Quarta-feira 22 “Para quem pensa em abrir um negócio é importante projetar e traçar estratégias. Existem muitas pessoas com verba que me procuram para saber no que devem investir, mas acho que ao invés de pensar ‘tenho o dinheiro e quero trabalhar’, elas devem querer trabalhar para buscar o dinheiro. Quem tem dinheiro quer abrir empresa apenas para retirar o pró-labore. E não é assim” C-1 A TRIBUNA abril de 2015 www.atribuna.com.br [email protected] Vivian Brum Cantarelli, empresária Negócios & Oportunidades Caixinhadeoportunidades Empresária encontrou no China in Box mais do que um emprego, ela descobriu uma vocação FOTOS FERNANDA LUZ MATHEUS MÜLLER DA REDAÇÃO Após perder o pai quando tinha apenas 17 anos e ver o sonho de estudar Pedagogia acabar, por não ter mais um suporte financeiro, Vivian Brum Cantarelli encontrou no China in Box uma oportunidade de emprego, carreira e investimento. Hoje, aos 35 anos, é dona de duas lojas da rede de comida chinesa fundada no Brasil em 1992. A unidade da Rua Tolentino Filgueiras, 54, no Gonzaga, em Santos, completará 20 anos no dia 5 de dezembro. A da Avenida Antonio Emmerick,736, na Vila São Jorge, em São Vicente, foi aberta em 2012. Antes de abrir as lojas, porém, ela passou por muitas mudanças na vida, a primeira delas foi a de cidade. Nascida em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, migrou para São Paulo quando tinha 4 anos. Lá, cresceu, estudou e foi aprovada em várias universidadesno curso dePedagogia. “Antes de entrar na faculdade perdi meu pai”, diz a empresária, que trabalhava para agências de modelos. Nessa época ela conheceu o pai de seu filho, que era dono da segunda unidade do China in Box, em São Paulo, localizada no Ibirapuera. A loja era em sociedade com o criador da rede, Robinson Shiba. “Ele (ex-marido) iria abrir outro negócio e pediu para que eu trabalhasse na administração do China in Box”, conta ela, que tinha 20 anos na ocasião. “Fiquei trêsanosnaunidadedoIbirapuera. Eu que pagava funcionários e realizavatreinamentos”. Antes, porém, com seis meses na função, Vivian recebeu uma proposta de Shiba para gerenciar a unidade de Moema, primeira loja da rede. “Ganharia mais, mas na época me senti super insegura”. A empresária explica que apesar de não ter aceitado o convite, aquela situação a fortaleceu. “Imagina receber uma proposta do chefão? Só de saber que ele tinhavistopotencialemmimme motivouaquerersabermais”. Com um filho pequeno e sem tempo para se dedicar a uma faculdade, Vivian resolveu fazer alguns cursos, além de valorizar cada ensinamento na empresa.“Meu professor naunidade Ibirapuera era o sogro do Robinson Shiba”. Passados três anos, mais uma vez o presidente da rede fez um convite para que a empresária fosse trabalhar na loja de Moema.“Dessavezaceitei.Láaprendi muito. O Robinson dizia: ‘se você aguentar comer um quilo de sal sem pedir água, será recompensada’. Tomei muita broncaefiquei mais forte”. Ela considera a passagem pela loja de Moema o momento de maior aprendizado. “Tudo que era pensado para a marca surgia nessa unidade. Era eu, inclusive, que treinava os novos franqueados”. BAIXADA SANTISTA AvindadaempresáriaparaSantos aconteceu em 2006. O estopim para deixar a Capital foi o Dia das Mães daquele ano, quando uma facção criminosa anunciou toque de recolher. Aliado a isso, havia a sobrecarga detrabalho. “Chegou um ponto em que eu estava operando três empresas num mesmo lugar. A gota d’água, porém, foi a história do toque de recolher, quando ligaram para várias lojas da rua pedindo que fechassem as portas senão atirariam. O Robinson falou para não fechar”. Elalembra,angustiada,quetodos queriam ir embora. Inclusive ela, apreensiva com o filho na escola, prestes a fechar. “Nesse dia falei que mudaria de vida. Procurei o Robinson e ele sugeriu algumas unidades do China in Box que precisavam de franqueadosousóciooperador(para trabalhar)”. Entreas opções, lojas em Porto Alegre, Maringá e Palmas (TO), mas veio para Santos pela proximidade com a Capital e pela boa sensação que teve ao chegar na Cidade. Vivian utilizou o dinheiro da herança do pai para investir no negócio e começou a trabalhar. Depoisdealgumtempodescobriu que seu sócio estava com umasériededívidas.