82 FACIPLAC – Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central Aprovadas pela Portaria SESu/MEC Nº 368/08 (DOU 20/05/2008) Curso de Administração de Empresas ESTUDO DE CASO SOBRE: DIVISÃO DO TRABALHO EM UM SETOR HOSPITALAR NATÁLIA GONZAGA DE SOUZA BRASÍLIA 2009 2 NATÁLIA GONZAGA DE SOUZA ESTUDO DE CASO SOBRE: DIVISÃO DO TRABALHO EM UM SETOR HOSPITALAR Monografia apresentada no curso de Graduação em Administração de Empresas das Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Administração. Orientador: Prof. SÉRGIO RICARDO DE C. GONÇALVES BRASÍLIA 2009 ii 3 Ficha Catalográfica Natália Gonzaga,Souza. Estudo de caso sobre: divisão do trabalho em um setor hospitalar Natália Gonzaga de Souza. Gama (DF), União Educacional do Planalto Central (FACIPLAC), 2009 105f. Orientador: Sérgio Ricardo de C. Gonçalves ELISANE RODRIGUES DOS SANTOS Monografia – Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central - FACIPLAC Graduação em Administração de Empresas. 4 NATÁLIA GONZAGA DE SOUZA ESTUDO DE CASO SOBRE: DIVISÃO DO TRABALHO EM UM SETOR HOSPITALAR Monografia, aprovada como requisito parcial para obtenção do grau Bacharel em Administração no curso Administração de Empresas da União Educacional do Planalto Central. Data de Aprovação: _____/_____/_____ Banca Examinadora: ______________________________________ Prof. José Antônio Lopes Ramos ______________________________________ Prof. Sérgio Ricardo de Castro Gonçalves ______________________________________ Prof. Geraldo Cardoso Moitinho ______________________________________ Prof. Marco Alfredo Sardi iv 5 Agradecimentos Agradeço primeiramente a Deus por ter me concedido concretizar mais uma conquista em minha vida; Ao meu esposo Wallace, pelo seu amor e companheirismo em todos os momentos; Ao meu filho Davi por inúmeros dias e horas de ausência; A minha Mãe Deusdetina por me conceder a sabedoria do dia-a-dia; Em especial, as minhas três amigas, Poliana, Luciene e Dayane, que nos momentos que pensei em desistir, foram elas que me levantaram dizendo que deveria continuar; Aos meus familiares que direta ou indiretamente, colaboraram para a minha formação acadêmica e para a realização desse projeto; Aos meus professores e coordenadores, em especial ao coordenador Sérgio Ricardo, pelo empenho, dedicação, paciência e pelos conhecimentos que contribuíram para o meu crescimento acadêmico e profissional; E quem jamais poderia faltar a minha amiga Aiane que foi minha 2ª orientadora que contribuiu muito para a conclusão deste trabalho; Meus sinceros agradecimentos. v 6 RESUMO Este estudo buscou, por meio da análise teórica e da constatação de dados em pesquisas de campo, avaliar a distribuição de tarefas entre os profissionais do setor de exames do hospital Centro Brasileiro da Visão. O processo teórico permitiu entender a complexidade dos fatores que afetam a má distribuição de trabalho, suas reações e conseqüências. Diante do exposto, foram analisadas, inicialmente, as políticas praticadas pelo CBV, no intuito de diagnosticar aspectos importantes sobre a má distribuição de tarefas e ao mesmo tempo visualizar as necessidades demandadas do departamento referente à divisão de tarefas. Procurou-se entender a dinâmica usada na distribuição de tarefas para que, se pudesse contribuir de alguma forma com o gerenciamento da mesma, uma vez que, para uma boa administração dos recursos humanos disponíveis, tem sido cada vez mais necessário. Por fim, em face da análise do problema em questão foi proposto um novo modelo de Quadro de Distribuição de Tarefas (QDT) objetivando verificar tempos ociosos, superposições de tarefas, carga de trabalho de cada funcionário em relação ao tempo, possibilitando distribuir com maior lógica e eqüidade o volume de trabalho. Palavras – chave: QDT, Divisão de tarefas, Volume de trabalho. vi 7 ABSTRACT This study, by theoretical analysis and observation of data on field research, to evaluate the distribution of tasks among professionals of the sector of the hospital examinations Brazilian Center of Vision. The process has theoretical understand the complexity of factors that affect the poor distribution of work, their reactions and consequences. Considering the above, were examined, initially, the policies pursued by the CBV, in order to diagnose issues important to the poor distribution of tasks and also view the requirements demanded of the department concerning the division of tasks. We sought to understand the dynamics used in the distribution of tasks so that it could contribute in any way with the management of it, since, for the proper administration of human resources available, has been increasingly necessary. Finally, given the analysis of the problem has been proposed a new model of Table of Distribution of Tasks (QDT) aiming to verify idle times, overlap of duties and workload of each employee in relation to time, enabling more logic to distribute equity and the workload. Key words: QDT, Division of Tasks, Volume of Work. vii 8 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 – Organograma CBV......................................................................... 17 FIGURA 2 – Departamentalização funcional...................................................... 39 FIGURA 3 – Departamentalização territorial...................................................... 40 FIGURA 4 – Departamentalização por produtos................................................ 41 FIGURA 5 – Departamentalização por processos.............................................. 42 FIGURA 6 – Departamentalização por clientes.................................................. 42 FIGURA 7 – Departamentalização por projetos................................................. 44 FIGURA 8 – Departamentalização matricial....................................................... 45 FIGURA 9 – Departamentalização mista............................................................ 45 FIGURA 10 – Lista de tarefas Individuais........................................................... 51 FIGURA 11 – Lista de tarefas Semanais............................................................ 52 FIGURA 12 – Lista de Atividades....................................................................... 52 FIGURA 13 – Quadro de distribuição do Trabalho............................................. 53 FIGURA 14 – Ficha de funções.......................................................................... 57 FIGURA 15 – QDT do Departamento de Exames.............................................. 69 FIGURA 16 – Lista de Tarefas Individuais (Funcionaria Danielle)..................... 80 FIGURA 17 – Lista de Tarefas Semanais (Funcionaria Danielle)...................... 81 FIGURA 18 – Novo QDT Proposto..................................................................... 82 viii 9 LISTA DE TABELAS TABELA 1 – Listagem de tarefas do Oftalmodiagnóstico................................... 67 TABELA 2 – Quadro de funcionários.................................................................. 71 TABELA 3 – Tempo de Duração dos Exames Relacionado com a Responsável pelo Exame................................................................................... 74 LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 – Distribuição de Gênero da Amostra............................................ 62 GRÁFICO 2 – Faixa Etária da Amostra.............................................................. 62 GRÁFICO 3 – Nível de Escolaridade da Amostra.............................................. 63 GRÁFICO 4 – Demonstração gráfica de exames distribuídos conforme o Conhecimento e habilidade técnica.................................................................... 66 GRÁFICO 5 – Nível de sobrecarga.................................................................... 71 GRÁFICO 6 – Nível de equitatividade na divisão de tarefas.............................. 72 GRÁFICO 7 – Nível de ociosidade..................................................................... 72 GRÁFICO 8 – Grau de necessidade de contratação de novos funcionários..... 73 GRÁFICO 9 – Nível de eficácia do QDT atual.................................................... 75 GRÁFICO 10 – Nível de existência de tarefas desconexas............................... 75 GRÁFICO 11 – Nível de existência de tarefas sem grande significado............. 76 GRÁFICO 12 – Nível de priorização das tarefas urgentes................................. 76 GRÁFICO 13 – Nível de satisfação das atividades executadas com relação cargo versos qualificações versos salário.......................................................... 77 GRÁFICO 14 – Grau de execução de tarefas com nível de dificuldade acima da do cargo de que é titular................................................................................ 77 GRÁFICO 15 – Nível do uso adequado das aptidões........................................ 78 ix 10 SUMÁRIO RESUMO ABSTRACT LISTA DE FIGURAS, TABELAS e GRÁFICOS 1. INTRODUÇÃO 1.1 Tema 1.2 Justificativa 1.3 Problema de Pesquisa 1.4 Objetivo 1.4.1 Objetivo Geral 1.4.2 Objetivos Específicos 2. PERFIL DA EMPRESA 2.1 Histórico 2.2 Perfil Estratégico 2.3 Estrutura Organizacional 3. REVISÃO DE LITERATURA 3.1 – Estrutura Organizacional 3.1.1 Definição de organização 3.1.2 Definição de Estrutura Organizacional 3.1.3 Estrutura Formal e Informal 3.1.4 Representações Gráficas da Estrutura 3.1.4.1 Organograma 3.1.4.2 Funcionograma 3.2 – Departamentalização 3.2.1 Definição de departamentalização 3.2.2 Tipos de departamentalização 3.3 – Divisão do Trabalho 3.3.1 Conceituação e Finalidade 3.3.2 Objetivos do Estudo de Distribuição do Trabalho 3.3.3 Quadro de Distribuição do Trabalho 3.3.4 Análise do Quadro de Distribuição do Trabalho 3.4 – Manual Organizacional 3.4.1 Constituição do Manual 3.4.2 Ficha de funções 3.4.3 Quadro de Competências 3.4.4 Delegação 3.4.5 Atribuições das Unidades Organizacionais 4. METODOLOGIA 4.1 Tipo de Pesquisa 4.2 Amostra 4.3 Método de Coleta de Dados 4.4 Método de Análise de Dados 5. ANÁLISE DE RESULTADOS 6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES REFERÊNCIAS APÊNDICES x vi vii viii 11 12 12 14 14 14 14 15 15 16 17 18 18 18 21 25 28 28 32 33 32 37 47 47 48 51 53 55 56 56 57 58 60 61 61 62 63 64 65 84 87 90 11 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho consiste no Relatório Final de pesquisa relativa ao Estágio Supervisionado do curso de Administração das Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central – FACIPLAC, na área de Gestão de Arquitetura Organizacional. O local de realização da pesquisa foi o Centro Brasileiro da Visão (CBV), mais especificamente o Departamento de Oftalmodiagnóstico, setor responsável pelos exames oftalmológicos. O tema foi escolhido com o intuito de analisar a carga de trabalho de cada pessoa e assim contribuir com a política desenvolvida na distribuição de tarefas, buscando uma melhoria visível e qualitativa deste processo, que é um dos processos críticos da organização. Hoje em dia no mundo globalizado, as organizações não devem mais serem vistas como um todo estático, mas como um arranjo necessário de áreas e unidades organizacionais, que decorre da necessidade de a mesma realizar sua missão e alcançar seus objetivos. Saber simplesmente que existem atividades que devem ser executadas para que a empresa atinja seus objetivos não é o bastante. É necessário estudar suas naturezas, características, similaridade, complementariedade e relação antecedente/subseqüente com as demais atividades executadas. No entanto, a organização expressa uma forma particular de agrupar tais atividades necessárias para a consecução de seus objetivos, sendo necessário, entretanto, uma boa análise da repartição das tarefas, para que haja eficiência e eficácia na execução das atividades a realizar. Portanto, a presente monografia tem por finalidade abordar um tema importante a esse fato: a análise e estudo da divisão do trabalho limitando-se a uma área específica da organização, onde sua perspectiva baseia-se no estudo da carga de trabalho. 12 A insatisfação no ambiente de trabalho é fruto de vários fatores, mais um fator que requer uma atenção especial refere-se a distribuição de trabalho. Muitas vezes o mau desempenho de um funcionário é causado por força reflexiva de outro colega, do responsável pelo setor, ou da política da empresa em não reconhecer e valorizar os seus recursos humanos. Entre outros podemos citar: o trabalho não é distribuído eqüitativamente, alguns funcionários sobrecarregados, e outros ociosos, funcionários executando tarefas superiores ou inferiores á sua capacidade, profissional, chefes desqualificados e improdutivos, etc. Entretanto, a abordagem monográfica que segue, irá explanar a distribuição do trabalho de forma sucinta e compreensível, realizando um estudo de caso, a metodologia empregada terá uma abordagem qualitativa utilizando o instrumento de entrevistas juntamente à pesquisa bibliográfica. 1.1 Tema Avaliação do modelo de distribuição do trabalho em uma organização do Setor Hospitalar. 1.2 Justificativa A organização do trabalho com sua estruturação hierárquica, divisão de tarefas, jornadas em turnos, ritmos, intensidade, monotonia, repetitividade responsabilidade excessiva contribui para desencadear inúmeros distúrbios no trabalhador, sejam eles físicos ou psíquicos. No Brasil ainda não existem dados segundo os quais se definam os custos que as pessoas estressadas representam para as instituições e tão pouco a parcela da população com alterações da saúde decorrentes do estresse. No entanto, o que tem ocorrido normalmente entre estes profissionais, em virtude da sobrecarga de 13 trabalho, é a falta de tempo para descansar, refletir, organizar, aprender. Isto, para muitos profissionais, acaba causando desgaste físico e emocional. Entretanto a sobrecarga de trabalho se refere a um amplo espectro, que vai das demandas da tarefa às demandas do ambiente de trabalho, em relação à capacidade do trabalhador de responder e realizar estas demandas, considera que a sobrecarga de trabalho está associada a uma alta incidência de erros, conseqüente do fato do trabalhador desempenhar as tarefas no limite de suas capacidades, e a reações de stress, pois o indivíduo tem que trabalhar por longos períodos sob alta pressão. Implantar e manter uma boa distribuição do trabalho são funções essenciais do estudo de organização, pois encontram-se intimamente ligada à qualidade do trabalho, ao desempenho e satisfação do empregado e a própria consecução dos objetivos e metas fixados para o órgão. Considerando, então, a influência do trabalho na vida do ser humano, em decorrência da divisão de tarefas, foi escolhido como campo de estudo o Hospital Centro Brasileiro da Visão, limitando-se ao Departamento de Exames. O Departamento de Exames foi escolhido como estudo, por estar trabalhando na área durante três anos e perceber que as tarefas realizadas nesta unidade organizacional, são selecionadas aleatoriamente todos os dias, e muitas vezes alguns colaboradores apresentam-se, várias horas de seu dia sobrecarregados, enquanto outros funcionários apresentam-se ociosos, deixando de render o esperado pela organização. 14 1.3 – Problema de Pesquisa A distribuição de tarefas no CBV é realizada de forma criteriosa, racional e balanceada? 1.4 Objetivo 1.4.1 – Objetivo Geral Analisar a distribuição de trabalho no Departamento de Exames do Hospital Centro Brasileiro da Visão, visando aferir a carga de trabalho e a racionalidade de sua distribuição e assim contribuir com a política de distribuição de tarefas desenvolvida pela organização em estudo. 1.4.2 – Objetivos Específicos Levantar as tarefas desenvolvidas por cada empregado, abordando o tempo gasto para a execução das mesmas; Detectar sobrecarga ou ociosidade nos postos de trabalho; Verificar o equilíbrio de distribuição de trabalho entre as pessoas; Verificar se as pessoas possuem as qualificações e treinamento necessários para o bom desempenho de suas tarefas; Verificar se as tarefas executadas estão de acordo com a relação cargo versus capacitação versus salários; Sugerir a implantação de um QDT adequado à política de distribuição do trabalho no departamento de exames. 