Relatório e Contas 2013 Documento interactivo. No índice, clique no tema pretendido e irá parar à página certa. Navegue normalmente, com as ferramentas do seu programa, entre páginas. Em cada página ímpar no canto inferior direito ao clicar vai directamente para o índice. Índice Órgãos Sociais Órgãos Sociais 2 Conselho de Administração 2 Conselho Fiscal 2 Mesa da Assembleia Geral 2 Conselho de Administração Relatório de Gestão José Armindo Isidoro Cabrita Presidente Executivo Ivo Pessi Relatório de Gestão 4 Anexo ao Relatório Anual 6 Vice-Presidente Diamantino da Silva Diogo Francisco Dominguez Piero Reis William Hartley Roberto Zanvettor Administradores Demonstrações Financeiras Balanços 8 Demonstração das Alterações de Capital Próprio 9 Demonstração dos Resultados 10 Demonstração dos Fluxos de Caixa 10 Anexo às Demonstrações Financeiras 11 Conselho Fiscal Alberto Bodini Relatório e Parecer do Conselho Fiscal 37 Presidente Certificação Legal das Contas 38 José Luís Areal Alves da Cunha Rogério Marques Serrasqueiro Vogais Relatório dos Auditores 40 Mesa da Assembleia Geral António Lourenço dos Santos Presidente José Francisco Moreno Secretário 2 3 Relatório de Gestão 2013: enquadramento geral e de mercado O mercado mundial de açúcar registou uma oferta consistente ao longo do ano de 2013, tendo ocorrido um incremento das existências finais no final da campanha. Nestas circunstâncias, os preços prosseguiram uma tendência baixista, iniciada no final de 2012, tendo-se situado, sistematicamente, ao longo do exercício, em níveis inferiores aos dos respectivos preços de referência europeus. As origens preferenciais, face à situação menos favorável do mercado mundial, estiveram disponíveis para os compradores europeus; contudo, dada a estabilidade verificada a nível médio/elevado dos preços no mercado da EU, pelo menos até final da campanha de 2012/13, concretizaram as transacções a níveis de preços influenciados pelos mercados de destino, com sacrifícios das margens dos refinadores europeus. O mercado europeu de açúcar branco, além da produção completa da sua quota de origem beterraba teve, em 2012/13 como acima se disse, uma oferta adequada das origens preferenciais e ainda, e sem que a situação o justificasse, uma oferta adicional, decorrente de medidas excepcionais adoptadas pela Comissão Europeia, através de reclassificação de açúcar de beterraba fora de quota e de importações adicionais, ambas com tarifa reduzida. Esta convergência de situações conduziu a que, no final da campanha de 2012/13, o mercado europeu se apresentasse com um dos mais elevados níveis de existências dos últimos anos. Em consequência, no início do período de contratação da campanha 2013/14, o mercado corrigiu com baixa acentuada de preços, originando uma sensível desvalorização da actividade. Tal como o mercado mundial, também o mercado europeu de açúcar se encontra com elevadas disponibilidades neste início de 2014; apesar disso, as autoridades europeias parecem determinadas em voltar a aprovar medidas excepcionais de disponibilização de açúcar no mercado. Ainda que tal possa levar a um efeito depressor adicional a curto prazo, pode muito bem vir a ser, pelo efeito negativo sobre as sementeiras, o elemento catalisador da recuperação para o final da campanha se, como alguns especialistas admitem, vierem a ocorrer fenómenos meteorológicos cíclicos que afectem negativamente a próxima campanha de produção mundial, a nível do hemisfério Sul. Uma palavra sobre a Reforma da PAC decidida em Junho de 2013. Contrariamente às expectativas, as autoridades europeias decidiram prolongar o regime de quotas até final da campanha de 2016/17, sem que tivesse sido possível a recuperação da quota de açúcar de beterraba portuguesa. Ficou assim adiado para 2017/18 o reinício da produção de açúcar de beterraba no nosso País. De referir, ainda, que foi uma reforma muito orientada para os interesses dos produtores tradicionais europeus de açúcar de beterraba, tendo defraudado totalmente as expectativas de correcção dos desequilíbrios da actividade dos refinadores independentes face aos beterrabeiros. Face a esse enquadramento e ao comportamento geral de mercados, externo e interno, a nossa actividade ressentiu-se no final do exercício, não podendo perspectivar o desempenho verificado em outros períodos. Nesse contexto, a colaboração do sector financeiro, parceiro das nossas actividades, será essencial para a estabilidade das operações na Península Ibérica. Da actividade Para afrontar os desafios e dificuldades da conjuntura, durante o ano de 2013, focam-se os seguintes aspectos: Num sector onde a utilização da energia é um factor de produção significativo, a Empresa concluiu, com êxito, a reconfiguração do Relatório de Gestão 4 combustível usado na caldeira, no segundo semestre do ano, para gás natural, mantendo o potencial de queima de fuelóleo. Esse investimento, único no distrito em eficiência energética e impacto ambiental, foi efectuado em projecto proposto pela EDP e contou com a participação da Tagusgás com uma UAG dedicada (Unidade Autónoma de Gaseificação) no Parque Industrial do Monte da Barca. Dado o complexo contexto futuro, de curto prazo do sector refinador, este investimento abre a possibilidade de aumento de capacidade de transformação para interligação à rede, aproveitando a existente co-geração. Uma vez mais, o empenho e espírito de compromisso dos nossos colaboradores foram fundamentais, em particular na actual conjuntura nacional e sectorial. Sobre as contas A actividade operacional foi caracterizada, entre outros, pelos seguintes aspectos: • Nível médio de existências elevado, condicionado pela necessidade contratual de produção e com registo de imparidades. • Acção da concorrência exacerbada por medidas adicionais da Comissão. • Limitação no acesso eficaz e a custo justo das matérias-primas não se encontrando compensada nos preços de venda. • Compressão da margem de refinação, nomeadamente no último trimestre do ano. • Aumento dos encargos financeiros, decorrente de maior utilização de crédito para importação de matéria-prima. A nível financeiro, salienta-se a folga proporcionada pelo Activo Corrente face ao Passivo Corrente, continuando a manter-se uma assinalável cobertura do Activo Não Corrente pelos Capitais Próprios. Registe-se ainda a alteração da morfologia de endividamento, por substituição dos fornecedores para dívida bancária. Para os efeitos legais devidos, refere-se que não existem quaisquer dívidas vencidas ao Estado e Outros Entes Públicos. O Resultado líquido do período é de € 2.464.835 negativos (dois milhões, quatrocentos e sessenta e quatro mil e oitocentos e trinta e cinco Euros), propondo o Conselho de Administração, a transferência daquele montante para Resultados Transitados. Cesena Coruche MADRID LISBOA ROMA Brindisi Coruche, 24 de Fevereiro de 2014 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO José Cabrita Ivo Pessi Diamantino Diogo Piero Reis Roberto Zanvettor William Hartley Francisco Dominguez Fábricas / Refinarias Escritórios Relatório de Gestão 5 Demonstrações Financeiras Relatório e Parecer do Conselho Fiscal Certificação Legal das Contas Relatório dos Auditores Anexo ao Relatório Anual Lista de Accionistas nos termos do Artigo 448.º do Código das Sociedades Comerciais Accionistas Valor Nominal Número Participação Capital das Acções de Acções no Capital Social () () ARJ - Azucareras Reunidas de Jaén, S. A. 24,94 612.860 51,07% 15.284.728 SFIR - Societá Fondiaria Industriale Romagnola, Spa. 24,94 240.000 20,00% 5.985.600 SOFPAC, B.V. 24,94 180.000 15,00% 4.489.200 SUCRAL - Sociedade Industrial de Açúcar, S.A. 24,94 120.000 10,00% 2.992.800 CCAMC - Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Coruche 24,94 47.140 3,93% 1.175.672 TOTAL 1.200.000 100% 29.928.000 6 7 Balanços Demonstração das Alterações de Capital Próprio EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012 DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO NOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012 (Montantes expressos em Euros) (Montantes expressos em Euros) Activo ACTIVO NÃO CORRENTE Activos fixos tangíveis Activos intangíveis Participações financeiras - Método da equivalência patrimonial ACTIVO CORRENTE Inventários Clientes Estado e outros entes públicos Outras contas a receber Diferimentos Caixa e depósitos bancários Notas 2013 2012 Total do activo não corrente Total do activo corrente 5 6 7 9 10, 24 15 10 11 4 Total do activo 25.785.925 191.864 290.594 26.241.383 25.316.639 125.831 516.745 25.959.215 34.804.842 13.629.818 4.944.939 1.655.209 183.652 88.804 55.307.264 14.634.929 36.005.391 3.289.912 1.069.404 177.057 13.732.183 68.908.875 81.548.648 94.868.091 29.928.000 1.181.550 9.062.092 (1.093.565) (44.972) 4.881.035 43.914.140 (2.464.835) 41.449.305 29.928.000 1.181.550 9.062.092 (3.010.073) 68.765 5.687.379 42.917.713 1.916.508 44.834.221 Ajustamentos Financeiros Outras variações de capital próprio (3.010.073) 68.765 5.687.379 1.916.508 44.834.222 - (1.916.508) (1.916.508) - (113.737) (113.737) 585.922 99.230 (29.506) (1.461.990) (806.344) - (1.916.508) (1.916.508) (2.464.835) 585.922 99.230 (29.506) (1.461.990) (113.737) (920.081) (2.464.835) (3.384.916) 1.181.550 9.062.092 (1.093.565) (44.972) 4.881.035 (2.464.835) 41.449.305 29.928.000 1.181.550 9.062.092 (6.880.157) (122.351) 7.059.955 3.870.084 44.099.173 - - - 3.870.084 3.870.084 - 191.117 191.117 537.895 586.376 (305.440) (135.768) (25.846) (2.029.793) (1.372.576) - (3.870.084) (3.870.084) 1.916.508 537.895 586.376 (305.440) (135.768) (25.846) (2.029.793) 191.117 (1.181.459) 1.916.508 29.928.000 1.181.550 9.062.092 (3.010.073) 68.765 5.687.379 1.916.508 44.834.222 Capital realizado Reservas legais Outras reservas Resultados transitados 29.928.000 1.181.550 9.062.092 - - POSIÇÃO NO FIM DO EXERCÍCIO 2013 29.928.000 POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO 2012 NOTAS Resultado líquido do exercício Total do Capital Próprio DESCRIÇÃO POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO 2013 ALTERAÇÕES NO PERÍODO: Reversão de passivos por impostos diferidos relacionados com subsídios Atribuição de subsídios relacionados com licenças de emissão de CO2 Actualização do valor das licenças na posse da Empresa em 31 Dez. 2012 Reconhec. subs. ao investimento em resultados do exercício Ajustamentos Financeiros Aplicação do resultado do exercício anterior 8 - 13 6 13 7 12 RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO RESULTADO INTEGRAL DO EXERCÍCIO Capital próprio e passivo CAPITAL PRÓPRIO: Capital realizado Reservas legais Outras reservas Resultados transitados Ajustamentos em activos