REVISIONAL DE LÍNGUA PORTUGUESA
7º ANO
1-Sublinhe os adjuntos adnominais que aparecem nas orações abaixo:
a-Vou tomar um suco de melão.
b-Diversas pessoas foram ver o espetáculo em praça pública.
c-Meu colega tem duas lindas irmãs.
2-Conjugue o verbo poder em todos os tempos do modo indicativo.
3-Leia e divirta-se.
a-Retire os verbos do texto.
b-Três deles são irregulares. Dê a pessoa, o tempo e o modo desses verbos.
c-Forme frases usando esses verbos irregulares no pretérito perfeito do indicativo.
4-Classifique os verbos das orações abaixo em VTD, VTI ou VTDI.
a-As crianças gostam de sorvete.
b-Renata confia em nós.
c-Marcos precisa de nossa ajuda.
d-Você tem olhos lindos.
e-Denise escreve muitas cartas.
f-Paulo escreveu uma carta a seu pai.
5-Observe as palavras destacadas e escreva OD para objeto direto e OI para objeto
indireto.
( ) Duvido destas coisas
( )Conheço estas coisas
( )Gostou de tudo aquilo
( ) A menina obedeceu à mãe
6-Conjugue os verbos caber, vir e ir em todos os tempos do modo subjuntivo.
7-Complete adequadamente cada lacuna com uma forma do presente do indicativo ou
do presente do subjuntivo do verbo indicado.
a-Eles sempre __________ os problemas da escola, mas é importante que os demais
alunos também __________. (discutir)
b-Todo dia eu ____________ minha sala; peço também ___________ a sua. (varrer)
c-As malas pequenas ________ no carro, mas é pouco provável que as grandes
também ________. (caber).
d-Sei que não _________o que ganho; espero que tu __________ e que eles também
________(veler).
Leia a tira abaixo e responda às questões 8 a 10
8-a-Em que fala há uma forma verbal no subjuntivo? Escreva-a.
b-Em que tempo essa forma verbal está e o que ela expressa?
9-Em que consiste o humor da tira?
10-O plano do rato deu certo? Explique.
Leia o texto abaixo e responda às questões 11 a 15
Moça deitada na grama
A moça estava deitada na grama.
Eu vi e achei lindo. Fiquei repetindo para meu deleite pessoal: “Moça deitada na grama.
Deitada na grama. Na grama”. Pois o espetáculo me embevecia. Não é qualquer coisa
que me embevece, a esta altura da vida. A moça, o estar deitada na grama, àquela hora
da tarde, enquanto os carros passavam e cada ocupante ia ao seu compromisso, à sua
alegria ou à sua amargura, a moça e sua posição me embeveceram.
Não tinha nada de exibicionista, era a própria descontração, o encontro do corpo com a
tranquilidade, fruída em estado de pureza. Quem quisesse reparar, reparasse; não estava
ligando nem desafiando costumes nem nada. Simplesmente deitada na grama, olhos
cerrados, mãos na testa, vestido azul, sapatos brancos, pulseira, dois anéis, elegante,
composta. De pernas, mostrava o normal. Não era imagem erótica.
Dormia? Não. Pequenos movimentos indicavam que permanecia consciente, mas eram
tão pequenos que se percebia seu bem-estar inalterável, sua intenção de continuar assim
à sombra dos edifícios, no gramado.
Resolvi parar um pouco, encantado. Queria ver ainda por algum tempo a escultura da
moça, plantada no parque como estátua de Henry Moore, uma estátua sem obrigação de
ser imóvel. E que arfava docemente. Ah, o arfar da moça, que lhe erguia com leveza o
busto, lembrando o sangue de circular nas artérias silenciosas, tão vivo; e tão calmo,
como se também ele quisesse descansar na grama, curtir para sempre aquele instante de
felicidade.
Eis se aproxima um guarda, inclina-se, toca no ombro da moça. De leve. Ela abre os
olhos, sorri bem-disposta:
– Quer deitar também? Aproveita a tarde, tão gostosa.
Ele se mostra embaraçado, fala aos pedaços:
– Não, moça… me desculpe. É o seguinte. A senhora… quer fazer o favor de levantar?
– Levantar por quê? Está tão bom aqui.
– A senhora não pode ficar aí assim não. Levante, estou lhe pedindo.
