ICEB
Informativo
Órgão Informativo do Instituto de Ciências Exatas e Biológicas – Universidade Federal de Ouro Preto – Ano 2 – Número 4 – 4° trimestre de 2010
Instituto de Ciências Exatas e Biológicas
comemora aniversário com homenagens
N
o âmbito das comemorações do 28º aniversário do Instituto de Ciências Exatas e Biológicas, o Prof. Antônio
Fagundes de Souza, ex-reitor respon-
Licenciatura em Química
da UFOP lança novas
ações e influencia na
formação de
professores
sável pela criação do Instituto, recebeu
do Conselho Universitário da Universidade Federal de Ouro Preto o título de
Doutor Honoris Causa.
Leia mais na página 6.
O curso de licenciatura em Química da
Universidade Federal de Ouro Preto busca colaborar para a qualidade dos ensinos fundamental
e médio. O principal objetivo é formar profissionais para atenuar a demanda de professores
da educação básica. Leia mais na página 9.
Água do ICEB
está dentro
dos parâmetros
de potabilidade
Os resultados encontrados até agora
mostram que a água está de acordo com a
Portaria 518 do Ministério da Saúde e com a
Resolução Conama 357. Qualidade microbiológica e química da água consumida pelos
alunos, técnicos-administrativos e professores é verificada pelo próprio Instituto.
Leia mais na página 11.
Projeto do Departamento de Computação propõe
monitoramento e otimização do trânsito nas grandes cidades
Campus da UFOP será usado como campo de teste do projeto Olhos da Cidade, rece-
bendo um conjunto de câmeras que serão instaladas em breve. Leia mais na página 8.
02
Informativo do ICEB – 4° Trimestre de 2010
Editorial
Um ano de Informativo ICEB
E
sta edição corresponde ao quarto número do Informativo do ICEB criado há exatamente um ano. Neste primeiro ano, o Informativo mostrou-se um veículo importante
para divulgação das realizações do Instituto nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, assim como um instrumento útil para o resgate e valorização da história do Instituto, que tem raízes profundas nas centenárias Escolas de Farmácia e de Minas.
Neste número, são apresentadas matérias sobre atividades do
Instituto nas áreas de Ensino de Física (Defis) e de Ensino de Química
(Dequi); pesquisas nas áreas de Saneamento Ambiental e Habitação
(Dequi); Controle de Tráfego Urbano (Decom) e novas possibilidades
de tratamento para Doença de Chagas (Decbi). Há informações sobre o Programa de pós-graduação em Ecologia de Biomas Tropicais
(Debio), sobre a criação do Setor de Química no Museu de Ciência e
Técnica (Dequi) e um relato sobre a X Semana de Matemática e II Semana de Estatística (Demat), que se consolida como importante
evento regional.
Há uma matéria de interesse comunitário sobre o monitoramento da qualidade da água que abastece o ICEB e outros setores da
UFOP e, finalmente, é apresentada uma matéria sobre a comemoração do vigésimo oitavo aniversário do Instituto.
Ao findar o ano de 2010, agradecemos a toda a comunidade –
professores, funcionários e estudantes – pela dedicação e contribuição ao desenvolvimento do Instituto e desejamos a todos Boas Festas
e Feliz Ano Novo.
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Informativo do ICEB – 4° Trimestre de 2010
O Laboratório de Doença de Chagas estuda novas
possibilidades de tratamento
Com o objetivo de identificar novas possibilidades de tratamento para a doença de
Chagas causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, o Laboratório de Doença de Chagas da Universidade Federal de Ouro Preto
implementou, como linha de pesquisa, a quimioterapia experimental, utilizando o camundongo e o cão como modelos de estudo.
A doença de Chagas afeta milhões de indivíduos que vivem em condições precárias
nos países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos. Por não se tratar de um problema de alcance universal e não ser rentável para a indústria farmacêutica, a doença sofre de
negligenciamento terapêutico. Diante dessa
realidade, a saída estratégica para o desenvolvimento de novos fármacos é a criação de
parcerias entre instituições públicas e privadas, como ocorre com a DNDi (Drugs for
Neglected Disease Iniciative, em português
"Iniciativa de Medicamentos para Doenças
Negligenciadas"), inicialmente idealizada pela ONG Médicos Sem Fronteira.
Fora das metas dos programas de pesquisa e desenvolvimento das indústrias farmacêuticas, as doenças negligenciadas estão,
portanto, fora do mercado. É evidente a necessidade do desígnio e da síntese de novas
drogas, assim como a identificação de novos
alvos terapêuticos e estratégias para o tratamento dessas doenças. Além disso, de acordo com a professora do departamento de
Ciências Biológicas (DECBI) e coordenadora
do projeto, Maria Terezinha Bahia, a garantia
do desenvolvimento, a disponibilidade e a
acessibilidade de medicamentos essenciais
para o tratamento das doenças negligenciadas requer uma reorientação das prioridades
políticas para o desenvolvimento de novos
fármacos. Como a disponibilidade desses novos fármacos ainda é reduzida, abre-se um
campo de estudo voltado para a avaliação de
drogas já existentes no mercado e suas possíveis combinações farmacológicas, objetivando a melhoria da atividade e a redução da toxicidade e de efeitos colaterais.
