SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS ACADEMIA BOMBEIRO MILITAR CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS WEBER RONE BARBOSA CINTRA ANÁLISE DA VIABILIDADE DO EMPREGO DE UMA BOTA MULTIUSO PARA OS BOMBEIROS DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS GOIÂNIA 2013 WEBER RONE BARBOSA CINTRA ANÁLISE DA VIABILIDADE DO EMPREGO DE UMA BOTA MULTIUSO PARA OS BOMBEIROS DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS Artigo Monográfico apresentado em cumprimento às exigências para o término do Curso de Formação de Oficiais sob a orientação do Maj QOC Hélio Cristiano do Carmo. GOIÂNIA 2013 3 Resumo com Palavras-Chave O bombeiro militar é um profissional que na sua rotina diária precisa ficar calçado por longos períodos, em certas situações por mais de vinte e quatro horas seguidas. Muitas vezes com os pés molhados ou sob o calor escaldante de um combate a incêndio florestal. Isso mostra a importância que deve ser dada ao cuidado com os pés desses profissionais. Por isso foi feito esta pesquisa com o intuito de analisar as vantagens do uso de uma bota de segurança que possa calçar os pés dos bombeiros durante os treinamentos técnico-profissionais, atendimentos as ocorrências e no uso do dia-dia no quartel e que tenha sido desenvolvida especificamente para atividades de bombeiros. Sabe-se que a corporação tem atendido cada vez mais ocorrências, expondo cada vez mais os militares a perigos diversos, isso exige que os bombeiros estejam cada vez mais preparados e bem protegidos por Equipamentos de Proteção Individual (EPI) que sejam de ultima linha no mercado de produtos para bombeiros e atenda aos princípios da ergonomia. Esta pesquisa procurou responder a pergunta: por que usar uma bota multiuso no serviço bombeiro militar? Os resultados mostraramnos que essa bota poderá trazer mais segurança para o serviço, pois oferecem itens em sua estrutura que proporcionará mais conforto, agilidade e segurança ao bombeiro militar. Palavras-Chaves: Ergonomia. Bota Multiuso; Equipamento de Proteção Individual; 4 Abstract and Keywords The military firefighter is a professional, which, in their daily routine, need to get shoes for long periods in certain situations for more than twenty-four hours. Often with wet feet or under the scorching heat of a forest fire fighting. This shows the importance that should be given to the protection and comfort for those professional's feet. Therefore this research was done in order to analyze the advantages of using asafe boot that can dress the firefighter's feet during training technical and professional attendance at events and in the day to day use in the barracks and has been developed specifically for firefighters. It is known that the corporation has answered increasingly occurrences numbers, exposing the military to a bigger number of dangers, wich requires that firefighters are increasingly prepared and well protected with Personal Protective Equipment (PPE) that are the last line in market products for firefighters and meets the principles of ergonomics, thinking thus, this research sought to answer the question: why use a multipurpose boot to military firefighter service? The results showed us that these boots can bring more security for the service, because offers items in its structure which will provide more comfort, agility and security for military firefighter. Key Words: Multipurpose Boot – Personal Protective Equipment – Ergonomics. 5 1. Introdução A Constituição Estadual de Goiás, de 05 de outubro de 1989, diz em seu 122, II que: “função policial é considerada perigosa e a de bombeiro militar, perigosa e insalubre”. O bombeiro militar é um profissional que tem essa característica em sua rotina de trabalho, a exposição constante as mais diversas situações de perigo, que ameaçam a sua vida ou sua integridade física. Para o bom cumprimento de sua missão o bombeiro necessita estar bem calçado e protegido, pois os pés dos bombeiros são muito exigidos nas ocorrências. Mostrando-nos a importância que deve ser dada aos cuidados com os pés desses profissionais. O pé humano é uma parte muito importante do corpo por isso exige uma atenção especial, tanto por parte do militar, como do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO), exigindo que os calçados usados durante o trabalho sejam projetados de forma ergonômica e que siga parâmetros biomecânicos e antropométricos1, isto é que sejam produzidos especificamente para bombeiros. Após observações nota-se