Edição 292
•
Ano XXII
•
Agosto de 2013
•
Viçosa-MG
Nasce a primeira Alterações Climáticas X
bezerra de FIV do Perdas na Agricultura
PDPL & PCEPL
Bruno Machado
Estudante de Zootecnia
e morfologia superiores (doadoras), realiza-se a maturação,
fecundação e o cultivo In Vitro
desse material. O último passo é
a implantação dos embriões em
outros animais previamente preparados, chamados de receptoras.
O resultado foi o nascimento de
uma bezerra filha de uma vaca
com produção de 12.817 kg/lactação, gerada por uma receptora de
9.231kg/lactação. Além do benefício do uso de sêmen sexado, a FIV
também proporciona que uma
mesma vaca produza mais descendentes do que outras técnicas
como a transferência de embriões
ou inseminação artificial, viabilizando o custo para utilização
dessa tecnologia. Inicialmente as
receptoras eram as próprias vacas
da fazenda, mas objetivando um
aumento do rebanho, o Sr. Antônio Maria adquiriu novilhas para
servirem de receptoras sendo que
estas passaram por rigoroso controle sanitário (livres de brucelose
e tuberculose).
Embora ainda não haja um grande número de animais gestantes, o
senhor Antônio Maria tem grandes expectativas com o uso dessa
tecnologia, mostrando o seu interesse e confiança no uso da FIV
para produzir animais superiores.
Paulo Henrique Von Rondon Martins
Estudante de Medicina veterinária
Marcelo Carvalho de Souza
Estudante de Zootecnia
Antônio Rodrigo da Rocha
Estudante de Agronomia
Atualmente o Brasil é apontado
como referência mundial na produção/implantação de embriões.
Segundo a entidade internacional
Embryo Transfer Society, a produção total gira em torno de 200.000
embriões/ano e mais de 90% são
realizados pela técnica In Vitro.
Apesar disso, a utilização da FIV
(Fertilização in Vitro) ainda não
atinge 1% do rebanho nacional.
Com o objetivo de aumentar a
produção de fêmeas e multiplicar
o que há de melhor em genética
do seu rebanho, na fazenda Nô da
Silva, de propriedade do senhor
Antônio Maria Silva Araújo, em
Cajuri-MG, está sendo implantada a técnica de FIV, tendo sua primeira bezerra nascida no mês de
julho desse ano.
No manejo realizado, aspiram-se
os ócitos de vacas com produção
Paulo Henrique Martins
Estudante de Medicina Veterinária
Nos últimos anos o mundo
todo tem passado por alterações no clima que acabam por
impactar diretamente sobre os
sistemas de produção. Tem se
observado um rápido aumento das temperaturas médias.
As alterações climáticas podem ser exemplificadas com
este aumento na temperatura,
ocorrência de períodos de estiagem durante a época chuvosa e redução no período das
chuvas.
Em nossa região podemos
observar o período de estiagem ocorrido no mês de dezembro de 2012, quando se
encontrava em andamento a
safra 2012/2013. Este período
sem chuvas acabou acarretando em perdas de produtividade e aumento nos custos
de produção, uma vez que
temperaturas mais altas também favorecem o desenvolvimento de pragas das lavouras de milho e nas pastagens.
Tal episódio foi verificado no
Sítio Dona Chiquinha, loca-
lizado no município de Teixeiras – MG e de propriedade do
senhor Rogério Barbosa, produtor também assistido pelo
PDPL-RV & PCEPL.
Com temperaturas mais altas
durante o período chuvoso,
ocorreu intensa infestação de
lagarta-do-cartucho e cigarrinha-das-pastagens nas áreas de
pastagens e na lavoura de milho
silagem, onde foram realizadas
três aplicações de inseticidas
para o controle da infestação.
