IV CONALI - Congresso Nacional de Linguagens em Interação Múltiplos Olhares 05, 06 e 07 de junho de 2013 ISSN: 1981-8211 A tradição literária portuguesa: o cenário bucólico, idílico e o lirismo trovadoresco como formadores das personagens femininas em Viagens na minha terra, de Almeida Garrett. Diego Rafael Betiato (UEM) Resumo O presente artigo tem como objetivo principal pesquisar o contexto sócio cultural do período denominado Idade Média Central, séculos XI a XIII, quando foram produzidas e divulgadas as cantigas de amigo, comprovando serem as cantigas a base da tradição literária portuguesa, especificamente do Romantismo. Reconhecendo nesse artigo, visto que se trata de um recorte do projeto maior, o perfil literário de Almeida Garrett e as influências dos cancioneiros medievais na criação da personagem feminina, Joaninha, de Viagens na minha Terra. Fazendo-se necessário, também, um breve estudo do Romantismo, período em que foi escrito o livro em questão. Palavras – chave: Idade Média Central; Joaninha; Viagens na minha Terra. Introdução O Romantismo é por si só uma escola literária, uma tendência, uma forma, um fenômeno histórico, um estado de espírito, ele é tudo isso junto e cada item separado. O Romantismo enquadra-se como uma emergência histórica, um evento sócio cultural, uma escola historicamente definida, que surgiu num dado momento, em condições concretas e com respostas características à situação que se lhe apresentou. A junção desses elementos é o que torna o Romantismo uma escola literária tão importante para nossos estudos. A introdução da nova literatura em Portugal pode ser comparada à situação política, visto que a sociedade do período era assaz nacionalista, considerando-se suas consequências radicais e pela sua quebra de continuidade com o passado, à revolução política de 18321834. Em 1825, exilado em Paris, Almeida Garrett publica o poema Camões, dando início ao movimento romântico em Portugal. Saraiva e Lopes (s/d, p.694) registram que: (...) esta obra não teve sequência imediata na nossa literatura. Só depois do regresso dos emigrados que se verifica o fluxo contínuo de uma corrente literária diferente. É preferível marcar o início do romantismo em Portugal no ano de 1836, em que se publica A voz do Profeta, de Herculano. Dessa forma, três momentos distintos devem ser considerados no estudo do Romantismo em Portugal: 1º) O Romantismo propriamente dito (1825-1836) ou Primeira Geração Romântica, na qual participaram Almeida Garrett (introdutor do movimento), ao publicar IV CONALI - Congresso Nacional de Linguagens em Interação Múltiplos Olhares 05, 06 e 07 de junho de 2013 ISSN: 1981-8211 os poemas Camões e Dona Branca, além de romance e teatro (Frei Luís de Sousa); Alexandre Herculano, introdutor do romance de caráter histórico, ao publicar Eurico, o Presbítero e o poeta Antonio Feliciano de Castilho, defensor ardoroso do movimento até o final da primeira metade do século. 2º) O Ultra-romantismo (1836-1860), fase marcante do movimento romântico em toda a Europa, com a participação de Camilo Castelo Branco, com uma vasta produção que compreende poesia, teatro, crítica literária, jornalismo, conto, romance (Amor de Perdição) e novela. O poeta Soares de Passos participou também desse segundo momento romântico em Portugal. 