Relatório e Contas 2010 BLUE ACTIVOS FINANCEIROS – SOCIEDADE GESTORA ESPAÇO CASTILHO | RUA CASTILHO, 13 D – 2º D | 1250-066 LISBOA | TEL: CAPITAL SOCIAL € 375.000 | NÚMERO ÚNICO DE MATRÍCULA E REGISTO CMVM Nº 311 | REGISTO BANCO DE P DE PATRIMÓNIOS, S.A. +351 21 358 44 90 | FAX: +351 21 358 44 91 PESSOA COLECTIVA 506 900 088 ORTUGAL Nº 299 ÍNDICE MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO .................................................................................. 3 GESTÃO DE RISCOS..................................................................................................................................... 4 ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO EM 2010 E PERSPECTIVAS PARA 2011............................... 6 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS......................................................................................... 7 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS.............................................................................................................. 8 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010................................... 11 RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO........................................................................................... 20 CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS...................................................................................................... 21 2 MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Actividade Como previsto, 2010 foi um ano marcado pela constituição do Fundo de Investimento Dynamic Alpha Portfolio UCITS III Fund, em parceria com a ESAF, Fundo esse do qual a Blue é o Investment Advisor. O arranque da gestão deste veículo ocorreu no mês de Abril. Tudo correu como previsto e o Fundo tem vindo a ter um comportamento em linha com os seus concorrentes mais directos. Quanto aos activos sob gestão, verificou-se uma forte procura inicial que entretanto veio a ser refreada com a crise na dívida soberana da zona Euro. A partir de Maio os investidores voltaram a ter receio de realizar novos investimentos, especialmente nos países mais afectados como é o caso de Portugal e Espanha, os principais mercados alvo para o DAP UCITS III Fund. Na vertente da Consultoria de Investimentos, destacamos a parceria estabelecida na segunda metade de 2010, com a Guggenheim Partners, parceiro estratégico internacional com um valioso Know-how nesta área de negócio. A nível organizacional, destacamos o alargamento da Administração de 3 para 5 Administradores, assim como o reforço da área de operacional com inclusão de um novo colaborador. Em resumo, podemos dizer que 2010 foi um ano em linha com o projectado e em que foram dados passos importantes em relação ao futuro. A performance comercial só não terá sido superior, devido à já referida degradação do ambiente macro-económico a partir de Maio, factor que causou alguma retracção por parte dos investidores. Para 2011, prevemos um ano em que muito do trabalho de reorganização estratégica até aqui realizado, se possa traduzir na conquista de novos clientes e do consequente crescimento dos proveitos da Blue. Este modelo de realização de parcerias estratégicas, continuará a ser desenvolvido, sendo espectável que possam ser dinamizadas novas linhas de negócio em segmentos específicos da Gestão de Carteiras e na Consultoria de Investimentos. Situação Económica e Financeira Vendas: 2009: € 378.383,16 2010: € 346.024,99 Variação: - € 32.358,17 (-8.6%) Apesar do contexto macro-económico adverso ter continuado a dificultar o crescimento das vendas, 2010 acabou por ser mais um ano com Resultados Líquidos positivos. Foi também um ano em que os fundos próprios foram mais uma vez reforçados e em que foram implementadas novas linhas estratégicas que, a prazo serão traduzidas numa diversificação e crescimento dos Proveitos da Sociedade. O reforço do investimento e aumento dos custos necessários à actividade, continuarão a ser ponderados de forma muito rigorosa, em função dos recursos da empresa e da evolução dos Proveitos gerados pela actividade. O Resultado Líquido da Sociedade foi de 8.455,29 Euros. 