UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Caroline Vidal Zamboni ANESTESIA INTRAOSSEA NA ODONTOLOGIA CURITIBA 2011 ANESTESIA INTRAOSSEA NA ODONTOLOGIA CURITIBA 2011 Caroline Vidal Zamboni ANESTESIA INTRAOSSEA NA ODONTOLOGIA Trabalho de Conclusilo de Curso apresentado ao curso de Odontologia da Faculdade de Cii!ncias Biol6gicas da Universidade Tuiuti do Parana, como requisito parcial para obtenc;:ao do grau de Cirurgiilo Oentista. Orientador:Professor Claudio Roberto de Carvalho Silva CURITIBA 2011 TERMO DE APROVACAo Caroline Vidal Zamboni ANESTESIA INTRAOSSEA NA ODONTOLOGIA Este trabalho de Conclusao de Curso foi julgado e aprovado para obten~ao de grau de Cirurgiao Oentista no curso de Odontologia da Universidade Tuiuti do Parana. Curitiba, 18 de novembro de 2011 Curso de Odontologia Universidade Tuiuti do Parana Orientador: Prof. Claudio Roberto de Carvalho e Silva Universidade Tuiuti do Parana Prof .. Universidade Tuiuti do Parana Prof .. Universidade Tuiuti do Parana RESUMO Este trabalho intraossea tem Foram observadas complica90es, anestesicas. como objetivo assim como descrever rever os conceitos os principais de Segundo realizar os autores, falham ou sao insuficientes. de sucesso, algumas na atualidade. a anestesia Os tres principais principalmente quando Anestesia, desvantagens compara90es intraossea sistemas pulpite; endodontia. com e muito revisados e possiveis outras quando as tecnicas utilizados molares inferiores. Palavras-chave: de anestesia utilizados as suas indica90es de uso, vantagens, alem tecnica prima ria ou como tecnica complementar, taxas da tecnica sistemas tecnicas eficaz como convencionais apresentam para pulpite irreversivel altas de SUMARIO 1. INTRODUCAO E OBJETIVO .....................................................•.•..•....................... 2. REVISAO DE LlTERATURA 2.1 SISTEMA STABIDENT 2.2 SISTEMA X-TIP 2.3 SISTEMA INTRAFLOW 3. DISCUSSAO 4. CONCLUSAO 5. REFERENCIAS 8 9 16 19 21 22 25 26 LlSTA DE FIGURAS 1. FIGURA 1- DEPOSITO DO ANESTESICO PROXI MO AO APICE DO DENTE NO OSSO ESPONJOSO 10 2. FIGURA 2 - SISTEMA INTRAFLOW 11 3. FIGURA 3 - OSTEONECROSE. 15 4. FIGURA 4 - SELE<;Ao 5. FIGURA 5 - ANESTESIA DO LOCAL... DA MUCOSA. 6. FIGURA 6 - PERFURA<;AO STABIDENT.. 7. FIGURA 7- INJE<;AO DO ANESTESICO 8. FIGURA 8 - DESCARTE DA AGULHA. 9. FIGURA 9 - PERFURADOR 10.FIGURA X-TIP 10 - GUIA DA PERFURA<;AO 17 17 18 18 19 20 20 11. FIGURA 11 - INJE<;AO DO ANESTESICO 21 12. FIGURA 12 - PERFURADOR 21 INTRAFLOW 8 1 INTRODUC;AO Um dos principais fatores para 0 sucesso do tratamento odontologico e 0 controle eficaz da dar, e para isso foram desenvolvidas varias tecnicas anestesicas. As maiores necessidade mandibula, dificuldades na supressao de bloqueio na regiao de mandibula. utiliza-se da dor sao encontradas Para dentes a tecnica de bloqueio do nervo alveolar quando ha posteriares na inferior que pode apresentar algumas dificuldades devido it anatomia do local da aplicayao ou mesmo por outros fatores como a abertura bucal do paciente, sua condiyao de ansiedade e tambem certas patologias infecciosas que levam ao trismo e dificultam 0 aces so ao local da infiltrayao (Meechan, autares como suplementar 1999). A tecnica intraossea e descrita a tecnica alveolar inferior, mas tambem par varios como tecnica primaria e vem sendo abordada de forma continua e eficaz ao longo dos ultimos anos. A manobra consiste na injeyao do anestesico osso esponjoso diretamente do ao redor dos dentes. Para atingir esse osso, deve-se passar par quatro camadas de tecidos que sao 0 epitelio, tecido