4 REGIÃO CARBONÍFERA, TERÇA-FEIRA, 06 DE DEZEMBRO DE 2011 [email protected] - (51) 3651.4041 EDITORIAL | OPINIÃO Editorial Editor: Marcos Barbosa (51) 8401.2309 No Twitter: @colunadoaranha Colaboram: Renato Miller, Rodrigo Ramazzini, Susana Martins e Viviane Bueno Diploma de jornalismo A polêmica está de volta Com a aprovação em primeiro turno,pelo Senado Federal, da emenda constitucional do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), que propugna pela obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista, está sendo, novamente, ressuscitada a polêmica. Aliás, essa emenda vem na contramão da decisão do Supremo Tribunal Federal que considerou a exigência do diploma atentatória à liberdade de expressão. Foram eficazes as pressões feitas pelos órgãos sindicais, universidades e organizações estudantis. Principalmente no contexto que hoje vivemos no campo da comunicação, infinitamente mais abrangente e complexo que 20 ou 30 anos atrás, não há como compreender a decisão do Supremo Tribunal. Mais do que nunca, a formação técnica e ética do profissional do jornalismo é imprescindível. Àqueles que entendem que a exigência do Saudamos a diploma pode configurar uma indevida reserva de mercado, ação do cerceando a ação de talentos Congresso, que poderiam beneficiar o público consumidor, pode-se que busca questionar: sendo o curso de enfermagem uma área que confirmar a também abrange, com um bom retorno da algum grau de profundidade, os problemas relativos à saú- exigência de de, pode um enfermeiro substituir um médico em situações diploma para o normais de trabalho? A resposta “não” é inevitável. Na verda- exercício do de, como se trata de uma ativi- jornalismo. dade profissional que lida com generalidades (embora o jornalismo segmentado esteja cada vez mais se expandindo), há uma natural tendência em achar-se que um profissional de outra área que tenha um bom domínio de seu campo de atuação possa traduzi-lo de maneira eficaz para as páginas de um jornal, à frente das câmeras de televisão ou diante de um microfone radiofônico. O fato, aliás, se assemelha muito àquela situação típica do exercício do magistério, em que se contrata alguma grande sumidade na área das ciências biológicas, por exemplo, para dar aula de biologia e os resultados, frente aos alunos, são os piores possíveis, com técnicas pedagógicas mal estruturadas e estudantes completamente desmotivados. Saudamos a ação do Congresso, que busca confirmar o retorno da exigência de diploma para o exercício do jornalismo. Isso representará um avanço muito importante na relação comunicação e sociedade. A figura que, talvez por algum interesse, alguns fazem de que o público é que deve ser o elemento regulador de qualidade do jornalismo, contrapõe-se o fato de que num mundo envolvido por grandes e complexas realidades na área das informações e formação de opinião, precisamos de profissionais que não se limitem apenas ao conhecimento de assuntos específicos de seu campo, necessitando ter a formação técnica adequada também para o controle do fenômeno da comunicação junto ao público qie a consome. Pré-candidatos I Projeto prevê a manutenção de estradas rurais Neste final de semana, definiram-se alguns précandidatos a prefeito do Partido do Trabalhadores (PT). Em Charqueadas, o précandidato é o ex-vereador Edegar Tassoni (Dega). Em São Jerônimo, o précandidato é o advogado Fabiano Rolim. O secretário de Infraestrutura e Logística do RS, Beto Albuquerque, garantiu o apoio do ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, para um projeto de recuperação de estradas rurais no Estado. Beto reuniu-se com o ministro na semana passada, em Brasília, quando apresentou o projeto que prevê a manutenção de 1.337 quilômetros de estradas não pavimentadas com um investimento de R$ 33 milhões. Acompanhado do diretor de Logísica e Integração, Álvaro Woiciechoski, Beto Albuquerque entregou um dossiê das vias e destacou a importância do projeto. “Essas vias são fundamentais para o escoamento da produção agrícola e hoje sofrem com buracos, atoleiros e erosões”, disse. O ministro afirmou no encontro que irá se empenhar para solucionar o problema e irá encaminhar o projeto para avaliação no Ministério. Pré-candidatos II Já na tarde de ontem, a atual secretária de Educação e pré-candidata do PP de Minas do Leão, Silvia Maria Lasek Nunes, encontrou-se com a senadora Ana Amélia, na sede do diretório estadual. Perguntinha Dos pré-candidatos anunciados até agora, quais serão efetivamente candidatos a prefeito? CDL renova contrato A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Arroio dos Rastos informa a seus associados