3 GESTÃO DE RISCOS A Blue é uma instituição detida a 100% por accionistas que não são instituições financeiras, não havendo assim lugar a qualquer consolidação para efeitos contabilísticos ou prudenciais. A Blue não detém qualquer sucursal. Objectivos e políticas de gestão de risco 1. Estratégias e processos de gestão de risco Os riscos relacionados com a actividade de gestão de carteiras e de consultoria de investimentos, considerados materialmente mais relevantes são: Risco Operacional: Relativamente a este tipo de risco, a ocorrência de erros operacionais terão um peso elevado com consequências consideráveis ao nível da gestão de carteiras, pois esses erros poderão originar ordens mal dadas para o mercado que potencialmente poderão resultar em perdas, ou numa má performance ao nível dos resultados da gestão. Por outro lado, se estes erros não forem detectados a tempo, poderão originar a produção de reporte com informação errada para clientes, ou mesmo em informação contabilística distorcida, com o consequente reporte incorrecto para entidades reguladoras. Risco de Sistemas de Informação: O correcto funcionamento das Áreas de Operações e Contabilidade depende em grande parte dos elementos presentes nos sistemas de informação, ferramentas fundamentais sem as quais seria impossível a estas duas áreas desempenharem o seu papel. Este é um tipo de risco, em relação ao se pode quase mitigar na íntegra o aparecimento de situações potencialmente perigosas, quer através da produção de backups regulares da informação existente, quer através da manutenção constante das bases de dados. Risco de Compliance: Um reporte deficiente, não atempado, ou que origine dúvidas quanto ao correcto funcionamento da empresa, poderá comprometer a sua viabilidade, quer em termos financeiros no caso de aplicações de coimas, quer em termos da continuidade da licença para Gestão Discricionária de Carteiras e Consultoria de Investimentos. Risco de Estratégia: Existe uma forte ligação entre a estratégia da empresa e as áreas de negócio. Uma má decisão ao nível da estratégia da empresa poderá pôr em risco a sobrevivência da mesma. Risco de Reputação: Do rigor da gestão e da criação de valor para clientes, quer pelas performances atingidas, quer pela qualidade da consultoria fornecida, depende o sucesso da empresa que vai contribuir para a sua reputação. Da mesma forma, se a empresa tiver uma fraca reputação, a captação de clientes vai tornar-se mais difícil, se não impossível, resultando na não existência de activos para gerir e sobre os quais aconselhar. Risco de Contraparte: A Sociedade incorre no risco de contraparte ao realizar aplicações financeiras em outras instituições financeiras ou directamente no Estado. No caso de incumprimento, a Sociedade tem como garantia do Fundo de Garantia de Depósitos até 100.000,00 euros por cada depósito efectuado numa instituição de crédito portuguesa. Também no caso de default do Estado emissor de Obrigações ou outros títulos do Tesouro, a Sociedade poderia incorrer numa perda de rendimento e/ou capital. 2. Estrutura e organização da função relevante de gestão de risco ou de outros mecanismos adequados A Área de Controlo de Gestão, Risco e Compliance é uma Área intermédia, que controla a actividade das Áreas de Negócio e que estabelece mecanismos de cross-check e reconciliação aos vários níveis entre estas primeiras e as Áreas de Apoio. As suas principais responsabilidades são: 4 a) b) c) d) e) f) g) Controlo e supervisão tanto do front office como do back office, nomeadamente no que respeita ao cumprimento dos contratos de gestão de carteiras e das normas legais, regulamentares e deontológicas aplicáveis, bem como no que respeita às decisões de investimento e aos reports/research elaborados na Área de consultoria; Controlo e supervisão do cumprimento das regras relativas à autonomia e não interferência entre as actividades de gestão discricionária de carteiras e de consultoria para investimentos em