conjuntivo, cortical. Ja em 1910, Masselik encorajava anestesia nos espayos periosteo e osso os dentistas a utilizarem a tecnica de intraossea para a diminuiyao da dar na pratica clinica. De acardo com Christopher (2003), a anestesia intraossea foi desenvolvida para se obter 0 maximo de eficacia Estes beneficios clinica com 0 minima de efeitos colaterais. ficam evidentes quando utilizada como tecnica primaria, uma vez que os pacientes nao sentem seus labios e lingua anestesiados. No entanto, problemas como osteonecrose e alterayao do batimento cardiaco sao citados por diversos autares e devem ser levados em considerayao na decisao da utilizayao desta tecnica. Este trabalho e uma revisao de Iiteratura que tem como principal objetivo 9 esclarecer 0 uso da tecnica desvantagens, assim de anestesia como odontologia atual. 2 REVISAo DE LlTERATURA Ha decadas bloqueio completo (1995) descreveu tecnicas descrever a anestesia os intraossea 0 uso desta tecnica sistemas odontologicas. rapidez de execuyao na perfurayao. e instalayao, na busca do e comparou as demonstrando ser este ultimo eficaz de lidocaina a 2% com epinefrina dos casos com a utilizayao diretamente na Myer S. Leonard para realizayao de exodontias 1: 100.000 e que as falhas ocorridas estavam relacionadas anestesico vantagens, utilizados (10) vem sendo utilizada com 0 sistema Stabident, maioria suas indicayoes, principais da dor durante as intervenyoes tradicionais na grande intraossea, a dificuldade 0 autor relata como vantagens de injetar 0 da tecnica a utilizados e menor numero de tubetes anestesicos auselncia de anestesia de labios e lingua, comuns as tecnicas tradicionais. Segundo Christopher H. Kleber (2003), a anestesia intraossea utilizada como tecnica complementar ao bloqueio do nervo alveolar tambem primaria. ser utilizada procedimento de duas como tecnica etapas para depositar A tecnica proximo ao apice do dente (Figura 1). Primeiramente furo atraves milimetros. do tecido mole e do osso cortical ser tao eficiente com 0 minima esponjoso 0 buraco de 5 a 8 e inserir a agulha do inicial para que 0 anestesico 0 autor discute 0 fato de a anestesia de efeitos colaterais comenta que a falta da popularidade um deveria ser feito um pequeno mesmo diametro e na mesma orientayao da perfurayao no osso esponjoso. envolvia no osso a uma profundidade A segunda etapa consistia em encontrar fosse entregue diretamente inferior e pode tradicional 0 anestesico pode ser e ser tao pouco utilizada, desta tecnica se deve ao fato da relutancia e dos 10 dentistas em perfurar a ossa cortical e a dificuldade de inserir a agulha precisamente na perfurayao. 0 autor ainda relata que alguns fatores podem afetar 0 sucesso da anestesia 10 como a seleyao do lugar de infusao e 0 anestesico de eleiyao. FIGURA 1: Deposito do anestesico no os so esponjoso proximo ao apice do dente FONTE: Journal American Dental Association (1999, p. 650) A evoluyao da tecnica de anestesia intra-6ssea gerou a criayao de novos sistemas como exemplo 0 sistema Stabident, que consiste em uma agulha para injeyao e um perfurador. 0 perfurador envolve uma agulha de ayo inoxidavel de 0.43 milimetros, chanfrado na extremidade livre que e impulsionado par uma peya de mao de baixa velocidade para perfurar a tecido mole e a ossa cortical. 0 perfurador entao e retirado e uma agulha com a mesmo diametro e oito milfmetros de comprimento e colocada na seringa padrao. 