3º) O período que pode ser chamado de transição para o Realismo (1860-1865), tendo como principal representante o romancista Júlio Dinis, autor do romance analítico, considerado o primeiro teorizador do romance em Portugal. Escreveu entre muitos As Pupilas do Senhor Reitor. Na poesia, destacam-se João de Deus e Tomás Ribeiro. Garrett interessou-se sempre pelas tradições nacionais e inicia a recolha de romances populares portugueses, considerados como poesia primitiva, principalmente os cancioneiros medievais. E, com a nacionalização da literatura e o repúdio da poesia clássica culmina com a revolução romântica, sintetizada em sua célebre frase, na introdução do primeiro volume do Romanceiro: “Nenhuma coisa pode ser nacional, se não é popular”, expressando as suas ideias liberais. Nesse sentido, podemos concluir que o Romantismo português é inseparável do liberalismo, consequência direta da emigração, o que o distingue do Romantismo europeu. Análise da personagem Joaninha O romance é constituído fundamentalmente pelo relato de um fato verídico: a viagem de Garrett de Lisboa a Santarém, para visitar Passos Manuel, o ex-chefe dos setembristas (ou liberais) e o principal opositor à ditadura de Costa Cabral. Garrett, simultaneamente, é o protagonista e o narrador do romance, coincidindo o eu biográfico e o eu artístico: o homem e o artista, identificando-se. No romance, há uma variedade de motivos que encantam o leitor: realistas, líricos, humorísticos, históricos, artísticos, literários e políticos, mas todos exprimem o amor por tudo o que é nacional, genuíno, marcadamente português. IV CONALI - Congresso Nacional de Linguagens em Interação Múltiplos Olhares 05, 06 e 07 de junho de 2013 ISSN: 1981-8211 As leituras realizadas no início do projeto permitiram-nos chegar à premissa de que para entendermos a construção do perfil feminino de Joaninha, personagem do livro de Almeida Garrett, entender o papel que exerce uma personagem em um romance é ponto inicial. Para tanto, o estudo requer uma analise teórica e literária minuciosa que explore suas características e relevância para esclarecer sua construção. Para começarmos a falar de personagem, levamos em conta que Joaninha foge de alguns padrões já pré-concebidos. Garrett a descreve somente no capítulo X, porque a estrutura do livro também é diferente dos demais publicados na época do Romantismo. O romance relata as viagens de Garrett de Lisboa a Santarém, incluindo-se a novela da menina dos rouxinóis. Dessa forma, já nos surpreende por fugir de um determinado padrão estabelecido de apresentação do personagem, sabendo que toda a descrição das viagens também se caracteriza como fundamental para obra e a pesquisa. Para a elaboração dos estudos dessa importante personagem feminina romântica, o perfil da jovem das cantigas de amigo será de fundamental importância. Para isso, segundo Duby (2001), a mulher era o próprio pecado, e assim era resgatado por uma punição corporal que evidenciava a falta exteriormente por uma maneira de comportar-se e de vestir-se. A mulher era símbolo do pecado e sofria punições de três dias a dez anos, penalidades julgadas e aplicadas pelos padres. Dessa forma, ela era prejudicada, considerando-se que o juiz era homem e naturalmente superior, não era seu esposo e logo não poderia seduzi-lo, assim como o padre também deveria resistir à sedução. Contudo, a única maneira da mulher ser vista com outros olhos era pelo casamento, e como afirma Duby (2001, p.38) “(...) É pelo casamento, com efeito, que a mulher desse tempo tem acesso à existência social. Antes, ela não é nada: “mesquinha”, esse termo que nos ficou a moça no século XII”, podemos identificar nessas palavras como a existência feminina era irrelevante, sem interesse que não fosse sexual. A beleza feminina era vista como um atributo que levava os homens ao pecado, e por esse motivo os padres ordenavam as mulheres ficarem sempre sob a tutela masculina. Assim a beleza era considerada um “fardo” da mulher. Como exemplo, podemos citar um fragmento do romance de Garrett, corpus da nossa pesquisa: IV CONALI - Congresso Nacional de Linguagens em Interação Múltiplos Olhares 05, 06 e 07 de junho de 2013 ISSN: 1981-8211 Joaninha não era bela, talvez nem galante sequer no sentido popular e expressivo que a palavra tem em português, mas era o tipo de gentileza, o ideal da espiritualidade. Naquele rosto, naquele