Administração de Recursos
Físicos – Papel do Enfermeiro
Prof.ª: Luciene Mª Soares
8º P. Enfermagem
Recurso Físico

Entende-se como recurso físico toda
a estrutura predial necessária para
execução das atividades de saúde.
Alguns autores os definem como
áreas internas e externas que
compõem estes serviços.
A RDC 50/2002
Dispõe sobre o regulamento
técnico
para
planejamento,
programação,
elaboração
e
avaliação de projetos físicos de
Estabelecimentos assistenciais
de saúde (EAS).
RDC ANVISA 307/02
Altera a Resolução - RDC nº 50 de
21 de fevereiro de 2002 que dispõe
sobre o Regulamento Técnico para
planejamento,
programação,
elaboração e avaliação de projetos
físicos
de
estabelecimentos
assistenciais
de
saúde.
RDC ANVISA 189/03
Dispõe sobre a regulamentação dos
procedimentos de análise, avaliação e
aprovação
dos
projetos
físicos
de
estabelecimentos de saúde no Sistema
Nacional de Vigilância Sanitária, altera o
Regulamento Técnico aprovado pela RDC nº
50, de 21 de fevereiro de 2002 e dá outras
providências.
A Arquitetura Hospitalar
A
arquitetura
hospitalar
deve
concentrar-se
em
atender
três
preocupações
básicas:
aspectos
funcionais, aspectos técnicos e os
aspectos psicossociais.
 Um hospital com edificação onerosa
não necessariamente indicará uma boa
qualidade.

A Arquitetura Hospitalar
Estudos mostram que há muitos
casos relacionados com danos à
saúde do trabalhador devido ao
espaço físico hospitalar inadequado.
A edificação então deve auxiliar o
trabalho dentro da instituição e
ajudar a facilitar o fluxo de usuários.
Papel do Enfermeiro


É através do diagnóstico administrativo,
muito comumente realizado pelo enfermeiro,
que se consegue averiguar os pós e contras
do hospital tanto em funcionamento quanto
em arquitetura.
A participação já existente e “indireta” da
enfermagem fica explicita visto que, o
enfermeiro responsável por cada setor
conhece as necessidades diárias para um
atendimento de qualidade.
Papel do Enfermeiro

A definição das prioridades, assim como
seus critérios, pertence à diretoria, que
concentra todo o processo decisório. Os
enfermeiros participam como geradores
de
informação
e
conhecimento,
subsidiando a tomada de decisão através
do levantamento de dados e identificação
das necessidades assistenciais e das
demandas.
Ambiente Externo:
Corredores

Os corredores destinados a circulação de
pacientes devem possuir corrimãos em ao
menos uma parede a uma altura de 80 a 92
cm do piso. Os bate-macas podem ter
também a função de corrimão. Para aqueles
com circulação de pacientes ambulantes,
em cadeira de rodas, macas ou camas,
devem
ter largura mínima de 2m, não
podendo ser utilizados como área de
estacionamento de carrinhos.
Portas



Todas as portas de acesso a pacientes
devem ter dimensões mínimas de 0.80 (vão
livre) x 2.10m, inclusive sanitários.
Todas as portas utilizadas para passagem de
macas ou camas devem ter dimensões
mínimas de 1.10 (vão livre) x 2.10m.
As portas de banheiros e sanitários de
pacientes devem abrir para fora, para facilitar
a retirada do mesmo caso esteja caído atrás
da porta.
Portas



As portas devem ser dotadas de fechaduras
que permitam facilidade de abertura em
caso de emergência e barra horizontal a 90
cm do piso.
As portas de salas cirúrgicas, quartos de
isolamento e quartos ou enfermarias
pediátricas devem possuir visores.
As maçanetas das portas devem ser do tipo
alavanca ou similares.
Unidade de Internação
Internação geral: Lactente, criança,
adolescente, adulto e idoso.
 Posto de enfermagem e prescrição
médica: Um posto para cada 30 leitos
com 6.0m²
 Área para prescrição médica: 2.0m².
 Sala de exames e curativos: uma a
cada 30 leitos com 7.5m².

Quartos
Quarto, enfermaria de adolescente/adulto:
A cada 30 leitos deve existir no mínimo 01
quarto para isolamento.
 Quarto com 01 leito 10m², com 02L 7m²,de 03
a 06L 6m² (máximo 6l por enfermaria).
 Distância entre leitos paralelos 1m, distância
entre leito e parede (cabeceira inexistente),
pé do leito 1.2m, lateral 0.5m.