“Foiumchoque. Queria voltar e começar tudodenovo.Robinsonmeaconselhouaprocuraroutrosócio”. Após ter conversado com o criador da rede, o sócio resolveu colocar sua parte à venda, mas Vivian não tinha o dinheiro. “Nunca vou me esquecer. No Ano-Novo de 2007, que passei com a família no Guarujá, contei essa situação ao meu tio. Ele disse para eu ver quanto custaria a parte do sócio, pois compraria. Em seguida, brindou à nossa sociedade”. Vivian achou que tudo não passasse de papo-furado do tio, pois todos tinham bebido. Mas não era. “Tudo deu certo. Com o capital, começamos a procurar outra casa (atual loja) e, em 2010,deixamos oponto da AzevedoSodré”. Com osucesso da nova unidade, a empresária e o tio investiram em 2012 na loja de São Vicente. “A franquia do China in Boxé vendida porcidade etinha muita gente interessada em São Vicente. Como tínhamos preferência, o Robinson deu um prazo e resolvemos abrir a unidade”, conta ela, que tem um sócio operador nesse ponto. “É preciso trabalhar bem em qualquer lugar, como dono ou não, pois sempre há alguém de olho em você. Sempre me dedico por inteira no que faço” Vivian Brum Cantarelli, empresária Empresária conta que mais de 60% de suas vendas são feitas através do delivery e 15% são de retiradas no balcão e compras pela internet Em 2013 a unidade de Santos ganhou o prêmio de melhor loja da região do interior. Segundo Vivian, o China in Box faz diversas vistorias às suas franquias ao longo do ano para avaliar como ela é administrada. Há visita programada e surpresa Trabalho e sorte China in Box é do Brasil Box O China in Box foi fundado em 1992 pelo até então dentista Robinson Shiba. O empresário, que nasceu em Maringá, no Paraná, teve a ideia de abrir um delivery de comida chinesa, em São Paulo, que fosse entregue em um box (caixinha), após uma viagem que fez aos Estados Unidos, onde chegou a trabalhar em restaurantes e fazer entregas. Graças a essa experiência, ele percebeu que a comida chinesa era pouco conhecida no Brasil e, por esse motivo, resolveu investir no segmento. A primeira unidade do negócio foi inagurada no bairro de Moema, na Zona Sul da capital paulista. Essa, inclusive, continua a ser sua única loja, o restante são franquias. Atualmente a rede conta com 180 unidades no País. (Na foto, da esquerda para a direita, estão Jorge Smorigo, sócio e tio de Vivian, Robinson Shiba presidente do China in Box e Carlos Sadaki, vice-presidente). Vivian conta que quando o China in Box foi aberto, o primeiro cliente ligou acreditando que a empresa vendesse box para banheiro. Biscoito da sorte Todo biscoito da sorte tem um bilhete com uma frase do dia e um número da sorte. Segundo Vivian, existem rumores de que um cliente já ganhou na Mega-Sena por jogar os número. 20 anos Apesar de ter chegado a Santos somente em 2006, Vivian lembra que a loja do China in Box na Cidade foi aberta em 1995 e, portanto, completará 20 anos no dia 5 de dezembro. ARQUIVO PESSOAL Boa Ideia Gôndola Virtual As estações Butantã e Faria Lima da Linha Amarela do Metrô de São Paulo apresentam uma nova ferramenta aos seus usuários.Gôndolasvirtuaisdesupermercadoforamcolocadasnoslocaisepermitemqueospassageiros façam suas compras através de um aplicativo, que escaneia oscódigosnosprodutos.Aentrega ocorre em menos de 24 horas eofretecustadeR$5aR$15. Instagram O Instagram começou a publicar este mês, no feed dos usuários, peças publicitárias das marcas Avon, CloseUp, CocaCola, Mitsubishi, Mondelez, Visa, Vivo e Volkswagen. Essas empresas têm colocado fotos e vídeos na rede que vão aparecer com a palavra “patrocinado” no alto do post. O Brasil é o sexto país a vender mídia na plataforma. Vacheron Constantin A relojoaria suíça Vacheron Constantin, fundada em 1755, é a marca mais antiga entre as grifes que compõem o grupo Richemont, do qual fazem parte Cartier e Montblanc. Na última semana, a empresa oficializou seu ingresso no varejo de luxo latino-americano, com a inauguração oficial de sua butique no shopping Cidade Jardim, em São Paulo. REPRODUÇÃO Heinz. A marca é a que mais se destaca na venda de ketchup, com mais de 60% da fatia do mercado. A mostarda, em contrapartida, tem registrado poucas vendas nos supermercados. Para mudar esse cenário a Heinz lançará um produto reformulado, que a anunciante planeja distribuir amplamente. A nova campanha publicitária tem como objetivo usar a força da marca no ketchup no slogan O Ketchup tem uma nova mostarda.