– Por que hei de levantar? Minha posição é cômoda, eu estou bem aqui. Olhe ali adiante
aquele homem, ele também está deitado na grama.
– Aquele homem é diferente, a senhora não percebe?
– Percebo que é homem, e daí? Homem pode, mulher não?
– Bom, poder ninguém pode, é proibido, mas sendo homem, além disso mindingo…
– Ah, compreendo agora. Sendo homem e mindingo, tem direito a deitar no gramado,
mas sendo mulher, tendo profissão liberal, pagando imposto de renda, predial, lixo,
sindicato, etc., nada feito. É isso que o senhor quer dizer?
– Deus me livre, moça. Quem sou eu para dizer uma coisa dessas? Só que é a primeira
vez, e eu tenho dez anos de serviço, que vejo uma dona como a senhora, bem-vestida,
bem-apessoada, assim espichada na grama. Com a devida licença, achei que não ficava
bem imitar os homens, os mindingos, que a gente tem pena e deixa por aí…
– Faça de conta que eu também sou mindinga – e a moça abriu para ele um sorriso
especial.
– Para o bem da senhora, não convém se arriscar desse jeito.
– Eu acho que não estou me arriscando nada, pois tem o senhor aí me garantindo.
– Obrigado. Eu garanto até certo ponto, mas basta a gente virar as costas, vem aí um
elemento e furta o seu reloginho, a sua bolsa, as suas coisas.
– Sei me defender, meu santo. Tenho o meu cursinho de caratê.
– Tá certo, mas não deve de facilitar. A senhora se levante, em nome da lei.
– Espere aí. Ou todos se levantam ou eu continuo deitada em nome da lei da igualdade.
– Essa lei eu não conheço, dona. Não posso conhecer todas as leis. Essa que a senhora
fala, eu acho que não pegou.
– Mas deve pegar. É preciso que pegue, mais cedo ou mais tarde.
– Não vai levantar?
– Não.
Ele coçou a cabeça. Agarrar a moça era violência, ela ia reagir, juntava povo, criava
caso. Afinal, não estava fazendo nada de imoral nem subversivo. Por outro lado, não
pegava bem moça deitada na grama – ele devia ter na mente a idéia de moça vestida de
gaze, aérea, meio arcanjo, nunca deitável no chão de grama, como qualquer vagabundo
fedorento.
– A senhora não devia me fazer uma coisa dessas.
– Fazer o quê?
– Me expor nesta situação.
– Eu não fiz nada, estava numa boa oriental, o senhor chega e…
– É muito difícil lidar com mulheres, elas têm resposta para tudo.
– Vamos fazer uma coisa. O senhor faz que não me viu, vai andando, eu saio daqui a
pouco. Só mais dez minutos, para não parecer que estou cedendo a um ato de força.
– Pode ficar o tempo que quiser – decidiu ele. – A senhora falou numa tal lei da
igualdade, então vamos cumprir. Só que aquele malandro ali adiante tem de se mandar
urgente, eu vou lá dar um susto nele, já gozou demais da lei da igualdade, agora chega!
Carlos Drummond de Andrade, Moça deitada na grama. Rio de Janeiro, Record, 1987.
P. 9-12.
Vocabulário
Deleite: grande prazer
Embevecer: encantar
Fruído: desfrutado
Henry Moore: escultor e pintor inglês
Arfar: respirar, ofegar
Profissão liberal: profissão de nível superior, exercida por pessoa que trabalha
independente de um patrão
Gaze: tecido fino e transparente
Arcanjo: anjo de categoria superior
Oriental: no texto, significa posição de meditação
11-Explique com suas palavras a afirmação do narrador de que a moça era “uma
estátua sem obrigação de ser imóvel”.
12-O que deixou o guarda constrangido?
13-Por que a moça se achou no direito de desobedecer ao guarda?
14-Ao comparar a atitude da moça com a do mendigo, o que o guarda levou em conta?
15-Qual sua opinião sobre a temática desenvolvida no texto?
