137 Operador Nacional do Sistema Elétrico Ano XII | Fevereiro 2010 Informativo mensal do ONS ONS atento ao consumo Atender à carga de energia com segurança e economicidade diante dos sucessivos recordes de demanda do início do ano foi um grande desafio vencido pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico. Foto: Antonio Felipe da Cunha de Aquino (GPE-2) Págs. 4 e5 Conheça o bloco de foliões do Operador Pág. 6 Projeto Compartilhar: por dentro do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira Colaboradores da Diretoria Geral e da Diretoria de Assuntos Corporativos tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o projeto inédito no país. Além da palestra, Dalton Camponês do Brasil, assessor da Diretoria de Administração dos Serviços de Transmissão, tirou dúvidas dos participantes. Pág. 7 Um exemplo para todos A o ser celebrado pela primeira vez em 8 de março de 1909, nos EUA, o significado do Dia Internacional da Mulher era a emancipação sociopolítica feminina. Na ocasião, 15 mil mulheres marcharam em Nova Iorque exigindo a redução do horário de trabalho, melhores salários e direito a voto. Passados mais de 100 anos desde a sua primeira celebração, a data hoje transcende a questões políticas e trabalhistas e alcança um profundo sentido humanista, adaptado às demandas das sociedades contemporâneas por um mundo de paz, sem desigualdades, ecologicamente responsável e sem preconceitos de raça ou credo. Neste sentido, o Dia Internacional da Mulher inspira-nos a reconhecer as conquistas/desafios da mulher moderna (mãe e profissional com dupla jornada em tempo integral) e a enfrentar a tarefa que se impõe tanto a homens como a mulheres: participar ativamente da transformação do mundo, seja atuando na seara política ou participando de entidades não-governamentais que hoje contribuem para reduzir as desigualdades sociais, promover o equilíbrio entre o homem e a natu- Participe! Envie sua sugestão de pauta ou proposta de texto de matéria para: [email protected] 2 ONS | Ligação 137 | reza e estimular o desenvolvimento das pessoas. Frente às demandas do mundo atual, algumas mulheres conseguiram alcançar um alto grau de realização em suas vidas, tornando-se um exemplo que transcende ao gênero feminino, como é o caso da Drª Zilda Arns. Mãe de quatro filhos, ela formou-se como pediatra e sanitarista numa época em que as mulheres eram destinadas quase exclusivamente às lides do lar, e fundou a Pastoral da Criança – cujo trabalho a levou a ser indicada, em 2006, ao Prêmio Nobel da Paz. Ao compreender que uma das melhores formas de combater as mazelas sociais é a educação, a Drª Zilda desenvolveu uma metodologia com vistas à multiplicação do conhecimento nas comunidades mais pobres, além de realizar um notável trabalho de saúde pública que salvou incontáveis crianças carentes da mortalidade infantil. Tragicamente falecida no recente terremoto do Haiti, ela deixou uma obra perene. Esse elevado estágio de realização humana nos serve como imagem daquilo que todos nós podemos fazer se reeducarmos o nosso olhar em direção às pessoas. A propósito, o formidável exemplo de Zilda Arns serve tanto para o poder público como para as organizações, que começam a desenvolver, em escala cada vez maior, ações de Responsabilidade Social. Atento a essa tendência, o ONS tem buscado apoiar, por meio de renúncia fiscal, projetos com foco no favorecimento de comunidades carentes, além do incentivo ao trabalho de pessoas que desenvolvem atividades de voluntariado, de inegável viés social. Com a proximidade do Dia Internacional da Mulher, o Jornal Ligação escolheu o exemplo de uma mulher notável com o intuito de que sirva de inspiração para todos nós. Parabéns a todas vocês que fazem o dia-a-dia do Operador! Impresso em Ligação: Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico papel reciclado Escritório Central: Rua da Quitanda, 196 Centro Rio de Janeiro RJ 20.091-005 Telefone (21) 2203 9400 Fax (21) 2203 9444 www.ons.org.br Filiado à Edição: Assessoria de