diferença é apenas que quem faz o papel da correia que transmite a rotação de uma roda, nessa questão, é o próprio chão. V1 = V2 1.R1 = 2.R2 2..f1.R1 = 2..f2.R2 40 pedaladas f1.R1 = f2.R2 .3R f2 .R f2 = 2 Hz 60s Aula 2 - Questão 37 - resolução Essa questão segue o mesmo raciocínio da questão 16 de classe. A diferença é apenas que quem faz o papel da correia que transmite a Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física 424 rotação de uma roda, nessa questão, é o próprio contato entre as rodas, sem que haja escorregamento. V1 = V2 1.R1 = 2.R2 2..f1.R1 = 2..f2.R2 1 voltas 1 voltas f1.R1 = f2.R2 8 f2 5 f2 40s 25 seg 2 Hmax = g.t 2 / 2 , onde t = tsub = tdescida = 8 segs / 2 = 4 segs Hmax = 10.(4)2 / 2 = 80 m A = Vx . t Vôo 240 = Vx . 8 Vx = 30 m/s Tsub = Voy / g 4 = Voy / 10 Voy = 40 m/s 1 segs 25 f2 volta (Vo)² = (Vx)² + (Voy)² Vo = 50 m/s Aula 2 - Questão 38 - resolução Essa questão segue o mesmo raciocínio da questão 16 de classe. A diferença é apenas que quem faz o papel da correia que transmite a rotação de uma roda, nessa questão, é o próprio contato entre as rodas, sem que haja escorregamento. V1 = V2 1.R1 = 2.R2 2..f1.R1 = 2..f2.R2 1 voltas voltas f1.R1 = f2.R2 3 4 f2 60 f2 s 5 seg 1 segs 2 5 f2 volta Aula 2 - Questão 40 - resolução Olhe bem a figura. Veja quem é a coroa e quem é a catraca na bicicleta (bike). Nessa questão, são válidas as seguintes relações: Vcoroa = coroa . Rcoroa (eq1) Vcatraca = catraca . Rcatraca (eq2) Como a correia transmite a rotação da catraca à coroa, sem escorregamento, podemos escrever: Vcoroa = Vcatraca coroa . Rcoroa = catraca . Rcatraca (eq3) Como a catraca e a roda de trás estão compartilhando o mesmo eixo, podemos escrever: catraca = roda (eq4) Além disso, a velocidade de translação da bike é a velocidade da periferia da roda de trás, ou seja: Vbike = Vroda = roda . Rroda, lembrando de eq4, vem: Vbike = catraca . Rroda, lembrando de eq3, vem: Vbike Aula 2 - Questão 43 - resolução R coroa . coroa . R roda Vbike R catraca coroa R coroa . Rroda R catraca cons tante Aula 2 - Questão 44 - resolução A = Vx . t Vôo = 30 x 4 = 120 m Vx = Vo.cos 30 = Vo. cos 60o Vo = 60 m/s Aula 2 - Questão 45 - resolução Hmax = g.t 2 / 2 , onde t = tsub = tdescida 45 = (10).t 2 / 2 t = tsub = tdescida = 3 s Tvôo = tsub + tdescida = 3 + 3 = 6 s A = Vx . t Vôo = 5 x 6 = 30 m Aula 2 - Questão 46 - resolução Decompondo as velocidades iniciais de lançamento, percebemos que VoyA = VoyB . Isso implica que, na vertical, ambos os projéteis partem com a mesma velocidade inicial Vy e sofrem exatamente a mesma aceleração a = g durante todo o movimento. Assim, os movimentos verticais de A e B serão exatamente idênticos, implicando que eles terão o mesmo tsubida, o mesmo tvôo e atingirão a mesma altura máxima Hmax. Como o alcance é dado por A = Vx. tvôo e, sendo VxB = 3.VxA (como podemos notar decompondo as velocidades iniciais) e tvôo B = tvôo A , portanto teremos AB = 3.AA. Portanto, devemos assinalar como errada a alternativa E. Aula 2 - Questão 47 - resolução (eq5) Nessa questão, o homem pedala sempre no mesmo ritmo, ou seja, coroa = constante. Nessa questão, o homem muda da catraca maior para a catraca menor (Rcatraca diminui) o que levará ao aumento de Vbike, uma vez que, conforme eq5, o produto Vbike . Rcatraca = constante, conforme eq5. No lançamento horizontal, temos H = g.t 2 / 2 , onde t = t vôo , assim: Assim, vem: Vbike R catraca Vbike R catraca Aula 2 - Questão 48 - resolução antes depois H = g.t 2 / 2 45 = 10.t 2 / 2 t vôo = 3 s Para se obter um alcance de, pelo menos 900 m, devemos ter: A = Vx . t Vôo 900 = Vo . 