corpo de dezesseis anos, havia por dom natural e por uma admirável simetria de proporções toda a elegância nobre, todo o desembaraçado modesto, toda a flexibilidade graciosa que a arte, o uso e a conversação da corte e da mais escolhida companhia vêm a dar a algumas raras e privilegiadas criaturas no mundo (...).” (GARRETT, 2012, p.124) Depreende-se que a beleza da mulher da Idade Média era fruto do pecado para os homens, resistida pelos padres que tinham um profundo medo das mulheres, sobretudo de seu sexo. Reflete-se essa ideia na descrição da beleza de Joaninha, em poucas linhas, portadora de “gentileza”, “ideal de espiritualidade”, “elegância nobre”, entre outras qualidades da menina das cantigas de amigo, por sua vez, inspirada na beleza de Maria. Vale lembrar que a beleza da mulher só era digna se viesse com a virgindade, pois constituía honra as famílias e também constitui o valor das “prometidas” (DUBY, 2001, p.79). Essa mulher era obrigada a cultuar seu marido, tornar-se um objeto de prazeres, contemplá-lo, obedecer-lhe e servi-lo. Com a promulgação do casamento por Deus para Adão e Eva no paraíso, o casamento tinha como função extinguir as exaltações do desejo. com o casamento, as mulheres ainda eram julgadas como seres inferiores e destinadas a saciar os prazeres carnais. Nesse sentido, Macedo (1999, p.19) também faz uma alusão ao casamento, explicando que ele fora endereçado aos homens. Eram eles que determinavam as ações das mulheres e dessa maneira os religiosos consideravam as mulheres como seres inferiores que dependiam da virilidade de um homem. Macedo (1999, p.21) afirma ainda que a sociedade medieval foi indubitavelmente misógina, ou seja, nutriu um desprezo generalizado pelas mulheres, que enfrentaram dificuldades tanto na sociedade que as viam dessa forma, como dentro de suas casas pelos seus maridos. No entanto, essas mulheres foram forçadas pelas dificuldades a desempenharem atividades fora do lar, assim por superioridade numérica e maior esperança de vida participaram, praticamente, de todos os setores econômicos da Idade Média. As mulheres da Idade Média foram vistas pelos homens como o sexo frágil e tinha como dever servir todo homem ligado a sua vida, primeiro com o pai em seguida com o marido. Segundo o professor José Rivair Macedo (1999), tomando por base os papéis que tinham enquanto participantes da família, todas fora indistintamente filhas, esposas, mães. Porém, IV CONALI - Congresso Nacional de Linguagens em Interação Múltiplos Olhares 05, 06 e 07 de junho de 2013 ISSN: 1981-8211 levando em consideração as atividades desempenhadas fora do lar as mulheres tinham uma intensa participação na vida social. Isso porque, segundo Robert Fossier: “numa época onde comer era o essencial, onde a casa era a célula mestra da sobrevivência, a que controlava as reservas e preparava os alimentos detinha o papel essencial na vida social. A mulher, segundo ele, ao reinar o lar, ocupava o centro da sociedade.” (MACEDO apud FOSSIER, 1999.p. 26) Já o caráter da personagem feminina, Joaninha, de Almeida Garrett é descrito como uma menina gentil, um ideal de espiritualidade. Por meio de seu corpo simétrico é possível identificar uma elegância nobre, um desembaraço modesto e sua graciosidade. Sua face transmitia uma gravidade singela sem nenhuma aspereza, gentileza é seu maior atributo sempre lembrado por Garrett. Dessa forma, podemos analisar a personagem Joaninha comparando-a e aproximando-a das meninas de Cantigas de Amigo, a qual aparece como proposta do trabalho. Podemos observar as semelhanças nos trechos de cantigas e do livro, Viagens na minha Terra, referentes à beleza: Cantiga de amor de refrão “Tinham todas belíssimas aparência as dona que hoje eu vi, donas prendadas devotadas ao bem, ajuizadas mas de uma moça vos faço a confidência: em beleza venceu quantas