Para driblar tais acontecimentos, o produtor vem adotando
práticas na propriedade como
calagem e adubações equilibradas, além disso, também
vem avaliando a possibilidade
de utilização de fertilizantes
orgânicos como o chorume
da suinocultura. O plantio direto na palha e a recuperação
de áreas degradadas, também
são realizados para auxiliar
na redução destes problemas e
possibilitar que a propriedade
alcance altos níveis de produtividade e rentabilidade com as
culturas. Além destas técnicas
utilizadas pelo senhor Rogério,
a utilização de híbridos transgênicos resistentes ao ataque
de insetos e a períodos de estiagem maiores, semeadura na
data correta e de acordo com as
previsões climáticas, também
auxiliam no processo de produção eficiente.
Mesmo o Brasil possuindo
boas condições para desenvolvimento das culturas que são
luminosidade, temperatura
e pluviosidade adequadas, as
alterações climáticas acabam
causando interferências no ciclo de produção. Como exemplo temos veranicos ocorridos nos meses de dezembro
e janeiro que acarretaram em
perdas na produtividade do
milho silagem, pois coincidiu
com as fases de florescimento e enchimento dos grãos.
O contrário é observado na
região centro-oeste onde a
colheita da safra de soja, por
exemplo, foi afetada pelo excesso de chuvas.
Os impactos diretos na cadeia produtiva do leite são
representados pelo aumento
nos custos de produção, uma
vez que as culturas de milho e
soja que são base para formulação das dietas dos rebanhos
sofrem diretamente com estes
fatores. Para produzir de maneira sustentável e lucrativa,
os produtores devem sempre
estar atentos às condições climáticas e previsões, para que
possam planejar corretamente
suas ações, alcançando o sucesso na atividade.
Primeira bezerra de FIV
Dicas do Zootecnista:
Silagem de grão
úmido de milho
p. 2
Dicas para armazenar o
milho grão sem perder a
qualidade
p. 2
Momento do Produtor:
Edmar Lopes e Sérgio Lopes
Sítio da Lage
p. 3
Qualidade do leite:
Terapia estendida para
tratamento de mastite
p. 4
Dicas do Zootecnista:
Silagem de grão úmido de milho
fonte: beefpoint.com.br
Bruna Leonel
Estudante de Zootecnia
A silagem de grão úmido de milho tem sido cada vez mais utilizada no Brasil, se destacando como
uma opção prática, econômica e
segura de armazenamento de um
alimento de qualidade na propriedade.
Frente à oscilação que o preço
dos grãos tem apresentado a cada
ano, a estabilidade no custo de
produção pode ser fator decisivo
na rentabilidade do sistema de
produção. A silagem de grão úmido de milho surge como um substituto para o grão de milho seco,
Jornal da Produção de Leite
PDPL
Programa de
Desenvolvimento da
Pecuária Leiteira
PCEPL
Programa de Capacitação
de Especialistas em Pecuária
Leiteira
Publicação editada sob
a responsabilidade do
Coordenador do PDPL:
Adriano Provezano
Gomes
Jornalista Responsável:
José Paulo Martins
(MG-02333-JP)
Redação:
Christiano Nascif
Zootecnista
Marcus Vinícius C. Moreira
Médico Veterinário
André Navarro Lobato
Médico Veterinário
Thiago Camacho Rodrigues
Engenheiro Agrônomo
Diagramação e
coordenação gráfica:
João Jacob
Neide de Assis
Endereço do PDPL:
Ed. Arthur Bernardes
Subsolo/Campus da UFV
Cep: 36570-000
Viçosa - MG
Telefax: (31) 3899 5250
E-mail: [email protected]
Site: www.pdpl.ufv.br
Facebook:
Pdpl Minas Gerais
2
Silagem de grão úmido
sem alteração do seu valor nutricional e com independência do
preço de mercado, impostos sobre
o produto e taxas de transportes.
Apesar de não apresentar tanta
flexibilidade de comercialização,
a silagem de grão úmido possibilita o armazenamento do alimento
por maior tempo e com menor
perda, já que elimina a ação de
insetos, roedores e fungos, importantes responsáveis pelas perdas quantitativas e qualitativas
na estocagem do grão seco. Vale
ressaltar que as perdas que podem
aparecer devido à ineficiência do
processo de ensilagem podem ser
minimizadas com o uso de inoculantes.