3 Vo = 300 m/s No lançamento horizontal, temos H = g.t 2 / 2 , onde t = t vôo . 12 6 Vbike 4,5 Vbike = 16km/h Assim, como as bolas partem de alturas H iguais, passarão o mesmo Aula 2 - Questão 41- resolução Segundo o enunciado, devemos ter V = .R = constante. Como a leitura das trilhas ocorre do centro para a periferia, a cabeça leitora lê primeiro os raios R menores e vai gradativamente se afastando do centro do disco, lendo trilhas de raios cada vez maiores. Assim, R vai aumentando, mas como V = .R = constante = 1,3 m/s , se R aumenta, então vai diminuindo. Como o período vale = 2. / , se diminui, aumenta. Como VxB = 3.VxA, é fácil ver que o alcance horizontal da bola B será Aula 2 - Questão 42 - resolução b) Amax = tempo no ar ( t vôo A = t vôo B ). três vezes maior que o alcance horizontal da bola A (A = Vx . t Vôo) Aula 2 - Questão 50 – resolução a) O maior valor possível para o seno de qualquer ângulo vale 1, que ocorre quando esse ângulo vale 90º, afinal, sen90o = 1. Assim, para que sen(2) seja máximo, devemos ter 2 = 90º, portanto, = 45º. Hmax = g.t 2 / 2 , onde t = tsub = tdescida = 6 segs / 2 = 3 segs Hmax = 10.(3)2 / 2 = 45 m Tsub = Voy / g = Vo.sen / g 3 = Vo.(sen 30º) / 10 Vo = 60 m/s Amax = Vo2 sen(2), para = 45º g Vo2 V2 V2 sen(90º) = o ×1 = o g g g Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física c) A questão está pedindo o valor de Hmax = Vo2 sen2 para =45º , . g 2 portanto, vamos calcular: Vo2 sen2 V2 ( 2 / 2)2 Vo2 . o. g 2 g 2 4g Hmax = Essa questão requer que lembremos das fórmulas de lançamento de projéteis (infelizmente) : Hmax A= 2 sen = . g 2 (eq1) Do triângulo retângulo da figura acima, podemos escrever: H max A 2 30 2 10 sen(90o) = 900 10 x 1 = 90 m A única força que age na bola, durante o seu vôo (desprezando a resistência do ar) é a força peso, resultado da atração entre a massa da Terra e a massa da bola. Lembre-se de que velocidade não é força ! A força que jogador aplicou na bola, no momento do arremesso, só atua na bola enquanto as mãos estão em contato com a bola. Como diria o prof Renato Brito, as mãos do jogador não vão junto com a bola durante o seu vôo ! A/2 tg g sen(2) = Aula 2 - Questão 4 – Página 74 - resolução Hmax Aula 2 - Questão 5 Pág 74 – resolução (resposta correta – letra D) (eq3) Como o prof Renato Brito costuma dizer, POR DEFINIÇÃO, o dinamômetro é, meramente, um medidor de tração T no fio. A força que o homem aplica na corda é a própria tração T. A força que Substituindo eq1 e eq2 em eq3, vem: tg 2 Vo Aula 2 – O Conceito de Força a corda aplica à caixa (e vice-versa) também se chama tração T. Segundo o enunciado, a 2 sen g 2 . Nessa questão, faremos uso da expressão do alcance horizontal já utilizada na questão 45. A condição de máximo alcance é obtida considerando = 45o. Lembrando que 108 km/h = 30 m/s, vem: Amax = Vo2 V2 sen(2) = o .2.sen().cos() (eq2) g g Vo2 Na questão da Unifor, a altura maxima desejada é a altura TOTAL em relação ao chão, e vale, portanto: Htotal = H + 1,70 = 500 + 1,7 = 501,70 m Aula 2 - Questão 53 – resolução Aula 2 - Questão 