valores mobiliários; Identificação, monitorização e controlo dos diversos riscos associados à actividade da Blue e dos seus clientes; Efectuar o reporte a entidades reguladoras; Due-dilligence, no âmbito de movimentos nas contas de clientes e novos processos de abertura de conta; O responsável pela supervisão e controlo das actividades de intermediação financeira, tem autonomia para poder solicitar informação relevante sem o consentimento de terceiros, e reporta directamente ao Conselho de Administração; Elaboração do Comité de Risco. O Comité de Risco é o órgão responsável pelas decisões estruturais em matéria de controlo interno, dele fazendo parte: a) b) c) Todos os membros do Conselho de Administração; O responsável pela Área de risco; Outros elementos cuja presença pontual se julgar oportuna. O Comité de Risco, reúne-se com uma periodicidade mínima mensal e deverá abordar, entre outras, as seguintes questões: a) b) c) d) e) f) g) A avaliação do sistema de controlo interno implementado; As fragilidades detectadas ao nível das estruturas de apoio à actividade da empresa; A necessidade de auditorias específicas; As situações de risco operacional; O cumprimento dos limites e das normas prudenciais; A evolução das carteiras, em termos de resultados e riscos; A análise, formulação e implementação do Plano de Acção Integrado. 3. Políticas de cobertura e de redução do risco Entre as técnicas utilizadas para redução dos riscos destacamos os “Testes de Esforço” sobre os diversos riscos, as check-lists implementadas nas Áreas de Apoio assim como a avaliação contínua das diversas categorias de risco em sede de Comité de Risco. 4. Estratégias e processos de monitorização da eficácia sustentada das operações de cobertura e dos factores de redução do risco Na Blue, a estratégia global de monitorização dos riscos baseia-se na identificação antecipada de eventos que possam desencadear problemas para o normal funcionamento da Sociedade e do nível dos seus Fundos Próprios. 5 ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO EM 2010 E PERSPECTIVAS PARA 2011 Beneficiando do ímpeto conferido por estímulos de política de magnitude e aspersão geográfica inéditas, a que se somou o restabelecimento do comércio internacional e a dissipação do pânico que paralisou o mundo no pináculo da crise financeira, a economia global conseguiu ultrapassar os tremores que sacudiram a "periferia" da área do euro e a ameaça de relapso da recessão nos EUA que pairou ao longo do verão, para terminar o ano com níveis de expansão da actividade perto de 5% – acima da média histórica. Em sintonia com os progressos alcançados na esfera "real", os mercados financeiros exibiram generosos desempenhos espargidos por todas as classes de activos, das mais cíclicas às mais defensivas. Em suma, e pese embora as mazelas que a crise deixou, 2010 ensaiou o retorno a um padrão similar ao vigente antes da irrupção da crise de 2007. Esse regresso à "normalidade" constitui a base do optimismo relativo a 2011 que grassa abundante por aí. Ao mesmo tempo, o ano de 2010 fica na história devido à disparidade de performances registadas pelos diversos índices. A crise da dívida soberana na Europa foi o tema do ano, sendo a grande responsável pela referida diferença de performances. A título de exemplo extremo, nota para o índice espanhol que caiu 17.4% enquanto que a Alemanha subiu 16.1%. Espera-se que em 2011 o crescimento a nível global abrande ligeiramente, especialmente nos mercados emergentes que deverão ter taxas de crescimento a níveis mais sustentáveis. Em diversos países desenvolvidos, as políticas de consolidação orçamental e o abrandamento do comércio global deverão também condicionar o crescimento do PIB. As políticas monetárias levadas a cabo por várias regiões do globo deverão também ser muito díspares, com um grupo de países emergentes a lutar contra pressões inflacionistas e contra os significativos fluxos de capital estrangeiro, enquanto que várias economias avançadas (nomeadamente a zona euro, os EUA e o Japão) deverão prosseguir com uma política monetária expansionista. A equipa de gestão continuará a empenhar-se no crescimento da Sociedade, garantindo que os seus interesses estarão sempre alinhados com os interesses tanto de accionistas como de clientes. O Conselho de Administração agradece a todos os seus Clientes, Colaboradores, Fornecedores e Parceiros de Negócio o apoio demonstrado e a confiança depositada nestes primeiros anos de vida da nossa empresa. Estão assim reunidas as condições para a continuação do sucesso da Blue Activos Financeiros – Sociedade Gestora de Patrimónios, S.A. como uma marca de referência nos mercados financeiros. 