Valeska Lucia Figueira Língua Portuguesa UNITAU Escola de Aplicação “Dr. Alfredo José Balbi” TAUBATÉ – SP 2013 Aspectos iniciais: ▫ DECRETO-LEI 6583, de 29 de setembro de 2008 promulga o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa em 19 de dezembro de 1990. ▫ A partir de 1° de janeiro de 2009, os países cujo idioma materno é o português teriam a ortografia padronizada. ▫ Segundo Platão, houve um ajuste entre partes, entendimento recíproco na busca de conciliação, tendo concessões de ambos os lados. Ortografia Orto (direito, correto) + grafia (representação da palavra escrita) ▫ O Acordo foi implantado com o objetivo de instituir uma ortografia oficial única e aumentar o prestígio internacional dessa língua. Attenção! Si o leitor acha este texto extranhavel, é porque elle foi escripto na orthographia etymologica, que practicamente não accentuava, mas mantinha as lettras dobradas e insonoras, entre outras characteristicas. Foi o systema que vigorou desde a era camoneana até o seculo XX, pelo qual se graphava o substantivo "appello" com dois pp e dois ll, e o adverbio "philosophicamente" com dois ph. Angola Brasil Cabo verde Guiné-Bissau Moçambique Portugal São Tomé e Príncipe Timor Leste Alfabeto: ▫ Valeska, Kaiser, karaokê. ▫ Wagner, web, watt. ▫ Yasmin, yoga (ou ioga), yang. Trema: o trema foi eliminado, só continuará em nomes próprios. Acento circunflexo: não é mais usado nos hiatos ‘oo’ e ‘ee’. Acento diferencial: Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára / para, péla(s) / pela(s), pêlo(s) / pelo(s), pólo(s) / polo(s) e pêra / pera. Antes Côa, côas (verbo) Pára (verbo) Péla, pélas (verbo) Pêlo (subst.), pélo (verbo) Pêra (fruta/interruptor de luz) Pêro (forma arcaica de “mas”) Póla (surra/ broto vegetal) Pólo (eixo, jogo/ gavião jovem) Depois Coa Para Pela Pelo Pera Pero Pola Polo Como saber qual palavra está sendo usada? A palavra ‘para’ pode ser classificada como um verbo ou como uma preposição. Então, deve ser observado o contexto! Exemplo: ▫ Ela para o trânsito. (para – verbo parar) ▫ Ela pediu para o chefe um aumento salarial. (para – preposição). Acento diferencial: algumas palavras continuarão sendo acentuadas. Permanecem obrigatórios os acentos diferenciais : A) de tonicidade: pôr e por B) de timbre: pôde e pode C) de diferenciação entre singular e plural dos verbos “ter” e “vir” e seus derivados (manter, dever, reter, conter, convir, intervir, advir) Passam a ser facultativos: A) dêmos e demos (pres. subj. e pret. ind.); B) jantamos e jantámos (pres. Ind. e pret. ind); C) fôrma (subst.) e forma (subst. ou verbo) Acento agudo: não se acentua ditongos abertos ‘ei’ e ‘oi’ em palavras paroxítonas (ideia), assim como em palavras paroxítonas com ‘i’ e ‘u’ tônicos (feiura). Atenção: ▫ Heroico não é mais acentuado, pelo ditongo aberto estar na paroxítona. ▫ Herói é acentuado, pois os ditongos abertos éis, éu(s) e ói(s) que estão na oxítona serão acentuados. Falando em acentuação... E duas novas regras do Acordo Ortográfico: “mocréia” perdeu o acento, mas continua feia. E jamais trema em cima da lingüiça. Jamais! E véia não tem mais acento. E pra dar uma injeção na veia da véia? Injeção na veia da veia. E Dança do Créu tem acento? Tem que ter! Porque fundamental no funk é ter acento! (Zé Simão, em sua coluna no caderno Ilustrada, Folha de São Paulo, 1/2/2009) Hífen: ▫ Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplo: anti-higiênico. Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h). ▫ Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplo: anteontem. Exceção: o prefixo co une-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coordenar. ▫ Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s. Exemplo: anteprojeto. Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei. Hífen: ▫Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicamse essas letras. Exemplos: antirracismo. ▫ Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal. Exemplos: micro-ondas. ▫ Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. Exemplos: hiperativo. ▫ Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen. Exemplos: ex-aluno. ▫ Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim. Exemplos: capim-açu. Hífen: ▫ Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante. Exemplos: super-romântico. Atenção: - Nos demais casos não se usa o hífen. Exemplos: hipermercado. - Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região. - Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação. ▫ GEIGER, Paulo. A nova ortografia sem mistério: do ensino fundamental ao uso profissional. Rio de Janeiro: Lexikon, 2009. ▫ FINKLER, Alexsandra Cibelly. Língua portuguesa: 9°. Ano, 8ª. série; ilustrações Divanzir Padilha... [et al]. Curtitiba: Positivo, 2010. v.4: il. ▫ Curso prático de Língua Portuguesa no Departamento de Letras da Unitau, ministrado pela professora doutora Elzira. ▫ http://almanaque-news.blogspot.com/2009/01/guiapratico-da-nova-ortografia. Acesso em 15/05/2011.