Comunicação e Marketing Comissão Editorial: Eneida Leão, Hermes Chipp e Tristão Araripe Fotos: Reynaldo Dias e arquivo Coordenação Editorial: Expressiva Comunicação e Educação (21) 2578-3148 www.expressivaonline.com.br Fevereiro 2010 | | | | | | | | | Rumo ao Caise 2010 Um mês antes da abertura oficial, os alunos da nova turma da Capacitação em Aspectos Institucionais do Setor Elétrico (Caise) foram brindados com uma apresentação inicial do curso. O encontro aconteceu no dia 25 de fevereiro, no Escritório Central, e foi transmitido por videoconferência para Recife, Brasília e Florianópolis. O Caise chega à sua sexta edição mantendo um compromisso permanente com o aperfeiçoamento e com o desenvolvimento institucional do Operador. Durante o encontro, os 30 alunos da turma de 2010 tiveram oportunidade de compartilhar expectativas, bem como de já travar contato com o professor Leonardo Lima, coordenador pedagógico do Caise. O diretor geral do ONS, Hermes Chipp, e o diretor de Assuntos Corporativos, Luiz Alberto Fortunato, também interagiram com os participantes. A metodologia e o programa do curso foram apresentados por Fernanda Roitman, gerente-executiva da GRH. Entre as novidades deste ano, ela destacou uma participação mais expressiva de conteúdos oferecidos na modalidade de ensino a distância, resultando em maior carga horária. A abertura oficial do curso está prevista para o dia 24 de março. “As finalidades desta capacitação devem considerar que se trata de um treinamento de pessoas para assumir, desenvolver ou aperfeiçoar importantes funções de gestão e coordenação (sem ser necessariamente gerentes) – tanto na interação com outras áreas da organização, como também com a rede de agentes e instituições do setor”, afirmou Hermes Chipp. Afinal, desde 2005, quando o Caise iniciou suas atividades, muitas mudanças ocorreram no ONS, inclusive com os investimentos da organização em promover a implementação de programas de gestão. “O curso evoluiu dinamicamente ao longo do tempo”, avaliou o diretor geral. “Ao contribuir para a transparência no que se refere a pessoas e processos, ajuda-nos a ter uma visão realista da gestão”, concluiu. Na opinião de Luiz Alberto Fortunato, o Caise é importante ainda para alinhar o ONS ao novo contexto de desenvolvimento humano favorecido pelos recentes avanços tecnológicos, “ao mesmo tempo em que instiga as pessoas a encarar sua evolução pessoal e profissional como algo dinâmico e constante”, ressaltou. Com duração de um ano, o Caise é um MBA promovido em parceria com a PUC-Rio, cujo programa aborda ampla variedade temática relacionada à atualidade do setor elétrico, desde o contexto econômico até seus cenários de transformação. Por ele já passaram mais de 150 profissionais do Operador Nacional, no período de 2005 a 2009. Um dos aspectos da capacitação que mais costumam motivar elogios por parte dos alunos é a composição das turmas: os participantes são recrutados entre gerentes, profissionais experientes e colaboradores mais jovens, de diversas áreas da empresa. Tal diversidade propicia uma rica troca de experiências e saberes, com resultados vantajosos não só durante o curso, mas também para o desempenho das equipes, nas atividades cotidianas do Operador Nacional. Fevereiro 2010 | Ligação 137 | ONS 3 Recordes de demanda Os primeiros meses do ano foram de muito calor em boa parte do país. Acompanhando os termômetros, o consumo de energia elétrica bateu recordes e o Operador mobilizou-se para atender com segurança à grande demanda. O verão brasileiro só termina no dia 20 de março, mas a edição 2010 da estação já é considerada uma das mais quentes dos últimos anos, com temperaturas superiores em até 3 ºC às médias históricas na maior parte das regiões. O Rio de Janeiro, por exemplo, sofreu com uma média de 39,7 graus nos nove primeiros dias de fevereiro. Segundo Christiane Osório, da área de meteorologia da GPD, a combinação da temperatura elevada com a alta umidade relativa do ar aumenta ainda mais o desconforto térmico, de cinco