15 2. PERFIL DA EMPRESA 2.1 – Histórico Sediada em Brasília-DF, na Avenida L2 Sul Q.613, Bairro Asa Sul, próximo aos ministérios, embaixadas, aeroporto e hotéis, o hospital oftalmológico Centro Brasileiro da Visão (CBV) é especializado no diagnóstico e no tratamento de patologias oftalmológicas, com eficiência profissional e utilizando-se de tecnologia de ponta nesta área. O CBV tem como principal objetivo preparar o público interno para o aumento da demanda e estabelecer maior vínculo com a comunidade local. A sua principal característica da prática médica é a integração entre prática clínica, ensino e pesquisa. Através dessa linha de atuação diversificada, é mantido o compromisso da busca pelas melhores soluções para as necessidades de seus pacientes. O CBV iniciou suas atividades em abril de 2003 por idealização do Prof. Dr. Marcos Ávila, com o propósito de se tornar referência nacional e internacional. Um ano depois da sua fundação, o CBV começou a se destacar pela excelência em sua área atuante, tornando-se especializado no diagnóstico e no tratamento de todas as patologias oftalmológicas, dispondo da absoluta eficiência profissional e o que há de mais moderno na tecnologia dessa área. Com cinco anos de existência, o CBV é referência na América Latina pelo alto padrão de qualidade em atendimento, tecnologia e moderna estrutura arquitetônica. E em data recente, foi firmado no dia vinte e três de março de 2008 e publicado na seção 3 do Diário Oficial da União em trinta e um de março de 2008 Convênio entre a FUB - Fundação Universidade de Brasília e o CBV - Centro Brasileiro da Visão com o objetivo de regular as relações entre a FUB e o CBV (através de seu Núcleo de Extensão, Ensino e Pesquisa em Oftalmólogia - NEPOF/CBV), visando a aprimorar as condições de pesquisa, extensão e ensino na graduação e pósgraduação em Oftalmologia, bem como a prestação de serviços de saúde em 16 Oftalmologia, por meio de Cooperação Técnica a apoio hospitalar; promover o aprendizado dos alunos regulamente matriculados na UnB, além de outros que vierem a ser contemplados em Planos de Trabalho posteriormente elaborados, que para isso serão firmados novos instrumentos específicos; fomentar o interesse dos alunos com a especialidade, desenvolver atividades de capacitação profissional. 2.2 – Perfil Estratégico Missão “Oferecer atendimento em assistência social e saúde com ênfase em oftalmologia e inclusão social da pessoa com deficiência visual, buscando a crescente humanização e excelência na prestação de serviços, cumprindo com o objetivo filantrópico junto à comunidade”. Visão “Ser reconhecido na América Latina como excelência na prestação de serviços oftalmológicos, na promoção da inclusão social de pessoas com deficiência visual e ampliar o atendimento as outras especialidades médicas”. Valores Fraternidade; Igualdade; Comprometimento; Respeito à Vida. 17 2.3 – Estrutura Organizacional O CBV ocupa um espaço de 6.500m² sendo dividido em três blocos interligados e conta com áreas aconchegantes e um paisagismo diferenciado. Sua estrutura organizacional é ampla e especializada. A estrutura organizacional do CBV é composta por um diretor presidente, um coordenador de lente de contato que é responsável pelo controle de entrada e saídas das lentes e adaptação das mesmas, um diretor clínico que controla toda a parte médica, parcerias, residentes, mudanças na rotina médica, projetos, e etc. Ao todo são 97 funcionários registrados na empresa, 20 estagiários e 23 médicos. Um superintendente financeiro, responsável pela aquisição de aparelhos, entrada e saída de materiais de estoque e um superintendente administrativo que é responsável por toda a administração interna do hospital, conta com três coordenadores de atendimento e uma supervisora de atendimento. Figura 1 – Organograma CBV Fonte: manual da organização (2006) 18 3. REVISÃO DE LITERATURA 3.1 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 3.1.1 DEFINIÇÃO DE ORGANIZAÇÃO A sociedade humana é formada por organizações de todos os tipos e tamanhos. Entretanto a vida em sociedade é facilitada pelas atividades desenvolvidas por essas organizações nos mais diversos setores de atuação, pois as organizações objetivam atender às necessidades da mesma. Para que uma organização possa existir deve atender aos seguintes prérequisitos: existirem pessoas aptas a se comunicarem; atuarem de forma conjunta; e assim atingirem a um objetivo comum. (CHIAVENATO, 2004) Mas o que vem a ser, enfim, uma organização? Os conceitos relativos à organização fazem alusão ao termo sistema. Sistema este formado pela soma de pessoas, recursos financeiros, recursos materiais atuando de forma conjunto para o alcance de objetivos próprios. Entretanto, encontraram-se vários conceitos, sobre o que vem a ser organização. Introduzindo o conceito de sistema, Cury (2000) conceitua o assunto em questão como “o conjunto de pessoas que, sistematicamente e conscientemente, combinam seus esforços individuais para a concretização de uma tarefa comum”. Montana e Charnov (1998) mencionam que a “organização é um processo que acontece como uma forma de planejamento”. Bateman e Snell (1998) citam que “uma organização não é um grupo aleatório de pessoas que estão juntos ao acaso. Ela se estabelece consciente e formalmente para atingir certos objetivos que seus membros não estariam capacitados a atingirem sozinhos”. 19 "Uma organização é uma combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos. Por meio de uma organização torna-se possível perseguir e alcançar objetivos que seriam inatingíveis para uma pessoa. Uma grande empresa ou uma pequena oficina, um laboratório ou o corpo de bombeiros, um hospital ou uma escola são todos exemplos de organizações." MAXIMIANO (1992). Partindo dos dois últimos conceito apresentados, ou seja, pela definição apresentada por Maximiano e por Bateman e Snell, percebe-se que há uma similaridade entre ambos os conceitos. Recorrendo ao conceito clássico (Escola Clássica), podemos definir qualquer organização como um conjunto de duas ou mais pessoas que realizam tarefas, seja em grupo, seja individualmente, mas de forma coordenada e controlada, atuando num determinado contexto ou ambiente, com vista a atingir um objetivo pré-determinado através da afetação eficaz de diversos meios e recursos disponíveis, liderados ou não por alguém com as funções de planejar, organizar, liderar e controlar. Outros autores como Pfiffner e Sherwood (1986) em sua obra Organização Administrativa também definiram organização, como sendo um tipo de associação em que os indivíduos - em número tal que contatos pessoais se tornam difíceis de ocorrer - se dedicam a tarefas complexas e estão entre si relacionados por um consciente e sistemático estabelecimento e consecução de objetivos, mutuamente aceitos. Essa definição apresenta uma abordagem da organização por meio do estudo de quatro variáveis, a saber: Tamanho: pois as organizações são entidades em escala. Um grupo pode sentar-se em torno de uma mesa, uma organização não. Complexidade: tarefas bastante específicas, com dificuldades para suas realizações, tornando a organização altamente complexa. 20 Consciente racionalidade: está implicitamente contida no estudo da organização, envolvendo a adaptação do comportamento individual aos objetivos organizacionais. Presença de objeto: a significação da racionalidade sugere o objetivo, ou seja, a consecução de objetivos previamente estabelecidos e mutuamente aceitos. Entretanto existe uma infinidade de outras abordagens e definições de organizações. Na perspectiva estrutural de Motta (2001), que analisa aspectos de mudanças organizacionais, a organização é um sistema de autoridade e responsabilidades que, através de normas e orientações, determina o comportamento das pessoas empenhadas na tarefa comum. “Uma organização é a coordenação de diferentes atividades de contribuidores individuais para realizar transações planejadas com o meio ambiente”. LAWRENCE e LORSCH, citados por MEDEIROS (1992). Diante dos vários conceitos apresentados é perceptível que todos os autores almejaram transmitir a mesma informação, porém cada qual com sua maneira e linguagem, usando diferentes palavras ou talvez complementando coerentemente o conceito apresentado pelo mesmo, mas todos deixam claro que uma organização é formada pelo soma de pessoas, máquinas e outros equipamentos, recursos financeiros e outros, e que o resultado da combinação de todos estes elementos orientados a um objetivo comum, gera o conceito de organização. Daí nasce a importância de construir uma organização com membros que tenham conhecimentos, habilidades e atitudes comprovadas para gerenciar pessoas, processos e situações de toda índole, já que a finalidade da organização é conseguir a maior eficácia possível no conjunto de operações que compõem a atividade da empresa. 21 Para isso, a direção deve definir as funções, obrigações e responsabilidades dos diversos cargos e níveis hierárquicos, tratando de evitar lacunas e superposições. Além disso, é preciso elaborar a rede geral de informações da empresa, através da qual as ordens e diretrizes circulem da maneira mais fluente possível, desde os escalões superiores, até os mais inferiores, enquanto os resultados e as informações referentes ao controle fluem em sentido contrário. O processo de organizar cria uma estrutura estável e dinâmica que define o trabalho que as pessoas, como indivíduos ou integrantes de grupos, devem realizar. Entretanto, para uma organização ser bem sucedida no alcance de seus objetivos é necessário a atuação de administradores capazes de satisfazerem as demandas internas e externas no que diz respeito ao tipo e porte da instituição por eles administrada. Nesse sentido, Maximiano (1992), relata o seguinte: “os gestores das organizações desempenham papéis, funções e tarefas planejadas e estruturadas para obter resultados operacionais que garantam a sobrevivência das organizações em harmonia com o ambiente externo e com as condições internas”. 3.1.2 DEFINIÇÃO DE ESTRUTURA ORGANIZACIONAL O que representa a organização é a estrutura organizacional. Grandes organizações têm estruturas complexas e formalizadas. As organizações de pequeno porte têm esquemas simples para definir quem realiza quais atividades. Um dos principais problemas da administração das organizações é definir a estrutura organizacional, que define a autoridade e as responsabilidades das pessoas, como indivíduos e como integrantes de grupos. Além disso, define ainda a comunicação entre as pessoas e os grupos. "A estrutura organizacional, como um specto inerente ao esforço gerencial, trata do arranjo estrutural da organização, intencionando projetar um complexo 22 conjunto de inter-relações que permita a realização efetiva do trabalho". (VERGARA, 2000) “A estrutura de uma organizacão pode ser definida como o resultado de processo através do qual a autoridade é distribuída, as atividades desde os níveis mais baixos até a alta administração, sçao especificadas, e um sistema de comunicação é delineado, permitindo que as pessoas realizem as atividades e exerçam a autoridade que lhes compete para o alcance dos objetivos organizacionais. (VASCONCELOS e HEMSLEY, 1986). Hall (1984) assume a mesma definição de Peter Blau, que entende por estrutura organizacional a distribuição das pessoas entre posições sociais que influenciam os relacionamentos de papéis desempenhados pelas mesmas. Esta distribuição possui duas implicações: Uma implicação da definição é a divisão de trabalho: atribuem-se às pessoas tarefas ou trabalhos diferentes dentro das organizações. Outra implicação é que as organizações contêm categorias ou uma hierarquia: as posições que as pessoas ocupam possuem normas e regulamentos que especificam, em graus variáveis, como seus ocupantes devem comportar-se nessas posições. Para o autor, a estrutura organizacional atende a três funções básicas. Em primeiro lugar, as estruturas organizacionais tencionam realizar produtos organizacionais e atingir metas organizacionais. Em segundo lugar, as estruturas destinam-se a minimizar ou pelo menos regulamentar a influência das variações individuais sobre a organizacão. Impõemse estruturas para assegurar que os individuos se conformem ás exigências das organizações e não o inverso. Em terceiro lugar, as estruturas são os contextos em que o poder é exercido (as estruturas também estabelecem ou determinam quais posições têm poder sobre quais outras), em que as decições são tomadas (o fluxo de informação que entra 23 numa decisão é basicamente determinado pela estrutura) e onde são executadas as atividades das organizacões. Estrutura é o resultado de um processo em no qual a autoridade é distribuída, as atividades são especificadas (desde os níveis mais baixos até a alta administração) e um sistema de comunicação é delineado, permitindo que as pessoas realizem as atividades e exerçam a autoridade que lhes compete para o alcance dos objetivos da organização. (VASCONCELOS e HEMSLEY, 1986). A estrutura é definida genericamente como os padrões de trabalho e disposições hierárquicas que servem para controlar ou distinguir as partes que compõem uma organização. A estrutura é concebida em termos da divisão e especialização do trabalho (diferenciação) e da maneira como é ordenada e controlada - integração. (BOWDICHT e BUONO, 1992) Estrutura é a soma total de meios pelos quais o trabalho é dividido em tarefas distintas e como é realizada a coordenação entre elas. (MINTZBERG, 2000) As definições não são uniformes, mas pode-se destacar que em todas dois fatores são preponderantes: a divisão de trabalho e a hierarquização com sua respectiva distribuição de autoridade, presente explicitamente nos conceitos de todos os autores citados, exceto Mintzberg (2001) que de forma implícita, considera a hierarquia como parte integrante da forma como as organizações coordenam a divisão de trabalho. Morgan (1980) tem uma perspectiva ligeiramente diferente sobre a estrutura organizacional. Eles concebem a estrutura como sendo “um meio complexo de controle que é continuamente produzido e recriado em interação e que, ainda assim, modela essa interação: as estruturas são constituídas e constitutivas”. 24 Essa abordagem enfatiza que a estrutura de uma organização não é imutável. Ao contrário, ela modela o que ocorre numa organização e é modelada pelo que ocorre numa organização. Esse ponto destaca o fato de que as organizações são conservadoras por natureza. Sua estrutura "constitui" as interações que ocorrem dentro dela. A estrutura não produz uma conformidade total, mas impede também o comportamento ao acaso. Dando prosseguimento às definições de estrutura, Oliveira (1998) define estrutura organizacional como sendo o conjunto ordenado de responsabilidade, autoridade, comunicações e decisões das unidades que compõem uma organização. Seguindo este conceito Maximiano (1992), enfatiza como sendo o produto das decisões de divisão e coordenação do trabalho, determinando as atribuições especificas e a forma como devem estar interligados os diversos departamentos. Muitas discussões sobre a estrutura não levam em conta o indivíduo. As estruturas organizacionais têm impactos sobre os indivíduos que ficam acima e além dessa determinação da quantidade de julgamento a ser exercido. Por exemplo, a posição de um indivíduo numa organização, tal como a de um funcionário administrativo, supervisor, gerente de nível médio ou outra qualquer, modela as reações desse indivíduo diante da organização. Apesar dos fatores demográficos como idade ou sexo também serem determinantes, a posição do indivíduo parece ser mais importante. De modo similar, a satisfação do indivíduo com o trabalho está relacionada com a estrutura organizacional (SEIFFERT 1998). 