A linha de pesquisa dos professores Maria Terezinha Bahia e André Talvani baseia-se
em buscar um medicamento eficaz, que possa substituir o Benznidazol, único medicamento disponível atualmente para o tratamento da doença de Chagas, e avaliar o efeito sinérgico da combinação de fármacos atualmente disponíveis no mercado. São exemplos os inibidores da biossíntese de esteróis e
da via de salvação de purinas com
Benznidazol e Nifurtimox no tratamento da
doença de Chagas experimental.
Foi demonstrado pelos pesquisadores
do laboratório que os compostos Albaconazol e Ravuconazol são eficazes em induzir cura parasitológica ou uma significativa redução
das lesões teciduais em animais infectados pelo T. cruzi. O Ravuconazol será avaliado para
o tratamento específico da doença de Chagas humana, como anunciado em um acordo
firmado pela Eisai Company e a DNDi.
Outro viés da pesquisa diz respeito à
avaliação de terapia de combinação para o
tratamento etiológico da doença de Chagas.
Nesses estudos, é avaliado o efeito conjunto,
resultado da combinação entre medicamentos já produzidos pela indústria farmacêutica, com o objetivo de melhorar o combate à
doença. A terapia de combinação também
busca reduzir as doses das drogas, além dos
custos e do tempo de tratamento dos chagásicos. Inicialmente estão sendo avaliadas as
combinações do Nifurtimox e Benznidazol
(drogas já usadas no tratamento da doença
de Chagas) com os compostos azólicos, como o Itraconazol e o Posaconazole.
Os resultados desses estudos indicam
que a combinação dos derivados azólicos
com o Posaconazole e o Itraconazol com o
Benznidazol é eficaz no tratamento da doença de Chagas experimental, principalmente
se comparada com a monoterapia. Isso só reforça a importância de identificar combinações já comercializadas e que apresentem
efeito sinérgico para o tratamento de doenças negligenciadas.
Além da UFOP e da DNDi, a Fundação
de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais
(FAPEMIG) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq) são parceiras de vários projetos do
Laboratório de Doença de Chagas.
Prof. Dr. Antônio Claret Soares Sabioni
Diretor do ICEB
Profª Drª Maria Célia da Silva Lanna
Vice-Diretora do ICEB
Expediente
Reitor: Prof. Dr. João Luiz Martins
Vice-Reitor: Prof. Dr. Antenor Rodrigues Barbosa Júnior
Diretor do ICEB: Prof. Dr. Antônio Claret Soares Sabioni
Vice-Diretora do ICEB: Profª Drª Maria Célia da Silva Lanna
Departamento de Biodiversidade, Ecologia e Meio Ambiente
Chefe: Profª Drª Eneida Maria Eskinazi Sant’Anna
Telefax: (31) 3559-1747
E-mail: [email protected]
Site: www.debio.ufop.br
Departamento de Ciências Biológicas
Chefe: Prof. Dr. Deoclécio Alves Chianca Júnior
Telefax: (31) 3559-1633
E-mail: [email protected]
Link: www.decbi.ufop.br
Departamento de Computação
Chefe :Lucília Camarão de Figueiredo
Telefax: (31) 3559-1692
E-mail: [email protected]
Link: www.decom.ufop.br
Departamento de Física
Chefe: Prof. Dr. Hélio Fernando Verona de Resende
Telefax: (31) 3559-1667
E-mail: [email protected]
Link: www.defis.ufop.br
Departamento de Matemática
Chefe: Paulo Marcelo Dias de Magalhães
Telefax: (31) 3559-1700
E-mail: [email protected]
Link: www.demat.ufop.br
Departamento de Química
Chefe: Prof. Dr. José Fernando de Paiva
Telefax: (31) 3559-1707
E-mail: [email protected]
Link: www.dequi.ufop.br
Pró-Reitoria Extraordinária de Projetos Especiais (PRPE)
Pró-Reitor: Prof. Dr. Carlos Frederico Marcelo C. Cavalcantti
Assessoria de Comunicação Institucional
Assessor de Comunicação: Rondon Marques
Jornalista Responsável: Christiane Lopes (12822)
Edição e Redação: Christiane Lopes e Gustavo Moreira Alves
Redação: Isabela Azi, Isadora Rabello, Jéssica Michellin, João Felipe
Lolli, Joyce Afonso, Kíria Ribeiro, Marcelo Nahime e Maressa Nunes.