O produtor que opta pelo cultivo
da lavoura com o objetivo de estocagem do grão úmido, deve iniciar
o processo de ensilagem quando o
grão apresentar em torno de 35%
de umidade. Dessa forma, otimiza
a utilização da terra, conseguindo
a liberação da área para uma cultura subseqüente, uma vez que a
colheita é antecipada em 30 a 40
dias em relação ao milho destinado ao grão seco. Porém, o curto
período para colheita no ponto
de maturação indicado, faz com
que muitos produtores mudem de
estratégia, optando por reidratar
o grão seco de milho. A técnica
consiste em proporcionar a umidade adequada (30% em relação
à quantidade de milho) para a fermentação no interior do silo.
Faz-se necessária a trituração do
grão para o processo de ensilagem.
O objetivo é o mesmo que se busca ao quebrar o grão na silagem de
milho, aumentar a digestibilidade.
E mais: o alto teor de umidade
no silo do grão úmido favorece a
fermentação resultando em maior
solubilização dos nutrientes, elevando a disponibilidade do amido
para o animal, melhorando sua
eficiência alimentar.
A silagem de grão úmido é uma
forma viável e cada vez mais atrativa de armazenagem de grãos a
baixo custo para utilização na alimentação animal.
Dicas para armazenar o milho
grão sem perder a qualidade
Edgard Loureiro Silva
Estudante de Agronomia
Uma unidade de armazenagem
de grãos bem estabelecida e convenientemente localizada dentro
da propriedade é um dos fatores
para tornar o sistema produtivo mais rentável. Países como a
França, Argentina e Estados Unidos, armazenam 30 a 60% da sua
produção de grãos, enquanto no
Brasil esta ação é menos representativa, em torno de 5%.
O armazenamento dos grãos
isoladamente não define a qualidade dos mesmos, mas atua como
um importante componente na
produção do milho grão. Logo se
deve atentar para a escolha do híbrido, boa plantabilidade, manejo
da lavoura e posteriormente uma
correta colheita e armazenagem
dos grãos, garantindo a qualidade
do alimento no cocho.
Esta preocupação é sempre relevante em todo o manejo de produção do milho grão na Fazenda
Nô da Silva, em Cajuri - MG, de
propriedade do Sr. Antônio Maria Silva Araújo, na última safra a
produtividade média foi de 9000
kg/ha equivalente a 150 sacas/ha.
A colheita do milho deve ocorrer quando o mesmo apresentar
em torno de 12 a 13% de umidade
no grão, garantindo a maturação
fisiológica, reduzindo as despesas
com frete assim como o tempo de
secagem antes do mesmo ser estocado. Assim como todas as ações
dentro da Fazenda Nô da Silva, a
compatibilidade do manejo com
a estrutura disponível é sempre
avaliada. Como a propriedade
conta com secadores de grãos, a
Silos para armazenagem de grãos
colheita dos 30 ha plantados pode
ser antecipada. Pois após a secagem, a produção do milho grão
será armazenada com a umidade
correta.
Estima-se que a colheita manual
do milho grão resulta de 1 a 1,5%
de perda neste processo, mas demanda um maior gasto com mão
de obra e tempo para a realização
da tarefa. A colheita mecânica
por causar danos físicos aos grãos
resulta em uma perda de aproximadamente 8 a 10%, porém agilizando o processo, reduzindo os
custos de colheita.
Antes de o alimento ser armazenado, este deve passar pela
triagem, garantindo um nível de
impurezas inferior a 1%. Considera-se impureza, grãos ardidos e/ou
feridos, que apresentam fungos,
palha e sabugo em excesso, entre
outros. A taxa de deterioração do
milho é altamente dependente
da temperatura e umidade do ar
e do grão.Grãos feridos, mesmo
que ainda não contaminados, ao
serem armazenados de maneira
errônea com alta umidade e elevada temperatura, propiciam o
desenvolvimento de fungos deterioradores, comprometendo a
qualidade do produto, um grão
contaminado tem potencial para
contaminar até oito sacas. O que
justifica a atenção que devemos
ter no carregamento, transporte e
enchimento dos silos ou armazéns
graneleiros.