financeiros Outras variações no capital próprio Resultado líquido do exercício PASSIVO PASSIVO NÃO CORRENTE Financiamentos obtidos Passivos por impostos diferidos PASSIVO CORRENTE Fornecedores Estado e outros entes públicos Accionistas Financiamentos obtidos Outras contas a pagar Diferimentos 12 12 12 12 12 12 Total do capital próprio RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO RESULTADO INTERGRAL DO EXERCÍCIO POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO 2012 Total do passivo não corrente Total do passivo corrente Total do passivo Total do capital próprio e do passivo 14 8 1.484.681 1.484.681 30.579 2.067.603 2.098.182 14 15 14 14 14 11 1.855.131 133.337 180.000 33.118.897 3.330.297 38.617.662 40.099.343 81.548.648 23.004.604 3.743.762 10.280.579 1.422.492 9.484.250 47.935.687 50.033.870 94.868.091 As notas anexas fazem parte integrante da demonstração das alterações no capital próprio no exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS Demonstrações Financeiras 8 ALTERAÇÕES NO EXERCÍCIO: Reversão de passivos por impostos diferidos relacionados com subsídios Atribuição de subsídios relacionados com licenças de emissão de CO2 Reconhec. subs. rel. com licenças de emissão de CO2 em resultados por venda Reconhec. subs. rel. com licenças de emissão de CO2 por emissões de 2011 Actualização do valor das licenças na posse da empresa em 31 Dez. 2012 Reconhec. subs. ao investimento em resultado do exercício Ajustamentos Financeiros Aplicação do resultado do exercício anterior O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 6 6 6 6 7 As notas anexas fazem parte integrante da demonstração das alterações no capital próprio no exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Demonstrações Financeiras 9 Demonstração de Resultados por Naturezas Anexo às Demonstrações Financeiras Para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) (Montantes expressos em Euros - ) RENDIMENTOS E GASTOS Notas 16 Vendas e serviços prestados Ganhos / perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos Variação nos inventários da produção Trabalhos para a própria entidade Custos das mercadorias vendidas e das matérias consumidas Fornecimentos e serviços externos Gastos com o pessoal Imparidades de inventários (perdas/reversões) Imparidade em investimentos financeiros (perdas/reversões) Imparidades de dívidas a receber (perdas/reversões) Outros rendimentos e ganhos Outros gastos e perdas Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 2013 2012 61.744.432 (147.414) 23.359.209 20.633 (72.136.359) (6.964.800) (3.801.033) (2.870.463) 3.415.321 (324.541) 2.294.986 67.031.142 (154.271) 8.188.900 19.430 (46.836.747) (4.357.933) (3.860.695) (63.639) 114.900 206 3.508.004 (159.920) 7.051.577 (3.305.454) 24.109 (4.343.297) (986.359) 2.708.280 22 23 54.919 (1.510.669) (2.442.109) 115.110 (693.108) 2.130.282 8 (22.726) (2.464.835) (213.774) 1.916.508 7 9 5 9 17 18 9 10 20 21 Gastos/reversões de depreciação e amortização Imparidade de investimentos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) 19 5 Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) Juros e rendimentos similares obtidos Juros e gastos similares suportados Resultado antes de impostos Impostos sobre o rendimentos do exercício Resultado líquido do exercício - O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Demonstração dos Fluxos de Caixa Para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 (Montantes expressos em Euros) Notas Fluxos de caixa das actividades operacionais Recebimentos de clientes Pagamentos a fornecedores Pagamentos ao pessoal Pagamentos/ recebimentos do imposto sobre o rendimento Outros recebimentos/ pagamentos Fluxos de caixa das actividades de investimento Pagamentos respeitantes a: Activos fixos tangíveis Investimentos financeiros Empréstimos concedidos Recebimentos provenientes de: Activos fixos tangíveis Activos intangíveis Juros e rendimentos similares Fluxos de caixa das actividades de financiamento Recebimentos provenientes de: Financiamentos obtidos Outras operações de financiamento Pagamentos respeitantes a: Financiamentos obtidos Juros e gastos similares Variações de caixa e seus equivalentes Efeito das taxas de câmbio Caixa e seus equivalentes no início do período Caixa e seus equivalentes no fim do período Caixa gerada pelas operações Fluxos de caixa das actividades operacionais 7 10-24 Fluxos de caixa das actividades de investimento Fluxos de caixa das actividades de financiamento 4 4 2013 Demonstrações Financeiras 10 2012 74.414.676 (96.329.700) (3.666.949) (25.581.973) (264.068) (7.262.968) (33.109.008) 74.776.095 (60.900.559) (3.727.888) 10.149.648 (106.875) (5.685.813) 4.356.959 (1.849.607) (35.000) - (274.190) (340.000) (620.000) 35.000 111.570 (1.738.037) 286.036 94.474 (853.680) 42.762.078 - 16.000.000 - (25.798.785) (1.555.069) 15.408.224 (10.780.579) (724.228) 4.495.193 (19.438.821) (14) 13.732.183 (5.706.652) 7.998.472 5 5.733.706 13.732.183 As notas anexas fazem parte integrante da demonstração dos fluxos de caixa para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 2 REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no quadro das disposições em vigor em Portugal, em conformidade com o Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de Julho, e de acordo com a estrutura conceptual, normas contabilísticas e de relato financeiro e normas interpretativas aplicáveis ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2013. 3 PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação das demonstrações financeiras anexas são as seguintes: 3.1 Bases de apresentação As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, de acordo com as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro. O anexo faz parte integrante da demonstração de resultados por naturezas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS 1 NOTA INTRODUTÓRIA A DAI – Sociedade de Desenvolvimento Agro-Industrial, S.A. (“Empresa”) è uma sociedade anónima, constituída em 26 de Março de 1993, que tem estatutariamente como actividade principal o desenvolvimento de actividades agro-industriais, nomeadamente, a refinação de açúcar e sua comercialização, bem como dos demais produtos derivados. As suas operações são asseguradas através da sua unidade fabril, sedeada em Coruche e de uma Sucursal em Espanha. As demonstrações financeiras anexas são apresentadas em euros e foram aprovadas pelo Conselho de Administração, na reunião de 24 de Fevereiro de 2014. Contudo, as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia-geral de Accionistas, nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal. O Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras reflectem de forma verdadeira e apropriada as operações da Empresa, bem como a sua posição e desempenho financeiros e fluxos de caixa. 3.2 Activos fixos tangíveis Os activos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição ou produção, o qual inclui o custo de compra, quaisquer custos directamente atribuíveis às actividades necessárias para colocar os activos na localização e condição necessárias para operarem da forma pretendida e, quando aplicável, a estimativa inicial dos custos de desmantelamento e remoção dos activos e de restauração dos respectivos locais de localização que a Empresa espera incorrer, deduzido de depreciações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas. As depreciações são calculadas, após o momento em que o bem se encontra em condições de ser utilizado, de acordo com o método das quotas constantes por duodécimos, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens. As taxas de depreciação utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada: Bem Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento de transporte Equipamento administrativo Outros activos fixos tangíveis Anos 16 - 40 3 - 40 4 - 25 3 - 20 4 - 10 As vidas úteis e método de depreciação dos vários bens são revistos anualmente. O efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido na demonstração dos resultados prospectivamente. As despesas de manutenção e reparação (dispêndios subsequentes) que não são susceptíveis de gerar benefícios económicos futuros são registadas como gastos no período em que são incorridas. O ganho (ou a perda) resultante da alienação ou abate de um activo fixo tangível é determinado como a diferença entre o montante recebido na transacção e a quantia escriturada do activo e é reconhecido em resultados no período em que ocorre a alienação. 3.3 Locações Os contratos de locação são classificados como: (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse; e como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse. A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato. Demonstrações Financeiras 11 Locações em que a Empresa age como locatário Os activos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são registados no início da locação pelo menor de entre o justo valor dos activos e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação. Os pagamentos de locações financeiras são repartidos entre encargos financeiros e redução da responsabilidade, de forma a ser obtida uma taxa de juro constante sobre o saldo pendente da responsabilidade. O pagamento de locações operacionais é reconhecido como gasto numa base linear durante o período da locação. Os incentivos recebidos são registados como uma responsabilidade, sendo o montante agregado dos mesmos reconhecido como uma redução ao gasto com a locação, igualmente numa base linear. As rendas contingentes são reconhecidas como gastos do período em que são incorridas. 3.4 Activos intangíveis Os activos intangíveis são registados ao custo deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. Os dispêndios com actividades de pesquisa são registados como gastos no período em que são incorridos. As amortizações de activos intangíveis são reconhecidas numa base linear durante a vida útil estimada dos activos intangíveis. As vidas úteis e método de amortização dos vários activos intangíveis são revistos anualmente. O efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido na demonstração dos resultados prospectivamente. Os activos intangíveis (independentemente da forma como são adquiridos ou gerados) com vida útil indefinida não são amortizados, sendo sujeitos a testes de imparidade com uma periodicidade anual, ou menor sempre que haja uma indicação de que o intangível possa estar em imparidade. 