Planejamento Gráfico: Thiago Campos Borges
Diagramação: Pedro Henrique da Costa Maciel
Fotografia: Antônio Laia
Revisão: Rosângela Zanetti, Fátima Lisboa e Milena Galleani
Tiragem: 300 exemplares
Impressão: Gráfica da UFOP
Campo de trabalho do Proantar
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Informativo do ICEB – 4° Trimestre de 2010
UFOP realiza X Semana de Matemática
e II Semana de Estatística
De 3 a 6 de novembro, a Universidade Federal de Ouro Preto realizou a X Semana de Matemática e a II Semana de Estatística. O evento
contou com a participação de outras instituições
de ensino superior e incentivou a qualificação
curricular dos estudantes com palestras, minicursos, seminários, apresentações de trabalho e
oficinas, consolidando a indissociabilidade entre
ensino, pesquisa e extensão. Além disso, houve a
participação de professores e alunos de outras
áreas de conhecimento, como Física e Biologia,
o que confirma a interdisciplinaridade da Sema-
na.
Entre os convidados estavam o professor
da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG), Renato Assunção, que falou sobre a
modelagem da queda da fecundidade, o professor da Universidade Federal Fluminense (UFF),
Abramo Hefez, que falou sobre equações, e o
professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Dani Gamerman, que tratou das
estatísticas nas partidas de futebol, o que aguçou a curiosidade dos participantes do evento.
Para o professor Dani Gamerman, o futebol se constitui como incerteza, e
averiguar o resultado dos jogos e analisar a situação dos times nas partidas são o
grande desafio da Estatística. Segundo ele, “o futebol é um dos esportes mais
incertos e, portanto, nada mais natural do que usar a Estatística para analisar
corretamente os resultados e fazer previsões. Isso acontece por meio de um
modelo estatístico que incorpora as principais características que afetam o resultado
de uma partida de futebol: a força do time e o efeito do fator campo. A adequada
incorporação de todos esses elementos levam a um modelo complexo. Felizmente
os recentes avanços computacionais têm tornado viável a implementação dessa
tecnologia em tempo real, entretanto, isso é difícil de ser manuseado por quem não
é especialista. A alternativa é propor um modelo mais simplista, consequentemente
menos preciso, que leva a resultados às vezes desbalanceados e muito extremos,
como o que vemos frequentemente na imprensa esportiva”.
“A troca de saberes entre professores e pesquisadores e o estreitamento
de relações acadêmicas com outras instituições colocam essa edição do evento
com um passo adiante na história do Departamento de Matemática (Demat)”,
comemora o professor do curso de Matemática e organizador da Semana, Julio
César do Espírito Santo. Para a professora do curso de Estatística e também organizadora da Semana, Thais Rotsen
Encerramento
Correa, “o evento proporcionou aos alunos um primeiro contato direto com a
área de Estatística, de forma a despertar
o interesse deles nas áreas mais específicas, fazendo com que se encontrem no
ramo”.
A participação ativa dos alunos dos
cursos dinamizou o evento. Segundo a
aluna da comissão organizadora da Semana, Alana Cavalcante, do 8° período de
Matemática, “é sempre bom participar
do evento, pois isso enriquece o currículo e dá mais experiência”.
“Tivemos aspectos de grande importância, pelo fato de o evento ter sido
dividido entre pesquisa, ensino e extensão. A Semana reuniu alunos, professores e, ainda, como projeto de extensão,
as escolas públicas”, conclui um dos organizadores da Semana, professor Flávio
dos Reis Moura.
O encerramento da Semana aconteceu com o lançamento do livro A construção dos números. Publicado pelo professor do
Demat, Jamil Ferreira, a obra se enquadra na área de fundamentos da matemática, mais especificamente sobre a
construção matematicamente rigorosa dos vários tipos de números: inteiros, fracionários, reais e complexos. Essas
construções foram realizadas por matemáticos do final do século XIX e começo do século XX, em sua busca pelos
fundamentos do grande volume de informações matemáticas que se deram a partir do advento do cálculo diferencial e
integral de Newton e Leibniz, no século XVII. “O lançamento serviu para esclarecer os objetivos teóricos e didáticos do
livro”, conta o professor.
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Informativo do ICEB – 4° Trimestre de 2010
Departamento de Física
tem novas propostas para 2011
A partir de 2011, a UFOP passa a contar com mais uma habilitação no curso de Física: a licenciatura. Em fase de implantação, o
projeto pedagógico já aprovado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe)
oferecerá 30 vagas distribuídas para os cursos de bacharelado e licenciatura em Física.
Essa nova modalidade de ensino, oferecida
pelo Departamento de Física (Defis), é apontada pelo Ministério da Educação (MEC) como um dos cursos com maior demanda para
formação de professores. Estudos recentes
realizados pelo MEC mostraram um déficit
de cerca de 25 mil professores para atuar no
ensino médio.