a sete graus acima da medida real. Para amenizar o forte calor, a população fez uso intensivo de ventiladores, aparelhos de ar condicionado e refrigeradores, elevando a demanda de energia elétrica no país a níveis até então inéditos. A retomada da produção industrial após a crise eco- nômica no último ano também contribuiu para os recordes de carga, inclusive em datas consecutivas. Do início do ano até o fechamento desta edição, o Sistema Interligado Nacional (SIN) registrara cinco recordes de demanda instantânea: nos dias 1º, 2, 3, 4 e 23 de fevereiro, quando chegou a 70.954 MW. Em datas variadas, ocorreu o mesmo nos subsistemas Sul (cinco recordes), Sudeste/Centro-Oeste (quatro recordes), Nordeste (três recordes) e Norte (dois recordes). “Os modelos de previsão tiveram de ser aperfeiçoados, a fim de que a temperatura de desconforto térmico fosse considerada”, avaliou Fausto Menezes, gerente da GMC-1, equipe responsável pela previsão e acompanhamento da carga. As previsões devem refletir o comportamento das pessoas, em época de férias escolares e com aparelhos de ar condicionado ligados durante a tarde, em resposta à sensação de desconforto térmico. Trabalho conjunto Os recordes de consumo produzem impactos, pois os requisitos de segurança aumentam consideravelmente. “Há uma grande exigência de se atender à demanda ao menor custo, despachando térmicas exatamente nos períodos necessários e mantendo, ao mesmo tempo, o máximo de segurança na operação elétrica”, explicou Francisco Arteiro, gerente-executivo de Programação e Desligamentos. “Trata-se de um esforço conjunto, no qual entram a previsão meteorológica (como subsídio sobre temperaturas e condições de desconforto térmico), a previsão de carga e a otimização da geração hidrotérmica, mobilizando vá- Do planejamento à operação Programação Mensal da Operação Estudos de previsão de carga Previsões meteorológicas Análise da rede e das intervenções 4 ONS | Ligação 137 | Fevereiro 2010 Programa Diário de Produção Eletroenergética Programa Diário de Operação e atualizações Operação em Tempo Real a: um desafio para o ONS rios tipos de conhecimento”. Nestas circunstâncias, a interação entre as diversas áreas do Operador Nacional torna-se ainda mais importante, pois, para apreender com maior exatidão o quadro geral do país, é fundamental estudar os comportamentos específicos de cada subsistema, de norte a sul do Brasil. Recordes de carga Região Sul – de 12.263 MW em 04/03/2009, para 13.483 MW em 05/02/2010 Região SE/CO – de 42.144 MW em 26/11/2009, para 44.190 MW em 23/02/2010 Região N – de 4.245 MW em 17/10/2008, para 4.381 MW em 04/02/2010 Região NE – de 9.842 MW em 12/12/2009, para 10.115 MW em 23/02/2010 SIN – de 67.442 MW em 26/11/2009, para 70.954 MW em 23/02/2010 Fonte: CNOS/COSR-NCO - DOP No Nordeste, onde também houve recordes sucessivos em fevereiro, o impacto das temperaturas elevadas foi ampliado ainda por outros fatores. Nessa região, a sensação térmica desagradável girou em torno dos 38 graus, pois a insolação somou-se à falta de vento. Essa conjunção climática provocou um aumento da ordem de 4,8%, enquanto no Norte, o crescimento foi de 2%, informaram Giovanni Acioli, do NNNE-3, e Saulo Cisneiros, gerente-executivo do Núcleo Norte/Nordeste. tro-Oeste, o aumento na demanda de energia requer cuidados redobrados com a previsão da carga. “É preciso elaborar avaliações e previsões mais precisas, com intervalos de tempo mais curtos”, afirmou. “Também levamos em conta que, devido a questões de segurança, ocorreram limitações no intercâmbio da região Norte para o Sudeste e também de Itaipu para o Sudeste. Estamos permanentemente atentos, mas o consumo elevado exige uma atuação ainda mais prudente”. Já na região Sul, segundo Angelo Luiz de Franceschi, gerente-executivo do Núcleo Sul, e José Mário Mamfrin, gerente do NSUL-2, o atual comportamento de recordes de consumo em decorrência da elevação de temperatura não foi a maior surpresa. O dado novo foi a simultaneidade com as demais regiões do país, acarretando a necessidade de análises mais precisas e otimização dos recursos. Para as equipes de pré-operação e tempo real do Operador Nacional, nesta situação a palavra-chave é antecipação. Após a emissão do Programa Diário de Produção Eletroenergética, ainda podem ocorrer outros eventos que são contemplados no Programa Diário de Operação (PDO), estabelecendo da maneira mais atualizada as condições operativas para o dia seguinte. Nos centros de controle, é monitorado o comportamento da carga e da geração em tempo real, e avaliado com antecedência se haverá necessidade de providências como, por exemplo, Segundo Braz Campanholo, gerente-executivo do Centro Nacional de Operação do Sistema e do Centro Regional de Operação Norte/Cen- a disponibilização de mais geração para eventuais acréscimos de carga. Considerando que a energia elétrica é um bem de uso contínuo, sempre se mantém uma reserva de potência, que é um saldo positivo entre a geração disponível sincronizada e a carga real verificada. “Quando há variações de carga muito maiores do que o previsto, é preciso ficar mais atento para a utilização da reserva de potência hidroelétrica, minimizando a necessidade de complementação térmica, e, ao mesmo tempo, mantendo as margens de segurança do SIN, para fazer face a eventuais ocorrências em tempo real”, esclareceu Pericles Coutinho, gerente-executivo de Pré-operação e Tempo Real do CNOS/COSR-NCO. De acordo com Pericles, diante do comportamento atípico da demanda em fevereiro, impulsionada principalmente pela região Sudeste, as equipes avaliaram medidas como o cancelamento de intervenções que viessem a reduzir a capacidade de transmissão ou mesmo o acionamento de máquinas adicionais, hierarquizadas pelo critério de custo. Fevereiro 2010 | Ligação 137 | ONS 5 Em fevereiro... tem Carnaval! Não é de hoje que vários colaboradores do ONS caem na folia, com muita descontração, frevo e samba no pé. Do já tradicional Pinto do Galo da Madrugada aos desfiles na Sapucaí, não é difícil encontrar um rosto conhecido no meio da multidão. Neste ano, o Ligação pediu aos foliões que enviassem suas fotos. Resultado: uma festa de alegria. Breno Arnaldo Jacó Coutinho (COSR-NE) faz parte da “Velha Guarda” da “Troça Carnavalesca Mista A Casa de Zina”. É de dar inveja. Luiz Roberto Ferreira (COSR-SE) atacou de frigideira na bateria da Beija Flor de Nilópolis (foto), além de integrar também as baterias da Mocidade Independente de Padre Miguel, da Acadêmicos da Rocinha e de diversos blocos cariocas. Emília, ou melhor, Carla Machado Ferreira (JUR) desfilou pelo Salgueiro. Antonio Carlos Carvalho (GAT-3), terceiro da esq. para a dir., brincou em vários blocos, como o “Azeitona sem caroço”. 6 ONS | Ligação 137 | Fevereiro 2010 Marco Aurélio Nogueira (GCC-2), Adriana Goes (ACM) e Silvia Galvão (GCC-3) deram um “Choque de ordem na folia” e contribuíram para que a São Clemente conquistasse o título de campeã do Grupo de Acesso das escolas de samba do Rio de Janeiro. Em 2011, a escola volta para o Grupo Especial. Cláudia Maria Carriço de Lima Menezes (NNNE), ao centro de bermuda vermelha, caiu na folia com familiares e amigos no “Pinto do Galo da Madrugada”. Veja mais fotos na intranet. Notas Desvendando o Madeira Auditoria no CNOS/COSR-NCO O Compartilhar promoveu palestra no dia 12 de fevereiro sobre um dos principais projetos em curso no Operador. No dia 5 de fevereiro, uma equipe da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizou sua primeira auditoria de fiscalização no Centro Nacional de Operação do Sistema (CNOS) e no Centro Regional de Operação Norte/Centro-Oeste (COSR-NCO). Tendo em vista a ocorrência do blecaute no dia 10 de novembro, a auditoria foi mais ampla e estendeu-se ainda a diversos aspectos do sistema de comunicação do Operador com os agentes. A avaliação foi positiva, de acordo com Jamil de Almeida Silva, gerente de Qualidade e Continuidade dos Sistemas de Supervisão e Controle (GOS-2). “É preciso dedicar atenção permanente a este trabalho, de modo a instrumentalizar