25 3.1.3 ESTRUTURA FORMAL E INFORMAL As empresas hoje em dia estão organizadas formal ou informalmente e muitas vezes encontra-se uma mistura entre as duas formas, por isso a seguir será definida o que é cada uma delas, seguindo o pensamento de diversos autores. A estrutura formal é aquela deliberadamente planejada e formalmente representada, em alguns de seus aspectos pelo organograma (OLIVEIRA, 1998). A organização formal é um sistema de atividades ou de forças, de duas ou mais pessoas, conscientemente coordenadas, enquanto a organização informal é um agregado de contatos e interações pessoais e os agrupamentos de pessoas associadas. (CURY, 2000). A organização formal é baseada em uma divisão de trabalho racional, com especialização de órgãos e pessoas em determinadas tarefas. É a organização definida no organograma, no qual se indica as relações dinâmicas entre os membros de uma equipe, que se constituem em responsabilidades, autoridades e comunicações de indivíduos, suas funções e relações com as demais partes da instituição. O conjunto de interação e de relacionamentos conseqüentes que se estabelecem entre os vários elementos humanos, numa organização, denomina-se organização informal, em contrapartida à organização formal, constituída pela própria estrutura organizacional. (CHIAVENATO, 1999) Organização informal é como se dá, ao longo do tempo, o desenvolvimento da rede de relacionamentos pessoais. Em todos os níveis de uma organização, a coordenação e as decisões freqüentemente acontecem fora dos canais formais, pois as pessoas interagem informalmente, criando inclusive regras e normas. Os gerentes, enquanto estão estabelecendo uma estrutura formal de papéis interrelacionados, estão também criando uma estrutura social informal que afeta comportamentos de maneiras diferentes das planejadas. Quando ocorre uma 26 mudança, os gerentes devem considerar o efeito da organização informal no comportamento dos indivíduos e grupos. Os gerentes devem aproveitar o poder da organização informal para atingir os objetivos da empresa e considerar as implicações das interações entre a hierarquia formal e informal quando mudarem a forma de motivar e coordenar os empregados. A organização informal é sempre estabelecida e todos os empregados a conhecem. A estrutura hierárquica formal é o mecanismo de controle principal, mas a estrutura informal também deve ser usada para permitir que as pessoas encontrem melhores soluções. As principais vantagens da organização informal são: “proporciona maior rapidez no processo, ajuda a ultrapassar as fraquezas/limitações da estrutura formal, complementa a estrutura formal, reduz a carga de comunicação dos chefes e motiva e integra as pessoas da empresa”. E as desvantagens: “desconhecimento das chefias, dificuldade de controle, pode contrariar os objetivos da organização formal e possibilidade de atrito entre as pessoas”. (OLIVEIRA, 1998) Segundo Selfridge e Sokolick (1986), a organização é retratada como um iceberg, constituindo a organização formal aquela parte visível, que fica sobre a água, e a organização informal aquela porção submersa, invisível, observe: A organização formal é composta por: objetivos, tecnologia, estrutura, políticas e procedimentos, recursos financeiros. Os componentes formais são: definições e descrição de tarefas, critérios de departamentalização, amplitudes de controles e nível hierárquicos, missões, metas e objetivos da organização, praticas e políticas operacionais, praticas e políticas pessoais, medidas de nível de eficiência e de produção. Estes componentes são publicamente observáveis, racionais e orientados para as considerações de estruturada. A organização informal é composta por: percepções, atitudes, sentimentos, valores, interações informais, normas de grupo. Seus componentes são: poder emergente e padrões de influencia, visões pessoais da organização e das competências individuais, padrões de relacionamento interpessoal e grupal, sentimentos e norma de grupo, percepções 27 de consultas de confiança, abertura e risco, percepções do papel individual e orientações do valor, sentimentos, necessidades e desejos emocionais, relacionamento afetivo entre gerentes e subordinados, medidas de nível de satisfação e desenvolvimento. Estes componentes estão escondidos, são afetivos e orientados para os processos psicossociológicos e para considerações de conduta. A distinção que geralmente se faz entre uma organização informal e formal é que a segunda enfatiza as posições hierárquicas em termos de autoridade e funções, enquanto a primeira dá ênfase às pessoas e sua relações. A autoridade informal é geralmente ganha, ou seja, vem daqueles que são objeto do seu controle enquanto a formal vem dos superiores, é delegada. Considerada mais um privilégio do que um direito é mais instável do que a autoridade formal, por estar sujeita aos sentimentos pessoais. Na maioria das vezes, a organização informal é considerada como uma força negativa na empresa, mas nem sempre isso é verdadeiro. Caso seus interesses e objetivos estejam interligados com os da empresa, o grupo trabalhará pelos objetivos da empresa e não contra eles. Portanto, não existe organização formal sem sua informal contrapartida, pois o plano administrativo formal não pode nunca refletir, adequada ou completamente, a organização concreta á qual se refere, pela razão óbvia de que nenhum plano abstrato pode ou deve, se pretender ser eficiente descrever exaustivamente uma totalidade empírica. Embora os objetivos de uma organização formal sejam mais explícitos, sua estrutura seja o resultado de decisões conscientemente tomadas e muitos de seus processos internos sejam também conscientemente planejados, algumas vezes pode ocorrer que a estrutura informal tenha uma influência tão penetrante que leve a uma redefinição da estrutura formal. Destarte, não se deve esquecer que a estrutura informal pode torna-se um competidor em vez de um complemento da estrutura formal. 28 Nas grandes organizações, os afastamentos do sistema formal tende a se tornar institucionalizados de modo a se estabelecerem leis não escritas (normas implícitas) e associações informais. A institucionalização remove tais desvios do domínio das diferenças de personalidade, transformando-os em um aspecto estrutural persistente da organização formal. 3.1.4 REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS DA ESTRUTURA Nos gráficos de organização, procura-se mostrar os recursos técnicos que estão sendo usados, sejam tais recursos operações técnicas ou sistemas de órgãos e pessoas dispostas de maneira a atingirem certos resultados. 3.1.5 ORGANOGRAMA Organograma é um gráfico que representa a estrutura formal de uma organização. Os organogramas mostram como estão dispostos os órgãos ou setores, a hierarquia e as relações de comunicação existentes entre eles. É através do processo de agrupar as unidades que é estabelecido o sistema de autoridade formal e é composta a hierarquia da organização. O organograma é a representação pictórica dessa hierarquia”. Assim, Mintzberg (2000) define o delineamento da estrutura organizacional. Quando se quer representar uma organização, geralmente se faz uso de organogramas, os quais, na prática, se tornaram irrelevantes no mundo atual (Mintzberg 2000), pois mostram, principalmente, a relação de poder, não conseguindo representar a dinâmica de funcionamento da organização. O organograma, apesar de não mostrar os relacionamentos informais, retrata fielmente a divisão do trabalho e exibe de forma clara quais posições existem na organização, como estas são agrupadas em unidades e como a autoridade formal flui entre elas. (MINTZBERG, 2001). 29 O organograma deve mostrar: Os órgãos da empresa. A função de cada órgão, de maneira genérica. As vinculações e as relações entre os órgãos. Os níveis administrativos. A hierarquia. Eventualmente, conforme o caso e a necessidade, o organograma pode mostrar outras informações como: O nome do encarregado. O efetivo de pessoal. O tipo de autoridade ou de ligação hierárquica. Algumas regras devem ser observadas na elaboração de um organograma: Os órgãos devem ser representados por figuras geométricas, em geral o retângulo. Os tamanhos dos retângulos devem ser proporcionais à importância hierárquica do órgão. Órgãos de hierarquias diferentes, mas de mesmo nível administrativo (Conselho de Administração e Diretoria Executiva, por exemplo) devem estar em retângulos diferentes e em alturas diferentes. Órgãos de assessoria devem ser ligados através de linhas horizontais. Os diversos tipos de autoridade podem ter as suas ligações diferenciadas pelo tipo de linha (linha cheia, pontilhada, traço e ponto, etc.), conforme a convenção da empresa. Em particular, um organograma no qual sejam relacionadas às atividades de um órgão recebe o nome de funcionograma e é restrito ao uso do órgão. 30 Tipos de Organogramas: Clássicos - O organograma clássico também é chamado de vertical. É o mais comum tipo de organograma, elaborado com retângulos que representam os órgãos e linhas que fazem a ligação hierárquica e de comunicação entre eles. Não clássicos - São todos os demais tipos como abaixo: Em barras - são representados por intermédio de longos retângulos a partir de uma base vertical, onde o tamanho do retângulo é diretamente proporcional à importância da autoridade que o representa. Em setores (setorial, setograma) - são elaborados por meio de círculos concêntricos, os quais representam os diversos níveis de autoridade a partir do círculo central, onde localiza-se a autoridade maior da empresa. Radial (solar, circular) - o seu objetivo é mostrar o macrossistema das empresas componentes de um grande grupo empresarial. Organograma Linear de Responsabilidade (OLR) - possui um diferenciador em relação aos demais organogramas, pois a sua preocupação não é apresentar o posicionamento hierárquico, mas sim o inter-relacionamento entre diversas atividades e os responsáveis por cada uma delas. Informativo - apresenta um máximo de informações de diversas naturezas relacionadas com cada unidade organizacional da empresa. A elaboração de organograma exige certos cuidados: uns de natureza estética, outros de natureza técnica. Observe alguns deles: devem ser evitadas siglas e abreviaturas dos órgãos para que qualquer pessoa possa ver e entender a estrutura da organização; a subordinação de um órgão em relação a outro é representada por linha cheia, de cima para baixo, ou da esquerda para direita. Órgão de igual 31 hierarquia não podem estar ligados uns aos outros, mas sim á linha da autoridade superior; deve ser buscado um equilíbrio estético entre os espaços laterais e verticais dos órgãos de mesmo nível hierárquico; o organograma não deve ser fracionado em hipótese alguma, ou seja, não deve constar parte numa folha parte em outra; para representação de órgãos de caráter mais formal, deve ser dada preferência a utilização de retângulos, em detrimentos de outras formas geométricas, podendo o seu tamanho variar em função do nível hierárquico de cada setor apresentado; para a representação de setores menos formais, como grupos e equipes, ou até de setores ligados a atividades artísticas, sociais ou criativas, dentre outras, admite-se usar outras formas gráficas, como círculos, triângulos, elipses, retângulos curvados ou, simplesmente, a sua chamada por linha, sem circunscrição. 32 3.4.2. FUNCIONOGRAMA O funcionograma é um tipo de organograma que demonstra a descrição funcional de cada órgão de uma organização, citando as atividades executadas por cada setor. É de uso restrito aos respectivos órgãos adotandes, tendo como principal finalidade permitir uma melhor observação da distribuição de funções e atividades na estrutura organizacional. Objetivos Possibilitar um conhecimento mais íntimo da organização; Fornecer detalhes do órgão em estudo; Tornar evidentes as funções que justificam os órgãos (missão). Assim, o supervisor de um órgão, na prática, para melhor coordenar o trabalho, institui alguns módulos, integrados por equipes, cada um desenvolvendo um processo diferente, correspondendo a um agregado de atividades/tarefas afins. Evidentemente, no organograma não figuram esses módulos nem suas atividades/tarefas, mas somente a função geral do órgão. Em conseqüência, para um melhor entendimento do trabalho total, favorecendo uma eqüitativa distribuição de sua carga entre os diversos subordinados, evitando também, uma grande dispersão, com um mesmo empregado envolvido em diversas e dispares atividades, o chefe adota o funcionograma, para uso exclusivo em sua ambiência interna. Esse funciograma pode ter múltiplas utilidades, inclusive para processo de racionalização, análise da distribuição do trabalho, padronização de atividades e fluxos, estudos de layaut etc. 33 4. DEPARTAMENTALIZAÇÃO 4.1. DEFINIÇÃO DE DEPARTAMENTALIZAÇÃO A Departamentalização tem suas origens na Teoria Clássica, corrente filosófica administrativa iniciada pelo teórico francês Henry Fayol, que pregava a ênfase na Estrutura Organizacional como forma de aumentar a eficiência e aprimorar as relações entre cada segmento de uma empresa. De forma a aumentar a eficiência, o controle, e descentralizar a autoridade e a responsabilidade, os teóricos organizacionais desenvolveram várias maneiras de dividir a Organização em subunidades. O objetivo era chegar a um arranjo ordenado de partes organizacionais interdependentes, as quais convencionou-se chamar de departamentos. O Departamento representa um segmento de uma organização, do qual uma atividade distinta foi identificada, como exemplo pode citar: o Departamento de contabilidade, o Setor de Vendas e a Área de Produção. O processo de divisão da estrutura organizacional em departamentos recebe o nome de Departamentalização, e surge como parte integral do processo de delegação do poder e sua respectiva autoridade. Segundo MOTTA (2001), “é uma outra forma de fracionar a estrutura organizacional (divisões, seções, diretorias, departamentos, coordenações, serviços etc.), objetivando agrupar as atividades homogêneas que possuem uma mesma linha de ação, segundo características de complementaridade e similaridade”. Departamentalização é o meio pelo qual se atribuem e agrupam tarefas, buscando obter uma homogeneidade das atividades, a partir da especialização dos órgãos. A finalidade é obter melhores resultados das tarefas a serem executadas. (Chiavenato, 1997). É o processo de agrupar indivíduos em unidades para que possam ser administrados”. Estas unidades podem ser agrupadas em unidades maiores, até atingir o nível hierárquico mais alto da organização. (Vasconcellos e Hemsley, 1998). Agrupar posições e unidades é a forma essencial para coordenar o 34 trabalho em uma organização, não se resumindo apenas a um artifício de manter as diretrizes de quem trabalha na organização. (Mintzberg, 1995) Os objetivos de departamentalização são os seguintes: a) Aproveitar a especialização. Isto é, saber "tirar partido" da qualificação das pessoas, aumentando a eficiência de cada uma, em proveito das pessoas e da própria organização. A especialização, segundo Newman (1970), é uma característica generalizada na organização dos nossos dias. "O uso de funções especialização em organização é ilustrado pela costumeira divisão de uma empresa de negócios em departamento de vendas, produção, finanças e contabilidade". E essa divisão do trabalho termina por provocar a especialização que a departamentalização realça dando qualidade. b) Maximizar os recursos disponíveis. A conformação de unidades constitutivas da organização, ou a sua reestruturação obedece aos vários recursos existentes. A maximização desses recursos ocorre justamente no momento do agrupamento ou reajustamento das atividades da organização. A melhor forma de departamentalizar será aquela que conseguir alocar com eficiência os recursos financeiros, humanos e materiais. Daí a responsabilidade na escolha do melhor critério de agrupamento de atividades. c) Controlar. A departamentalização que não for bem conduzia poderá resultar em dificuldades à medida que não haja clara delimitação de responsabilidades. Um exemplo típico elucida o objetivo: o controle de qualidade não poderá ser exercido por quem tenha, também, a responsabilidade de aumentar a produção. Da mesma forma um chefe de contabilidade não poderá ser o chefe da unidade de auditoria. A distribuição das atividades mediante critérios determinados deve buscar uma fronteira nítida nas competências de cada unidade e, por extensão, dos titulares dessas unidades. Essa fronteira é muito difícil de ser conseguida, pois a organização é um sistema e, como tal, composto de partes que atuam de forma interligada. Nada impede, porém, que o "departamentalizador" procure reduzir ao 35 máximo o conflito entre competências, que termina por gerar conflitos no âmbito interpessoal. d) Coordenar. "Quanto maior for o grau de coordenação em urna organização, mais serão integrados os esforços individuais durante a execução, evitando ajustes posteriores". As dificuldades de coordenação crescem junto com a organização, quer tenha ela um crescimento desordenado ou não. Em outras palavras, isso quer dizer o seguinte: não importa se o crescimento é feito organizadamente ou não, pois o aumento da responsabilidade das várias unidades levará à necessidade de melhor adequação das partes organizacionais, em função da maior sofisticação exigida no trabalho de cada um. Esse cuidado tem de estar sempre presente no quadro de preocupações dos analistas da organização. e) Descentralizar. resulta de procedimentos relacionados à delegação da autoridade. Até mesmo se