Segundo o professor Silmar Antonio
Travain, o bacharelado em Física, por ser direcionado para quem quer seguir a área acadêmica, proporciona poucas opções para o
mercado de trabalho, o que afasta grande
parte dos estudantes preocupados com o futuro profissional. A licenciatura atenuaria esse problema. Além disso, seria uma possibilidade a mais aos estudantes do bacharelado.
O professor ainda conta que o Defis tem como meta oferecer recursos, como bolsas de
iniciação científica para atuar em laboratórios de pesquisa e de ensino, em diversos projetos já aprovados pelos docentes do departamento, visando atender a todos os estudantes de Física.
O ensino de Física nos cursos superiores de Ouro Preto começou há 134 anos,
com a criação da Escola de Minas. O Defis
surgiu um século depois, com a criação do
Instituto de Ciências Exatas e Biológicas
(ICEB), em 1982.
Em 1997, o Defis começou a oferecer a
especialização em Ensino de Física para professores de Física e Ciências. O curso é direcionado para bacharéis em Física e graduados de áreas afins como Matemática, Química e Engenharias. A proposta da
especialização é formar professores para o
ensino médio.
Dois anos mais tarde, em 1999, foi criado o curso de Física Aplicada com ênfase em
Ciências dos Materiais. Já em 2006, com a expansão do departamento e a chegada de novos professores, foi criado o curso de Física
Básica.
Propondo uma maior integração com a
comunidade, o Defis estimula o interesse
dos alunos por meio de projetos e feiras científicas. Criado em 2009, A Física na Escola é
um dos projetos de destaque, que busca dar
suporte aos laboratórios de escolas públicas
e cursos de reciclagem aos seus professores.
Outra proposta em andamento é o Museu Itinerante de Ciências que, utilizando um carro,
leva o conhecimento através de atividades lúdicas, com brinquedos e experimentos produzidos pelos alunos da UFOP. “É preciso levar até as crianças a ciência de uma forma interativa, proporcionando-lhes um despertar
para o conhecimento, desprendendo o vínculo apenas teórico de aulas repetitivas e cansativas”, diz Travain. Ele, ainda, ressalta que
mostrar a ciência de uma forma prática cria
nos alunos o interesse em desenvolver o conteúdo teórico.
Além desses projetos, em 2011, o Defis inicia sua participação no Programa de
Educação Tutorial (PET) com os alunos da
graduação em Física. O PET consiste em desenvolver atividades acadêmicas de qualidade, contribuindo para melhor formação dos
alunos e profissionais envolvidos. O Programa conta com quatro bolsistas que devem
atuar em ensino e pesquisa científica nos laboratórios do Defis.
Atualmente, encontra-se em trâmite
na CAPES a proposta de criação de um curso
de mestrado em Ciências na Área de Física
dos Materiais para atender os bacharéis formados no curso de graduação.
Além dos cursos presenciais, baseado
na experiência de atuação no curso de Licenciatura em Matemática, o Defis estuda a criação de um curso de Licenciatura em Física a
distância, em parceria com o Centro de Educação Aberta e a Distância (Cead).
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Informativo do ICEB – 4° Trimestre de 2010
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Informativo do ICEB – 4° Trimestre de 2010
Instituto de Ciências Exatas e Biológicas: 28 anos
O
Instituto de Ciências
Exatas e Biológicas
(ICEB) da Universidade
Federal de Ouro Preto celebra mais um
ano de existência. Em 2010, o Instituto
comemorou o 28° aniversário com algumas homenagens.
Fundado em 16 de julho de 1982, o
ICEB foi a primeira Unidade Acadêmica
a se instalar completamente no campus
Morro do Cruzeiro. Foi criado com o objetivo de reunir os ciclos básicos dos cursos de Farmácia, Nutrição e das Engenharias. Quando da sua criação, o ICEB
era constituído de quatro departamentos acadêmicos: Departamento de Ciências Biológicas (Decbi), Departamento
de Física (Defis), Departamento de Matemática (Demat) e Departamento de Química (Dequi). Com a ampliação e diversificação das atividades, surgem os departamentos de Computação (Decom),
em 1994, e o de Biodiversidade, Evolução e Meio Ambiente (Debio), em 2009.
É em 1992 que o ICEB cria o seu primeiro curso de graduação: bacharelado em
Ciência da Computação. Em seguida, em
1998, são criados mais dois: licenciatura
e bacharelado em Matemática e licenciatura e bacharelado em Ciências Biológicas. No ano seguinte, começam a ser ministradas aulas de mais dois cursos: bacharelado em Física e bacharelado em
Química Industrial. Com o Programa de
Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), em 2008, são
iniciados os cursos de licenciatura em Química e o bacharelado em Estatística.
Procurando resgatar a sua história,
o ICEB tem aproveitado as comemorações de seu aniversário para honrar pessoas que contribuíram para o que está
sendo herdado hoje. Em 2009, o homenageado foi o professor Jayme Mendes
Pereira Pinto, que coordenou todas as
etapas da construção do Instituto, no início dos anos 80, e que foi seu primeiro diretor.
