artigo Uma análise do contexto empresarial moçambicano Na opinião de João Gonçalves, «os quadros moçambicanos estão conscientes dos grandes desafios da gestão e da importância determinante do 16 capital humano». | Março 2014 tência pela educação e pela aprendizagem, daí que o investimento permanente na formação e na educação seja um imperativo imprescindível à mudança de comportamentos e de atitudes que proporcionem um maior alinhamento entre pessoas e organizações; - Existe uma grande aspiração pela melhoria das condições de vida e por ascensão social; - As grandes empresas moçambicanas, privadas ou públicas, têm ambição e desejo de mudança, sustentados por processos e sistemas que proporcionam o desenvolvimento permanente de competências; - Os quadros moçambicanos estão conscientes dos grandes desafios da gestão e da importância determinante do capital humano; - O fosso entre as empresas e a administração pública, no que toca aos níveis de performance, é enorme, sendo necessário investir substancialmente no capital humano; em conjunto com os profissionais destes países, é possível recriar modelos e padrões que melhor se adequem a cada geografia e cultura empresarial. A comunicação entre profissionais, a partilha de experiências, a divulgação de ‘case studies’, com o reforço da cultura técnica e organizacional, proporcionará novas identidades ancoradas no diálogo e na troca de experiências permanentes. João Gonçalves Senior Partner da SDO Consultores SA [email protected] © DR É com imensa satisfação que a SDO se associa ao lançamento da revista da CRHLP, em particular estando presente neste primeiro número de uma iniciativa que pretende, no âmbito dos países de língua portuguesa, contribuir para o desenvolvimento de uma maior identidade em torno da gestão do capital humano. Com efeito, a construção de uma maior identidade entre os países de língua portuguesa tem dimensões múltiplas e, estando no seu epicentro a língua e a cultura, precisamos ainda hoje de criar e alavancar uma identidade técnica e organizacional que reforce e potencie a primeira. Sabemos hoje que as organizações privadas, públicas ou mistas, quando bem geridas, sustentadas em modelos de boa governação e apoiadas em boas práticas de gestão de pessoas, são a maior riqueza que qualquer país pode ambicionar. No caso concreto de Moçambique, a nossa experiência de vários anos no contexto empresarial do país permite-nos tecer algumas afirmações: - Na sociedade em geral, há uma grande ape- - A reciclagem de competências é de primordial importância ao nível das pequenas e médias empresas (PME). Perante o que acabámos de enunciar, os desafios são imensos. Contudo, com a ajuda dos seus sócios e parceiros locais, a SDO tem apostado em deslocar os seus melhores recursos e em formar quadros locais para que em equipa cumpram o objectivo também social de qualquer organização, isto é, desenvolver pessoas, equipas, organizações e países. Em síntese, para a SDO a experiência de consultoria em Portugal, Moçambique, Angola, Brasil e restantes países de língua portuguesa, ainda que bastante diferenciada, tem tido muitos denominadores comuns. Queremos acreditar que, 17 Março 2014 |