6 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 (Montantes expressos em Euros) 1. NOTA INTRODUTÓRIA A Blue Activos Financeiros – Sociedade Gestora de Patrimónios, S.A. (Sociedade), foi constituída em 14 de Setembro de 2004. A Sociedade tem como objecto social o exercício da actividade de administração de conjuntos de bens, designados por carteiras, pertencentes a terceiros e a prestação de serviços de consultoria em matéria de investimentos em valores mobiliários. 2. RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As demonstrações financeiras individuais da Sociedade foram preparadas, a partir de 1 de Janeiro de 2006, pela primeira vez de acordo com as políticas contabilísticas definidas pelo Banco de Portugal conforme o disposto no Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal, designadas por Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA). As NCA baseiam-se nas Normas Internacionais de Contabilidade e de Relato Financeiro (IAS/IFRS), tal como adoptadas, em cada momento, por Regulamento da União Europeia. As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, modificado pela aplicação do justo valor para os instrumentos financeiros. As principais políticas contabilísticas utilizadas são apresentadas abaixo. Os principais critérios de avaliação aplicados às diversas rubricas da contabilidade, são os seguintes: 2.1. Especialização de exercícios Os proveitos e custos seguem o princípio contabilístico da especialização de exercícios, sendo contabilizados à medida que são gerados, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. 2.2. Activos em moeda estrangeira Os activos expressos em moeda estrangeira são convertidos para euros à taxa de câmbio em vigor na data a que dizem respeito. As diferenças de câmbio apuradas na conversão e na reavaliação contínua, são reconhecidas como ganhos ou perdas do período na demonstração de resultados. 2.3. Instrumentos financeiros A Sociedade classifica os seus activos financeiros na data da negociação, data em que a Sociedade se compromete a adquirir ou alienar o activo. Os activos financeiros são classificados como ao justo valor através de resultados, avaliado consoante a sua cotação de mercado (de acordo com a IAS 39). Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros é reavaliado numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa reavaliação registados directamente em resultados do exercício. 2.4. Impostos sobre os rendimentos A Sociedade está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (CIRC). 11 O imposto corrente é reconhecido como um custo com base na taxa aplicável no exercício em que os lucros foram gerados. Os efeitos nos impostos futuros por prejuízos fiscais reportáveis são reconhecidos como activos por impostos diferidos na medida em que é provável a existência de lucros fiscais no futuro que permitam a utilização dessas perdas fiscais. Os custos com impostos sobre o rendimento correspondem à soma dos impostos correntes e dos impostos diferidos. Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e avaliados numa base anual, utilizando as taxas de tributação que se encontram em vigor à data da sua contabilização. 