confundem, pois o ato de delegar implica descentralizar. Delegar é salutar para a organização. Isso em tese. Por esse motivo descentralizar é um dos objetivos da departamentalização. Contudo, haverá momentos nos quais a descentralização terá de ser restringida, ou mesmo eliminada, se quisermos uma circunstância radical para a organização. De qualquer maneira, a descentralização absoluta não é indicada para nenhuma organização, exceto enquanto a organização se achar em progresso generalizado. Mas a partir do momento em que começa a encontrar dificuldades de toda sorte, não será agradável constar que certa unidade, por se achar absolutamente solta na organização, acabou comprometendo o seu trabalho e naufragou. f) Integrar ambiente e organização. Os autores clássicos dão enorme ênfase na departamentalização planejada e executada numa perspectiva fechada; alcançar apenas objetivos internos, não mais. Modernamente, a teoria das organizações sugere a integração ambiental. Isto é, na formulação e reformulação da estrutura organizacional, o fator ambiente deve compor o elenco de inquietações do estudioso. Muitas turbulências internas têm como causa imediata as alterações 36 advindas do ambiente. Por essa razão é conveniente uma análise que, além de incluir as variações internas, inclua, também, o meio ambiente onde a organização age; e g) Reduzir conflitos. A harmonia plena foi um sonho da Escola de Relações Humanas. Apenas um sonho. Os conflitos existem e devem ser minimizados, pois raramente são eliminados. Há quem diga que uma organização em conflito é uma organização que pulsa, vive. Pode ser um exagero, mas a afirmação é correta à medida que entendamos o conflito como sendo a busca da eficiência e da eficácia, e não a luta pelo poder pessoal, sem que isso traga benefícios à organização. A redução do nível de conflitos é desejada, pois mesmo que aceitemos a afirmação acima, não é difícil crer que uma organização com alto grau de conflito entre as suas partes constitutivas ofereça o crescimento desejado. O objetivo é não permitir que os desencontros causem prejuízos e desgastes desnecessários e pouco produtivos. A departamentalização é uma característica típica das grandes organizações. Ela é diretamente relacionada com o tamanho da organização e com a complexidade das operações. Quando a organização torna-se grande, todas as atividades não podem ser supervisionadas diretamente pelo proprietário ou diretor. A tarefa de supervisão pode ser facilitada por intermédio de diferentes executivos que se tornam responsáveis pelas diferentes fases da atividade ou pelos diferentes aspectos dessa atividade. 37 4.2. TIPOS DE DEPARTAMENTALIZAÇÃO As principais formas de departamentalização adotadas pelas organizações são as seguintes: funcional, geográfia, por produtos ou serviços, por fases do processo de seleção, por clientes, por projetos, matricial, por centros de lucros e celular (Chiavenato, 2004; Mintzberg, 2001; Oliveira, 1998; Vasconcellos; Hemsley, 1986; March; Simon, 1967.). São brevemente apresentadas as características de cada um. Funcional – consiste no agrupamento de atividades e tarefas de acordo com funções principais desenvolvidas dentro da empresa. Para Gibson et al. (1981) a base funcional talvez seja a mais usada devido ao seu apelo ao senso-comum. Isto é, parece lógico ter um departamento formado por especialistas num campo particular como produção ou contabilidade. Vantagens: As vantagens principais da abordagem funcional são: Maior estabilidade. Maior segurança, baseada tanto na execução das tarefas, como no relacionamento de colegas - cada funcionário tem maior facilidade de saber sobre a sua área de atuação. Especialização do trabalho. Maior concentração e uso de recursos especializados. Permite economia pela utilização máxima de máquinas e produção em massa. Orienta pessoas para uma específica atividade, concentrando sua competência de maneira eficaz. Aconselhada para empresas que tenham poucas linhas de produtos ou serviços e que permaneçam inalterados por longo tempo. Desvantagens: Existem também muitas desvantagens na abordagem funcional: Insegurança das pessoas, aspecto este relacionado à situação de empresa com grande crescimento e conseqüente aumento de complexidade, 38 provocando a transformação do que antes era uma vantagem em uma grande desvantagem. Especialização do trabalho, quando cada chefe funcional estabelece que a sua função é a mais importante da empresa. Esse aspecto pode levar à situação de possível isolamento da área funcional considerada dentro da empresa. A responsabilidade pelo desempenho total está somente na cúpula, já que cada gerente fiscaliza apenas uma função. A comunicação geralmente é ineficiente. Baixa adaptabilidade como conseqüência do estabelecimento de possíveis feudos de especialização dentro da empresa. Visão parcial da empresa, pois, de maneira genérica, apenas os elementos lotados nos níveis mais elevados da empresa têm uma visão de conjunto. Na Figura 2 a departamentalização funcional considerou as quatro áreas funcionais clássicas da empresa. Este tipo de departamentalização também pode ser feito considerando as funções de administração; neste caso a empresa pode ficar com as seguintes unidades organizacionais: Gerência de planejamento Gerência de organização Gerência de controle A departamentalização pode também acontecer por área de conhecimento. Por exemplo: Gerência de elétrica Gerência de hidráulica Gerência de eletrônica Gerência de mecânica 39 diretoria geral gerência de produção gerência financeira gerência marketing gerência de recursos humanos Figura 2. Departamentalização funcional Fonte: Oliveira (1998) Geográfica (ou territorial) - baseia-se no princípio de que todas as atividades que se realizam em determinado território devem ser agrupadas e colocadas sob as ordens de um administrador. Geralmente usada para: Obter as vantagens econômicas de determinadas regiões. Possibilidade de maior treinamento de pessoal pela atuação direta no território considerado. Possibilidades de uma ação mais imediata em determinada região. Maior facilidade de conhecer os fatores e problemas locais por ocasião da decisão. Desvantagens: Duplicação de instalações e de pessoal se não houver um planejamento efetivo. Pode deixar em segundo plano a coordenação, tanto nos aspectos de planejamento, execução ou controle da empresa como nos aspectos de métodos, em face do grau de liberdade e utonomia colocado nas regiões ou filiais. A preocupação estritamente territorial concentra-se mais nos aspectos mercadológicos e de produção e quase não requer especialização. As outras áreas de empresa tornam-se secundárias. 40 departamento de tráfego aéreo região Norte base 01 região Sul região Centro base 02 base 20 base 10 base 30 base 100 base 200 Figura 3. Departamentalização territorial Fonte: Oliveira (1998) Por produtos ou serviços - agrupa na mesma unidade as pessoas que lidam com um mesmo produto ou linha de produtos. Se a produção de um artigo ou grupo de artigos é suficientemente volumosa e permanente para utilizar completamente a instalações especializadas e o pessoal, Haverá interesse na departamentalização por produtos fim de se obter vantagens econômicas na produção. O mesmo vale para os serviços. Vantagens: Facilita a coordenação dos resultados esperados por cada grupo de produtos, pois cada um destes grupos funciona como uma unidade estratégica de negócio. Propicia a alocação de capital especializado para cada um dos grupos de produtos. Facilita a utilização máxima da capacitação de recursos, inclusive os humanos, através de seu conhecimento especializado. Fixa a responsabilidade dos departamentos para um produto ou linha de produtos ou serviços. Propicia maior facilidade para a coordenação interdepartamental. Permite maior flexibilidade. Enfoque da empresa é sobre os produtos e serviços e não sobre a sua estrutura organizacional interna. Desvantagens 41 Pode ser de coordenação mais difícil, quando do estabelecimento das políticas gerais da empresa. Pode propiciar o aumento dos custos pelas duplicidades de atividades nos vários grupos de produtos. Pode criar uma situação em que os gerentes de produtos se tornam muito poderosos, o que pode desestabilizar a estrutura da empresa. diretoria geral gerência da divisão química gerência da divisão farmacêutica gerência da divisão têxtil Figura 4. Departamentalização por produtos Fonte: Oliveira (1998) Por fases do processo de produção - também chamada de departamentalização por processo, as atividades são agrupadas de acordo com as etapas de um processo. Considera a maneira pela qual são executados os trabalhos ou processos para a consecução de uma meta específica, é freqüentemente utilizada nas empresas industriais nos níveis, mas baixos da estrutura organizacional das áreas produtivas ou de operações. Buscar extrair vantagens econômicas oferecidas pela própria natureza do equipamento da tecnologia, criando unidades relativas ás distintas fases do processo de produção. Vantagens: Maior especialização dos recursos alocados. Possibilidade de comunicação mais rápida de informações básicas. Desvantagens: Possibilidade de perda de visão global do andamento do processo. Flexibilidade restrita para ajustes no processo. 42 seção de preparação seção de prémontagem seção de estamparia seção de corte seção de montagem Figura 5. Departamentalização por processos Fonte: Oliveira (1998) Por clientes - divide as unidades organizacionais para que cada uma delas possa servir um diferente cliente, quando diferentes clientes requererem diferente métodos e características de vendas, diferentes características de produtos e, as vezes, diferentes serviços, os organizacionais. Vantagens: Propiciar para a empresa uma situação favorável para tirar proveito das condições de grupos de clientes bem definidos Assegurar reconhecimento e atendimento contínuo e rápido aos diferentes tipos e classes de clientes Desvantagem: Utilização inadequada de recursos humanos e de equipamentos. diretoria comercial departamento feminino perfumari lingerie departament o masculino departament o brinquedos roupas calçados Figura 6. Departamentalização por clientes Fonte: Oliveira (1998) roupas calçados 43 Por projetos - as pessoas são agrupadas de acordo com o projeto no qual estão envolvidas naquele determinado instante. Cada projeto é como se fosse um departamento temporário cujo chefe é o gerente de projeto e que existe enquanto o projeto não termina. Este tipo de estrutura apresenta grande flexibilidade e alta eficácia quanto a resposta a mudanças ambientais, permitindo, ainda, um melhor atendimento ao cliente e um melhor cumprimento de prazos e orçamentos. Por outro lado, visto que os especialistas trabalham basicamente funcionalmente, o que restringe o seu aprimoramento profissional e limita a eficiência das decisões por eles tomadas. Vantagens: Permite alto grau de responsabilidade do grupo de execução do projeto. Possibilita que os funcionários envolvidos tenham alto grau de conhecimento de todos os trabalhos inerentes ao projeto. Alto grau de versatilidade, aceitando novas idéias e técnicas durante o desenvolvimento dos trabalhos. Possibilita melhor atendimento ao cliente do projeto. Permite melhor cumprimento dos prazos e orçamentos. Desvantagens: Coordenador do projeto pode não dar a devida atenção à parte administrativa, gerando uma situação de recursos ociosos ou mal empregados. Geralmente não apresenta um sistema adequado de comunicação e de tomada de decisão, principalmente porque cada grupo procura dedicar-se ao seu próprio projeto. A eficiência e eficácia de um grupo estão diretamente relacionadas com o tamanho do grupo. Maior o grupo, menor a probabilidade de seu sucesso. 44 diretoria administração e finanças projetos comercial Projeto A Projeto B Figura 7. Departamentalização por projetos Fonte: Oliveira (1998) Matricial - é defina de forma simplificada como o resultado da utilização simultânea de dois ou mais tipos de departamentalização do mesmo grupos de pessoas. Geralmente, combinam uma estrutura funcional com outra por projetos ou produtos a matriz é uma forma de estruturar recursos provenientes de várias fontes com o objetivo de se - desenvolverem atividades comuns, tendo surgido a partir da inadequação da estrutura funcional para a realização de atividades que exigem a interação entre as áreas funcionais distintas. Uma das principais características dessa estrutura é a existência da dupla ou múltipla subordinação. Os membros dos grupos de trabalho podem ser designados para múltiplas equipes de projeto ou produtos, com as quais mantém diferentes responsabilidades. Nestes projetos, a manutenção da autoridade e das responsabilidades é temporária e dependem das habilidades requeridas, isto é, um supervisor em um determinado projeto pode ser um trabalhador em outro. Vantagens: Possibilidade de maior aprimoramento técnico de sua equipe de trabalho Coordenação de equipe de forma mais adequada e coerente Maior desenvolvimento de pessoal Maior especialização nas atividades desenvolvidas Uso adequado dos vários recursos Maior cumprimento de prazos e do orçamento Melhor atendimento dos clientes do projeto 45 Desvantagens: Dupla subordinação, gerando um clima de ambigüidade de papéis e relações. Conflito de interesse entre os chefes funcionais e os de projeto. Figura 8. Departamentalização matricial Fonte: Oliveira (1998) Mista - É o tipo mais freqüente, pois cada parte da empresa deve ter a estrutura que mais se adapte à sua realidade organizacional. A Figura 8 exemplifica uma departamentalização mista (projetos, funcional e territorial). diretoria gerência de projetos Projeto A Projeto B gerência financeira Projeto C gerência comercial Regional Sul Figura 9. Departamentalização mista Fonte: Oliveira (1998) Regional Norte 46 Departamentalização por Divisão do Trabalho - Segundo Cury (2000), departamentalização por divisão do trabalho, o analista busca identificar por meio dos estudos sociais, bem como das políticas e diretrizes ou outra qualquer fonte pertinente, inclusive contato com alta administração tendo as funções principais da empresa, as quais ensejam a departamentalização básica ou primária culminando com a criação de unidades denominadas departamentos, desde que se trate de uma organização em larga escala. De modo mais concreto, se a empresa possui uma diretoria, composta de presidente, vice-presidente, diretor de produção, comercial, finanças e administração, o produto da departamentalização básica. A departamentalização por divisão do trabalho é o agrupamento de atividades homogêneas estão longe de serem atividades precisas e exatas – aliás, premissa não encontradiça em nenhuma atividade na administração, sendo mais fácil encará-las como resultado de uma arte, exigindo do analista organizacional, além de bom relacionamento com pessoas, conhecimento da ambiência administrativa, das teorias e dos modelos de análise organizacional e, finalmente, grande habilidade na composição final da estrutura, verdadeiro trabalho artesanal. Daí dever a matéria receber tratamento casuístico, altamente flexível, pela inexistência óbvia de padrões ou modelos que se ajustem a todas as situações, para diversidade de cultura e de infra-estrutura das diversas empresas 47 3.3. DIVISÃO DO TRABALHO 3.3.1. Conceituação e Finalidade A divisão do trabalho constitui-se em um dos pressupostos básicos da administração cientifica de Taylor, tendo sido de enorme importância para o desenvolvimento de sistemas de produção no século XX. Nos sistemas de produção pode-se dizer que a melhor caricatura da divisão do trabalho é a linha de montagem criada por Henry Ford no início do século e posteriormente disseminada em grande parte da industria. Banner; Cagné (1995), referem-se a divisão do trabalho como a prática de se dividir um trabalho maior em partes menores complexas e mais rotineiras. De forma semelhante, Chiavenato (1997) considera a divisão do trabalho um pressuposto para a eficiência da produção, nada mais sendo do que a maneira pela qual um processo complexo pode ser decomposto em uma série de pequenas tarefas que o constituem. March; Simon (1967), entretanto, entendem que quanto mais dividido e especializado for o trabalho, maior será a interdependência entre as unidades da organização e maior a necessidade de coordenação. A analise da distribuição de trabalho tem como finalidade avaliar a distribuição das atividades entre os diversos órgãos e, dentre destes, quais as tarefas individuais de cada empregado, ou seja, consiste no exame do trabalho realizado, individualmente, pelos empregados de um órgão, e em sua classificação em atividades/tarefas, de acordo com os níveis de agregação necessários, permitindo entre outros dados: diagnosticar eventuais tempos mortos; identificar as tarefas de maior importância ou que exijam maior tempo em manipulação; 48 controlar a correspondência entre o treinamento dos empregados e as tarefas a estes atribuídas; verificar a existência de um equilíbrio na distribuição das várias tarefas. A análise da distribuição do trabalho deve ser desenvolvida no sentido de identificar e criticar a carga de trabalho de cada unidade da organização, visando aferir a nacionalidade de sua distribuição, não devendo, assim, enfocar o exame do processamento do trabalho nem a análise das operações e postos de trabalho. Para se conseguir uma adequada analise da distribuição do trabalho, é indispensável o desenvolvimento de uma seqüência ordenada de operações, visando obter, as seguintes informações: quais as tarefas individuais desenvolvidas pelos diversos empregados de um órgão sob análise; qual o tempo gasto, por empregado, por tarefa, num certo período de tempo (uma semana por exemplo); quais as atividades desenvolvidas pelo órgão, em ordem decrescente de importância, segundo a ótica de seu gerente; qual a distribuição das atividades dos órgãos em tarefas, pelos respectivos empregados. A divisão do trabalho é o elemento que determina maior eficiência na execução de uma tarefa e de forma mais econômica. (Chiavenato, 1997). 