que há no mercado de equipamentos de proteção, calçados para bombeiros que podem trazer maior proteção, conforto e uma melhor ergonomia entre o bombeiro e o Equipamento de Proteção Individual (EPI) que ele está usando. As empresas que produzem esse tipo de calçados para serem usados nos serviços de bombeiro, com o advento de novas tecnologias desenvolveram através de seus centros de pesquisas, materiais e técnicas de produção que permitem a elas fornecer materiais cada vez mais modernos e seguros. Dentre esses produtos que já estão no mercado à disposição das corporações de bombeiros; temos uma bota que foi desenvolvida com características próprias para o uso específico no serviço de bombeiro, essas características permitem que ela possa ser usada nas mais diversas atividades _______________________ 1 Antropométricos: Relativo à antropometria, ou seja, parte da antropologia que se ocupa da determinação de medidas nas diversas partes do corpo humano. 6 desse profissional. Os bombeiros em todas as suas atividades operacionais necessitam estar adequadamente protegidos fazendo o uso correto de Equipamento de Proteção Individual (EPI). A Norma Regulamentadora (NR) nº 06 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) define EPI como sendo: todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Os EPI devem ser realmente de uso individual, pois se não é individual o seu uso, não tem sentido considerá-lo EPI. Hoje no CBMGO as botas de combates a incêndios que estão nas viaturas, são de uso coletivo, todos os bombeiros das equipes (alas) dos plantões que geralmente são 24 horas, utilizam o mesmo calçado de segurança nas ocorrências. O objetivo principal desse estudo consistiu em fazer uma análise da viabilidade do emprego de uma bota multiuso aos militares da corporação e da viabilidade operacional desse calçado, quanto aos aspectos de segurança, da ergonomia, conforto e praticidade. O uso dessa bota proporcionará maior segurança, pois sendo um Equipamento de Proteção Individual (EPI) desenvolvido especificamente para bombeiros e fabricado cumprindo todos os rigores de normas nacionais e internacionais de fabricação de calçados de segurança, possui alguns itens que a diferencia de forma positiva da atual bota usada com o uniforme operacional (uniforme 4º A), conhecida no mercado como bota do SAMU ou bota para motociclista, e também proporciona segurança tanto quanto a bota de borracha de combate a incêndio. 7 2. Desenvolvimento O CBMGO é uma força militar auxiliar do Exercito Brasileiro e tem como missão constitucional: atividades de Defesa Civil, Prevenção e Combate a Incêndios, Buscas e Salvamentos, análise de projetos, inspeções preventivas para se evitar incêndio e pânico nas edificações e o desenvolvimento de atividades educativas relacionadas à defesa civil e a prevenção de incêndio e pânico. De acordo com a Lei Estadual nº 17.682, de 28 de junho de 2012 o efetivo do CBMGO pode chegar a um total de 4988 militares, deste total autorizado a corporação possui atualmente 28302 militares no serviço ativo, destes a maioria se encontra no serviço operacional e fazem o uso constante de botas durante seu horário de trabalho. Os uniformes e calçados utilizados atualmente pelos militares do CBMGO são regulamentados pelo Decreto Estadual nº 7005, de 30 de setembro de 2009, que aprova o Regulamento de Uniformes do CBMGO (RUCBMGO), destaca-se nesse decreto os seguintes artigos: Art. 1º O presente Regulamento contém as especificações dos uniformes do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás – CBMGO, seus distintivos, insígnias, emblemas, condecorações, modelos, descrição, composição, peças acessórias e símbolo da Corporação. [...] Art. 17. [...] II – bota: a) confeccionada na cor preta, com seguintes detalhes: 1. considera-se bota todo calçado de cano longo; 2. observação: a bota deverá ser usada toda à mostra; 3. uso com os uniformes 4º A e B. O decreto não traz especificações da bota, mas tão somente que deve ser da cor preta e ter cano longo. Essa especificação fica a cargo do Departamento de Compras do Comando de Apoio Logístico (CAL) da corporação. _______________________ 2 Fonte: CGF/CBMGO, em 02/10/2013 8 Cabe observar sobre essa definição o seguinte: bota é todo o calçado de cano longo. Existem basicamente dois grupos de calçados militares com essas caracteristicas: um calçado de cano mais longo, chegando até aproximadamente ao meio da perna, e que faz o uso de zíper no fechamento, este é conhecido propriamente