51 – resolução Vo2 425 H max sen tg 2 A 2 . cos 2 Vo .sen. cos 2 g tg tg 2 tração T marcada no dinamômetro permanece constante. Segundo o enunciado, o coeficiente de atrito cinético, bem como o Fat cinético, têm intensidades variáveis . A seguir, o prof Renato Brito analisará cada alternativa : tg 1 tg 2 a) a força resultante que atua no objeto é constante. A força resultante é FR = T – fat, sendo T constante e Fat variável, Aula 2 - Questão 52 – resolução A altura H mostrada na figura pode ser determinada a partir da expressão abaixo: B portanto, FR é variável. b) o objeto está deslocando-se com velocidade constante; Com base no enunciado, nada se pode afirmar sobre isso. c) o valor da força de atrito entre o objeto e a superfície é dado pela leitura do dinamômetro. H O dinamômetro mede a tração T no fio, por definição. C A d) a força que a pessoa aplica no objeto é constante; Sim, visto que essa força é a tração T constante registrada pelo 1,70 m D V 2 sen2 2002 (1/ 2)2 H o . . 500m , visto que sen30o =1/2 g 2 10 2 Outra maneira de calcular essa altura H na figura seria, primeiro, calculando o tempo de subida de A para B usando a cinemática somente na vertical: Vy Voy g.t 0 Vo.sen30 g.t 0 200.(0,5) 10.t t 10s Em seguida, calculamos H na figura usando: H g.t 2 10.(10)2 500m 2 2 dinamômetro. e) a força de atrito entre o objeto e a superfície é constante. Não, ela é variável, visto que o coeficiente de atrito cinético entre o solo e o objeto é variável. Aula 2 - Questão 18 - resolução Qual o ritmo com que a velocidade horizontal da caixa aumenta ? De acordo com a tabela, a velocidade da caixa aumenta V = 10 m/s a cada t = 2s, o que dá uma taxa de variação: a = V/t = 10 / 2 = 5 m/s2 . Mas qual a força horizontal culpada pelo aparecimento dessa aceleração horizontal (veja figura adiante) ? Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br Física Ora, certamente é a força FX , que causa uma aceleração a de acordo com a 2ª Lei de Newton: FX = m. a F.cos = m . a F . 0,5 = 10 x 5 F = 100 N k.x M.g FY k.x N1 P m.g Como a caixa não apresenta aceleração na vertical, a força resultante na vertical deve ser nula. Assim, o prof Renato Brito pode escrever : N + FY = P N + F.sen = P N + 100 x 0,86 = 100 N = 14 newtons Aula 2 - Questão 20 - resolução A caixa B é a mais pesada e acelera ladeira abaixo (figura 2), ao contrário da caixa A, que acelera ladeira acima (figura 1). Assim, podemos escrever a lei de Newton para caixa e resolver o sistema. T a n . se PA Figura 1 (caixa A – figura 1) T – PA .sen = mA . a T – 50 .( 0,6 ) = 5 . a T – 30 = 5 . a k.x N1 FX T a n . se PB Figura 1 CASO 2- MOLA COMPRIMIDA: Já na figura 2 a mola encontra-se comprimida. Assim, essa mola está empurrando tudo a sua volta. Por exemplo, ela empurra o teto da caixa para cima k.x e empurra a bola preta para baixo k.x. Portanto, sobre a bola agem duas forças k.x e m.g prá baixo e, inevitavelmente, essa bola está acelerada para baixo FR a2 . Assim, essa bola tanto pode estar descendo v acelerada a2 , como pode estar subindo figura 2 (caixa B – figura 2) PB .sen – T = mB . a 150.