HELICÓ PTEROS
MENOS VENDAS,
MAS HÁ NOVIDADES
NO HORIZONTE
Especialistas afirmam:
no mundo dos
helicópteros, o
mercado atual não
tem vendido o que
vinha sendo vendido
dois ou três anos
atrás. Nada, porém,
que abale os negócios,
pelo menos por
enquanto.
Por: Solange Galante
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Dos 140 novos helicópteros registrados no ano passado pela Anac, 80 foram da Robinson.
A indústria reconhece: em termos gerais, e
mundialmente, 2013 foi um ano difícil. Mas, na
aviação executiva, o segmento de asas rotativas
enfrenta menos preconceito que o de asas fixas.
Hoje, o helicóptero é visto como ferramenta de
trabalho por excelência, o que viabiliza e otimiza
muitos negócios e, a despeito dos altos e baixos
da economia global, o crescimento do setor decola
na vertical.
No Brasil, a frota continua aumentando ano
a ano – em março passado a quantidade de helicópteros civis registrados pela Agência Nacional
de Aviação Civil superou 1.560 aeronaves. É uma
frota que se altera diariamente quanto a cancelamentos, novos registros, reservas de marcas, etc.,
mas, passando a régua, foram mais de 150 novos
helicópteros registrados em relação a março de
2013. No entanto, não há em 2014 tanto otimismo quanto há dois anos.
Gualter Pizzi, da Gualter Helicópteros, avalia
que o mercado atual de aeronaves de asas rotativas
no Brasil está desacelerado e as vendas começaram
a cair já no segundo semestre do ano passado,
em parte pela alta do dólar e pela insegurança do
empresário em investir nesse momento de definição
da política e da economia brasileiras. E quanto à
composição da frota? “Acredito que o Robinson
ainda continua sendo o helicóptero mais vendido
devido ao seu custo-benefício, principalmente o
R66, a turbina.” E ele está certo. Hoje, a maior frota
é justamente de helicópteros da Robinson – que
vê crescer a quantidade de R66 em território brasileiro. Dos 140 novos helicópteros registrados no
ano passado pela Anac, 80 foram dessa fabricante
norte-americana, sendo 28 a pistão (R22 e R44) e
52 do modelo a turbina R66. “Foi um ano excepcional, tanto para a Robinson Helicopter Company
quanto para a Audi Helicópteros”, afirma Apostole
Lack Chryssafidis, diretor comercial da Audi, uma
das principais representantes da Robinson no Brasil.
“Sem dúvida alguma as aeronaves da Robinson são
e sempre serão abridoras de mercado e ficamos
felizes em poder constatar que possuímos clientes
em todos os Estados brasileiros.” Os modelos mais
vendidos atualmente são o R66 Turbine e o R44
Raven II, sem contar o R22, ainda hoje o helicóptero mais utilizado nas escolas de treinamento. “O
R66 Turbine é um tremendo sucesso de vendas em
todo o mundo, tendo sido vendidas mais de 500
unidades, sendo mais de 110 no Brasil.”
Também entraram nos registros da Anac em
2013 34 aeronaves da Airbus Helicopters (antiga
Eurocopter) e subsidiárias, das quais 22 da brasileira
Helibras. A terceira indústria mais presente entre os
novos registros foi a ítalo-britânica AgustaWestland,
com 14 aeronaves, seguida pelas norte-americanas
Sikorsky (seis) e Bell (cinco unidades). Completa a
soma uma aeronave russa Mi-171A1, que é utilizada na indústria onshore na Amazônia. A maior frota
de aeronaves a turbina, conforme o Registro Aeronáutico Brasileiro, e desconsiderando aeronaves
com registro suspenso ou cancelado, também é da
Airbus Helicopters/Helibras. A terceira maior frota é
da Bell, com pouco mais de 200 unidades no Brasil
em março passado, seguida pela AgustaWestland
(cerca de 180) e Sikorsky (aproximadamente 130).