3.5 Imparidade de activos fixos tangíveis e intangíveis Em cada data de relato é efectuada uma revisão das quantias escrituradas dos activos fixos tangíveis e intangíveis da Empresa com vista a determinar se existe algum indicador de que os mesmos possam estar em imparidade. Se existir algum indicador, é estimada a quantia recuperável dos respectivos activos (ou da unidade geradora de caixa) a fim de determinar a extensão da perda por imparidade (se for o caso). A quantia recuperável do activo (ou da unidade geradora de caixa) consiste no maior de entre (i) o justo valor deduzido de custos para vender e (ii) o valor de uso. Na determinação do valor de uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados usando uma taxa de desconto que reflicta as expectativas do mercado quanto ao valor temporal do dinheiro e quanto aos riscos específicos do activo (ou da unidade geradora de caixa) relativamente aos quais as estimativas de fluxos de caixa futuros não tenham sido ajustadas. Sempre que a quantia escriturada do activo (ou da unidade geradora de caixa) for superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é registada de imediato na demonstração dos resultados na rubrica de “Perdas por imparidade”, salvo se tal perda compensar um excedente de revalorização registado no capital próprio. Neste último caso, tal perda será tratada como um decréscimo daquela revalorização. A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando existem evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas anteriormente já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados na rubrica de “Reversões de perdas por imparidade”. A reversão da perda por imparidade è efectuada atè ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de depreciações) caso a perda por imparidade anterior não tivesse sido registada. 3.6 Participações financeiras em subsidiárias, empresas conjuntamente controladas e associadas As participações em subsidiárias, empresas conjuntamente controladas e associadas são registadas pelo método da equivalência patrimonial. De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas inicialmente pelo seu custo de aquisição e posteriormente ajustadas em função das alterações verificadas, após a aquisição, na quota-parte da Empresa nos activos líquidos das correspondentes entidades. Os resultados da Empresa incluem a parte que lhe corresponde nos resultados dessas entidades. O excesso do custo de aquisição face ao justo valor de activos e passivos identificáveis de cada entidade adquirida na data de aquisição é reconhecido como goodwill e é mantido no valor de investimento financeiro. Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como um rendimento do exercício. É feita uma avaliação dos investimentos financeiros quando existem indícios de que o activo possa estar em imparidade, sendo registadas como gastos na demonstração dos resultados, as perdas por imparidade que se demonstre existir. Quando a proporção da Empresa nos prejuízos acumulados da subsidiária, entidade conjuntamente controlada ou associada excede o valor pelo qual o investimento se encontra registado, o investimento é relatado por valor nulo, excepto quando a Empresa tenha assumido compromissos de cobertura de prejuízos da associada, casos em que as perdas adicionais determinam o reconhecimento de um passivo. Se posteriormente a associada relatar lucros, a Empresa retoma o reconhecimento da sua quota-parte nesses lucros somente após a sua Demonstrações Financeiras 12 parte nos lucros igualar a parte das perdas não reconhecidas. Os ganhos não realizados em transacções com subsidiárias, empresas conjuntamente controladas e associadas são eliminados proporcionalmente ao interesse da Empresa nas mesmas, por contrapartida da correspondente rubrica do investimento. As perdas não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não resulte de uma situação em que o activo transferido esteja em imparidade. Os investimentos financeiros que não sejam negociados publicamente e cujo justo valor não possa ser determinado com fiabilidade são classificados mensurados ao custo deduzido de perdas por imparidade acumuladas. 3.7 Inventários Os inventários encontram-se registados ao menor de entre o custo e o valor líquido de realização. O valor líquido de realização representa o preço de venda estimado deduzido de todos os custos estimados necessários para concluir os inventários e para efectuar a sua venda. Nas situações em que o valor de custo é superior ao valor líquido de realização, é registado um ajustamento (perda por imparidade) pela respectiva diferença. As variações do exercício nas perdas por imparidade de inventários são registadas na rubrica de resultados “Imparidade de inventários”. O método de custeio dos inventários adoptado pela Empresa consiste no custo médio, com excepção das ramas de açúcar (matériasprimas) para as quais é usado o FIFO. 3.8 Activos e passivos financeiros Os activos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando a Empresa se torna parte das correspondentes disposições contratuais, sendo utilizado para o efeito o previsto na NCRF 27 – Instrumentos financeiros. Os activos e os passivos financeiros são assim mensurados de acordo com os seguintes critérios: (i) ao custo ou custo amortizado e (ii) ao justo valor com as alterações reconhecidas na demonstração dos resultados. (i) Ao custo ou custo amortizado São mensurados “ao custo ou custo amortizado” os activos e os passivos financeiros que apresentem as seguintes características: • Sejam à vista ou tenham uma maturidade definida; • Tenham associado um retorno fixo ou determinável; e • Não sejam um instrumento financeiro derivado ou não incorporem um instrumento financeiro derivado. O custo amortizado é determinado através do método do juro efectivo. Nesta categoria incluem-se, consequentemente, os seguintes activos e passivos financeiros: Clientes e outras contas a receber Os saldos de clientes e de outras contas a receber são registados ao custo amortizado deduzido de eventuais perdas por imparidade. Usualmente, o custo amortizado destes activos financeiros não difere do seu valor nominal. Caixa e depósitos bancários Os montantes incluídos na rubrica de “Caixa e depósitos bancários” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários e depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria vencíveis a menos de um ano e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante. Estes activos são mensurados ao custo amortizado. Usualmente, o custo amortizado destes activos financeiros não difere do seu valor nominal. Fornecedores e outras contas a pagar Os saldos de fornecedores e de outras contas a pagar são registados ao custo amortizado. Usualmente, o custo amortizado destes passivos financeiros não difere do seu valor nominal. Financiamentos obtidos Os financiamentos obtidos são registados no passivo ao custo amortizado. (ii) Imparidade de activos financeiros Os activos financeiros incluídos na categoria “ao custo ou custo amortizado” são sujeitos a testes de imparidade em cada data de relato. Tais activos financeiros encontram-se em imparidade quando existe uma evidência objectiva de que, em resultado de um ou mais acontecimentos ocorridos após o seu reconhecimento inicial, os seus fluxos de caixa futuros estimados são afectados. Para os activos financeiros mensurados ao custo amortizado, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre a quantia escriturada do activo e o valor presente na data de relato dos novos fluxos de caixa futuros estimados descontados à respectiva taxa de juro efectiva original. Demonstrações Financeiras 13 Para os activos financeiros mensurados ao custo, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre a quantia escriturada do activo e a melhor estimativa do justo valor do activo na data de relato. As perdas por imparidade são registadas em resultados na rubrica “Perdas por imparidade” no período em que são determinadas. Subsequentemente, se o montante da perda por imparidade diminui e tal diminuição pode ser objectivamente relacionada com um acontecimento que teve lugar após o reconhecimento da perda, esta deve ser revertida por resultados. A reversão deve ser efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (custo amortizado) caso a perda não tivesse sido inicialmente registada. A reversão de perdas por imparidade è registada em resultados na rubrica “Reversões de perdas por imparidade”. Não è permitida a reversão de perdas por imparidade registada em investimentos em instrumentos de capital próprio (mensurados ao custo). (iii) Desreconhecimento de activos e passivos financeiros A Empresa desreconhece activos financeiros apenas quando os direitos contratuais aos seus fluxos de caixa expiram por cobrança, ou quando transfere para outra entidade o controlo desses activos financeiros e todos os riscos e benefícios significativos associados à posse dos mesmos. A Empresa desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação seja liquidada, cancelada ou expire. (iv) Activos não correntes detidos para venda Os activos não correntes e os grupos para alienação são classificados como detidos para venda quando a sua quantia escriturada for essencialmente recuperada através de uma venda e não através de do seu uso continuado. Considera-se que esta condição se verifica apenas quando a venda é altamente provável e o activo não corrente ou grupo para alienação está disponível para venda imediata nas suas condições presentes. A correspondente venda deve estar concluída no prazo de um ano a contar da data da classificação do activo não corrente ou do grupo para alienação como disponível para venda. Os activos não correntes e os grupos para alienação classificados como detidos para venda são mensurados ao menor de entre a sua quantia escriturada antes da classificação e o seu justo valor menos os custos para vender. 