(0,6) – T = 15.a 90 – T = 15.a Somando membro a membro, vem: 90 – 30 = 20.a a = 3 m/s2 Substituindo, vem: T – 30 = 5 . a T – 30 = 5 x 3 T = 45 N v retardada a2 . Como ocorre em todos os instantes, a caixa na figura 2 está em equilíbrio e, portanto, podemos escrever N2 + k.x = M.g N2 = M.g – k.x N2 < M.g [eq-2]. A balança registrará um valor N2 menor que o peso M.g da caixa nesse caso. mola comprimida N k.x mola elongada 426 k.x k.x M.g k.x N2 Aula 2 - Questão 21 - resolução FR = M.a M.g – T = M.a FR = M.a T + M.g.sen = M.a Resolvendo-se o sistema de equações acima, determina-se a tração T e a aceleração a. k.x N2 a2 m.g Aula 2 - Questão 24 - resolução CASO 1- MOLA ELONGADA: Na figura 1, a mola encontra-se elongada, portanto está puxando tudo a sua volta. Por exemplo, ela puxa o teto da caixa para baixo k.x e puxa a bola preta para cima k.x. Portanto, sobre a bola agem duas forças k.x e m.g . Figura 2 CASO 3- MOLA MOMENTANEAMENTE RELAXADA: A figura 3 mostra o exato instante em que a mola atinge o seu comprimento natural, isto é, o exato instante em que sua deformação é Dependendo da deformação x da mola, a resultante sobre a bola na figura 1 pode ser prá cima (k.x > m.g), prá baixo (k.x < m.g) ou até momentaneamente nula, no lapso instante em que ocorrer k.x = m.g. Assim, não há temos como concluir para onde aponta a aceleração da bola da figura 1. A caixa, entretanto, está sempre em equilíbrio e, assim, podemos escrever N1 = k.x + M.g [eq-1] e, portanto, N1 > M.g na figura 1. A balança registrará um valor N1 maior que o peso M.g da caixa nesse caso. momentaneamente nula x = 0. Essa situação ocorre uma única vez durante a subida da bola e outra vez na descida. Nesse lapso instante, a mola não exerce força elástica alguma (x = 0, k.x = 0). Sobre a bola, portanto, só agirá a força peso m.g, portanto a bola certamente está acelerada para baixo. Uma vez mais, existem duas possibilidades para o movimento da bola nesse instante: essa bola tanto pode estar descendo v acelerada a3 , como pode estar subindo v retardada a3 . Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br mola relaxada ( x = 0) Física M.g N3 N3 427 AULA 3 – Estudo do Atrito Aula 3 - Questão 3 - resolução O enunciado da questão garante que o sistema encontra-se em equilíbrio. Assim, podemos escrever: Equilíbrio da caixa A: T1 = PA = 50N Equilíbrio da caixa C: T2 = PC = 40N T2 T1 a3 B m.g T1 T2 A Figura 3 Como ocorre em todos os instantes, a caixa na figura 3 está em equilíbrio e, portanto, podemos escrever N3 = M.g [eq-3]. Nesse lapso instante, a balança portanto registrará um valor N3 igual ao peso M.g da caixa. Agora, vejamos as opções dessa questão - A respeito da marcação da balança, pode-se afirmar que: a) sempre acusará um peso maior que M.g falsa, a normal da caixa pode ser maior ou menor que M.g, dependendo do estado da mola. b) quando a esfera pára na altura máxima, a balança acusará um peso maior que M.g falsa, pois nesse caso teremos mola comprimida (figura 2) e, segundo (eq-2), teremos N2 < M.g, ou seja, a balança marcará um valor menor que o peso M.g da caixa. c) quando a esfera sobe em movimento acelerado, a balança acusará um peso menor que M.g falsa, pois esfera subindo acelerada requer v, a, o que só pode ocorrer na esfera da figura 1, no caso em que tivermos k.x > m.g. Assim, se a bola estiver subindo acelerada, a mola só pode estar elongada (figura 1) e, nesse caso, segundo [eq-1] teremos N1 > M.g, isto é, a balança estará marrando um valor maior que o peso M.g da caixa. d) quando a esfera passa pela posição em que a mola encontra-se