A homenagem de 2010 foi feita ao
ex-reitor da Universidade, prof. Antônio
Fagundes de Souza, que, por solicitação
do ICEB, recebeu do Conselho Universitário o título de Doutor Honoris Causa.
De acordo com o professor Antônio
Claret Soares Sabioni, atual diretor, a indicação do professor Fagundes pelo Conselho Departamental do ICEB para receber o título de Doutor Honoris Causa deve-se aos relevantes serviços prestados à
educação de Minas Gerais e ao País e, em
particular, por sua contribuição ao desenvolvimento da Universidade como reitor, em cuja gestão foi criado o Instituto.
Em entrevista à TV UFOP, o prof. Fagundes comentou sua trajetória e seus
desafios no período da atuação como reitor. A propósito do título de Doutor Honoris Causa, Fagundes agradece: “Esta homenagem consolida tudo aquilo que a
gente conseguiu”.
O ex-reitor Antônio Fagundes de
Souza é engenheiro agrônomo pela Uni-
versidade Federal de Viçosa, mestre em
Economia Rural e professor titular da
UFV. Reitor da Universidade Federal de
Viçosa em três mandatos: 1974-1978;
1982-1984 e 1988-1992. Foi reitor da
Universidade Federal de Ouro Preto no
período de 1979 a 1982. Na sua gestão,
foram criados o ICHS (1979) e o IFAC
(1981). Criou ainda o Instituto de Ciên-
Ex-reitor Antônio Fagundes de Souza
Prof. Jayme Mendes Pereira Pinto
cias Exatas e Biológicas, o ICEB, em
1982. Foi membro do Conselho Federal
de Educação e Deputado Constituinte
por Minas Gerais (1987-1991), tendo renunciado ao mandato para assumir a Reitoria da UFV em 1988. Atualmente está
aposentado e vive em Belo Horizonte.
No âmbito das comemorações do aniversário do ICEB, foram homenageados
ainda o atual chefe do Departamento de
Matemática (Demat), professor Paulo
Marcelo Dias de Magalhães, pelos 25
anos de dedicação ao Instituto, e o aluno
de Ciência da Computação Antônio Carlos de Nazaré Junior, que recebeu o prêmio Destaque 2009, categoria discente,
pela excelência de suas atividades acadêmicas e científicas.
Antônio Carlos de Nazaré Junior
Prof. Paulo Marcelo Dias de Magalhães
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Informativo do ICEB – 4° Trimestre de 2010
Projeto Olhos da Cidade
propõe monitoramento e otimização
do trânsito através de câmeras de vídeo
O projeto Olhos da Cidade, coordenado pelo doutor em Ciência da Computação,
professor Álvaro Rodrigues Pereira Júnior,
propõe o monitoramento do tráfego nas
grandes cidades e em vias de trânsito específicas, como estradas e anéis rodoviários de
fluxo intenso, através do processamento automático de imagens de câmeras de vídeo. O
estudo prevê o desenvolvimento de um modelo de distribuição de câmeras, aquisição e
processamento de imagens, visando identificar a rota dos veículos em circulação, além da
identificação de eventos como congestionamento ou infração, como excesso de velocidade.
A proposta do projeto é estudar todo o
processo computacional necessário para se
utilizar as informações extraídas das imagens
das câmeras. A pesquisa pretende obter como resultado a criação de uma tecnologia materializada como um protótipo do sistema,
que será instalado em Belo Horizonte, em
parceria com a Empresa de Transportes e
Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans). Cerca de 80 câmeras serão instaladas na cidade.
O desenvolvimento desse protótipo objetiva, um dia, aplicar o sistema em grande escala, em qualquer metrópole e até mesmo
em estradas. De acordo com o professor
Álvaro Rodrigues, o campus da UFOP será
usado como campo de teste, recebendo um
conjunto de câmeras que serão instaladas em
breve, com o apoio da Pró-Reitoria de Administração (Proad) e do Núcleo de Tecnologia
da Informação (NTI).
Olhos da Cidade pretende considerar
amplas áreas de tráfego, sem concentrar as
câmeras em determinados pontos. “Assim, o
monitoramento do trânsito será abrangente,
e, em breve, o sistema estará pronto para
também fiscalizar de forma automática”, justifica o professor, acreditando que a inovação
tecnológica a ser gerada poderá ajudar a diminuir o número de acidentes por imprudência, salvando vidas e cumprindo o seu papel
social.
O Projeto Olhos da Cidade conta com
a participação de nove professores do Departamento de Computação da UFOP e três
professores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). O projeto recebe auxílio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),
além do suporte e confiança da BHTrans.