3.3.2. Objetivos do Estudo de Distribuição do Trabalho O gerente deve conhecer alguns indicadores sobre a má ou boa distribuição do trabalho. Um deles é a insatisfação de unidades que mantêm alguma relação funcional com a unidade do gerente. Demora na transmissão de dados, atrasos na entrega de documentos ou informações, divulgação em rede de dados incorretos, aspectos exteriores de ineficiências internas e interação social conflitiva com boa parte da organização constituem outros exemplos. 49 O rendimento individual também pode ser um indicador de falhas na distribuição interna do trabalho. É claro que pode ser uma dificuldade existente apenas no plano individual, mas convém não descartar a possibilidade de a falha individual ser de origem funcional-grupal. Há sem duvida, uma vinculação entre tais indicadores e os objetivos da análise da distribuição do trabalho. Contudo, os objetivos procuram ser mais abrangentes, dando, assim, uma gama maior de possibilidades de estudo, não se concentrando apenas nos problemas das frações organizacionais. Um dos objetivos seria o de possibilitar uma diagnose na qual se verifica a qualidade do trabalho, seu rendimento, sua eficiência, eficácia e a produtividade em relação aos investimentos feitos, para avaliar se é necessário alguma intervenção para racionalizá-lo ou simplificá-lo, levando em conta a política e os objetivos da organização dentro de uma visão sistêmica. Outro objetivo é o de minimizar tensões internas, tensões motivadas, inclusive por atritos relacionados a aspectos exclusivamente funcionais. Os exemplos de insatisfação com a gerência e colegas em geral são vários e justificam, muitas vezes, uma ação objetiva para tratar de assuntos subjetivos, como as reações individuais de descontentamento. Temos portanto dois objetivos: um de natureza funcional, isto é, voltado essencialmente para a unidade e para a organização, vista como um todo integrado, e outro, de natureza comportamental, por meio dos artifícios permitidos pela técnica, os conflitos podem ser minimizados ou até eliminados. A metodologia de análise e distribuição do trabalho consiste no exame do trabalho realizado, individualmente e pelos empregados de um órgão/setor e na sua classificação em atividades e tarefas, permitindo: Diagnosticar eventuais tempos mortos; Identificar tarefas de maior importância; Controlar a correspondência entre o treinamento dos empregados e as tarefas a estes atribuídas; 50 Verificar a existência de um equilíbrio na distribuição das várias tarefas. O desenvolvimento de um produto ou serviço em uma empresa é constituído por um conjunto de ações que denominamos “trabalho”. Qualquer trabalho é composto por um processo (ou função ou sistema) que agrupa atividades. Estas são o somatório de tarefas que são desenvolvidas por passos. Processo ou Função – Combinação de atividades análogas, interdependentes, que se encadeiam num único campo especializado de trabalho, devendo para sua maior eficácia, ter o seu desenvolvimento vinculado a uma unidade organizacional específica, sob uma única direção. Ex: compras de material Atividade - Agrupamento de uma série de tarefas complementares e/ou similares, que correspondem a um conjunto de ações que definem a finalidade do setor em exame. Ex: pesquisa de mercado, seleção de fornecedores, licitação, julgamento, adjudicação, Tarefa – Entendida como o meio através do qual se atinge cada atividade ou objetivo global de cada unidade organizacional, compreendendo um ou mais passos. São seqüências de passos determinados, indispensáveis à identificação de uma operação, limitadas pelas atribuições do executante. Ex: A atividade de licitação envolve as tarefas de elaboração de edital, recebimento de propostas, efetivação de mapa comparativo de preços. A análise da repartição das tarefas encontra-se restrita á organização formal, possuindo seu executor autoridade e responsabilidade para executá-la, dentro dos padrões e condições previamente estabelecidos. O grau de formalismo dos padrões e condições de execução das atividades depende das políticas da empresa, da área em que se situa da unidade organizacional em que é realizada e do nível hierárquico de seu executor. Essa análise é desenvolvida por meio do quadro de distribuição do trabalho (QDT). 51 3.3.3 Quadro de Distribuição do Trabalho É a ferramenta que estabelece as tarefas efetuadas dentro de uma determinada área, especificando quanto tempo é gasto por cada um dos funcionários na atividade total e individualmente. A elaboração do quadro de distribuição do trabalho - QDT é uma síntese da divisão do trabalho de uma unidade organizacional. Neste quadro serão consolidadas todas as atividades, todas as tarefas, seus responsáveis, os respectivos cargos (que devem ser colocados da esquerda para a direita em ordem hierárquica crescente de importância) e o número de horas consumido para cada uma delas. A seqüência ordenada de levantamentos para a construção de um QDT para posterior análise da distribuição do trabalho consiste em: Lista de tarefas Individuais - quais as tarefas individuais desenvolvidas pelos empregados do órgão, descritas de forma simples e objetiva, vinculadas às atividades a que se reportam, indicando o tempo gasto na sua execução, durante um dia de trabalho. Logotipo e Nome da Empresa LISTA DE TAREFAS INDIVIDUAIS Divisão: Seção: Nome: Cargo: Data: Atividade: Numero Diarias Tarefas Regulares, Esporádicas % Figura 10 - Lista de tarefas Individuais Fonte – Cury (2000) 52 Lista de tarefas Semanais - qual o tempo gasto por semana, por tarefa, num certo período de tempo, com vinculação às atividades a que se reportam: uma semana, por exemplo; Logotipo e Nome da Empresa LISTA DE TAREFAS SEMANAIS Divisão: Seção: Nome: Cargo: Data: Atividade: Numero Diárias Tarefas Diárias Regulares, Esporádicas % Figura 11 - Lista de tarefas Semanais Fonte: Cury (2000) Lista de Atividades - quais as atividades desenvolvidas pelo órgão, em ordem decrescente de importância, segundo a percepção da chefia; Logotipo e Nome da Empresa LISTA DE ATIVIDADES Divisão: Nome Seção: do Cargo/Função Assinatura Responsável: Numero Atividades Desenvolvidas Figura 12 - Lista de Atividades Fonte: Cury (2000) Data: 53 Quadro de distribuição do Trabalho - qual a distribuição das atividades do órgão compiladas, em tarefas, pelos respectivos empregados, com os respectivos tempos e a totalização. Logotipo e Nome da Empresa Atividades do órgão Denominação Tempo HS - QUADRO DE DISTRIBUIÇAO DO TRABALHO Nome: Cargo: Tempo Hs Tarefas - Nome: Cargo: Tarefas Tempo Hs - Nome: Cargo: Tarefas Órgão Tempo Hs - Nome: Cargo: Tempo Hs Tarefas Figura 13 - Quadro de distribuição do Trabalho Fonte: Cury (2000) 3.3.4. Análise do Quadro de Distribuição do Trabalho Análise do quadro de distribuição do trabalho É a fase mais complexa de todo o processo de análise e distribuição do trabalho. Normalmente, para facilitar o estudo, o processo de análise é dividido em quatro grupos: tempo, capacidade, equilíbrio e racionalização. É o momento de se verificar todas as situações citadas ou não anteriormente. Deve-se verificar se todas as tarefas são necessárias à realização dos objetivos do órgão, quais fatores externos têm prejudicado o desenvolvimento das atividades do órgão, se outros órgãos estão, ou poderiam estar exercendo as - 54 mesmas atividades do órgão em questão e quais as reais possibilidades de simplificação. Fatores que Influênciam a Distribuição do Trabalho. a) Fator Tempo Está relacionado com o tempo que cada tarefa acaba consumindo em sua execução. É claro que deve, via de regra, existir uma relação direta entre a quantidade de tempo consumido na tarefa e a sua importância declarada na área. Se isto não for à realidade, deve ser feita a definição exata do porque que não. b) Fator Capacidade Profissional Está relacionada com a perfeita adequação da mão de obra empregada nas tarefas e atividades em análise, contando com tal o cargo ocupado, as tarefas desempenhadas, o treinamento oferecido, o salário atribuído. c) Fator Volume de Trabalho Diz respeito à quantidade de trabalho que cada funcionário executa. Mais, ainda indica o nível de distribuição das tarefas e está relacionada com a própria especialização dos trabalhos. Quando uma tarefa é dividida entre vários funcionários, o processo de sincronismo nas tarefas deve ser perfeito sob pena de que um acabe prejudicando o outro, o que sempre provoca conflitos. d) Fator Custo O desenvolvimento de qualquer tarefa na organização apresenta um custo, seja de elaboração, de produção ou de manutenção. Este salário pago se converte num total de horas que o funcionário coloca a disposição da empresa. E são estas horas que estão alocadas no QDT. 55 e) Fator Simplicidade 1. O Trabalho está superespecializado? 2. Há duplicidade de trabalho? 3. Existe trabalho manual que possa ser automatizado? 4. Podem-se simplificar os formulários? 5. O layout permite um fluxo racional do trabalho? 6. Todas as tarefas são realmente necessárias? f) Fator Racionalização Este é, sem dúvida, o pensamento central do QDT: como fazer melhor e com menos custo à mesma tarefa. A análise final do QDT conduzirá a conclusão de efetividade do estudo ou não para a descoberta de falhas na distribuição do trabalho. Assim, poderá ser redistribuído e/ou simplificado o trabalho através de um novo QDT-Proposto. 3.4 MANUAL ORGANIZACIONAL Segundo Oliveira (1998), manual é todo e qualquer conjunto de normas, procedimentos, funções, atividades, políticas, objetivos, instruções e orientações que devem ser obedecidas e cumpridas pelos funcionários da empresa, bem como a forma como estas e serão executadas, quer seja individualmente ou em conjunto. O desenvolvimento da empresa e, conseqüentemente, o aumento da sua complexidade e especialização tornar indispensável a organização planejada da empresa. Decorre desta necessidade determinada sistematização, que é essencial quando se deseja trabalhar de maneira eficiente e eficaz. Esta sistematização deve ser simples e prática para ser eficiente. Quando apresentada sob a forma de relatório, é denominada “Manual de Funções” ou, mais comum “Manual de Organização”. 56 De acordo com Newman (1976), o Manual de Organização consiste, basicamente, em organogramas e fichas de funções de executivos. Organograma é a representação gráfica de certos aspectos da empresa como: É o relatório formal do plano de atividades e do respectivo organograma da empresa. Mostra todos os funcionários e sua participação no conjunto. Dever ser dinâmico e não estático. Deve espelhar com fidelidade toda a situação da empresa. Deve adaptar-se a qualquer alteração ocorrida na empresa. 3.4.1 Constituição do Manual 1. Considerações gerais. Aspectos teóricos e as considerações sobre a empresa. 2. Fichas de funções. Estabelecem a posição hierárquica de cada unidade organizacional, sua finalidade, e suas atribuições específicas. 3. Quadro de competência. São estabelecidos os níveis de autoridade e responsabilidades. 4. Comitês. Estabelecem suas atividades e seus membros e a periodicidade de reuniões. Relação dos titulares, centro de custos e siglas. Visa facilitar a comunicação. Organograma. É a representação gráfica da estrutura organizacional da empresa. 4.4.2 Ficha de Funções São apresentadas todas as funções conjuntamente. Na elaboração de um manual de organização, julga-se que esta é a melhor forma de apresentação. A figura abaixo demonstra o formato da ficha de funções com os campos a serem preenchidos: 57 Segundo Oliveira (1990) as fichas de funções podem ser feitas neste modelo abaixo: Planos Ficha de Vigência Revisão Funções __/__/__ __/__/__ Nº Folha -UNIDADE ORGANIZACIONAL: -SIGLA: -CENTRO DE CUSTOS: -CARGO: -SUPERIOR IMEDIATO: -SUBORDINADOS DIRETOS: -LIGAÇÕES FUNCIONAIS: -RESPONSABILIDADE BÁSICA: -FUNÇÕES: 1.Relativas a planejamento 2.Relativas a organização 3.Relativas a direção 4.Relativas a pessoal 5.Relativas a controle Figura 14 - Ficha de funções. Fonte: Oliveira (1998) 3.4.3 Quadro de Competências O quadro de competências tem por objetivo ilustrar o nível de autoridade e responsabilidade dos titulares dos cargos que compõem a estrutura organizacional da empresa, com vista em obter maior agilidade, uniformidade e segurança no processo de tomada de decisões. • Uma listagem das atividades, agrupadas segundo os assuntos ou áreas afins, tais como: atividades de recursos humanos, financeiras, administração de materiais, comerciais, técnicas/operacionais e gerais. 58 • Símbolos que identificam à vinculação de cada decisão a determinada espécie de autoridade, tais como: • Competência simples, relacionada a determinada pessoa ou área; • Competência comum a determinado nível hierárquico; e • Competência conjunta. 3.4.4 Delegação Delegação é um conceito aparentemente claro, mas que, na prática, poucas pessoas aplicam. O desejo manifesto de delegar normalmente não corresponde a uma efetiva ocorrência de delegação, especialmente em tempos de crise, quando a centralização decisória tende a predominar. Dentro dessa linha, cremos que vale a pena examinar algumas das motivações positivas e/ou negativas da delegação. Elas funcionam como elementos facilitadores ou obstáculos ao processo. Motivações: Positivas: Treinar subordinados; motivar subordinados; obter tempo para tarefas mais nobres; aumentar a iniciativa dos subordinados; desenvolver a criatividade. Negativas: Não gostar de tarefa; transferir tarefas com resultados que demoram a acontecer; delegar função de apreço pessoal pelo subordinado, não levando também em conta a competência; delegar por não conseguir executar a tarefa em tempo hábil. É sempre bom lembrar que a tese por trás da delegação é a de transferir tarefas mais programáveis, picotadas, repetitivas, rotineiras, para liberar o Executivo/Gerente para atividades criativas, não-programáveis, que demandem maior concentração de tempo e profundidade de análise. Outra questão envolvida com o ato de delegar e que vem causando grandes problemas é delegação de responsabilidade desacompanhada de autoridade. Tudo pode ser feito pelo delegado, mas nada é decidido por ele. Quando isto ocorre, é comum aparecerem problemas como expectativas não realistas de parte 59 a parte, interrupções freqüentes, conflitos interpessoal, e conseqüentemente, maior perda de tempo. Níveis de Delegação Há seis níveis para delegação de autoridade. Cada um deles possui diferentes implicações para o tempo do Executivo. Graus de autoridade: 1. "Vá em frente: nenhum contato comigo é necessário". 2. "Vá em frente: 'me informe' o que você fez" 3. "Vamos ver isso junto: mantenha-me informado do que você pretende fazer; vá fazendo tudo, a menos que eu diga não" 4. "Vamos ver isso juntos: mantenha-me informado do que você pretende fazer; não faça nada até que eu aprove" 5. "Vamos ver isso juntos: traga-me alternativas de ação, argumentos favoráveis, recomende a melhor alternativa para minha aprovação"; 6. "Vamos ver isso juntos: forneça-me todos os fatos; eu decidirei o que fazer". A delegação eficiente sempre tenderá para o primeiro estágio. O sexto estágio praticamente representa a negação da idéia de delegação. O processo pode também sofrer uma involução, determinando uma diminuição do grau de autoridade já concedida, embora isto sempre deva acontecer em caráter temporário. 