0 segundo passo deste sistema e encontrar a orificio, orientar a agulha para a mesmo eixo, inseri-Ia no ossa esponjoso e injetar manualmente a volume desejado do anestesico escolhido. A anestesia e imediata. Outro sistema tambem utilizado e a sistema X-tip, que tem um perfurador girat6rio com uma ponteira removivel utilizada durante a perfurayao. A ponteira entao e retirada deixando um tuba no ossa esponjoso no qual uma agulha curta e inserida para a infusao do anestesico. A vantagem do sistema X-tip e a melhor visualizayao do local da perfurayao. II Ja, 0 sistema Intraflow foi desenvolvido tecnica de anestesia no sentido de facilitar a utilizagao da 10, uma vez que utiliza uma mesma agulha que realiza a perfuragao e a injegao do anestesico. 0 sistema e composto por um tipo especial de perfurador de baixa velocidade que consiste em quatro partes principais: uma agulha que perfura 0 osso e injeta 0 anestesico, levando 0 anestesico um transfusor que age como condutor ate a agulha, uma trava que dirige e governa a rota gao da agulha e um motor que control a 0 poder de rotagao da agulha, mantendo 0 tubete de anestesico no local (Figura 2). Figura 2: Sistema Inlraflow FONTE: Induslry Report, 2007 Juliane Gallantin, et. al (2003) compararam 0 sistema Stabident e 0 sistema X-tip, como tecnica primaria, em um estudo com 2341 individuos utilizando lidocaina a 2% com epinefrina 1:100.000. Os pacientes foram anestesiados testados atraves de testes de vitalidade com as duas anestesias foram respectivamente 0 e os dentes foram pulp-test. As taxas de sucesso entre de 93% e 93% nos primeiros molares, 95% e 95% nos segundos molares e 81 % e 83% nos segundos pre molares. Os autores concluiram que nao houve diferenga significativa entre as duas tecnicas no que diz respeito ao sucesso, inicio de agao e duragao. John Nusstein tecnica complementar, et.al (2003) estudaram em dentes inferiores diagnosticados 33 pacientes foram submetidos relata ram sentir dor a eficacia do sistema X-tip, como a moderada com pulpite irreversivel. tecnica anestesica convencional a severa durante 0 acesso alveolar inferior e endod6ntico. Na 12 sequencia, 1: 100.00. Apenas 18% das injeyoes 10 falharam, anestesico para cavidade urn acesso endod6ntico concluiram quando bucal, a 2% foi utilizado 0 sistema X-tip com 1.8ml de lidocaina e isto ocorreu devido ao refluxo de oral e 82% das anestesias e instrumentayao com epinefrina obtiveram inicial totalmente sucesso permitindo sem dor. Os autores que quando 0 bloqueio do nervo alveolar inferior falha, 0 sistema X-tip, utilizado promove de maneira excelente correta anestesia e sem refluxo de anestesico pulpar em dentes para cavidade inferiores posteriores com pulpite irreversivel. Por sua vez, Stephen A. Parente et.al (1998) testa ram 0 sistema em 37 pacientes, com pulpite autores tambem irreversivel concluiram como tecnica utilizando que apes a tecnica a eficacia et. al (2008), compararam bloqueio alveolar convencional utilizando em dentes diagnosticados 2% com epinefrina 10 91 % dos dentes 1:100.000. inferiores Os e 67% dos anestesiados . do sistema Remmers inferior a lidocaina dentes superiores foram devidamente . Para testar complementar Stabident Intraflow este sistema testes de como tecnica com a tecnica vitalidade obteve sucesso em 9 dos 15 casos testados primaria, Todd convencional pulpar. A de anestesia (60%) e a anestesia 10 obteve sucesso em 13 dos 15 cas os (87%). Na tentativa de analisar a eficacia da Articaina na tecnica de anestesia foram submetidos moderada foram relatam 10, Jason Bigby et. al (2006) analisaram previamente a anestesia alveolar ou severa dor durante 0 acesso endod6ntico. submetidos Stabident. 