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Informativo do ICEB – 4° Trimestre de 2010
Curso de Licenciatura em Química busca atender
demanda de professores do ensino básico
Criado em 2008 por meio do Plano de
Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), o curso de licenciatura
em Química da Universidade Federal de Ouro Preto já enfrenta um grande desafio: suprir
a carência de docentes em química no ensino
básico, que compreende os ensinos fundamental e médio. Segundo dados do Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), há um déficit de professores de Química para atuar na educação
básica. “Não só professores de Química, mas
também de Matemática e Física”, acrescenta
o professor Maurício Xavier Coutrim, um dos
fundadores do curso de Licenciatura em Química.
Para o professor Maurício, o Departamento de Química vem trabalhando para preparar e incentivar os alunos a se tornarem professores de química. “Nossa metodologia é
inovadora desde o primeiro período, uma vez
que nosso curso rompe com o modelo 3+1
(três anos de disciplinas específicas seguidos
por um ano de disciplinas pedagógicas), colocando as disciplinas pedagógicas desde o primeiro período”, explica ele. Outro fator importante, segundo o professor, é o fato de as
disciplinas de ensino serem ministradas e coordenadas no próprio Dequi. “Temos três
educadores químicos, os professores Gilmar
Pereira de Souza, Paula Cristina Cardoso
Mendonça e Kristianne Lina Figueiredo, que
constituem o Núcleo de Pesquisa em Ensino
e Química (Nupeq)”, informa o professor.
O Nupeq é um grupo de estudos que,
além de reunir professores que discutem e desenvolvem suas linhas de pesquisa, orienta e
auxilia os alunos da licenciatura em Química.
“Além do conteúdo, é preciso proporcionar
aos alunos o contato com diferentes estratégias de ensino”, explica o prof. Gilmar de Souza, que continua: “desenvolvemos a experimentação numa perspectiva construtivista”.
Segundo ele, uma boa estratégia de ensino é a
construção de conceitos a partir do uso da experimentação, e não apenas realizar experimentos demonstrativos.
A Universidade adota ainda um importante mecanismo de incentivo aos alunos de licenciatura: o Projeto de Estímulo à Docência
(PED-UFOP), cujo coordenador institucional
é o prof. Cláudio Lúcio Mendes, do Departamento de Educação (Deedu). O PED-UFOP
na área de Química, coordenado pelos professores Gilmar Pereira de Souza e Paula Cristina Cardoso Mendonça, é feito em parceria
com o governo federal e conta com 14 bolsistas da Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (Capes), um bolsista da Pró-Reitoria Especial de Assuntos Comunitários e Estudantis (Prace) e uma voluntária.
São desenvolvidas atividades nas escolas de
Ouro Preto e Mariana, em que licenciados
em Química buscam estimular a aprendizagem dos alunos por meio de jogos didáticos e
experimentação em uma perspectiva construtivista.
Os baixos salários e a falta de reconhecimento têm tornado a procura pela modalidade de licenciatura menor que a de bacharela-
do nas instituições de ensino de todo país. O
prof. Gilmar Souza aponta, ainda, a impressão
errada que os alunos têm de que o bacharel é
mais importante do que o licenciado. “São
campos de saberes diferentes e muito importantes para o desenvolvimento do País”, destaca ele.
Ciente dessa realidade, o Dequi vem desenvolvendo projetos que incentivam o aluno
a optar pela docência em química. O PEDUFOP, o Nupeq e o Setor de Química no Museu de Ciência e da Técnica da Escola de Minas (ver box abaixo) são alguns deles. Além
disso, os licenciandos em Química têm participado efetivamente em eventos como a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (oficinas ofertadas às escolas de Ouro Preto, permitindo o contato entre os futuros docentes
e os alunos da educação básica), a Mostra de
Profissões e a Semana de Estudos de Química.
O aluno Júlio César da Cruz, do 3º período de licenciatura em Química, é bolsista
do PED. “Atuar nas escolas, em contato direto com os alunos, me permitiu ter a certeza
do desejo de ser professor”, conta o estudante. O Júlio é da cidade de Dionísio, no interior
de Minas Gerais, e conhece de perto a carência de docentes na educação básica, que ocorre principalmente fora dos grandes centros urbanos. “É um grande desafio ser professor atualmente, mas não adianta ficarmos de braços
cruzados”, conclui.
Setor de Química é inaugurado no Museu de Ciência e Técnica da Escola de Minas
Em comemoração aos 134 anos da Escola de Minas, o Departamento de Química, juntamente com o Museu de Ciência e Técnica, inaugurou, no dia 10 de outubro, o Setor de Química. O projeto contou com o apoio da empresa Geosol e da Fundação Victor Dequech. O espaço traz uma exposição com equipamentos
originários das disciplinas de Química desde a
criação das Escolas de Farmácia e de Minas.
Considerados tecnologia de ponta quando foram utilizados em meados do século XIX, muitos deles foram importados da Alemanha, França e Estados Unidos.
O Museu contribuirá diretamente na formação dos alunos de licenciatura, principalmente em disciplinas como História da Química e Trabalhos de Conclusão de Curso. Além disso, esse setor
é uma grande ferramenta para o desenvolvimento de projetos de extensão voltados para a
formação de professores de Química e alunos
da educação básica.
