UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES NÚCLEO HOSPITALAR DE EPIDEMIOLOGIA RELATÓRIO EPIDEMIOLÓGICO ANO - 2013 Natal/RN Fevereiro – 2014. José Ricardo Lagreca Superintendente do HUOL EQUIPE DO NHE/HUOL Cícera Marilene de Araújo Olegário (Bolsista) Franciane Amorim de Oliveira Lima (Assistente Social) Luciana Melo Ribeiro (Enfermeira /Coordenadora) Sandra Patrícia Saraiva Cipriano (Registradora de Câncer) Glendda Santos de Melo (Bolsista) 2 AGRADECIMENTOS À Coordenação Estadual dos Núcleos Hospitalares de Vigilância Epidemiologia (NHVE) da Secretaria da Saúde Pública Rio Grande do Norte (RN), Maria Suely Lopes Correia Pereira e Ivanilda de Castro do Nascimento Feitosa pela brilhante iniciativa e organização do I SIMPÓSIO SOBRE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA HOSPITALAR DO RIO GRANDE DO NORTE, o qual possibilitou a ampliação do conhecimento científico na área aos integrantes dos NHVE do RN; Um agradecimento especial ao Coordenador do NHVE do Hospital Universitário Ana Bezerra, Wilton Medeiros, que durante o I SIMPÓSIO SOBRE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA HOSPITALAR DO RIO GRANDE DO NORTE se destacou com suas brilhantes apresentações e, sobretudo com seus valiosos ensinamentos acerca da elaboração de produções científicas. O nosso muito obrigado! Ao Laboratório de Análises Clínicas (LAC) do HUOL pela valiosa colaboração e apoio no processo de notificação dos acidentes com risco biológico. Destacamos a equipe da Imunologia: Jane Maria M. Aquino, Maria do Carmo Cardoso de Medeiros, Maria Varela de Queiroz Silvia, Norma Kelly Freire Lima e Rossana Almeida Toscano. 3 “Tudo parece impossível até que seja feito” Nelson Mandela 4 LISTA DE SIGLAS CEREST – Centro Estadual de Saúde do Trabalhador CID –O – Classificação Internacional de Doenças para Oncologia CIEVS - Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde CPS - Coordenação de Promoção à Saúde DATASUS – Departamento de Informática do SUS DCN – Doença de Notificação Compulsória DO – Declaração de Óbito DPC – Departamento de Patologia Clínica DSL – Distrito Sanitário Leste EEN – Escola de Enfermagem de Natal FII - Fichas Individuais de Investigação FIN – Fichas Individuais de Notificação GAL – Gerenciador de Ambiente Laboratorial HUOL - Hospital Universitário Onofre Lopes INCA – Instituto Nacional de Câncer LACEN - Laboratório Central MIF – Mulher em Idade Fértil MS – Ministério da Saúde NEF – Núcleo de Estudo do Fígado NHE - Núcleo Hospitalar de Epidemiologia PAF – Paralisias Agudas e Flácidas POP – Procedimento Operacional Padrão RCBP – Registro de Câncer de Base Populacional RN - Rio Grande do Norte RN – Rio Grande do Norte SESAP - Secretaria de Estado da Saúde Pública SIM – Sistema de Informação de Mortalidade SINAN – Sistema de Informação de Agravo de Notificação SIPAC - Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos SIS – Sistema de Informação em Saúde SMS – Secretaria Municipal de Saúde SUS - Sistema Único de Saúde 5 SUS – Sistema Único de Saúde UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte UNACON – Unidade de Assistência de Alta Complexidade USFC – Unidade de Saúde Familiar e Comunitária VE – Vigilância Epidemiológica 6 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 Distribuição dos profissionais que sofreram acidente com material biológico, de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2013 conforme circunstância do acidente. Natal/RN 2013._ Gráfico 2 42 Distribuição dos profissionais que sofreram acidente com material biológico, de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2013, conforme circunstância do acidente e material orgânico. Natal/RN, 2013__________________________________________________ Gráfico 3 43 Distribuição dos óbitos ocorridos no HUOL de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2013, segundo mês de ocorrência. Natal/RN 2013____________________________________ 7 49 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Distribuição das doenças, agravos e óbitos notificados no HUOL de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2013, por Sistema de Informação Epidemiológica. Natal/ RN_______________________________________________________________ Tabela 2 Doenças e agravos notificados por mês de ocorrência, no HUOL de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2013, Natal/RN . ____________________________________ Tabela 3 36 38 Distribuição dos casos notificados de hepatites virais no HUOL de 1 Janeiro a 31 de Dezembro de 2013, por mês de ocorrência e faixa etária. Natal/RN __________________________________________________________________ Tabela 4 40 Evolução dos casos notificados dos profissionais que sofreram acidente com material biológico no HUOL de 1 Janeiro a 31 de Dezembro de 2013, por mês de ocorrência__________________________________________________________ Tabela 5 44 Distribuição dos casos novos de câncer notificados no HUOL de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2013, segundo localização primária do tumor Natal/RN, 2013.______________________________________________________________ Tabela 6 Distribuição dos óbitos ocorridos no HUOL de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2013, segundo características sociodemográficas. Natal/RN, 2013._____________ Tabela 7 46 50 Distribuição dos óbitos de Mulheres em Idade Fértil ocorridos no HUOL de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2013, segundo características sociodemográficas. Natal/RN2013. _____________________________________________________ Tabela 8 Distribuição dos óbitos de mulheres em Idade Fértil ocorridos no HUOL conforme período definido na variável 37 da Declaração de Óbito. Natal/RN 2013.________ Tabela 9 53 Distribuição mensal das internações realizadas no HUOL de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2013.Natal/RN__________________________________________ Tabela 10 52 54 Distribuição mensal dos atendimentos ambulatoriais realizados no HUOL de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2013. Natal/RN_____________________________ 54 8 SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO.____________________________________________________________________ 11 2 ATIVIDADES PROGRAMADAS E REALIZADAS.________________________________________ 13 2.1 ESTRUTURAÇÃO DO NÚCLEO_________________________________________________________ 13 2.2 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DOS AGRAVOS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS TRABALHADOS NO NHE___________________________________________ 2.3 APOIO AO PROCESSO DE INFORMAÇÃO HOSPITALAR, ESTADUAL 13 E FEDERAL____________________________________________________________________________ 16 2.4 CONTRIBUIÇÃO NO CAMPO DA PESQUISA CIENTÍFICA_________________________________ 16 2.5 CONTRIBUIÇÃO NO CAMPO DO ENSINO EPIDEMIOLÓGICO DA GRADUAÇÃO E PÓS GRADUAÇÃO E ÁREA TÉCNICA___________________________________________________ 19 3 ATIVIDADES NÃO PROGRAMADAS E REALIZADAS.___________________________________ 22 4 PROMOÇÃO E/OU PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS EPIDEMIOLÓGICOS_________________ 23 4.1 PROMOÇÃO._________________________________________________________________________ 23 4.2 PARTICIPAÇÃO.______________________________________________________________________ 28 5 NORMAS E ROTINAS DO NHE/HUOL_________________________________________________ 32 6 DIFICULDADES ENCONTRADAS_____________________________________________________ 35 7 DADOS EPIDEMIOLÓGICOS_________________________________________________________ 36 7.1 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS______________________________________ 36 7.1.1 Sistema de Informação dos Agravos de Notificação – SINAN ________________________________ 37 Registro 7.1.2 de Registro Câncer de Base Populacional – RCBP ______________________________________________ 44 7.1.3 Sistema de Informação sobre Mortalidade – SIM.__________________________________________ 48 8 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES ASSISTENCIAIS________________________________________ 54 8.1 Informação sobre internação hospitalar no HUOL________________________________________ 54 8.2 Informação sobre atendimento ambulatorial no HUOL ____________________________________ 54 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS____________________________________________________________ 55 REFERÊNCIAS_______________________________________________________________________ 56 ANEXO I – Causas básicas de óbitos do HUOL no período de Janeiro a Dezembro de 2013._____ 57 ANEXO II – Alô Vigilância ______________________________________________________________ 59 ANEXO III - Monitoramento das Ações do Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar_____ 60 ANEXO IV - Termo de Autorização da Instituição_____________________________________________ 65 ANEXO - Resumo de Trabalho Científico apresentado na XVIII Reunião da Associação Brasileira de Registros de Câncer____________________________________________________ 9 66 ANEXO VI - Procedimento Operacional Padrão – POP_________________________________________ 68 APÊNDICE I - Planilha de despesas e custeio _________________________________________ 88 APÊNDICE II - Metas e ações para 2014_____________________________________________ 89 10 1 APRESENTAÇÃO O Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) integra o Sistema Único de Saúde (SUS), segundo a Lei Orgânica da Saúde (Lei no 8080/90), na qualidade de hospital de referência terciária para a população do Estado do Rio Grande do Norte (RN), além de proporcionar campo para o ensino, a pesquisa e a extensão na área da saúde e áreas afins. Nessa perspectiva não poderia deixar de integrar a Rede de Hospitais de Referência para o Subsistema Nacional de Vigilância Epidemiológica em âmbito hospitalar e desenvolver as competências definidas na Portaria Nº 2.254 de 05 de agosto de 2011 (BRASIL, 2010a). Tais ações garantem a notificação de doenças e agravos prioritários em saúde pública, definidos pela Portaria Nº 104 de 25 de janeiro de 2011 (BRASIL, 2011), permitindo o acompanhamento do perfil de morbimortalidade da população atendida nessa instituição hospitalar. Na perspectiva assistencial, vale mencionar a ampliação de leitos proveniente do convênio firmado em 2012, com a Secretaria Estadual de Saúde. Diante desse acordo, o HUOL disponibiliza 40 leitos exclusivamente para o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, a fim de minimizar o estado de calamidade no âmbito da saúde do RN. Deste modo, vem disponibilizando um total de 230 leitos. À luz da importante missão do HUOL, com a assistência, ensino, pesquisa e extensão, o Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE) apresenta através desse relatório a realização das atividades preconizadas e os dados epidemiológicos dos Sistemas de Informação alimentados por esse Núcleo de Janeiro a Dezembro de 2013. O cumprimento da elaboração e divulgação do relatório epidemiológico trimestral vem atender às exigências da Coordenação Estadual dos NHEs da Coordenação de Promoção à Saúde (CPS) do Rio Grande do Norte (RN), como forma de avaliar o desempenho dos NHEs, divulgar suas ações, a fim de disseminar as informações epidemiológicas, possibilitando a adoção de medidas adequadas de prevenção e controle pelos gestores hospitalares, municipais e estaduais, permitindo a interrupção de cadeias de transmissão de doenças na população. No contexto de produção e prestação de serviços assistenciais e técnico científico, o NHE/HUOL em 2013, 1066 (um mil e sessenta e seis) notificações sendo: 208 (duzentos e oito) registros de Doenças e/ou Agravos de Notificação Compulsória entre as incluídas na lista do Sistema de Informação de Agravos de Notificação 11 (SINAN); 512 (quinhentos e doze) novos casos de Neoplasia Maligna, notificadas através do Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP) e o monitoramento de 346 (trezentos e quarenta e seis) óbitos hospitalares. Além de um expressivo número de investigação epidemiológica em prontuários de pacientes, totalizando 5.958 (cinco mil novecentos e cinqüenta e oito) prontuários. Nesse relatório serão apresentadas ainda as principais causas de óbito por capítulo da CID 10/BR, no HUOL de Janeiro a Dezembro de 2013. É valioso ressaltar, que os dados de óbitos relativos às causas básicas foram consolidados pelo SIM/SESAP e se encontram no ANEXO I deste relatório. Enfim, os dados apresentados através de tabelas, gráficos e figuras são resultados das atividades desenvolvidas de competência dos NHE que integram Rede de hospitais de referência nacional, atendendo o objetivo de detectar, notificar e investigar os agravos constantes da Portaria Nº104/2011 (BRASIL, 2011) , priorizando os agravos constantes do seu Anexo II, em estreita articulação com a Rede Nacional de Alerta e Resposta às Emergências em Saúde Pública (Rede CIEVS), bem como a detecção de óbitos, sobretudo os de mulheres em idade fértil (10 a 49 anos). 12 2- ATIVIDADES PROGRAMADAS E REALIZADAS 2.1 - ESTRUTURAÇÃO DO NÚCLEO Solicitado semanalmente via on-line através do Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos – SIPAC/UFRN os materiais de consumo; 1º TRIMESTRE Realizado levantamento de material permanente necessário ao NHE, a saber : impressora multifuncional, microcomputador completo, notebook, armário com prateleiras, portas e chaves, flip chart, cadeira com apóia braços cor azul, cadeira sem apóia braços cor azul e quadro branco; Adquirido Microcomputador Desktop Tipo I e Monitor LCD 19 polegadas. 2ºTRIMESTRE Adquirido armário alto com duas portas, mesa para microcomputador tipo rack e quadro branco. 4º TRIMESTRE Elaborado Planilha de custos (APÊNDICE I) do “Fator de Incentivo dos Hospitais de Referências para o Subsistema Nacional de Vigilância Epidemiológica em Âmbito Hospitalar (FIVEH)”. 