3.9 Rédito O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O rédito a reconhecer é deduzido do montante estimado de devoluções, descontos e outros abatimentos. O rédito reconhecido não inclui IVA e outros impostos liquidados relacionados com a venda. O rédito proveniente da venda de bens é reconhecido quando todas as seguintes condições são satisfeitas: • Todos os riscos e vantagens da propriedade dos bens foram transferidos para o comprador; • A Empresa não mantém qualquer controlo sobre os bens vendidos; • O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade; • É provável que benefícios económicos futuros associados à transacção fluam para a Empresa; e • Os custos incorridos ou a incorrer com a transacção podem ser mensurados com fiabilidade. O rédito proveniente da prestação de serviços é reconhecido com referência à fase de acabamento da transacção à data de relato, desde que todas as seguintes condições sejam satisfeitas: • O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade; • É provável que benefícios económicos futuros associados à transacção fluam para a Empresa; • Os custos incorridos ou a incorrer com a transacção podem ser mensurados com fiabilidade; e • A fase de acabamento da transacção à data de relato pode ser mensurada com fiabilidade. O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efectivo, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para a Empresa e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade. 3.10 Juízos de valor críticos e principais fontes de incerteza associadas a estimativas Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram efectuados juízos de valor e estimativas e utilizados diversos pressupostos que afectam as quantias relatadas de activos e passivos, assim como as quantias relatadas de rendimentos e gastos do período. As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados por referência à data de relato com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transacções em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações Demonstrações Financeiras 14 às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospectiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transacções em questão poderão diferir das correspondentes estimativas. Os principais juízos de valor e estimativas efectuadas na preparação das demonstrações financeiras anexas foram os seguintes: (a) Vidas úteis dos activos fixos tangíveis; (b) Análise de imparidade dos activos fixos tangíveis; (c) Registo de ajustamentos aos valores dos activos. 3.11 Imposto sobre o rendimento O imposto sobre o rendimento corresponde à soma dos impostos correntes com os impostos diferidos. Os impostos correntes e os impostos diferidos são registados em resultados, salvo quando se relacionam com itens registados directamente no capital próprio. Nestes casos os impostos correntes e os impostos diferidos são igualmente registados no capital próprio. O imposto corrente a pagar é calculado com base no lucro tributável da empresa. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis em outros exercícios, bem como gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis. Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de relato contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os activos e os passivos por impostos diferidos são mensurados utilizando as taxas de tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das correspondentes diferenças temporárias, com base nas taxas de tributação (e legislação fiscal) que estejam formalmente emitidas na data de relato. Os passivos por impostos diferidos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributáveis e os activos por impostos diferidos são reconhecidos para as diferenças temporárias dedutíveis para as quais existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para utilizar esses activos por impostos diferidos, ou diferenças temporárias tributáveis que se revertam no mesmo período de reversão das diferenças temporárias dedutíveis. Em cada data de relato é efectuada uma revisão dos activos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em função das expectativas quanto à sua utilização futura. Os activos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Atendendo ao princípio da prudência, em 31 de Dezembro de 2013, a Empresa não tem registado activos por impostos diferidos relacionados com os prejuízos fiscais apurados e outros gastos relacionados com perdas por imparidade. 3.12 Transacções e saldos em moeda estrangeira As transacções em moeda estrangeira (moeda diferente da moeda funcional da Empresa) são registadas às taxas de câmbio das datas das transacções. Em cada data de relato, as quantias escrituradas dos itens monetários denominados em moeda estrangeira são actualizadas às taxas de câmbio dessa data. As quantias escrituradas dos itens não monetários registados ao justo valor denominados em moeda estrangeira são actualizadas às taxas de câmbio das datas em que os respectivos justos valores foram determinados. As quantias escrituradas dos itens não monetários registados ao custo histórico denominados em moeda estrangeira não são actualizadas. As diferenças de câmbio apuradas na data de recebimento ou pagamento das transacções em moeda estrangeira e as resultantes das actualizações atrás referidas são registadas na demonstração dos resultados do período em que são geradas. 3.13 Provisões São registadas provisões apenas quando a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante dum acontecimento passado, é provável que para a liquidação dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. O montante das provisões registadas consiste na melhor estimativa, na data de relato, dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa, revista em cada data de relato, é determinada tendo em consideração os riscos e incertezas associados a cada obrigação. Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados sempre que a possibilidade de existir uma saída de recursos englobando benefícios económicos não seja remota. Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados quando for provável a existência de um influxo económico futuro de recursos. 3.14 Emissão de gases com efeito de estufa As licenças de emissão de gases com efeito de estufa encontram-se valorizadas pelo seu justo valor, tendo sido registadas como activos Demonstrações Financeiras 15 intangíveis. As licenças obtidas a título gratuito são registadas como um subsídio na rubrica “Subsídios” do capital próprio. Os montantes relativos a emissões de gases são registados como gastos do período por contrapartida de depreciações de activos intangíveis, sendo mensurados ao custo das licenças detidas segundo a fórmula de custeio FIFO. Quando o montante de emissões excede as licenças detidas pela Empresa, é registada uma responsabilidade (provisão) pelo excesso, a qual é mensurada pela melhor estimativa do custo que será necessário incorrer para adquirir as licenças em falta. 3.15 Encargos financeiros com empréstimos obtidos Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como gastos à medida que são incorridos. 3.16 Especialização de exercícios A Empresa regista os seus rendimentos e gastos de acordo com o princípio da especialização de exercícios, pelo qual os rendimentos e gastos são reconhecidos à medida que são gerados, independentemente do momento do respectivo recebimento ou pagamento. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os correspondentes rendimentos e gastos gerados são registadas como activos ou passivos. 3.17 Acontecimentos subsequentes Os acontecimentos após a data do balanço que proporcionam informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço (adjusting events ou acontecimentos após a data do balanço que dão origem a ajustamentos) são reflectidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionam informação sobre condições ocorridas após a data do balanço (non adjusting events ou acontecimentos após a data do balanço que não dão origem a ajustamentos) são divulgados nas demonstrações financeiras, se forem considerados materiais. 4 FLUXOS DE CAIXA Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, caixa e seus equivalentes inclui numerário, depósitos bancários imediatamente mobilizáveis e aplicações de tesouraria no mercado monetário, líquidos de descobertos bancários e de outros financiamentos de curto prazo equivalentes. Caixa e seus equivalentes em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 detalham-se conforme se segue: 5ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 o movimento ocorrido na quantia escriturada dos activos fixos tangíveis, bem como nas respectivas depreciações acumuladas e perdas por imparidade, foi o seguinte: 2013 Terrenos e recursos naturais Activos Saldo inicial Aquisições Transferência Abates Saldo final Total 412.875 31.506.438 62.552.549 1.801.101 - 1.566.383 - (275.841) 412.875 33.307.539 63.843.091 470.180 5.589 475.769 1.579.437 49.072 (14.110) 1.614.399 195.932 135.722 96.853.135 - 1.940.590 3.741.692 226.597 (1.847.640) (289.951) 422.529 228.672 100.304.875 - 19.682.960 49.668.518 702.518 2.543.249 (24.109) - (251.718) - 20.385.477 51.935.941 470.180 233 470.413 1.552.661 21.964 (14.076) 1.560.549 162.176 31.394 193.570 - 71.536.495 - 3.299.358 (24.109) - (265.794) - 74.545.950 5.356 53.850 228.959 228.672 25.758.925 Depreciações acumuladas e perdas por imparidade Saldo inicial Depreciações do exercício (Nota 19) Perdas por imparidade do exercício Alienações Saldo final Activos líquidos Edifícios e Equipamento Equipamento Equipamento Outros Activos fixos outras básico de transporte administrativo activos fixos tangíveis em construções tangíveis curso 412.875 12.922.062 11.907.150 As transferências de activos fixos tangíveis em curso para firme, durante o exercício de 2013, referem-se essencialmente a um projecto integrado de fuel switching, para a utilização de gás natural no processo produtivo, e a investimentos para melhoria e conservação do equipamento fabril. Durante o exercício de 2013 as aquisições dizem respeito a um imóvel e a investimentos para melhoria e conservação da Fábrica. 2012 2013 Numerário Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis Descobertos bancários (Nota 14) Outras Aplicações Financeiras 5.431 83.362 88.793 (5.795.445) 12 (5.706.641) Terrenos e recursos naturais 2012 6.297 13.725.885 13.732.183 13.732.183 Em 31 de Dezembro de 2013, a Empresa dispunha de linhas de crédito de curto prazo por utilizar junto de várias instituições bancárias, no montante de 7.575.973 Euros (Nota 14.3). A rubrica de “Outros recebimentos e pagamentos” da demonstração de fluxos de caixa inclui essencialmente pagamentos de direitos alfandegários, recebimentos de reembolso e pagamentos de IVA. Os pagamentos respeitantes a actividades de investimento incluem, essencialmente, as aquisições de activos fixos tangíveis e os aumentos de capital, efectuados no decurso do exercício de 2013 na empresa associada CAM – Companhia Agro-Empresarial de Moçambique, S.A. (Nota 7). Activos Saldo inicial Aquisições Transferência Abates Saldo final Depreciações acumuladas e perdas por imparidade Saldo inicial Depreciações do exercício (Nota 19) Transferências e Abates Saldo final Activos líquidos Edifícios e Equipamento Equipamento Equipamento Outros Activos fixos outras básico de transporte administrativo activos fixos tangíveis em construções tangíveis curso 412.875 31.506.438 62.393.699 159.049 (199) 412.875 31.506.438 62.552.549 470.180 470.180 1.566.214 190.629 14.881 (1.658) 1.579.437 5.303 195.932 - 18.978.982 46.055.713 703.978 3.612.987 (181) - 19.682.960 49.668.518 470.180 470.180 1.540.778 13.541 (1.658) 1.552.661 154.287 7.888 162.176 - 67.199.941 4.338.393 (1.839) 71.536.495 412.875 11.823.478 12.884.031 - 26.776 33.756 135.722 25.316.639 Dispêndios capitalizados Consumos de inventários Trabalhos para a própria Empresa 16 55.040 96.595.076 259.916 259.916 (179.234) (1.857) 135.722 96.853.135 As transferências de activos fixos tangíveis em curso para firme, durante o exercício de 2012, referem-se essencialmente a equipamentos auxiliares a utilizar na produção, no âmbito da implementação da Norma FSSC22000. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica de edifícios e outras construções incluía o montante de 29.928 Euros relativo a imobilizações implantadas em propriedade alheia. No decurso do exercício findo em 31 de Dezembro de 2013, foram incluídos na quantia escriturada de activos fixos em curso dispêndios no montante de 45.210 Euros (50.718 Euros em 2012), os quais são detalhados por natureza conforme se segue: 2013 Demonstrações Financeiras Total 24.577 20.633 45.210 2012 31.288 19.430 50.719 Demonstrações Financeiras 17 6ACTIVOS INTANGÍVEIS Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 o movimento ocorrido na quantia escriturada dos activos intangíveis, bem como nas respectivas amortizações acumuladas e perdas por imparidade, foi o seguinte: 7 PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 o movimento ocorrido na rubrica “Participações financeiras”, incluindo respectivas perdas por imparidade, foi o seguinte: 2013 Programas Computador 2013 Propriedade industrial Outros Licenças EUA Licenças ERU Total Activos Saldo inicial Aquisições Alienações Transferências e abates Ajustes ao justo valor Saldo final 1.615 1.615 6.323 6.323 119.323 99.230 (29.506) 189.047 6.468 (968) 1.116 6.616 133.729 99.230 (968) (28.390) 203.601 Amortizações acumuladas e perdas por imparidade Saldo inicial Amortizações do exercício (nota 19) Transferências e abates Saldo final 897 538 1435 4.742 1.581 6.323 - 2.259 3.977 (2.258) 3.978 7.898 6.096 (2.258) 11.736 180 - 189.047 2.638 191.864 Activos líquidos 2012 Custo Durante o exercício de 2013 foram atribuídas à Empresa 20.502 licenças, de acordo com a Tabela de Alocação Nacional (TAN) no valor de 99.230 Euros (Nota 12). A Empresa utilizou 16.127 licenças, no montante de 968 Euros relacionadas com emissões de 2012. Os ajustes ao justo valor em 31 de Dezembro de 2013 nos montantes de 29.506 Euros e (1.116) Euros foram registados por contrapartida das rubricas de “Outras variações no capital próprio” e “Outros gastos e perdas”, respectivamente. Participações financeiras Saldo inicial Aumentos de capital efectuados na participada Aplicação do Método de Equivalência Patrimonial: Impacto em resultados Impacto em outras variações nos capitais próprios (Nota 12) Saldo final Perdas por imparidade Saldo inicial Reversões de perdas por imparidade Saldo final (Nota 8) Custo Participações financeiras Saldo inicial Aumentos de capital efectuados na participada Aplicação do Método de Equivalência Patrimonial: 642.837 35.000 (147.414) (113.737) 416.686 Activos líquidos 265.992 340.000 Impacto em resultados (154.271) 126.092 126.092 Impacto em outras variações nos capitais próprios (Nota 12) Saldo final Perdas por imparidade Saldo inicial Reversões de perdas por imparidade Saldo final (Nota 8) 290.594 Activos líquidos 191.116 642.837 240.992 (114.900) 126.092 516.745 O aumento de 35.000 Euros diz respeito aos montantes entregues à participada CAM – Companhia Agro-Empresarial de Moçambique, S.A., por conta de aumentos de capital, efectuados durante o ano de 2013. Face à entrada de novos accionistas naquela participação financeira, apesar dos aumentos de capital efectuados, a participação financeira detida reduziu no decurso do exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 para 35,61% (45,48% em 31 de Dezembro de 2012). Em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012 a Empresa tinha os seguintes investimentos em associadas: 2012 Programas Computador Activos Saldo inicial Aquisições Alienações Transferências e abates Ajustes ao justo valor Saldo final 1.615 1.615 Propriedade industrial Outros 6.323 6.323 Licenças EUA 47.287 586.376 (305.440) (183.054) (25.846) 119.323 2013 Sede Total Licenças ERU 19.404 (12.936) 6.468 55.225 605.780 (305.440) (183.054) (38.782) 133.729 Amortizações acumuladas e perdas por imparidade Saldo inicial Amortizações do exercício (nota 19) Transferências e abates Saldo final 359 538 897 2.635 2.107 4.742 47.286 (47.286) - 2.259 2.259 50.280 4.904 (47.286) 7.898 Activos líquidos 718 1.581 119.323 4.209 125.831 Empresas associadas: CAM - Companhia Açucareira de Moçambique, S.A. NCA - Nueva Comercial Azucarera a - Montantes em Meticais. b - Dados relativos às demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 c - Dados relativos às demonstrações financeiras em 31 de Agosto de 2012, valores aproximados Empresas associadas: CAM - Companhia Açucareira de Moçambique, S.A. NCA - Nueva Comercial Azucarera Moçambique Madrid Activo Passivo Capital próprio Resultado líquido % detida 39.942.660 a,b 9.294.023a,b 30.648.637 a,b (17.011.015) a,b 35,61% 123.590.000 c 122.565.000 c 725.000 c 76.000 c 12,50% Quantia escriturada 265.594 25.000 290.594 Proporção no resultado Justo valor 9.500 9.500 34.500 34.500 2012 Sede Moçambique Madrid Activo Passivo Capital próprio Resultado líquido % detida 12.774.927 a,b 4.841.473 a,b 7.933.454 a,b (13.231.846) a,b 45,48% 191.339.000 c 190.390.000 c 649.000 c 82.000 c 12,50% Quantia escriturada 491.745 25.000 516.745 Proporção no resultado Justo valor 10.250 10.250 35.250 35.250 Durante o exercício de 2012 foram atribuídas à Empresa 84.008 licenças, no âmbito do programa PNALE II, no valor de 586.376 Euros (Nota 12). A Empresa utilizou 26.324 licenças, no montante de 183.054 Euros, relacionadas com as emissões do exercício de 2011, sendo que 19.451 destas licenças, no montante de 135.768 Euros se encontravam em falta à data de 31 de Dezembro de 2011 e para as quais a Empresa tinha constituído um acréscimo de gastos. No exercício de 2012 a Empresa alienou 46.000 licenças do tipo EUA, pelo montante de 321.080 Euros tendo procedido à aquisição de 46.200 licenças ERU (Unidades de Redução de Emissões) à mesma entidade, pelo montante de 19.404 euros, os quais foram deduzidos no recebimento pela alienação das licenças do tipo EUA. Consequentemente, na demonstração dos fluxos de caixa estes montantes encontramse apresentados como um recebimento de activos intangíveis. Os ajustes ao justo valor em 31 de Dezembro de 2012 nos montantes de 25.846 Euros e 12.936 Euros foram registados por contrapartida das rubricas de “Outras variações no capital próprio” e “Outros gastos e perdas”, respectivamente. Demonstrações Financeiras 18 Demonstrações Financeiras 19 8IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO O gasto com impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012 diz unicamente respeito a Imposto corrente do exercício, no montante de 33.643 Euros (210.120 Euros em 2012). A reconciliação entre o resultado contabilístico tributável e entre o imposto corrente e o imposto do exercício sobre o rendimento nos exercícios de 2013 e de 2012 é como se segue: 2013 Resultado antes de imposto Deduções à matéria colectável Acréscimo à matéria colectável Resultado tributável / (prejuízo fiscal) Utilização de prejuízos fiscais Colecta Benefícios Fiscais - CFEI 2013 (Lei 49/2013) 2012 (2.442.109) (250.219) 3.218.575 526.247 2.130.282 (449.268) 543.404 2.224.418 (401.462) 33.455 (23.419) (1.668.313) 139.026 18.254 5.353 33.643 (10.917) 22.726 15.995 33.366 21.733 210.120 3.654 213.773 Imposto corrente: Tributações autónomas Derrama Derrama Estadual Insuficiência de estimativa de imposto de exercícios anteriores Gasto com impostos sobre o rendimento O montante de 250.219 Euros de deduções à matéria colectável diz essencialmente respeito à reversão de perdas por imparidade não dedutíveis em inventários (190.421 Euros), a uma mais-valia contabilística de 24.951 Euros (inclui reversão de imparidade em activos de 24.109 Euros) e ao benefício fiscal das quotizações para associações patronais de 18.646 Euros. O montante de acréscimo à matéria colectável compreende essencialmente as perdas por imparidade em inventários no montante de 3.060.885 Euros. Em 31 de Dezembro de 2013 os prejuízos fiscais reportáveis, ascendiam a 10.012.488 Euros. A data limite de utilização dos prejuízos fiscais existentes em 31 de Dezembro de 2013 é conforme se segue: 2013 Montante Gerados em 2007 Gerados em 2008 Gerados em 2009 Gerados em 2010 1.369.131 4.397.048 4.246.309 10.012.488 2012 Data Montante Data 2014 2015 2014 1.920.045 1.369.131 4.397.048 4.246.309 11.932.533 2013 2014 2015 2014 Impostos diferidos O detalhe dos passivos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, é conforme segue: Passivos por impostos diferidos Diferenças temporárias passivas: Subsídios ao investimento (Notas 12 e 13) 2013 2012 1.481.681 2.067.603 1.481.681 2.067.603 A variação registada na rubrica de “Passivos por impostos diferidos” no montante 585.922 Euros, foi por contrapartida da rubrica de “ Outras variações de capital próprio” (Nota 12). Demonstrações Financeiras 20 Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 existiam as seguintes diferenças temporárias dedutíveis relativamente às quais não foi reconhecido qualquer activo por impostos diferidos: 2013 Prejuízos fiscais reportáveis Diferenças derivadas de perdas por imparidade: Imparidades de inventários (Nota 9) Imparidades de investimentos financeiros (Nota 7) 2012 10.012.488 11.932.533 4.059.838 126.092 14.198.418 1.189.375 126.092 13.248.001 Por prudência a Empresa optou por não contabilizar qualquer activo por impostos diferido para os exercícios de 2013 e 2012. A sociedade apurou em 31 de Dezembro de 2013 um benefício fiscal no valor de 324.347 Euros, relativo ao Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento, aprovado pela Lei nº 49/2013, de 16 de Julho. O valor do benefício fiscal apurado à luz do que preconiza o art.º 3.º da referida Lei, corresponde à aplicação da percentagem de 20% sobre o valor dos activos considerados elegíveis para o efeito no valor de 1.621.734 Euros e que essencialmente dizem respeito à obra relativa ao projecto Integrado de Fuel Switching, promovido pela EDP, cujo investimento ascendeu a 1.402.337 Euros. Esta importância foi objecto de dedução ao IRC do ano de 2013 apenas no valor de 23.419 Euros (70% da colecta apurada), por insuficiência de colecta. Não foi reconhecido o correspondente activo por imposto diferido, pelo mesmo motivo referido acima relativamente às remanescentes diferenças temporárias activas. 