Unidade de Terapia Intensiva

É obrigatória a existência em hospitais
secundários
e
terciários
com
capacidade de 100 leitos, bem como
nos especializados que atendam
pacientes graves ou de risco e em EAS
que atendam gravidez e parto de alto
risco. Este deve dispor de UTI adulto e
neonatal.
Unidade de Terapia Intensiva
Deve ser previsto um quarto de
isolamento para cada 10 leitos de
UTI.
 Dimensão: Estes devem ter 10m²
com distância de 1m entre paredes e
leito, exceto cabeceira, pé do leito
maior 1.2m.

Centro Cirúrgico

Os materiais adequados para o revestimento
de paredes, pisos e tetos de ambientes de
áreas semicríticas e criticas devem ser
resistentes a lavagem e ao uso de
desinfetantes. É indicado utilizar itens de
acabamento com menor número possível de
ranhuras e fresas, mesmo após o uso e a
limpeza frequentes.
Centro Cirúrgico



A junção entre o rodapé e o piso deve ser
feita de forma a permitir a completa limpeza
do canto formado.
Iluminação: Nas salas cirúrgicas, além das
lâmpadas fluorescentes no teto, é necessário
que exista a iluminação direta com foco
cirúrgico.
Para salas específicas de transplante e
ortopedia, recomenda-se o uso de fluxo
laminar
Centro Cirúrgico
Posto de enfermagem e serviços:
Um a cada 12 L. de RPA com 6m².
 Área de escovação: Até 2 salas
cirúrgicas 2 torneiras para cada
sala. Mais de 2 salas, duas torneiras
a cada novo par de salas.

Salas Cirúrgicas
Sala de pequenas
cirurgias:
Endoscopia, oftalmologia, otorrrino,
etc.
 Sala média de cirurgia geral.
 Sala grande de cirurgia ortopédica,
neurologia , cardiologia, etc.

Salas Cirúrgicas
Duas salas para cada 50 leitos não
especializados ou para cada 15L
cirúrgicos deve haver uma sala.
 Estabelecimentos
especializados
necessitam de cálculo específico.

Dimensão Salas Cirúrgicas
Sala
pequena:
20.0m²,
com
dimensão mínima de 3.45m.
 Sala média: 25m² com dimensão
mínima de 4,65m.
 Sala grande: 36m², com dimensão
mínima de 5.0m.
 A sala pode conter uma única mesa
cirúrgica.

CME - Localização





Na arquitetura hospitalar, próxima aos
centros
fornecedores
(almoxarifado
e
lavanderia);
comunicação e bom trânsito com os centro
recebedores;
Agregada ao bloco cirúrgico;
Setor a parte, independente e específico;
Empresas terceirizadas desvinculadas das
instituições de saúde.
Estrutura Física da CME


fluxo contínuo e unidirecional do artigo;
barreiras físicas entre as áreas;
Estrutura Física da CME
•
•
As paredes e pisos devem ser de
material
que
suporte
limpeza
contínua e que não libere partículas;
Recomenda-se o uso de pisos
vinílicos por serem menos duros, de
fácil conservação e limpeza.
Estrutura Física da CME
•
•
•
•
A temperatura em todas as áreas de
trabalho deve ser entre 21 e 25°C;
A iluminação deve ser adequada,
conforme as normas técnicas;
As pias para lavagem de mãos devem
estar disponíveis e de fácil acesso em
todas as áreas;
Superfícies e equipamentos devem ser
limpos em escala regular e quando
necessário.
Estrutura Física da CME
•
•
•
•
Janelas amplas, altas e fechadas. Em
caso de ventilação natural, as janelas
devem ser teladas para evitar entrada
de vetores;
Torneiras com disponibilidade de água
quente e fria;
Adaptações para possibilitar a limpeza
de tubulações e artigos com lumens;
Balcões em aço inoxidável.
Referências


BRASIL, Ministério da Saúde. Resolução RDC 50
de 21/02/02, RDC 307/02, RDC189/02. Dispõe
sobre o regulamento técnico para planejamento,
programação, elaboração e avaliação de projetos
físicos de estabelecimentos assistenciais de
saúde. Diário Oficial da Republica Federativa do
Brasil, Brasília, 10 nov. 2002.
SOBECC, Sociedade Brasileira de Enfermeiros
de centro cirúrgico, recuperação anestésica e
centro de material e esterilização.
Práticas
Recomendadas. 4 ed. São Paulo, 2007.
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RDC 50 - papel do enfermeiro