EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, INTERDICISPLINARIDADE E INCLUSÃO SOCIAL NUMA TURMA DE PEDAGOGIA COM ALUNOS SURDOS UTILIZANDO O TANGRAM Josinalva Estacio Menezes UFRPE/DE/PPGEC/LACAPE - [email protected] Vladimir Lira Veras Xavier de Andrade DFM/UFRPE - [email protected] Josivaldo de Souza Brito UFRPE/DE/PPGEC/LACAPE - [email protected] Maria de Fátima Neves Cabral FACHO - [email protected] RESUMO Este trabalho corresponde à comunicação de uma pesquisa realizada numa instituição de ensino superior de Olinda. Nosso objetivo geral foi apresentar as impressões em 18 alunos de Pedagogia, sete deles surdos, sobre o ensino de Matemática com o uso de jogos em interdisciplinaridade com história, desenho, informática e arte, assistidos por uma intérprete da linguagem de sinais (LIBRAS). Realizamos uma oficina de Tangram, com duração de 3 horas, usando material concreto e software. No final, solicitamos uma avaliação informal e verbal (ou em LIBRAS) dos alunos sobre o trabalho. Os discentes consideraram a atividade interessante, motivadora, útil para o seu futuro trabalho, de modo que consideramos viável esse tipo de trabalho. Palavras-chave: interdisciplinaridade. Tangram . ensino-aprendizagem. INTRODUÇÃO Para superar a desigualdade de oportunidades sociais, evidenciadas no país ao longo de sua história, é preciso que sejam abertas oportunidades no mercado de trabalho e que as pessoas não sofram descriminação. Esta desigualdade, que contribui para a estruturação de uma grande dívida social, com reflexo em diversas áreas, se torna mais relevante junto aos portadores de necessidades especiais. As pessoas que MENEZES, J., ANDRADE, V., BRITO, J., CABRAL, M. Educação Matemática, Interdicisplinaridade e Inclusão Social numa Turma de Pedagogia com Alunos Surdos Utilizando o Tangram. In Anais do SIPEMAT. Recife, Programa de Pós-Graduação em Educação-Centro de Educação – Universidade Federal de Pernambuco, 2006, 9p. apresentam deficiências precisam ultrapassar barreiras, desde sua infância, quando existe a necessidade da inclusão dentro de um contexto social, até a sua idade adulta. A educação especial é uma forma de perspectiva de integração social com abordagem interativa por parte de seus educandos, conforme contempla o texto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), em seu Art. 58: “Entende-se por educação especial, para efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais”. Prossegue no seu § 2°: “ O atendimento educacional será em classes, escolares ou serviços especializados, sempre que, em função de condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular.” Os princípios constitucionais estabelecem que a educação é um direito de todos e um dever do estado e da família. Deverá ser “promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa ao seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (Constituição Brasileira – Art. 205). O cumprimento da lei nem sempre é um fato, pois precisa da conscientização da sociedade como um todo, para a sua plena realização. Diante deste cenário legal de inclusão social, a Faculdade de Ciências Humanas de Olinda – FACHO se insere com uma proposta educacional baseada nos princípios norteadores de sua missão e, materializando a sua proposta pedagógica, a FACHO vem inserir e incentivar a educação dos surdos de uma forma mais ampla na sociedade, através do ingresso destes alunos no Curso de Pedagogia. Assim sendo, a Habilitação em Educação Especial para Deficientes Auditivos do Curso Pedagogia foi implantada em 1976, objetivando formar um profissional que domine o conhecimento de técnicas especificas para atender aos educandos com necessidades especiais (deficiências em áudio comunicação), tendo sido concretizado o binômio teoria/prática com a criação da Escola de Aplicação para crianças surdas, vinculada ao curso de Pedagogia da FACHO. Em 2 MENEZES, J., ANDRADE, V., BRITO, J., CABRAL, M. Educação Matemática, Interdicisplinaridade e Inclusão Social numa Turma de Pedagogia com Alunos Surdos Utilizando o Tangram. In Anais do SIPEMAT. Recife, Programa de Pós-Graduação em Educação-Centro de Educação – Universidade Federal de Pernambuco, 2006, 9p. 2003, a FACHO abriu inscrição no seu vestibular para alunos surdos, no Curso de Pedagogia. Foram classificados no processo seletivo dez (10) surdos para cursar o 1º período letivo, com o apoio constante de um intérprete de Língua Brasileira de Sinais-LIBRAS e apoio pedagógico especializado. Essa iniciativa traz uma contribuição ao processo de inclusão social no sentido de proporcionar igualdade de oportunidades às pessoas surdas e ouvintes do Curso de Pedagogia, utilizando a transdiciplinariedade na disciplina de metodologia do ensino da matemática, além de construir e utilizar recursos visuais para favorecer o processo ensino aprendizagem. Uma das recomendações dos PCN para o ensino é o recurso à contextualização e à interdisciplinaridade, sendo uma das atividades mais propícias para isso, o ensino com jogos. Trabalhos e pesquisas já realizados, neste sentido, têm apresentado resultados positivos para o processo de ensino-aprendizagem (BRITO e MENEZES, 2004). No contexto da inclusão social, consideramos pertinente realizar um trabalho com surdos nessa perspectiva. Assim, objetivamos apresentar as impressões sobre o ensino de matemática com o uso de jogos em interdisciplinaridade com a história, o desenho, a informática e a arte numa turma de Pedagogia com alunos surdos. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA O Tangram foi trazido da China para o Ocidente por volta da metade do século XVIII e em 1818 já era conhecido na Alemanha, França, Itália, Áustria e América, onde se tornou muito popular. A origem e o significado da palavra Tangram possuem muitas versões. A origem do nome Tangram não é muito clara, mas todas as correntes concordam num ponto: a origem chinesa. O nome chinês é Chi-Chiao, que significa "Os sete pedaços inteligentes", ou "o quebra-cabeça de sete sabedorias". A versão principal diz que um chinês chamado Tam deixou cair uma tábua quadrada de argila, a qual teria se partido em sete pedaços. Enquanto tentava juntá-los para formar novamente o 3 MENEZES, J., ANDRADE, V., BRITO, J., CABRAL, M. Educação Matemática, Interdicisplinaridade e Inclusão Social numa Turma de Pedagogia com Alunos Surdos Utilizando o Tangram. In Anais do SIPEMAT. Recife, Programa de Pós-Graduação em Educação-Centro de Educação – Universidade Federal de Pernambuco, 2006, 9p. quadrado, teria composto várias outras formas. Independente de qual a versão para origem do Tangram é a verdadeira, desde há muito tempo centenas e centenas de formas têm sido registradas em vários livros. O desafio do quebra-cabeça é recompor estas formas mudando as sete peças de posição. O Tangram tornou-se bastante popular no fim do século XIX e no início do século XX. É interessante observar que na mesma época da expansão para o Ocidente, o autor W. William publicou na revista Leipziger Magaziner um artigo sobre o Tangram, enfatizando “novas demonstrações matemáticas euclidianas que se tornam claras e acessíveis aos jovens através das peças triangulares que fazem parte do quebra-cabeça chinês”. As regras desse jogo consistem em usar as sete peças em qualquer montagem colocando-se lado a lado sem sobreposição, com quais é possível criar e montar cerca de 1700 silhuetas entre animais, pessoas, objetos, letras, números e figuras geométricas entre outros (ELFFERS, 1976). Apesar das figuras do Tangram darem a impressão de simplicidade, a sua montagem exige reflexão, sutileza e imaginação. O jogo ainda pode ser utilizado tanto individualmente como em grupo. O Tangram, não só auxilia os professores a introduzir os conceitos geométricos de uma maneira agradável e desafiadora, mas também, é um excelente instrumento mediador no que diz respeito à questões que desenvolvam a visualização de figuras geométricas planas. Assim, é importante que o professor estimule seus alunos na busca de soluções que não são padronizadas. Isto contribui para o desenvolvimento do raciocínio e da criatividade e favorece a construção do conhecimento matemático. O Tangram pode contribuir também, como recurso didático principalmente em conteúdos como fração, área, medidas de figuras geométricas, ângulos, perímetro, proporção, semelhança, simetrias e na percepção de formas geométricas. Tangram e interdisciplinaridade O Tangram é formado por sete peças sendo 02 triângulos grandes - 02 triângulos pequenos - 01 triângulo médio - 01 quadrado 01- paralelogramo. Podemos utilizar o Tangram em geometria a partir de suas formas geométricas, explorando os conceitos básicos de geometria (segmento, vértices, ângulos, superfícies, triângulos, quadrados, paralelogramos, etc.), podemos também explorar medidas de áreas, 4 MENEZES, J., ANDRADE, V., BRITO, J., CABRAL, M. Educação Matemática, Interdicisplinaridade e Inclusão Social numa Turma de Pedagogia com Alunos Surdos Utilizando o Tangram. In Anais do SIPEMAT. Recife, Programa de Pós-Graduação em Educação-Centro de Educação – Universidade Federal de Pernambuco, 2006, 9p. perímetros, frações etc. As peças do Tangram formam diversas figuras 1 , as quais utilizaremos em outras disciplinas como Ciências, História, Artes, Matemática. Ciências Na figura 1, apresentamos alguns exemplos de representação de animais com