pelo mesmo nome “bota”, no outro grupo está os calçados que possuem o cano um pouco mais curto e recebem a designação de coturno e usam cadarços no fechamento, mas podem estar associado o zíper com o cadarço para agilizar o fechamento do calçado. Nessa pesquisa adotaremos a palavra bota no sentido amplo da definição. Para o bombeiro militar como os demais militares o calçado tem uma grande importância, pois esses profissionais precisam de um calçado que traga proteção para seus pés em sua rotina diária, no cumprimento de seu dever acabam permanecendo calçados por longos períodos, diferente de um trabalhador comum que usam botas ou outros tipos de calçados que possam incomodá-los durante um período geralmente de oito horas de trabalho, os bombeiros freqüentemente precisam ficar calçados por mais de 14 horas diárias, ocorrendo situações em que precisam ficar por 24 horas ou mais em atendimento a ocorrências. Por exemplo, os bombeiros que integram as missões de combate a incêndios florestais, se vêem obrigados a permanecer em pé durante boa parte do tempo. Não há duvidas que é uma rotina intensa e desgastante para os pés desses profissionais. Outra situação onde as botas de bombeiros são bastante utilizadas é durante as paradas militares, a natureza militar da profissão faz com que constantemente o bombeiro esteja envolvido em desfiles cívico-militares, sendo exigido a sua imobilidade e permanência de pé por prolongados períodos em posição marcial, situações essas típicas da vida militar. Nos quartéis durante as passagens de serviço, no hasteamento e arriação da Bandeira Nacional o militar também deve permanecer em pé para o cerimonial como para receber instruções pertinentes ao serviço. 9 De acordo com Meireles (2009), o militar tem uma carga de atividades físicas intensas, o que faz com que os índices de afastamentos por lesões nos pés sejam altos, sendo necessárias alterações nos treinamentos e modificações nos calçados que são atualmente usados pelos militares. As botas utilizadas pelos bombeiros militares influenciam de forma direta na saúde de seus pés e no desempenho diário no seu local de trabalho. Para Brino (2003), mesmo pequenos deslocamentos com calçados que não sejam adequados ao pé do individuo podem causar dores nos pés e na região lombar, esses autores associam assim tais enfermidades com o tipo de calçado utilizado durante o trabalho. As botas de incêndios que estão nos Auto Bomba Tanques (ABT) não possuem numeração adequada aos bombeiros, principalmente para as mulheres que normalmente calçam uma numeração menor que os homens, essas bombeiras ao chegarem no local do incêndio encontram dificuldades no seu caminhar porque estão calçadas com botas que ficam soltas em seus pés. O uso de calçados de diferentes tipos durante o serviço pode gerar variações no posicionamento do corpo do pé, alterando a geometria da base de sustentação quanto ao centro de gravidade da pessoa em relação ao solo, prejudicando o equilíbrio e a sustentação (NASSER, 1999). Com o uso de uma bota que já vai estar nos pés dos bombeiros ao bradar a ocorrência, a saúde do bombeiro vai ser priorizada em seus pormenores ao usar um calçado personalizado que fique bem ajustado ao seu pé, dando maior segurança e confiança durante a execução de suas tarefas e também evitando pisadas em falso que possam acarretar lesões. Estudos antropométricos devem ser feitos para se fornecer um calçado que seja adequado aos pés das pessoas, no Brasil devido a grande variedade étnica e regional de sua população esses estudos acabam não acontecendo, até porque, os pés acabam não recebendo atenção à altura de sua importância. Para um calçado ser confortável, ele deve adequar-se às caracteristicas de seu usuário e não pode prejudicar a saúde dos pés. Assim os parâmetros de desconforto percebidos são importantes na aplicação do 10 design ergonômico de calçados, para que se possa resolver os problemas de usabilidade. (COSTA, 2013) O termo ergonomia é derivado das palavras gregas ergon (trabalho) e nomos (regras). A ergonomia analisa as características do trabalhador ou dos usuários de produtos, para depois projetar o trabalho que ele irá executar ou os produtos que usará. O calçado de segurança deve seguir as metodologias da ergonomia e estar de acordo com o perfil das atividades de bombeiro, isto é, deve ter sido desenvolvida observando os princípios da antropometria, deve trazer conforto, segurança e bem-estar para o militar. A questão da ergonomia é discutida por