4% com epinefrina a anestesia A taxa de sucesso ser este resultado inferior pelos autores similar as taxas obtidas 37 pacientes e que apresentavam Logo apes, os pacientes 10 com 1.8ml de anestesico, observada 1:100.000 atraves do sistema foi de 86% e os autores em outros estudos utilizando 13 lidocaina 2% com epinefrina 1:100.000. Porem, ainda com rela980 a eficacia da articaina a 4%, Leandro Augusto Pinto Pereira (2010, no prelo) realizou um estudo com 0 obejtivo de comparar eficacia anestesica de 0.9ml de articafna a 4% com epinefrina 1:100.000 a ou epinefrina 1:200.000. Ambas as solU90es foram injetadas 10 para molares inferiores com pulpite irreversivel sintomatica em 60 pacientes. 0 tempo medio diagnosticados para realiza980 de todo 0 procedimento endod6ntico foi de aproximadamente 18.6 minutos e 0 autor tambem concluiu que ambas as solu96es tiveram alta taxa de sucesso (96.8% para articaina com epinefrina 1:100.000 e 93.1% para articafna com epinefrina 1:200.000). Articaina a 4% e lidocaina a 2%, ambos com epinefrina 1:100.000 ja haviam side comparadas por Andrew Haase et.al (2008) e Paul A. Rosenberg em anestesias suplementares et.al (2007) do nervo bucal em primeiros molares inferiores, apos o bloqueio do nervo alveolar inferior e estes autores concluiram obteve resultados significativamente que a articaina melhores (88%) em rela980 a lidocaina no primeiro estudo e 70.5% para articaina e 62.2% para lidocafna (71%) no segundo estudo. Quando mepivacaina demonstram comparada a 3%, Karan a lidocaina Replogle a 2% com epinefrina et. al (1997) obtiveram 1: 100.000 com a resultados que ser ainda a lidocaina a melhor escolha, com indice de sucesso de 74% para primeiros molares contra 45% da mepivacaina. Com rela980 a dura980 do efeito anestesico, Karan Replogle, et.al (1997) concluem que a lidocaina 2% com epinefrina 1:100.000 e melhor que a mepivacaina 3%, promovendo um maior tempo de analgesia. Ainda com rela980 ao tempo de dura980 do efeito anestesico na tecnica 10, 14 Joanne Jensen et.al (2008) relatam em seu trabalho que utHizando-se a tecnica 10 primaria e repetindo esta aplica~ao ap6s 30 minutos, obtiveram aumento de 15 minutos no tempo de trabalho. Porem, para reportar os efeitos cardiovasculares Karan Replogle et.al (1999) 1:100.000 de epinefrina realizaram e mepivacaina um estudo a 3%. gerados pelas tecnicas 10, com licocaina Foram escolhidos a 2% com 42 candidatos, dentre eles 17 mulheres e 25 homens, entre 18 e 39 anos de idade, para receber 1.8 ml de anestesico em duas sess5es diferentes. Os selecionados e nao estavam fazendo uso de nenhum medicamento. monitoraram a eletrocardiograma, durante e depois do procedimento. aleatoriamente epinefrina receberam uma 1:100.000, batimentos sessao, a 3% ou lidocaina eles receberam de lidocaina ao uso da epinefrina. a 2% com a solu~ao que nao 2% com epinefrina Em 79% destes candidatos, batimentos retornaram ao normal em aproximadamente diferen~ receberam dos candidatos perceberam um aumento nos batimentos cardiacos, o que pode ser atribufdo do anestesico. e pressao arterial antes, Na primeira sessao os escolhidos na primeira vez. Com a anestesico 1:100.000,67% A cada sessao, os autores cardiacos inje~ao com mepivacafna na segunda estavam saudaveis Ja, com 0 usc da mepivacaina os 4 minutos ap6s a infiltra~ao a 3% os pacientes nao perceberam de batimentos cardfacos. Nenhuma diferen~ respeito a pressao arterial em nenhum dos casos. foi constatada no que se diz Segundo os autores, 0 aumento dos batimentos cardfacos nos pacientes que receberam