Lógica Auto-epistémica • Proposta por Moore (1985) • Contempla reflecção sobre conhecimento próprio (auto-epistémico) • Permite falar não só do mundo exterior, como também do conhecimento que tenho dele. Sintaxe de AEL • Lógica de 1ª ordem, mais operador L (aplicado a formúlas) • L j significa “sei j” • Exemplos: lugar → L lugar (ou L lugar → lugar) jovem(X) L estuda (X) → estuda (X) Significado de AEL • O que é que sei? – Aquilo que consigo derivar (em todos os modelos) • E o que é que não sei? – Aquilo que não consigo derivar • Mas aquilo que se deriva depende do que sei – Adiocinar conhecimento, e depois testar Semântica AEL • T* é expansão de teoria T sse T* = Th(T{Lj : T* |= j} {Lj : T* |≠ j}) • Assumindo a regra de inferência j/Lj : T* = CnAEL(T {Lj : T* |≠ j}) • Uma teoria AEL é sempre a dois valores em L, ou seja, para toda a expansão: j | Lj T* Lj T* Conhecimento vs. Crenças • Crenças é um conceito mais fraco – Para toda a fórmula, ou sei ou não sei – Podem haver fórmulas em que não acredito, nem no seu contrário • Lógica auto-epistémica de conhecimento e crenças (AELB), introduz também operador B j – acredito em j. Exemplo AELB • Alugo filme se acredito que nem vou ao baseball nem ao futebol Bbaseball Bfutebol → alugar_filme • Não compro bilhetes se não sei que vou ao baseball nem sei que vou ao futebol L baseball L futebol → comprar_bilhetes • Vou ao futebol ou ao baseball baseball futebol • Não devo concluir que alugo filme, mas concluo que não compro bilhetes Axiomas sobre crenças • Axioma da consistência B • Axioma de normalidade B(F → G) → (B F → B G) • Regra de necessitação F BF Modelos minimais • Em que é que eu acredito? – Naquilo que faz parte de todos os modelos preferidos • Quais os modelos preferidos? – Os que para um mesmo conjunto de crenças, tem um número mínimo de coisas verdadeiras • Um modelo M é minimal sse não existe modelo menor N, coincidente com M em átomos Bj e Lj • Se j é verdadeiro em todos os modelos minimais de T, escrevo T |=min j Expansões AELB • T* é expansão estática de T sse T* = CnAELB(T {Lj : T* |≠ j} {Bj : T* |=min j}) onde CnAELB denota o fecho usando os axiomas de AELB mais a necessitação para L Caso particular de AEB • Pelas suas propriedades, o caso de teorias sem operador de conhecimento é especialmente interessante. • Nesse caso, a definição de expansão fica: T* = YT(T*) onde YT(T*) = CnAEB(T {Bj : T* |=min j}) e CnAEB denota o fecho usando os axiomas de AEB Menor expansão • Teorema: O operador Y é monotónico, i.e. T T1 T2 → YT(T1) YT(T2) • Logo existe sempre uma expansão mínima de T, que se pode obter por indução transfinita: – T0 = CnAEB(T) – Ti+1 = YT(Ti) – Tb = Ua < b Ta (para ordinais limite b) Consequências • Toda a teoria AEB tem pelo menos uma expansão • Se a teoria é afirmativa (i.e. todas as cláusulas têm pelo menos um literal positivo) então tem pelo menos uma expansão consistente. • Há procedimento para calcular a semântica