as responsabilidades previstas nos módulos dos Procedimentos de Rede”, ressaltou. A Aneel é responsável por promover auditorias econômicofinanceira dos sistemas e dos procedimentos técnicos do ONS, totalizando mais de 300 pontos passíveis de fiscalização, com base nos Procedimentos de Rede e em outras atividades do Operador capazes de produzir impacto significativo no setor elétrico. PDE dá partida em 2010 Um workshop, realizado no dia 3 de março, marcou o início das atividades do Programa de Desenvolvimento de Equipes (PDE) deste ano. Dirigido a todos os empregados da Gerência Executiva de Informática e Telecomunicações (GIT), totalizando cerca de 70 pessoas, o evento contou com a presença do gerente-executivo da área, Alexandre dos Santos, e do gerente-executivo da ARH, Marco Antonio Carvalho, além do consultor Felipe Cortoni. O encontro deu continuidade a um trabalho cuja primeira etapa fora efetuada em dezembro de 2009, voltada à equipe de gestores. “A partir do workshop, integramos a equipe da GIT, tanto gestores como técnicos, ao processo de desenvolvimento proposto pelo PDE”, analisou Regina Bérenger, da Assessoria de Desenvolvimento de RH (ARH). Segundo Regina, já está sendo elaborado um planejamento para que outras áreas, vinculadas às demais diretorias do ONS, participem de eventos semelhantes. D alton Camponês do Brasil, assessor da Diretoria de Administração dos Serviços de Transmissão, falou sobre o “Sistema de transmissão em corrente contínua do rio Madeira” para um público bem participativo. A atividade, voltada aos colaboradores da diretorias Geral e de Assuntos Corporativos, buscou atingir os objetivos do Projeto Compartilhar: ampliar o intercâmbio entre as áreas técnicas e não técnicas e disseminar conhecimentos relevantes sobre o trabalho do ONS. De forma didática, Dalton explicou as principais características do projeto e sua importância para o Operador. Traduzindo para uma linguagem mais coloquial expressões técnicas como “tiristores” e “simulador RTDS”, ele respondeu às perguntas dos participantes e esclareceu dúvidas sobre corrente alternada e corrente contínua, entre outras. “O projeto do Madeira foi um desafio que envolveu a participação de várias equipes do ONS em suas diferentes fases”, ressaltou Dalton. Com entrada em operação prevista para 2012, o Complexo do Madeira contará com a maior linha de transmissão do país – cerca de 2.400 quilômetros de extensão desde Rondônia até São Paulo, 6.300 MW e tensão de 660 kV –, constituindo o primeiro elo de corrente contínua pertencente à rede básica. Quem estava lá “Achei a palestra muito positiva, principalmente para quem não é da área técnica do Operador nem domina o “engenheirês”. Tive oportunidade de aprender e conhecer melhor o dia-a-dia da empresa, percebendo ainda a importância da área financeira para o negócio e as atividades técnicas do ONS.” Gustavo Botrel, analista econômico financeiro, da Gerência de Gestão de Caixa (GEF-2) “Gosto de participar de eventos desse tipo para me familiarizar com a linguagem das áreas técnicas e entender melhor o trabalho que desenvolvem, bem como seu impacto em termos de recursos humanos. Além disso, posso dar esclarecimentos aos amigos e familiares, que sempre perguntam o que o ONS faz.” Margareth Borges, analista de recursos humanos, da Gerência de Administração de Pessoal e Benefícios (GRH-2) “A iniciativa é muito importante para aproximar as áreas técnicas e não técnicas da empresa, dando coesão e sentido de grupo aos profissionais. A palestra contribuiu para ampliar o entendimento e a visão geral sobre o ONS, bem como para a gestão de conhecimento em nossa organização.” Eduardo Brasil, gerente de Gestão de Caixa (GEF-2) Fevereiro 2010 | Ligação 137 | ONS 7 Mais cultura à vista Dicas Everton de Lima Almeida, da Gerência de Administração da Transmissão (GAT-2), dá uma dica bem instigante. Como afirma Everton: “Não perca a leitura e um dos finais mais surpreendentes da ficção científica”. Na escrita da história, não há muito lugar para o “e se...”