9INVENTÁRIOS Em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012, os inventários da Empresa eram detalhados conforme se segue: Quantia bruta Mercadorias Matérias-Primas, subsidiárias e de consumo Produtos acabados e intermédios Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos Produtos e trabalhos em curso 3.083.761 35.513.524 18.639 248.757 38.864.680 2013 Perdas por imparidade (Nota 8) (1.170.311) (2.889.527) (4.059.838) Quantia líquida Quantia bruta 2012 Perdas por imparidade (Nota 8) 1.913.450 3.402.595 (1.189.375) 32.623.996 11.948.076 18.639 10.294 248.757 463.341 34.804.842 15.824.305 (1.189.375) Quantia líquida 2.213.219 11.948.076 10.294 463.341 14.634.930 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas e variação dos inventários de produção O custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas reconhecido nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012 é detalhado conforme se segue: 2013 MP, subsid. consumo Mercadorias Saldo inicial Compras Saldo final Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas - Saldo inicial Compras Saldo final Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 3.402.595 3.402.595 71.817.526 71.817.526 (3.083.761) (3.083.761) 72.136.359 72.136.359 2012 MP, subsid. consumo Mercadorias - Total Total 3.421.836 3.421.836 46.817.506 46.817.506 (3.402.595) (3.402.595) 46.836.747 46.836.747 Demonstrações Financeiras 21 No decurso do exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 o montante de compras inclui o montante de 69.462.228 Euros relativos a compras efectuadas a entidades relacionadas (Nota 24.2). A variação dos inventários da produção dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012 é detalhada conforme se segue: Produtos acabados Saldo inicial Saldo final Variação dos inventários da produção 11.948.076 (35.513.524) (23.565.448) Produtos acabados Saldo inicial Regularizações Saldo final Variação dos inventários da produção 20.267.239 (11.948.076) 8.319.163 2013 Subprodutos Produtos trab. curso 10.294 (18.639) (8.346) 2012 Subprodutos Produtos trab. curso 12.443 (10.294) 2.149 Total 463.341 12.421.710 (248.757) (35.780.920) 214.584 (23.359.209) Total 330.929 20.610.611 (463.341) (12.421.711) (132.412) 8.188.900 A rubrica de outros devedores, no montante de 181.724 Euros, inclui, essencialmente, o montante de 92.239 Euros de venda de energia e 83.062 Euros referente a uma caução de responsabilidade. O montante de 724.284 Euros em “Acrèscimos de rendimentos” è relativo a ajustamentos de preço de compra de açúcar bruto refinado no exercício de 2013 cujos créditos a favor da Empresa serão emitidos no próximo exercício. O montante de 424.103 Euros em “Acrèscimos de rendimentos” refere-se a acerto de quotização da produção de campanhas entre 2001 e 2006, que será pago pelo IFAP (Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, I.P.) durante 2014. 11 DIFERIMENTOS Em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012 as rubricas do activo de “Diferimentos” apresentavam a seguinte composição: Diferimentos activos: Seguros pagos antecipadamente Prestações de serviço pagas antecipadamente Outros 2013 2012 136.034 44.894 2.725 183.652 136.847 38.610 1.599 177.057 2013 2012 10ACTIVOS FINANCEIROS 10.1 Clientes A antiguidade do saldo da rubrica “Clientes” em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 é detalhado conforme se segue: Quantia bruta Não vencido Vencido: 0 - 60 dias > 60 dias 2013 Imparidade acumulada Quantia escriturada líquida Quantia bruta 2012 Imparidade acumulada Quantia escriturada líquida 11.302.079 - 11.302.079 31.526.147 - 31.526.147 2.327.581 258.802 13.888.462 (258.802) (258.802) 2.327.581 13.629.660 4.479.244 258.802 36.264.193 (258.802) (258.802) 4.479.244 36.005.391 Diferimentos passivos: Outros rendimentos a reconhecer - 9.484.250 9.484.250 O montante de 9.484.250 Euros na rubrica de rendimentos a reconhecer, é relativo a produto acabado facturado, que se encontrava à guarda da Empresa em 31 de Dezembro de 2012. 12 INSTRUMENTOS DE CAPITAL PRÓPRIO Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 o capital da Empresa, totalmente subscrito e realizado, é composto por 1.200.000 acções no valor nominal unitário de 24,94 Euros, sendo o seu montante total de 29.928.000 Euros. Em 31 de Dezembro de 2013 o capital social é representado pelas seguintes entidades: O montante de 13.629.660 Euros em 31 de Dezembro de 2013, deduzido de perdas por imparidade, corresponde a contas a receber de partes relacionadas (Nota 24.3). 10.2 Outras contas a receber Em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012 as outras contas a receber da Empresa, apresentavam a seguinte composição: Quantia bruta Outros devedores: Empréstimos a empresas do grupo (Nota 24.3) Tribunal do trabalho de Évora AB Azucarera Iberia (Nota 24.3) EDP Saldos da Sucursal Outros Acréscimos de rendimentos: Ajustamento de preço compra açúcar bruto (Nota 24.3) Devolução de quotização de 2001 a 2006 Venda de energia - Dezembro Outros Demonstrações Financeiras 22 2013 Imparidade acumulada Quantia escriturada líquida Quantia bruta 2012 Imparidade acumulada Quantia escriturada líquida 83.062 3.445 92.239 5.765 184.511 (2.800) (2.800) 83.062 3.445 92.239 2.965 181.711 620.000 83.062 8.002 188.947 14.268 914.278 (2.800) (2.800) 620.000 83.062 8.002 188.947 11.468 911.478 724.284 424.103 325.111 - 724.284 424.103 325.111 1.655.209 12.111 - 12.111 133.435 12.379 1.072.204 (2.800) 133.435 12.379 1.069.404 1.658.009 (2.800) ARJ - Azucareras Reunidas de Jaen, S.A. SFIR - Societá Fondiaria Industriale Romagnola, S.p.a. SOFPAC, B.V. Sucral - Sociedade Industrial de Açúcar, S.A. CCAMC - Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Coruche Valor nominal 2013 Nº de acções % 15.284.728 5.985.600 4.489.200 2.992.800 1.175.672 29.928.000 612.864 240.000 180.000 120.000 47.136 1.200.000 51,07 20,00 15,00 10,00 3,93 100,00 Reserva legal: De acordo com a legislação comercial em vigor, pelo menos 5% do resultado líquido anual se positivo, tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 o saldo desta rubrica era de 1.181.550 Euros. Outras reservas: A rubrica de “Outras reservas” diz unicamente respeito a reservas livres. Em 31de Dezembro de 2013 e 2012 o saldo desta rubrica era de 9.062.092 Euros. Demonstrações Financeiras 23 Resultados Transitados: O valor em resultados transitados aumentou pela aplicação do resultado contabilístico de 2012, no montante de 1.916.508 Euros. Outras variações de capital próprio: Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica apresentava a seguinte composição: Subsídios ao investimento - não reembolsáveis (Nota 13 e 20) Impostos diferidos relativos aos subsídios ao investimento (Nota 8) Licenças atribuídas no âmbito do PNALE II (Nota 6) 2013 2012 6.173.670 (1.481.681) 185.069 4.877.058 7.635.660 (2.067.603) 119.322 5.687.379 Ajustamentos em activos financeiros: No decurso do exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 foi registado nesta rubrica o montante de 113.737 Euros relacionado a participação da empresa na CAM (Nota 7). 13SUBSÍDIOS DO GOVERNO Até ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 a Empresa beneficiou dos seguintes subsídios: Subsídio Subsídios à exploração: Subsídios Iniciais Ajuda à reestruturação - 3º pedido Subsídios relacionados com activos: Subsídios iniciais Ajuda à reestruturação - 1º pedido Ajuda à reestruturação - 2º pedido Montante total 24 14.1 Fornecedores Em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012 a rubrica de “Fornecedores” apresentava a seguinte composição: Fornecedores: Fornecedores, conta corrente Fornecedores, fact. em recepção e conferência 2013 2012 1.853.863 1.268 1.855.131 23.000.459 4.145 23.004.604 Em 31 de Dezembro de 2013 as contas a pagar a fornecedores inclui o saldo de 148.714 Euros com empresas associadas (Nota 24.3). 14.2 Accionistas Em 31 de Dezembro de 2013 a rubrica accionistas inclui o saldo de 180.000 Euros com empresas associadas (Nota 24.3). 14.3 Outras contas a pagar Em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012 a rubrica de “Outras contas a pagar” apresentava a seguinte composição: Montante recebido 696.965 2.953.125 3.650.090 (696.965) (2.953.125) (3.650.090) 42.457.557 8.098.379 3.839.063 54.394.999 58.045.089 (42.457.557) (8.098.379) (3.839.063) (54.394.999) (58.045.089) Em 3 de Agosto de 1994, foi assinado um contrato de investimento entre o Estado Português, representado pelo ICEP – Investimento, Comércio e Turismo de Portugal, a DAI – Sociedade de Desenvolvimento Agro-Industrial, S.A. e os seus accionistas, o qual foi sujeito a um aditamento em 29 de Setembro de 1995. Neste contrato, o Estado Português comprometeu-se a apoiar a Empresa no financiamento do investimento previsto no projecto em 41.325.406 Euros, através de comparticipações directas e através de fundos comunitários, 1.895.432 Euros a título de incentivo e de comparticipação na formação profissional e até ao montante global de 6.361.120 Euros através de incentivos fiscais. Até 31 de Dezembro de 2009, a Empresa recebeu a totalidade dos subsídios, no montante de 43.154.522 Euros dos quais 42.457.557 Euro são relativos ao incentivo para o investimento e 696.965 Euros relativos aos incentivos para a formação profissional. Por seu turno, a Empresa obrigou-se a atingir determinados objectivos, nomeadamente relacionados com criação de postos de trabalho, quantidades produzidas e rácios de valor acrescentado comunitário e nacional. O saldo da rubrica “Ajuda â Reestruturação – 1º pedido”, em 31 de Dezembro de 2013, no montante de 4.822.060 Euros, refere-se à parcela alocada aos investimentos de reconversão da unidade industrial e que será reconhecida como rendimento em exercício futuros proporcionalmente às depreciações daqueles investimentos. Em 2007, a DAI solicitou o segundo Pedido de Ajuda à Reestruturação previsto no Regulamento (CE) 320/2006, decorrente da reforma do quadro normativo da organização comum de mercado do açúcar. O plano visa assim assegurar a continuidade da Empresa na produção e comercialização de açúcar. O montante da Ajuda a receber pela DAI no âmbito do anteriormente referido ascendeu a 3.839.063 Euros. Este valor destina-se a compensar as perdas de imparidade estimadas em determinados activos associados exclusivamente ao processamento de beterraba (tendo a Empresa registado a 1 de Janeiro de 2009 perdas por imparidade de 7.941.665 Euros). O Terceiro Pedido de Ajuda à Reestruturação num total de 2.953.125 Euros foi recebido na sua totalidade em Junho de 2009. Esta Ajuda foi reconhecida no exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 na rubrica de “Subsídios â exploração” (IFAP). Este terceiro pedido visou compensar as perdas de exploração resultantes da reestruturação do mercado de açúcar. O valor desta Ajuda foi integralmente utilizado com propósitos operacionais, destinando-se ao apoio de tesouraria e a compensar perdas de exploração de 2008. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 o montante de subsídios por reconhecer, registados no capital próprio da Empresa é de 6.173.670 Euros e 7.635.659 Euros, respectivamente, tendo a variação do ano, no montante de 1.461.990 Euros sido registada na rubrica de demonstrações de resultados “Outros rendimentos e ganhos” (Nota 20). Relativamente a estes subsídios ainda não reconhecidos, existem impostos diferidos passivos, nos montantes de 1.481.681 Euros e 2.067.603 Euros em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, respectivamente (Nota 8). Demonstrações Financeiras 14PASSIVOS FINANCEIROS Outros credores (correntes): AB Azucarera Iberia (Nota 24.3) Fornecedores de investimento Outros Acréscimos de gastos: Fuell Switching - Gás Natural Gás Natural Remunerações a liquidar Açúcar Bruto Energia a liquidar IMI Juros de financiamentos Outros 2013 2012 306.411 165.154 326 471.892 459.685 87.938 1.064 548.687 1.243.698 870.100 486.891 16.000 45.615 138.738 57.364 2.858.405 3.330.297 502.792 122.520 102.408 46.513 40.987 58.585 873.805 1.422.492 O montante de 1.243.698 Euros registado na rubrica “Acréscimos de gastos” refere-se a encargos na implementação de um projecto de fuel switching que entrou em funcionamento no decorrer do exercício de 2013, ainda não facturados em 31 de Dezembro de 2013. O montante de 870.100 Euros registado na mesma rubrica, é relativo a encargos na aquisição de gás natural os quais ainda não foram facturados em 31 de Dezembro de 2013. 14.4 Financiamentos obtidos Os financiamentos obtidos em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012 são detalhados conforme se segue: Limite Financiamentos obtidos: Descobertos bancários Operações de Leasing Contas caucionadas Empréstimos bancários Outros financiamentos obtidos: 3.371.418 10.431.372 26.812.500 40.615.290 30.579 40.645.869 2013 Montante utilizado Corrente Não corrente 5.795.445 49.001 431.372 26.812.500 33.088.318 30.579 33.118.897 - Limite 2012 Montante utilizado Corrente Não corrente 4.000.000 1.997.596 10.250.000 10.250.000 16.247.596 10.250.000 61.158 30.579 16.308.754 10.280.579 30.579 30.579 Os empréstimos vencem juros a taxas normais de mercado, compreendidas entre 4,382% e 5,882%. Nos contratos de empréstimos da Empresa constam os seguintes covenants: Demonstrações Financeiras 25 i) Cross Default - Numa situação de incumprimento num outro financiamento obtido, os financiamentos com esta cláusula são também considerados como estando em incumprimento; ii) Negative Pledge - Durante o período do contrato a Empresa não pode dar como garantia, onerar os bens que constem ou venham a constar do seu balanço sem a devida aprovação da instituição financeira; iii) Pari-Passu - Corresponde a um tratamento Pari-Passu com todas as outras dívidas e compromissos, não garantidos, ou que venham a ser garantidos com bens presentes ou futuros; e iv) Ownership Clause - Eventuais alterações na estrutura accionista necessitam de aprovação prévia das instituições financeiras 16 RÉDITO O rédito reconhecido pela Empresa em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012 é detalhado conforme se segue: Venda de bens Prestação de serviços Juros e rendimentos similares obtidos (Nota 22) Outros rendimentos e ganhos (Nota 20) A parcela classificada como não corrente em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012 tem o seguinte plano de reembolso definido: 2014 2012 Montante 30.579 30.579 Vendas Mercadorias Produtos acabados Sub-produtos 15 ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), excepto quando tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa dos anos de 2010 a 2013 poderão vir ainda ser sujeitas a revisão. A Administração da Empresa entende que as eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 as rubricas de “Estado e outros entes públicos” apresentavam a seguinte composição: 2013 Activo Imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas Pagamento especial por conta Imposto a recuperar / pagar Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares Imposto sobre o valor acrescentado Imposto de selo Contribuições para a Segurança Social 270.812 119.209 4.554.918 4.944.939 26 66.917.385 113.757 67.031.142 115.110 3.508.004 70.654.256 Prestações de serviços 2013 2012 10.000 61.348.017 283.289 61.641.306 66.748.382 169.003 66.917.385 103.126 61.744.432 113.757 67.031.142 A venda de produtos acabados diz respeito a venda de açúcar refinado, enquanto a venda de subprodutos corresponde a venda de melaço de rama (subproduto gerado no processo de refinação da rama). As prestações de serviços respeitam aos serviços de refinação de açúcar prestados durante o exercício, e também a serviços de assistência técnica prestados ao abrigo de um contrato celebrado. 17 FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS A rubrica de “Fornecimentos e serviços externos” nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012 é detalhada conforme se segue: 2012 Passivo 792 53.656 78.890 133.337 Activo 210.974 13.667 3.065.271 3.289.912 Passivo 36.677 42.365 3.587.341 1.488 75.891 3.743.762 Em 31 de Dezembro de 2013 a rubrica “Imposto sobre o Valor Acrescentado” (“IVA”) no montante 4.554.918 Euros, inclui o montante de 4.366.532 Euros referente aos pedidos de reembolso de IVA efectuados à Administração Tributária em Dezembro de 2013, Janeiro e Fevereiro de 2014, relativos a IVA dos meses de Outubro, Novembro e Dezembro nos montantes de 1.882.084 Euros, 2.200.004 Euros e 284.444 euros, respectivamente. Em 2013, o montante de 119.209 Euros devedor corresponde à estimativa de imposto a recuperar pela DAI e pela Sucursal, nos montantes de 118.840 Euros e 369 Euros, respectivamente. O montante de 792 Euros corresponde à estimativa de imposto do exercício a pagar pela Sucursal. Demonstrações Financeiras 2012 61.641.306 103.126 61.744.432 54.919 3.415.321 65.214.673 Em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012 a rubrica “Vendas e serviços prestados” apresentava a seguinte composição: 2013 Montante - 2013 2013 Trabalhos especializados Electricidade Gás Natural Conservação e reparação Rendas e alugueres Seguros Deslocações e estadas Honorários Transporte de mercadorias Outros 2.534.651 1.096.908 2.036.682 303.608 308.024 226.564 98.799 116.981 242.583 6.964.800 2012 1.665.206 839.132 543.912 344.653 212.987 114.922 104.497 256.704 275.920 4.357.933 A rubrica de “Trabalhos especializados” diz respeito, essencialmente aos gastos incorridos com a contratação de serviços logísticos (tanto ao nível de importações como exportações, nomeadamente de armazenamento, despacho, transporte e taxas aduaneiras), serviços de auditoria e informática. Divulga-se, de acordo com a alínea b) do n.º 1 do art.º 66.º-A do Código das Sociedades Comerciais, que foram facturados pelo revisor oficial de contas o montante de 18.600 Euros. Demonstrações Financeiras 27 18GASTOS COM O PESSOAL A rubrica de “Gastos com o pessoal” nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012 é detalhada conforme se segue: 2013 Remunerações dos orgãos sociais Remunerações do pessoal Indemnizações Encargos sobre remunerações Seguros de acidentes trabalho e doenças profissionais Gastos de acção social Outros 297.100 2.712.798 9.045 624.009 34.726 83.209 40.146 3.801.033 2012 296.400 2.757.218 21.496 628.803 36.178 74.783 45.817 3.860.695 A rubrica “Remunerações dos órgãos sociais” no exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 inclui o montante de 292.200 Euros relativo a remunerações de pessoas chave da gestão (Nota 24.1). O número médio de trabalhadores ao serviço da Empresa no ano findo em 31 de Dezembro 2013 e 2012 foi de 140 e 147 trabalhadores, respectivamente, sendo que o número médio de empregados permanentes foi de 105 e 107 pessoas, respectivamente. 19 DEPRECIAÇÕES A composição da rubrica de “Gastos / reversões de depreciação e de amortização” nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012 é conforme se segue: 2013 Activos fixos tangíveis (Nota 5) Activos fixos intangíveis (Nota 6) 3.299.358 6.096 3.305.454 Subsídios do Governo ao investimento (Notas 12 e 13) Venda de Energia Licenças de CO2 Outros ganhos - acordo compra matéria-prima Recuperação de custo Ganhos nos restantes Activos Financeiros Venda de Sucata, Embalagens, Madeira Aluguer de Equipamentos Resultados da Sucursal Outros 1.461.990 1.451.572 898 5.703 2.493 11.269 1.882 479.514 3.415.321 2013 Outros gastos - relacionados com compras de matéria-prima Impostos Emissão de licenças de CO2 Perdas em activos fixos tangíveis Perdas em activos intangíveis (Nota 6) Outros 2013 Juros obtidos Depósitos em instituições de crédito Outros Outros rendimentos similares 2012 54.919 - 54.919 54.919 115.110 - 115.110 115.110 2012 2.029.793 954.368 441.208 17.242 223 40 18.182 10.958 465 35.525 3.508.004 23 JUROS E OUTROS GASTOS SIMILARES Os gastos e perdas de financiamento reconhecidos no decurso dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012 são detalhados conforme se segue: 2013 Juros suportados Financiamentos bancários Outros financiamentos Outros gastos de financiamento Garantias bancárias Outros financiamentos 1.027.967 25 253.531 229.146 2012 1.027.992 482.677 1.510.669 411.915 108 199.516 81.569 412.023 281.085 693.108 24 PARTES RELACIONADAS Em 31 de Dezembro de 2013, as entidades que detêm uma participação no capital da Empresa, são as seguintes: 24.1 Remunerações do pessoal chave da gestão As remunerações do pessoal chave de gestão da Empresa nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012 foram conforme se segue: Remuneração 28 102.578 1.945 12.936 42.461 159.920 22 JUROS E OUTROS RENDIMENTOS SIMILARES Os juros, dividendos e outros rendimentos similares reconhecidos no decurso dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012 são detalhados conforme se segue: Remunerações do Conselho de Administração (Nota 18) Remunerações de Directores Demonstrações Financeiras 2012 41.260 232.180 49 2.406 48.647 324.541 2012 4.338.393 4.904 4.343.297 20 OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS A composição da rubrica de “Outros rendimentos e ganhos” nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012 é conforme se segue: 2013 21 OUTROS GASTOS E PERDAS A composição da rubrica de “Outros gastos e