licocafna 2% com epinefrina 1:100.000 nao representa saudaveis. Os autores aceitavel nenhuma implica~ao cllnica significante tambem conciuem que a mepivacafna para pacientes uma alternativa para aqueles pacientes com condi~5es medicas limitadas, terapias medicamentos ou sensibilidade a epinefrina. com 15 Alterayoes dos batimentos cardiacos ja foram observadas por outros autores como Julliane Gallantin et.al (2003) que relataram que 85% dos pacientes perceberam Stabident e 93% quando esta alterayao quando foi utilizado 0 sistema utilizado 0 sistema X-tip, ambos com a utilizayao de lidocaina a 2% com epinefrina 1:100.000. Como complicayao advinda do uso da tecnica 10 Karl F. Woodmansey (2009) relata um caso de osteonecrose (Figura 3) em paciente autores sugerem que 0 calor gerado pela fricyao desenvolvida pode ser uma das causas de alterayoes Tambem cortical 6ssea. Quanto maior a dificuldade sugerem Os autores concluem tecnica e correto treinamento de perfurayao, que e necessario Os durante a perfurayao entre 15000 a 20000 rpms com leve pressao por 2 a 4 segundos adjacente. HIV positiv~. 6sseas uma vez que 0 sistema neste estudo, X-tip, nao faz uso de irrigayao. et. al utilizado 0 uso de rotayao para perfurayao da maior 0 risco para 0 osso um perfeito conhecimento da antes da aplicayao nos pacientes. FIGURA 3 - Osteonecrose FONTE: Journal of Endodontics, (2009, p.289) Em continuidade a esta linha de raciocinio, Christopher descreve os fatores que afetam 0 sucesso da anestesia • Seleyao do local de aplicayao radiografica do local, espayo da anestesia: interradicular H. Kleber (2003) 10: deve ser precedida e comprimento da analise das raizes. 16 Tambem requer a presenya de gengiva inserida para assegurar que a perfurayao no tecido mole esteja alinhada com a perfurayao ossea. • Seleyao do anestesico: absoryao alta vascularizayao do anestesico vasoconstritor da mandibula e sendo assim a utilizayao se faz necessaria, pois ira aumentar • rapida do anestesico 0 tempo Para os casos de pacientes com alterayoes cardiacas da mepivacaina causa 0 com de analgesia. autor sugere 0 usa a 3%. Conforto do Paciente: os cuidados iniciais com analgesia da mucosa devem ser tomados para que 0 paciente nao sinta desconforto consideravel. A grande dentista esta ligada barreira na utilizayao a necessidade das tecnicas intraosseas pelo cirurgiao de perfurayao ossea em um tecido sadio. Ainda assim Chad Bangerter et. al (2009) apos pesquisa entre os endodontistas relataram que aproximadamente questionario 94.77% dos endodontistas nos EUA, que responderam ao usam algum tipo de anestesia intraossea, sendo 61.99% dos casos de pulpite irreversivel e 0 anestesico mais utilizado e a lidocaina a 2% com epinefrina 1:100.000. Como resultado tambem foi possivel observar que mais da metade dos entrevistados 2.1 utilizam esta tecnica anestesica mais de duas vezes por semana. SISTEMA STAB/DENT Nesta seyao serao apresentadas as formas de utilizayao do sistema Stabident utilizado para a realizac;:ao da anestesia intraossea: • Etapa Inicial: Para perfurayao lateral deve-se imaginar uma linha horizontal ao longo da margem gengival dos dentes e uma linha vertical atraves da papila interdental. Um ponto a cerca de 2mm apicalmente de onde estas linhas se 17 cruzam e geralmente um local adequado para perfura<;:ao lateral (Figura 4). FIGURA 4: Sele<;ao do Local SELECT A SITE FOR INJECTION FONTE: figura extra ida do site www.stabident.com Ultimo acesso em 10 de outubro de 2011 • Anestesia da Gengiva Inserida: desinfectar logo ap6s anestesiar isquemia. 