2.2- VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DOS AGRAVOS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS TRABALHADOS NO NHE Realizadas continuamente ações de vigilância de Doença de Notificação Compulsória (DNC); Mantida atividade de busca ativa diária aos pacientes internados nas enfermarias do Edifício Central de Internação (ECI), UTI e SPI, através do Sistema Informatizado de Gestão Hospitalar, MV 2000; Mantido sistema diário de busca ativa aos pacientes externos nos ambulatórios: Dermatologia, Psiquiatria, Clínica Médica, Pneumologia, Gastroenterologia e Laboratório de Analises Clínicas, utilizando o instrumento de fácil captação das DNC, o “Alô Vigilância” (ANEXO II) 13 Mantido preenchimento mensal de mapa de alta dos pacientes com Tuberculose e envio para a Secretaria Municipal e Estadual de Saúde de Natal; Notificadas e investigadas no âmbito hospitalar, as Doenças de Notificação Compulsória (DNC), utilizando as Fichas Individuais de Notificação (FIN) e Fichas Individuais de Investigação (FII) padronizadas pelo SINAN; Digitadas as FIN e FII no SINAN NET; Realizado controle das solicitações dos exames encaminhados ao Laboratório Central (LACEN) - RN em parceria com o Serviço Externo de Transporte do HUOL; Realizada semanalmente transferência dos lotes do SINAN NET via e-mail para o Distrito Sanitário Leste (DSL); Realizada semanalmente o envio de notificação negativa das Paralisias Agudas e Flácidas (PAF) para o e-mail do Programa de Controle das PAFs da Secretaria Estadual de Saúde Pública (SESAP)- RN “[email protected]”; Mantida rotina de investigação dos óbitos de Mulheres em Idade Fértil ( MIF) (10 a 49 anos); Mantida rotina de repasse mensal das Declarações de Óbitos (DO) para a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante, com objetivo de contribuir para análise do potencial de doação de órgãos e tecidos para transplantes; Mantida rotina de investigação dos exames anatomopatológicos no Departamento de Patologia Clínica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), para identificação dos casos positivos de acordo com o Classificação Internacional de Doenças para Oncologia- CID – O, recomendada pelo Instituto Nacional de Câncer - INCA; Mantida rotina do Registro de Câncer de Base Populacional - RCBP, bem como a digitação dos referidos dados em banco de dados local do NHE/HUOL; Mantido através de e-mails, canal de comunicação entre os médicos residentes para os assuntos de interesse da vigilância epidemiológica; Mantido Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL) no sistema eletrônico do NHE. O GAL tem como objetivo informatizar o Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública das Redes Nacionais de Laboratórios de Vigilância Epidemiológica e Vigilância em Saúde Ambiental, proporcionando o gerenciamento das rotinas, acompanhamento das etapas para realização dos exames e relatórios epidemiológicos e de produção nas redes estaduais de laboratórios de Saúde Pública. Dessa forma os 14 resultados dos exames laboratoriais de casos suspeitos ou confirmados (positivos/negativos) das DNC são disponibilizados pelos serviços de vigilância, auxiliando na investigação epidemiológica das referidas doenças e na tomada de decisões epidemiológicas e gerenciais dos laboratórios de saúde. 15 2.3- APOIO AO PROCESSO DE INFORMAÇÃO HOSPITALAR, MUNICIPAL, ESTADUAL E FEDERAL Elaborado e emitido relatório epidemiológico trimestral para os gestores do hospital e Coordenação dos NHE da SESAP/RN, a fim de subsidiar o planejamento e a avaliação das ações desenvolvidas pela unidade hospitalar; Elaborado em 22/04/2013, memorando para a Divisão de Recursos Humanos do HUOL com o objetivo de atender a demanda da Procuradoria Regional do Trabalho, acerca do relatório de reuniões onde o NHE discutiu processos de trabalho e informações epidemiológicas sobre as notificações de acidente de trabalho. Tal documento tratou das estratégias do NHE para garantir, as notificações de agravos e doenças ocupacionais registradas no HUOL; Preenchido em 24/07/2013, instrumento de Monitoramento das Ações do Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar (NHE). A demanda foi originada do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde (MS) (ANEXO III). 2.4 – CONTRIBUIÇÃO NO CAMPO DA PESQUISA CIENTÍFICA 1º TRIMESTRE Continuado na elaboração da Pesquisa intitulada “Estratégias do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do Hospital Universitário Onofre Lopes para garantir a qualidade do Registro de Câncer de Base Populacional” O objetivo desse Projeto é verificar as informações do RCBP geradas pelo NHE/HUOL, identificando os indicadores de validade alcançados pelo RCBP desse Hospital e descrever o processo de trabalho do NHE do HUOL para garantir a qualidade do RCBP; 16 2º TRIMESTRE Iniciado orientação de trabalho científico às Residentes de Enfermagem do Programa de Residência Integrada Multiprofissional, Ingrid Gurgel Amorim e Miclécia de Melo Bispo. A produção científica intitulada “.CARACTERIZAÇÃO DOS ACIDENTES COM EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO ENVOLVENDO A EQUIPE DE ENFERMAGEM DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO” foi autorizada pelo Comitê de Ética e Pesquisa do HUOL (ANEXO IV) e encontra-se em fase de análise. Trata-se de pesquisa descritiva acerca do acidentes com exposição a material biológico ocorridos com a equipe de enfermagem do HUOL, nos últimos cinco anos em razão da elevada incidência desses eventos pela categoria mencionada. 3º TRIMESTRE Concluída pesquisa intitulada “ESTRATÉGIAS DO NÚCLEO HOSPITALAR DE EPIDEMIOLOGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES PARA GARANTIR A QUALIDADE DO REGISTRO DE CÂNCER DE BASE POPULACIONAL”; A pesquisa “CARACTERIZAÇÃO DOS ACIDENTES COM EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO ENVOLVENDO A EQUIPE DE ENFERMAGEM DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO encontra em fase de análise; Elaborado trabalho científico intitulado” AÇÕES DO NÚCLEO HOSPITALAR DE EPIDEMIOLOGIA FORTALECENDO A PREVENÇÃO DAS HEPATITES VIRAIS” e enviado para comissão científica da XIX Semana de Ciência Tecnologia e Cultura – CIENTEC de UFRN, a fim de possibilitar participação do NHE/HUOL na CIENTEC/2013. 4º TRIMESTRE Participação de Sandra Patrícia Saraiva Cipriano na XVIII Reunião da Associação Brasileira de Registros de Câncer ocorrerá na cidade de Bauru, São Paulo, entre os dias 20 e 22 de novembro de 2013. Na ocasião a Registradora de Câncer apresentou trabalho científico intitulado: “ESTRATÉGIAS DO NÚCLEO HOSPITALAR DE EPIDEMIOLOGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO 17 ONOFRE LOPES PARA GARANTIR A QUALIDADE DO REGISTRO DE CÂNCER DE BASE POPULACIONAL DE NATAL-RN”. O resumo dessa produção encontra-se no ANEXO V desse relatório. Figura 1 – Registro fotográfico de apresentação de trabalho científico na XVIII Reunião da Associação Brasileira de Registros de Câncer realizada na cidade de Bauru/SP. Fonte: NHE/HUOL 18 2.5 – CONTRIBUIÇÃO NO CAMPO DO ENSINO EPIDEMIOLÓGICO NA GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO E ÁREA TÉCNICA. 1º TRIMESTRE Supervisão de estágio de 20/03/2013 a 26/03/2013 das alunas Mariana Cecília Costa Cruz e Débora Caroline Nascimento Câmara, do curso de graduação de Gestão em Sistemas e Serviços de Saúde, como componente do Estágio Curricular obrigatório das referidas alunas. Treinamento em 20/02/2013 para a 47ª Turma do Projeto Cursistas de Enfermagem. Nessa ocasião, o NHE ministrou aula sobre “Vigilância Epidemiológica Hospitalar” e distribuiu a Lista das DNC conforme Portaria 104, de 25 de janeiro de 2011 da SVS/MS a todos os 47 participantes, destacando os agravos ocupacionais, sobretudo os acidentes com exposição a material biológico, considerando que os Técnicos de Enfermagem vêm se acidentando com mais freqüência. Destacado as circunstâncias dos acidentes, pois se diferenciam entre o descarte inadequado de material perfurocortante em cama, bancada, saco de lixo, reencape de agulhas, procedimento cirúrgico, administração de medicamento subcutâneo e dextro, conforme evidencia-se nas informações consolidadas pelo SINAN durante todo o ano de 2012 e apresentadas durante o treinamento; Participação do NHE na programação de acolhimento dos novos residentes do HUOL em 05/03/2013. Durante a apresentação, exposto alguns informes técnicos e operacionais relacionados aos Sistemas de Informação em Saúde (SIS) alimentados pelo NHE/HUOL, a saber: I. II. NHE: aspectos legais, funções e atividades desenvolvidas; SINAN: DNC; perfil epidemiológico das DNC /ano 2012; fluxo de acidente com exposição a material biológico; III. RCBP: dados epidemiológicos de câncer/ano 2012; indicadores de qualidade alcançados pelo Registro de Câncer do HUOL/ano 2009 e 2010; IV. SIM: aspectos legais; fluxo de monitoramento da DO. Acolhimento em 14/03/2013 dos alunos do curso Técnico de registro e Informações em Saúde da Escola de Enfermagem de Natal – EEN/UFRN; 19 2ºTRIMESTRE Treinamento em 12/06/2013 para a 48ª Turma do Projeto Cursistas de Enfermagem. Nessa ocasião, o NHE ministrou aula sobre “Vigilância Epidemiológica Hospitalar” Figura 2 – Registro fotográfico de aula ministrada pelo NHE durante a 48ª Turma do Projeto Cursistas de Enfermagem, promovido pelo Serviço de Educação Permanente do HUOL. Fonte: NHE/HUOL 3ºTRIMESTRE O NHE proporcionou campo de estágio para aluna do Curso Técnico em Registro e Informação em Saúde da Escola de Enfermagem de Natal – EEN/UFRN no período iniciado em 26/08/2013 com previsão para término em 22/10/2013. Ministrado aula para os servidores e terceirizados envolvidos com a gestão hospitalar do HUOL. O Curso de “Gestão Hospitalar” foi promovido pela Diretoria de Recursos Humanos desse hospital e o tema abordado versou sobre os Sistemas de Informação Epidemiológica alimentados pelo NHE e os fluxos instituídos por esse núcleo para garantir a informação epidemiológica nessa instituição. 20 Figura 3 – Registro fotográfico de aula ministrada pelo NHE em 11/09/2013 durante o curso de Gestão Hospitalar. Fonte: NHE/HUOL 4ºTRIMESTRE O NHE proporcionou momento vivencial para aluna do Curso Técnico de Vigilância em Saúde da Escola de Enfermagem de Natal – EEN/UFRN no período iniciado em 04/11/2013 a 08/1/2013; Participação de Luciana Melo Ribeiro na Jornada de Controle de Infecção Hospitalar do HUOL em 30/10/2013 como palestrante do tema: PROTOCOLO DE ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO E DADOS EPIDEMIOLÓGICOS DO HUOL”; Participação em 03/12/2013 e 05/12/2013 de Luciana Melo Ribeiro no curso preparatório para o concurso da EBSERH. Tal evento foi planejado e organizado pela Divisão de Gestão de pessoas da EBSERH/HUOL, para os cursistas, bolsistas e trabalhadores terceirizados. O tema abordado versou sobre “Noções de Epidemiologia” 21 3- ATIVIDADES NÃO PROGRAMADAS E REALIZADAS 1º TRIMESTRE Elaboração de Procedimento Operacional Padrão - POP do RCBP; do Recebimento das DO em branco da Secretaria Municipal de Saúde – SMS/Natal; Controle e distribuição da DO no HUOL; Monitoramento dos Óbitos de MIF; Aquisição de vacinas especiais e Notificação de Doenças de Notificação Compulsória (DNC). Essa demanda foi originada da Direção Geral do HUOL, a fim de padronização dos procedimentos já realizados pelos serviços desse hospital (ANEXO VI); 22 4- PROMOÇÃO E/OU PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS EPIDEMIOLÓGICOS 4.1. PROMOÇÃO 1º TRIMESTRE Reunião em 28/02/2012 com a equipe do NHE/HUOL para discussão das rotinas de serviço do NHE e reorganização do processo de busca ativa para as DNC; 2º TRIMESTRE Planejado e realizado Campanha de Vacina contra Influenza para todos os profissionais de saúde, residentes, bolsistas e terceirizados do HUOL, no período de 13/05/2013 a 16/05/2013 na Unidade de Saúde Familiar e Comunitária (USFC), onde foram vacinados um total de 634 trabalhadores e estudantes. Destaca-se nesse evento a valiosa contribuição da Residente de Enfermagem Miclécia Bispo, Enfermeirandas Dayana, Lílian e Sara e as Técnicas de Enfermagem da USFC, Lucineide e Mônica. Planejamento Execução Figura 4 – Registro fotográfico do planejamento e execução da Campanha de Vacina contra Influenza. Maio/2013. Fonte: NHE/HUOL 23 Em 24/05/2013 promovido Palestra sobre Acidentes de Trabalho com Exposição a Material Biológico e Perfil Epidemiológico dos acidentados no HUOL no período de 2008 à 2013. Figura 5 – Registro fotográfico de palestra sobre Acidentes de Trabalho com Exposição a Material Biológico. Fonte: NHE/HUOL 24 Promovido “Roda de Conversa” sobre Fluxo de Acidente com Exposição a Material Biológico. A ação foi realizada em 07/06/2013 no Ambulatório Cirurgia com a equipe de Enfermagem e Higienização, a fim de divulgar tal fluxo no HUOL, bem como medidas de biossegurança e orientação de vacina contra Hepatite B. Figura 6 – Registro fotográfico “Roda de Conversa” sobre Fluxo de Acidente com Exposição a Material Biológico em 07/06/2013 no Ambulatório de Cirurgia/HUOL. Fonte: NHE/HUOL Promovida reunião em 26/06/2013 pelo NHE, com a participação da chefia do Laboratório de Análises Clínicas/ LAC, Rute Santos Mendonça, Bioquímica do setor de Imunologia Norma Kelly Freire Lima e Enfermeira da CCIH Maria Consuêlo M. Cavalcante, a fim de discutir o fluxo dos acidentes com exposição a material biológico e requisição específica para o paciente fonte e trabalhador acidentado. Na oportunidade o NHE apresentou as informações epidemiológicas dos acidentes biológicos notificadas no SINAN NET no período de 2008 a 2013/ Junho. Após discussões e análises da proposta pelo NHE/CCIH de instituir requisição de exame específica para o paciente fonte e profissional acidentado, o LAC se comprometeu em avaliar o modelo de requisição e fazer alterações se necessário. Figura 7 – Registro fotográfico de reunião em 26/06/2013 do NHE, com a participação do LAC/HUOL e CCIH. Fonte: NHE/HUOL 25 3º TRIMESTRE Após avaliação e diversos contatos, foi aperfeiçoado a versão original da requisição de exame específico para o paciente fonte e profissional acidentado e concluído com o consentimento e aprovação dos três serviços envolvidos, bem como da Diretoria Médica. Segue na Figura 8 modelo final da requisição em questão. Figura 8 – Requisição de exame específico para o paciente fonte e profissional acidentado com material de risco biológico. Fonte: NHE/HUOL. 26 Considerando o trabalho integrado do NHE, CCIH e LAC, para garantir ao trabalhador do HUOL, condições de atendimento imediato na profilaxia para vírus da Hepatite B e quimioprofilaxia para o vírus da Imunodeficiência Humana, o NHE apresentou ao Diretor Médico o atual Fluxograma de Acidente com Exposição a Material Biológico do HUOL, assim como, solicitou o apoio no sentido do cumprimento dos Médicos deste Hospital, às recomendações do fluxo, além da adesão à requisição de exames padronizado para o trabalhador acidentado e paciente fonte do acidente. Ressaltado à Diretoria Médica que essa iniciativa representa mais um instrumento essencial para o aperfeiçoamento e qualificação da assistência, mantendo o SINAN atualizado com vistas a permitir ações de vigilância em saúde do trabalhador em nossa instituição. Repassado por meio eletrônico a todos os médicos da instituição, as informações epidemiológicas acerca dos casos de acidente de trabalho com exposição a material biológico notificados no HUOL de Janeiro de 2008 a Julho de 2013, por ano, segundo ocupação, por ocorrência e material orgânico exposto e segundo as circunstância do acidente. Além dessas informações, foi encaminhado o Fluxo de Acidente com Material Biológico e a nova requisição para exames do protocolo atual; Em 14/07/2013 iniciada prática da ressalva nas DO, segundo recomendações dos técnicos responsáveis pelo SIM da SESAP-RN durante a “OFICINA ESTADUAL DE FORTALECIMENTO DA POLÍTICA DE VIGILÂNCIA DE ÓBITOS E SISTEMAS SIM/SINASC” realizada em Natal no período de 25 a 27 de Junho de 2013. Esta ação é recomendada para as pequenas divergências que não comprometem a identificação das pessoas citadas no documento, livrando a devolução e/ou recusa pelo oficial de Registro Civil. Tal prática vem melhorando a informação da DO bem como a redução de seu cancelamento. 