2.5. Comissão de Gestão O serviço prestado no âmbito da gestão de carteiras por conta de outrem, é remunerado sob forma de comissões de gestão, cuja taxa é estabelecida no contrato de gestão de carteira celebrado entre a Sociedade e o Cliente. Estas comissões são calculadas automaticamente pelo sistema de gestão de carteiras da Sociedade, sendo que o cálculo corresponde à aplicação directa da taxa acordada ao valor da carteira apurado no último dia útil do mês ou do trimestre, deduzindo as novas entregas e adicionando os levantamentos efectuados no respectivo mês em termos Pró-Rata Temporis. O cálculo e a cobrança das comissões de gestão são realizadas numa base mensal ou trimestral, no último dia útil de cada mês ou de cada trimestre de calendário (Março, Junho, Setembro e Dezembro). 2.6. Activos tangíveis Os activos tangíveis são registados ao custo de aquisição, líquido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações do exercício são calculadas pelo método das quotas constantes, de acordo com as taxas fiscalmente aceites como custo, as quais não diferem da vida útil estimada do imobilizado, que são: Activos tangíveis Anos de vida útil Imóveis Obras em imóveis arrendados 8 Equipamento Mobiliário e material Máquinas e ferramentas Equipamento informático Instalações interiores Equipamento de segurança 4a8 5a8 3a4 10 4 2.7. Provisões para férias e subsídio de férias Considerando que as férias e o subsídio de férias a pagar aos colaboradores em determinado exercício são um direito por eles adquirido no ano imediatamente anterior, a Sociedade regista contabilisticamente no final do ano, o valor das férias e subsídio de férias e respectivos encargos sociais a pagar no ano seguinte. 2.8. Despesas com custo diferido As despesas incorridas com seguros são registadas como despesas com custo diferido, e são amortizadas linearmente por contrapartida de custos durante o ano seguinte. As rendas pagas referente ao arrendamento do imóvel do escritório da Sociedade, é registado em cada mês, a renda do mês seguinte como despesa com custo diferido. As despesas incorridas com outros fornecedores, são essencialmente despesas com gastos gerais administrativos que são registadas como despesas com custo diferido, sendo amortizadas linearmente por contrapartida de custos durante o período a que dizem respeito. 12 2.9. Valores recebidos para gestão por conta de outrem As carteiras de clientes sob gestão da Sociedade, encontram-se registados nas contas extrapatrimoniais valorizadas ao último preço de mercado, no momento de referência (Nota 18). 2.10. Supervisão De acordo com o regulamento da CMVM nº 7/2003, é devida, pela Sociedade à CMVM a taxa mensal de supervisão. Conforme o disposto no artigo 6º da Portaria nº 913-I/2003, a taxa de supervisão incide sobre o valor total administrado no último dia de cada mês, no valor de 0,0075 (por mil), não podendo a colecta mensal ser inferior a 200 euros nem superior a 20.000 euros. Esta taxa foi registada como custo, na rubrica “Serviços especializados - Supervisão”. 2.11. Sistema de Indemnização aos Investidores Em Junho de 1999, foi criado o Sistema de Indemnização aos Investidores, cujo objectivo é garantir a entrega ao Sistema, em caso de accionamento deste, dos montantes necessários para pagamento das indemnizações que forem devidas aos investidores. Nos exercícios de 2009, ao abrigo do disposto no nº 2 do artigo 4º do regulamento da CMVM nº 2/2000, a Sociedade ficou dispensada do pagamento do valor de 2.500 euros destinada a assegurar as despesas de funcionamento do Sistema. 3. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Em 31 de Dezembro de 2010, o saldo em Caixa corresponde a existência física em notas e moedas em euros, libras esterlinas, dólares norte-americanos e francos suíços. 4. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Em 31 de Dezembro de 2010, esta rubrica corresponde ao saldo de depósitos à ordem junto do Banco Espírito Santo, S.A.. 13 5. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Em 31 de Dezembro de 2010, a carteira de títulos da Sociedade tem a seguinte composição: Categoria de Activo (Instr. BoP 23/2004) Código do título Tipo de País do emitente emitente Cotado / Não cotado Mercado organizado relevante Cotação Quantidade Valor nominal Critério valorimétrico Valor de Balanço S Mercado Especial de Dívida Pública 101.72% 2,000,000 0.01 Valor de mercado 20,344 Instrumentos de dívida De dívida pública portuguesa O.T. 5,45% Setembro/2013 6. Outros activos financeiros ao PTOTEGO justo valor E0009 através de resultados Outras Portugal APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Em 31 de Dezembro de 2010, esta rubrica corresponde ao saldo dos seguintes depósitos a prazo: Instituição de Crédito Moeda Montante Taxa de Juro Vencimento Prazo (dias) Juro corrido Total Banco Espírito Santo EUR 135,000 2.00% Jan-11 183 1,260 136,260 Banco BPI EUR 203,121 2.35% Jan-11 182 2,188 205,309 Banco Espírito Santo EUR 100,000 1.75% Fev-11 183 715 100,715 4,162 442,284 438,121 7. PROVISÕES Em 31 de Dezembro de 2010, o movimento nesta rubrica foi o seguinte: Movimento acumulado das provisões Ajustamentos Transferências por diferenças cambiais Descrição Saldo em 31/12/2009 Dotações Utilizações Anulações e reposições Provisões para crédito vencido 836 3,030 0 2,207 0 0 1,659 836 3,030 0 2,207 0 0 1,659 14 Saldo em 31/12/2010 8. ACTIVOS TANGÍVEIS O movimento nesta rubrica em 2010 foi o seguinte: Saldo em 31/12/2009 Bens Tangíveis Obras em Imóveis arrendados Valor Bruto Amortizações Acumuladas 2010 Valor Liquído Aquisições Saldo em 31/12/2010 Amortizações do exercício Abates / Vendas Valor Bruto Amortizações Acumuladas Valor Liquído 2,766 691 2,074 346 2,766 1,037 1,729 12,883 6,828 6,054 1,918 12,883 8,747 4,136 Máquinas e ferramentas 6,956 6,215 741 258 6,956 6,474 482 Equipamento informático 47,262 46,281 981 634 47,262 46,915 347 3,521 2,113 1,408 352 3,521 2,465 1,056 272 204 68 68 272 272 0 73,660 62,333 11,327 3,577 73,660 65,910 7,750 Mobiliário e material Instalações interiores Equipamento de segurança 9. 0 0 IMPOSTOS CORRENTES E IMPOSTOS DIFERIDOS A Sociedade está sujeita a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) e correspondente Derrama. De acordo com o artigo 81º do Código do Imposto Sobre as Pessoas Colectivas, as despesas de representação, os custos com viaturas suportadas pela Sociedade, as despesas de deslocação em viatura própria, e as despesas com ajudas de custo, são tributadas autonomamente à taxa de 10%. As autoridades fiscais têm a possibilidade de rever a situação fiscal durante um período de quatro anos, podendo resultar devido a diferentes interpretações da legislação, eventuais correcções ao exercício de 2010. Dada a natureza das eventuais correcções, que poderão ser efectuadas, não é possível quantificá-las neste momento. No entanto, na opinião do Conselho de Administração, não é previsível que qualquer correcção seja significativa para as demonstrações financeiras. O detalhe destas rubricas é o seguinte: 31/12/2010 30/12/2009 Impostos correntes Provisão para impostos sobre lucros 7,249 6,855 Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores 1,563 ( 489) 8,812 6,366 ( 2,752) ( 19,079) 14,205 14,205 Retenção de imposto e pagamentos por conta Impostos diferidos Reservas por impostos diferidos Por prejuízos ou créditos fiscais utilizáveis relativos aos períodos de 2004 e 2005 15 10. OUTROS ACTIVOS E OUTROS PASSIVOS 31/12/2010 Outros Activos Devedores diversos Outros juros e rendimentos similares a receber 31/12/2009 70,949 70,533 296 840 Despesas com encargo diferido: Seguros 1,947 2,196 Outras rendas 2,150 2,150 Outros fornecedores 5,019 871 80,360 76,590 11,919 Outros Passivos Sector Público Administrativo: IVA a pagar 7,286 Retenção de impostos na fonte 1,505 1,054 Segurança Social 1,910 2,021 11,384 11,096 3,213 818 Fornecedores Credores diversos Encargos a pagar: Por gastos com pessoal 14,300 16,919 Por gastos gerais administrativos 23,913 26,710 63,512 70,536 11. CAPITAL Em 31 de Dezembro de 2010, o capital social da Sociedade encontrava-se representado por 75 mil acções, com um valor nominal de 5 euros cada, as quais encontram-se totalmente subscritas e realizadas por diferentes accionistas, dos quais se destacam os seguintes: 31/12/2010 nº de acções montante 31/12/2009 % nº de acções montante % António Francisco Alvim Champalimaud 19,243 96,215 25.66% 19,243 96,215 25.66% Duarte Marinho Freitas do Amaral 19,993 99,965 26.66% 19,993 99,965 26.66% João Bernardo