0 local, realizar anestesia a mucosa normalmente Eo necessario aguardar anestesia se instale adequadamente pelo t6pica e ate que a regiao apresente menos 30 segundos para uma que a (Figura 5). FIGURA 5: Anestesia da Mucosa FONTE: figura extra ida do site www.stabident.com Ultimo acesso em 10 de outubro de 2011 Perfura<;:ao Atraves da Placa Cortical: Colocar 0 perfurador Stabident em um contra angulo de baixa rota<;:ao e retirar a tampa do perfurador. deve estar perpendicular deve ser empurrado a placa cortical e ainda sem ativar a pe<;:a de mao suavemente com 0 0550. Logo ap6s, empurra 0 perfurador 0 perfurador atraves da gengiva ate que tenha contato a pe<;:a de mao deve ser ativada contra 0 0550 com leve pressao. enquanto se 0 movimento de 18 "packing" deve ser utilizado repetidas vezes para perfurayao da cortical ate que 0 osso esponjoso seja atingido e isto ocorre cerca de dois a cinco segundos do tempo total da perfurayao. Este movimento e importante para que nao haja superaquecimento do osso, podendo gerar algum tipo de inflamayao ou ate mesmo necrose ossea. Apos a perfurayao, 0 perfurador deve ser descartado com seguranya (Figura 6). FIGURA 6: Perfura~iio - Stabident FONTE: figura extra ida do site www.stabident.com Ultimo acesso em 10 de outubro de 2011 • Inserir a Agulha de Injeyao e Injetar 0 profissional deve fazer uma leve compressao Anestesico: Primeiramente no local da perfurayao 0 para absorver qualquer tipo de sangramento e assim ter uma melhor visualizayao da perfurayao. A agulha deve ser inserida no orificio na mesma angulayao em que 0 perfurador foi retirado (Figura 7). FIGURA 7: Inje~iio do Anestesico FONTE: figura extra ida do site www.stabident.com Ultimo acesso em 10 de outubro de 2011 19 • 0 anestesico deve entao ser injetado lentamente e a agulha de injec;:ao deve ser descartada logo apos 0 termino do procedimento (Figura 8) FIGURA 8: Descarte da agulha FONTE: Figura extra ida do site www.stabident.com Ultimo acesso em 10 de outubro de 2011 2.2 SISTEMA X- TIP Nesta sec;:ao serao apresentadas as formas de utilizac;:ao do sistema X-Tip utilizado para a realizac;:ao da anestesia intraossea: • Anestesia do Local da Perfurac;:ao: Selecionar 0 local da perfurac;:ao, fazer desinfecc;:ao do locar, fazer anestesia topica e injetar pequena quantidade de anestesico para anestesiar a mucosa. 0 local de eleic;:ao deve estar de 2 a 4mm apicalmente ao dente e tambem deve estar ligeiramente na distal do dente a ser tratado. Perfurac;:ao da Placa Cortical: Colocar 0 perfurador na pec;:ade mao com baixa velocidade (15.000 posicionar a broca perfuradora Acionar 0 contra a 20.000 angulo rpms), fazer leve pressao maxima 0 90 graus com aproximadamente na velocidade contra e fazer entrada e saida de no maximo 4 segundos (Figura 9). 0550 0 e 0550. movimentos de 20 FIGURA 9: Perfurador X-Tip FONTE: Journal of Endodontics (2003, p.725) Este sistema possui uma guia que ira ficar na mucosa exatamente no local em que foi realizada a perfura"ao, par isso a broca deve ser retirada delicadamente do local para que a guia nao se desloque (Figura 10). FIGURA 10: Guia da perfura<;:ao FONTE: Figura extra fda do site http://www.tulsadental.com (Jltimo acesso em 05 de outubro de 2011. Inje"ao do Anestesico no Ossa Esponjoso: Posicionar a anestesico dentro da guia e injetar a solu"ao anestesica lentamente ate que atinja a ossa esponjoso (Figura 11). Ap6s terminar a procedimento anestesico a agulha e a broca perfuradora devem ser descartadas com seguran9a. 21 FIGURA 11: Injeyao do Aneslesico FONTE: Figura