27 4.2. PARTICIPAÇÃO 1º TRIMESTRE Participação da coordenação na I Reunião Técnica realizada no Hotel Praiamar nos dias 14 e 15 de março de 2013, promovida pela Coordenação Estadual dos NHE do RN. Este evento teve como destaque as apresentações dos trabalhos científicos elaborados e apresentados pelos integrantes dos NHE, durante eventos de cunho científico, a fim de socialização das produções científicas entre as equipes dos Núcleos presentes e Técnicos da SMS e SESAP. O NHE/HUOL apresentou os seguintes trabalhos: I. “Formação dos enfermeiros em vigilância epidemiológica hospitalar: um desafio a ser conquistado”; II. Caminhos percorridos por um núcleo hospitalar de epidemiologia para garantir a qualidade do registro de câncer em um hospital universitário de Natal/RN; Figura 9 – Registro fotográfico da 1ª Reunião Técnica realizada no Hotel Praiamar nos dias 14 e 15 de março de 2013. Fonte: NHE/HUOL Realizado pela coordenação curso de TABULAÇÃO BÁSICA com TABWIM pelo Departamento de Informática do SUS – DATASUS com carga horária de 30 horas e seguintes conteúdos programáticos; I. II. III. Instalação e uso de TabWin; A Tabulação; Operações e ajustes na Tabela; 28 IV. V. Construção de Gráficos e mapas; Integração TabWin – TabNet. Realizado no período de 18/03/2013 a 22/04/2013, com carga horária de 30 horas curso de “Procedimentos de Gestão de Pessoas na unidade com o SIGRH” na UFRN. 2º TRIMESTRE Participação da coordenação na II Reunião Técnica realizada nos dias 16 e 17/05 de 2013, promovida pela Coordenação Estadual dos NHE do RN. Participação da coordenação na III Reunião Técnica realizada no HIVS nos dias 25 e 26/07 de 2013, promovida pela Coordenação Estadual dos NHE do RN. Durante o evento abordado temas como: Doenças Exantemáticas, Tabagismo, SRAG, Meningite e Mortalidade. Participação de Franciane Amorim de Oliveira Lima na Oficina Estadual de Fortalecimento da Política de Vigilância de Óbitos e Sistemas SIM/SINASC realizada no período de 25 a 27 de Junho de 2013 no Praiamar Hotel. Figura 10 – Registro fotográfico Oficina Estadual de Fortalecimento da Política de Vigilância de Óbitos e Sistemas SIM/SINASC. Fonte: NHE/HUOL 3º TRIMESTRE Participação de Luciana Melo Ribeiro em evento organizado pelo Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) SESAP-RN acerca da implantação da NR 32 nos serviços públicos de saúde do RN, realizado em 22/09/2013 no Praiamar Hotel, com carga horária de 8 horas. 29 4º TRIMESTRE Participação de Sandra Patrícia Saraiva Cipriano no Curso “CANCER RELACIONADO AO TRABALHO NO RIO GRANDE DO NORTE – RISCOS E PACTOS SOCIAIS PARA SUA IDENTIFICAÇÃO E CONTROLE”, realizado pelo Centro de Referência a Saúde do Trabalhador, em Natal, nos dias 08 09 de Outubro, com carga horária de 16 horas/aula; Participação da coordenação na Reunião Técnica realizada nos dias 10 e 11/10 de 2013, promovida pela Coordenação Estadual dos NHE do RN; Participação de Franciane Amorim de Oliveira Lima no Curso SIM WEB no Laboratório de Informática do DATASUS/MS em 07/10/2013; Participação de Luciana Melo Ribeiro no VI Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde de 13/11/2013 a 17/11/2013 na UERJ – RJ; Participação em 18/11/2013 de Franciane Amorim de Oliveira Lima na Reunião Técnica para atualização das vigilâncias de Dengue do estado e município; Participação do NHE na XIX Semana de Ciência Tecnologia e Cultura – CIENTEC da UFRN. A produção científica intitulada “AÇÕES DO NÚCLEO HOSPITALAR DE EPIDEMIOLOGIA FORTALECENDO A PREVENÇÃO DAS HEPATITES VIRAIS”, possibilitou interação com o público visitante do stander do HUOL através das ações preventivas acerca das Hepatites Virais, em destaque as orientações acerca dos mecanismos de transmissão, importância da imunização contra Hepatite B e distribuição de aproximadamente 900 (novecentos) preservativos (camisinha masculina), cedidas pela SMS/Natal. Figura 11 – Registro fotográfico da participação dos integrantes do NHE/HUOL na XIX Semana de Ciência Tecnologia e Cultura – CIENTEC/UFRN. Fonte: NHE/HUOL 30 Participação da coordenação na Reunião Técnica realizada nos dias 11 e 12/12 de 2013 no Hotel Praia Mar, promovida pela Coordenação Estadual dos NHE do RN. Na ocasião apresentado os avanços e desafios do NHE em 2013. Participação em 17 e 19 de 12/2013 de Franciane Amorim de Oliveira Lima na Oficina de Vigilância de Óbito e Sistemas de Informações SIM e SINASC. 31 5- NORMAS E ROTINAS DO NHE/HUOL A Portaria Nº 2.529/04 (BRASIL, 2004) define no seu anexo II, as atribuições dos Hospitais de Referência I. Nesse sentido o HUOL abrange uma diversidade de rotinas epidemiológicas específicas do NHE. Do conjunto dessas competências faz-se menção a seguir de algumas normas e rotinas significativas do trabalho desenvolvido nesse Núcleo. I - RECURSOS HUMANOS Nível Superior Elaborar trimestralmente o Relatório Epidemiológico; Realizar juntamente com a equipe, seleção das ações e metas do trabalho anual; Realizar avaliação anual do trabalho do Núcleo; Elaborar o Informativo Epidemiológico da Instituição; Elaborar documentações do Núcleo, normas, rotinas e fluxos dos Sistemas de Informações em Saúde; Realizar investigação epidemiológica nos Prontuários Médicos; Elaborar e acompanhar a planilha orçamentária anual de utilização do Fator de Incentivo para os Hospitais de Referências do Subsistema Nacional de Vigilância Epidemiológica em Âmbito Hospitalar – FIVEH; Ministrar aula sobre epidemiologia hospitalar em cursos e capacitações; Receber alunos (de cursos técnicos, graduação, pós-graduação e residência) da área de saúde para conhecimento da rotina epidemiológica do Núcleo; Realizar reuniões com chefias e estabelecer parcerias; Realizar discussão com profissionais de saúde sobre os pacientes com casos suspeitos de DNC; Notificar os casos de DNC; Realizar crítica dos Formulários de Notificação e Investigação antes do repasse para digitação; Divulgar as informações epidemiológicas produzidas pelo Núcleo; 32 Participar de reuniões, treinamentos e demais eventos promovidos pelas gestões do SUS em níveis municipal (SMS/Natal), estadual (SESAP) e federal (MS). Nível Médio (Técnico de Enfermagem) Auxiliar na elaboração do Relatório Epidemiológico; Realizar diariamente busca ativa nas enfermarias; Recolher formulários do “Alô Vigilância” nos setores estratégicos no ambulatório: Clínica Médica, Oftalmologia, Dermatologia, Pneumologia, Gastroenterologia e Laboratório de Analises Clínicas – LAC; Notificar os casos de DNC; Digitar as notificações e repassar semanalmente os lotes do SINAN NET para o Distrito Sanitário Leste; Realizar investigação epidemiológica nos Prontuários Médicos; Notificar (registrar) as Neoplasias Malignas atendidas no hospital; Auxiliar na divulgação das informações epidemiológicas da instituição. Bolsistas Receber, conferir e repassar os prontuários dos pacientes para o Serviço de Arquivo Médico (SAME); Entregar, receber e arquivar os documentos emitidos e recebidos devidamente protocolados e apoiar as atividades administrativas em geral; Solicitar materiais através do Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos (SIPAC) e MV 2000; Preencher planilha de conferência de material permanente do NHE; Auxiliar na elaboração do Relatório e Boletim Epidemiológico; Auxiliar na divulgação das informações epidemiológicas da instituição; Preencher a planilha orçamentária de utilização do Fator de Incentivo para os Hospitais de Referências do Subsistema Nacional de Vigilância Epidemiológica em Âmbito Hospitalar – FIVEH.; Recolher formulários do “Alô Vigilância”, instrumento utilizado no processo de captação de informação epidemiológica, nos setores estratégicos no 33 ambulatório: Clínica Médica, Oftalmologia, Dermatologia, Pneumologia, Gastroenterologia e Laboratório de Analises Clínicas – LAC Auxiliar na elaboração de documentos que versam sobre normas, rotinas e fluxos dos Sistemas de Informações em Saúde alimentados pelo NHE/HUOL e Auxiliar nas aulas sobre epidemiologia hospitalar em cursos e capacitações promovidas pelo NHE. 34 6. DIFICULDADES ENCONTRADAS Baixa adesão dos profissionais de saúde às notificações obrigatórias estabelecidas pela legislação sanitária brasileira; Permanência temporária dos bolsistas no NHE. 35 7- DADOS EPIDEMIOLÓGICOS 7.1. SISTEMAS DE INFORMAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS Tabela 1 – Distribuição das doenças, agravos e óbitos notificados no HUOL de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2013, por Sistema de Informação Epidemiológica. Natal/ RN. (n=1066).* CASOS Nº Notificações % SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DOS AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO – SINAN Acid. exosição.mat. biológico Dengue Doença Priônica Hanseníase Hepatites Virais Hantavirose Leishmaniose Visceral Leptospirose Sífilis Tuberculose Intoxicação Exógena Câncer Relacionado ao Trabalho Subtotal das Doenças e Agravos REGISTRO DE CÂNCER DE BASE POPULACIONAL Subtotal de casos com Câncer ** 36 6 3 23 103 1 3 1 7 20 4 1 208 512 3,38 0,56 0,28 2,16 9,66 0,09 0,28 0,09 0,66 1,88 0,38 0,09 48,03 SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE MORTALIDADE 346 32,46 Subtotal de Óbitos Total geral 1066 100,0 Fonte: NHE/HUOL *Dados sujeitos a revisão. ** Dados coletados dos resultados dos exames anatomopatológicos. De acordo com a Tabela 1, notificado no HUOL 1066 registros de doenças, agravos e óbitos no período de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2013. Dos 208 registros do SINAN, 103 referem-se às notificações das Hepatites Virais. Isso pode estar associado às competências do HUOL enquanto serviço de alta complexidade, abarcando as responsabilidades de realização de exames confirmatórios, biópsia hepática, definição de necessidade de tratamento e manejo clínico de pacientes portadores dessa enfermidade. Ressalta-se que o Núcleo de Estudo do Fígado (NEF) 36 serviço responsável pela rede de assistência às Hepatites Virais do HUOL é um valioso parceiro do NHE. Quanto ao Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP) constata-se na Tabela 1, o registro de 512 casos novos de câncer. É importante assinalar que os referidos dados foram coletados dos resultados dos exames anatomopatológicos, ou seja, dados que representam apenas o resultado da captação da notificação de câncer pela busca ativa no Departamento de Patologia Clínica da UFRN. Os casos captados por outros meios de diagnósticos somente serão apresentados, segundo localização primária, após investigação dos mesmos. Dessa forma, o NHE/HUOL segue as orientações do Instituto Nacional de Câncer (INCA) que considera consenso a divulgação dos casos novos dessa enfermidade no período de até dois anos, tempo suficiente para encerramento dos referidos casos. Quanto ao SIM, a Tabela 1 apresenta a frequência dos óbitos ocorridos no período apresentado. Esse dado foi coletado com o monitoramento dos óbitos ocorridos nessa instituição através das rotinas do SIM desenvolvido pelo NHE. 7.1.1. Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) foi concebido entre 1990 e 1993 pelo Centro Nacional de Epidemiologia e apoio técnico do DATASUS para atuar a partir das Unidades de Saúde, possibilitando a coleta e processamento de dados sobre agravos de notificação em todo o território nacional, desde o nível local (BRASIL, 2009a). A notificação e investigação de DNC são realizadas através de formulários padronizados pelo Ministério da Saúde (MS) que permitem alimentar o SINAN. Tais formulários são denominados de FIN e FII. A FIN é sempre preenchida pelos profissionais de Saúde das unidades ambulatoriais e hospitalares para cada paciente que apresente caso suspeito de qualquer DNC. A FII apresenta um caráter de investigação para cada tipo de agravo e permite obter dados que possibilitam a identificação de fontes de infecção das doenças e seus mecanismos de transmissão. Para preenchimento dessa ficha são designados serviços capacitados para a realização de investigação epidemiológica. No HUOL, o NHE é o serviço responsável 37 pela investigação epidemiológica das DNC suspeitas e confirmadas dos pacientes atendidos nessa instituição. Ressalta-se que o ponto de partida para a organização e consolidação do SINAN está na qualidade das informações contempladas nos campos das FIN e FII. Dados de má qualidade, aqui entendido como os campos em branco e incompleto das fichas de notificação e investigação, representam inconsistências nas informações. Diante disso, o NHE vem procurando estratégias para garantir a qualidade das informações concernentes ao referido sistema através da completude da FINs e FIIs. A Tabela 2 apresenta número de agravos do SINAN notificados no HUOL, de Janeiro a Dezembro de 2013. Tabela 2 - Doenças e agravos notificados por mês de ocorrência, no HUOL, de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2013, Natal/RN. (n=208)*. Doenças e Agravos Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total % 10 3 1 4 6 - 1 3 3 1 4 - 36 17,31 Dengue - - 1 1 2 1 1 - - - - - 6 2,88 Doença Priônica - - 1 - 2 - - - - - - - 3 1,44 Hanseníase - - 3 4 3 - 2 2 3 1 2 3 23 11,06 Hepatites Virais 2 7 9 14 12 7 4 20 5 14 4 5 103 49,52 Hantavirose - - - - 1 - - - - - - - 1 0,48 Leishmaniose Visceral - - - - 1 - 1 - 1 - - - 3 1,44 Leptospirose - - - - 1 - - - - - - - 1 0,48 Sífilis 1 - 1 1 - - 1 - - 1 2 - 7 3,37 Tuberculose 1 - 3 5 2 - 1 3 2 - 1 2 20 9,62 - - 1 - 1 - - - - 1 1 - 4 1,92 1 - - - - - - - - - - - 1 0,48 15 10 20 29 31 8 11 28 14 18 14 10 208 100,00 Acid. exp.mat. biológico Intoxicação Exógena Câncer Relacionado ao Trabalho Total Fonte:SINAN/HUOL. Natal/RN. *Dados sujeitos a revisão. 