Pablos de Brito e Cunha 19,243 96,215 25.66% 19,243 96,215 25.66% João Manuel de Quevedo Pereira Coutinho 3,750 18,750 5.00% 3,750 18,750 5.00% Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento 3,750 18,750 5.00% 3,750 18,750 5.00% Outros 9,021 45,105 12.03% 9,021 45,105 12.03% 75,000 375,000 100% 75,000 375,000 100% 16 12. MARGEM FINANCEIRA Em 31 de Dezembro de 2010, esta rubrica corresponde a: 31/12/2010 31/12/2009 Juros e rendimentos similares Juros de disponibilidades e aplicações em instituições de crédito 7,367 12,116 Juros de activos financeiros ao justo valor através de resultados 1,170 1,545 8,536 13,661 - 881 0 881 8,536 12,780 Juros e encargos similares Juros de credores e outros recursos Margem Financeira 13. RENDIMENTOS E ENCARGOS DE E COM SERVIÇOS E COMISSÕES Em 31 de Dezembro de 2010, esta rubrica corresponde a: 31/12/2010 31/12/2009 Rendimentos de serviços e comissões Comissões de gestão de carteiras Comissões de serviços de consultoria de investimentos 261,045 363,992 84,980 14,391 346,025 378,383 1,339 1,172 1,339 1,172 Encargos com serviços e comissões Serviços bancários prestados por terceiros 14. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica inclui os resultados decorrentes da reavaliação cambial das notas e moedas estrangeiras existentes em Caixa (Nota 3) expressos em moeda estrangeira de acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.2. 17 15. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Em 31 de Dezembro de 2010, esta rubrica corresponde a: 31/12/2010 Contribuições para o Sistema de Indemnização aos Investidores 2,500 - 33 27 278 - 2,811 27 Imposto do selo Outros encargos e gastos operacionais 31/12/2009 16. CUSTOS COM PESSOAL Em 31 de Dezembro de 2010, os custos com pessoal correspondem a: 31/12/2010 31/12/2009 Orgãos de gestão e fiscalização: Remunerações 58,874 72,015 36,300 40,996 19,209 23,525 Empregados: Remunerações Encargos Sociais: Segurança Social Seguros de acidentes de trabalho Seguros de saúde Medicina do trabalho 538 595 5,918 6,898 309 312 - 1,369 121,148 145,710 Indemnizações contratuais Em 31 de Dezembro de 2010, o número de efectivos ao serviço da Sociedade, foi o seguinte: 2010 Administradores 2009 3 3 Directores - 1 Estagiários 1 - 4 4 18 17. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Em 31 de Dezembro de 2010, esta rubrica tem a seguinte composição: 31/12/2010 Água, energia e combustíveis 31/12/2009 6,370 Material de consumo corrente Rendas e alugueres Comunicações Deslocações, estadas e representação Conservação e reparação Transportes Formação de pessoal Seguros 5,180 1,416 2,053 43,652 40,946 7,581 9,016 15,080 15,967 611 343 5,681 5,172 64 96 275 268 Serviços especializados: Avenças e honorários Judiciais contencioso e notariado Informática Limpeza - - 85 85 24,295 18,645 892 878 92,489 112,331 Consultores e auditores externos 4,362 4,353 Supervisão 3,008 3,399 205,861 218,733 Estudos e consultas 18. RUBRICAS EXTRAPATRIMONIAIS 31/12/2010 31/12/2009 Garantias prestadas e outros passivos eventuais Activos dados em garantia 20,344 31,568 36,872 39,926 32,667,894 35,057,876 Compromissos perante terceiros Sistema de Indemnização aos Investidores Responsabilidades por prestação de serviços Valores administrados pela instituição (Nota 2.9.) Em 31 de Dezembro de 2010, o saldo da rubrica “Compromissos perante terceiros – Sistema de Indemnização aos Investidores” corresponde à responsabilidade potencial para com o Sistema de Indemnização aos Investidores (SII), em caso de accionamento deste, dos montantes necessários para pagamento das indemnizações que forem devidas aos investidores, conforme o estabelecido no artigo 6º do regulamento da CMVM nº 2/2000. Em 31 de Dezembro de 2010, o saldo da rubrica “Activos dados em garantia” corresponde a Obrigações do Tesouro (Nota 5) penhoradas a favor do SII para fazer face à referida responsabilidade potencial perante o SII, de acordo com o artigo 8º do regulamento da CMVM nº 2/2000. 19 RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO 20 CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS 21 22