Têm-se então a necessidade de
uma boa estrutura, planejada e
adequada, que permita a aeração
uniforme que garanta uma diferença de temperatura inferior a
5ºc entre os grãos e o espaço entre eles, pois todos os fatores que
ameaçam a qualidade do milho
grão geram calor. Para isto, existem vários tipos de silos, os verticais de concreto ou metálico e os
armazéns graneleiros, que devem
ser escolhidos de acordo com os
parâmetros técnicos, econômicos
de acordo com sua finalidade na
devida localização. No caso da Fazenda Nô da Silva, o silo utilizado
é o vertical metálico, que ocupa
um menor espaço físico a um baixo custo quando comparado aos
outros tipos.
As instalações devem favorecer a
tecnologia do expurgo do milho,
visto que esta é uma ferramenta
de baixo custo e eficiente para o
controle dos insetos e consequentemente reduz as perdas. Trata-se
de fumigar os grãos com Fosfina,
que é altamente tóxico aos insetos
e possui uma rápida liberação, até
cinco dias dependendo da umidade do ar e temperatura, e um curto período de carência, sem deixar
resíduos.
É importante salientar que assim
como para os insetos, a Fosfina é
altamente tóxica aos humanos, e
deve-se fazer a aplicação e manejo com todos os equipamentos de
proteção individuais (EPI’s) para
promover a máxima segurança ao
trabalhador.
Portanto, assim como na Fazenda Nô da Silva todo o processo da
produção de grãos até o fornecimento no cocho deve ser previamente planejado e realizado
da forma correta para garantir a
qualidade do alimento. Somente
o conjunto: Escolha correta do
híbrido, o manejo da lavoura, a
colheita e o armazenamento da
produção do milho adequada
contribuirão de maneira satisfatória para o sucesso da empresa
rural.
Momento do Produtor: Edmar Lopes e
Sérgio Lopes - Sítio da Lage
Julieta Fernandes
Estudante de Agronomia
Vasconcélio Egídio
Estudante de Zootecnia
O Sítio da Lage de propriedade
do senhor Afonso Lopes tem hoje
a atividade leiteira conduzida,
principalmente, pelos seus filhos
Edmar Lopes e Sérgio Lopes. Localizada no município de Canaã-MG, a propriedade é composta
por 19ha, com topografia acidentada, sendo que 16ha são destinados para a atividade leiteira,
sendo a maior parte formada por
pastagem, além de áreas para o
cultivo de milho, cana-de-açúcar
e capineira.
A propriedade ingressou no
PDPL & PCEPL em 2010, onde
passou a ter assistência técnica
e gerencial, obtendo um crescimento significativo na atividade.
Antes de ingressar no Programa
sua produção era de 80L/dia e
uma média de 8,02L/vaca em
lactação e apresentava um gado
com pouca aptidão leiteira e criado extensivamente sem qualquer
divisão de lotes. Desde então vem
sendo orientado pelo programa a
desenvolver um sistema semi-intensivo, isto é, buscar uma boa
produtividade, e principalmente
um bom resultado econômico.
Desta forma, hoje a propriedade
produz 240L/dia e com uma média de 17L/vaca em lactação.
O grande diferencial desta propriedade consiste no fato de sua
mão de obra ser estritamente
familiar. Basicamente toda a atividade é desenvolvida pelo Edmar juntamente com seu irmão
Sérgio.
A propriedade não conta com
nenhum animal macho e usa somente a técnica de inseminação
artificial (IA), preferencialmente
de touros da raça Holandesa, com
o intuito de melhorar e aprimorar geneticamente cada vez mais
seu rebanho. O produtor valoriza e acredita nesta tecnologia,
portanto, busca continuamente
aperfeiçoar seu conhecimento
de interpretação de catálogos de
touros, sendo extremamente criterioso com a escolha dos reprodutores para o Sítio da Lage.
