$ESFILE DE #ARETOS COM AS SUAS MfSCARAS -USEU )BmRICO DA -fSCARA E DO 4RAJE &OTOGRAFIA ˆ #hMARA -UNICIPAL DE "RAGANlA -USEU )BmRICO DA -fSCARA E DO 4RAJE ˆ #ARETO DE 2EBORDjOS
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AINDA HOJE COMUM ASSOCIAR AO RITUAL A ORIGEM DO TEATRO COMO DEFENDEU .IETZSCHE EM ! /RIGEM DA 4RAGmDIA APESAR DE SE TRATAR DE UMA
IDEIA VfRIAS VEZES CONTESTADA POR ASSIMILAR UMA PRfTICA SIMBvLICA A UM ACTO COMPLEXO QUE LIGA UMA COMUNIDADE g ESFERA DIVINA ! VERDADE m
QUE A APROXIMAljO ENTRE RITUAL E TEATRO PRETENDE EXPLICAR O QUE DISTINGUE E UNE DUAS ACTIVIDADES HUMANAS QUE ESTjO NO CENTRO DA EXPERIoNCIA
DE VIDA DE UMA COMUNIDADE $UVIDASE DE QUE EXISTA UMA {NICA ASCENDoNCIA PARA O TEATRO E QUE ESTA SEJA O RITUAL DA MESMA FORMA QUE SE
CONTESTA TRATARSE ELE DA MANIFESTAljO ¦PRIMITIVA§ DE UMA PRfTICA QUE TERIA ATINGIDO NA CULTURA OCIDENTAL A SUA SOFISTICAljO COM A TRAGmDIA
0ODEMOS DEFINIR RITUAL COMO O CONJUNTO DE AClzES PRODUZIDAS NUMA COMUNIDADE ATRAVmS DAS QUAIS ESTA INTERPELA OS SEUS DEUSES 3jO USADOS DIVERSOS
MEIOS A ALGUNS COMO AS MfSCARAS ASSOCIAMOS UMA DIMENSjO TEATRAL PARA REALIZAR DETERMINADOS PROPvSITOS POR EXEMPLO OPERAR A PASSAGEM AO ESTA
DO ADULTO OU DA VIDA g MORTE AGRADECER OU PEDIR A INTERVENljO DE UMA DIVINDADE ETC SENDO POSSqVEL ENCONTRAR NOS RITUAIS BREVES DRAMATIZAlzES DE NAR
RATIVAS PRIMORDIAIS
O
M CASO CURIOSO DE RITUAL EM 0ORTUGAL QUE PERMANECEU ATm HOJE INTEGRADO NAS PRfTICAS CULTURAIS DE UMA COMUNIDADE O PLANALTO MIRANDoS m
A &ESTA DOS 2APAZES OU DOS #ARETOS QUE MARCANDO A PASSAGEM DOS JOVENS g IDADE ADULTA SE MANTmM ACTIVO TENDO CONTUDO ADQUIRIDO UMA
DIMENSjO ESPECTACULAR E PERDIDO ALGUM DO SEU ALCANCE SIMBvLICO
0OR SEU TURNO O TEATRO TEM SIDO ENTENDIDO COMO REPRESENTAljO E DELE NjO SE ESPERA QUE PRODUZA SOBRE A REALIDADE UMA TRANSFORMAljO DE
CARIZ RELIGIOSO OU COSMOGvNICO $E UM MODO GERAL PODEMOS DIZER QUE m POSSqVEL ESTABELECER LIGAljO ENTRE RITUAL E TEATRO APESAR DA SUA DIFERENTE RELAljO
COM O SAGRADO PORQUE EM AMBOS EXISTEM TRAlOS COMO A REPETIljO DE GESTOS CONVENCIONAIS A ORGANIZAljO E PREPARAljO DAS AClzES A INSTAURAljO DE UM
TEMPOESPAlO LIMINAL FORA DA EXISToNCIA QUOTIDIANA O VALOR SIMBvLICO DOS SIGNOS VERBAIS E NjO VERBAIS SEUS CONSTITUINTES
%M CIMA &RISO DE #ARETOS COM AS SUAS MfSCARAS DE PERFIL &ESTA DOS
2EIS "AlAL FIM DE SEMANA MAIS PRvXIMO DE E DE *ANEIRO -USEU
)BmRICO DA -fSCARA E DO 4RAJE &OTOGRAFIA ˆ #hMARA -UNICIPAL DE
"RAGANlA -USEU )BmRICO DA -fSCARA E DO 4RAJE
1UANDO A )GREJA #ATvLICA INTRODUZIU NO SmC 8 A DRAMATIZAljO DE PASSOS DA "qBLIA
NO SEIO DO RITUAL LIT{RGICO ¯ UMA DAS QUAIS ¦1UEM QUAERITIS IN SEPULCHRO§ CHE
GOU ATm NvS PRESERVADA NA 2EGULARIS #ONCORDIA DOS MONGES BENEDITINOS ¯
exPLOROU ESSE CARfCTER LIMINAL QUE TEATRO E RITUAL PARTILHAM / TESTEMUNHO DO
EPISvDIO DA VISITA DAS TRoS MULHERES AO 3ANTO 3EPULCRO E DA 2ESSURREIljO
DE #RISTO Df CONTA DE UMA CENA DIALOGADA ENTRE CLmRIGOS COM OS SEUS PAPmIS NA
ACljO CLARAMENTE DISTRIBUqDOS !NJO E TRoS MULHERES E UMA IMPLANTAljO DESSA
ACljO NUM LOCAL DA )GREJA QUE ASSIM FINGE SER O 3ANTO 3EPULCRO
/ TESTEMUNHO ICONOGRfFICO PARECE QUERER DEIXAR ASSINALADA A DISTINljO ENTRE O
ACTOR E A PERSONAGEM AO REPRESENTAR SOB OS VmUS ROSTOS COM BARBAS
!CTORBAILARINO DE +AThAKALI &ORTE #OCHIN ÉNDIA %STADO DE +ERALA &OTOGRAFIA ˆ !LBERT 2IGAT I
TEATRO OCIDENTAL QUE TERf TIDO NAS SUAS ORIGENS GREGAS UMA LIGAljO
g RELIGIjO FOI DEIXANDO DE SER UM TEMPO FORA DO TEMPO UM MO
MENTO {NICO E TRANSFORMADOR NA VIDA DA COMUNIDADE
.O ENTANTO MANTmM O APELO DESSA OUTRA DIMENSjO E PROCUROU CON
SERVAR EM CERTOS CASOS A MEMvRIA DE UMA EVENTUAL LIGAljO A RITUAIS SAGRADOS
INSPIRANDOSE EM PRfTICAS ORIENTAIS OU AFRICANAS QUE PERSISTEM RITUALIZADAS
#ERTOS CRIADORES PROCURARAM ACTIVAR A DIMENSjO OCULTA E ESMORECIDA DO RITUAL
m O CASO DE !RTAUD 'ROTOWSKI E 'ENET #ONCEBERAM AClzES TEATRAIS SUSCEPTqVEIS
DE PROVOCAR A REACljO FqSICA DO ESPECTADOR OU DO ACTOR OU PROCURARAM PRODUZIR
UMA ¦RESSACRALIZAljO§ DO TEATRO
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|ainda hoje comum associar ao ritual a origem do teatro