Outro helicóptero que vendeu bem dentro do
seu segmento, segundo Gualter Pizzi, foi o Bell
429. Esse modelo da Bell Helicopter foi o mais
vendido no mercado brasileiro no último ano,
como confirma Rafael Mugnaini, diretor de Helicópteros e Operações da TAM Aviação Executiva,
representante Bell no Brasil. “O ano foi bom em
vendas e demonstrou sinais de recuperação das
recentes crises e incertezas econômicas”, informa
o diretor da TAM AE. “O 429 foi o biturbina leve
mais vendido no ano de 2013 e isso já está se
repetindo em 2014 também.” A Bell e a TAM
Aviação Executiva promoveram juntas em abril
e maio o primeiro demo tour no Brasil do novo
Bell 429WLG, a versão com trem retrátil. Rafael
ficou impressionado como o modelo tem recebido
elogios dos mais de 70 clientes que já realizaram
voos de demonstração. “Impressionam as características únicas do helicóptero, especialmente
performance, conforto e despachabilidade. Sem
dúvida, a relação custo-benefício é imbatível.” O
Bell 429 também incorporou o painel touchscreen
de série, com interface para áudio, transponder,
navegação, GPS e piloto automático.
O Bell 429 foi o modelo mais vendido no mercado brasileiro pela fabricante norte-americana.
Segundo a Anac, a terceira maior frota de helicópteros no Brasil é da Bell.
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mas aguardaremos o resultado das eleições e as
novas medidas econômicas a serem implantadas
pela nova gestão para ter um melhor panorama
sobre o futuro”.
Mas a grande novidade deste ano partiu também da Bell, o novo Bell 505 Jet Ranger X, helicóptero que foi apresentado formalmente na Heli-Expo
2014 (HAI), em fevereiro passado. “A Bell inovou
no seu projeto, apresentando uma aeronave totalmente remodelada, sem coluna interna na cabine,
com um motor Turbomeca Arrius 2R com Fadec,
painel moderno equipado com Garmin 1000, realmente foi a grande novidade”, informa Gualter
Pizzi. “Mais de 200 unidades já foram vendidas,
com mais de 10% deste número para o Brasil”,
complementa – e comemora – Rafael, da TAM AE.
Os novos modelos da Bell foram feitos pensando na demanda dos clientes em todo o mundo,
inclusive no Brasil. “No caso do Bell 505, a TAM
AE participou do comitê de desenvolvimento da
aeronave apresentando sugestões em toda a fase
de projetos da mesma. Ela foi lançada com um
valor extremamente competitivo e adequado à
expectativa do público nacional – aproximadamente
35% da frota corporativa brasileira é composta por
aeronaves desta categoria”, diz Rafael.
A Robinson não fica atrás em novidades. “As
principais mudanças para 2014 são o novo desenho
do painel de instrumentos e a incorporação de novos aviônicos tipo glass cockpit”, explica Apostole
Lack. “Uma outra grande oportunidade que vamos
oferecer ao mercado é o nosso R66 Turbine versão
Police, uma solução bastante eficiente e econômica
para o patrulhamento aéreo dos grandes centros
urbanos. Ele já vem com uma câmera giroestabilizada, sistema de infravermelho com zoom contínuo
10X, monitor LCD de 10,4 polegadas, farol de
busca Spectrolab, alto-falante externo com sirene
e outros equipamentos.”
Saindo dos fabricantes norte-americanos e visitando uma fabricante europeia, a AgustaWestland
contabilizou quase 20 helicópteros entre vendidos
A novidade da Bell é o 505 Jet Ranger X.
Offshore
A AgustaWestland já vendeu mais de 100 unidades do AW169
em todo o mundo.
e entregues no Brasil em 2013. O GrandNew continua sendo o modelo mais vendido no mercado
corporativo, o AW139, no mercado offshore e o
Koala, no segmento parapúblico, como informa
Daniel Cagnacci, diretor de Marketing da empresa
no Brasil. Pelas contas da AW, são pouco mais de
200 helicópteros no País hoje. “Se considerarmos
que em 2004 a nossa frota era de apenas cerca
de 40 helicópteros, temos apresentado um crescimento em torno de 25% ao ano, o que é bastante
significativo para nós e o mercado.”