diversos autores, um calçado que pode ser confortável para uma pessoa pode ser desconfortável para outra. Segundo Costa (2013, apud ÁVILA 2003) existem alguns critérios para se ter um calçado confortável, são eles: proteger os pés sem, no entanto machucá-los, transmitir segurança ao caminhar, ter um bom calce nos pés, não alterar os parâmetros da marcha, adaptar-se aos ambientes e atender as expectativas psíquicas do usuário relativas à aparência do produto e a personalidade do usuário. Entendemos que é importante para a corporação acompanhar as tendências do mercado procurando adquirir equipamentos que estejam alinhados com os avanços das novas tecnologias em fabricação de calçados de segurança. Segundo Montenegro & Santana (2012) o trabalhador será mais receptível ao EPI quanto mais confortável e de seu agrado. Para isso, os equipamentos devem ser práticos, proteger bem, ser de fácil manutenção, ser fortes e duradouros. Isso se torna possível com a adoção do uso de equipamentos que sejam produzidos de acordo com princípios ergonômicos. Característica importante do calçado que deve ser observada versa sobre a segurança que esse equipamento deve trazer para o bombeiro que o estiver utilizando. Em geral, os equipamentos de combate a incêndio seguem as especificações das normas técnicas da NFPA (National Fire Protection 11 Association), que é uma organização internacional de desenvolvimento de normas, principal fonte de informações em todo mundo para o desenvolvimento e disseminação de conhecimento sobre segurança contra incêndio. De acordo com as normas brasileiras, todos os equipamentos de proteção individual devem possuir o Certificado de Aprovação (C.A.) de Equipamento de Proteção Individual (CAEPI), expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. Segundo o artigo 167 da Lei 5.452 (Consolidação das Leis do Trabalho - CLT), de 1º de maio de 1943: o equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho. Os calçados de segurança como todos os equipamentos de proteção individual, devem ser submetidos pelo fabricante ao processo de certificação do produto por entidades creditadas competentes. Um laboratório credenciado efetua os ensaios necessários e depois esses resultados juntamente com um dossiê técnico são encaminhados ao MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) que emite o C.A.. As características dos calçados de segurança são em geral, a biqueira de segurança (muitas vezes de aço), a palmilha de segurança, a resistência elétrica, a resistência térmica e ao fogo, a resistência a óleos e a produtos químicos, e muitas outras. Outra questão importante que deve ser abordada é a economicidade para a administração pública, pois com a aquisição de uma bota que poderá combater incêndios e ainda poder ser usada com o uniforme operacional (4º A e 4º B), isso trará economia nas compras da corporação. Economizar os recursos que são destinados a corporação é sempre bom, pois isso possibilita a compra de mais equipamentos com menos recursos. O art. 70 da Constituição Federal de 1988 traz de forma expressa o principio da economicidade, que de forma simples pode ser dita que é ter o melhor resultado com o menor custo possível, unindo qualidade, celeridade e o menor custo em um serviço ou na aquisição de um bem para a Administração Pública. O tempo-resposta é outro fator que deve ser avaliado. Para Malvestio (2002) tempo-resposta é o intervalo entre o acionamento da equipe e a chegada 12 na cena do acidente. Hoje quando a guarnição de um quartel é acionada para atendimento a um combate a incêndio, os integrantes do ABT devem equipar-se com a roupa de proteção contra incêndio, nesse momento o bombeiro deve retirar a sua bota ou coturno para colocar a bota de borracha de combate a incêndio. Nessa hora há uma perda de tempo precioso no Tempo-Resposta. A bota multiuso de bombeiro já vai estar nos pés dos bombeiros na hora do acionamento possibilitando um ganho no tempo-resposta. 