REVISIONAL DE LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ANO
1-Classifique as palavras, observando a sílaba tônica.
a-Médico_________________
b-Gramática_______________
c-ônibus___________________
d-Café____________________
e-átomo_________________
2-Classifique os pronomes em destaque, marcando:
(1) Pronomes pessoais retos
(2) Pronomes pessoais oblíquos
a-Ele ( ) chegou cedo e telefonou-me. ( )
b-Olhava para mim ( ) com um grande sorriso nos lábios.
c-Eu ( ) falarei contigo ( ) amanhã bem cedo.
d-O professor te ( ) chamou.
3-Complete as frases usando Sua ou Vossa.
a-________Alteza, o príncipe William, ficou noivo de uma plebeia.
b-O jornalista perguntou ao príncipe William:
-_________Alteza vai se casar com uma plebeia?
c-O jornalista perguntou ao presidente:
-_______Excelência vai sancionar a lei?
d-O assessor de imprensa comunicou ao jornalista
presidente, vai sancionar a lei.
4-Identifique e classifique os pronomes das frases abaixo:
a-Aqui do avião, aquele rio parece uma cicatriz na selva.
b-Ele não nos dará atenção, portanto não devemos insistir.
c-Vossa Excelência precisa se preocupar com sua saúde.
d-Todos os livros antigos serão restaurados.
que _______ Excelência, o
e-Algum amigo telefonará para você.
f-Falou tão baixo que ninguém entendeu o que ele disse.
g-“É mentura!” Foi só isso que ele disse antes de sair.
5-Que significado têm os pronomes destacados nestas frases:
a-Aquela mulher deve ter seus vinte cachorros.
b-Você vai sair com aquilo?
c-Aonda você vai com essa pressa?
d-Meu senhor, o almoço está servido.
6-Compare estas duas frases:
a-Aquele é nosso deputado.
b-Aquele deputado é nosso.
Explique o efeito de sentido obtido pela alteração na ordem das palavras.
7-Considerando o que você aprendeu sobre a classe dos numerais, faça as correções
necessárias:
a-Século VI (seis)
b-Papa Pio IX (nove)
c-Capítulo III (três)
8-Faça a separação silábica de cada palavra abaixo:
a-Gênio
b-Digno
c-Obtuso
d-Atmosfera
e-Absusrda
f-Perdoa
g-Abençoa
h-Espontâneo
i-Abscesso
Leia a tirinha abaixo e responda às questões 9 e 10
9-Qual a intenção do menino ao oferecer os caramelos? Como Susanita interpreta a
expressão “um delicioso caramelo”?
10-O que Manolito quer dizer realmente? Em que consiste o humor da tira?
Leia o texto abaixo e responda às questões 11 a 15
Moça deitada na grama
A moça estava deitada na grama.
Eu vi e achei lindo. Fiquei repetindo para meu deleite pessoal: “Moça deitada na grama.
Deitada na grama. Na grama”. Pois o espetáculo me embevecia. Não é qualquer coisa
que me embevece, a esta altura da vida. A moça, o estar deitada na grama, àquela hora
da tarde, enquanto os carros passavam e cada ocupante ia ao seu compromisso, à sua
alegria ou à sua amargura, a moça e sua posição me embeveceram.
Não tinha nada de exibicionista, era a própria descontração, o encontro do corpo com a
tranquilidade, fruída em estado de pureza. Quem quisesse reparar, reparasse; não estava
ligando nem desafiando costumes nem nada. Simplesmente deitada na grama, olhos
cerrados, mãos na testa, vestido azul, sapatos brancos, pulseira, dois anéis, elegante,
composta. De pernas, mostrava o normal. Não era imagem erótica.
Dormia? Não. Pequenos movimentos indicavam que permanecia consciente, mas eram
tão pequenos que se percebia seu bem-estar inalterável, sua intenção de continuar assim
à sombra dos edifícios, no gramado.
Resolvi parar um pouco, encantado. Queria ver ainda por algum tempo a escultura da
moça, plantada no parque como estátua de Henry Moore, uma estátua sem obrigação de
ser imóvel. E que arfava docemente. Ah, o arfar da moça, que lhe erguia com leveza o
busto, lembrando o sangue de circular nas artérias silenciosas, tão vivo; e tão calmo,
como se também ele quisesse descansar na grama, curtir para sempre aquele instante de
felicidade.
Eis se aproxima um guarda, inclina-se, toca no ombro da moça. De leve. Ela abre os
olhos, sorri bem-disposta:
– Quer deitar também? Aproveita a tarde, tão gostosa.