perdas” nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012 é conforme se segue: 2013 292.200 270.084 562.284 2012 292.200 268.298 560.498 Demonstrações Financeiras 29 24.2 Transacções com partes relacionadas No decurso dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012 foram efectuadas as seguintes transacções com partes relacionadas: Compras de inventários ARJ NCA ED & F Man Sugar ED & F Man Portugal, Lda. ED & F Man España, S.A. AB Azucarera Iberia, S.L. Libitec 2013 Fornecimentos e serviços externos Vendas de inventários Serviços prestados 10.129 41.260 259.186 310.575 46.979.431 283.141 217.855 14.150.730 61.631.157 22.181 70.824 18.760 14.682 126.447 69.462.228 69.462.228 25 MATÉRIAS AMBIENTAIS Emissão de gases com efeito de estufa O movimento das licenças de emissão da Empresa no decurso do exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 é detalhado conforme se segue: Licenças tipo EUA Quantidade Saldo inicial Atribuídas no exercício Alienadas no exercício Abatidas no exercício Ajustamentos Saldo final 18.557 20.502 39.059 Valor 119.322 99.230 (29.506) 189.047 Licenças tipo ERU Quantidade ARJ NCA SFIR ED & F Man Sugar ED & F Man Portugal, Lda. ED & F Man España, S.A. AB Azucarera Iberia, S.L. Libitec Compras de inventários 2012 Fornecimentos e serviços externos 42.467.514 42.467.514 83.305 149.773 233.078 Vendas de inventários Serviços prestados 57.116.646 1.437.344 179.143 660.120 7.261.056 66.654.309 6.318 1.475 22.396 12.466 42.655 Saldo inicial Atribuídas no exercício Abatidas no exercício Ajustamentos Saldo final 24.3 Saldos com partes relacionadas Em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012 a Empresa apresentava os seguintes saldos com partes relacionadas: ARJ NCA ED & F Man Sugar ED & F Man Portugal, Lda. ED & F Man España, S.A. AB Azucarera Iberia, S.L. 11.239.731 8.375 62.348 2.539 2.316.668 13.629.660 Devedores por acréscimos de rendimentos (Nota 10.2) 724.284 724.284 Clientes c/c (Nota 10.1) ARJ NCA SFIR ED & F Man Sugar ED & F Man Portugal, Lda. ED & F Man España, S.A. AB Azucarera Iberia, S.L. Libitec Demonstrações Financeiras 30 1.401 9.246.898 19.414.852 51.607 30.979 7.269.058 3.420 36.018.214 Outras contas a receber (Nota 10.2) 3.445 3.445 Devedores por acréscimos de rendimentos (Nota 10.2) 12.111 12.111 2013 Fornecedores (Nota 14.1) 148.714 148.714 Outras contas a receber (Nota 10.2) 220.000 8.002 400.000 628.002 Accionistas (Nota 14.2) 180.000 180.000 2012 Fornecedores (Nota 14.1) 1.874 20.832.447 20.834.321 Valor 6.468 (968) 1.116 6.616 No decurso dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012, a Empresa procedeu à emissão de 18.077 e 16.127 toneladas de dióxido de carbono de gases com efeito de estufa, respectivamente, tendo incorrido num gasto com emissão de CO2 no montante de 3.977 Euros (2.255 Euros em 2012). Os serviços prestados por partes relacionadas correspondem essencialmente a assessoria técnica, prestada pela ARJ à Sucursal. Clientes c/c (Nota 10.1) 46.200 16.127 30.073 Diferimentos passivos (Nota 11) - Credores por acréscimos de gastos (Nota 14.3) - 26 ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO Após 31 de Dezembro de 2013 não ocorreram eventos subsequentes que tivessem dado origem a alterações nas demonstrações financeiras reportadas àquela data, ou que devessem ser divulgadas nas mesmas. 27 GARANTIAS PRESTADAS Em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012, a Empresa tinha assumido responsabilidades por garantias prestadas, como segue: Outros credores (Nota 14.3) 306.411 306.411 Diferimentos passivos (Nota 11) Credores por acréscimos de gastos (Nota 14.3) Outros credores (Nota 14.3) 9.484.250 9.484.250 142.374 142.374 459.685 459.685 2013 D.G. Alfândegas IFAP Repsol IAPMEI ATA Petrogal, S.A. 2.900.000 331.312 400.000 16.054 494.000 1.247 4.142.613 2012 3.394.000 331.312 400.000 26.757 1.247 4.153.316 As garantias prestadas à Direcção Geral das Alfândegas e ATA destinam-se à caução para o diferimento dos pagamentos de IVA e para os processos de importação de matéria-prima, sendo superior face ao ano anterior devido ao processo alfandegário relativo à última importação ainda estar em curso. As garantias prestadas ao IFAP garantem os processos de ajuda à diversificação efectuados pela Empresa. A garantia prestada à Repsol refere-se a fornecimentos de fuelóleo. A garantia emitida à ATA foi devolvida no início do ano 2014. O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS Demonstrações Financeiras 31 Relatório e Parecer do Conselho Fiscal Senhores Accionistas da DAI – Sociedade de Desenvolvimento Agro-Industrial, SA, Nos termos das disposições legais aplicáveis, designadamente das previstas na alínea g) do nº 1 do artº 420º do Código das Sociedades Comerciais, e do mandato que nos foi conferido, apresentamos o Relatório da nossa actividade fiscalizadora e o Parecer sobre o Relatório de Gestão, as Demonstrações Financeiras e demais elementos de prestação de contas e propostas relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2013, apresentados pelo Conselho de Administração. O Conselho Fiscal acompanhou a actividade e a gestão da Sociedade através da presença nas reuniões do Conselho de Administração, de contactos com alguns dos seus membros e de informações e esclarecimentos obtidos junto dos serviços sempre que julgou necessário. Procedemos à análise das Atas do Conselho de Administração e da informação financeira e de gestão periodicamente elaborada, tendo reunido ordinariamente nos termos legais e estatutários. No âmbito das nossas competências analisamos as Demonstrações Financeiras e demais elementos de prestação de contas referidas a 31 de Dezembro de 2013 e o Relatório de Gestão, que inclui a proposta de aplicação de resultados. A informação contida nestes elementos permite uma adequada compreensão da situação financeira e dos resultados da sociedade e é esclarecedora da evolução verificada no negócio. O Conselho Fiscal tomou conhecimento do conteúdo da Certificação Legal das Contas, emitida nos termos da legislação em vigor por um dos seus membros na qualidade de Revisor Oficial de Contas, com a qual declara concordar nos termos e para os efeitos do nº 2 do artº 452º do Código das Sociedades Comerciais. Em resultado do trabalho por nós efectuado, somos de parecer que a Assembleia Geral Anual da Sociedade aprove: a) O Relatório de Gestão e as Demonstrações Financeiras do exercício de 2013; b) A proposta de aplicação de resultados apresentada pelo Conselho de Administração. Finalmente, queremos agradecer a óptima colaboração recebida, tanto do Conselho de Administração como dos serviços com que tivemos oportunidade de contactar, e destacar a forma diligente como sempre nos foi disponibilizada a informação e prestados os esclarecimentos necessários ao desempenho das nossas funções. Coruche, 27 de Fevereiro de 2014 O CONSELHO FISCAL Alberto Bodini (Presidente) Rogério Marques Serrasqueiro (Vogal) ALVES DA CUNHA, A. DIAS & ASSOCIADOS Sociedade de Revisores Oficiais de Contas representada por José Luís Areal Alves da Cunha (Vogal) Relatório e Parecer do Conselho Fiscal 32 33 Certificação Legal das Contas Opinião CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS Introdução 1. Examinámos as demonstrações financeiras da DAI - Sociedade de Desenvolvimento AgroIndustrial, S.A., as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2013, (que evidencia um total de 81.548.648 euros e um total de Capital próprio de 41.449.305 euros, incluindo um Resultado líquido negativo de 2.464.835 euros), a Demonstração dos resultados por naturezas, a Demonstração das alterações no capital próprio e a Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, bem como o Anexo. 7. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspetos materialmente relevantes, a posição financeira da DAI - Sociedade de Desenvolvimento AgroIndustrial, S.A., em 31 de Dezembro de 2013, o resultado das suas operações, as alterações no capital próprio e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal. Relato sobre outros requisitos legais 8. É também nossa opinião que a informação constante do relatório de gestão é concordante com as demonstrações financeiras do exercício. Responsabilidades Ênfase 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da DAI, o resultado das suas operações, as alterações no capital próprio e os fluxos de caixa, bem como a adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado. 9. Sem afetar a opinião expressa nos parágrafos 7 e 8, salientamos que a reconversão da atividade da DAI de produtora de açúcar de beterraba em refinadora de ramas de cana-de-açúcar, na sequência da aprovação pela Comissão Europeia de um conjunto de regulamentos, no âmbito da Organização Comum do Mercado do Açúcar, bem como a consequente reestruturação das operações de aprovisionamento de matéria-prima e de venda de produto acabado, têm implicado, nas presentes condições dos mercados, a redução da margem de refinação e o recurso ao apoio por parte de entidades relacionadas. 3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras. Âmbito 4. O exame a que procedemos foi efetuado de acordo com as Normas Técnicas e as Diretrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objetivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: • a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; Neste contexto, as atividades da empresa estão dependentes da continuação daquele apoio e da capacidade de reação e adaptação da Empresa às presentes condições adversas dos mercados por forma a garantir o êxito das operações futuras. Lisboa,24 de Fevereiro de 2014 • a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adotadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; • a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e • a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras. 5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do relatório de gestão com as demonstrações financeiras. 6. Entendemos que o exame efetuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. Certificação Legal das Contas 34 ALVES DA CUNHA, A. DIAS & ASSOCIADOS Sociedade de Revisores Oficiais de Contas representada por José Luís Areal Alves da Cunha Certificação Legal das Contas 35 Relatório dos Auditores 36 Relatório dos Auditores 37 EDIÇÃO DAI - Sociedade de Desenvolvimento Agro-Industrial, S.A. Monte da Barca - Apartado 122 2104-909 CORUCHE Tel: +351 243 610 600 Fax: +351 243 610 602 E-mail: [email protected] NIPC 503 018 449 Matrícula 718 Conservatória de Coruche Capital Social 29.928.000 euros [totalmente realizado] CONCEPÇÃO GRÁFICA Paulo Cardoso TRATAMENTO de IMAGEM e PAGINAÇÃO Tryagono, Publicidade MARÇO 2014