extra ida do site http://www.tulsadental.com Ultimo acesso em 05 de outubro de 2011 2.3 SISTEMA INTRAFLOW Nesta seyao serao apresentadas as formas de utilizayao do sistema Intraflow utilizado para a realizayao da anestesia intra6ssea. Seleyao do Local de Injeyao: Eo um dos passos mais importantes para 0 sucesso da tecnica. Eo recomendado que a anestesia seja realizada na parte distal do dente a ser tratado. Pode ser necessaria a realizayao de uma radiografia para se certificar a proximidade das raizes e sua angulayao. Penetrayao: Assim que 0 local de injeyao for selecionado, 0 botao de transfusao deve ser retraido e 0 reostato deve ser ativado. Novamente devem ser feitos movimentos de entrada e saida ate que esponjoso, 0 0 perfurador atinja que levara aproximadamente 4 segundos (Figura 12). FIGURA 12: Perfurador Intraf/ow FONTE: Figura exIra ida do sile www.dentlcompare.com (Illimo acesso em 05 de outubro de 2011 0 osso 22 • Infusao: Pisar novamente no reostato para que a anestesico seja injetado. E importante lembrar que nesta fase a contra angulo deve estar desligado. • Retirada: Assim que a quantidade desejada de anestesico for depositada ossa esponjoso, a agulha deve ser retirada em um unico movimento no com a motor funcionando lentamente. 3 DISCUssAo A anestesia intra6ssea e descrita em diversos trabalhos tanto como tecnica prima ria como na complementayao de outras tecnicas quando estas nao atingem seu objetivo. Autores como Christopher intra6ssea H. Kleber (2003) discutem a fato da anestesia ser tao eficaz e no entanto tao pouco utilizada pelos profissionais odontologia. A relutancia na sua utilizayao talvez se deva ao fato do profissional perfurar um tecido sadio para realizayao da tecnica. Outra dificuldade autor seria a posicionamento E da relatada pelo da agulha precisamente na perfurayao realizada. possivel que a melhoria dos equipamentos e tecnicas utilizados para a realizayao da anestesia 10 tenham contribuido para as resultados obtidos par Chad Bangerter et. al (2009) que relataram que em uma pesquisa nos Estados Unidos, metade dos profissionais entrevistados utilizam esta tecnica ao menos 2 vezes par semana. Fica clara a evoluyao da tecnica inicial, que consistia em realizar uma perfurayao e logo ap6s a injeyao do anestesico no mesmo local, para as tecnicas atuais como a que utiliza a perfurador Stabident, X-tip au mesmo a Intraflow, todos eles possibilitando a injec;:aodo anestesico de forma mais agil. Com relayao a eficiencia da tecnica, autores como John Nusstein et. al 23 (2003) comprovam que 0 sistema X-tip quando testado como tecnica complementar em dentes inferiores diagnosticados com pulpite irreversivel apresenta taxa de sucesso de 82%. Ja 0 sistema Stabident, apresentou uma taxa de sucesso de 91 %, tambem como tecnica complementar em molares inferiores com pulpite irreversfvel. (Stephen A. Parente et. ai, 1998). Mesmo na tecnica primaria 0 sistema Intraflow obteve resultados muito bons, chegando a 87% de sucesso. (Todd Remmers et. ai, 2008). Quando utilizada como tecnica primaria, a anestesia 10 apresenta uma grande vantagem que e a ausencia de anestesia tanto do labia como da lingua do paciente, possibilitando que este saia da consulta sem este desconforto. Dentre os sistemas aqui discutidos, 0 sistema Stabident e 0 mais utilizado apesar de ser 0 que oferece maior dificuldade na inseryao da agulha na perfurayao. (Christopher H. Kleber, 2003). Por sua vez, 0 sistema X-tip tern como vantagem a melhor visualizayao da perfurayao por possuir urn guia que fica no local e