e demais empresas que renovou o contrato com a CDL de Porto Alegre para prestação de serviços de proteção ao crédito. Recentemente, a CDL de Porto Alegre desligou-se da Federação das CDLs (FCDL), mas Arroio dos Ratos optou por permanecer com a CDL de Porto Alegre. Mais informações pelo telefone 3656.3349. Regularização da área da PEJ Piá recebe Carrinho Agas 2011 A Cooperativa Piá, que na região é representada por Pedro Ivo da Silva, está de parabéns! O Ranking da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) apontou a Piá como vencedora do prêmio Carrinho Agas 2011 em duas categorias: Melhor Fornecedor de Alimentos Refrigerados e Lançamento de Produto do Ano – Setor Perecíveis, esse reconhecendo a nova linha de iogurtes Piá Essence. O processo de seleção para o Carrinho Agas 2011 foi feito pelo instituto Nielsen Brasil, líder mundial em pesquisa, junto aos 327 maiores supermercadistas do Ranking Agas. A entrega do prêmio aconteceu no dia 28 de novembro, com coquetel e jantar para convidados no Grêmio Náutico União, em Porto Alegre. ISAÍAS Estiveram reunidos, na quarta-feira passada, na Secretaria de Habitação do Estado, a Associação dos Moradores da Colônia Penal, o superintendente da Susepe, Gelson, a coordenadora de Saúde da Região, Rosangela Dornelles, e Irani Medeiros, do Gabinete do Vice-Governador, para ver a possibilidade do governo do Estado promover a regularização fundiária nas áreas da Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ). Receberam a informação de que as áreas ainda se encontram com registro único no Cartório de Imóveis e que a Susepe deverá fazer uma perícia para encaminhar o desmembramento, definindo qual é a área de segurança e qual a área passível de regularização para moradia. O processo deverá ter orientação técnica de um grupo de trabalho formado por setores do governo do Estado. Ser Produtor Rural Luiz Fernando Mainardi (*) animais que, assistidos por técnicos, dobrarão a produção atual. Voltei “encantado” de Encantado, Ao mesmo tempo em que se torna onde estive na última sexta-feira no lan- sócio do condomínio, participando da çamento do novo progradivisão de lucros, o leiteima da Cooperativa dos Os arrozeiros, ro de hoje, ao produzir aliSuinocultores de Encanmento para os animais, tado (Cosuel). O ‘Progra- os fumicultores poderá diversificar as atima Associativo de Produvidades na propriedade, ção Leiteira’, inspiração e tantos outros criando suínos, aves ou buscada na Galícia, que se dedicam plantando frutas, por Espanha, poderá provoexemplo. E, mais do que car uma revolução na ca- a uma única isso, se libertar da “escradeia do leite e contribuir vidão” a que está submepara que o Estado aumen- atividade, tido, tendo que ordenhar te sua participação na devem avançar duas vezes por dia, sete produção brasileira eledias por semana, 365 dias vando, ainda mais, os ín- e passar a ser ao ano, sem direito a sádices de produtividade. bados, domingos, feriados Serão oito condomíni- Produtor Rural ou férias. os, com 200 vacas cada, Isso nos remete a uma selecionadas entre os participantes, in- outra reflexão sobre a necessidade de ditegrados por 15 famílias cada um. To- versificação. Os arrozeiros, os dos dotados do que há de mais moderno fumicultores e tantos outros que se dediem manejo de gado leiteiro, estrutura cam a uma única atividade, devem avanque dificilmente poderia ser montada in- çar e passar a ser Produtor Rural. Por dividualmente. Os produtores produzi- trás desta expressão está embutido um rão a silagem e o feno para alimentar os conceito de ampliação, de diversifica- PDN447.p65 4 [email protected] 5/12/2011, 21:29 ção, de rompimento com a monocultura. Diversificar, sem perder a noção de escala, é fundamental para que se obtenha o equilíbrio. Para não ficar sujeito a imprevisibilidade do tempo ou dos humores do mercado, podem os arrozeiros, por exemplo, investir na pecuária, no milho irrigado nas coxilhas, na soja. E os fumicultores, que tem o tabaco como única fonte de renda, podem começar a buscar uma maior estabilidade, quem sabe, para o leite e para a fruticultura. Os tempos atuais nos obrigam a romper com conceitos rígidos e buscar a diversificação. É necessário que o homem do campo se torne produtor rural. Que esteja aberto a criar e plantar. A diversificação de culturas e de métodos de trabalho nos prepara para atender o aumento da demanda mundial por alimentos, fortalece a nossa economia, produz mais renda para os produtores e faz crescer a renda pública, para que o Estado volte a investir na melhoria de vida do povo gaúcho. (*) Secretário Estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio