Introdução a Parasitologia
Patrícia de Lima Martins
Introdução
 PARASITOLOGIA é a ciência que estuda os
parasitos.
 PARASITA(O):
 PARA = ao lado
+
SÍTIOS = alimento
Conceito
 PARASITA(O): ser que vive às custas de outro
(hospedeiro), dele extraindo os elementos
necessários à sua sobrevivência (abrigo e/ou
alimento), o que pode gerar danos ao hospedeiro;
 Relação de dependência metabólica;
 A associação parasito-hospedeiro tende para um
equilíbrio entre a ação do parasito e a capacidade de
resistência do hospedeiro.
Conceito
• Eles são considerados agressores, pois prejudicam o
organismo hospedeiro através do parasitismo.
 Parasita pode viver muitos anos em seu hospedeiro
sem lhe causar grandes malefícios, ou seja, sem
prejudicar suas funções vitais.
 Entretanto, alguns deles podem até levar o organismo
à morte, neste caso, porém, o parasita sucumbirá junto
com seu hospedeiro, uma vez que, era através dele,
que ele se beneficiava unilateralmente.
Objetivos da Parasitologia
 Servir de fundamento: para patologia,
 Diagnóstico,
 Terapêutica,
 Epidemiologia e
 Profilaxia das doenças parasitárias de grande
interesse médico e em saúde pública.
Transmissão de parasitas
 Eles podem ser transmitidos entre os
seres humanos através do contato
pessoal ou do uso de objetos pessoais.
 Podem também ser transmitidos
através da água, alimentos, mãos sem a
devida higienização, poeira, através do
solo contaminado por larvas, por
hospedeiros intermediários (moluscos)
e por muitos outros meios.
PARASITOLOGIA
Helmintos
Protozoários
Artrópodes
Moluscos
 Mesmo com todos os avanços científicos e
tecnológicos conquistados ao longo do tempo pela
humanidade, as parasitoses ainda representam um
grave problema social, principalmente em países
em desenvolvimento, o que contribui com
problemas relacionados à saúde e educação,
representando um fator de risco para as
populações, principalmente as de baixa renda.
 Além de causarem muitas mortes, essas
parasitoses
comprometem
o
desenvolvimento normal das crianças
Influenciando o baixo rendimento escolar,
atingindo
e
comprometendo
desenvolvimento físico, cognitivo e social.
 Limitam a capacidade de trabalho dos adultos
 As infecções parasitárias são encontradas
em todas as partes do mundo, e algumas
são características de determinadas
regiões
Fatores que contribuem com as
parasitoses
 As condições ambientais são um fator
determinante para a prevalência de
parasitoses, que ocorrem sobretudo nos
países
subdesenvolvidos
ou
em
desenvolvimento, gerando as chamadas
doenças tropicais. (AMATO NETO; CHIEFFI,
2006)
Fatores que contribuem com as
parasitoses
Pobreza e falta de saneamento básico concorrem para tornar
as pessoas dependentes de coleções de águas superficiais
onde há risco.
Fig. – Leito de rio na Nigéria (Fonte: OMS,
2004).
Distribuição geográfica das
parasitoses
Zona de alto risco
Zona de médio risco
Zona de baixo risco
Em relação à população
mundial:
NO BRASIL:
 50% está infectada por
 30,9% das crianças
parasitos
apresentam
 25% tem ascaridíase
parasitoses, sendo as
(lombriga)
mais
comuns
 0,5
a 20% tem
ascaridíase, giardíase e
giardíase
(giardia,
tricuríase.
Há
parasita microscópico)
poliparasitismo
em
cerca de 13,0% delas.
 500
milhões
têm
amebíase
Fatores que contribuem com as
parasitoses
 Parasitoses são endemias urbanas
 Êxodo rural:
 1940
 30% da população nas cidades
 70% da população no campo
 2008
 80% da população nas cidades
 20% da população no campo
Saneamento no Brasil
5 milhões sem instalações sanitárias
75 milhões de pessoas sem sistema de coleta
10 bilhões de litros de esgoto bruto no ambiente
65% das intervenções hospitalares são por doenças de
veiculação hídrica
180 mil pessoas/ano morrem pelo consumo de água
contaminada
Fig. 12 – Ascaris lumbricoides
Fonte: www.parasitologytoday.com
Fatores que contribuem com as
parasitoses
 PROBLEMAS SOCIAIS
 PROBLEMAS DE SAÚDE PÚBLICA
 PARASITOSES
 PARASITOLOGIA
Conceitos Básicos em
Parasitologia
 PARASITO/AGENTE ETIOLÓGICO: Causador da
doença;
 HOSPEDEIRO: Indivíduo de espécie distinta
que abriga o parasita;
 HABITAT: Ecossistema/Local/Órgão onde o
parasita se desenvolve em seu hospedeiro;
 VETOR: Veículo de transmissão do parasita;
 PARASITOSE: Doença provocada pelo
parasita.
Fatores necessários ao
desenvolvimento das parasitoses
 A- Fatores inerentes ao Parasito:
 Nº de exemplares/indivíduos;
 Tamanho;
 Localização (órgão atingido);
 Virulência .
 B- Fatores pertinentes ao Hospedeiro:
 Idade;
 Imunidade;
 Nutrição;
 Hábitos e costumes;
Localização dos Parasitos no
Organismo Humano (Habitat)
 SNC
 Toxoplasma; E. Histolytica; Trypanossoma;
Plasmodium
 Pele
 Leishmania ssp
 Coração
 Trypanossoma cruzi
 Fígado
 E. Histolytica; Leishmania ssp
 Intestino
 E. Histolytica; Giardia lamblia; A. lumbricoides;
Taenia; Ancylostoma
 Circulação sanguínea
 Trypanossoma; Plasmodium
 Pulmões
 Larvas de nematóides e Schistosoma
 Veia porta-hepática
 Schistosoma, vermes adultos
 Bexiga
 Schistosoma, Haematobium, vermes adultos
Modalidade de Parasitismo
 Microscópicos e Macroscópicos
 Esta divisão baseia-se no tamanho dos
parasitas.
 PARASITAS MICROSCÓPICOS Ácaros, Ácaro
da sarna
 PARASITAS MACROSCÓPICOS Carrapatos
Vermes cilíndricos, Vermes achatados
Modalidade de Parasitismo
 Segundo o local do parasitismo:
 Endoparasitas - permanecem no interior do
organismo hospedeiro. Ex.: helmintos
(vermes) e protozoários - INFECÇÃO
 Ecto/Exoparasitas
permanecem
na
superfície corpórea do hospedeiro, na pele,
pêlos e cavidades naturais. Ex.: piolhos,
pulgas, carrapatos - INFESTAÇÃO
Mecanismos de Defesa do
Hospedeiro
1a Barreira
 Resistência Natural: conjunto de fatores que
impedem a instalação do agressor
 Idade
 Imunidade
 Nutrição
 Hábitos e costumes de higiene
Mecanismos de Defesa do
Hospedeiro
2a Barreira
 Condições Fisiológicas do Hospedeiro:
 Pele
 descamação celular, dessecação, acidez,
secreção de ácidos graxos.
Ex: T. cruzi só penetra na pele lesionada.
 Alimentação: a falta de um componente na
dieta pode dificultar a permanência do
parasito.
Mecanismos de Defesa do
Hospedeiro
3a Barreira
 Defesa Imunológica:
 Proliferação celular – Leucócitos
(fagocitose)
 Produção de anticorpos específicos
 Células de defesa:
 Células da medula óssea ( linfócitos T,
linfócitos B)
 Células de Kupfer (fígado)
 Gânglios linfáticos
PROFILAXIA DE PARASITOSES
 A prevenção para todas as parasitoses é basicamente a
mesma: as condições de higiene pessoal determinam a
disseminação ou não dessas doenças.
 Existe uma relação direta entre nível sócio-econômico e
erradicação de verminoses.
 medidas profiláticas:
 sempre lavar bem os alimentos, principalmente frutas e
verduras, com água tratada e corrente.
 De preferência, deixe os alimentos (saladas, verduras e
legumes) que forem consumidos crus descansando em um
recipiente com água e Hipoclorito de Sódio por cerca de 15
a 20 minutos.
PROFILAXIA DE PARASITOSES
 Prefira não consumir carne mal passada,
ou então pedaços muito grossos.
 na ausência de abastecimento de água
tratada, consuma apenas água filtrada
e/ou fervida
 evite defecar em locais inadequados,
como córregos, matas, lavouras etc. Esta
prática é uma das que mais contribui para
a não erradicação das verminoses no
Brasil, pois o ciclo dos vermes é
continuado a cada vez que uma pessoa
infestada defeca nesses locais, pois o
verme pode contaminar novamente o
solo, a água, as verduras, frutas e legumes.
Sintomas
 forte dor abdominal, com contrações intestinais e sensação
de "intestino preso" (obstrução intestinal). É a famosa
cólica abdominal, que ocorre com muita freqüência em
quase todas as verminoses;
 diarréia ou alternância entre diarréia e obstrução intestinal,
acompanhada ou não de falta de apetite;
 manchas esbranquiçadas no rosto;
 prostração, falta de apetite, acompanhados ou não por
febre e irritabilidade;
 inchaço na barriga, na virilha, nas axilas, nas pernas ou nos
braços;
 principalmente em crianças: tendência a comer areia, terra,
pedaços de papel.
Tratamento de parasitoses
 Tratamento das verminoses é específico
para cada doença.
 Via de regra, deve-se consultar o médico
Obrigada!
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