Por sua vez, François Arnaud, vice-presidente
comercial e de Marketing da Helibras, subsidiária
da também europeia Airbus Helicopters, comenta:
“Sabemos que o mercado de aviação tem enfrentado alguns desafios em virtude da desaceleração
da economia, consequentemente, resultando na
redução dos investimentos tanto por parte das
empresas que se tornam mais conservadoras, como
pelos órgãos governamentais, que vivem ainda um
ano de incertezas por conta das eleições gerais.
Considerando as perspectivas atuais e futuras, podemos dizer que o resultado do primeiro trimestre
de 2014 mantém o mesmo nível que 2013, ano em
que entregamos 30 aeronaves novas no mercado,
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Após uma grande expectativa quanto ao présal e entusiasmo das companhias que operam no
offshore brasileiro, hoje o mercado está menos
aquecido. As empresas estão revendo planos de
frota ou mesmo deixando de operar. Este foi o
caso da Sênior. Pertencente ao Grupo Synergy, que
hoje resolveu focar quase que exclusivamente no
mercado de aviação comercial (carga e passageiros)
por meio da Avianca Colômbia e da Avianca Brasil, a
Sênior deixou o mercado de óleo e gás, repassando
a outra companhia aeronaves e rotas e demitindo
quase todo o seu quadro de funcionários. O futuro
da empresa permanece indefinido.
Para a Helivia Aerotáxi, embora haja uma
desaceleração em relação à enorme expansão
que havia sido proposta para a indústria offshore
no Brasil, principalmente para atender à demanda
da Petrobras, a revisão de sua própria expansão
de frota ainda permite uma oportunidade de negócios muito viável para a Helivia e o Greenwich
AeroGroup, ao qual pertence. “Em geral, as operações diárias dos helicópteros na atividade offshore
tendem a ser muito resistentes às flutuações que
afetam outras indústrias”, informa John Fenton,
presidente da Helivia. A empresa está baseada em
Macaé (RJ), atendendo às empresas BG, Ensco e
Technip, além da Petrobras. Em meados de 2013
a Helivia concluiu sua reestruturação, que incluiu
o recrutamento de líderes da indústria para a sua
equipe de gestão, a aquisição de novas aeronaves
de tecnologia de ponta e desenvolvimento de
sistemas de gestão de segurança aprovados por
grandes companhias de petróleo no Brasil, como
a Petrobras, Ensco e outras. A Helivia se mantém
concentrada para atender às demandas da Petrobras nos próximos cinco anos, bem como das
outras empresas de petróleo e gás internacionais
operando no Brasil. A frota atual da Helivia é composta por três helicópteros Sikorsky S76C+: dois
Com a nova família AW, a empresa cresce no offshore brasileiro. A
foto mostra o modelo AW189.
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o hangar irá garantir serviços de qualidade ainda
mais elevada e aumento da eficiência operacional
para os clientes da BHS, além de ser um espaço mais
confortável e produtivo para os colaboradores que
atuam no Brasil. Os clientes, segundo ele, experimentarão uma maior disponibilidade e flexibilidade
de voos, pois as novas instalações acomodarão
aeronaves mais avançadas, pessoas qualificadas e
tecnologia de ponta.
A Omni Táxi Aéreo é uma empresa de aviação
que oferece soluções de transporte offshore e
onshore em todo o território brasileiro, realizando
a movimentação de passageiros, de cargas e também serviços aeromédicos. A companhia integra
o grupo português Omni Helicopters International
(OHI) e acredita que o mercado tem possibilidades
de expansão. Segunda maior operadora de voos
offshore do País, tem como principais clientes
empresas de exploração e produção de petróleo
e gás, seus prestadores de serviços e empresas
de sísmica offshore, como Petrobras, Total E&P,
Repsol, Anadarko, Queiroz Galvão E&P, CGG,
Western, Geco, Odebrecht e Modec, entre outras.