38 Constata-se na Tabela 2 uma variação de doenças e agravos notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação entre Janeiro a Dezembro de 2013, totalizando 208 registros. Destaca-se com maior número de casos notificados as Hepatites Virais, com 103 casos, esse dado certamente relaciona-se com a existência do serviço de alta complexidade existente no HUOL para atendimento aos pacientes portadores de Hepatites Virais. Considerando o período de seis meses para encerramento das Fichas de Investigação das Hepatites Virais cujos casos notificados no segundo semestre de 2013 só serão encerrados em 2014, apresentam-se nesse relatório somente informações sócio demográficas as quais são de conhecimento desde o momento da notificação dos referidos casos. Na Tabela 3 encontram-se informações acerca da distribuição dos casos notificados de Hepatites Virais por mês de ocorrência e faixa etária e na Figura 12, evidencia-se a distribuição espacial dessas notificações. 39 Tabela 3 - Distribuição dos casos notificados de Hepatites Virais no HUOL de 1 Janeiro a 31 de Dezembro de 2013, por mês de ocorrência e faixa etária. Natal/RN. (n=103) *. Fx Etária 15-19 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total % 1 - - - 3 2,91 - - 1 - - 1 - - 20-34 - 1 2 8 1 2 1 6 - 7 2 1 31 30,10 35-49 1 1 - 2 6 2 1 7 1 4 1 2 28 27,18 50-64 1 3 3 2 2 - 1 4 2 2 - 2 22 21,36 65-79 - 2 3 2 3 2 1 2 1 1 1 - 18 17,48 80 e+ - - - - - - - 1 - - - - 1 0,97 Total 2 7 9 14 12 7 4 20 5 14 4 5 103 100,00 Fonte:SINAN/HUOL. Natal/RN. *Dados sujeitos a revisão. Constata-se a maior freqüência dos casos de Hepatites Virais na faixa etária entre 20 e 34 anos, embora tenham ocorrido notificações entre todos os grupos etários apresentado na Tabela 3. Sabe-se que a distribuição dessa enfermidade é universal, sendo que a magnitude dos diferentes tipos varia de região para região. No HUOL tem sido notificado principalmente os tipos B e C. Considerando o período de seis meses para encerramento das Fichas, como foi anteriormente mencionado, os dados quanto ao tipo de hepatite bem como a confirmação desses casos somente serão apresentados ao final de seis meses a partir da data de notificação, quando o NHE divulgará nos próximos relatórios, sobretudo por entender a importância dessa enfermidade pelo número de indivíduos atingidos e pela possibilidade de complicações das formas agudas e de médio e longo prazo quando da cronificação. Apresenta-se na Figura 12 a distribuição espacial das notificações de Hepatites Virais notificadas no HUOL em 2013. 40 Natal Legenda até 2 2 --| 4 4 --| 8 8 --| 57 Figura 12 – Distribuição espacial das notificações de Hepatites Virais notificadas no HUOL de Janeiro a Dezembro de 2013. Natal/ RN. (n=103)*. Fonte:SINAN/HUOL. Natal/RN. *Dados sujeitos a revisão. Observa-se na Figura 12 que dos 103 casos notificados no HUOL, 57 pacientes residem no município de Natal e que os demais residem em municípios de Nísia Floresta, Pedro Velho, Santa Cruz e São Pedro, Acari, Arês, Caicó, Canguaretama, João Câmara, Lagoa Salgada, Macaíba, Nova Cruz, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, São José de Mipibu, São Pedro, Serrinha dos Pintos, Tibau do Sul e Touros. O encaminhamento de pacientes portadores de Hepatites Virais por diversos municípios do RN é evidenciado na Figura 12, pois o HUOL enquanto hospital de referência para atendimento e tratamento de alta complexidade do SUS, realiza acompanhamento em nível ambulatorial e de internação aos pacientes portadores dessas enfermidades. Outra importante informação que merece ênfase nesse relatório é a relacionada aos acidentes com exposição a material biológico, pois vêm se destacando no cenário de doenças ocupacionais registradas nessa instituição. Segundo o MS estas exposições são um sério risco aos profissionais em seus locais de trabalho, considerando que os acidentes envolvendo sangue e outros fluidos orgânicos correspondem às exposições mais freqüentemente relatadas (BRASIL, 2006). 41 Constata-se nesse relatório que os Técnicos de Enfermagem vêm se acidentando com mais freqüência, pois entre Janeiro e Dezembro desse ano, das 36 notificações realizadas, 27 pertencem a essa categoria, conforme apresenta o Gráfico 1. Outros 30 25 Reencape 20 Dextro 15 Proced. laboratorial 10 Proced. cirúrgico 5 Manip caixa perfuro/cortante Lavagem de material 0 Descarte inadeq. chao Punção coleta Adm. med. subcutânea Adm. med. endovenosa Gráfico 1 – Distribuição dos profissionais que sofreram acidente com material biológico, de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2013 conforme circunstância do acidente. Natal/RN, 2013. (n=36) *. Fonte: SINAN/HUOL. *Dados sujeitos a revisão. É importante ressaltar que as circunstâncias desses acidentes se diferenciam entre o descarte inadequado de material perfuro-cortante em chão, bancada, reencape de agulhas, administração de medicamento subcutâneo, procedimentos de laboratório, dentre outros, conforme Gráfico 1. Estudos na área revelam que os ferimentos com agulhas e material perfurocortante, em geral, são considerados extremamente perigosos por serem potencialmente capazes de transmitir mais de 20 tipos de patógenos diferentes, sendo o vírus da imunodeficiência humana (HIV), o da hepatite B e o da hepatite C, os agentes infecciosos mais comumente envolvidos (BRASIL, 2006). Diante disso, podese constatar que todas as circunstâncias dos acidentes apontam para riscos ocupacionais de grande preocupação para o trabalhador do HUOL. 42 Mediante esse cenário, é significativo ainda conhecer as circunstâncias dos acidentes conforme o material orgânico exposto, como mostra o Gráfico 2. 12 Adm. med. endovenosa 10 Adm. med. subcutânea 8 Punção coleta 6 Descarte inadeq. chão 4 Lavagem de material Manip caixa perfuro/cortante 2 Proced. cirúrgico 0 Sangue Líquido amniótico Fluído com sangue Outros Proced. laboratorial Dextro Gráfico 2 – Distribuição dos profissionais que sofreram acidente com material biológico, de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2013, conforme circunstância do acidente e material orgânico. Natal/RN, 2013 (n=36)*. Fonte: SINAN/HUOL. *Dados sujeitos a revisão. Constata-se no Gráfico 2 que o material orgânico mais incidente foi o sangue e que por se tratar de fluido orgânico potencialmente infectante, há preocupação se estende quando observa-se que dentre os 36 casos de acidentes, 05 foram por descarte inadequado no chão, isto é, com provável fonte desconhecida, o que torna a necessidade de ações de condução imediata, a fim de garantir a segurança no atendimento pós exposição. Com o intuito de conhecer a evolução dos casos notificados, apresenta-se na Tabela 4 as evoluções, segundo a classificação definida pelo SINAN, isto é, alta sem e com conversão sorológica e ignorado ou em branco. 43 Tabela 4 – Evolução dos casos notificados de profissionais que sofreram acidente com material biológico no HUOL de 1 Janeiro a 31 de Dezembro de 2013, por mês de ocorrência, Natal/RN. (n=36) *. Evolução caso Jan Fev Mar Abr Mai Jul Ago Set Out Nov Dez Total % Ign/Branco 1 - - 1 2 1 1 - - 1 - 7 19,44 Alta pac. fonte negativo 9 3 1 3 4 - 2 3 1 3 - 29 80,56 Total 10 3 1 4 6 1 3 3 - 3 - 36 100 Fonte: SINAN/HUOL. Natal/RN. *Dados sujeitos a revisão. Conforme a Tabela 4 observa-se que dos 36 casos notificados, 29 apresentaram alta, em razão de o paciente fonte apresentar sorologias negativas e 7 casos permanecem com evolução pendente, devido as dificuldades de cumprimento do fluxo para acesso à informação do NHE quanto aos resultados de exames. Embora os registros indiquem que a maioria (80,56%) tenha sofrido acidentes com material biológico de pacientes com fonte negativa, sabe-se que a situação mais confortável perpassa por caminhos da prevenção dos acidentes e imunização contra Hepatite B, tais medidas garantem a prevenção e mais segurança no trabalho. 7.1.2. Registro de Câncer de Base Populacional – RCBP Conforme Decreto Nº 11.433 de 26 de agosto de 1992 do Governo do Rio Grande do Norte institui-se o registro de ocorrência de câncer de base populacional em todo território do Estado, com o objetivo de atualização dos dados sobre sua incidência e prevalência. As informações sobre a incidência de câncer são valiosas para definição de estratégias de prioridades e controle dessa enfermidade. No Brasil, o RCBP se configura em importante fonte para a vigilância sobre a ocorrência de câncer na população. Os RCBP implantados em 28 cidades brasileiras vêm se qualificando cada vez mais, permitindo com segurança a comparação com informações nacionais e internacionais sobre o perfil da incidência dos diversos tipos de câncer (INCA, 2010b). O RCBP de Natal foi implantado em 1996 e as informações são coletadas em 31 fontes, dentre estas o HUOL, que integra ativamente a rede notificadora, através do NHE. Dessa forma o NHE através da vigilância do câncer vem subsidiando a construção do conhecimento da incidência e distribuição geográfica dessa enfermidade no município de Natal. 44 Torna-se oportuno destacar as estratégias utilizadas pelo NHE para captar as informações relevantes para o encerramento dos casos de câncer atendidos no HUOL, a saber: investigação no DPC da UFRN dos exames citohistopatológicos; identificação e notificação dos casos positivos através da CID–O; busca passiva nos prontuários dos pacientes, provenientes do setor de faturamento; coleta de informações no SIM e coleta de dados de identificação do paciente através do programa MV2000. Apresenta-se na Tabela 5, a distribuição dos casos novos de câncer notificados no HUOL de Janeiro a Dezembro 2013, segundo localização primária do tumor. 45 Tabela 5 – Distribuição dos casos novos de câncer notificados no HUOL de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2013, segundo localização primária do tumor Natal/RN, 2013 (n=512)*. CID10ª revisão C00-14 C15 C16 C17 C18C21 C22 C23 C24 C25 C32 C34 C38 C41 C43 C44 C48 C49 C50 C53 C56 C60 C61 C62 C64 C67 C69 C71 C73C75 C76 C80 C81 Total Localiza ção primária Lábio, cavidade oral e faringe Esôfago Estômago Intestino Delgado Cólon e Reto, canal anal e ânus Fígado Vesícula Biliar Vias biliares extra hepáticas Pâncreas Laringe Pulmão e Brônquio s Mediastin o Ossos Melanom a maligno da pele Pele não melanom a Retroperi tônio e peritônio Tec.Conj. subcutâne o e moles Mama Colo de útero Ovário Pênis Próstata Testículo s Rim Bexiga Olho e anexos Cérebro Tireóide e outras glândulas endócrina s Loc. mal definida Loc. primária desconhe cido Linfomas Todas as neoplasia s malignas Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out 2 2 2 1 1 2 1 1 4 2 3 1 1 4 1 6 - - - 1 - 1 - - 2 - 2 - 3 - 5 2 5 - 5 - 4 1 - - - - - - 4 1 1 - - 1 - 2 - 3 4 3 4 1 - - - - - 2 1 - - Nov Dez 1 2 1 5 5 2 10 37 0,39 1,95 7,23 1 - - - 3 0,59 10 - 7 - 6 - 3 - 3 1 55 4 10,74 0,78 - 1 - - 1 2 0,39 - 2 - 1 1 - 1 - 1 - 1 1 - 1 5 12 1 0,98 2,34 0,20 4 1 - 3 1 - 3 1 27 5,27 1 - - - - 1 2 - - - 3 2 0,59 0,39 - 4 1 - - - - - - - 5 0,98 4 22 13 6 15 8 13 11 8 2 105 20,51 - - 1 3 2 0,59 0,39 1 - - - 1 1 1 1 - - - - - - - - Total % 1 - 4 1 1 1 3 2 - - 2 1 16 3,13 3 5 1 6 3 1 11 2 7 1 1 5 2 9 1 13 1 7 1 5 5 1 1 5 2 2 12 81 0,39 0,39 2,34 15,82 1 2 5 3 2 1 1 1 2 5 3 1 - 1 1 2 6 1 4 2 - 1 - 2 1 1 22 25 0,20 4,30 4,88 4 - 1 - 2 - - 1 1 - 1 - 1 - 1 - 1 2 1 1 13 4 2,54 0,78 1 - - 1 - 1 - - 2 1 - 2 8 1,56 - - 2 - 1 1 - 1 1 1 - - 7 1,37 2 - 4 - 5 - 5 - 4 - 3 1 3 1 5 - 2 - 1 2 1 1 1 36 5 7,03 0,98 39 26 30 66 51 36 48 32 512 100,00 62 50 36 36 Fonte: RCBP/HUOL. Natal/RN. *Dados sujeitos à revisão. 46 Constata-se na Tabela 5 que o câncer de Pele não melanoma foi o mais incidente (20,51%) seguido do câncer de Próstata (15,82%) e Cólon e Reto em terceiro lugar com (10,74%). Esse dado está em consonância com os apresentados pelo Instituto Nacional de Câncer (BRASIL, 2009b) onde o câncer de pele não melanoma continua sendo o tipo mais incidente no Brasil. É importante ressaltar que os dados desse tipo de câncer são apresentados e analisados separadamente dos demais por ser considerado de baixa letalidade, de excelente prognóstico e de taxas altas de cura. Quando há demora no diagnóstico essa enfermidade pode levar a ulcerações e deformidades físicas graves. Segundo o INCA os carcinomas basocelulares e de células escamosas são os 2 tipos mais frequentes de câncer de pele não melanoma. O melanoma de pele é menos incidente que os outros tumores de pele; porém sua letalidade é mais elevada. De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) estima a ocorrência de cerca de 132 mil casos novos desse câncer no mundo. Outra importante informação desse Instituto é a observação de um expressivo crescimento na incidência desse tumor em populações de cor de pele branca (BRASIL, 2009b). O INCA em sua publicação sobre a estimativa de incidência do câncer no Brasil em 2010 revela que a maioria dos cânceres de pele ocorre devido à exposição excessiva ao sol. A Sociedade Americana de Câncer estimou que, em 2007, mais de um milhão de casos de basocelulares e células escamosas, e cerca de 60 mil casos de melanoma estariam associados à radiação ultravioleta (UV). Em geral, para o melanoma, um maior risco inclui história pessoal ou familiar de melanoma. Outros fatores de risco para todos os tipos de câncer de pele incluem: sensibilidade da pele ao sol, história de exposição solar excessiva, doenças imunossupressoras e exposição ocupacional. Além disso, os pacientes imunocomprometidos (como os transplantados renais) têm um maior risco para o desenvolvimento do câncer de pele não melanoma. Quanto à prevenção do câncer de pele, inclusive os melanomas, inclui ações de prevenção primária, por meio de proteção contra luz solar, que são efetivas e de baixo custo. O auto-exame também contribui para o diagnóstico precoce. Ao surgimento de manchas/sinais novos ou mudança em alguns, o indivíduo deve procurar o dermatologista. A educação em saúde, tanto para profissionais quanto para a população em geral, no sentido de alertar para a possibilidade de desenvolvimento de câncer de pele e de possibilitar o reconhecimento de alterações precoces sugestivas de malignidade, é outra estratégia internacionalmente aceita (BRASIL, 2009b). 