A organização do acervo contou com a
participação de graduandos de cursos de Química Industrial e Licenciatura em Química. Os
coordenadores da implantação do Setor, professores Gilmar Pereira de Souza e Rute Cunha
Figueiredo, ambos do Dequi, e o coordenador
do Museu de Ciência e Técnica e chefe do Departamento de Museologia da UFOP, Gilson
Antônio Nunes, ainda tratam o espaço como
um “embrião” e reforçam que muito ainda será
acrescentado. “Pensamos em realizar exposições mais contextualizadas e
em criar uma tabela periódica interativa”, conta o prof. Gilmar.
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Informativo do ICEB – 4° Trimestre de 2010
Aprovado Programa Saneamento
Ambiental e Habitação
A Financiadora de Estudos e Projetos
(Finep) anunciou a aprovação do Programa
Saneamento Ambiental e Habitação, que
conta com uma rede de pesquisas formada
por 12 universidades, entre elas a Universidade Federal de Ouro Preto. O objetivo do
Programa, intitulado "Estudo para a melhoria
do desempenho da adsorção em carvão ativado para a remoção de contaminantes químicos", é desenvolver técnicas complementares de tratamento para a remoção de arsênio, manganês, fármacos e perturbadores endócrinos da água que abastece a cidade, além
de investigar procedimentos novos de tratamentos, entre eles carvão ativado e fotocatálise heterogênea usando radiação UV e dióxido de titânio. O projeto conta com a participação dos professores do Departamento
de Química (Dequi), Robson J. C. F. Afonso,
Anderson Dias e Sérgio F. Aquino, todos vinculados ao Programa de Pós-Graduação em
Engenharia Ambiental (ProAmb) da UFOP,
além da parceria com o Serviço Municipal de
Água e Esgoto (Semae), que vai usufruir da
tecnologia desenvolvida.
A Finep abriu uma chamada pública para obter projetos na área de saneamento ambiental e habitação com ênfase em pesquisa
científica, tecnológica e inovação. O processo se dá por meio da formação de redes cooperativas de pesquisa, objetivando também
contribuir na sustentabilidade de serviços
em saneamento ambiental e habitação de interesse comum à sociedade; na elaboração e
atualização das normas e resoluções técnicas
aplicáveis na área; e na articulação entre
Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs)
e organizações atuantes nesse ramo.
O projeto tem duração de 24 meses e
gerou uma captação de R$ 270 mil para a
UFOP, que serão utilizados para o pagamento de bolsas e materiais permanentes e de
consumo.
“O projeto tem cunho tecnológico e resultará no desenvolvimento de processos
complementares de tratamento que poderão ser acoplados ao processamento convencional da água, para remover arsênio,
manganês e determinados contaminantes orgânicos (antibióticos, hormônios sintéticos).
Os processos poderão ser eventualmente
anexados, por companhias de saneamento, a
sistemas de inspeção de água existentes, diminuindo, assim, o risco de exposição humana a contaminantes naturalmente presentes
na água (arsênio, manganês) ou cuja concentração é aumentada devido à poluição dos
mananciais (fármacos, perturbadores endócrinos)”, explica o coordenador do projeto
na UFOP, prof. Sérgio F. Aquino.
A partir da aprovação do projeto, uma
nova fase de estudos e análises sobre a situação da água começa a ser desenvolvida, de
modo a aprimorar as condições da região.
Isso traz benefícios para a sociedade local e
para o meio ambiente, bem como a boa conceituação dos departamentos que participam com pesquisas científicas, dando cada
vez mais qualificação e credibilidade à Instituição.
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Informativo do ICEB – 4° Trimestre de 2010
Água consumida na UFOP está de
acordo com parâmetros de potabilidade
O Instituto de Ciências Exatas e Biológicas (ICEB) monitora, há um ano, a
qualidade microbiológica e química da
água consumida pelos alunos, técnicosadministrativos e professores do Instituto. Os resultados encontrados até agora
mostram que a água está de acordo com
os parâmetros de potabilidade indicados
pela Portaria 518 do Ministério da Saúde
e com a Resolução Conama 357, que dispõe sobre a classificação dos corpos de
água.
A inspeção da água do ICEB é feita
desde a fonte abastecedora, o poço artesiano localizado no Parque Metalúrgico
da Universidade Federal de Ouro Preto,
até os bebedouros e torneiras das pias
dos banheiros e da cantina. As análises
microbiológicas são coordenadas pela vice-diretora do ICEB e professora do Departamento de Ciências Biológicas (Dec-
bi), Maria Célia da Silva Lanna, e as análises físico-químicas pelo professor do Departamento de Química (Dequi), José
Fernando de Paiva, com a colaboração
do professor do Departamento de Geologia (Degeo), Hermínio Arias Nalini Júnior. Colaboram para as investigações os
técnicos da Microbiologia, Regina Aparecida Gomes Assenço, Luiz Nicolau
dos Reis e Marly de Lourdes Lessa, e o
técnico da Química, Carlúcio Antônio Lacerda. Recentemente a análise se estendeu às águas que chegam ao Restaurante
Universitário do campus Morro do Cruzeiro e aos campi de Mariana: Instituto
de Ciências Sociais e Aplicadas (ICSA) e
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
(ICHS), a pedido de seus diretores.