A propriedade é manejada da
seguinte forma, os animais em
lactação são divididos em dois
lotes, onde o primeiro recebe
silagem e o segundo cana-de-açúcar, complementado com
um concentrado de acordo com
a produção de leite, misturado
na propriedade, que possibilita
uma melhor escolha das fontes
de alimentos de boa qualidade e
a baixo custo. Recentemente, o
produtor passou a fazer o trato
três vezes ao dia para os animais
do lote 1 com maior produção. A
cria é alojada em bezerreiros individuais onde fica até os 60-70
dias de vida, dobrando seu peso
ao nascimento. Após este período a cria é desaleitada, neste período eles recebem leite, capim
picado, concentrado pelitizados
servido à vontade no cocho. A
recria recebe o mesmo concentrado, suplementado de cana picada na época de seca e capim no
período das águas.
A criação do lote pré-parto
idealizado e planejada pelo Programa, recebe silagem de milho
e o mesmo concentrado do lote
1 para que ocorra uma adaptabilidade pelo animal logo após o
parto.
O produtor na última safra
obteve produtividade média de
milho para silagem de 60 toneladas por hectare. A variedade
que predomina no seu canavial
é a RB867515, obtendo uma
produtividade de 110 toneladas
por hectare. Para esta safra está
Índices técnicos e econômicos
planejada uma área de plantio
de milho para silagem de 4,5 ha,
aumento de 0,4ha de capineira e
0,2 ha de cana-de-açúcar.
O produtor usa ordenha mecânica e faz todo protocolo de
higiene de ordenha, com isso a
qualidade do leite desta propriedade já se enquadra na IN62 de
2016, conseguindo na última
análise CCS de 335 mil/ml e CBT
19 UFC mil/ml.
Toda essa dedicação e atenção
de manejo por parte do produtor em parceria com o Programa,
não poderia resultar em índices
técnicos e econômicos em constante evolução.
Unidade
2010
2013
Vaca Lactação/Vacas Totais
%
65
87,5
Vaca Lactação/Total Rebanho
%
35
43,58
meses
43
30
Perda de leite no teste do CMT
%
4,65
1,53
Produção por área da pecuária
l/ha/ano
2.101,00
3.839,79
Custo operacional efetivo do leite/ preço leite
%
51
48,66
Custo operacional efetivo do leite/ preço do leite
%
111
75,25
R$/l/dia
1.475,00
921,43
Idade ao primeiro parto
Estoque de capital médio por litro de leite (diário)
Produtores: Edmar Lopes e Sérgio Lopes
Sede da propriedade
Lotes de vacas
Pista de alimentação dos animais
3
Qualidade do leite
Terapia estendida
para tratamento
de mastite
Isabela Porto Veloso
Estudante de Medicina Veterinária
A mastite é a enfermidade
mais comum em vacas leiteiras, sendo responsável por
inúmeras perdas para o produtor, tanto com a redução da
produção como o descarte de
leite, gasto com medicamentos,
mão-de-obra e eventualmente
descarte de animais com casos
crônicos. Portanto, o controle e
prevenção da mastite constitui-se um elemento essencial para
minimizar possíveis prejuízos
econômicos para o produtor.
Sabemos da dificuldade de
erradicar totalmente a doença
em rebanhos leiteiros, devido
aos vários fatores que causam
a doença, tanto contagiosos
como ambientais, em todo o
processo produtivo. Logo, é
extremamente importante a
realização de um tratamento
adequado da mastite.
A terapia estendida é uma
nova estratégia para o tratamento da mastite bovina,
consistindo no aumento da
duração do tratamento intra-
mamário (6 a 8 dias) em relação ao tratamento convencional, de 3 a 4 dias de duração.