47 Outra avaliação relevante identificada na Tabela 5 refere-se ao percentual de 7,03% dos casos de câncer indeterminado, ou seja, percentual de câncer primário de origem desconhecida. Esse percentual reflete o quantitativo de atendimento a pacientes com doença metastática no HUOL cujo sítio primário é indetectável. Apesar do referido hospital não ser uma Unidade de Assistência de Alta Complexidade (UNACON) isto é, referência para a prestação de assistência especializada, de diagnóstico definitivo e tratamento dos cânceres mais prevalentes, o HUOL é credenciado para realizar cuidados paliativos e procedimentos cirúrgicos aos pacientes portadores de câncer. Diante desse cenário, fica clara a importância do trabalho desenvolvido pelo NHE/HUOL no que tange à consistência dos registros de câncer. É perceptível a necessidade de continuidade nas buscas de informação sobre essa enfermidade considerando que essa instituição colabora de forma valiosa para as orientações e estratégias de prevenção e controle do câncer no Rio Grande do Norte. 7.1.3. Sistema de Informação de Mortalidade – SIM O SIM foi criado pelo Ministério da Saúde em 1975 para a obtenção regular de dados sobre mortalidade no País. A partir da criação do SIM foi possível a captação de dados sobre mortalidade, de forma abrangente e confiável, para subsidiar as diversas esferas de gestão na saúde pública. Com base nessas informações é possível realizar análises de situação, planejamento e avaliação das ações e programas na área (BRASIL, 2004b). O SIM proporciona a produção de estatísticas de mortalidade e a construção dos principais indicadores de Saúde. A análise dessas informações permite estudos não apenas do ponto de vista estatístico e epidemiológico, mas também sócio-demográfico. A seguir apresenta-se no Gráfico 3 a distribuição dos óbitos ocorridos no HUOL de Janeiro a Dezembro de 2013, segundo mês de ocorrência. 48 40 37 35 35 33 30 25 33 28 22 27 27 22 20 30 32 20 15 10 5 0 jan fev mar abr mai jun jul agos set out nov Dez Gráfico 3 - Distribuição dos óbitos ocorridos no HUOL de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2013, segundo mês de ocorrência. Natal, 2013. (n=346) *. Fonte: Declaração de óbito, Prontuários e Programa MV 2000. Natal/RN. *Dados sujeitos a revisão 49 Tabela 6 - Distribuição dos óbitos ocorridos no HUOL de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2013, segundo características sociodemográficas. Natal/RN, 2013. (n=346)*. CARACTERÍSTICAS Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Agos Set Out Nov Dez Total % Masculino 7 10 15 15 15 10 16 19 13 21 15 14 170 49,1 Feminino 15 12 20 13 22 17 17 14 7 11 12 16 176 50,9 1 2 1 1 2 2 2 1 - 2 1 1 16 4,6 3 0 a 39 anos - 2 - 3 3 2 2 2 2 2 1 - 19 5,5 40 a 49 anos 2 - 6 2 5 3 4 3 1 10 4 4 44 12,7 50 a 59 anos 3 8 4 5 6 3 4 3 2 5 7 8 58 16,8 60 a 69 anos 6 5 11 8 8 6 3 9 7 6 5 3 77 22,3 70 a 79 anos 4 3 8 2 10 5 10 8 4 5 7 7 73 21,1 80 e + 6 2 5 7 3 6 8 7 4 2 2 7 59 17,1 Branca 13 8 13 18 13 12 12 13 9 15 8 14 148 42,8 Preta 1 1 2 1 2 4 1 1 - 2 2 1 18 5,2 Parda 7 11 18 8 19 10 17 16 11 12 17 12 158 45,7 Amarela - - 2 - 1 - 1 - - - - - 4 1,2 Sem informação 1 2 - 1 2 1 2 3 - 3 - 3 18 5,2 Solteiro 1 4 5 7 14 8 10 9 3 10 11 8 90 26,0 Casado 9 12 11 13 16 8 13 12 12 16 10 12 144 41,6 Viúvo 7 1 9 5 4 5 5 4 1 2 2 4 49 14,2 Divorciado 3 - 1 - - 3 - - - 1 1 3 12 3,5 União estável 1 2 3 2 2 2 2 1 1 2 1 2 21 6,1 1. Sexo 2. Faixa etária 20 a 29 anos 3. Raça/cor 4. Estado civil Ignorado - - - - - - - - - 1 - - 1 0,3 Sem informação 1 3 6 1 1 1 3 7 3 - 2 1 29 8,4 4 3 7 6 12 4 13 9 4 5 5 3 75 21,7 8 6 12 7 11 8 13 10 5 9 11 11 111 32,1 7 5 3 5 4 4 1 5 4 10 7 3 58 16,8 Médio (antigo 2º grau) 1 2 5 6 7 3 1 4 3 5 2 6 45 13,0 Superior incompleto - - - - 1 1 1 - - 1 - 1 5 1,4 Superior completo 1 - 1 1 - - 2 2 2 2 - 2 13 3,8 Ignorado - - - - - - - - - - 1 2 3 0,9 Sem informação 1 6 7 3 2 7 2 3 2 - 1 2 36 10,4 2 5 19 8 20 - 11 15 10 11 5 17 124 35,8 20 17 16 20 17 27 22 18 10 21 22 13 222 64,2 22 22 35 28 37 27 33 33 20 32 27 30 346 100% 5. Escolaridade Sem escolaridade Fundamental I (1ª a 4ª série) Fundamental II (5ª a 8ª série) 6. Procedência Natal Outros municípios do RN Total Geral Fonte: Declaração de óbito, Prontuários e Programa MV 2000. *Dados sujeitos a revisão. 50 Ao analisar a Tabela 6, constata-se que dentre os 346 óbitos ocorridos entre Janeiro e Dezembro houve uma predominância do sexo feminino (50,9%) de faixa etária entre 60 a 69 anos (22,3%), cor parda (45,7%), casados (41,6%), com ensino fundamental I/1ª a 4ª série (32,1%) e procedentes de outros municípios do RN (64,2%). É relevante ainda ressaltar as informações acerca da mortalidade materna, considerando que sua redução no Brasil é ainda um desafio para os serviços de saúde e a sociedade como um todo. As altas taxas encontradas se configuram um grave problema de saúde pública, atingindo desigualmente nas regiões brasileiras, com maior prevalência entre mulheres das classes sociais com menor ingresso e acesso aos bens sociais. Ciente dessa realidade, o Governo Brasileiro tem promovido iniciativas como a redução da mortalidade materna com a vigilância do óbito materno por intermédio da organização da investigação dos óbitos de mulheres em idade fértil, estratégia desenvolvida pelo NHE/HUOL através do monitoramento do preenchimento das Declarações de Óbito. A Tabela 7 apresenta a distribuição dos 36 óbitos de Mulheres em Idade Fértil ocorridos no HUOL de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2013, segundo características sociodemográficas e a Tabela 8 revela a distribuição dos óbitos de Mulheres em Idade Fértil conforme período definido na variável 37 da Declaração de Óbito, que trata do período de ocorrência do óbito, isto é, se ocorreu na gravidez, parto, aborto, até 42 dias após o parto ou se ocorreu no período de 43 dias a 1 ano após o parto. 51 Tabela 7 - Distribuição dos óbitos de Mulheres em Idade Fértil ocorridos no HUOL de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2013, segundo características sociodemográficas. Natal/RN, 2013. (n=36).* Características Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 1. Faixa etária Até 30 anos 1 2 1 1 1 1 - 1 - 1 - 1 10 31 a 35 anos - 1 - - - 1 - 1 - 1 - - 4 36 a 40 anos - - - 1 1 - - - - 2 - - 4 41 a 45 anos - - 2 - 1 - 1 1 1 - 2 2 10 46 a 49 anos 1 - 2 - 1 1 - 1 - 1 1 - 8 Branca 1 1 3 2 2 1 - 1 - 2 - 2 15 Preta - - - - - - - - - - - 1 1 Parda 1 2 2 - 2 2 - 3 1 2 2 - 17 Sem informação - - - - - - 1 - - 1 1 - 3 Solteiro - 3 2 2 2 2 - 3 - 3 1 3 21 Casado 2 - 1 - - - - 1 1 - - - 5 União estável - - 1 - - - - - - - 1 - 2 Separado judicialmente - - - - 2 1 - - - - - - 3 Viúvo - - - - - - - - - 1 1 - 2 Sem informação - - 1 - - - 1 - - - - - 2 Ignorado - - - - - - - - - 1 - - 1 Sem escolaridade - 1 1 - - - - 1 - - - - 3 Fundamental I (1ª a 4ª série) - - 1 1 1 1 - 1 - 3 1 2 11 Fundamental II (5ª a 8ª série) 1 - 1 - 2 1 1 1 - 1 1 - 9 Médio (antigo 2º grau) - 2 2 1 1 1 - 1 1 - - 1 10 Superior completo 1 - - - - - - - - 1 - - 2 Ignorado - - - - - - - - - - 1 - 1 Natal - - 4 - 1 2 1 3 - 1 - - 12 Outros municípios do RN 2 3 1 2 3 1 - 1 1 4 3 3 24 Total Geral 2 3 5 2 4 3 1 4 1 5 3 3 36 2. Raça/cor 3. Estado civil 4. Escolaridade 5. Procedência Fonte: Declaração de óbito, Prontuários e Programa MV 2000. *Dados sujeitos a revisão. 52 Tabela 8 - Distribuição dos óbitos de mulheres em Idade Fértil ocorridos no HUOL de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2013, conforme período definido na variável 37 da Declaração de Óbito. Natal/RN 2013. (n=36). Período de ocorrência Jan Fev Mar Na gravidez - - - No parto - - No aborto Até 42 dias após o parto De 43 dias a 1 ano após o parto Não ocorreu nestes períodos Ignorado - Abr Mai Jun Jul - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 2 3 - - Ago Set Out Nov Dez Total - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 1 - - 1 - - - - - - - - - - 5 2 4 3 - 3 1 3 3 3 32 - - - - 1 1 - 1 - - 3 Total Geral 2 3 5 2 4 3 1 Fonte: Declaração de óbito, Prontuários e Programa MV 2000. *Dados sujeitos a revisão. 4 1 5 3 3 36 53 8. SISTEMA DE INFORMAÇÕES ASSISTENCIAIS 8.1 Informações sobre internação hospitalar no HUOL Tabela 9 - Distribuição mensal das internações realizadas no HUOL de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2013. Natal/RN, 2013 (n =6659)* Mês Nº % Janeiro Fevereiro Março Abril 500 422 528 569 7,51 6,34 7,93 8,54 Maio Junho Julho 635 572 633 9,54 8,59 9,51 Agosto Setembro Outubro 625 598 9,39 8,98 609 525 443 9,15 7,88 6,65 6659 100 Novembro Dezembro Total Fonte: MV 2000/HUOL. Natal/RN. * Dados sujeitos a revisão 8.2 Informações sobre atendimento ambulatorial do HUOL Tabela 10 - Distribuição dos atendimentos ambulatoriais realizados no HUOL de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2013. Natal/RN, 2013 (n =136.553) * Mês Nº % Janeiro Fevereiro Março 6.138 9.025 11.400 4,49 6,61 8,35 Abril Maio Junho 13.811 12.667 10.948 10,11 9,28 8,02 Julho 11.833 8,67 Agosto 13.339 9,77 Setembro 13.133 9,62 Outubro 13.223 9,68 Novembro 12.171 8,91 Dezembro 8.865 6,49 Total 136.553 Fonte: MV 2000/HUOL. Natal/RN. * Dados sujeitos a revisão 100 54 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS Procurou-se no percurso desse relatório apresentar os resultados das atividades realizadas diariamente pelo NHE/HUOL, através da operacionalização dos sistemas de informação alimentados por esse Núcleo no ano de 2013. Para tanto, buscou-se através (gráficos, tabelas e figuras), consolidar os principais resultados sobre a frequência dos agravos de notificação compulsória; o número de notificações de câncer e a distribuição dos óbitos ocorridos nesse período, segundo características sociodemográficas. Além desses dados epidemiológicos, o presente relatório reuniu todas as atividades executadas pela equipe do NHE/HUOL, revelando a magnitude do trabalho desenvolvido por essa equipe, de acordo com as normas do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde/MS e das normas estaduais e municipais, enquanto hospital de referência de nível I para o Subsistema Nacional de Vigilância Epidemiológica Hospitalar. Com o intuito de garantir ações epidemiológicas de natureza assistencial, de pesquisa, extensão e ensino e traçar o perfil de morbimortalidade dos pacientes atendidos nesse hospital, apresentamos as metas planejadas para 2014 (APÊNDICE II). 55 REFERÊNCIAS BRASIL. Portaria n. 2.529, 23 de novembro de 2004. Institui o Subsistema Nacional de Vigilância Epidemiológica em Âmbito Hospitalar, define competências para os estabelecimentos hospitalares, a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, cria a Rede Nacional de Hospitais de Referência para o referido Subsistema e define critérios para qualificação de estabelecimentos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 2 maio 2005b. Seção 1, p. 35. ______. Portaria n. 2.254, 5 de agosto de 2010. Institui Vigilância Epidemiológica em Âmbito Hospitalar, define competências para a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios, os e critérios para qualificação das unidades hospitalares de referência nacional e define também o escopo das atividades a serem desenvolvidas pelos Núcleos Hospitalares de Epidemiologia. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 6 agosto 2010a. Seção 1, p. 55-57. _____. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Guia de vigilância epidemiológica. 7. Ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2009 a. ______. Portaria n.104, 25 de janeiro de 2011. Define as terminologias adotadas em legislação nacional, conforme o disposto no Regulamento Sanitário Internacional 2005 (RSI 2005), a relação de doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação compulsória em todo o território nacional e estabelece fluxo, critérios, responsabilidades e atribuições aos profissionais e serviços de saúde. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília. _______. Ministério da Saúde. Evolução da Mortalidade no Brasil. BRASIL, 2004. Disponível em:<http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=24421>. Acesso em: 01 de nov. de 2011. ______. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Câncer no Brasil: dados dos registros de base populacional, Rio de Janeiro, v 4, 2010b. ______.Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Estimativa 2010. Incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro, 2009b. ______.Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Exposição a materiais biológicos. Brasília, 2006. 56 ANEXO I - Causas básicas de óbitos do HUOL no período de Janeiro a Dezembro de 2013 . Causa (CID10 BR) FAIXA ETÁRIA SEXO TOTAL 15-19a 20-29a 30-39a 40-49a 50-59a 60-69a 70-79a 80 e+ M F 001-031 ALGUMAS DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS . 005-006 Tuberculose - 2 1 3 4 1 1 2 6 8 14 - - - 1 - - - - - 1 1 ... 005 Tuberculose respiratória - - - 1 - - - - 1 1 . 007-015 Outras doenças bacterianas - - 1 1 1 1 - 2 3 3 6 ... 014 Septicemia - - 1 1 1 1 - 1 3 2 5 . 016-023 Doenças virais - 1 - - 3 - - - 1 3 4 ... 022 Hepatite viral - - - - 3 - - - - 3 3 . 028-030 Helmintíases - 1 - - - - - - 1 - 1 ... 028 Esquistossomose - 1 - - - - - - 1 - 1 . 031 Restante algumas doença infecciosas e parasitárias 032-052 NEOPLASIAS - - - 1 - - 1 - 1 1 2 2 4 4 10 31 34 28 7 60 60 120 . 032 Neoplasia maligna do lábio, cavidade oral e faringe . 033 Neoplasia maligna do esôfago - - - - - 1 - - 1 - 1 - - - 1 1 1 1 - 1 3 4 . 034 Neoplasia maligna do estômago - - 1 - 3 2 2 - 5 3 8 . 035 Neoplasia maligna do cólon,reto e ânus . 036 Neoplasia maligna do fígado e vias biliares intrahepáticas . 037 Neoplasia maligna do pâncreas - - - - 1 - 2 - 2 1 3 - - 1 - 1 2 2 - 5 1 6 - - - 1 2 - 1 - 3 1 4 . 039 Neopl malig da traquéia,brônquios e pulmões . 041 Neoplasia maligna da mama - 1 - 2 6 7 1 2 10 9 19 - - - - 1 - - - - 1 1 . 042 Neoplasia maligna do colo do útero - 1 - - 1 - 2 - - 4 4 . 044 Neoplasia maligna do ovário - - - - 1 1 1 - - 3 3 . 045 Neoplasia maligna da próstata - - - - - - 1 - 1 - 1---- . 046 Neoplasia maligna da bexiga - - - - - 2 - 1 3 - 3- . 047 Neopl malig mening,encéf e out partes SNC . 048 Linfoma não-Hodgkin 1 - - - - - - - 1 - 1 - - - - 1 3 - - 2 2 4 . 049 Mieloma mult e neopl malig de plasmócitos . 050 Leucemia - - - - - 2 2 - 4 - 4 1 - - 1 1 1 2 1 4 3 7 . 051 Neoplasias in situ, benig, comport incert . 052 Restante de neoplasias malignas - - - 1 3 7 - - 7 4 11 - 2 2 4 9 5 11 3 11 25 36 053-054 D SANGUE E ORG HEMAT E ALGUNS TRANS IMUNIT . 054 Rest d sangue, org hemat e alg transt imunit 055-057 D ENDÓCRINAS, NUTRICIONAIS E METABÓLICAS . 055 Diabetes mellitus - 1 - - - 1 1 - 1 2 3 - 1 - - - 1 1 - 1 2 3 - - 1 1 2 4 7 8 8 15 23 - - 1 1 1 3 7 7 6 14 20 . 056 Desnutrição - - - - - 1 - - 1 - 1 . 057 Rest doenças endócr, nutricion e metabólicas 058-059 TRANSTORNOS MENTAIS E COMPORTAMENTAIS . 058 Transt ment e comport uso subst psicoativas ... 058.1 Trans ment e comport devid uso álcool . 