“Consideramos o desempenho da empresa muito
bom no último ano, tendo nosso lucro operacional
mais que dobrado com relação ao ano anterior”,
informa o comandante Roberto Coimbra, diretor
da Omni Táxi Aéreo. “Em quatro anos crescemos
10,8% em número de horas de voo e 7,1% em
número médio de aeronaves. Em 2014 nossa frota
terá um considerável aumento de disponibilidade,
que reflete a excelência dos nossos serviços. No
último mês de maio concluímos a aquisição de
oito aeronaves antes operadas pela empresa Sênior Táxi Aéreo, sendo quatro AW139 e quatro
S76C+. Com este incremento reduzimos ainda
mais o espaço entre a Omni e a empresa líder
de mercado.” A Omni possui uma frota de 53
helicópteros, composta por dois EC225, cinco
S-92A, dois S-61, 14 AW139, cinco EC155, dois
AS365N3, 14 S-76, seis EC135P2+ e três BO105.
Atualmente, a Omni opera a partir de nove bases
espalhadas por todo o País – Jacarepaguá, Macaé,
Vitória, Salvador, Aracaju, Guamaré, Paracuru,
A Omni é a segunda maior operadora de voos offshore do País.
possuem unicamente uma configuração utilitário/
offshore e o outro configuração híbrida offshore/
VIP. A Helivia está em fase final de conclusão de
seu plano de renovação da frota com os maiores
fabricantes e importantes empresas internacionais
de leasing para garantir que esteja totalmente preparada para atender às demandas de crescimento
do mercado offshore brasileiro.
Outra operadora offshore, a Brazilian Helicopter Services (BHS), subsidiária brasileira da CHC
Helicopter, líder global em serviços de helicópteros,
e da empresa operadora do CHC Group, crê que as
demandas dos serviços que presta, seus processos
de segurança tecnologicamente avançados e sua
frota devem continuar aumentando à medida que
a exploração e as novas descobertas do mercado
A Helivia está em fase final de conclusão de seu plano de renovação da frota.
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de óleo e gás crescerem, especialmente com a
demanda para atendimento após as descobertas
do pré-sal. “Temos a força de nosso parceiro estratégico, a CHC Helicopter, e a experiência de mais
de 18 anos no mercado offshore brasileiro”, diz
Ricardo Maltez, gerente geral de Operações da BHS. O ano de 2013 foi um ano de transformação
e de contínua busca pela eficiência operacional da
empresa, que cresceu muito nos últimos três anos,
tendo hoje mais de 720 colaboradores na operação
brasileira, e os contratos e frota também cresceram
consideravelmente durante este período. “Isso
requer que continuemos com muito treinamento,
padronização e disciplina operacional. Estamos
otimistas em relação às perspectivas para o crescimento da indústria no Brasil e a capacidade da BHS
de melhor entender e atender às necessidades dos
nossos clientes.” Além da Petrobras, opera helicópteros para a HRT e efetua voos de fretamento para
outros clientes. Nos últimos anos, a BHS apoiou
diversas empresas internacionais de petróleo em
solo brasileiro, como a britânica BP, Saipem, Brasdrill, Modec e Dolphin Geophical.
A BHS atua em três grandes bases: Macaé,
Cabo Frio e Farol de São Tomé, todas elas localizadas no Estado do Rio de Janeiro. Atualmente, a
empresa opera com quase 40 aeronaves no Brasil,
mais de 30 delas helicópteros de grande ​​e médio
porte, que são fundamentais para o fornecimento
de transporte offshore para a indústria de óleo e
gás. A empresa atua primordialmente no segmento
offshore, mas possui capacidades para atuar no
segmento aeromédico e de busca e salvamento,
assim como voos de fretamento. No último dia 27 de maio a BHS realizou o
evento de inauguração do novo hangar de Cabo
Frio. O novo hangar é um marco no mercado
offshore, com uma infraestrutura adequada para
cumprir sempre os padrões de segurança, como
informa a empresa. De acordo com Ricardo Maltez,
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Oiapoque e Porto Urucu – e com escritório central
localizado no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de
Janeiro, sendo a companhia de táxi aéreo com
maior abrangência territorial, o que possibilita
atender a uma grande gama de clientes. Além
da Petrobras, atende a empresas como Total
E&P, Andarko, Queiroz Galvão E&P, PGS, CGG,
Western Geco, Odebrecht Óleo e Gás, Modec
e Seadrill, entre outras. “Nossa expectativa é de
que as novas rodadas de licitações previstas pela
ANP nos forneçam inúmeras oportunidades de
novos negócios.”
Fabricante importante na frota offshore brasileira, a Sikorsky, por meio de sua representante, a
Powerpack, avalia que 2013 foi um bom ano para
a empresa, tendo introduzido o S-76D no mercado
mundial e especificamente no Brasil foram entregues sete aeronaves, todas S-92, para o segmento
offshore. A frota Sikorsky no Brasil é composta
de 114 S-76, 23 S-92, oito S-61N – quase todos
na indústria do petróleo e gás –, acrescidos de
20 Black Hawk e quatro Seahawk na área militar.
“O mercado já está interessado no S-76D, tem
percebido o modelo como a progressão natural
da linha 76, e acreditamos vê-los em operação
no Brasil já a partir do final de 2015 ou início de
2016”, informa Luísa de Souza Dantas, gerente
de Comunicação da Powerpack.
No entanto, a maior empresa operadora nesse
segmento, a Líder Aviação, até agora não investiu
em helicópteros S-76D. Por outro lado, ainda em
2014, a Líder receberá mais dois S-92, frutos de
um investimento de 60 milhões de dólares, e que
deverão entrar em operação no segundo semestre.
A empresa já possui dez aeronaves desse modelo
de grande porte e alcance, além de 46 unidades
de modelos diversos do S-76. A Líder, baseada em
Belo Horizonte (MG), acredita na expectativa de
aumento de demanda em função, principalmente,
dos projetos da Petrobras que dizem respeito ao
pré-sal. Os helicópteros da Unidade de Operações
de Helicópteros operam nas bases do Rio de Janeiro, Macaé, Campos do Goytacazes, Navegantes, Vitória e Porto Urucu. Em junho, a empresa
A maior empresa
operadora
no segmento
offshore
brasileiro é a
Líder Aviação.
A Líder investe
em treinamento,
já operando um
simulador de S-76
no Brasil.
colocará em operação um hangar em Itanhaém.
A Líder possui ainda oito helicópteros Bell
de modelo antigo (212 e 412). Por muitos anos
a fabricante norte-americana ficou praticamente
fora desse segmento, mas, agora, já volta a focar
nesse mercado. Por exemplo, em relação ao novo
supermédio Bell 525 Relentless, segundo Rafael,
da TAM AE, as empresas operadoras de táxi aéreo
offshore em apoio ao mercado de óleo e gás estão
acompanhando de perto todo o desenvolvimento
do projeto, pois a nova aeronave terá performance
compatível com as missões para as plataformas
do pré-sal. O primeiro voo do Relentless deverá
ocorrer ainda este ano.
A situação é diferente para a AgustaWestland, que, após já ter sido muito bem aceita nesse
mercado com o AW139, observa que a expectativa é grande em relação também aos dois novos
integrantes da família, os AW169 e AW189. “Já
temos várias posições vendidas do AW169 para o
mercado brasileiro e quase 100 no total”, informa
Daniel Cagnacci. “A certificação do AW189 em
fevereiro deste ano com um total aproximado de
uma centena de unidades vendidas permitiu a
inclusão deste modelo nos planos da Petrobras
para 2014. Portanto, o interesse tem se mostrado
positivo para ambos. Em fevereiro de 2014 tivemos a certificação do AW189 e, durante a HAI,
anunciamos um novo helicóptero que é o AW109
Trekker. A certificação do AW169 está prevista
para o final de 2014.” Aliás, durante o evento,
o Grupo Omni Helicopters International fechou
contrato com a AgustaWestland para a compra
de nove helicópteros para atuarem na subsidiária
brasileira Omni. Serão quatro bimotores AW139
e cinco AW189. O contrato finaliza o acordo que
incluía uma solicitação total de 13 AW139 e introduz o AW189 no País. A entrega das aeronaves
está prevista para ocorrer sequencialmente a partir
do fim de 2015. Além da compra, foi assinado
um contrato de treinamento e plano de serviços
para a atual frota operacional de AW139 da Omni
brasileira pelos próximos anos. A negociação total
está avaliada em aproximadamente 125 milhões
de euros.
subriA ad é síaP od anibrut a soretpócileh ed atorf roiam A
.retpocoruE omoc adicehnoc setna ,sretpocileH
subriA ad é síaP od anibrut a soretpócileh ed atorf roiam A
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Mudança de marca O ano de 2014 mal tinha começado e o segmento de aeronaves de asas rotativas em todo o
mundo soube da novidade: a Eurocopter havia
deixado de existir. Ou melhor, apenas o nome
Eurocopter. A partir de janeiro deste ano o grupo
passou a se chamar Airbus Helicopters. A mudança marca uma nova era na história da empresa,
que se une à Airbus e à Airbus Defence & Space
para formar o novo Airbus Group. A nominação
e designação de produtos da Airbus Helicopters –
inclusive de suas subsidiárias, como a Helibras, no
Brasil – permanecem inalteradas no novo branding.
A Helibras, única fabricante brasileira de
helicópteros, completou, em 2014, 36 anos de
atividades. Desde a sua fundação, em 1978, a
A maior frota de helicópteros a turbina do País é da Airbus Helicopters, antes conhecida como Eurocopter.
empresa já entregou mais de 750 helicópteros no
Brasil, sendo 70% do modelo Esquilo, fabricado em
Itajubá. Em 2012, começou a produzir o modelo
EC725 (militar), tendo construído uma nova linha
de montagem e ampliado todas as suas instalações
para esse novo programa. O primeiro helicóptero
EC725 (H-36 FAB 8510) da Força Aérea Brasileira
completou mil horas de voo em janeiro passado,
tendo já realizado importantes missões na região
norte do País, como buscas, resgates e transporte
médico de urgência. Em meados do mês de abril
passado, a Helibras entregou dois novos EC725,
totalizando 11 unidades em operação nas Forças
Armadas. Os dois helicópteros destinados à FAB e
ao Exército passaram por toda a linha de montagem
no Brasil – as três primeiras aeronaves do lote de 50
haviam sido apenas montadas no Brasil, enquanto a
fábrica ainda estava sendo implantada em Itajubá.
Com essa entrega, a Helibras prossegue cumprindo
os prazos e critérios de nacionalização estipulados
pelo contrato assinado entre a empresa e o Ministério da Defesa, em 2008, que estabelecia o fornecimento de 50 aeronaves desse modelo para as
Forças Armadas brasileiras, beneficiando também
a linha de produção do modelo civil EC225.
Desde a sua fundação, em 1978, a Helibras já entregou mais de 750 helicópteros no Brasil.
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hora do empresário adquirir uma nova aeronave
–, pretende ser ainda mais atuante do que já era,
especialmente quanto à segurança de voo e treinamento para que os pilotos se adaptem às novas
tecnologias embarcadas. “Nós, como Abraphe,
temos foco em criar agora algumas certificações
e módulos de aperfeiçoamento para aqueles
pilotos que estão entrando no mercado. Vamos
aproximá-los da realidade de procedimentos por
instrumentos e visuais especiais que existem em
São Paulo, temos um grupo de trabalho focado
nisso para criar workshops não só voltados para
segurança mas também para a padronização de
procedimentos e melhorar o nível dos profissionais
que voam em São Paulo”, diz o comandante Jorge
Faria, presidente da Associação.
Segurança de voo e treinamentos simulados andam de mãos dadas.
A Líder conta com uma grande infraestrutura, que permite à empresa fornecer uma ampla gama de serviços especializados.
Segurança de voo e treinamento
Ainda falando em Airbus Helicopters, a
Agência Europeia para a Segurança da Aviação (Easa) certificou o novo design do eixo de
engrenagem do helicóptero EC225, permitindo
assim a produção em série da peça para todas as
aeronaves de asas rotativas deste modelo que já
estejam em operação no mundo, bem como para
as novas unidades que estão sendo produzidas.
Uma excelente notícia também para os clientes
da Helibras, que produz o modelo nas versões
O Sikorsky S-76, nas diversas versões, é numeroso na frota servindo
a indústria de óleo & gás.