É fundamental, antes de se
aplicar a técnica da terapia estendida, avaliar o custo-benefício do tratamento, pois o uso
como rotina pode ser economicamente inviável.
Entre os resultados positivos
observados com a terapia estendida, se inclui a redução da
contagem de células somáticas,
a melhoria da qualidade do
leite e o aumento da produção
leiteira.
Em uma recente revisão sobre
estimativa de cura da mastite
clínica, foram estimadas taxas
de cura em função da duração
do tratamento. Os resultados
seguem na tabela 01.
As vacas primíparas apresentaram maiores taxas de cura,
em média cinco unidades percentuais.
Dessa forma, a terapia estendida é uma alternativa interessante para o tratamento de
infecções crônicas, sendo que
primíparas constituem as candidatas preferenciais para o
uso dessa técnica.
Tabela 01
Vacas adultas com mastite clínica causada por Staphylococcus
aureus
Duração do Taxa de
tratamento (dias)
cura
2
10%
5
20%
8
35%
As 10 maiores produções do mês de julho de 2013
Ord
Produtor
Município Produção Cajuri
147135
Coimbra
60652
Visconde do Rio Branco
53860
1
Antônio Maria da Silva Araújo
2
José Afonso Frederico 3
Hermann Muller 4
Marco Túlio Kfuri Araújo
Oratórios
44547
5
Paulo Frederico Araponga
41960
6
Joaquim Campos Júnior
Ubari
37221
7
Ozanan Moreira
Ubá
29746
8
Sérgio Henrique Viana Maciel
Coimbra
29743
9
Luciano Sampaio
Teixeiras
22319
10
José Maria de Barros
Presidente Bernardes
19265
As 10 maiores produtividades do mês de julho de 2013
Ord
Produtor
Município Produtividade por
vaca em lactação
Produtividade por
vaca total
Cajuri
29,9
26,7
Ubá
31,0
25,4
Senador Firmino
23,4
19,7
Guaraciaba
23,0
19,6
Coimbra
26,8
18,4
Ubá
17,4
17,4
1
Antônio Maria da Silva Araújo
2
Ozanan Moreira
3
Davi C. F. de Carvalho 4
Áureo de Alcântara Ferreira
5
Sérgio Henrique Viana Maciel
6
Alaelson José da Silva
7
Antônio Saraiva da Silva
Porto Firme
19,1
17,3
8
José Afonso Frederico Coimbra
20,0
17,1
9
Antônio Carlos Reis Piranga
20,7
15,6
10
Cleber Luís de O.Magalhães
Divinésia
18,3
14,0
10 melhores análises totais de bactérias CBT do mês de agosto de 2013
Ord
Produtor
Município
UFC (mil/ml)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Antônio Moreira Vieira
José Afonso Frederico (Bela Vista)
João Bosco Diogo
Antônio Carlos Reis
Rogério Barbosa Moreira
Antônio Maria da Silva Araújo
José Maria de Barros
José Afonso Frederico (Chácara)
Rafaela Araújo de Castro
José Mauro do Carmo
Presidente Bernardes
Coimbra
Porto Firme
Piranga
Ponte Nova
Cajuri
Presidente Bernardes
Coimbra
Guaraciaba
Viçosa
6
11
13
15
15
17
19
20
22
23
10 melhores análises do leite em CCS do mês de agosto de 2013
Ord
4
Tratamento da mastite
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Produtor
Edmar Lopes Antônio Moreira Vieira
Alaelson José da Silva
Paulo Cupertino
Agenor Américo da Silva Neto
José Mauro do Carmo
José Geraldo Maciel
Rogério Barbosa Moreira
José Maria de Barros
Roque Maciel
Município
CCS (mil/ml)
Canaã
Presidente Bernardes
Ubá
Coimbra
Teixeiras
Viçosa
Piranga
Ponte Nova
Presidente Bernardes
Piranga
91
101
108
115
132
150
158
163
189
202
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Jornal de Agosto 2013 - Programa de Desenvolvimento da Pecuária