. Ainda assim, todo historiador já começou uma reflexão com essas palavras. Faz parte da imaginação humana pensar o mundo a partir de caminhos que não foram seguidos, que nunca foram encampados. Em nossa vida cotidiana mesmo fazemos isso o tempo inteiro. Mas conjeturar desta forma pode fazer sentido dentro da história? A resposta é sim. Pensar o “e se...” com os devidos cuidados poder ser um belo exercício de analisar conjeturas e estruturas, bem como de problematizar o lado contingencial de nossa disciplina. O livro “O Homem do Castelo Alto”, do americano Philip K. Dick, é um clássico da literatura mundial e da chamada “história contra fatual”. O livro se passa no início da década de 1960. Os negros são escravos. Judeus – os poucos que ainda existem – se escondem sob identidades falsas para não serem exterminados. A África é um continente morto. Os Estados Unidos, divididos entre alemães, italianos e japoneses, deixou de ser uma potência para se tornar uma peça nula no tabuleiro global. Esse é um mundo que vive sob o domínio dos dois principais vencedores da Segunda Guerra Mundial: Alemanha e Japão. Sim, os nazistas – nessa realidade – venceram o maior conflito armado da história. Com este romance perturbador e surpreendente, o mestre Philip K. Dick conseguiu inscrever de uma vez por todas, no hall da literatura, o gênero da ficção científica. “O Homem do Castelo Alto” foi publicado pela primeira vez em 1962, quando o mundo vivia, por meio da guerra fria, a herança geopolítica da Segunda Guerra. Título: O Homem do Castelo Alto Autor: Philip K. Dick Editora: Aleph Ano: 2006 Participe também! Mande suas dicas para o Ligação: [email protected] D ois novos projetos ampliarão o elenco de atividades culturais patrocinadas pelo Operador Nacional no biênio 2009/2010, por meio de renúncia fiscal do município do Rio de Janeiro: o lançamento do CD do compositor carioca Mario Adnet e uma exposição visual de ditados populares. Tais iniciativas vêm se unir ao Festival Internacional de Cinema Infantil e ao Programa Social Crescer e Viver, ações já apoiadas pelo ONS. O CD “Mario Adnet e Cordas” apresentará músicas inéditas do violonista, além de clássicos do cancioneiro popular nacional das décadas de 1940 e 1950. O lançamento do CD deverá acontecer no Espaço Tom Jobim, no Rio de Janeiro. Com formação musical realizada nos Estados Unidos e na Áustria, Mario Adnet é um dos mais reconhecidos arranjadores brasileiros e teve suas composições gravadas por nomes consagrados da MPB. Já a exposição Ditados Populares pretende promover uma releitura visual de frases e expressões que povoam nosso imaginário coletivo, transformando-as em instalações de arte. A ideia é proporcionar um diálogo instigante entre o espaço urbano e essa modalidade de manifestação criativa popular, por meio de diferentes formas de expressão, como artes plásticas, design gráfico, videoarte, escultura e outras linguagens. Diversos artistas serão convidados a dar sua interpretação para determina- dos ditos populares - selecionados por meio de uma pesquisa - e suas criações ficarão expostas sob a forma de instalações, colocadas durante um mês em espaços públicos do Rio de Janeiro, especialmente no centro histórico carioca. Foto: Alexandre Sant’Anna “Procuramos apoiar, entre os projetos indicados e selecionados pela Prefeitura do Rio de Janeiro, propostas identificadas com as diretrizes de nosso Programa de Responsabilidade Social, cujas contrapartidas favoreçam as comunidades inseridas nas localidades onde o Operador atua, as entidades assistidas pelo Programa do Voluntariado, nossos colaboradores e a sociedade de forma geral”, ressalta Lúcia Helena Rodrigues de Carvalho, da Assessoria de Comunicação e Marketing (ACM). O desenvolvimento de projetos culturais é um importante instrumento de divulgação da marca e das atividades do Operador, além de reforçar as ações de relacionamento externo (com instituições, imprensa, público em geral) e interno, estimulando a participação dos colaboradores.