Resposta do IICT aos desafios do futuro
Um dos principais sinais de transformação nos processos de internacionalização da economia e do
desenvolvimento global tem sido o reforço da cooperação Norte-Sul-Sul, reflectido na Declaração de
Lisboa sobre Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Global (2008), na Declaração de Maputo
(2008), no aprofundamento das Parcerias UE-África sobre tecnologias de informação e de comunicação,
espaço e ciência e na promoção da ciência para o desenvolvimento. Tais iniciativas exigem uma maior
coordenação entre universidades e centros de investigação nacionais e internacionais de modo a promover
o conhecimento mútuo de que fala a Declaração de Bissau sobre os ODM na CPLP.
O recente enquadramento legal do Instituto de Investigação Científica Tropical, I.P. (IICT) no
Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) obriga a repensar as suas grandes linhas de atuação,
fortalecendo a cooperação científica e tecnológica com os países tropicais, em especial com a Comunidade
de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Esta transição acentua o papel de instituições adequadamente
capacitadas no suporte à política de cooperação internacional. A investigação científica é uma alavanca
para o desenvolvimento da economia e para o posicionamento competitivo nos espaços de cooperação
regional e internacional.
Neste novo contexto, reforça-se a investigação e a capacitação interdisciplinar, assim como o acesso
às suas coleções históricas e científicas. Relevam-se de forma especial as funções de cooperação e de
representação, definindo o IICT como entidade interveniente em organismos internacionais, com vista ao
desenvolvimento nacional e das regiões tropicais, mormente através de redes e de parcerias firmadas com
instituições congéneres.
Considerando os recursos existentes e uma participação mais intensa em acordos e parcerias no âmbito
das suas atribuições no quadro do MNE, propõe-se colocar em plano de evidência as acções de
representação do país e reagrupar as atividades científicas em duas vertentes, cujas designações seriam
Ambiente, Agricultura & Desenvolvimento e Colecções, História & Património. O Arquivo Histórico
Ultramarino e o Jardim Botânico Tropical devem manter a sua identidade e visibilidade, assumindo-se
como rosto natural das duas vertentes de atuação. Esta proposta de reorganização significa, também, a
gestão mais eficiente das atividades mediante concentração da massa crítica e um menor número de
unidades funcionais.
A vertente Ambiente, Agricultura & Desenvolvimento agrega duas atividades 1) Recursos Naturais
e Sustentabilidade Ambiental, dedicada às questões da conservação e uso da biodiversidade e ecossistemas;
e 2) Segurança Alimentar e Produção Agro-florestal, para otimizar a produção e conservação sustentáveis
de produtos agrícolas, florestais e animais.
A vertente Colecções, História & Património agrega duas atividades 1) História, dirigida ao estudo
dos povos, sociedades e culturas das regiões tropicais e 2) Colecções e Património, para salvaguarda,
acesso e estudo do acervo histórico e científico.
Lisboa, 18 de Janeiro de 2012
Bureau 6
PRESIDENTE
Ambiente, Agricultura & Desenvolvimento
Environment, Agriculture & Development
(AA&D)
Colecções, História & Património
Collections, History and Heritage
(CH&P)
Jardim Botânico Tropical (JBT)
Arquivo Histórico Ultramarino (AHU)
Recursos Naturais e Sustentabilidade Ambiental
Natural Resources and Environmental Sustainability
JBT (7+11), GEO-DES (8+3), SOC-DES (4+1) = 34
História
History
CH (9+2), GOV-DES (3+0), SOC-DES (4+1) = 19
Segurança Alimentar e Produção Agro-florestal
Food Security and Agroforestry
FLOR (3+1), PIPA (4+1), ECO-BIO (9+4), CVZ (5+0), CIFC
(7+11) = 45
Colecções e Património
Heritage
AHU (2+16), K (4+13) = 35
Representação / Representation
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