3. A Bota Multiuso de Bombeiro Buscou-se com essa pesquisa um calçado no padrão utilizado pelos bombeiros nos países desenvolvidos, no qual o couro, devidamente tratado, é a principal matéria-prima, propiciando além da necessária proteção, conforto, higiene e resistência. Para que uma bota seja empregada como EPI deve atender as exigências técnicas e possuir as certidões necessárias que a qualifica para o seu emprego nas atividades de alto grau de risco as quais os militares do CBMGO estão expostos. Portanto especificações técnicas e parâmetros para esse calçado devem estar de acordo com o descrito nas normas NBR ISO 20.344 (Métodos de ensaios para calçados) e 20.345 (Calçado de segurança), DIN EN 15.090 além de outras exigências técnicas que poderão ser definidas de acordo com as peculiaridades do serviço no CBMGO. Após buscar informações em sites de empresas especializadas em calçados de segurança, em editais de licitações dos Corpos de Bombeiros do Distrito Federal, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Sul, estados cujas corporações já adquiriram esse tipo de bota, chegamos a um conjunto de especificações mínimas. 13 Figura 01: Bota Multiuso de Bombeiro Fonte: Catálogo da empresa White Lake 3.1 Caracteristicas Gerais A bota deve ser constituída de couro hidrofugado com sistema flame-protect3 antichamas, acolchoado, dublagem tri-componente no sistema set confort4, forro da gáspea5 e cano no sistema dry system6 100% impermeável com formato em _______________________ 3 flame-protect: Tratamento anti-chama dado a um tecido, couro ou outro material. 4 Set confort: É um sistema de construção de calçados baseado nas medidas antropométricas. 5 Gáspea: Parte dianteira do calçado, que cobre e protege o peito do pé. 6 Dry system: Tecnologia composta por uma membrana de polyester não porosa, extremamente leve e fina, à prova d´água mas que permite a transpiração do corpo evitando a condensação e o suor. 14 bootie7 e forro do colarinho em meta-aramida anti-chamas. Linhas de costura em Kevlar8 ou pára-aramida super fio com torção left-right9, palmilha de aluminizado, sistema refletivo em tecido amarelo lima fluorescente anti-chamas, biqueira de segurança em composite10 não metálica resistente ao impacto com proteção externa em borracha, palmilha de conforto anatomicamente conformada e solado tratorado de borracha super-nitrílica resistente a alta temperatura vulcanizado a frio diretamente no cabedal. Devendo ter a aprovação na NBR ISO 20.344 e 20.345, DIN EN 15.090 com Certificado de Aprovação no Ministério do Trabalho e Emprego (C.A) para atividades de combate a incêndio. 3.2 Características específicas Altura do cano: deve ter no mínimo 200 milímetros contados da base da palmilha na região do calcanhar até a borda do cano. Biqueira: deve apresentar biqueira de liga não metálica de material compósito (composite) e estar envolvida internamente por forro de material próprio para essa finalidade e externamente pelo mesmo couro da bota. Pode ser admitido que, além do couro, outros materiais recubram a biqueira externamente de modo a proteger o próprio couro. Documentação técnica: deve possuir documentação técnica (incluindo relatórios de ensaio ou declaração de conformidade), emitida por organismo certificador ou laboratório de testes, que comprove que as botas atendem, no mínimo, a um dos conjuntos de normas. Atenda simultaneamente as normas NFPA 1951-2007, NFPA 1977-2005, NFPA 1992-2005 e NFPA 1999-2008. Atenda a norma DIN EN 15090:2006, atestando que as botas atendam simultaneamente aos três seguintes itens: _______________________ 7 Formato em bootie: Em forma de meia envolvendo todo o pé. 8 Kevlar: Tipo de fibra sintética muito resistente e leve, conhecida pelo seu uso em coletes à prova de balas. Sete vezes mais resistente que o aço por unidade de peso. 9 Torção left-right: Torção para esquerda e direita. 10 Composite: Composto polimérico multicompactado com fibra de carbono resistente ao impacto e a compressão. 15 l – Foram testadas quanto à proteção mecânica e térmica enquadrando-se como do tipo 2 para bombeiros, código correspondente: “F2”; ll – Foram testadas quanto à proteção elétrica enquadrando-se como norma antiestática ou calçado isolante ou sola de alta resistência a descargas elétricas, códigos correspondentes: “A” ou “I” ou “IS”; e lll – Foram testadas quanto à propriedade antiderrapante da sola apresentando o código “SRA”, ou o código “SRB” ou o código “SRC”. Atendendo ainda as ABNT NBR ISO 20344 – Métodos de ensaios em calçados e ABNT NBR ISO 20345 – Calçados de segurança. Entressola: deve apresentar uma palmilha de liga metálica ou de material compósito (composite), encapsulada, que atue como proteção contra perfurações. Fechamento da bota: deve possuir cadarços com sistema de fecho de saque rápido com trama em meta-aramida anti-chamas com ponteiras resinadas e estar equipada com fechamento rápido, sendo admitidos zíper frontal fixado à bota por cadarços, zíper lateral costurado à bota ou outro sistema que desobrigue o usuário de atar e