7º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE FABRICAÇÃO th 7 BRAZILIAN CONGRESS ON MANUFACTURING ENGINEERING 20 a 24 de maio de 2013 – Penedo, Itatiaia – RJ - Brasil th th May 20 to 24 , 2013 – Penedo, Itatiaia – RJ – Brazil DESENVOLVIMENTO DE NOVO MECANISMO QUICK-STOP GENÉRICO PARA ESTUDO DA FORMAÇÃO DE CAVACOS NO TORNEAMENTO Rodrigo Henriques Lopes da Silva, [email protected],2 Marcelo Shinji Otsuka, [email protected] Janaina Fracaro de Souza, [email protected] Júlio César de Souza Francisco, [email protected] 1 Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Cornélio Procópio, Avenida Alberto Carazzai 1640, CEP 86300-000, Cornélio Procópio, Paraná. 2 Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, Departamento de Engenharia de Fabricação – Faculdade de Engenharia Mecânica, Rua Mendeleiev s/n, Caixa Postal 6122, CEP 13083-970, Campinas, São Paulo. Resumo: Este trabalho faz uma breve revisão na literatura a respeito do assunto, em seguida apresenta uma proposta de novo mecanismo quick-stop para estudo da formação de cavacos no torneamento, possibilitando também estudos relacionados à interface cavaco-ferramenta na usinagem. Para tanto, o projeto do quick-stop foi desenvolvido de maneira a propiciar a versatilidade dos testes com diferentes ferramentas, a fim de que o corte ocorra bem próximo a uma situação real. O dispositivo possibilita a troca de suporte e inserto, com a realização de testes em diferentes condições de usinagem, geometria e materiais de ferramenta. Além disso, há uma redução significativa no impacto sobre o dispositivo, já que ele utiliza mola e um atuador para controlar o movimento de afastamento da ferramenta em relação à peça, preservando a raiz do cavaco, ao contrário de outros tipos de quick-stop que são acionados por impacto advindo de golpe, choque ou explosão. Cálculos teóricos e simulações do dispositivo em software específico demonstram a proximidade de resultados em relação a trabalhos já desenvolvidos e que levam em consideração a velocidade de recolhimento da ferramenta e a viabilidade do conceito proposto. Palavras-chave: quick-stop, formação de cavacos, interface cavaco-ferramenta, simulação. 1. INTRODUÇÃO A formação do cavaco pela ação da deformação nos planos de cisalhamento é um dos aspectos do corte dos metais que atrai grande atenção daqueles que se dedicam ao estudo da usinagem. Para o entendimento da usinabilidade e performance das ferramentas outro tema tem igual importância, o movimento do cavaco e do material de trabalho sobre as superfícies e arestas de corte da ferramenta Wright e Trent (2000). Além disso, o processo de formação do cavaco, na chamada interface cavaco-ferramenta, terá influência decisiva no comportamento das forças, temperaturas e taxa de desgaste. O estudo da formação dos cavacos e dos fenômenos que ocorrem na interface cavaco-ferramenta passa, necessariamente, pela análise do cavaco. Esse estudo tem proporcionado grandes avanços nos processos de usinagem e contribuído para o aperfeiçoamento das arestas de corte, com quebra-cavacos cada vez mais eficientes, além de novos e mais eficazes materiais para ferramentas e a possibilidade de usinar os mais variados tipos de materiais Machado et al (2009). Durante a usinagem de um material ocorrem altíssimas deformações, em velocidades extremamente altas e pode-se considerar que, as leis convencionais de atrito não são apropriadas Wright e Trent (2000). Estudos sobre esse tema têm se mostrado um grande desafio, principalmente, por conta das altas velocidades de saída dos cavacos, e pelas reduzidíssimas áreas de contato entre ferramenta e cavaco Machado et al (2009). A visualização do processo de usinagem é algo muito complicado, mesmo nos dias atuais, como já mostrava Ferraresi (1970) em seu capítulo de mecanismo de formação do cavaco. A maioria das teorias modernas disponíveis derivou-se de estudos da interface após o corte ter sido interrompido utilizando-se dispositivos quick-stop, nos quais a ferramenta de corte é retraída com velocidade superior à velocidade de corte (de duas a três vezes maior), deixando a raiz do cavaco em condições de análise detalhada por meio de microscópios Machado et al (2009), esta análise é feita removendo parte do corpo de prova onde se encontra a raiz do cavaco e submetendo este, à metalografia e análises por microscopia ótica e eletrônica. A maioria dos dispositivos quick-stop, como pode ser visto nos trabalhos de (Childs et al, 2000; Nabhani, 2001; Lucas e Weingaerner, 2005; Reis et al, 2007 e Luiz et al, 2008), são baseados no rompimento de um pino de aço endurecido que serve de apoio ao suporte da ferramenta, após este sofrer um impacto repentino por meio do disparo de © Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas 2013 7º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE FABRICAÇÃO 20 a 24 de maio de 2013. Penedo, Itatiaia - RJ uma arma de fogo, por exemplo. Entretanto, esse tipo de método traz dois problemas, o primeiro é a possibilidade de deformação do dispositivo por ação do impacto e o outro a impossibilidade de que se utilize diferentes tipos de suportes e ferramentas durante a usinagem e testes laboratoriais. 2. OBJETIVOS Desenvolver um projeto de quick-stop de maneira a propiciar versatilidade aos testes com diferentes ferramentas, a fim de que o corte ocorra bem próximo a uma situação real de torneamento. Além disso, possibilitar a troca de suporte e inserto, com a realização de testes em diferentes condições de usinagem, geometria e materiais de ferramenta. Por fim, propiciar uma redução significativa no impacto sobre o dispositivo, já que ele utiliza mola e atuador para controlar o movimento de afastamento da ferramenta em relação à peça, preservando a raiz do cavaco, ao contrário de outros tipos de quick-stop que são acionados de impacto. 3. DISPOSITIVO QUICK-STOP São vários os tipos de dispositivos quick-stop existentes, com aplicação em diferentes tipos de operação de corte. No de torneamento, em sua maioria, a ferramenta de corte possui em uma de suas extremidades um pino fusível que mantém a ferramenta em sua posição de trabalho, enquanto na outra extremidade há um pino pivô que terá a função de realizar suporte e afastar a ferramenta da zona de corte Fig. (1), após o rompimento do pino fusível por impacto, advindo de um golpe, choque ou explosão, direta ou indiretamente sobre a ferramenta Lucas (2003). Figura 1. Esquema de funcionamento de um dispositivo Quick-Stop, Lucas (2003). Os dispositivos quick-stop para torneamento diferem-se principalmente pelo modo que se faz o impacto sobre a ferramenta para quebrar o pino fusível. Feita a interrupção do corte, a raiz do cavaco permanece intacta na peça, possibilitando a análise para estudo do processo. A repetibilidade dos ensaios depende: da rigidez estrutural do dispositivo, intensidade do impacto e a conformidade do pino fusível. A fabricação do pino fusível é trabalhosa, havendo a necessidade de usinagem e tratamento térmico adequado. A intensidade do impacto pode ser perigosa, principalmente quando da utilização de explosivos, ou de difícil repetibilidade (quando se trata da força do impacto) por meio da utilização de massas para o impacto manual. Ademais, a necessidade de impacto para romper o pino fusível torna necessária uma estrutura com alta rigidez. 4. PROJETO A fase de desenvolvimento do dispositivo teve como base uma série de quick-stops já existentes, (Childs et al, 2000; Nabhani, 2001; Lucas e Weingaerner, 2005; Reis et al, 2007; Luiz et al, 2008; Carvalho et al, 2013), onde foram avaliados seus prós e contras. Após análise, algumas limitações foram encontradas nos mecanismos convencionais, tais como: Necessidade de utilização de pino fusível. © Grande impacto recebido pelo dispositivo. Possibilidade de deformação de sua estrutura. Baixa versatilidade durante testes. Impossibilidade de utilização de diferentes tipos de suportes e insertos. Dificuldades em se garantir a repetibilidade nos ensaios. Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas 2013 7º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE FABRICAÇÃO 20 a 24 de maio de 2013. Penedo, Itatiaia - RJ Tais limitações, no mecanismo quick-stop convencional para torneamento, levaram à ideia conceito e desenvolvimento de novo dispositivo. Para tanto, esse dispositivo não poderia ser acionado como os outros (por meio de impacto), não possuiria o pino fusível e deveria ser facilmente utilizado com diferentes tipos de suportes e insertos. A Fig. (2) apresenta uma imagem do quick-stop proposto. Figura 2. Concepção do dispositivo Quick-Stop. A principal diferença, entre o quick-stop proposto e os demais já existentes, está no fato de o pino-fusível ter sido retirado, assim não há a necessidade de impacto sobre o suporte. Para tanto, optou-se por um sistema com mola para o armazenamento de energia e garantia de realização do movimento de afastamento da ferramenta, em relação à zona de corte, e um atuador para a liberação do movimento. 4.1. Estrutura Tendo em vista as dificuldades de fabricação, optou-se por desenvolver uma estrutura modular para o novo dispositivo. Dessa forma, toda a estrutura será dividida em diferentes peças, que serão usinadas e parafusadas, facilitando eventual substituição ou manutenção. As dimensões utilizadas foram pensadas para utilização do dispositivo em torno mecânico comum, substituindo o carro porta-ferramenta, como ilustrado na Fig. (3). Figura 3. Imagem ilustrativa do carro porta-ferramentas – adaptado de Clark. O dispositivo possui uma inclinação de 7º, prevista de forma a evitar o contato (raspagem) da aresta de corte da ferramenta na peça durante a interrupção do corte Fig. (4). A compensação da inclinação da base é feita também na base de assento da ferramenta, de forma a assegurar a geometria de corte e teve como base o trabalho de Lucas (2003). © Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas 2013 7º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE FABRICAÇÃO 20 a 24 de maio de 2013. Penedo, Itatiaia - RJ Figura 4. Detalhe da inclinação do dispositivo Quick-Stop. Rolamentos de roletes foram previstos na peça em que o suporte estará fixado Fig. (5 – rolamento A), para minimizar o efeito do atrito e facilitar a aceleração, que tem que ser muito alta. Entre o parafuso-eixo e os rolamentos há uma bucha para facilitar a montagem e desmontagem e também aumentar a rigidez do eixo. Também foram previstos rolamentos no eixo da haste de acionamento Fig. (5 – rolamento B), que libera o movimento da ferramenta, e em sua extremidade Fig. (5 – rolamento C), visando o menor esforço do atuador e menor atrito. Figura 5. Rolamentos de rolete: (A) Rolamentos NU-2304 da peça onde a ferramenta é fixada; (B) Rolamentos NU- 2204 da haste de acionamento; (C) Rolamento NKI 30/30 da extremidade da haste de acionamento. © Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas 2013 7º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE FABRICAÇÃO 20 a 24 de maio de 2013. Penedo, Itatiaia - RJ 4.2. Principio de acionamento Para que a ferramenta saia da zona de corte com aceleração suficiente, uma mola é utilizada para armazenar energia. Um parafuso comprime a mola contra a peça que assenta a ferramenta. Esta peça fica apoiada em sua extremidade por uma haste, que é movimentada com ajuda de um atuador liberando o movimento do dispositivo. A Figura (6) mostra, de forma esquemática, o funcionamento do dispositivo. Figura 6. Esquema do funcionamento do dispositivo Quick-Stop. 5. RESULTADOS Com o intuito de validar a aplicabilidade do quick-stop, mesmo antes de sua fabricação, foram realizadas simulações em software específico. Os resultados obtidos demonstram proximidade de resultados entre a proposta atual e outros trabalhos já desenvolvidos, que levam em consideração a velocidade de recolhimento da ferramenta e a viabilidade do conceito proposto. Os resultados obtidos por Luiz et al. (2008), em que determina de forma experimental a velocidade instantânea de retração e o deslocamento da ferramenta, são mostrados nas Fig. (7) e Fig. (8). Para tanto, utiliza-se um dispositivo quick-stop acionado por um revólver no torneamento. A avaliação da velocidade de retração