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civil (EC225) e militar (EC725) em Itajubá. Após
essa certificação, haverá a validação de outras
autoridades internacionais de aeronavegabilidade
ao longo dos próximos meses. A fabricação do
eixo de engrenagem redesenhado já está em
andamento. “A Airbus Helicopters tratou como
alta prioridade o desenvolvimento deste novo
eixo para o EC225 e a certificação da Easa é um
marco importante para que nossos clientes voem
com uma solução final”, disse Jean-Brice Dumont,
vice-presidente executivo da Engenharia da Airbus
Helicopters. O novo projeto elimina todos os três
fatores que, em conjunto, causaram inesperadas
panes do EC225, dois pousos de emergência
no Mar do Norte em 2012, e a suspensão das
operações de parte da frota destas aeronaves por
precaução e prevenção.
O aprimoramento da família não se restringiu
a isso. A prova é o lançamento do EC225e, nova
versão que garante ao helicóptero melhor desempenho e alcance, aviônica avançada e maior
conforto na cabine. Detalhes sobre o EC225e
foram apresentados na Heli-Expo 2014. O modelo
passa a oferecer maior carga útil, um tanque de
combustível adicional para voos de alcance muito
longo, novo leiaute de cabine para melhorar o
conforto dos passageiros e novos aviônicos que
aumentam significativamente a consciência situacional dos pilotos, reduzindo a carga de trabalho.
A certificação do EC225e está prevista para o final
de 2015 e as primeiras entregas acontecerão em
meados de 2016.
A cidade de São Paulo possui hoje a maior
frota urbana de helicópteros do mundo e ela vem
se modernizando. Com nova diretoria, a Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero (Abraphe),
entidade que reúne cerca de 2.556 associados,
entre quase 3.500 registrados pela Anac – um
universo de profissionais que decide muito na
Segurança de voo e treinamentos simulados
andam de mãos dadas. A novidade nesses segmentos é a operação do primeiro simulador FTD
nível 7 de helicópteros Esquilo da CAE, instalado
na unidade Sacomã da empresa. Focando na
demanda das forças públicas, forças militares
e aviação geral, onde o modelo da Airbus Helicopters/Helibras é muito utilizado, o simulador
atende aos requisitos dos modelos BA, B1 e B2
do AS350 para, inicialmente, treinamentos de
emergência. Já este mês, na mesma unidade
da CAE Simuflite, será iniciada a montagem do
primeiro simulador de Sikorsky S-92 (categoria
FFS nível D), com previsão de certificação na
última semana de agosto. Ele irá se somar ao
simulador de Sikorsky S-76 já em operação conjunta da CAE com a Líder Aviação, que também
é um FFS. Os simuladores vêm ao encontro da
obrigatoriedade de treinamento simulado, dentro do RBHC 61, exigência da Anac que deverá
entrar em vigor ainda em junho e abrangerá
cerca de 90% dos operadores da aviação geral.
As informações são de Marcos Alencar, gerente
geral da CAE. Por sua vez, a Líder Aviação está
muito satisfeita com o simulador de S-76 operado com a parceria com a CAE, tanto que está
investindo na vinda do simulador de S-92, que
entrará em operação no segundo semestre. “O
simulador de S-76, desde que foi inaugurado,
tem realizado cerca de 500 horas de operações
por mês, principalmente em treinamentos da
tripulação Líder. Contar com o simulador no
Brasil ajuda a Líder a melhorar ainda mais seus
padrões de segurança, pois facilita a realização
dos treinamentos, já que os pilotos não precisam
mais viajar ao exterior”, a empresa informa por
meio de sua assessoria de imprensa.
Os simuladores vêm ao encontro da obrigatoriedade de treinamento dentro do RBHC 61. A CAE inaugurou este simulador de Esquilo
recentemente na capital paulista.
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Suporte ao cliente
Além das operações offshore e treinamento,
a Líder conta com uma grande infraestrutura, que
permite à empresa fornecer uma ampla gama de
serviços especializados de manutenção e reparação
de aeronaves, inclusive de helicópteros. A empresa é
centro de serviço autorizado da Bell e Agusta, além
de atender à Helibras/Airbus Helicopters e Sikorsky.