o Tangram. Estas representações podem ser utilizadas nas aulas. Ë possível construir painéis temáticos ligados a ambientes naturais (zoológicos, fazendas, selva, savana, mata etc.), classes (mamíferos, répteis, aves, peixes, moluscos etc.) apenas para citar alguns. Podem ser feitas também maquetes temáticas. Figura 1: Exemplo de silhuetas do Tangram aplicáveis no ensino de ciências. História O Tangram pode ser utilizado na representação de fatos e personagens históricos ou para ilustrar a descrição de fatos ocorridos. Na figura 2, temos alguns exemplos de uso do Tangram com esse fim. Nesse sentido, pode-se formar painéis sobre as grandes navegações, guerras, conflitos religiosos, fatos sócio-políticos marcantes, entre outros. Figura 2: Exemplos de silhuetas do Tangram utilizáveis em aulas de História. Artes No ensino de artes, podemos utilizar o Tangram (figura 3). Neste caso, a criatividade é muito mobilizada, existe uma ampla gama de possibilidade de composição (figura 3). 1 As figuras apresentadas nesta seção foram retiradas de Elfers (1976). 5 MENEZES, J., ANDRADE, V., BRITO, J., CABRAL, M. Educação Matemática, Interdicisplinaridade e Inclusão Social numa Turma de Pedagogia com Alunos Surdos Utilizando o Tangram. In Anais do SIPEMAT. Recife, Programa de Pós-Graduação em Educação-Centro de Educação – Universidade Federal de Pernambuco, 2006, 9p. Figura 3: Algumas silhuetas do Tangram aplicáveis em aulas de Arte. Matemática Podemos utilizar o Tangram no ensino de frações, através de sua construção. Inicialmente, dividimos o quadrado em duas partes iguais (figura 4.a), mostrando que cada parte equivale à fração ½; em seguida, dividimos novamente cada parte em duas partes iguais, obtendo quatro partes correspondendo cada uma a ¼ (figura 4a); depois, dividimos a meio o quadrado, com isso obtemos 8 partes que correspondem a 1/8 (figura 4b); em seguida, efetuamos mais duas divisões obtendo 16 partes que correspondem a 1/16 (figura 4c); por último efetuamos algumas divisões de modo a obter as dobras que definem as linhas do Tangram (figura 4d). Figura 4: Aplicação do Tangram no estudo de frações. A partir da construção, podemos fazer algumas atividades como equivalência de frações tomando partes de formas diferentes da figura 4 com mesma área, adição e subtração de frações acrescentando ou retirando um pedaço de outro, equivalência de áreas comparando figuras geométricas de áreas equivalentes, além de outros conteúdos. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO Realizamos uma oficina de Tangram com uma turma de 18 alunos do curso de Pedagogia de uma instituição de ensino superior, sete dos quais são surdos, com atividades relacionadas às disciplinas: Desenho, Matemática, Informática e Arte. O grupo de ministrantes era composto de pesquisadores que incluía uma das professoras daqueles alunos, além de uma intérprete de LIBRAS que atua no curso de Pedagogia (figura 5). O trabalho foi feito na instituição onde os alunos estudam. Iniciamos o trabalho num laboratório de informática. Para registrar as atividades, fizemos filmagem e fotografias da oficina, algumas das quais mostraremos mais adiante. Desenvolvemos o trabalho da seguinte maneira: inicialmente, apresentamos informações históricas sobre a origem do Tangram, enquanto a intérprete da LIBRAS traduzia para os surdos. A pedido dela, falamos devagar para que a mesma pudesse ouvir e sinalizar. Depois fizemos a construção do Tangram em papel, 6 MENEZES, J., ANDRADE, V., BRITO, J., CABRAL, M. Educação Matemática, Interdicisplinaridade e Inclusão Social numa Turma de Pedagogia com Alunos Surdos Utilizando o Tangram. In Anais do SIPEMAT. Recife, Programa de Pós-Graduação em Educação-Centro de Educação – Universidade Federal de Pernambuco, 2006, 9p. explicando pausadamente. Nesse momento, os outros ministrantes foram junto aos alunos, ajudando nas dúvidas, sendo que houve um esforço no sentido de encontrar uma forma de comunicação com os surdos, já que não tínhamos experiência com a LIBRAS. Depois fizemos, em velocidade semelhante, alguns encaminhamentos matemáticos relativos à área e frações. Também nesse momento, as dificuldades epistemológicas dos ouvintes compararam-se a dos surdos. Passamos então à composição de figuras no computador, utilizando um programa livre, orientando os alunos sobre os comandos do mesmo, incluindo o auxílio da intérprete e sugerindo outros programas semelhantes. Tanto nesse momento quanto nos anteriores, sentimos uma necessidade de falar mais pausadamente, bem como, um esforço para nos comunicarmos com os surdos sem a habilidade da linguagem de sinais. Depois disso, passamos a uma sala de aula e realizamos uma discussão sobre alguns aspectos de composição artística, tais como, equilíbrio de forma e cor incluindo simetria. Em seguida, distribuímos uma folha com algumas silhuetas de Tangram, a partir das quais os alunos criaram (figura 6) e expuseram para a turma um painel em papel (figura 7) com as silhuetas ou outras por eles criadas e solicitamos que os grupos descrevessem sua arte. Para verificar como se dava a interação dos surdos entre eles e com os ouvintes, formamos quatro grupos: dois somente de ouvintes, um somente de surdos e um grupo misto no qual ficou a intérprete. No final da confecção dos painéis, pedimos que os mesmos fossem afixados no quadro, e que cada grupo através de um representante descrevesse sua criação. Obviamente, o representante do grupo composto apenas de surdos apresentou seu trabalho em LIBRAS, traduzido simultaneamente. Finalmente, solicitamos uma avaliação informal e verbal (ou em LIBRAS) dos alunos sobre o trabalho. Figura 5: Figura 6: Montagem dos painéis Intérprete de LIBRAS Figura 7: Apresentação dos painéis 7 MENEZES, J., ANDRADE, V., BRITO, J., CABRAL, M. Educação Matemática, Interdicisplinaridade e Inclusão Social numa Turma de Pedagogia com Alunos Surdos Utilizando o Tangram. In Anais do SIPEMAT. Recife, Programa de Pós-Graduação em Educação-Centro de Educação – Universidade Federal de Pernambuco, 2006, 9p. 8 Com relação à presença de alunos com necessidades especiais na sala, não observamos, além da necessidade de falarmos mais pausadamente para a turma outras dificuldades nos trabalhos. Além disso, no tocante ao desempenho dos alunos surdos em comparação aos não surdos, dois alunos surdos e um não-surdo se destacaram nas atividades, de modo que consideramos viável esse tipo de trabalho, no qual não observamos diferenças significativas de desempenho. Informalmente, os alunos consideraram a atividade interessante, motivadora. Os alunos ainda solicitaram mais tempo e mais material informativo posterior. Selecionamos para destaque um trecho dos depoimentos, que descrevemos abaixo: “Isso ai só vai contribuir, enriquecer e qualificar a prática da gente na sala de aula. Porque realmente tanto trabalha a questão da criatividade, como trabalha a questão da Matemática, do Português, a integração dentro de uma sala de aula”. Diante dos resultados, consideramos que uma atividade como essa pode ser útil para ajudar a subsidiar o futuro trabalho daqueles alunos como pedagogos, de modo que foi válida a oficina interdisciplinar com jogos em turmas contendo alunos com necessidades especiais. CONSIDERAÇÕES FINAIS A LDBEN orienta a integração de educandos portadores de necessidades especiais em uma turma regular. Esta inclusão poderia causar dificuldades de integração com conseqüência no rendimento dos alunos. Nesta pesquisa observamos que com uso do Tangram de forma interdisciplinar com alunos surdos, auxiliados por uma interprete de LIBRAS, os resultados foram positivos. Eles indicam que não houve uma diferenciação nos níveis de rendimentos (alunos surdos/não surdos) na turma pesquisada. Os dados colhidos nesta pesquisa vêm a validar o trabalho interdisciplinar com o Tangram como uma proposta de alternativa metodológica para a sala de aula, procurando, dentro do processo de ensino-aprendizagem, desenvolver no aluno a criatividade associada a conteúdos de geometria e aritmética. Este trabalho aponta para a necessidade de outras pesquisas visando o desenvolvimento de ferramentas para o ensino de Matemática de forma interdisciplinar em turmas regulares com alunos surdos. AGRADECIMENTOS À professora Neila, intérprete da LIBRAS durante a oficina; À Faculdade de Ciências Humanas de Olinda – FACHO, que autorizou a realização do trabalho, disponibilizando todo material necessário para a viabilização do mesmo; Aos alunos que participaram da oficina. REFERÊNCIAS BRITO, Josivaldo de Souza; MENEZES, Josinalva Estacio. Tangram com interdisciplinaridade. Minicurso. In: Encontro Nacional de Educação Matemática, 8., 2004, Recife: Anais... Recife: UFPE-SBEM, 2004. p.1-6. ELFFERS, Joost. Tangram: the ancient chinese shapes game. London: Peguin Books, 1976. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei nº 9394/96. Brasília: Congresso Nacional, 1996. FACHO. Plano de Desenvolvimento Institucional. Olinda: FACHO, 2006. MENEZES, J., ANDRADE, V., BRITO, J., CABRAL, M. Educação Matemática, Interdicisplinaridade e Inclusão Social numa Turma de Pedagogia com Alunos Surdos Utilizando o Tangram. In Anais do SIPEMAT. Recife, Programa de Pós-Graduação em Educação-Centro de Educação – Universidade Federal de Pernambuco, 2006, 9p. 9 BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Congresso Nacional,1988.