059 Rest transtornos mentais e comportamentais 060-063 DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO - - - - 1 - - 1 1 1 2 - - - - - 1 2 1 2 2 4 - - - - - 1 - - 1 - 1 - - - - - 1 - - 1 - 1 - - - - - - 2 1 1 2 3 - 1 - 1 - - 1 3 3 3 6 57 . 061 Doença de Alzheimer - - - - - - - 2 1 1 2 . 063 Restante das doenças do sistema nervoso 066-072 DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO . 066 Febre reumát aguda e doen reum crôn coração . 067 Doenças hipertensivas - 1 - 1 - - 1 1 2 2 4 - 3 6 8 9 21 16 18 40 41 81 - - 1 1 1 1 1 - 2 3 5 - - - 1 - 1 - - 1 1 2 . 068 Doenças isquêmicas do coração - - - 1 4 4 7 8 11 13 24 ... 068.1 Infarto agudo do miocárdio - - - - 2 3 5 5 5 10 15 . 069 Outras doenças cardíacas - 2 2 - 2 6 3 2 11 6 17 . 070 Doenças cerebrovasculares - - 1 4 2 8 3 6 10 14 24 . 072 Rest doenças do aparelho circulatório 073-077 DOENÇAS DO APARELHO RESPIRATÓRIO . 074 Pneumonia - 1 2 1 - 1 2 2 5 4 9 1 1 - 3 1 3 6 11 17 9 26 1 1 - 1 1 1 - 7 9 3 12 . 076 Doenças crônicas das vias aéreas inferiores . 077 Restante doenças do aparelho respiratório 078-082 DOENÇAS DO APARELHO DIGESTIVO . 078 Úlcera gástrica, duodenal e péptica - - - 1 - 2 2 2 4 3 7 - - - 1 - - 4 2 4 3 7 - 1 6 11 6 10 10 6 29 21 50 - - - - - 1 - - 1 - 1 . 079 Peritonite -- - - - 1 - - - - 1 1 . 080 Doenças do fígado - 1 3 8 3 7 7 2 20 11 31 ... 080.1 Doença alcoólica do fígado - 2 5 1 1 3 - 12 - 12 ... 080.2 Fibrose e cirrose do fígado - 1 1 2 1 5 4 2 7 9 16 ... 080.3 Outras doenças do fígado - - - 1 1 1 - - 1 2 3 . 082 Rest doenças do aparelho digestivo - - 3 3 2 2 3 4 8 9 17 083 DOENÇAS DA PELE E TECIDO SUBCUTÂNEO 084 DOENÇAS SIST OSTEOMUSC E TECIDO CONJUNTIVO 085-087 DOENÇAS DO APARELHO GENITURINÁRIO . 085 D glomerulares e d renais túbulointerstic . 086 Insuficiência renal - 1 - - - - 1 - 2 2 - 1 - - - - 2 - - 3 3 - - 3 2 2 1 - 1 3 6 9 - - - - 1 - - 1 - 2 2 - - 1 1 - 1 - - 2 1 3 . 087 Rest doenças do aparelho geniturinário 100-102 SINT, SIN E ACH ANORM CLÍN E LAB, NCOP . 102 Rest sint, sin e ach anorm clín e laborat 103-112 CAUSAS EXTERNAS DE MORBIDADE E MORTALIDADE . 109 Agressões - - 2 1 1 - - - 1 3 4 - - - 1 - - - - - 1 1 - - - 1 - - - - - 1 1 - 1 - - 1 3 - - 3 2 5 - 1 - - - - - - 1 - 1 . 112 Todas as outras causas externas - 1 - - 1 3 - - 2 2 4 Total 3 16 21 40 56 79 74 58 172 175 347 Fonte: SIM/SESAP – RN *Dados sujeitos a revisão 58 ANEXO II– Alô Vigilância UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES NÚCLEO HOSPITALAR DE EPIDEMIOLOGIA Portaria 104, 25 de janeiro de 2011. Alô Vigilância Notificação de Doenças Nome do paciente: ______________________________________________________________________________ Registro: ___________ Data: ___/__/____ Suspeita da Doença: Acidente com exposição à material Influenza humana por novo subtipo (pandêmico) biológico relacionado ao trabalho Leishmaniose Tegumentar Americana Acidente de trabalho com mutilações Leishmaniose Visceral Acidente de trabalho em crianças e adolescentes Leptospirose Acidente de trabalho fatal Malária Acidente por animais peçonhentos Meningite por Haemophilus influnzae Atendimento antirrábico Oxoplasmose adquirida na gestação e congênita Botulismo Paralisia Flácida Aguda Câncer Relacionado ao Trabalho Perda Auditiva Induzida por Ruído - PAIR relacionada ao trabalho Carbúnculo ou Antraz Peste Cólera Pneumoconioses relacionadas ao trabalho Coqueluche Pneumonias Dengue Poliomielite Dermatoses ocupacionais Raiva Humana Difteria Distúrbios Ostemusculares Relacionados ao TrabalhoRotavírus (DORT) Rubéola Doença de Chagas (casos agudos) Sarampo Doença de Creutzfeldt-Jacob Sífilis Doença Meningocócica e outras Meningites Síndrome da Imunodeficiência Adquirida-AIDS Esquistossomose (em área não endêmica) Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) Eventos adversos Pós-Vacinação Síndrome do Corrimento Uretral Masculino; Febre Amarela Síndrome Febril Ìctero-hemorrágica aguda Febre do Nilo Ocidental Síndrome Respiratória Aguda Grave Febre Maculosa Síndrome Respiratória Aguda Grave associada ao Coronavírus (SARS-CoV); Febre Tifóide Tétano Hanseníase Transtornos Mentais Relacionados ao Trabalho Hantavirose Tuberculose Hepatites Virais Infecção pelo vírus da imunodeficiênciaTularemia humana_HIV em gestantes e crianças expostas ao riscoVaríola de transmissão vertical Violência doméstica, sexual e/ou outras violências. Influenza humana Nome do profissional:_____________________________________---___________ A notificação será executada pelo Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do HUOL, mas o profissional de saúde deve preencher esta ficha sempre que suspeitar de alguma dessas doenças de notificação compulsória. Núcleo Hospitalar de Epidemiologia - NHE – 2º Sub-Solo – Ramal: 5044 / Fax: (84)3342-5044. E-mail: [email protected] 59 ANEXO III - Monitoramento das Ações do Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar 60 61 62 63 64 ANEXO IV– Termo de Autorização da Instituição 65 ANEXO V – Resumo de Trabalho Científico apresentado na XVIII Reunião da Associação Brasileira de Registros de Câncer em Novembro de 2013. ESTRATÉGIAS DO NÚCLEO HOSPITALAR DE EPIDEMIOLOGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES PARA GARANTIR A QUALIDADE DO REGISTRO DE CÂNCER DE BASE POPULACIONAL DE NATAL-RN. RIBEIRO LM¹, CIPRIANO SPS¹, ABREU WM² ¹Universidade Federal do Rio Grande do Norte e Secretaria de Estado da Saúde Púbica do Rio Grande do Norte, ² Secretaria de Estado da Saúde Púbica do Rio Grande do Norte. Introdução: O Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE) do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) é a unidade responsável pela Vigilância Epidemiológica (VE) das doenças de notificação compulsória enquanto integrante da rede hospitalar de referência para o subsistema nacional de vigilância hospitalar e vigilância do câncer, por ser fonte notificadora para o Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP) do município de Natal. O RCBP foi criado para garantir a coleta, consolidação, analise e divulgação das informações sobre o comportamento do câncer, a fim de subsidiar políticas de prevenção, visando reduzir a incidência e a mortalidade por câncer e melhorar a qualidade de vida da população. Tal registro deve ser avaliado por indicadores de qualidade, pois refletirão a validação interna das informações, bem como o universo de pacientes com o diagnóstico de neoplasia maligna atendido. Objetivos: Identificar os indicadores de qualidade alcançados pelo registro de câncer do HUOL no período de 2003 a 2010 e descrever o processo de trabalho do NHE para garantir a qualidade das informações fornecidas para o RCBP de Natal. Material e métodos: Trata-se de uma pesquisa descritiva e retrospectiva com abordagem quantitativa. Pesquisadas as variáveis sugeridas pelo INCA como indicadores de qualidade da informação e comparado aos seus parâmetros recomendados: diagnóstico cito-histopatológico (maior que 70%); Idade ignorada menor que 20%; Localização primária desconhecida menor que 10% e Somente Declaração de Óbito (menor que 25%). A pesquisa foi submetida a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) e aprovada mediante Parecer nº 27665. Os dados coletados compreenderam o período de Janeiro de 2003 a Dezembro de 2010. Resultados: Constata-se, que o ano de 2003 foi o único a não apresentar todos os índices recomendados pelo INCA, considerando 66 que o percentual dos diagnósticos de câncer foi realizado através da verificação microscópica em 68,8% dos casos. Os demais anos evidencia-se percentuais com significativa elevação em relação ao valor do parâmetro. Estes índices refletem a qualidade da informação gerada no hospital estudado e, portanto, registros fundamentados nos princípios e métodos recomendados pelo INCA. O processo de trabalho para o alcance dos registros acontece a partir da investigação no Departamento de Patologia Clínica (DEPAT); busca ativa nos prontuários dos pacientes de alta; coleta de informações no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) e coleta de informações do paciente através do programa MV2000®, Software de gestão hospitalar. Considerações Finais: Os resultados fortalecem a importância das informações consolidadas pelo NHE para implantação de políticas públicas de saúde, estabelecimento de protocolos de tratamento mais efetivos e de estudos clínicos focados para o perfil da população atendida no HUOL Os indicadores traduzem a adesão do gestor local às ações de vigilância do câncer, a contribuição dos serviços parceiros e o reconhecimento do NHE como fonte indispensável para o conhecimento do registro das neoplasias. Enquanto fonte para o RCBP de Natal o NHE expressa a motivação de continuar gerando indicadores de qualidade, garantindo análises consistentes das informações originadas desse hospital. Palavras-chave: Vigilância Epidemiológica; Registro de Câncer, Núcleo Hospitalar de Epidemiologia. 67 ANEXO VI- PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO – POPs PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO - POP Data de Vigência 01/01/2003 Próxima Revisão 01/08/2014 Versão nº 01 ÁREA EMITENTE: Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE) ATIVIDADE: Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP) OBJETIVO Coletar, analisar e classificar informações de todos os casos novos de câncer tratado no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), a fim de produzir estatísticas confiáveis acerca do comportamento, suas características e tendências dessa enfermidade. APLICAÇÃO Confirmação de caso novo de câncer nos pacientes tratados no HUOL. MATERIAL Ficha de notificação padronizada pelo Instituto Nacional do Câncer / MS; material de consulta: Classificação Internacional de Doença para Oncologia – CID-O; Classificação Internacional de Doenças – CID 10; Manual de Rotinas e Procedimentos para Registro de Câncer de Base Populacional; Prontuário do paciente; Laudos dos exames citohistopatológico; Declaração de Óbito (DO); Software de gestão hospitalar, MV 2000; CD R; micro computador; caneta; papel ofício; envelopes ofício; pastas poliondas e carimbo de identificação do NHE. PROCEDIMENTO 1. Investigar os prontuários médicos após faturamento, a fim de identificar casos suspeitos e confirmados de câncer: 1.1- Coletar os casos confirmados de câncer através de exames anatomopatológicos e/ou hemogramas, exames citológicos e hematológicos, procedimento exploratório cirúrgico, exames clínicos e de imagem, necropsia; 1.2 - Preencher ficha de notificação; 1.3- Acompanhar os casos em investigação (casos com indefinição de diagnóstico); 2. Investigar laudos dos exames citohistopatológicos no Laboratório do Departamento de Patologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); 2.1- Coletar os casos positivos e preencher a ficha de notificação; 2.2 - Relacionar os pacientes com resultados negativos para câncer, a fim de descartar os casos negativos em investigação; 3. Investigar os prontuários informatizados dos pacientes internos no software de gestão hospitalar MV 2000 através da opção PAGU/CONSULTA/EVOLUÇÃO MÉDICA prosseguindo os critérios sistemáticos do prontuário físico; 4. Investigar as Declarações de Óbitos, a fim de coletar os casos de câncer sem identificação de meio de diagnóstico no prontuário médico e preencher a ficha de notificação; 5. Realizar crítica da ficha notificada; 6. Digitar as notificações no banco local do NHE, através do Programa Microsoft Office Excel relacionando os casos por ano de diagnóstico; 7. Arquivar as fichas notificadas que aguardam digitação em envelopes separado por ordem alfabética, a fim de facilitar o manuseio e localização das mesmas e arquivar em pasta polionda, as fichas já digitadas organizadas por ano de diagnóstico; 8. Realizar crítica do banco de dados identificando e excluindo as duplicidades de casos; 9. Gerar cópia do banco de dados e enviar à Secretaria Estadual de Saúde Pública através de meios eletrônicos disponíveis; 68 10. Analisar os dados coletados e gerar informações estatísticas para compor Relatórios e Boletins Epidemiológicos do elaborados pelo NHE; 11. Realizar no ambiente hospitalar exposições periódicas das estatísticas dos casos de câncer registrados no HUOL. RECOMENDAÇÕES 1.Coletar informações somente dos tumores malignos de localização primária, in situ ou invasores; os de localização secundária ou metastáticos; os malignos de localização incerta, se primária ou secundária; e alguns tumores de ovário e do sistema nervoso central de comportamento biológico incerto ou de malignidade limítrofe (bordeline) ou benigno relacionados no Manual de Rotinas e Procedimentos para Registro de Câncer de Base Populacional; 2. Realizar a coleta ativa dos casos positivos de câncer diagnosticado no ano definido para coleta de dados, e adotar condutas padronizadas, sem as interpretar, modificar ou fazer inferências, mantendo o absoluto sigilo dessas; 3. O Registrador de Câncer deverá ter concluído, preferencialmente, o ensino médio e ter conhecimento básico de anatomia, de terminologia de saúde e do prontuário de saúde do paciente, para tanto deve ser treinado antes do início de suas atividades no registro; 4. O registro de câncer deve ser executado com rigor técnico e exige do registrador atenção e capacidade de concentração; 5. É recomendado também ao registrador a participação em treinamentos de atualização periódicos e em eventos científicos, em especial na Reunião Bienal da Associação Brasileira de Registros de Câncer – ABRC, para troca de conhecimentos e experiências. RESPONSÁVEL Registrador de Câncer do NHE REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Manual de Rotinas e Procedimentos para Registros de Câncer de Base Populacional. 2. ed. rev. atual. – Rio de Janeiro, 2012. ANEXOS 69 ANEXO I – Decreto Nº 11.433 de 26 de agosto de 1992, que institui o registro das ocorrências de câncer de base populacional, no território do estado do Rio Grande do Norte. 70 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO - POP Código Data Emissão Data de vigência Ano de 1996 Próxima Revisão Ano 2014 Versão nº01 ÁREA EMITENTE: Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE) ATIVIDADE: Receber Declaração de Óbito (DO) em branco da Secretaria Municipal de Saúde – SMS/Natal. OBJETIVO Garantir a disponibilidade da Declaração de Óbito na instituição. APLICAÇÃO Abastecer o HUOL de Declaração de Óbito. MATERIAL Declaração de Óbito Livro protocolo do NHE Planilha de acompanhamento de distribuição das Declarações de Óbito da SMS/NATAL. PROCEDIMENTO 1-Receber os formulários em branco; 2-Conferir quantidade de formulários recebidos para posterior repasse da 1ª via (branca) após preenchimento; 3-Assinar planilha de acompanhamento de distribuição da SMS/NATAL; 4-Documentar recebimento em livro de protocolo externo do NHE. RECOMENDAÇÕES Controlar quantidade de declarações recebidas pela SMS/NATAL; Observar a sequencia numérica das declarações por bloco. RESPONSÁVEL NHE e SMS/Natal. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. A Declaração de óbito: documento necessário e importante. 3.ed. – Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2009. ANEXOS 71 ANEXO I - Declaração de Óbito 72 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO - POP Código Data Emissão Data de vigência Ano1996 Próxima Revisão Ano 2014 Versão nº01 ÁREA EMITENTE: Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE) ATIVIDADE: Controlar distribuição da Declaração de Óbito no HUOL OBJETIVO Garantir a disponibilidade da Declaração de Óbito no HUOL APLICAÇÃO Atestar os óbitos hospitalares MATERIAL Declaração de Óbito; Livro protocolo interno do NH; Livro de protocolo do núcleo administrativo do 3º andar do Edifício Central de Internação – ECI e do núcleo do Setor Provisório de Internação (SPI); Carimbos de identificação da ocorrência do evento (estabelecimento/ código do CNES/ endereço/ bairro e município). PROCEDIMENTO 1-Carimbar o campo III da Declaração de Óbito relativo à ocorrência do evento (estabelecimento/ código do CNES/ endereço/bairro e município) 2-Protocolar quantidade e numeração das declarações que será disponibilizada para os locais (núcleo administrativo do ECI,3° andar e o núcleo administrativo do Setor Provisório de Internação – SPI); 3-Entregar as declarações em branco as circulantes dos núcleos administrativos do ECI, 3° andar e do SPI, quantidade equivalente as declarações preenchidas nos referidos locais; 4- Liberar os formulários mediante assinatura no protocolo interno do NHE; 5-Disponibilizar Declarações de Óbito sem carimbo para possíveis óbitos domiciliares (pacientes que após alta hospitalar venham a falecer na residência e o médico se disponibilize a atestar o e óbito). Recomendações Conferir criteriosamente os formulários observando os carimbos nas três vias da declaração: 1ª via (branca), 2ª via (amarela) e 3ª via (rosa); Preencher o livro de protocolo interno do NHE com quantidade e numeração dos formulários; Observar assinatura legível das circulantes antes de liberar as declarações. RESPONSÁVEL NHE, núcleo administrativo do ECI (3° andar) e Núcleo administrativo do SPI. REFERÊNCIAS 73 ANEXOS I – Declaração de Óbito carimbada 74 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO - POP Código Data Emissão Data de vigência Ano 2010 Próxima Revisão Ano 1014 Versão nº01 ÁREA EMITENTE: Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE) ATIVIDADE: Monitorar os Óbitos de Mulheres em Idade Fértil (MIF) OBJETIVO Notificar os Óbitos de Mulheres em Idade Fértil (MIF). APLICAÇÃO Reduzir a subnotificação do óbito materno. MATERIAL Declaração de Óbito (DO); Informativo sobre o preenchimento da Declaração de Óbito solicitando maior atenção aos óbitos de mulher em idade fértil; Ficha de investigação de Óbito de Mulher em Idade Fértil (MIF); Ficha de Investigação do Óbito Materno - M2; Pasta de acompanhamento mensal das Declarações de Óbito; Planilha elaborada no Microsoft Office Excel com variáveis semelhantes às contempladas na Declaração de Óbito. PROCEDIMENTO 1-Anexar na 1ª via da Declaração de Óbito informativo para os profissionais médicos relativo ao preenchimento obrigatório da “variável 37” quando se tratar de óbito de mulheres na faixa etária de 10 a 49 anos; 2-Proceder controle no recebimento da DO preenchida equivalente aos óbitos de MIF se o campo 37 está preenchido, caso negativo devolver o formulário para complementação da variável. Para os casos positivos preencher a Ficha de Investigação do Óbito Materno-M2; 3-Repassar via fax formulário DO e MIF no prazo de 24 horas do ocorrido para a SMS de Natal, óbitos com informações de residência no município de Natal e demais localidades do RN, o repasse de informações deverá ser destinado à SESAP/RN; 4-Reproduzir 1ª via da DO e MIF para arquivo em banco manual do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do NHE/HUOL a fim de informar data de envio da informação para instâncias sanitárias responsáveis pela investigação (pasta de controle mensal dos óbitos); 5-Digitar informação no banco informatizado do SIM. RECOMENDAÇÕES Conferir a presença da variável informativa acerca de (MIF) na 1ª via das declarações liberadas para uso; Conferir preenchimento do campo 37 ao receber as declarações preenchidas no internamento; Alimentar informação de MIF no banco de dados informatizado do SIM/HUOL . RESPONSÁVEL NHE/ SMS/ SESAP REFERÊNCIAS 75 ANEXOS I - Ficha de Investigação de Óbito de Mulher em Idade Fértil – MIF 76 ANEXOS II - Ficha de Investigação de Óbito Materno 77 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO - POP Código Data Emissão Data de vigência Março de 2012 Próxima Revisão Ano 2014 Versão nº 01 ÁREA EMITENTE: Núcleo Hospitalar de Epidemiologia ATIVIDADE: AQUISIÇÃO DE VACINAS ESPECIAIS OBJETIVO Adquirir vacinas especiais liberadas pelo Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE) aos usuários, portadores de quadros clínicos especiais internados no HUOL. APLICAÇÃO Pacientes que por uma suscetibilidade aumenta às doenças ou risco de complicações para si ou para outros, decorrente de motivos biológicos como imunodepressão, asplenia, transplante e AIDS. MATERIAL Ficha de Cadastro do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais e Prescrição Médica. PROCEDIMENTO O Médico ou Profissional de Enfermagem preenche os dados gerais do paciente, contidos na Ficha de Cadastro do CRIE e o Médico Assistente realiza prescrição do imunobiológico. RECOMENDAÇÕES A prescrição deve conter a indicação do imunobiológico e o Nº do cartão SUS do paciente. RESPONSÁVEL Médicos, Profissional de Enfermagem etécnico responsável pelo Serviço de Transporte Externo do HUOL. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Exposição a materiais biológicos. Brasília, 2006. 78 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO - POP Código Data Emissão Data de vigência Ano 2007 Próxima Revisão Versão nº01 Ano 2014 ÁREA EMITENTE: Núcleo Hospitalar de Epidemiologia. ATIVIDADE - Notificar Doenças de Notificação Compulsória (DNC) OBJETIVO Comunicar a ocorrência de determinada doença ou agravo de interesse para Saúde Pública. APLICAÇÃO Casos suspeitos ou confirmados de doenças e agravos de notificação compulsória presentes na lista nacional de doenças de notificação vigente (Portaria Nº 104 de 25 de janeiro de 2011). MATERIAL Livro de ocorrências de registro das investigações das DNC; Fichas Individuais de Notificação (FIN); Fichas Individuais de Investigação (FII); livro de protocolo; prontuário do paciente; cartão de vacina; material de consulta: guia de Vigilância Epidemiológica; telefone; microcomputador. PROCEDIMENTO 1 – Profissional do NHE realiza busca ativa nos prontuários dos pacientes e MV 2000; identifica caso de suspeita e/ou confirmado de DNC; preenche FIN e/ou FIE, registra em livro de ocorrências os casos que necessitam de investigação das DNC, realiza digitação das fichas no SINANNET e envia as FII/FIE semanalmente para o Distrito Sanitário Leste através de endereço eletrônico. 2 – Em casos de ocorrência de agravos com exposição a material biológico, o profissional de saúde. (técnicos de enfermagem, enfermeiros, médicos, nutricionista, farmacêutico, Técnico da farmácia, fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos), devem procurar o Núcleo administrativo do Edifício Central de Internação (ECI) para preencher a FII de acidente com exposição a material biológico e após preenchimento devolver a ficha para o respectivo Núcleo a fim de ser recolhido pelo NHE. 3 – Em casos suspeitos ou confirmados de Tuberculose, a FII deve ser preenchida pelo médico que acompanha o paciente e realiza prescrição de tuberculostáticos. Após preenchimento, a FII deve ser entregue no setor de Farmácia para liberação de tratamento para Tuberculose. 4 – Para as notificações de Doenças Priônicas, a FII deve ser preenchida pelo Médico assistente, considerando a necessidade de realização de história clínica, a fim de justificar a pesquisa de material genético (sangue periférico) e Líquido cefalorraquiano (LCR) para diagnóstico da doença. RECOMENDAÇÕES 1 - O preenchimento da FIN e FII deve ser realizado com letra legível, com anotações claras e confiáveis. Os campos das fichas devem ser preenchidos cuidadosamente, registrando-se todas as informações indicadas para permitir a análise dos dados. 2 – Os profissionais de saúde podem realizar a comunicação de casos suspeitos e/ou confirmados de DNC ao NHE por telefone ou e-mail. (Fone: 3342 – 5044; E - mail: [email protected]) RESPONSÁVEL Equipe do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia; Profissionais de Saúde (técnicos de enfermagem, enfermeiros, médicos, nutricionista, farmacêutico, assistente social, fisioterapeutas, psicólogos e fonoaudiólogos). REFERÊNCIAS BRASIL. Portaria n.104, 25 de janeiro de 2011. Define as terminologias adotadas em legislação nacional, conforme o disposto no Regulamento Sanitário Internacional 2005 79 (RSI 2005), a relação de doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação compulsória em todo o território nacional e estabelece fluxo, critérios, responsabilidades e atribuições aos profissionais e serviços de saúde. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília. BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Guia de vigilância epidemiológica. 7. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2009. ANEXOS I - Portaria nº 104, de 25 de janeiro de 2011 Ministério da Saúde Gabinete do Ministro PORTARIA Nº 104, DE 25 DE JANEIRO DE 2011 Define as terminologias adotadas em legislação nacional, conforme o disposto no Regulamento Sanitário Internacional 2005 (RSI 2005), a relação de doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação compulsória em todo o território nacional e estabelece fluxo, critérios, responsabilidades e atribuições aos profissionais e serviços de saúde. O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e Considerando os parágrafos 2º e 3º do art. 6º da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes; Considerando a Lei nº 10.778, de 24 de novembro de 2003, que estabelece a notificação compulsória, no território nacional, do caso de violência contra a mulher que for atendida em serviços de saúde públicos ou privados; Considerando o inciso I do art. 8º do Decreto nº 78.231, de 12 de agosto de 1976, que regulamenta a Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975, que dispõe sobre a organização das ações de vigilância epidemiológica, sobre o Programa Nacional de Imunizações, estabelece normas relativas à notificação compulsória de doenças; Considerando o Decreto Legislativo nº 395, de 9 de julho de 2009, que aprova o texto revisado do Regulamento Sanitário Internacional 2005, acordado na 58ª Assembléia Geral da Organização Mundial da Saúde, em 23 de maio de 2005; Considerando o Regulamento Sanitário Internacional 2005, aprovado na 58ª Assembleia Geral, da Organização Mundial da Saúde, em 23 de maio de 2005; Considerando a Portaria nº 2.259/GM/MS, de 23 de novembro de 2005, que estabelece o Glossário de Terminologia de Vigilância Epidemiológica no âmbito do Mercosul; Considerando a Portaria nº 399/GM/MS, de 22 de fevereiro de 2006, que aprova e divulga as Diretrizes Operacionais do Pacto pela Saúde 2006 - Consolidação do SUS - com seus três componentes - Pacto pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão; 80 Considerando a Portaria nº 2.728/GM/MS, de 11 de novembro de 2009, que dispõe sobre a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renast); Considerando a Portaria nº 3.252/GM/MS, de 22 de dezembro de 2009, que aprova as diretrizes para execução e financiamento das ações de Vigilância em Saúde pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios; e Considerando a necessidade de padronizar os procedimentos normativos relacionados à notificação compulsória e à vigilância em saúde no âmbito do SUS, resolve: Art. 1º Definir as terminologias adotadas em legislação nacional, conforme o disposto no Regulamento Sanitário Internacional 2005 (RSI 2005). I - Doença: significa uma enfermidade ou estado clínico, independentemente de origem ou fonte, que represente ou possa representar um dano significativo para os seres humanos; II - Agravo: significa qualquer dano à integridade física, mental e social dos indivíduos provocado por circunstâncias nocivas, como acidentes, intoxicações, abuso de drogas, e lesões auto ou heteroinfligidas; III - Evento: significa manifestação de doença ou uma ocorrência que apresente potencial para causar doença; IV - Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional - ESPIN: é um evento que apresente risco de propagação ou disseminação de doenças para mais de uma Unidade Federada - Estados e Distrito Federal - com priorização das doenças de notificação imediata e outros eventos de saúde pública, independentemente da natureza ou origem, depois de avaliação de risco, e que possa necessitar de resposta nacional imediata; e V - Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional - ESPII: é evento extraordinário que constitui risco para a saúde pública de outros países por meio da propagação internacional de doenças e que potencialmente requerem uma resposta internacional coordenada. Art. 2º Adotar, na forma do Anexo I a esta Portaria, a Lista de Notificação Compulsória - LNC, referente às doenças, agravos e eventos de importância para a saúde pública de abrangência nacional em toda a rede de saúde, pública e privada. Art. 3º As doenças e eventos constantes no Anexo I a esta Portaria serão notificados e registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan, obedecendo às normas e rotinas estabelecidas pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde - SVS/MS. § 1º Os casos de malária na região da Amazônia Legal deverão ser registrados no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica - Malária - SIVEP-Malária, sendo que na região extraamazônica deverão ser registrados no Sinan, conforme o disposto no caput deste artigo. § 2º Os casos de esquistossomose nas áreas endêmicas serão registrados no Sistema de Informação do Programa de Vigilância e Controle da Esquistossomose - SISPCE e os casos