SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS
ACADEMIA BOMBEIRO MILITAR
CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS
WEBER RONE BARBOSA CINTRA
ANÁLISE DA VIABILIDADE DO EMPREGO DE UMA
BOTA MULTIUSO PARA OS BOMBEIROS DO CORPO DE
BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS
GOIÂNIA
2013
WEBER RONE BARBOSA CINTRA
ANÁLISE DA VIABILIDADE DO EMPREGO DE UMA
BOTA MULTIUSO PARA OS BOMBEIROS DO CORPO DE
BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS
Artigo Monográfico apresentado em cumprimento às
exigências para o término do Curso de Formação de
Oficiais sob a orientação do Maj QOC Hélio Cristiano do
Carmo.
GOIÂNIA
2013
3
Resumo com Palavras-Chave
O bombeiro militar é um profissional que na sua rotina diária precisa ficar
calçado por longos períodos, em certas situações por mais de vinte e quatro
horas seguidas. Muitas vezes com os pés molhados ou sob o calor escaldante de
um combate a incêndio florestal. Isso mostra a importância que deve ser dada ao
cuidado com os pés desses profissionais. Por isso foi feito esta pesquisa com o
intuito de analisar as vantagens do uso de uma bota de segurança que possa
calçar os pés dos bombeiros durante os treinamentos técnico-profissionais,
atendimentos as ocorrências e no uso do dia-dia no quartel e que tenha sido
desenvolvida especificamente para atividades de bombeiros. Sabe-se que a
corporação tem atendido cada vez mais ocorrências, expondo cada vez mais os
militares a perigos diversos, isso exige que os bombeiros estejam cada vez mais
preparados e bem protegidos por Equipamentos de Proteção Individual (EPI) que
sejam de ultima linha no mercado de produtos para bombeiros e atenda aos
princípios da ergonomia. Esta pesquisa procurou responder a pergunta: por que
usar uma bota multiuso no serviço bombeiro militar? Os resultados mostraramnos que essa bota poderá trazer mais segurança para o serviço, pois oferecem
itens em sua estrutura que proporcionará mais conforto, agilidade e segurança ao
bombeiro militar.
Palavras-Chaves:
Ergonomia.
Bota
Multiuso;
Equipamento
de
Proteção
Individual;
4
Abstract and Keywords
The military firefighter is a professional, which, in their daily routine,
need to get shoes for long periods in certain situations for more than twenty-four
hours. Often with wet feet or under the scorching heat of a forest fire fighting. This
shows the importance that should be given to the protection and comfort for those
professional's feet. Therefore this research was done in order to analyze the
advantages of using asafe boot that can dress the firefighter's feet during training
technical and professional attendance at events and in the day to day use in the
barracks and has been developed specifically for firefighters. It is known that the
corporation has answered increasingly occurrences numbers, exposing the
military to a bigger number of dangers, wich requires that firefighters are
increasingly prepared and well protected with Personal Protective Equipment
(PPE) that are the last line in market products for firefighters and meets the
principles of ergonomics, thinking thus, this research sought to answer the
question: why use a multipurpose boot to military firefighter service? The results
showed us that these boots can bring more security for the service, because offers
items in its structure which will provide more comfort, agility and security for
military firefighter.
Key Words: Multipurpose Boot – Personal Protective Equipment – Ergonomics.
5
1. Introdução
A Constituição Estadual de Goiás, de 05 de outubro de 1989, diz em
seu 122, II que: “função policial é considerada perigosa e a de bombeiro militar,
perigosa e insalubre”. O bombeiro militar é um profissional que tem essa
característica em sua rotina de trabalho, a exposição constante as mais diversas
situações de perigo, que ameaçam a sua vida ou sua integridade física. Para o
bom cumprimento de sua missão o bombeiro necessita estar bem calçado e
protegido, pois os pés dos bombeiros são muito exigidos nas ocorrências.
Mostrando-nos a importância que deve ser dada aos cuidados com os pés desses
profissionais.
O pé humano é uma parte muito importante do corpo por isso exige
uma atenção especial, tanto por parte do militar, como do Corpo de Bombeiros
Militar do Estado de Goiás (CBMGO), exigindo que os calçados usados durante o
trabalho sejam projetados de forma ergonômica e que siga parâmetros
biomecânicos e antropométricos1, isto é que sejam produzidos especificamente
para bombeiros.
Após observações nota-se que há no mercado de equipamentos de
proteção, calçados para bombeiros que podem trazer maior proteção, conforto e
uma melhor ergonomia entre o bombeiro e o Equipamento de Proteção Individual
(EPI) que ele está usando. As empresas que produzem esse tipo de calçados
para serem usados nos serviços de bombeiro, com o advento de novas
tecnologias desenvolveram através de seus centros de pesquisas, materiais e
técnicas de produção que permitem a elas fornecer materiais cada vez mais
modernos e seguros. Dentre esses produtos que já estão no mercado à
disposição das corporações de bombeiros; temos uma bota que foi desenvolvida
com características próprias para o uso específico no serviço de bombeiro, essas
características permitem que ela possa ser usada nas mais diversas atividades
_______________________
1
Antropométricos: Relativo à antropometria, ou seja, parte da antropologia que se ocupa da
determinação de medidas nas diversas partes do corpo humano.
6
desse profissional.
Os bombeiros em todas as suas atividades operacionais necessitam
estar adequadamente protegidos fazendo o uso correto de Equipamento de
Proteção Individual (EPI). A Norma Regulamentadora (NR) nº 06 do Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE) define EPI como sendo: todo dispositivo ou produto,
de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos
suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Os EPI devem ser
realmente de uso individual, pois se não é individual o seu uso, não tem sentido
considerá-lo EPI. Hoje no CBMGO as botas de combates a incêndios que estão
nas viaturas, são de uso coletivo, todos os bombeiros das equipes (alas) dos
plantões que geralmente são 24 horas, utilizam o mesmo calçado de segurança
nas ocorrências.
O objetivo principal desse estudo consistiu em fazer uma análise da
viabilidade do emprego de uma bota multiuso aos militares da corporação e da
viabilidade operacional desse calçado, quanto aos aspectos de segurança, da
ergonomia, conforto e praticidade. O uso dessa bota proporcionará maior
segurança,
pois
sendo
um
Equipamento
de
Proteção
Individual
(EPI)
desenvolvido especificamente para bombeiros e fabricado cumprindo todos os
rigores de normas nacionais e internacionais de fabricação de calçados de
segurança, possui alguns itens que a diferencia de forma positiva da atual bota
usada com o uniforme operacional (uniforme 4º A), conhecida no mercado como
bota do SAMU ou bota para motociclista, e também proporciona segurança tanto
quanto a bota de borracha de combate a incêndio.
7
2. Desenvolvimento
O CBMGO é uma força militar auxiliar do Exercito Brasileiro e tem
como missão constitucional: atividades de Defesa Civil, Prevenção e Combate a
Incêndios, Buscas e Salvamentos, análise de projetos, inspeções preventivas
para se evitar incêndio e pânico nas edificações e o desenvolvimento de
atividades educativas relacionadas à defesa civil e a prevenção de incêndio e
pânico.
De acordo com a Lei Estadual nº 17.682, de 28 de junho de 2012 o
efetivo do CBMGO pode chegar a um total de 4988 militares, deste total
autorizado a corporação possui atualmente 28302 militares no serviço ativo,
destes a maioria se encontra no serviço operacional e fazem o uso constante de
botas durante seu horário de trabalho.
Os uniformes e calçados utilizados atualmente pelos militares do
CBMGO são regulamentados pelo Decreto Estadual nº 7005, de 30 de setembro
de 2009, que aprova o Regulamento de Uniformes do CBMGO (RUCBMGO),
destaca-se nesse decreto os seguintes artigos:
Art. 1º O presente Regulamento contém as especificações dos uniformes
do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás – CBMGO, seus
distintivos, insígnias, emblemas, condecorações, modelos, descrição,
composição, peças acessórias e símbolo da Corporação. [...] Art. 17. [...]
II – bota: a) confeccionada na cor preta, com seguintes detalhes: 1.
considera-se bota todo calçado de cano longo; 2. observação: a bota
deverá ser usada toda à mostra; 3. uso com os uniformes 4º A e B.
O decreto não traz especificações da bota, mas tão somente que deve ser da cor
preta e ter cano longo. Essa especificação fica a cargo do Departamento de
Compras do Comando de Apoio Logístico (CAL) da corporação.
_______________________
2
Fonte: CGF/CBMGO, em 02/10/2013
8
Cabe observar sobre essa definição o seguinte: bota é todo o calçado de cano
longo. Existem basicamente dois grupos de calçados militares com essas
caracteristicas: um calçado de cano mais longo, chegando até aproximadamente
ao meio da perna, e que faz o uso de zíper no fechamento, este é conhecido
propriamente pelo mesmo nome “bota”, no outro grupo está os calçados que
possuem o cano um pouco mais curto e recebem a designação de coturno e
usam cadarços no fechamento, mas podem estar associado o zíper com o
cadarço para agilizar o fechamento do calçado. Nessa pesquisa adotaremos a
palavra bota no sentido amplo da definição.
Para o bombeiro militar como os demais militares o calçado tem uma
grande importância, pois esses profissionais precisam de um calçado que traga
proteção para seus pés em sua rotina diária, no cumprimento de seu dever
acabam permanecendo calçados por longos períodos, diferente de um
trabalhador comum que usam botas ou outros tipos de calçados que possam
incomodá-los durante um período geralmente de oito horas de trabalho, os
bombeiros freqüentemente precisam ficar calçados por mais de 14 horas diárias,
ocorrendo situações em que precisam ficar por 24 horas ou mais em atendimento
a ocorrências. Por exemplo, os bombeiros que integram as missões de combate a
incêndios florestais, se vêem obrigados a permanecer em pé durante boa parte do
tempo. Não há duvidas que é uma rotina intensa e desgastante para os pés
desses profissionais.
Outra situação onde as botas de bombeiros são bastante utilizadas é
durante as paradas militares, a natureza militar da profissão faz com que
constantemente o bombeiro esteja envolvido em desfiles cívico-militares, sendo
exigido a sua imobilidade e permanência de pé por prolongados períodos em
posição marcial, situações essas típicas da vida militar. Nos quartéis durante as
passagens de serviço, no hasteamento e arriação da Bandeira Nacional o militar
também deve permanecer em pé para o cerimonial como para receber instruções
pertinentes ao serviço.
9
De acordo com Meireles (2009), o militar tem uma carga de atividades
físicas intensas, o que faz com que os índices de afastamentos por lesões nos
pés sejam altos, sendo necessárias alterações nos treinamentos e modificações
nos calçados que são atualmente usados pelos militares. As botas utilizadas
pelos bombeiros militares influenciam de forma direta na saúde de seus pés e no
desempenho diário no seu local de trabalho.
Para Brino (2003), mesmo pequenos deslocamentos com calçados que
não sejam adequados ao pé do individuo podem causar dores nos pés e na
região lombar, esses autores associam assim tais enfermidades com o tipo de
calçado utilizado durante o trabalho. As botas de incêndios que estão nos Auto
Bomba Tanques (ABT) não possuem numeração adequada aos bombeiros,
principalmente para as mulheres que normalmente calçam uma numeração
menor que os homens, essas bombeiras ao chegarem no local do incêndio
encontram dificuldades no seu caminhar porque estão calçadas com botas que
ficam soltas em seus pés. O uso de calçados de diferentes tipos durante o serviço
pode gerar variações no posicionamento do corpo do pé, alterando a geometria
da base de sustentação quanto ao centro de gravidade da pessoa em relação ao
solo, prejudicando o equilíbrio e a sustentação (NASSER, 1999). Com o uso de
uma bota que já vai estar nos pés dos bombeiros ao bradar a ocorrência, a saúde
do bombeiro vai ser priorizada em seus pormenores ao usar um calçado
personalizado que fique bem ajustado ao seu pé, dando maior segurança e
confiança durante a execução de suas tarefas e também evitando pisadas em
falso que possam acarretar lesões.
Estudos antropométricos devem ser feitos para se fornecer um calçado
que seja adequado aos pés das pessoas, no Brasil devido a grande variedade
étnica e regional de sua população esses estudos acabam não acontecendo, até
porque, os pés acabam não recebendo atenção à altura de sua importância.
Para um calçado ser confortável, ele deve adequar-se às caracteristicas
de seu usuário e não pode prejudicar a saúde dos pés. Assim os
parâmetros de desconforto percebidos são importantes na aplicação do
10
design ergonômico de calçados, para que se possa resolver os
problemas de usabilidade.
(COSTA, 2013)
O termo ergonomia é derivado das palavras gregas ergon (trabalho) e
nomos (regras). A ergonomia analisa as características do trabalhador ou dos
usuários de produtos, para depois projetar o trabalho que ele irá executar ou os
produtos que usará. O calçado de segurança deve seguir as metodologias da
ergonomia e estar de acordo com o perfil das atividades de bombeiro, isto é, deve
ter sido desenvolvida observando os princípios da antropometria, deve trazer
conforto, segurança e bem-estar para o militar.
A questão da ergonomia é discutida por diversos autores, um calçado
que pode ser confortável para uma pessoa pode ser desconfortável para outra.
Segundo Costa (2013, apud ÁVILA 2003) existem alguns critérios para se ter um
calçado confortável, são eles: proteger os pés sem, no entanto machucá-los,
transmitir segurança ao caminhar, ter um bom calce nos pés, não alterar os
parâmetros da marcha, adaptar-se aos ambientes e atender as expectativas
psíquicas do usuário relativas à aparência do produto e a personalidade do
usuário.
Entendemos que é importante para a corporação acompanhar as
tendências do mercado procurando adquirir equipamentos que estejam alinhados
com os avanços das novas tecnologias em fabricação de calçados de segurança.
Segundo Montenegro & Santana (2012) o trabalhador será mais receptível ao EPI
quanto mais confortável e de seu agrado. Para isso, os equipamentos devem ser
práticos, proteger bem, ser de fácil manutenção, ser fortes e duradouros. Isso se
torna possível com a adoção do uso de equipamentos que sejam produzidos de
acordo com princípios ergonômicos.
Característica importante do calçado que deve ser observada versa
sobre a segurança que esse equipamento deve trazer para o bombeiro que o
estiver utilizando. Em geral, os equipamentos de combate a incêndio seguem as
especificações das normas técnicas da NFPA (National Fire Protection
11
Association), que é uma organização internacional de desenvolvimento de
normas, principal fonte de informações em todo mundo para o desenvolvimento e
disseminação de conhecimento sobre segurança contra incêndio. De acordo com
as normas brasileiras, todos os equipamentos de proteção individual devem
possuir o Certificado de Aprovação (C.A.) de Equipamento de Proteção Individual
(CAEPI), expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e
saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. Segundo o artigo 167 da
Lei 5.452 (Consolidação das Leis do Trabalho - CLT), de 1º de maio de 1943: o
equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado com a
indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho. Os calçados de
segurança como todos os equipamentos de proteção individual, devem ser
submetidos pelo fabricante ao processo de certificação do produto por entidades
creditadas competentes.
Um
laboratório credenciado efetua
os ensaios
necessários e depois esses resultados juntamente com um dossiê técnico são
encaminhados ao MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) que emite o C.A.. As
características dos calçados de segurança são em geral, a biqueira de segurança
(muitas vezes de aço), a palmilha de segurança, a resistência elétrica, a
resistência térmica e ao fogo, a resistência a óleos e a produtos químicos, e
muitas outras.
Outra questão importante que deve ser abordada é a economicidade
para a administração pública, pois com a aquisição de uma bota que poderá
combater incêndios e ainda poder ser usada com o uniforme operacional (4º A e
4º B), isso trará economia nas compras da corporação. Economizar os recursos
que são destinados a corporação é sempre bom, pois isso possibilita a compra de
mais equipamentos com menos recursos. O art. 70 da Constituição Federal de
1988 traz de forma expressa o principio da economicidade, que de forma simples
pode ser dita que é ter o melhor resultado com o menor custo possível, unindo
qualidade, celeridade e o menor custo em um serviço ou na aquisição de um bem
para a Administração Pública.
O tempo-resposta é outro fator que deve ser avaliado. Para Malvestio
(2002) tempo-resposta é o intervalo entre o acionamento da equipe e a chegada
12
na cena do acidente. Hoje quando a guarnição de um quartel é acionada para
atendimento a um combate a incêndio, os integrantes do ABT devem equipar-se
com a roupa de proteção contra incêndio, nesse momento o bombeiro deve retirar
a sua bota ou coturno para colocar a bota de borracha de combate a incêndio.
Nessa hora há uma perda de tempo precioso no Tempo-Resposta. A bota
multiuso de bombeiro já vai estar nos pés dos bombeiros na hora do acionamento
possibilitando um ganho no tempo-resposta.
3. A Bota Multiuso de Bombeiro
Buscou-se com essa pesquisa um calçado no padrão utilizado pelos
bombeiros nos países desenvolvidos, no qual o couro, devidamente tratado, é a
principal matéria-prima, propiciando além da necessária proteção, conforto,
higiene e resistência.
Para que uma bota seja empregada como EPI deve atender as
exigências técnicas e possuir as certidões necessárias que a qualifica para o seu
emprego nas atividades de alto grau de risco as quais os militares do CBMGO
estão expostos. Portanto especificações técnicas e parâmetros para esse calçado
devem estar de acordo com o descrito nas normas NBR ISO 20.344 (Métodos de
ensaios para calçados) e 20.345 (Calçado de segurança), DIN EN 15.090 além de
outras exigências técnicas que poderão ser definidas de acordo com as
peculiaridades do serviço no CBMGO.
Após buscar informações em sites de empresas especializadas em
calçados de segurança, em editais de licitações dos Corpos de Bombeiros do
Distrito Federal, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Sul, estados cujas
corporações já adquiriram esse tipo de bota, chegamos a um conjunto de
especificações mínimas.
13
Figura 01: Bota Multiuso de Bombeiro
Fonte: Catálogo da empresa White Lake
3.1 Caracteristicas Gerais
A bota deve ser constituída de couro hidrofugado com sistema flame-protect3 antichamas, acolchoado, dublagem tri-componente no sistema set confort4, forro da
gáspea5 e cano no sistema dry system6 100% impermeável com formato em
_______________________
3
flame-protect: Tratamento anti-chama dado a um tecido, couro ou outro material.
4
Set confort: É um sistema de construção de calçados baseado nas medidas antropométricas.
5
Gáspea: Parte dianteira do calçado, que cobre e protege o peito do pé.
6
Dry system: Tecnologia composta por uma membrana de polyester não porosa, extremamente
leve e fina, à prova d´água mas que permite a transpiração do corpo evitando a condensação e o
suor.
14
bootie7 e forro do colarinho em meta-aramida anti-chamas. Linhas de costura em Kevlar8 ou pára-aramida super fio com torção left-right9, palmilha de aluminizado,
sistema refletivo em tecido amarelo lima fluorescente anti-chamas, biqueira de
segurança em composite10 não metálica resistente ao impacto com proteção
externa em borracha, palmilha de conforto anatomicamente conformada e solado
tratorado de borracha super-nitrílica resistente a alta temperatura vulcanizado a
frio diretamente no cabedal. Devendo ter a aprovação na NBR ISO 20.344 e
20.345, DIN EN 15.090 com Certificado de Aprovação no Ministério do Trabalho e
Emprego (C.A) para atividades de combate a incêndio.
3.2 Características específicas
Altura do cano: deve ter no mínimo 200 milímetros contados da base da palmilha
na região do calcanhar até a borda do cano.
Biqueira: deve apresentar biqueira de liga não metálica de material compósito
(composite) e estar envolvida internamente por forro de material próprio para essa
finalidade e externamente pelo mesmo couro da bota. Pode ser admitido que,
além do couro, outros materiais recubram a biqueira externamente de modo a
proteger o próprio couro.
Documentação técnica: deve possuir documentação técnica (incluindo relatórios
de ensaio ou declaração de conformidade), emitida por organismo certificador ou
laboratório de testes, que comprove que as botas atendem, no mínimo, a um dos
conjuntos de normas. Atenda simultaneamente as normas NFPA 1951-2007,
NFPA 1977-2005, NFPA 1992-2005 e NFPA 1999-2008. Atenda a norma DIN EN
15090:2006, atestando que as botas atendam simultaneamente aos três
seguintes itens:
_______________________
7
Formato em bootie: Em forma de meia envolvendo todo o pé.
8
Kevlar: Tipo de fibra sintética muito resistente e leve, conhecida pelo seu uso em coletes à prova
de balas. Sete vezes mais resistente que o aço por unidade de peso.
9
Torção left-right: Torção para esquerda e direita.
10
Composite: Composto polimérico multicompactado com fibra de carbono resistente ao impacto e
a compressão.
15
l – Foram testadas quanto à proteção mecânica e
térmica
enquadrando-se como do tipo 2 para bombeiros, código correspondente: “F2”;
ll – Foram testadas quanto à proteção elétrica enquadrando-se como
norma antiestática ou calçado isolante ou sola de alta resistência a descargas
elétricas, códigos correspondentes: “A” ou “I” ou “IS”; e
lll – Foram testadas quanto à propriedade antiderrapante da sola
apresentando o código “SRA”, ou o código “SRB” ou o código “SRC”.
Atendendo ainda as ABNT NBR ISO 20344 – Métodos de ensaios em
calçados e ABNT NBR ISO 20345 – Calçados de segurança.
Entressola: deve apresentar uma palmilha de liga metálica ou de material
compósito (composite), encapsulada, que atue como proteção contra perfurações.
Fechamento da bota: deve possuir cadarços com sistema de fecho de saque
rápido com trama em meta-aramida anti-chamas com ponteiras resinadas e estar
equipada com fechamento rápido, sendo admitidos zíper frontal fixado à bota por
cadarços, zíper lateral costurado à bota ou outro sistema que desobrigue o
usuário de atar e desatar os cadarços ao colocar e retirar as botas.
Linha: deve ser em Kevlar ou 100% em para-aramida com base em poliamida
numero 30/40 e sistema de torção dupla para melhor ajuste do ponto e
durabilidade.
Palmilha de Conforto: Palmilha de conforto moldada em material macio e
antibacteriano com formato anatômico e sistema regular de ajuste ao pé para
melhor distribuição do peso no caminhar.
Palmilha: deve ser constituída em multicamadas de fibra resinada com manta de
poliamida antiperfurante não metálica com espessura mínima de 2,5 mm e
flexível. A medida da palmilha de montagem deve cobrir toda extremidade na
base da bota para maior proteção e ser fixada no cabedal por sistema de
montagem. Na base da palmilha de montagem deve ser fixada uma palmilha de
isolamento térmico, construída em bolha com célula de ar de 3,0 (três) milímetros
16
revestida com papel aluminizado para maior conforto e proteção do calor
induzido. A palmilha não pode ser metálica ou de aço.
Peso: O peso da bota deve ser o mais leve possível e a diferença entre a massa
do pé esquerdo do calçado e a massa do pé direito não pode ultrapassar 10
gramas, conforme norma NBR 14835.
Refletivo: Na parte traseira da bota, na região do maléolo e área de articulação
deve possuir refletivo de alta reflexibilidade noturna.
Revestimento externo: deve ser em couro hidrofugado, 100% impermeável, com
proteção anti-chamas, amaciado, flexível, resistente a chamas e na cor preta.
Revestimento interno: internamente deve ser totalmente forrada com barreira de
umidade (membrana), que garanta a impermeabilidade e estanqueidade 11 de fora
para dentro da bota, não permitindo a passagem de vapores ou líquidos
perigosos, mas permitindo a respiração de dentro para fora. O revestimento
interno deve proporcionar alto nível de resistência à abrasão, manter os pés
secos, frescos e confortáveis e dispersar a umidade.
Sola: deve ser uma peça única e seu contorno deve envolver as partes
superiores da bota, unindo-se a elas, embaixo e nos lados de forma perfeitamente
selada; esta junção não deve ter emendas. Deve ser fabricada em borracha
super-nitrílica, resistente a alta temperatura, abrasão, óleos e ácidos. Deve ser
antiderrapante e resistente à passagem de corrente elétrica.
Tamanhos: deverão estar disponíveis para os bombeiros todos os tamanhos
inteiros, contemplando assim o corpo feminino que geralmente calçam
numerações menores.
Vedação: 100% impermeável.
_______________________
11
Estanqueidade: É um neologismo que significa estanque, hermético, sem vazamento.
17
4. Metodologia
Segundo Lakatos e Marconi (2003, p 222) técnicas são:
Consideradas como um conjunto de preceitos ou processos de que se
serve uma ciência, são, também, a habilidade para usar esses preceitos
ou normas, na obtenção de seus propósitos. Correspondem, portanto, à
parte prática de coleta de dados. Apresentam duas grandes divisões:
documentação indireta, abrangendo a pesquisa documental e a
bibliográfica e documentação direta.
A pesquisa empregada foi de natureza exploratória, por ser um tipo de
pesquisa muito específica, quase sempre ela assume a forma de um estudo de
caso (GIL, 2008), nenhuma pesquisa hoje começa totalmente do zero, como
qualquer pesquisa, ela também dependeu de uma pesquisa bibliográfica que foi
realizada buscando informações e dados em fontes como: livros, trabalhos
acadêmicos, manuais técnicos e catálogos que abordassem os assuntos sobre
segurança no trabalho, Equipamentos de Proteção Individual (EPI), saúde laboral
e Ergonomia dos calçados de segurança. Foram também feitos contatos com
empresas especializadas em busca de informações técnicas sobre esse tipo de
calçado. Pelo motivo de haver poucas referências sobre o assunto pesquisado a
internet foi uma ferramenta essencial na busca por artigos científicos que
tratassem do assunto dessa pesquisa.
5. Apresentação e Análise dos Resultados
Nessa pesquisa observamos algumas importantes vantagens na
constituição da bota multiuso de bombeiro em relação às atualmente usadas
pelos bombeiros do CBMGO, como também aquelas que não seriam tão
vantajosas, que podem ser observadas na tabela 01.
18
CARACTERÍSTICAS
Bota do
Uniforme.
Operacional
TIPOS DE BOTAS
Combate à
Multiuso de
Incêndio
bombeiro
Mínimo de 240
mm
Aço
Mínimo de 200 mm
Biqueira
Mínimo de 340
mm
Resina plástica
Cadarço
Não
Não
Meta-aramida
cadarço anti-chama
Não
------------
Sim
Caneleira
Sim
Não
Não
Zíper
------------
Zíper + Cadarço
Altura do cano
Fechamento da bota
Linha da costura
material da Sola
Palmilha
Palmilha de conforto
Há penetração de água
Peso (par de nº 40)
Preço médio de mercado
Refletivo
Resistência do solado à
corrente elétrica
Resistencia à perfuração
Resistência do solado à
temperatura
Revestimento externo
Composite
Nylon
Não
Kevlar
Borracha
Borracha nitrílica
Poliéster + Resina
poliuretânica
EVA
Aço traçado
Borracha supernitrílica
Fibras + Poliamidas
EVA
EVA
Sim
Não
Não
2,0 Kg
3,0 Kg
2,0 Kg
± R$ 200,00
± R$ 400,00
± R$ 400,00
Sim
Não
Sim
Baixa tensão
14 Kv
14 Kv
Baixa
Alta
Alta
300° C
1200º C
1200º C
Couro
hidrofugado
Borracha
vulcanizada
Couro hidrofugado
impermeável
Tabela: 01 – Comparativo entre a Bota Multiuso de Bombeiro e as botas do Uniforme
Operacional e a de Combate a Incêndio.
Fonte: Elaborada pelo autor, com base na pesquisa.
Atualmente existem algumas empresas que fabricam esse tipo de
calçado de segurança para bombeiros, nessa pesquisa fizemos contato com
fabricantes e revendedores, em busca de informações técnicas e comerciais, com
o objetivo de fazer uma pesquisa mercadológica. Alguns Corpos de Bombeiros
fizeram a aquisição desse calçado recentemente, podemos citar o Distrito Federal
que licitou 4000 (quatro mil) pares, lançando o edital da licitação modalidade de
Pregão Presencial com o valor unitário inicial de R$ 764,72 (setecentos sessenta
e quatro reais e setenta e dois centavos) e ao final do processo licitatório acabou
comprando por um valor unitário de R$ 339,0012 (trezentos e trinta e nove reais).
____________________
12
Fonte: Diário Oficial do Distrito Federal de 31/10/2011, pag. 20.
19
Caso o CBMGO decida pela aquisição desta bota a estimativa do Departamento
de Compras e Licitação (DECOL), seção do Comando de Apoio Logístico (CAL)
da corporação, é que o preço final esteja em torno de R$ 400,00 (quatrocentos
reais) o par. Em primeiro momento pode parecer um valor alto, se comparado ao
valor da bota do uniforme operacional que foi adquirida na ultima compra por um
valor de R$ 187,0013 (cento e oitenta e sete reais) o par. Deve-se salientar que
essa comparação não parece a mais viável, quando o que se está olhado é
somente o valor, sabe-se que aos profissionais bombeiros são atribuídas
atividades de alto grau de risco como a extinção de incêndios e os serviços de
buscas e salvamentos, assim o CBMGO tem uma responsabilidade maior que é
proporcionar sempre que possível maior segurança aos seus militares. A Bota
multiuso de bombeiro trás esse grande diferencial: a capacidade de ofertar maior
segurança para os pés dos bombeiros.
Outro sim é a capacidade que ela tem de agregar as funções de
combate a incêndios com as demais atividades desenvolvidas pelo militar. Isso
acaba fazendo com que o preço final fique mais em conta, pois ao deixar de
comprar uma bota do uniforme operacional e uma de borracha de combate a
incêndio, esses valores serão descontados no valor final da nova bota. Faz-se
importante lembrar que todo EPI tem prazo de validade no seu uso, como a bota
multiuso de bombeiro possui um tempo maior no seu uso, isso é um fator positivo
em sua avaliação.
Bota de borracha de combate a
incêndio
Bota do uniforme operacional (4º A)
Bota multiuso de bombeiro
Tabela 02: Prazo de validade de botas
Fonte: Catálogos de fabricantes de botas.
________________________
13
Fonte: CAL/CBMGO, em 02/10/2013
5 (cinco) anos
2 (dois) anos
3 (três) anos
20
Fazendo uma projeção para 06 (seis) anos teríamos por bombeiro o
gasto aproximado de 02 (dois) pares de botas multiuso para cada 03 (três) pares
da bota do uniforme operacional e aproximadamente 01 (um) par da bota de
combate a incêndio. Considerando os valores aproximados de mercado teríamos
a seguinte tabela com os custos desse período:
BOTA
Multiuso Bombeiro
Bombeiro 4º A
Combate a
incêndio
Quantidade
02 pares
03 pares
01 par
Valor unitário (R$)
400,00
200,00
400,00
Valor Total (R$)
800,00
600,00
400,00
Tabela 03: Estimativa de custo.
Autor: Elaborada pelo autor com base em valores aproximados de planilhas mercadológicas do
CAL/CBMGO e Catálogos de empresas.
Teríamos R$ 800,00 (oitocentos reais) de custo com a bota multiuso de
bombeiro e R$ 1000,00 (mil reais) com as outras duas botas. É importante
salientar que para essa comparação foi considerando uma situação ideal, onde o
bombeiro receberia os pares de botas individualmente e obedeceria os prazos de
validade de cada uma conforme o fabricante, o que ainda não é possível no
CBMGO devido a falta de recursos. Mas com esse exemplo é possível ver que de
médio em longo prazo é bem compensador a aquisição deste calçado. Com o uso
da bota multiuso de bombeiro cada bombeiro estará com sua bota na numeração
correta aos seus pés, cumprindo as exigências legais sobre o uso individualizado
do EPI, dando o primeiro passo para que os equipamentos de proteção sejam
realmente individuais, o que hoje não está sendo observado no serviço
operacional, principalmente quanto às roupas e botas de combate a incêndios.
Considerando que os riscos envolvendo eletricidade quase sempre
estão presentes nas ocorrências de bombeiros, a resistência do solado a corrente
elétrica de no mínimo 14 Kilovolts por minuto se mostra muito pertinente para uma
bota de bombeiro, cumprindo a recomendação da NBR ISO 20.345. A resistência
à temperaturas de até 1200° C é outra grande vantagem nesse EPI, tornando o
tão resistente quanto a bota de borracha de combate a incêndio e bem superior à
bota do uniforme operacional que suporta no máximo 300º C de temperatura.
21
6. Conclusão
Este trabalho teve por objetivo analisar a viabilidade do uso de uma
bota multiuso de bombeiro, um calçado de alto desempenho que pode ser usado
no atendimento às diversas ocorrências e também durante a rotina normal do
quartel, oferecendo grande proteção para os pés dos militares. Pode-se afirmar
que os métodos usados para a realização desse estudo foram adequados, pois
ao pesquisarmos em sites de empresas especializadas na internet, manuais
técnicos, catálogos e editais de licitações de compras de outras corporações de
bombeiros, foi possível o levantamento de informações importantes como, por
exemplo, as especificações técnicas e valores de mercado deste calçado de
segurança, possibilitando assim a análise e comparação entre as botas usadas
atualmente pelos militares do CBMGO e a bota proposta neste trabalho.
O diferencial desta bota é que ela foi projetada exclusivamente para o
uso no serviço de bombeiro, podendo ser empregada nas variadas atividades que
são realizadas pelo profissional bombeiro militar. Alguns itens se destacam na
composição desse calçado e chamam a atenção: a biqueira em composite de alta
resistência, o solado em borracha super-nitrílica com resistência de até 1200ºC14,
a tecnologia chamada de Dry System que possibilita a impermeabilidade do
couro, mas no entanto permite a saída dos vapores da transpiração do corpo,
evitando assim a condensação e o acúmulo de suor dentro da bota. Outra
vantagem está no conforto que pode proporcionar para o militar durante o
atendimento a ocorrências em que necessitam ficar ajoelhados, situação comum
no Resgate Pré-Hospitalar. As especificações técnicas apresentadas por essa
bota possibilitam que seja usada no combate a incêndios, substituindo as botas
de borracha de combate a incêndios com a mesma segurança, trazendo
economia para os recursos da corporação. Outra questão observada é que com
esse calçado os bombeiros terão o uso individualizado da bota, situação que hoje
não acontece no serviço de combate a incêndio, evitando assim o uso de botas
de forma coletiva e trazendo condições de melhor higienização destes calçados,
_____________________
14
Fonte: www.guaranyind.com.br/equipamentos/catalogo – 01/10/2013.
22
pois assim cada militar se responsabilizará pela sua bota, situação que é
recomendada no uso de EPI.
Ao finalizar esse trabalho concluímos que é viável o emprego da bota
multiuso de bombeiro para os militares do CBMGO, o que proporcionará
vantagens para o bombeiro militar quanto ao conforto e segurança e vantagens
operacionais e econômicas para o CBMGO.
23
Referências Bibliográficas
ARTEFLEX. Disponível em: <http://www.arteflex.net/arteflex/pt/index.php>.
Acessado em 29 de setembro de 2013.
Ávila, A. Guia de design do calçado brasileiro: agregando valor ao calçado.
Brasília: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, 2003.
BOLIS, Ivan. Contribuições da ergonomia para a melhoria do trabalho e para
o processo de emancipação dos sujeitos. 2011. Dissertação (Mestrado em
Engenharia de Produção) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São
Paulo,2011.Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3136/tde19042011-103051/>. Acesso em: 2013-09-03.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.
Brasília, DF, Senado, 1998.
BRINO, Cíntia da Silva. Influência de diferentes calçados sobre os
percentuais da força peso aplicados na base de sustentação e a postura
corporal em pé. 2003. Dissertação (Mestrado) – Escola de Educação Física,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul,
2003. Disponível em: <
COSTA, Célia Regina da. Um análise nos principais aspectos da construção
calçadista para o desenvolvimento de um solado protótipo feito a partir de
fibras de coco. 2013. Dissertação (Mestrado em Ciências) – Escola de Artes,
Ciências e Humanidade. Universidade de São Paulo, São Paulo, São Paulo,
2013.
ELETRONORTE.
Disponivel
em:
http://www.eletronorte.gov.br/
opencms/opencms/Pila
res/tecnologia/lacen/serviços/ensaios_seguranca.html. Acesso em 29 de
setembro de 2013.
ESTADO DE GOIÁS. Constituição do Estado de Goiás, publicada em 5 de
outubro 1989. Diário Oficial do Estado de Goiás, Goiânia, GO, 5 out.1989.
ESTADO DE GOIÁS. Lei Estadual n. 11.416, de 5 de fevereiro de 1991. Estatuto
dos Bombeiros Militares do Estado. Diário Oficial do Estado de Goiás, Goiânia,
GO, 13 fev. 1991.
24
ESTADO DE GOIÁS. Lei Estadual n. 17.682. Dispõe sobre o efetivo do Corpo
de Bombeiros Militar do Estado de Goiás e dá outras providências, 28 de
jun. 2012. Disponível em:< http://www.gabinetecivil.goias.gov.br/leis_Ordinárias
/2012/lei_ 17682.htm >.
ESTADO DE GOIÁS. Decreto Estadual n. 7.005, de 30 de setembro de 2009.
Regulamento de Uniformes do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de
Goiás. Disponível em: <http://www.gabinetecivil.goias.gov.br/pagina_decretos.php
?id=7528 >.
FERREIRA, Aurélio B. de Hollanda. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2.
ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. 1838 p.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 2008.
JUSBRASIL. Disponível em: http://www.jusbrasil.com.br/diarios/31907185/dodfsecao-03-31-10-2011-pg-20. Acesso em 05 de outubro de 2013.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de
metodologia científica. 5 ed. São Paulo, SP: Atlas, 2003.
MEIRELES, Marcelo Ferreira. Fraturas ortopédicas comuns na prática militar.
(Monografia) Escola de Saúde do Exército. Exército Brasileiro, Rio de Janeiro –
RJ. 2009. Disponível em < http://www.essex.ensino.eb.br/doc/PDF/PCC_2009_
cfo_pdf/1%ba%20ten%20al%20marcelo%20ferreira%20meireles.pdf >
MALVESTIO, Marisa Aparecida Amaro. Predeterminantes de sobrevivência em
vítimas de acidentes de trânsito submetidas a atendimento pré-hospitalar de
suporte avançado à vida. 2005. Tese (Doutorado em Enfermagem na Saúde do
Adulto) - Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.
Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-15012007165049/>. Acesso em: 05 de setembro de 2013.
MARLUVAS. Disponível em: <http://www.marluvas.com.br/pt/>. Acessado em 02
de setembro de 2013.
MONTENEGRO, Daiane Silva; SANTANA, Marcos Jorge Almeida. Resistência
do Operário ao Uso do Equipamento de Proteção Individual. Disponível em: <
http://info.ucsal.br/banmon/Arquivos/Mono3_0132.pdf> Acesso em 05 de
setembro de 2013.
25
NASSER, J. P. Estudo da variação do arco plantar longitudinal com apoio do
calcâneo em diferentes alturas. Santa Maria, Faculdade de Educação Física.
Santa Maria, 1999.
PREGÃO ELETRÔNICO N° 2013.0017/CBMCE/CELOG/PROCESSO N°
12402448-3.
Disponível
em:
<http://licita.seplag.ce.gov.br/pub/189787/189787_201362
1162854_PE20130017CBMCE.pdf>. Acesso em 30 de setembro de 2013.
QUARTELÁ. Disponível em: <http://guartela.com.br/site/?s=fire+8&x=14&y=8#>.
Acessado em 07 de outubro de 2013.
RUBBERPEDIA.
Disponivel
em:
<http://www.rubberpedia.com/borrachas/borracha-nitrilica.php>. Acesso em 01 de
outubro de 2013.
Download

secretaria de estado da segurança pública corpo de bombeiros