foi realizada por meio de uma câmera de alta velocidade em uma situação real de usinagem. Esses resultados serão utilizados posteriormente como padrões de comparação com as simulações realizadas para o presente trabalho. Figura 7. Gráfico de velocidade (m/s) instantânea de retração da ferramenta em função do tempo (ms) – Adaptado de Luiz et al (2008). O dispositivo quick-stop utilizado por Luiz et al (2008) é acionado e, logo em seguida, a velocidade aumenta consideravelmente, depois é possível perceber a redução progressiva da velocidade de retração. Essa variação ocorre, pois existem dois momentos distintos durante a execução da retração da ferramenta, no primeiro há a aceleração do dispositivo para que ele se afaste da peça e no segundo momento, haverá a sua desaceleração em uma massa (por exemplo, massa de vidraceiro) até que a ferramenta pare, como pôde ser visto na Fig. (7). © Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas 2013 7º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE FABRICAÇÃO 20 a 24 de maio de 2013. Penedo, Itatiaia - RJ Figura 8. Gráfico de deslocamento (mm) da ferramenta em função do tempo (ms) – Adaptado de Luiz et al (2008). As simulações do dispositivo proposto foram feitas através do software Solidworks® e os resultados se assemelham bastante aos encontrados por Luiz et al. (2008) apresentados nas Fig. (7) e Fig. (8), como pode ser visto nas Fig. (9) que mostra o gráfico de velocidade instantânea e na Fig. (10), o gráfico de deslocamento, referentes ao projeto. Figura 9. Gráfico de velocidade (mm/s) instantânea de retração da ferramenta em função do tempo (s). Figura 10. Gráfico de deslocamento (mm) da ferramenta em função do tempo (s). A Tabela (1) apresenta um comparativo entre os resultados obtidos no trabalho de Luiz et al. (2008) e o presente trabalho, é importante ressaltar que no trabalho utilizado a nível de comparação, o dispositivo foi construído e avaliado experimentalmente. Já no caso da proposta, aqui estabelecida, trabalhou-se em nível de simulação. © Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas 2013 7º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE FABRICAÇÃO 20 a 24 de maio de 2013. Penedo, Itatiaia - RJ Tabela 1. Comparativo entre resultados obtidos por um quick-stop acionado por revólver e o quick-stop proposto. 0,002 s Comparativo de Resultados Quick-stop acionado por revólver Quick-stop proposto Dados obtidos experimentalmente Dados obtidos por simulação Velocidade [m/s] Deslocamento [mm] Velocidade [m/s] Deslocamento [mm] 5,7 10 5,5 12 A análise da Tab. (1) mostra que os resultados obtidos via simulação são muito semelhantes aos observados na prática. Ambos os dispositivos atingiram velocidade próximas a 5,5 m/s, aproximadamente no tempo de 0,002 s. Além disso, tiveram praticamente os mesmos deslocamentos para o tempo considerado. 6. CONCLUSÕES Teoricamente o dispositivo proposto tem uma série de vantagens sobre os demais utilizados como parâmetros para o desenvolvimento do projeto, dentre elas: não é utilizado o pino fusível; redução ou eliminação do impacto no dispositivo; redução de possíveis deformações da estrutura; possibilidade de utilização de diferentes suportes e insertos no torneamento; aumento da repetibilidade dos ensaios. No entanto, chegou-se apenas à fase de simulações e maiores testes deverão ser realizados para a validação dos resultados obtidos em simulação. Para tanto, um protótipo deverá ser desenvolvido com o intuito de confirmar a viabilidade de sua construção e aplicação em pesquisas na área de usinagem. Apesar disso, foi possível observar que a simulação computacional do dispositivo quick-stop desenvolvido alcançou resultados muito semelhantes aos encontrados por Luiz et al. (2008), em que registrou velocidade de retração acima de 5m/s (300m/min) próximo a de 2 ms, com deslocamento de aproximadamente 10 mm. Assim, acredita-se que o dispositivo desenvolvido também seja apto a trabalhar de maneira confiável com velocidades de corte abaixo dos 300 m/min, como o estudado no referido trabalho. 7. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem ao apoio institucional da Universidade Tecnológica Federal do Paraná e a Universidade Estadual de Campinas pela infraestrutura para a conclusão do trabalho. 8. REFERÊNCIAS Childs, T.; Maekawa, K.; Obikawa, T.; Yamane, Y., 2000, “Metal Machining: Theory And Applications”, Ed. Arnold, London. Carvalho, M. V; Montenegro, D. M.; GOMES, J. O. 2013, “An analysis of the machinability of ASTM grades 2 and 3 austempered ductile iron”, Journal of Materials Processing Technology, V. 213, pp. 560-573. Ferraresi, D., 1970, “Fundamentos Da Usinagem Dos Metais”, Ed. Edgard Blücher, São Paulo, Brasil. Lucas, E. O.; Weingaertner, W. L., 2005, “Um Dispositivo Quick-Stop Com Acionamento Mecânico”, Máquinas E Metais, V. 469, pp. 119-129. Lucas, E. O., 2003, “Desenvolvimento de um dispositivo Quick-Stop e sua aplicação no estudo da formação do cavaco na usinagem do ferro fundido nodular ferrítico”, Tese de Doutorado, Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil. Luiz, N. E.; Naves, V. T. G.; Machado, A. R.; Vilarinho, L. O., 2008, “Determinação Da Velocidade De Retração Em Dispositivo Quick-Stop Com Uma Câmera De Alta Velocidade”, Máquinas E Metais, V. 512, pp. 270-280. Machado, A. R.; Coelho, R. T.; Abrão, A.M.; Silva, M.B., 2009, “Teoria Da Usinagem Dos Materiais”, Ed. Edgard Blücher, São Paulo, Brasil. Nabhani, F., 2001, “Machining Of Aerospace Titanium Alloys”, Robotics And Computer Integrated Manufacturing, V. 17, pp. 99-106. Reis, L. L. G.; Da Silva Jr., W. M.; Machado, A. R., 2007, “Effect Of Cutting Speed And Cutting Fluid On The Bue Geometry Of A Sae 12l14 Free Machining Steel”, Journal Of The Brazilian Society Of Mechanical Sciences And Engineering, V. 29, N. 2, pp. 196-201. Trent, E. M.; Wright, P. K., 2000, “Metal Cutting”, 4th Ed. Butterworth - Heinemann, Oxford, 446 p. 9. DIREITOS AUTORAIS Os autores são os únicos responsáveis pelo conteúdo do material impresso incluídos no seu trabalho. © Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas 2013 7º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE FABRICAÇÃO th 7 BRAZILIAN CONGRESS ON MANUFACTURING ENGINEERING 20 a 24 de maio de 2013 – Penedo, Itatiaia – RJ - Brasil th th May 20 to 24 , 2013 – Penedo, Itatiaia – RJ – Brazil DEVELOPMENT OF NEW GENERIC QUICK-STOP DEVICE FOR STUDY OF CHIP FORMATION IN TURNING Rodrigo Henriques Lopes da Silva, [email protected],2 Marcelo Shinji Otsuka, [email protected] Janaina Fracaro de Souza, [email protected] Júlio César de Souza Francisco, [email protected] 1 Federal Technological University of Paraná, Campus Cornélio Procópio, Av. Alberto Carazzai 1640, CEP 86300-000, Cornélio Procópio, Paraná, Brazil. 2 University of Campinas – UNICAMP, Department of Manufacturing Engineering - Mechanical Engineering Faculty, Mendeleev Street s/n, PO Box 6122, CEP 13083-970, Campinas, São Paulo, Brazil. Abstract. This study briefly reviews the literature on the subject, then proposes a new quick-stop device for study of chip formation in turning, also enabling studies related to the chip-tool interface in machining. Thus, the quick-stop design was developed in order to provide the versatility of tests with different tools, so that cutting occurs close to a real situation. The device enables the exchange of support and insert with the testing of different machining conditions, tool geometry and materials. Furthermore, there is a significant reduction in the impact device, since it uses spring and an actuator for controlling the movement of the removal tool to the workpiece, maintaining the root of the chip, unlike other types of quick-stop which are triggered by impact from a blow, shock or explosion. Theoretical calculations and simulations of the device-specific software demonstrate the closeness of results in relation to work already and that take into account the recoil speed of the tool and the feasibility of the proposed concept. Keywords: quick-stop device, chip formation, chip-tool interface, simulation. © Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas 2013