60 3.4.5 Atribuições das Unidades Organizacionais As atribuições das unidades organizacionais da empresa têm como base a especialização do trabalho. Especialização maior conhecimento dos aspectos do trabalho, na divisão do trabalho. Deve haver um perfeito equilíbrio da especialização do trabalho na estrutura para evitar problemas de motivação e coordenação das atividades da empresa. A especialização do trabalho na estrutura empresarial é mais interessante nos níveis mais baixos que pode levar a maior rapidez e qualidade na realização dos trabalhos. A especialização do trabalho pode levar a uma situação de economia de escala. Ao agrupar as atividades semelhantes pode resultar em economias originadas de produção em escala maior, nas tarefas de rotinas, as vantagens de divisão do trabalho assumem peso maior, nas tarefas de inovação, as desvantagens da divisão de trabalho assumem peso maior. Vantagens: Maior qualidade de trabalho. Maior eficiência (o indivíduo faz mais vezes o trabalho). Maior facilidade de treinar os funcionários. Mais barato operacionalizar as atividades. Desvantagens: Funcionário perde a visão do conjunto. Pode provocar desmotivação para os vários funcionários da empresa. Maior dependência entre as várias unidades organizacionais. Na falta de um funcionário pode provocar problemas nas etapas posteriores. Menor flexibilidade pela maior rigidez de alocação das atividades. 61 4. METODOLOGIA Os procedimentos metodológicos que foram aplicados para se alcançar os objetivos do estudo foi compostos de vários momentos, como o descrito a seguir. A estratégia empregada na coleta de dados de uma pesquisa deve, obrigatoriamente, fornecer informações que permitam a realização dos objetivos propostos na investigação. Sendo assim, para que os objetivos desse trabalho fossem alcançados foram utilizados instrumentos que levaram à obtenção dos resultados propostos, ou seja, recursos que possibilitem a coleta dos dados que subsidiaram a análise da pesquisa. 4.1 – Tipo de Pesquisa Foi utilizada a pesquisa qualitativa, quantitativa e exploratória de campo, com as funcionárias e a gestora do departamento de exames. A pesquisa qualitativa contribuiu, para analisar e interpretar aspectos mais profundos da distribuição do trabalho no departamento de Oftalmodiagnóstico, pois a boa distribuição de trabalho encontra-se intimamente ligada à qualidade do trabalho, ao desempenho e satisfação do empregado e a própria consecução dos objetivos e metas fixados para o órgão. A pesquisa quantitativa contribuiu, para a elaboração do novo QDT-proposto, pois sua metodologia foi aplicada de forma quantitativa. A investigação exploratória possibilitou um diagnóstico no qual foi possível verificar a qualidade do trabalho, seu rendimento, sua eficácia e a produtividade. A pesquisa de campo foi realizada no local onde ocorre o fenômeno, uma estratégia que permitiu avaliar de forma criteriosa o modelo de racionalização da distribuição do trabalho no setor de exames. 62 4.2 – Amostra O universo da pesquisa está situado no prédio do CBV, localizado na L2 sul, Brasília/DF, a população atualmente é constituída de 147 colaboradores, porém, foram sujeitos da pesquisa somente 8 pessoas, sendo todas do sexo feminino (100%), as quais compõem o departamento de exames, denominado como Oftalmodiagnóstico, visando analisar a distribuição de trabalho entre as mesmas. Gênero 100% 0% Feminino Masculino GRÁFICO 1 – Distribuição de Gênero da Amostra Fonte: Pesquisa a ficha cadastral Em relação à faixa etária da amostra, o gráfico abaixo mostra que 71% das funcionarias têm idade entre 25 a 34 anos. Faixa Etária 71% 29% 0% 18 a 24 25 a 34 35 a 45 0% Mais de 45 GRÁFICO 2 – Faixa Etária da Amostra Fonte: Pesquisa a ficha cadastral 63 Os sujeitos desta pesquisa apresentaram escolaridade predominante de nível médio completo (42%), seguida de 29% de nível superior em andamento e 29% também, de nível superior completo que representa nível de escolaridade bom, conforme mostrado abaixo: Escolaridade 42% 29% 0% 0% 29% 0% 0% 0% 1º Grau 1° Grau 2º Grau 2º Grau Superior Superior PósMestrado/ Incompleto Completo Incompleto Completo Incompleto Completo graduação Doutorado GRÁFICO 3 – Nível de Escolaridade da Amostra Fonte: Pesquisa a ficha cadastral 4.3 – Método de Coleta de Dados Quanto à técnica de coleta de dados, foram empregados três métodos. O primeiro constituiu-se em uma observação participante, onde a pesquisadora pode interagir diretamente com o ambiente pesquisado, observando, aprendendo, conversando e interpretando os acontecidos. O objetivo do referido método foi obter a confiança dos entrevistados e selecionar dados relevantes para uma análise mais profunda. A segunda técnica foi a entrevista semi-estruturada, com questões abertas, direcionado para a gestora do Departamento. Na terceira técnica, foi aplicado um questionário com resposta de múltipla escolha, para a equipe de funcionarias do setor de exames, para assimilar de uma forma coerente a perspectiva dos participantes da pesquisa e evitar a influência do pesquisador sobre as respostas. 64 4.4 – Método de Análise de Dados Os dados extraídos das entrevistas com a Gestora e o questionário aplicado à equipe do Departamento de Exames foram analisadas por meio da técnica de análise de conteúdo. 65 5. ANÁLISE DE RESULTADOS A pesquisa está dividida em duas etapas. Na primeira etapa da pesquisa, foi realizada uma entrevista com a gestora do departamento de exames com o objetivo de analisar a forma na qual as tarefas são divididas e verificar se há um QDT no Oftalmodiagnóstico. Na segunda etapa da pesquisa, foi aplicado um questionário direcionado para as funcionárias, objetivando realizar um levantamento com os problemas existentes decorrente da forma na qual o trabalho é distribuído. A respeito da entrevista com a gestora não houve restrição alguma, todas as perguntas foram respondidas com êxito. Em relação às funcionárias também não houve restrição, as mesmas demonstraram respeito com a pesquisa e foram bastante atenciosas em relação aos relatórios. 5.1 Tipo de Departamentalização Segundo observado no organograma do CBV (vide figura 1), conclui-se que o tipo de departamentalização usada pela auta gestão, é a departamentalização funcional, porém, nota-se que o departamento de exames está mal alocado, pois se encontra abaixo do Superintendente Administrativo, ou seja, o Superintendente Administrativo lidera essa área, sendo que, o Departamento de Exames deveria estar na área funcional, liderada pelo Diretor Clínico. Uma alocação errada de uma determinada área gera conflito entre as pessoas, e as tarefas delegadas para a equipe poderá não estar de acordo com o que realmente deveria ser executado no departamento. 66 5.2 Mapeamento da situação da distribuição atual do trabalho O Oftalmodiagnóstico é um setor de exames oculares, o qual é composto por sete funcionárias e uma supervisora, onde são executados quatorze tipos de exames. Sendo que, das sete funcionárias, três tem conhecimento e habilidade técnica em doze tipos de exames; outro grupo de três funcionárias, tem conhecimento e habilidade técnica em nove tipos de exames e apenas uma funcionária, tem conhecimento e habilidade técnica em seis tipos de exames. Conforme o gráfico 4 observa-se, que, todas as funcionárias do setor sabem executar os exames de: Topografia, Microscopia, PAM, Tonografia e CTD; seis funcionárias executam o exame de Paquimetria, os exames de OCT; Orbscan e Campo Visual. Das sete funcionarias cinco delas tem o conhecimento e a habilidade técnica para a realização dos mesmos, quatro pessoas sabem executar o exame de Zywave e Biometria e somente duas pessoas tem o conhecimento necessário para a realização dos exames de Visão e Flúor. 7 5 4 3 2 1 Fluor Vis ão Eletrof isiologia Biometria Zyw ave Campo Vis ual Orbscan OCT Paquimetria CTD Tonografia PA M Mic ros copia 0 Topogr afia QUANTIDADE DE FUNCIONÁRIAS 6 TIPOS DE EXAMES Gráfico 4 - Demonstração gráfica de exames distribuídos conforme o conhecimento e habilidade técnica Fonte: Elaborada pela aluna Natália, a partir das informações coletadas (2009) Cada funcionária é diretamente responsável somente por um tipo de exame, porém, não significa que realizará apenas o exame na qual se é responsável, mas também deverá executar os demais tipos de exames na qual se tem 67 conhecimento, conforme a demanda de pacientes e a necessidade do momento. Entretanto, além dos exames, há várias outras tarefas a serem cumpridas, conforme o quadro apresentado abaixo à listagem das tarefas existentes: LISTA DE TAREFAS Preencher o caderno diário de cada exame; Preencher o caderno diário de pacientes de fora; Relatório de quantidade de exame realizado diariamente; Relatório mensal de quantidade de exames realizados por cada funcionária; Avaliar o resultado final da avaliação trimestral de todos os funcionários do CBV; Requisição de farmácia e almoxarifado; Requisição de farmácia especifico para o exame de Flúor; Cálculo de Biometria; Montagem do laudo de Eletrofisiologia; Montagem de slides do exame de Flúor; Digitação de laudo dos exames de Orbscan, Zywave, Topografia e Microscopia. 14 tipos de exames oftalmológicos. Tabela 1 – Listagem de tarefas do Oftalmodiagnòstico. Fonte: Elaborada pela aluna Natalia, a partir das informações coletadas (2009) 5.2.1 Divisão de Tarefas Ouve uma entrevista com a gestora do departamento de exames (ver anexo 1), onde a mesma afirma que não existe uma forma sistemática de divisão de trabalho no CBV, pois cada departamento possui seu próprio método de divisão de tarefas. Nota-se que a forma na qual as tarefas são divididas fica a critério das supervisoras, pois cada supervisora conhece mais detalhadamente o seu setor, há uma aproximação maior com os seus liderados, no entanto, quando se conhece as aptidões da equipe e as necessidades do setor torna-se mais fácil a distribuição de tarefas. Entretanto, segundo a entrevista (apêndice 1), conclui-se, que há um Quadro de Distribuição de Tarefas no departamento de exames, conforme apresentado na 68 figura 15, onde as tarefas são divididas conforme a aptidão de cada funcionária e conforme a necessidade do setor. Porém, tal QDT necessita ser constantemente reformulado, isto é, conforme muda a rotina do setor é necessário também alterar o QDT, por exemplo, se uma colaboradora apresenta atestado médico ou entra em período de férias, será necessário redistribuir suas tarefas entre as outras integrantes, de maneira que não haja sobrecarga no departamento, mas que muitas vezes acaba sobrecarregando. 69 DISTRIBUIÇÃO DE TAREFAS DO OFTALMODIAGNÓSTICO Danielle Preencher caderno diário de Orbscan, Zywave e Pacientes de Fora Elayne Preencher caderno diário de Flúor Responsável Responsável pelo exame pelo exame de: Orbscan e de: Flúor Zywave Érika Preencher caderno diário de OCT , Biometria e Demais Exames (Tono, PAM,CTD) Responsável pelo exame de: OCT Luciene Preencher caderno diário de Visão Maria Aparecida Natália Preencher caderno diário de Topografia e Microscopia Preencher caderno diário de Campo Visual Preencher caderno diário de Eletro e Paquimetria Responsável pelo exame de: Campo Visual Responsável pelo exame de: Eletrofisiologia Executar os demais Exames na qual se tem conhecimento Executar os demais Exames na qual se tem conhecimento Responsável pelo exame de: Visão Responsável pelo exame de: Topografia e Microscopia Executar os Executar os Executar os Executar os Executar os demais demais demais demais demais Exames na Exames na Exames na Exames na Exames na qual se tem qual se tem qual se tem qual se tem qual se tem conhecimento conhecimento conhecimento conhecimento conhecimento Digitação de laudo dos exames de Orbscan, Zywave, Topografia e Microscopia Requisição de Farmácia, para o exame de Flúor Relatório mensal de quantidade de exames executados por cada funcionaria __________ Montagem de slides do exame de Flúor Avaliar o __________ resultado final da Avaliação Trimestral de todos os funcionários do CBV Priscilla Relatório de ___________ Requisição Montagem do quantidade de de Farmácia e Laudo de exames Almoxarifado Eletrofisiologia realizado diariamente __________ Cálculo de Biometria ___________ Figura 15 – QDT do Departamento de Exames. Fonte: Manual do Departamento de Oftalmodiagnóstico Diante do QDT apresentado na figura 15, conclui-se que a distribuição de tarefas no Departamento de Exames, não é realizada de forma criteriosa, racional e balanceada. Observa-se que algumas funcionárias, apresentam-se com uma 70 carga maior de trabalho em relação às outras funcionárias, e que o tempo gasto em cada tarefa não é explicitado. Nota-se também, que existem tarefas que deveriam ser realizadas por outro setor, como por exemplo: “Avaliar o resultado final da avaliação trimestral de todos os funcionários do CBV.” No entanto, tal avaliação deveria ser realizada pela alta gestão. Entretanto, mediante a revisão bibliográfica, conclui-se que o atual QDT não obedece às regras, para uma adequada distribuição sistemática de tarefas. 5.2.2 Treinamento Em Brasília não há curso técnico na área de oftalmologia, entretanto, o CBV oferece o curso intensivo em oftalmologia onde as funcionárias recebem treinamentos específico de especialistas da área de medicina ocular e dos técnicos dos aparelhos de visão para abranger o conhecimento. Alguns tipos de exames exigem o curso técnico ou superior de enfermagem, pois tais exames tem o procedimento de injetar o medicamento diretamente na veia, outros tipos de exames não exige nenhuma formação acadêmica, mas sim o conhecimento e a experiência adquirida no CBV. Como apresentado no quadro a seguir o detalhamento do quadro de funcionários: 71 FUNCIONÁRIA TEMPO DE SERVIÇO ESCOLARIDADE Danielle 4 anos e 6 meses 2°Grau Completo FORMAÇÃO ----------- Elayne 6 anos 2°Grau Completo Curso Técnico em Enfermagem Érika 6 anos Superior Completo Biologia Luciene 6 anos Superior Completo Administração de Empresas Maria Aparecida 4 anos 2°Grau Completo Curso Técnico em Enfermagem Natália 3 anos Superior Incompleto Administração de Empresas Priscilla 2 anos e 6 meses Superior Incompleto Radiologia Tabela 2 - Quadro de funcionários Fonte: Elaborada pela aluna Natália, a partir das informações coletadas (2009) 5.2.3 Visão dos colaboradores Esta segunda análise se deu a partir de um questionário fechado com várias opções, as quais foram respondidas pelas funcionárias do setor (via anexo 2). O que se observou nos dados coletados foi que, a maioria das funcionárias argumentam que muitas vezes existe sobrecarga de trabalho no departamento, e as tarefas não estão distribuídas eqüitativamente entre todas as integrantes do setor. Conforme os gráficos abaixo: Sempre Na maioria das vezes Alumas Vezes Raramente 0 0 Nunca 4 2 1 Sempre Na maioria Alumas Vezes Raramente das vezes Nunca Grafico 5 – Nivel de sobrecarga Fonte: Elaborada pela aluna Natalia, a partir das informações coletadas (2009) 72 Sempre Na maioria das vezes Alumas Vezes Raramente Nunca 4 0 Sempre 0 1 2 Na maioria Alumas Vezes Raramente das vezes Nunca Gráfico 6 – Nível de equitatividade na divisão do trabalho Fonte: Elaborada pela aluna Natalia, a partir das informações coletadas (2009) Quando a equipe não está completa ou em dias em que há grande volume de trabalho a sobrecarga é mais elevada, por exemplo, em determinados dias alguns tipos de exames são requisitados pelos médicos com mais freqüência, em contrapartida nesse período os demais tipos de exames são minimamente requisitados, no entanto, durante esse período as responsáveis por estes exames ficam sobrecarregadas enquanto as outras funcionárias, deparam-se com tempo ocioso. Outro fator bastante importante que também pode influenciar a essa ociosidade é a quantia ganha em dinheiro por cada exame realizado, entretanto, as tarefas podem até ser bem distribuídas, mas devido o valor ganho pela produtividade, poderá ocorrer disputa entre os subordinados na realização dos exames, impedindo assim a sua distribuição de forma balanceada e elevando o nível de ociosidade entre algumas pessoas. Conforme o gráfico a seguir. Sempre Na maioria das vezes Alumas Vezes Raramente Nunca 4 0 Sempre 1 2 Na maioria Alumas Vezes Raramente das vezes 0 Nunca Gráfico 7 – Nível de ociosidade Fonte: Elaborada pela aluna Natalia, a partir das informações coletadas (2009) 73 Segundo o gráfico 8, a equipe, na maioria das vezes, desconsidera a contratação de novos funcionários, a não ser em dias de grande volume de clientela, isto é, em determinados dias ou horas a quantidade de pacientes cresce acima da média, causando grande movimentação de pessoas. Nos dias de grande movimentação de clientela, há uma demanda maior de exames, conseqüentemente os pacientes nesses dias necessitam esperar mais tempo para a realização dos mesmos. Paralelo a isso há uma expressão de insatisfação por parte dos pacientes pelo tempo de espera para a realização dos exames. Contrariamente do que foi explanado anteriormente há sobrecarga no departamento, mas a equipe do departamento desconsidera a contratação de novos funcionários, a não ser em período de grande demanda de exame ou na ausência de alguma funcionária, porém não é benéfico contratar uma pessoa apenas para um dia de serviço, talvez seja necessário redistribuir as tarefas de forma eqüitativa. Sempre Na maioria das vezes Alumas Vezes Raramente Nunca 5 0 Sempre 1 1 Na maioria Alumas Vezes Raramente das vezes Nunca 0 Grafico 8 – Grau de necessidade de contratação de novos funcionários Fonte: Elaborada pela aluna Natalia, a partir das informações coletadas (2009) A tabela 3 relata o tempo de duração de cada exame correlacionando com suas respectivas responsáveis. Observa-se que certos exames são mais demorados que outros, enquanto um exame tem duração de uma hora como por exemplo, a Eletrofisiologia, outro exame tem duração de três minutos, como por exemplo, a CTD, esses exames mais demorados quando são realizados várias vezes durante o dia torna-se muito cansativo, no entanto as funcionárias dão preferência para 74 exames mais rápidos, os que são demorados todas se recusam a fazer, a não ser a responsável pelo exame, ficar o dia todo executando exames que tem tempo de duração maior gera fadiga e pouca produtividade, pois enquanto uma pessoa faz um exame de uma hora a outra pessoa faz vários exames de quatro minutos. Tipos de Exames Tempo de Duração Técnica Responsável pelo Exame Campo Visual 25 Minutos Natália Topografia 5 Minutos Maria Aparecida Microscopia 5 Minutos Maria Aparecida Paquimetria 4 Minutos Todas conforme a necessidade CTD 3 Minutos Todas conforme a necessidade Tonometria 3 Minutos Todas conforme a necessidade PAM 5 Minutos Todas conforme a necessidade Biometria 10 Minutos Todas conforme a necessidade OCT 5 Minutos Érika Orbscan 10 Minutos Danielle Zywave 50 Minutos Danielle Eletrofisiologia 2 Horas Priscilla Flúor 15 Minutos Elayne Visão 1 Hora Luciene Tabela 3 – Tempo de duração dos exames relacionado com a responsável pelo exame Fonte: Elaborada pela aluna Natalia, a partir das informações coletadas (2009) Como explanado anteriormente, há um QDT não sistemático no departamento de exames. Um aspecto interessante é que mediante o gráfico 9, nota-se que: 71% das funcionárias declaram que o QDT do departamento em estudo é ineficaz, enquanto os outros 29% consideram eficaz. 75 Sempre Na maioria das vezes Alumas Vezes Raramente Nunca 5 2 0 Sempre 0 0 Na maioria das Alumas Vezes vezes Raramente Nunca Grfico 9 – Nivel de eficácia do QDT atual Fonte: Elaborada pela aluna Natalia, a partir das informações coletadas (2009) Uma afirmação positiva é que as atividades são realizadas apresentando sincronização com o fluxo principal de trabalho, não havendo problema de continuidade, segundo o gráfico 10. Quando um empregado executa tarefas sem relação entre si, também se desmotiva por não encontrar sentido no que executa e por se sentir a margem do processo. Sempre Na maioria das vezes Alumas Vezes Raramente Nunca 7 0 Sempre 0 0 0 Na maioria Alumas Vezes Raramente das vezes Nunca Gráfico 10 – Nível de tarefas desconexas Fonte: Elaborada pela aluna Natalia, a partir das informações coletadas (2009) Outro aspecto importante é que em certa ocasião se gasta muito tempo com tarefas menos relevantes, conforme apresentado no gráfico 11 ,ou com tarefas que poderiam ser realizadas por outro setor, como por exemplo avaliar o resultado final da avaliação trimestral de todos os funcionários do CBV, por que esse tipo de serviço esta na responsabilidade de uma funcionaria, e não na responsabilidade da gerência? 76 Sempre Na maioria das vezes Alumas Vezes Raramente Nunca 4 2 0 Sempre 1 0 Na maioria Alumas Vezes Raramente das vezes Nunca Gráfico 11 – Nível de existência de tarefas desconexas Fonte: Elaborada pela aluna Natalia, a partir das informações coletadas (2009) Há também atividades que exigem tempo, são demasiadamente demoradas, podendo muitas vezes atrapalhar a realização de outras tarefas em espera, ocasionando um acumulo para o dia seguinte, porém, mediante o gráfico 12, as tarefas mais urgentes têm prioridade na execução. 7 Sempre Na maioria das vezes Alumas Vezes Raramente Nunca 0 Sempre 0 0 Na maioria Alumas Vezes Raramente das vezes 0 Nunca Gráfico 12 – Nível de priorização das tarefas urgentes Fonte: Elaborada pela aluna Natalia, a partir das informações coletadas (2009) Apesar das pessoas possuírem as qualificações e treinamento necessários para o bom desempenho de suas tarefas, as funcionárias na maioria das vezes não estão de acordo com a relação cargo versos qualificações versos salário. Conforme gráfico abaixo: 77 Sempre Na maioria das vezes Alumas Vezes Raramente Nunca 4 2 0 Sempre 1 0 Na maioria Alumas Vezes Raramente das vezes Nunca Grafico 13 – Nível de satisfação das atividades executadas com relação cargo versos qualificações versos salário Fonte: Elaborada pela aluna Natalia, a partir das informações coletadas (2009) Existem profissionais desempenhando tarefas com nível de dificuldade acima da do cargo de que é titular, pois em certas ocasiões é necessário que uma funcionária execute um determinado tipo de exame na qual não se tem muito conhecimento, gráfico 14, isto é, tem o conhecimento na operacionalização da máquina, mas não tem o conhecimento necessário para a análise do exame. Sempre Na maioria das vezes Alumas Vezes Raramente Nunca 5 0 Sempre 2 Na maioria das Alumas Vezes vezes 0 0 Raramente Nunca Gráfico 14 – Grau de execução de tarefas com nível de dificuldade acima da do cargo de que é titular Fonte: Elaborada pela aluna Natalia, a partir das informações coletadas (2009) Conforme o gráfico 15 observa-se que as aptidões não estão sendo usadas adequadamente. De acordo com o que foi visto na revisão da literatura, deve-se verificar e estudar as tarefas individuais em face das aptidões e nível funcional dos servidores, pois 78 se torna improdutivo e desmotivador realizar trabalhos abaixo ou acima da capacitação alheia. Sempre Na maioria das vezes Alumas Vezes Raramente Nunca 4 2 1 0 0 Sempre Na maioria das vezes Alumas Vezes Raramente Nunca Gráfico 15 - Nível do uso adequado das aptidões Fonte: Elaborada pela aluna Natalia, a partir das informações coletadas (2009) 5.2.4 Visão do gestor Como explanado anteriormente, o QDT do departamento de exames é constantemente reformulado, entretanto segundo a entrevista no apêndice 1 e o questionário no apêndice 2, conclui-se que a gestora do departamento assim como sua equipe considera ineficaz o QDT atual do setor. Se a gestora tem conhecimento da ineficácia do QDT de seu departamento, porque não procurou solucionar o problema? Conforme a entrevista no apêndice 1 e o questionário no apêndice 2, nota-se que apesar da sobrecarga a gestora do departamento assim como sua equipe argumentam que não há necessidade de contratar novos funcionários, a não ser em dias de grande volume de clientela ou na ausência de alguma funcionaria, entretanto, e impossível contratar funcionarias somente para suprir a necessidade daquele momento . 79 5.3 Sugestão de um novo QDT De acordo com o que foi visto na revisão da literatura um dos objetivos do QDT seria o de possibilitar uma diagnose na qual se verifica a qualidade do trabalho, seu rendimento, sua eficiência, eficácia e a produtividade em relação aos investimentos feitos, para avaliar se é necessário alguma intervenção para racionalizá-lo ou simplificá-lo, no entanto o QDT do setor de exames precisa ser reformulado levando em conta a política e os objetivos da organização dentro de uma visão sistêmica. Os conhecimentos obtidos na análise do trabalho, possibilitam arquitetar um modelo válido capaz de suportar as exigências da situação O QDT proposto foi construído tomando como base o preenchimento de uma seqüência de quatro formulários: O primeiro formulário expressa as tarefas de cada funcionária, onde o mesmo foi descrito, mediante entrevistas com as funcionárias do departamento e mediante análise do QDT atual do setor. Observe a figura 16. 80 Centro Brasileiro da Visão LISTA DE TAREFAS INDIVIDUAIS Divisão: Oftalmodiagnóstico Seção: Nome: Danielle Cargo:Técnica de Exames Data: 05/05/09 Atividade: Executar Exames Oftalmológicos e Realizar tarefas Numero Diárias Regulares, Tarefas 01 02 03 Responsável pelo exame de: Orbscan e Zywave. Preencher o caderno diário de Orbscan, Zywave e Pacientes de Fora. Esporádicas 10min/ Diárias 50min/ Diárias 15min/ Diárias Executar os demais tipos de exames: 5min/ Diária 5min/ Diária 5min/ Diária 3min/Diária - Topografia; - Microscopia; - PAM, 3min/Diária - Tonografia; 5min/Diária - CTD; 25min/Diária - OCT; - Campo Visual; 10min/Diária 4min/Diária - Biometria e - Paquimetria Figura 16 - Lista de Tarefas Individuais (Funcionária Danielle) Os demais formulários estão exposto no Apêndice 3. O segundo formulário foi consolidado, a partir do primeiro formulário, expressando as tarefas por semana de cada funcionária. Conforme a figura 17. 81 Centro Brasileiro da Visão LISTA DE TAREFAS SEMANAIS Divisão: Oftalmodiagnóstico Seção: Nome: Danielle Cargo:Técnica de Exames Data: 05/05/09 Atividade: Executa Exames Oftalmológicos. Numero Diárias Regulares, Tarefas Diárias 01 02 03 Responsável pelo exame de: Orbscan e Zywave. Preencher o caderno diário de Orbscan, Zywave e Pacientes de Fora. Esporádicas 10min/ Diárias 50min/ Diárias 15min/ Diárias Executar os demais tipos de exames: - Topografia; - Tonografia; 5min/ Diária 5min/ Diária 5min/ Diária 3min/Diária - CTD; 3min/Diária - OCT; 5min/Diária - Microscopia; - PAM, - Campo Visual; - Biometria e - Paquimetria 25min/Diária 10min/Diária 4min/Diária Figura 17 - Lista De Tarefas Semanais (Funcionária Danielle) Os demais formulários estão expostos no Apêndice 4. Por fim, através do primeiro e segundo formulário foi elaborado o novo QDT, sugerido no Departamento de Exames. Conforme apresentado abaixo: 82 QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE TRABALHO Centro Brasileiro da Visão ! Departamento de Exames Atividades do Órgão Tempo hrs Nome/Cargo: Daniele Técnica de Exames Denominação Tarefas: Executar Exames I - Realização de Exames Oftalmológicos 1 - Realizar exames de Orbscan, Zywave e Topografia. 143 II - Preencher caderno diário de cada tipo de Exames 10 min 2 - Preencher o caderno diário dos exames de Orbscan/Zywave e Topografia. 10 min 3 - Relatório mensal de quantidade de exames realizado por cada funcionária. III - Requisição de farmácia e almoxarifado IV - Relatórios 20 min V - Diversos Nome/Cargo: Maria Aparecida - Técnica de Exames Tempo hrs 40 1He5 min Tarefas: Executar Exames 1 - Realizar exames de Flúor, Eletrofisiologia e PAM. 2 - Preencher o caderno diário do exame de Flúor. 15 min 3 - Montagem dos slaides do exame de Flúor. 20 mim Tempo hrs Tarefas: Executar Exames 30 min Nome/Cargo: Elayne Técnica de Exames Nome/Cargo: Natália Técnica de Exames 2 - Preencher o caderno diário do exame de Biometria e pcte de fora. Nome/Cargo: Érika Técnica de Exames Tarefas: Executar Exames 1 - Realizar exames de 2 H E OCT, Biometria e 20 min Eletrofisiologia. 40 10 mim 30 mim Temp o hrs 50 Mim 10 mim 2 - Preencher o caderno diário dos exames de Campo Visual e Paquimetria. 40 2HE 15 min 2 - Preencher o caderno diário do exame de OCT. 10 mim 3 - Requisição de farmácia e requisição do almoxarifado para o departamento. 10 mim 30 mim Tempo hrs 40 Observações I -Cada funcionária será responsável pelos exames expostos no QDT, sendo que os exames mais demorados serão revezados entre as mesmas, conforme o QDT apresentado. 2 h 30 Min 2 - Preencher o caderno diário do exame de Eletrofisiologia. 3 - Montagem do Laudo de Eletrofisiologia. 1 H E 36 min 15 mim 15 mim Nome/Cargo: Priscila - Técnica de Exames 40 3 - Relatório mensal de quantidade de exames realizado diáriamente. 10 mim 3 - Montagem dos slaides do exame de Flúor. 1 - Realizar exames de Visão, CTD e Tonografia. Tempo hrs 2 - Preencher o caderno diário dos exames de Visão e Demais exames (PAM, CTD, Tonografia). 3 - Cálculo do Exame de Biometria. 1 - Realizar exames de 33 Min Eletrofisiologia e Microscopia. 10 mim Tarefas: Executar Exames 15 mim 40 1 - Realizar exames de Campo Visual, Microscopia e Paquimetria. Tempo Nome/Cargo: Luciene - Técnica hrs de Exames Tarefas: Executar Exames Tarefas: Executar Exames 40 1 - Realizar exames de Campo Visual, Biometria e Flúor. Temp o hrs II - A tarefa - "Fazer a análise final da avaliação trimestral de todos os funcionários do CBV." poderá ser eliminada, pois cabe a Gerência realizar tal avaliação. III - A tarefa - "Digitação do laudo dos exames de Orbscan, Zywave, Topografia e Microscopia." essa tarefa poderá ser transferido para outro setor, pois, os demais exames, as secretarias, 10 mim que fazem a digitação. FIGURA 18 – Novo QDT Proposto Fonte: Elaborado pela aluna Natália, a partir das informações coletadas em 2009 8283 Esse novo QDT deve ser exaustivamente discutido entre as gerência e, posteriormente, com todos os envolvidos na área-alvo de estudo. No momento em que se efetuem as modificações, todos os componentes ou afetados por elas deverão estar plenamente de acordo e conscientes de que essa é a melhor alternativa possível. Para que o estudo alcance sucesso. 8384 6. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES 6.1 Conclusão A presente monografia teve como objetivos analisar a distribuição de trabalho no hospital Centro Brasileiro da Visão, limitando-se ao Departamento de Exames, visando aferir a carga de trabalho e a racionalidade de sua distribuição e assim propor implantar um novo modelo de QDT, levando em conta a política e os objetivos da organização dentro de uma visão sistêmica. Basicamente, a ênfase recai sobre o fator humano, fator este que merece toda a atenção por parte da empresa. Pois, é nesta área que se concentra o agente que materializa a qualidade dos serviços de saúde prestados pelo CBV. Uma consideração importante a se fazer, é que as práticas não podem ser meras práticas ideológicas, devem sim ser implementadas a fim de definir que tipo de relação se estabelecerá entre empresa X cliente externo e interno. Durante o estudo foi aplicado um questionário para equipe do setor e realizado uma entrevista com a gestora, onde verificou-se que há uma ferramenta de QDT no departamento, porém mediante a pesquisa concluiu-se que o QDT atual é ineficaz, pois o trabalho não é dividido de forma criteriosa e racional, havendo um desequilíbrio na distribuição do mesmo. Considerando-se os objetivos, geral e específico, observou-se que o QDT não obedece aos seguintes fatores; fator tempo, deve-se considerar o tempo consumido pelas tarefas, a dosagem adequada que deve existir entre o tempo despendido e a importância relativa a atividade, e ao fator capacidade profissional, deve-se procurar um equilíbrio entre as atribuições e responsabilidades dos empregados, em função dos respectivos cargos e as tarefas que lhe são cometidas. A pesquisa constatou que há existência de sobrecarga no Oftalmodiagnóstico, mas houve respostas contrastantes, apesar da existência da sobrecarga a gestora e sua equipe desconsideram a contratação de novos funcionários. 8485 No que concerne ao sexto objetivo específico, o presente trabalho sugere a implantação de um QDT adequado á política de distribuição do trabalho no departamento de exames. Entretanto, para a confecção desse novo QDT foi necessário, mediante entrevistas e questionários fazer um levantamento de todas as tarefas que cada funcionária executa, indicando o tempo que as mesmas levam para serem executadas, observando se a equipe possui as qualificações e treinamento adequado para o bom desempenho de suas respectivas tarefas e se as atividades estão de acordo com a relação cargo versus capacitação versus salário. O novo modelo de QDT proposto permitirá que a gestora conheça e avalie suas atividades e a carga de trabalho de cada funcionária, sabendo como estão distribuídas as tarefas do seu pessoal e até mesmo quantificar o próprio custo do trabalho. Paralelo a isso a Gestora obtém condições de realizar um levantamento analítico das tarefas e uma operacionalização adequada do sistema considerado. O novo QDT proposto satisfaz a atual necessidade da empresa estudada, e assim, as tarefas da equipe poderão ser redistribuídas de forma eqüitativa e o trabalho poderá ser simplificado, pois quando a Distribuição do Trabalho é realizada corretamente, o processo organizacional passa a ser mais produtivo. 8586 6.2 Recomendações Para o departamento em questão, a mudança deve ser primeiramente na forma da qual são distribuídas as tarefas, as mesmas devem ser distribuídas conforme a aptidão, experiência e conforme o conhecimento e a habilidade técnica de cada funcionária, esse deve ser o primeiro e mais importante passo em direção a satisfação da equipe. Em seguida devem-se priorizar as atividades mais importantes atribuindo ao setor somente as tarefas pertencentes ao mesmo, isto é, deve-se excluir as tarefas que deveriam ser realizadas por outro setor, visando o foco nas atividades próprias do departamento. Com base nos resultados, é aconselhável que a gerência divida os quatorze tipos de exames, entre sua equipe, de forma balanceada, levando em conta o tempo de realização dos mesmos, onde, os exames que são mais demorados e conseqüentemente mais cansativos em sua execução, sejam revezados entre as funcionárias, e em dias onde determinados tipos de exames são mais demandados, também é necessário haver um revezamento entre as mesmas. Agindo assim, estará diminuindo a sobrecarga e a ociosidade entre o pessoal, permitindo que todas as integrantes do setor ganhe por igual na produtividade, evitando a realização aleatória de exames e uma disputa entre as funcionárias na execução dos mesmos. Recomenda-se que as pessoas da equipe executem somente o exame na qual se tem conhecimento e a habilidade técnica necessária, para assim obter um bom resultado final no exame realizado. Outra importante recomendação é que seja implantado no Departamento de Oftalmodiagnóstico um novo modelo de QDT sugerido no trabalho acadêmico, pois o mesmo permite uma melhor gestão das tarefas a serem executadas no setor em questão. 86 87 REFERÊNCIAS ARAUJO, Luis César. Organização, Sistemas e Métodos e as Modernas Ferramentas de Gestão Organizacional, Benchmarking, Empowerment, Gestão Pela Qualidade Total, Reegenharia. São Paulo: Atlas, 2001. BATEMAN, Thomas S.; SNELL, Scott A. Administração: Construindo Vantagem Competitiva. São Paulo: Atlas, 1998 BOWDITCH, J. L. e BUONO, A. F. Elementos de Comportamento Organizacional. São Paulo: Pioneira, 1992. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7 º Edição, São Paulo: Makron Books, 2004 CURY, Antonio. Organização Sistema e Métodos. 7º Edição São Paulo: Atlas, 2000. ESMERALDA, Maria, E.; ALVAREZ, Ballestero. Abordagem e pressuposto Pragmáticos. São Paulo: Mcgraw-Hill, Makron, 1991. HALL, Richard H. 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Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 3ºEdição São Paulo: Atlas 90 89 APÊNDICES 91 90 APÊNDICE I Entrevista (Gestora) A presente Entrevista tem finalidade meramente acadêmica, constituindo parte integrante do trabalho de conclusão do curso de Administração de Empresas da Faculdade Faciplac e é de caráter sigiloso e sua participação é de suma importância para a conclusão do curso da pesquisa em andamento, e proporcionará meios para elaborar o QDT (Quadro de Distribuição do trabalho). Existe uma forma sistemática de divisão de trabalho no CBV? Existe um QDT (Quadro de Distribuição do Trabalho) no departamento de exames? Como é feito a divisão de tarefas nessa área funcional? Existe a necessidade de contratar de novos funcionários? Segundo sua visão como gestora, as funcionarias apresentam-se satisfeitas com a divisão de tarefas atual? 92 91 APÊNDICE II Questionário (Funcionários) O presente questionário tem finalidade meramente acadêmica, constituindo parte integrante do trabalho de conclusão do curso de Administração de Empresas da Faculdade Faciplac e é de caráter sigiloso e sua participação é de suma importância para a conclusão do curso da pesquisa em andamento, e proporcionará meios para elaborar o QDT (Quadro de Distribuição do trabalho). Solicito e agradeço antecipadamente, sua colaboração no sentido de preenchê-lo conforme instruções. a) Marque apenas uma alternativa, aquela que mais se aproxima da sua percepção do fato questionado. b) Nunca – 0%; Raramente – 0 a 25% das vezes; Algumas vezes – 25 a 50% na maioria das vezes – 50 a 75% e Sempre – 100% Existe sobrecarga de trabalho no Departamento de Exames? ( ) Sempre ( ) Na maioria das vezes ( ) Algumas vezes ( ) Raramente ( ) Nunca Você acha que o atual QDT (quadro de divisão do trabalho), do Departamento de Exames é eficaz? ( ) Sempre ( ) Na maioria das vezes ( ) Algumas vezes ( ) Raramente ( ) Nunca É necessária a contratação de novos funcionários? ( ) Sempre ( ) Na maioria das vezes ( ) Algumas vezes ( ) Raramente ( ) Nunca Existe ociosidade nos postos de trabalho? ( ) Sempre ( ) Na maioria das vezes ( ) Algumas vezes ( ) Raramente ( ) Nunca As atividades executadas estão de acordo com a relação cargo versus qualificação versus salário? ( ) Sempre ( ) Na maioria das vezes ( ) Algumas vezes ( ) Raramente ( ) Nunca Existem funcionários executando varias tarefas desconexas? 93 92 ( ) Sempre ( ) Na maioria das vezes ( ) Algumas vezes ( ) Raramente ( ) Nunca O trabalho está distribuído eqüitativamente? ( ) Sempre ( ) Na maioria das vezes ( ) Algumas vezes ( ) Raramente ( ) Nunca As aptidões estão sendo usadas adequadamente? ( ) Sempre ( ) Na maioria das vezes ( ) Algumas vezes ( ) Raramente ( ) Nunca Existem tarefas sem grande significado para as finalidades da unidade, as quais estejam absorvendo tempo exagerado? ( ) Sempre ( ) Na maioria das vezes ( ) Algumas vezes ( ) Raramente ( ) Nunca As tarefas mais urgentes tem prioridade na execução? ( ) Sempre ( ) Na maioria das vezes ( ) Algumas vezes ( ) Raramente ( ) Nunca Existem funcionarias desempenhando tarefas com nível de dificuldade acima da do cargo que é titular? ( ) Sempre ( ) Na maioria das vezes ( ) Algumas vezes ( ) Raramente ( ) Nunca As pessoas possuem o treinamento adequado? ( ) Sempre ( ) Na maioria das vezes ( ) Algumas vezes ( ) Raramente ( ) Nunca 9493 APÊNDICE III Relatórios Referentes às Tarefas Diárias de Cada Funcionária Centro Brasileiro da Visão LISTA DE TAREFAS INDIVIDUAIS Divisão: Oftalmodiagnostico Seção: Exames Nome: Elayne Cargo:Técnica de Exames Data: 05/05/09 Atividade: Executa Exames Oftalmológicos. Numero Diárias Tarefas Regulares, Esporádicas 01 Responsável pelo exame de: Flúor. 5min/ Diária 02 Preencher o caderno diário de Flúor. 15min/Diária 03 Executar os demais tipos de exames: - Topografia; - PAM; 5min/ Diária 5min/ Diária - Microscopia; - Tonografia; - CTD; - OCT; - Eletrofisiologia; e - Paquimetria 04 Requisição de Farmácia, para o exame de Flúor 05 Montagem de slides do exame de Flúor 5min/ Diária 3min/ Diária 3min/ Diária 5min/ Diária 2horas/Diária 4min/Diária 5min/ regular 30min/ regular Figura 17 - Lista de Tarefas Individuais (Funcionária Elayne) Fonte: Elaborado pela aluna Natália, a partir das informações coletadas em 2009 95 94 Centro Brasileiro da Visão LISTA DE TAREFAS INDIVIDUAIS Divisão: Oftalmodiagnostico Seção: Exames Nome: Érika Cargo: Técnica de Exames Data: 05/05/09 Atividade: Executa Exames Oftalmológicos. Numero Diárias Regulares, Tarefas Esporádicas 01 Responsável pelo exame de: OCT. 5min/Diária 02 Preencher o caderno diário de OCT, Biometria e Demais Exames 15min/Diária (Tono, PAM,CTD) Executar os demais tipos de exames: - Topografia; - PAM 5min/Diária 5min/Diária 5min/Diária - Microscopia; 3min/Diária - Tonografia; 3min/Diária - CTD; 15min/Diária - Biometria; 2horas/Diária - Eletrofisiologia; 10min/Diária - Orbscan; 15min/Diária - Campo Visual; 1hora/Esporádica - Visão e - Paquimetria 03 Relatório mensal de quantidade de exames executado por cada 04 funcionaria 05 Avaliar o resultado final da Avaliação Trimestral de todos os funcionários do CBV 20min/Regular 2hora/Esporádica Figura 18 - Lista De Tarefas Individuais (Funcionária Érika) Fonte: Elaborado pela aluna Natália, a partir das informações coletadas em 2009 96 95 Centro Brasileiro da Visão LISTA DE TAREFAS INDIVIDUAIS Divisão: Oftalmodiagnostico Seção: Exames Nome: Luciene Cargo: Técnica de Exames Data: 05/05/09 Atividade: Executa Exames Oftalmológicos. Numero Diárias Tarefas Regulares, Esporádicas. 01 Responsável pelo exame de: Visão. 1hora/Diária 02 Preencher o caderno diário de Visão. 10min/Diária Executar os demais tipos de exames: 03 - Topografia; 5min/Diária - PAM 5min/Diária - Microscopia; 5min/Diária - Tonografia e 3min/Diária - CTD. 3min/Diária Relatório de quantidade de exames realizado diariamente. 10min/Diária Figura 19 - Lista De Tarefas Individuais (Funcionária Luciene) Fonte: Elaborado pela aluna Natália, a partir das informações coletadas em 2009 96 97 Centro Brasileiro da Visão LISTA DE TAREFAS INDIVIDUAIS Divisão: Oftalmodiagnostico Seção: Exames Nome: Maria Aparecida Cargo:Técnica de Exames Data: 05/05/09 Atividade: Executa Exames Oftalmológicos. Numero Diárias Tarefas Regulares, Esporádicas 01 Responsável pelo exame de: Topografia e Microscopia 10min/Diária 02 Preencher o caderno diário de Topografia e Microscopia. 10min/Diária 03 Executar os demais tipos de exames: - PAM; 5mim/Diária - Tonografia; 3mim/Diária - CTD; 3mim/Diária - Biometria; 15mim/Diária - Fluor; 15mim/Diária - Orbscan; 10mim/Diária - Campo Visual; 25mim/Diária - zywave 50mim/Diária - Paquimetria 4mim/Diária - OCT 5mim/Diária Figura 20 - Lista De Tarefas Individuais (Funcionária Maria Aparecida) Fonte: Elaborado pela aluna Natália, a partir das informações coletadas em 2009 98 97 Centro Brasileiro da Visão LISTA DE TAREFAS INDIVIDUAIS Divisão: Oftalmodiagnostico Seção: Exames Nome: Natalia Cargo:Técnica de Exames Data: 05/05/09 Atividade: Executa Exames Oftalmológicos. Numero Diárias Tarefas Regulares, Esporádicas 01 Responsável pelo exame de: Campo Visual 25mim/Diária 02 Preencher o caderno diário de Campo Visual 10mim/Diária 03 Executar os demais tipos de exames: - PAM; 5mim/Diária - Tonografia; 3mim/Diária - CTD; 3mim/Diária - Orbscan; 10mim/Diária - zywave 50mim/Diária - Paquimetria; 4mim/Diária - Topografia e 5mim/Diária - Microscopia 5mim/Diária Requisição de Farmácia e Almoxarifado Calculo de Biometria 5mim/Regular 15mim/Diária Figura 21 - Lista De Tarefas Individuais (Funcionária Natália) Fonte: Elaborado pela aluna Natália, a partir das informações coletadas em 2009 99 98 Centro Brasileiro da Visão LISTA DE TAREFAS INDIVIDUAIS Divisão: Oftalmodiagnostico Seção: Exames Nome: Priscilla Cargo:Técnica de Exames Data: 05/05/09 Atividade: Executa Exames Oftalmológicos. Numero Diárias Regulares, Tarefas Esporádicas 01 Responsável pelo exame de: Eletrofisiologia 2horas/Diária 02 Preencher o caderno diário de Eletrofisiologia e Paquimetria 10mim/Diária 03 Executar os demais tipos de exames: - PAM; 5mim/Diária - Tonografia; 3mim/Diária - CTD; 3mim/Diária - Orbscan; 10mim/Diária - zywave; 50mim/Diária - OCT; 5mim/Diária - Paquimetria; 4mim/Diária - Topografia; 5mim/Diária - Campo Visual; 25mim/Diária - Visão e 1hora/Regular - Microscopia. 5mim/Diária Montagem do Laudo de Eletrofisiologia. 10mim/Diária Figura 22 - Lista De Tarefas Individuais (Funcionária Priscilla) Fonte: Elaborado pela aluna Natália, a partir das informações coletadas em 2009 100 99 APÊNDICE IV Relatório Referente a Tarefas Semanais de Cada Funcionária Centro Brasileiro da Visão LISTA DE TAREFAS INDIVIDUAIS Divisão: Oftalmodiagnostico Seção: Exames Nome: Elayne Cargo:Técnica de Exames Data: 05/05/09 Atividade: Executa Exames Oftalmológicos. Numero Diárias Regulares, Tarefas Diárias Esporádicas 01 Responsável pelo exame de: Flúor. 5min/ Diária 02 Preencher o caderno diário de Flúor. 15min/Diária 03 Executar os demais tipos de exames: - Topografia; - PAM; 5min/ Diária 5min/ Diária - Microscopia; - Tonografia; - CTD; - OCT; - Eletrofisiologia; e - Paquimetria 5min/ Diária 3min/ Diária 3min/ Diária 5min/ Diária 2horas/Diária 4min/Diária Figura 24 - Lista De Tarefas Semanais (Funcionária Elayne) Fonte: Elaborado pela aluna Natália, a partir das informações coletadas em 2009 100 101 Centro Brasileiro da Visão LISTA DE TAREFAS SEMANAIS Divisão: Oftalmodiagnostico Seção: Exames Nome: Érika Cargo: Técnica Data: de Exames 05/05/09 Atividade: Executa Exames Oftalmológicos. Numero Diárias Regulares, Tarefas Diárias Esporádicas 01 Responsável pelo exame de: OCT. 5min/Diária 02 Preencher o caderno diário de OCT, Biometria e Demais Exames (Tono, 15min/Diária PAM,CTD) 03 Executar os demais tipos de exames: - Topografia; 5min/Diária - PAM 5min/Diária - Microscopia; 5min/Diária - Tonografia; 3min/Diária - CTD; 3min/Diária - Biometria; 15min/Diária - Eletrofisiologia; 2horas/Diária - Orbscan; 10min/Diária - Campo Visual; 15min/Diária - Visão e 1hora/Esporádica - Paquimetria Figura 25 - Lista De Tarefas Semanais (Funcionária Érika) Fonte: Elaborado pela aluna Natália, a partir das informações coletadas em 2009 102 101 Centro Brasileiro da Visão LISTA DE TAREFAS SEMANAIS Divisão: Oftalmodiagnostico Seção:Exames Nome: Luciene Cargo: Técnica de Exames Data: 05/05/09 Atividade: Executa Exames Oftalmológicos. Numero Diárias Regulares, Tarefas Diárias Esporádicas 01 Responsável pelo exame de: Visão. 1hora/Diária 02 Preencher o caderno diário de Visão. 10min/Diária 03 Executar os demais tipos de exames: 04 - Topografia; 5min/Diária - PAM 5min/Diária - Microscopia; 5min/Diária - Tonografia e 3min/Diária - CTD. 3min/Diária Relatório de quantidade de exames realizado diariamente. 10min/Diária Figura 26 - Lista De Tarefas Semanais (Funcionária Luciene) Fonte: Elaborado pela aluna Natália, a partir das informações coletadas em 2009 103 102 Centro Brasileiro da Visão LISTA DE TAREFAS SEMANAIS Divisão: Oftalmodiagnostico Seção:Exames Nome: Maria Aparecida Cargo: Técnica de Exames Data: 05/05/09 Atividade: Executa Exames Oftalmológicos. Numero Diárias Tarefas Diárias Regulares, Esporádicas 01 Responsável pelo exame de: Topografia e Microscopia 10min/Diária 02 Preencher o caderno diário de Topografia e Microscopia. 10min/Diária 03 Executar os demais tipos de exames: - PAM; - Tonografia; - CTD; - Biometria; 5mim/Diária 3mim/Diária 3mim/Diária - Fluor; 15mim/Diária - Orbscan; 15mim/Diária - Campo Visual; 10mim/Diária - zywave 25mim/Diária - Paquimetria 50mim/Diária - OCT 4mim/Diária 5mim/Diária Figura 27 - Lista De Tarefas Semanais (Funcionária Maria Aparecida Fonte: Elaborado pela aluna Natália, a partir das informações coletadas em 2009 103 104 Centro Brasileiro da Visão LISTA DE TAREFAS SEMANAIS Divisão: Oftalmodiagnostico Seção: Exames Nome: Natalia Cargo: Técnica de Exames Data: 05/05/09 Atividade: Executa Exames Oftalmológicos. Numero Diárias Tarefas Diárias Regulares, Esporádicas 01 Responsável pelo exame de: Campo Visual 25mim/Diária 02 Preencher o caderno diário de Campo Visual 10mim/Diária 03 Executar os demais tipos de exames: 04 - PAM; 5mim/Diária - Tonografia; 3mim/Diária - CTD; 3mim/Diária - Orbscan; 10mim/Diária - zywave 50mim/Diária - Paquimetria; 4mim/Diária - Topografia e 5mim/Diária - Microscopia 5mim/Diária Calculo de Biometria 15mim/Diária Figura 28 - LISTA DE TAREFAS SEMANAIS (Funcionária Natália) Fonte: Elaborado pela aluna Natália, a partir das informações coletadas em 2009 104 105 Centro Brasileiro da Visão LISTA DE TAREFAS SEMANAIS Divisão: Oftalmodiagnóstico Seção: Exames Nome: Priscilla Cargo: Técnica de Exames Data: 05/05/09 Atividade: Executa Exames Oftalmológicos. Numero Diárias Regulares, Tarefas Diárias Esporádicas 01 Responsável pelo exame de: Eletrofisiologia 2horas/Diária 02 Preencher o caderno diário de Eletrofisiologia e Paquimetria 10mim/Diária 03 Executar os demais tipos de exames: 04 - PAM; 5mim/Diária - Tonografia; 3mim/Diária - CTD; 3mim/Diária - Orbscan; 10mim/Diária - zywave; 50mim/Diária - OCT; 5mim/Diária - Paquimetria; 4mim/Diária - Topografia; 5mim/Diária - Campo Visual; 25mim/Diária - Visão e 1hora/Regular - Microscopia. 5mim/Diária Montagem do Laudo de Eletrofisiologia. 10mim/Diária Figura 29 - Lista De Tarefas Semanais (Funcionária Priscilla) Fonte: Elaborado pela aluna Natália, a partir das informações coletadas em 2009