Ele se mostra embaraçado, fala aos pedaços:
– Não, moça… me desculpe. É o seguinte. A senhora… quer fazer o favor de levantar?
– Levantar por quê? Está tão bom aqui.
– A senhora não pode ficar aí assim não. Levante, estou lhe pedindo.
– Por que hei de levantar? Minha posição é cômoda, eu estou bem aqui. Olhe ali adiante
aquele homem, ele também está deitado na grama.
– Aquele homem é diferente, a senhora não percebe?
– Percebo que é homem, e daí? Homem pode, mulher não?
– Bom, poder ninguém pode, é proibido, mas sendo homem, além disso mindingo…
– Ah, compreendo agora. Sendo homem e mindingo, tem direito a deitar no gramado,
mas sendo mulher, tendo profissão liberal, pagando imposto de renda, predial, lixo,
sindicato, etc., nada feito. É isso que o senhor quer dizer?
– Deus me livre, moça. Quem sou eu para dizer uma coisa dessas? Só que é a primeira
vez, e eu tenho dez anos de serviço, que vejo uma dona como a senhora, bem-vestida,
bem-apessoada, assim espichada na grama. Com a devida licença, achei que não ficava
bem imitar os homens, os mindingos, que a gente tem pena e deixa por aí…
– Faça de conta que eu também sou mindinga – e a moça abriu para ele um sorriso
especial.
– Para o bem da senhora, não convém se arriscar desse jeito.
– Eu acho que não estou me arriscando nada, pois tem o senhor aí me garantindo.
– Obrigado. Eu garanto até certo ponto, mas basta a gente virar as costas, vem aí um
elemento e furta o seu reloginho, a sua bolsa, as suas coisas.
– Sei me defender, meu santo. Tenho o meu cursinho de caratê.
– Tá certo, mas não deve de facilitar. A senhora se levante, em nome da lei.
– Espere aí. Ou todos se levantam ou eu continuo deitada em nome da lei da igualdade.
– Essa lei eu não conheço, dona. Não posso conhecer todas as leis. Essa que a senhora
fala, eu acho que não pegou.
– Mas deve pegar. É preciso que pegue, mais cedo ou mais tarde.
– Não vai levantar?
– Não.
Ele coçou a cabeça. Agarrar a moça era violência, ela ia reagir, juntava povo, criava
caso. Afinal, não estava fazendo nada de imoral nem subversivo. Por outro lado, não
pegava bem moça deitada na grama – ele devia ter na mente a idéia de moça vestida de
gaze, aérea, meio arcanjo, nunca deitável no chão de grama, como qualquer vagabundo
fedorento.
– A senhora não devia me fazer uma coisa dessas.
– Fazer o quê?
– Me expor nesta situação.
– Eu não fiz nada, estava numa boa oriental, o senhor chega e…
– É muito difícil lidar com mulheres, elas têm resposta para tudo.
– Vamos fazer uma coisa. O senhor faz que não me viu, vai andando, eu saio daqui a
pouco. Só mais dez minutos, para não parecer que estou cedendo a um ato de força.
– Pode ficar o tempo que quiser – decidiu ele. – A senhora falou numa tal lei da
igualdade, então vamos cumprir. Só que aquele malandro ali adiante tem de se mandar
urgente, eu vou lá dar um susto nele, já gozou demais da lei da igualdade, agora chega!
Carlos Drummond de Andrade, Moça deitada na grama. Rio de Janeiro, Record, 1987.
P. 9-12.
Vocabulário
Deleite: grande prazer
Embevecer: encantar
Fruído: desfrutado
Henry Moore: escultor e pintor inglês
Arfar: respirar, ofegar
Profissão liberal: profissão de nível superior, exercida por pessoa que trabalha
independente de um patrão
Gaze: tecido fino e transparente
Arcanjo: anjo de categoria superior
Oriental: no texto, significa posição de meditação
11-Explique com suas palavras a afirmação do narrador de que a moça era “uma
estátua sem obrigação de ser imóvel”.
12-O que deixou o guarda constrangido?
13-Por que a moça se achou no direito de desobedecer ao guarda?
14-Ao comparar a atitude da moça com a do mendigo, o que o guarda levou em conta?
15-Qual sua opinião sobre a temática desenvolvida no texto?
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