Atendendo também com fretamento de aeronaves
e manutenção, a Líder ainda conta com o maior
centro de serviços de reparo de pás de helicóptero
no mundo, por meio da CT Brasil, uma joint venture
entre a empresa e a Composite Technology Inc.
Também a Helibras está investindo alto na área
de suporte e serviços e conta com o centro de suporte ao cliente localizado em Atibaia. Inaugurado
em agosto de 2013, este centro recebe e gerencia
todas as solicitações dos clientes relacionadas à
manutenção, reparo, fornecimento de peças, garantia e assistência técnica, de todos os operadores
de helicópteros Helibras/Airbus Helicopters no País.
O local ainda abriga o centro de logística de toda
a empresa, administrando o estoque de peças, de
ferramentas e de materiais utilizados nas oficinas
e pelos técnicos que trabalham diretamente nas
bases dos operadores. Outras fabricantes também
investem alto em instalações no Brasil, como a
AgustaWestland, que, durante a Labace 2013,
anunciou a construção de um novo centro de
serviços, que se encontra em fase de definição de
projeto para ter iniciadas as obras. Por sua vez, a
Bell pretende inaugurar um depósito alfandegário
no Brasil para aumentar a disponibilidade de peças
de reposição e a Sikorsky está estabelecendo a
Sikorsky do Brasil, com a expansão da capacidade
de reparo e revisão de componentes no País e o
aumento do estoque de peças para os mercados
civil e militar no Depósito Especial, localizado no
Rio de Janeiro e já em funcionamento.
mos cinco anos. Em termos de investimentos em
pesquisas, em 2013 investimos quase 15% do
nosso faturamento e a nossa meta para o futuro
é de continuar com o mesmo ritmo”, informa
Daniel Cagnacci.
A meta da Helibras é manter o nível de vendas
e entregas dos últimos anos, contando com a necessidade crescente do uso do helicóptero no mercado
civil, uma vez que se locomover nas grandes cidades
tem se tornado cada vez mais um desafio. “Em
relação ao mercado governamental, o emprego do
helicóptero para diversas missões de resgate e policiais é imprescindível em um país tão extenso e cada
vez mais populoso como o Brasil e esperamos novas
aquisições para o futuro”, informa François Arnaud.
Além da atuação no mercado Oil & Gas, a Helibras vai
também dar continuidade ao seu apoio total às Forças
Armadas com grandes contratos de modernização
e inspeções para manter a disponibilidade máxima
da frota, bem como vai continuar a promover as
novidades e inovações das aeronaves da linha Airbus
Helicopters/Helibras para os diversos segmentos de
mercado nos próximos anos, “além dos diferenciais
que já temos, como a facilidade para aquisição do
helicóptero, no caso do AS350 Esquilo, financiado
pelo BNDES por ser produzido no Brasil”. Tudo isso
porque voar, com ou sem crise, é preciso.
Em breve, um simulador do Sikorsky S-92 estará em funcionamento
também na CAE em São Paulo.
Mercado no segundo semestre
Gualter Pizzi acredita que o mercado de
asas rotativas este ano não vai ser dos melhores.
“Acredito que os empresários estão aguardando a
definição econômica e política do País. Mas, ainda
assim, as vendas vão acontecer, embora não na
quantidade que vinham sendo feitas.” Ele também
crê que é o segmento executivo que mais venderá
neste ano. “Não será um ano de grandes vendas,
comparado com os anos de 2011 e 2012, mas
em meus 27 anos de aviação sei que o mercado
é de altos e baixos e já tivemos anos bem piores
do que este, se é que serve de consolo.”
A Sikorsky, sempre focando no mercado civil
mais o offshore, acredita ver aeronaves S-76D em
operação no Brasil já a partir do final de 2015/início
de 2016. Por enquanto, as metas da Powerpack
são a entrega de unidades adicionais do S-92 e
do militar Black Hawk para o Brasil.
A AgustaWestland também manterá seu ritmo
de produção e investimentos. “Continuamos sendo
a líder na indústria em termos de avanço tecnológico e inovação. Isso se deve ao fato de sermos o
único fabricante que foi capaz de desenvolver e/
ou certificar seis produtos novos durante os últi68
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menos vendas, mas há novidades no horizonte