no seu comprimento natural, a balança acusará um peso M.g Verdadeiro. Isso ocorre na figura 3. e) quando a esfera passa pela sua posição de equilíbrio, a balança acusará um peso M.g falsa. Para a esfera estar momentaneamente em equilíbrio, a resultante das forças que agem sobre a esfera deve ser nula e isso só tem como acontecer na figura 1, no caso em que k.x = m.g. Assim, quando a esfera estiver momentaneamente em equilíbrio, a mola estará elongada (figura 1) e, segundo [eq-1], teremos N1 > M.g , isto é, a balança estará marrando um valor maior que o peso M.g da caixa. PA PC Assim, sendo T1 > T2 , a caixa B tende a escorregar prá esquerda em relação ao piso. Como o enunciado garante que a caixa B também está em equilíbrio, certamente há uma Fat agindo nela impedindo esse escorregamento: tendência de escorregamento T2 T1 B T1 T2 A C PA PC Assim, para o equilíbrio da caixa C, o prof Renato Brito pode escrever : T1 = T2 + Fat 50 = 40 + Fat Fat = 10 N T2 T1 B Fat T2 T1 A C PA PC 40N 50N B 10N Aula 2 - Questão 26 - resolução F2 F1X = m.a F2 F1.cos60o = m.a 30 40.(0,5) = 2.a a = 5 m/s2 Aula 2 - Questão 27 - resolução F1 f = MA.a 41 f = 8.a (eq1) C 40N 50N A C 50N 40N Aula 3 - Questão 7 - resolução A caixa B tende a escorregar prá cima ou prá baixo ? Para responder isso, f F2 = MB.a f 13 = 6.a (eq2) devemos analisar quem é maior, M.g ou M.g.sen ? Ora, sabemos que somando eq1 e eq2, membro a membro, vem: 41 13 = 14.a a = 2 m/s² f 13 = 6.a f 13 = 6.(2) f = 25 N 0 < sen < 1, portanto, M.g > M.g.sen. o seno de qualquer ângulo agudo está sempre na faixa Assim , a caixa B tende a escorregar ladeira acima e, portanto, recebe um Fat ladeira abaixo, como mostra a figura acima. Como o enunciado garante que o sistema encontra-se em equilíbrio, podemos escrever: Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br CALENDÁRIO DAS AULAS FRENTE 2 – 1º semestre 2014 ANUAL DE FÍSICA PARA MEDICINA - Prof. Renato Brito Compromisso com a sua aprovação Código da Aula Dia e Horário da Aula OPTICA 1 13 de fevereiro (5ª feira) – 18h às 22h30 OPTICA 1 14 de fevereiro (6ª feira) – 14h às 18h30 OPTICA 2 20 de fevereiro (5ª feira) – 18h às 22h30 OPTICA 2 21 de fevereiro (6ª feira) – 14h às 18h30 OPTICA 3 27 de fevereiro (5ª feira) – 18h às 22h30 OPTICA 3 28 de fevereiro (6ª feira) – 14h às 18h30 OPTICA 4 06 de março (5ª feira) – 18h às 22h30 OPTICA 4 07 de março (6ª feira) – 14h às 18h30 OPTICA 5 20 de março (5ª feira) – 18h às 22h30 OPTICA 5 21 de março (6ª feira) – 14h às 18h30 OPTICA 6 27 de março (5ª feira) – 18h às 22h30 OPTICA 6 28 de março (6ª feira) – 14h às 18h30 TERMOD 1 03 de abril (5ª feira) – 18h às 22h30 TERMOD 1 04 de abril (6ª feira) – 14h às 18h30 TERMOD 2 10 de abril (5ª feira) – 18h às 22h30 TERMOD 2 11 de abril (6ª feira) – 14h às 18h30 TERMOD 3 24 de abril (5ª feira) – 18h às 22h30 TERMOD 3 25 de abril (6ª feira) – 14h às 18h30 TERMOD 4 08 de maio (5ª feira) – 18h às 22h30 TERMOD 4 09 de maio (6ª feira) – 14h às 18h30 TERMOD 5 15 de maio (5ª feira) – 18h às 22h30 TERMOD 5 16 de maio (6ª feira) – 14h às 18h30 TERMOD 6 22 de maio (5ª feira) – 18h às 22h30 TERMOD 6 23 de maio (6ª feira) – 14h às 18h30 ESTÁTICA 29 de maio (5ª feira) – 18h às 22h30 ESTÁTICA 30 de maio (6ª feira) – 14h às 18h30 GRAVITAÇÃO 05 de junho (5ª feira) – 18h às 22h30 GRAVITAÇÃO 06 de junho (6ª feira) – 14h às 18h30