“A investigação da água servida nas
dependências da UFOP e a sua captação
atual, unicamente de poços artesianos,
acontecem desde a contaminação constatada em meados de 2009, no campus
Morro do Cruzeiro. Naquela época, a
captação era mista e proveniente de nascente no Centro de Ouro Preto, a qual
se revelou como fonte da contaminação.
Mediante a comunicação do ICEB à Reitoria da UFOP, esta tomou as medidas
necessárias ao uso exclusivo de poços artesianos para abastecimento da UFOP”,
conta a prof. Maria Célia da Silva Lanna.
Ela lembra que embora a água analisada
recentemente tenha se mostrado adequada para o consumo, a legislação brasileira exige monitoramentos microbiológico e químico continuados, em análises quinzenais e mensais, respectivamente.
Biblioteca do ICEB
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Informativo do ICEB – 4° Trimestre de 2010
Pós-Graduação em Ecologia de Biomas Tropicais
constrói conhecimentos inéditos sobre dinâmicas
ecológico-evolutivas
O Programa de Pós-Graduação em
Ecologia de Biomas Tropicais do Departamento de Biodiversidade, Evolução e Meio
Ambiente (Debio) foi criado em 2007, com o
objetivo de desenvolver recursos humanos
com habilidades para estudar a relação entre
ecologia, biodiversidade e processos ecofisiológicos e construir conhecimentos inéditos sobre dinâmicas ecológico-evolutivas: as
trajetórias das espécies, as interações com
outros indivíduos e o meio onde vivem. O objetivo é formar ecólogos que trabalhem com
aspectos físicos regionais, ampliando o conhecimento com métodos práticos que servirão para desenvolver atividades de pesquisa e docência na área de ecologia.
O curso já formou 22 mestres e possui
atualmente 30 alunos de mestrado. Seu corpo docente é formado por 13 professores da
UFOP, pertencentes a quatro departamentos; dois da Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG) e um da Universidade Federal de Viçosa (UFV). O público que ingressa
no Programa é composto por profissionais
graduados ou pós-graduados latu sensu nas
áreas de Ciências Biológicas, Ciências Exatas
e da Terra, Ciências Agrárias e Ciências da Sa-
úde. Apesar de ter ênfase na ecologia, o curso é interdisciplinar, abrangendo diversos temas e com projetos diretamente relacionados a outros cursos, como a Geologia e a
Computação.
Atualmente, os estudos de maior expressividade no Programa incidem nos biomas típicos das zonas de transição das montanhas de Minas Gerais. São, portanto, estudos da flora, fauna, clima e solo em áreas
montanhosas, com elevadas altitudes. Há,
ainda, pesquisas de ecossistemas marinhos
das costas brasileira e antártica, do cerrado
do Planalto Central e das florestas úmidas da
Região Neotropical (Panamá, Amazônia e
Mata Atlântica).
A estudante Mariana Terrôla, que ingressou no ano passado, conta que essa experiência com biomas típicos da região está sendo muito importante. “O Programa me deu a
oportunidade de ter mais conhecimento e solidificar a minha escolha na área da Ecologia
Vegetal. Os trabalhos que são realizados em
Ouro Preto e região, como no Parque do Itacolomi, na Serra da Brígida e em Itatiaia (distrito de Ouro Branco) contribuem bastante
para o conhecimento da fauna e flora da re-
gião tão rica em unidades de conservação e
com locais ainda muito pouco ou nada estudado”, diz.
A professora do Departamento de
Ciências Exatas e Biológicas (ICEB) e vicecoordenadora do Programa, Alessandra Kozovits, diz que está com expectativa de crescimento: “É um curso ainda muito jovem,
mas está em enorme evolução, pois tem conseguido ser bem amplo e dinâmico no que
precisa. Está em ritmo de crescimento, é ativo nas trocas de informações com outras universidades e conta com o aspecto relevante
do aumento no número de alunos, que aumentou consideravelmente pelo fato de se
ter conseguido a ampliação das ofertas de vagas para o ingresso no curso”.
Os alunos regulares de mestrado que
querem fazer parte da pós-graduação devem se inscrever no processo seletivo que
ocorre em 2011. As inscrições são feitas por
meio do formulário, disponível para download em http://www.biomas.ufop.br, e estão
abertas de 15 de janeiro a 18 de fevereiro de
2011.
Laboratório de Catálise
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Informativo Número 4 - ICEB