permite que a agulha seja inserida corretamente no local da perfurayao. (Christopher H. Kleber, 2003). JtI 0 sistema Intraflow e 0 mais facH de ser utilizado por possuir somente uma agulha que realiza a perfurayao e a infusao do anetesico. (Christopher H. Kleber, 2003). No que diz respeito ao tipo de anestesico utilizado, a lidocafna a 2% com epinefrina 1:100.000 aparece como a rnais utilizada. Para avaliar a eficacia da articaina 4% com epinefrina 1:100.000, Jason Bigby et.al (2006), aplicaram a tecnica atraves do sistema Stabident e obtiveram uma taxa e sucesso de 86%. A taxa de sucesso observada neste estudo 24 demonstrou ser similar as taxas de sucesso obtidas nos estudos em quais foram utilizados lidocaina 2% com epiefrina 1:100.000. Porem, ainda testando a eficacia da articaina, Leandro Augusto 1:100.000 ou epinefrina Pereira (2010) utilizou articaina 1:200.000. Ambas as soluyoes anestesicas altas taxas de sucesso, sendo respectivamente duas taxas maiores 4% com epinefrina que as apresentadas apresentaram de 96.8% e 93.1 % e sendo estas nos estudos com lidocaina 2% com epinefrina 1:100.000. A lidocaina mepivacaina 2% com epinefrina 1:100.000 quando comparada 3%, apresenta uma taxa de sucesso significantemente com a maior no que se diz respeito a analgesia (Karan Replogle et. al. 1997), porem a mepivacaina 3% nao apresenta nao alterayao vasoconstritor, dos batimentos ao contrario cardiacos, da lidocaina devido ao 2% com epinefrina fato de 1:100.000. ter (Karan Replogle et. al. 1999). Alguns fatores podem comprometer 0 sucesso da anestesia seleyao do local de aplicayao ou mesmo a seleyao do anestesico. 10, como a (Chrisopher H. Kleber, 2003). Outro fator a ser considerado (Chrisopher H. Kleber, e 0 conforto do paciente para a aplicayao. 2003).Recomenda-se a c~rreta desinfecyao do local, aplicayao de anestesico t6pico e anestesia da gengiva inserida para que 0 paciente sinta 0 menor desconforto possivel durante a perfurayao do local. o conhecimento fundamentais detalhado no momento da tecnica e a habilidade da aplicayao como a citada por Karl F. Woodmansey osteonecrose da anestesia do profissional 10 evitando sao complicayoes et. al (2009), que relata um caso clinico de devido ao calor gerado pela fricyao desenvolvida durante a perfurayao e aus€Jncia de irrigayao. 25 4CONCLUSAO Segundo as autores pesquisados, a anestesia como tecnica prima ria como na complementa9ao 10 pode ser utilizada tanto de outras tecnicas, mostrando alto grau de sucesso e rapida instala9ao quando empregada corretamente. Stabident e relata do como a mais utilizado, porem a sistema Intraflowe 0 sistema mais facil de ser utilizado uma vez que possui apenas uma agulha que faz a perfura9ao inje9ao do anestesico. e a 26 5 REFERENCIAS BIGBY, Jason et al. Articaine for Supplemental Intraosseous Anesthesia with Irreversible Pulpitis. Journal of Endodontics, vol. 32, num.11 , 2006. in Patients Columbus - Ohio, p. 1044-1047, GALLANTlN, Juliane et al. A Comparison of two Intraosseous Anesthetic Techniques in Mandibular Posterior Teeth. Journal American Dental Association, p. 1476 - 1484, vol. 134, 2003. HAASE, Andrew et al. Comparing Anesthetic Efficacy of Articaine Versus Lidocaine as a Supplemental Buccal Infiltration of the Mandibular First Molar After an Inferior Alveolar Nerve Block. Journal American Dental Association, p. 1228 - 1235, vo1.139, 2008. HORALEK, Anthony L., LlEWEHR, Frederick R. A new approach to intraosseous anesthesia: The Intraflow HTP Anesthesia System. 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