achou uma moça que agora aqui chegou.” (João Garcia de Guilhade) Cantiga de amigo (bailada) “Bailemos nós todas três, ai amigas, debaixo destas aveleiras floridas e quem for bonita como nós bonitas, se amigo amar, debaixo destas aveleiras floridas virá bailar.” (Airas Nunes) IV CONALI - Congresso Nacional de Linguagens em Interação Múltiplos Olhares 05, 06 e 07 de junho de 2013 ISSN: 1981-8211 Ambos os trechos das Cantigas nos permiti observar a influência da Cantiga na construção da personagem Joaninha, no livro Viagens na minha Terra: “Joaninha não era bela, talvez nem galante sequer no sentido popular e expressivo que a palavra tem em português, mas era o tipo de gentileza, o ideal da espiritualidade. Naquele rosto, naquele corpo de dezesseis anos, havia por dom natural e por uma admirável simetria de proporções toda a flexibilidade graciosa que a arte, o uso e a conversação da corte e da mais escolhida companhia vêm a dar a algumas raras e privilegiadas criaturas no mundo.” (GARRETT, 2012, p. 124) “Sussurre o mais ingênuo e suave movimento de alma no primeiro acordar das paixões, e verão como sobressaltam os músculos agora tão quietos daquela face tranquila.” (GARRETT, 2012, p. 125) As cantigas que fazem referência ao corpo e suas semelhanças na obra de Garrett: Cantiga de amigo “ Vi eu no sagrado em Vigo bailar um corpo garrido: (vistoso) enamorei-me!” (Martim Codax) Cantiga de amigo “Na armada irão seguindo Servir meu corpo tão lindo. Lá vão as flores E com elas meus amores! Foram-se as flores E com elas meu amores!” (Paio Gomes Charinho) “Poucas mulheres são muito mais baixas, e ela parecia alta: tão delicada, tão élancée (elegante) era a forma airosa de seu corpo.” (GARRET, 2012, p. 124) “Era branca, mas não desse branco importuno das loiras, nem do branco terso, duro, marmóreo das ruivas- sim daquela modesta alvura de cera que se ilumina de um pálido reflexo de rosa de Bengala.” (GARRET, 2012, p. 124) A observação aos cabelos, elemento que dava à mulher todo o poder de sedução e marca do sexo feminino, tanto nas Cantigas como no livro de Garrett: IV CONALI - Congresso Nacional de Linguagens em Interação Múltiplos Olhares 05, 06 e 07 de junho de 2013 ISSN: 1981-8211 Cantiga de amigo “A bela acordara, formosa se erguia; lavar seus cabelos vai, na fonte fria, radiante de amores, de amores, radiante. (Pero Meogo) Cantiga de amigo “Contente com vê-los, lavei as madeixas, meu amigo.” (Pero Meogo) “Em perfeita harmonia de cor, de forma e de tom com a fina gentileza destas feições, os cabelos de um castanho tão escuro que tocava em preto, caíam de um lado e outro da face, em três longos, desiguais e mal enrolados canudos, cuja ondada espiral se ia relaxando e diminuindo para a extremidade, até lhe tocarem no colo quase lisos.” (GARRETT, 2012, p. 125) “Em geral, as mulheres parecem ter no cabelo a mesma fé que tinha Sansão: o que nele se ia em lhos cortando, cuidam elas que se lhes vai em lhos desanelando? Talvez; e eu não estou longe de o crer: canudo inflexível, mulher inflexível.” (GARRET, 2012, p. 125) Outro elemento de suma importância são os olhos de Joaninha, eles também foram retratados nas Cantigas Medievais: Cantiga de amigo de mestria “ Vede que falo com razão: não sei no mundo de rei que visse meu corpo esbelto e resistisse, ou não morresse de paixão. Mas meu amigo aqui passou e ver meus olhos não procurou, estes meus olhos que verdes são.” IV CONALI - Congresso Nacional de Linguagens em Interação Múltiplos Olhares 05, 06 e 07 de junho de 2013 ISSN: 1981-8211 “ Os olhos porém – singular capricho da natureza, que no meio de toda esta harmonia quis lançar uma nota de admirável discordância! Como poderoso e ousado maestro que, no meio das frases mais clássicas e deduzidas da sua composição, atira de repente com um som no meio do ritmo musical... Os diletantes arrepiam-se, os