de formas graves deverão ser registrados no Sinan, sendo que, nas áreas não endêmicas, todos os casos devem ser registrados no Sinan, conforme o disposto no caput deste artigo. Art. 4º Adotar, na forma do Anexo II a esta Portaria, a Lista de Notificação Compulsória Imediata LNCI, referente às doenças, agravos e eventos de importância para a saúde pública de abrangência nacional em toda a rede de saúde, pública e privada. § 1º As doenças, agravos e eventos constantes do Anexo II a esta Portaria, devem ser notificados às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde (SES e SMS) em, no máximo, 24 (vinte e quatro) horas a partir da suspeita inicial, e às SES e às SMS que também deverão informar imediatamente à SVS/MS. 81 § 2º Diante de doenças ou eventos constantes no Anexo II a esta Portaria, deve-se aplicar a avaliação de risco de acordo com o Anexo II do RSI 2005, para classificação da situação como uma potencial ESPIN ou ESPII. Art. 5º A notificação imediata será realizada por telefone como meio de comunicação ao serviço de vigilância epidemiológica da SMS, cabendo a essa instituição disponibilizar e divulgar amplamente o número na rede de serviços de saúde, pública e privada. § 1º Na impossibilidade de comunicação à SMS, a notificação será realizada à SES, cabendo a esta instituição disponibilizar e divulgar amplamente o número junto aos Municípios de sua abrangência; § 2º Na impossibilidade de comunicação à SMS e à SES, principalmente nos finais de semana, feriados e período noturno, a notificação será realizada à SVS/MS por um dos seguintes meios: I - disque notifica (0800-644-6645) ou; II - notificação eletrônica pelo e-mail ([email protected]) ou diretamente pelo sítio eletrônico da SVS/MS (www.saude. gov. br/ svs). § 3º O serviço Disque Notifica da SVS/MS é de uso exclusivo dos profissionais de saúde para a realização das notificações imediatas. § 4º A notificação imediata realizada pelos meios de comunicação não isenta o profissional ou serviço de saúde de realizar o registro dessa notificação nos instrumentos estabelecidos. § 5º Os casos suspeitos ou confirmados da LNCI deverão ser registrados no Sinan no prazo máximo de 7 (sete) dias, a partir da data de notificação. § 6º A confirmação laboratorial de amostra de caso individual ou procedente de investigação de surto constante no Anexo II a esta Portaria deve ser notificada pelos laboratórios públicos (referência nacional, regional e laboratórios centrais de saúde pública) ou laboratórios privados de cada Unidade Federada. Art. 6º Adotar, na forma do Anexo III a esta Portaria, a Lista de Notificação Compulsória em Unidades Sentinelas (LNCS). Parágrafo único. As doenças e eventos constantes no Anexo III a esta Portaria devem ser registrados no Sinan, obedecendo as normas e rotinas estabelecidas para o Sistema. Art. 7º A notificação compulsória é obrigatória a todos os profissionais de saúde médicos, enfermeiros, odontólogos, médicos veterinários, biólogos, biomédicos, farmacêuticos e outros no exercício da profissão, bem como os responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde e de ensino, em conformidade com os arts. 7º e 8º, da Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975. Art. 8º A definição de caso para cada doença, agravo e evento relacionados nos Anexos a esta Portaria, obedecerão à padronização definida no Guia de Vigilância Epidemiológica da SVS/MS. Art. 9º É vedado aos gestores estaduais e municipais do SUS a exclusão de doenças, agravos e eventos constantes nos Anexos a esta Portaria. Art. 10. É facultada a elaboração de listas estaduais ou municipais de Notificação Compulsória, no âmbito de sua competência e de acordo com perfil epidemiológico local. Art. 11. As normas complementares relativas às doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação compulsória e demais disposições contidas nesta Portaria serão publicadas por ato específico do Secretário de Vigilância em Saúde. 82 Parágrafo único. As normas de vigilância das doenças, agravos e eventos constantes nos Anexos I, II e III serão regulamentadas no prazo de 90 (noventa) dias, contados a partir da publicação desta Portaria. Art. 12. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. Art. 13. Fica revogada a Portaria nº 2.472/GM/MS de 31 de agosto de 2010, publicada no Diário Oficial da União (DOU) nº 168, Seção 1, págs. 50 e 51, de 1º de setembro de 2010. ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA ANEXO I Lista de Notificação Compulsória - LNC 1. Acidentes por animais peçonhentos; 2. Atendimento antirrábico; 3. Botulismo; 4. Carbúnculo ou Antraz; 5. Cólera; 6. Coqueluche; 7. Dengue; 8. Difteria; 9. Doença de Creutzfeldt-Jakob; 10. Doença Meningocócica e outras Meningites; 11. Doenças de Chagas Aguda; 12. Esquistossomose; 13. Eventos Adversos Pós-Vacinação; 14. Febre Amarela; 15. Febre do Nilo Ocidental; 16. Febre Maculosa; 17. Febre Tifóide; 18. Hanseníase; 19. Hantavirose; 20. Hepatites Virais; 21. Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana -HIV em gestantes e crianças expostas ao risco de 83 transmissão vertical; 22. Influenza humana por novo subtipo; 23. Intoxicações Exógenas (por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados); 24. Leishmaniose Tegumentar Americana; 25. Leishmaniose Visceral; 26. Leptospirose; 27. Malária; 28. Paralisia Flácida Aguda; 29. Peste; 30. Poliomielite; 31. Raiva Humana; 32. Rubéola; 33. Sarampo; 34. Sífilis Adquirida; 35. Sífilis Congênita; 36. Sífilis em Gestante; 37. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS; 38. Síndrome da Rubéola Congênita; 39. Síndrome do Corrimento Uretral Masculino; 40. Síndrome Respiratória Aguda Grave associada ao Coronavírus (SARS-CoV); 41. Tétano; 42. Tuberculose; 43. Tularemia; 44. Varíola; e 45. Violência doméstica, sexual e/ou outras violências. ANEXO II Lista de Notificação Compulsória Imediata - LNCI 84 I - Caso suspeito ou confirmado de: 1. Botulismo; 2. Carbúnculo ou Antraz; 3. Cólera; 4. Dengue nas seguintes situações: - Dengue com complicações (DCC), - Síndrome do Choque da Dengue (SCD), - Febre Hemorrágica da Dengue (FHD), - Óbito por Dengue - Dengue pelo sorotipo DENV 4 nos estados sem transmissão endêmica desse sorotipo; 5. Doença de Chagas Aguda; 6. Doença conhecida sem circulação ou com circulação esporádica no território nacional que não constam no Anexo I desta Portaria, como: Rocio, Mayaro, Oropouche, Saint Louis, Ilhéus, Mormo, Encefalites Eqüinas do Leste, Oeste e Venezuelana, Chikungunya, Encefalite Japonesa, entre outras; 7. Febre Amarela; 8. Febre do Nilo Ocidental; 9. Hantavirose; 10. Influenza humana por novo subtipo; 11. Peste; 12. Poliomielite; 13. Raiva Humana; 14. Sarampo; 15. Rubéola; 16. Síndrome Respiratória Aguda Grave associada ao Coronavírus (SARS-CoV); 17. Varíola; 18. Tularemia; e 19. Síndrome de Rubéola Congênita (SRC). II - Surto ou agregação de casos ou óbitos por: 85 1. Difteria; 2. Doença Meningocócica; 3. Doença Transmitida por Alimentos (DTA) em embarcações ou aeronaves; 4. Influenza Humana; 5. Meningites Virais; 6. Outros eventos de potencial relevância em saúde pública, após a avaliação de risco de acordo com o Anexo II do RSI 2005, destacando-se: a. Alteração no padrão epidemiológico de doença conhecida, independente de constar no Anexo I desta Portaria; b. Doença de origem desconhecida; c. Exposição a contaminantes químicos; d. Exposição à água para consumo humano fora dos padrões preconizados pela SVS; e. Exposição ao ar contaminado, fora dos padrões preconizados pela Resolução do CONAMA; f. Acidentes envolvendo radiações ionizantes e não ionizantes por fontes não controladas, por fontes utilizadas nas atividades industriais ou médicas e acidentes de transporte com produtos radioativos da classe 7 da ONU. g. Desastres de origem natural ou antropogênica quando houver desalojados ou desabrigados; h. Desastres de origem natural ou antropogênica quando houver comprometimento da capacidade de funcionamento e infraestrutura das unidades de saúde locais em conseqüência evento. III - Doença, morte ou evidência de animais com agente etiológico que podem acarretar a ocorrência de doenças em humanos, destaca-se entre outras classes de animais: 1. Primatas não humanos 2. Eqüinos 3. Aves 4. Morcegos Raiva: Morcego morto sem causa definida ou encontrado em situação não usual, tais como: vôos diurnos, atividade alimentar diurna, incoordenação de movimentos, agressividade, contrações musculares, paralisias, encontrado durante o dia no chão ou em paredes. 5. Canídeos Raiva: canídeos domésticos ou silvestres que apresentaram doença com sintomatologia neurológica e evoluíram para morte num período de até 10 dias ou confirmado laboratorialmente para raiva. Leishmaniose visceral: primeiro registro de canídeo doméstico em área indene, confirmado por meio da identificação laboratorial da espécie Leishmania chagasi. 86 6. Roedores silvestres Peste: Roedores silvestres mortos em áreas de focos naturais de peste. ANEXO III Lista de Notificação Compulsória em Unidades Sentinelas LNCS 1. Acidente com exposição a material biológico relacionado ao trabalho; 2. Acidente de trabalho com mutilações; 3. Acidente de trabalho em crianças e adolescentes; 4. Acidente de trabalho fatal; 5. Câncer Relacionado ao Trabalho; 6. Dermatoses ocupacionais; 7. Distúrbios Ostemusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) 8. Influenza humana; 9. Perda Auditiva Induzida por Ruído - PAIR relacionada ao trabalho; 10. Pneumoconioses relacionadas ao trabalho; 11. Pneumonias; 12. Rotavírus; 13.T oxoplasmose adquirida na gestação e congênita; e 14. Transtornos Mentais Relacionados ao Trabalho. 87 APÊNDICE I – Planilha de despesas e custeio ano 2013 ANO UF No. NHE Nível I 2013 RN Hospital Universitário Onofre Lopes I 2.Serviço de terceiros Confecção e reprodução material informativo/Banner SUBTOTAL 3.Material de consumo Material de escritório SUBTOTAL Despesas de capital: Quadro branco Armário alto Microcomputador Desktop Tipo I Mesa para microcomputador tipo Rack SUBTOTAL TOTAL DE RECURSOS GASTOS TOTAL FIVEH TRANSFERIDO NO ANO DE R$ 20,99 R$ 20,99 R$ 635,73 R$ 635,73 R$ 190,00 R$ 338,00 R$ 1400,00 R$ 175,00 R$ 2.103,00 R$ 2.759,72 R$ 18.000,00 88 APÊNDICE II– Metas e ações para 2014. NÚCLEO HOSPITALAR DE EPIDEMIOLOGIA – NHE/HUOL METAS E AÇÕES - ANO 2014 Realizar produção científica acerca das Doenças Priônicas notificads no HUOL; Manter atividade de busca ativa para os pacientes internados e atendidos no ambulatório da unidade hospitalar, para a detecção das doenças e agravos constantes da Portaria N° 104 de 25 de janeiro de 2011/SVS/MS (BRASIL, 2011); Manter a realização de notificação ao primeiro nível hierárquico superior da vigilância epidemiológica as doenças – Distrito Sanitário Leste, os agravos de notificação compulsória detectados no âmbito hospitalar, de acordo com os instrumentos e fluxos de notificações definidos pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS); Manter a realização de investigação epidemiológica das doenças, eventos e agravos constantes da Portaria Nº104 de 25 de janeiro de 2011/SVS/MS (BRASIL, 2011), em articulação com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), incluindo as atividades de interrupção da cadeia de transmissão de casos e surtos, quando pertinentes, segundo as normas e procedimentos estabelecidos pela SVS/MS; Manter em operação, sistema de busca ativa para detecção e notificação dos óbitos ocorridos no ambiente hospitalar, prioritariamente dos óbitos maternos declarados, de mulher em idade fértil; Participar da investigação de óbitos maternos declarados e de mulheres em idade fértil, ocorridos no ambiente hospitalar, em conjunto com a comissão de análise de óbitos e em articulação com a SMS e com a SES/RN; Manter integração do processo de trabalho com os setores estratégicos da unidade hospitalar, tais como: o Serviço de Arquivo Médico e de Patologia; a Comissão de Óbito e de Controle de Infecção Hospitalar; a Farmácia e o Laboratório de Análises Clínicas – para acesso às informações necessárias à detecção, monitoramento e encerramento de casos ou surtos sob investigação; Promover treinamento continuado para os profissionais dos serviços, estimulando a notificação das doenças no ambiente hospitalar; 89 Realizar campanha de conscientização junto aos profissionais e alunos, quanto à necessidade do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e estabelecimento de práticas preventivas de trabalho a fim de prevenir os acidentes de trabalho com exposição a material biológico; Manter o instrumento do “Alô Vigilância” no ambulatório de Clínica Médica, Psiquiatria, Gastroenterologia, Dermatologia e no Laboratório de Análises Clínicas, para combater a subnotificação das DNC atendidas no hospitalar; Elaborar proposta de parceria com o serviço ambulatorial de Dermatologia, Otorrino, Pneumologia e Fisioterapia para realização de notificação das doenças e acidentes relacionados ao trabalho, através do instrumento “Alô Vigilância”; Monitorar e avaliar o preenchimento das declarações de óbitos; Divulgar o perfil de morbimortalidade hospitalar, incluindo as DNC detectadas nesse ambiente, subsidiando o processo de planejamento e a tomada de decisão dos gestores do hospital, dos gestores estaduais e dos municipais dos sistemas de vigilância e de atenção à saúde; Apoiar pesquisas científicas epidemiológicos de DNC, de óbito e câncer no ambiente hospitalar; Manter divulgação no âmbito hospitalar da atual listagem das DNC conforme a Portaria MS/GM Nº104 de 25 de janeiro de 2011/SVS/MS (BRASIL, 2011); Receber trimestralmente da SMS/NATAL os dados das causas básicas dos óbitos ocorridos no HUOL codificados e processados por essa Secretaria realizando a divulgação dos mesmos no ambiente interno do hospital; Elaborar relatório epidemiológico trimestral; Alimentar planilha orçamentária de 2014 de acordo com a utilização do fator de Incentivo para os Hospitais de Referência do Subsistema Nacional de Vigilância Epidemiológica em Âmbito Hospitalar – FIVEH; Elaborar e divulgar anualmente o boletim epidemiológico; Divulgar trimestralmente os dados epidemiológicos por meio eletrônico; Participar de eventos de natureza epidemiológica; Participar de atividades científicas na XV CIENTEC, buscando, sempre uma interface com a sociedade; Manter campo de estágio para alunos da residência multiprofissional e de outros cursos de técnicos, graduação e pós-graduação da área de saúde da UFRN. 90 Luciana Melo Ribeiro Responsável Técnica pelo NHE/HUOL José Ricardo Lagreca Superintendente do HUOL 91