professores benzem-se; mas aqueles cujos ouvidos lhes levam ao coração a música e não a cabeça, esses estremecem de admiração e entusiasmo... Os olhos de Joaninha eram verdes... Não daquele verde descorado e traidor da raça felina, não daquele verde mau e destingido que não é senão azul imperfeito, não; eram verdes-verdes, puros e brilhantes como esmeraldas do mais subido quilate.” (GARRETT, 2012, p. 126) Garrett, na criação de personagens como Joaninha, encontrou um caso para contar na história. Ela surge na obra com sua doçura, pureza e inocência, espontaneidade e, principalmente, como encarnação dos autênticos valores portugueses. Produto da terra, mais precisamente do Vale do Santarém, símbolo de Portugal, essa “menina dos olhos verdes”, fruto das cantigas de amigo e, mais tarde, das redondilhas de Camões escritas em medida velha, parece sintetizar terra e mar portugueses. Vive em face da Natureza, com a qual, à vezes, se confunde, é a “menina dos rouxinóis”. Romanticamente idealizada, guia-se no decorrer da narrativa pelo sentimento e pela intuição. Considerações finais A análise realizada neste trabalho permitiu evidenciar que o Romantismo “bebeu nas fontes da Idade Média”. Isso porque, como vimos, a personagem Joaninha de Viagens na minha Terra de Almeida Garrett foi construída tendo em vista a menina da Cantiga de Amigo. Tais processos foram evidenciados, porque, nos exemplos que compuseram o corpus deste trabalho, observou-se que Garrett utilizou-se de elementos físicos e psicológicos para aproximar as duas meninas, a da cantiga e a do romance. Tornando Viagens na minha Terra uma obra complexa, mas ao mesmo tempo rica em detalhes que acompanhariam várias outras pesquisas. Para o auxílio da pesquisa utilizamos teóricos como Macedo, Duby, Candido, entre outros. Uma vez que, para chegarmos a uma pesquisa de qualidade nos faz necessária uma IV CONALI - Congresso Nacional de Linguagens em Interação Múltiplos Olhares 05, 06 e 07 de junho de 2013 ISSN: 1981-8211 base teórica que nos de aparato para conduzir o trabalho nesse determinado contexto e período literário. Faz-se necessário ressaltar que o conhecimento adquirido durante a pesquisa é de extrema importância para continuarmos os estudos sobre esse ponto de vista. Com pesquisas que nos leve a outras etapas de nossos conhecimentos. Referência AGUIAR E SILVA, Vítor Manuel de. Teoria da Literatura. Coimbra, Almedina, 1983. BOURNEUF, Roland e OULLET, Real. O universo do Romance. Tradução José Carlos Seabra Pereira. Coimbra: Almedina, 1976. DIMAS, Antônio. Espaço e Romance. São Paulo: Ática, 1985. DUBY, Georges. Eva e os Padres. Tradução Maria Lúcia Machado. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. FERREIRA, Maria Ema Tarracha. Introdução às Viagens na minha Terra. Lisboa: Ulisseia, 1987. GARRETT, Almeida. Viagens na minha Terra. Apresentação e notas Ivan Teixeira; glossário Geraldo Gerson de Souza; ilustrações Kaio Romero. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2012. – (Coleção Clássicos Ateliê) GUINSBURG, Jaime. O Romantismo. 3[ ed.; São Paulo: Perspectiva, 1978. LINS, Osman. Lima Barreto e o espaço romanesco. São Paulo: Ática, 1976. MACEDO, José Rivair. A mulher na Idade Média. São Paulo: Contexto, 1999. MALEVAL, Maria do Amparo Tavares. Rastros de Eva no Imaginário Ibérico: séculos XII a XVI. Santiago de compostela: Edicións Laiovento, 1995. MOISÉS, Massaud. A Literatura Portuguesa. São Paulo Cultrix, 1987. REIS, Carlos e LOPES, Ana Cristina. Dicionário de Teoria da Narrativa. São Paulo: Ática, 1988. SANTOS, Luiz Alberto e OLIVEIRA, Silvana. Sujeito, tempo e espaço ficcionais. Introdução à Teoria da Literatura. São Paulo: Martins Fontes, 2001. SARAIVA, António e LOPES, Oscar. História da Literatura Portuguesa. 16ª ed.; Porto: Porto Editora, s/d. 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