desatar os cadarços ao colocar e retirar as botas. Linha: deve ser em Kevlar ou 100% em para-aramida com base em poliamida numero 30/40 e sistema de torção dupla para melhor ajuste do ponto e durabilidade. Palmilha de Conforto: Palmilha de conforto moldada em material macio e antibacteriano com formato anatômico e sistema regular de ajuste ao pé para melhor distribuição do peso no caminhar. Palmilha: deve ser constituída em multicamadas de fibra resinada com manta de poliamida antiperfurante não metálica com espessura mínima de 2,5 mm e flexível. A medida da palmilha de montagem deve cobrir toda extremidade na base da bota para maior proteção e ser fixada no cabedal por sistema de montagem. Na base da palmilha de montagem deve ser fixada uma palmilha de isolamento térmico, construída em bolha com célula de ar de 3,0 (três) milímetros 16 revestida com papel aluminizado para maior conforto e proteção do calor induzido. A palmilha não pode ser metálica ou de aço. Peso: O peso da bota deve ser o mais leve possível e a diferença entre a massa do pé esquerdo do calçado e a massa do pé direito não pode ultrapassar 10 gramas, conforme norma NBR 14835. Refletivo: Na parte traseira da bota, na região do maléolo e área de articulação deve possuir refletivo de alta reflexibilidade noturna. Revestimento externo: deve ser em couro hidrofugado, 100% impermeável, com proteção anti-chamas, amaciado, flexível, resistente a chamas e na cor preta. Revestimento interno: internamente deve ser totalmente forrada com barreira de umidade (membrana), que garanta a impermeabilidade e estanqueidade 11 de fora para dentro da bota, não permitindo a passagem de vapores ou líquidos perigosos, mas permitindo a respiração de dentro para fora. O revestimento interno deve proporcionar alto nível de resistência à abrasão, manter os pés secos, frescos e confortáveis e dispersar a umidade. Sola: deve ser uma peça única e seu contorno deve envolver as partes superiores da bota, unindo-se a elas, embaixo e nos lados de forma perfeitamente selada; esta junção não deve ter emendas. Deve ser fabricada em borracha super-nitrílica, resistente a alta temperatura, abrasão, óleos e ácidos. Deve ser antiderrapante e resistente à passagem de corrente elétrica. Tamanhos: deverão estar disponíveis para os bombeiros todos os tamanhos inteiros, contemplando assim o corpo feminino que geralmente calçam numerações menores. Vedação: 100% impermeável. _______________________ 11 Estanqueidade: É um neologismo que significa estanque, hermético, sem vazamento. 17 4. Metodologia Segundo Lakatos e Marconi (2003, p 222) técnicas são: Consideradas como um conjunto de preceitos ou processos de que se serve uma ciência, são, também, a habilidade para usar esses preceitos ou normas, na obtenção de seus propósitos. Correspondem, portanto, à parte prática de coleta de dados. Apresentam duas grandes divisões: documentação indireta, abrangendo a pesquisa documental e a bibliográfica e documentação direta. A pesquisa empregada foi de natureza exploratória, por ser um tipo de pesquisa muito específica, quase sempre ela assume a forma de um estudo de caso (GIL, 2008), nenhuma pesquisa hoje começa totalmente do zero, como qualquer pesquisa, ela também dependeu de uma pesquisa bibliográfica que foi realizada buscando informações e dados em fontes como: livros, trabalhos acadêmicos, manuais técnicos e catálogos que abordassem os assuntos sobre segurança no trabalho, Equipamentos de Proteção Individual (EPI), saúde laboral e Ergonomia dos calçados de segurança. Foram também feitos contatos com empresas especializadas em busca de informações técnicas sobre esse tipo de calçado. Pelo motivo de haver poucas referências sobre o assunto pesquisado a internet foi uma ferramenta essencial na busca por artigos científicos que tratassem do assunto dessa pesquisa. 5. Apresentação e Análise dos Resultados Nessa pesquisa observamos algumas importantes vantagens na constituição da bota multiuso de bombeiro em relação às atualmente usadas pelos bombeiros do CBMGO, como também aquelas que não seriam tão vantajosas, que podem ser observadas na tabela 01. 18 CARACTERÍSTICAS Bota do Uniforme. Operacional TIPOS DE BOTAS Combate à Multiuso de Incêndio bombeiro Mínimo de 240 mm Aço Mínimo de 200 mm Biqueira Mínimo de 340 mm Resina plástica Cadarço Não Não Meta-aramida cadarço anti-chama Não ------------ Sim Caneleira Sim Não Não Zíper ------------ Zíper + Cadarço Altura do cano Fechamento da bota Linha da costura material da Sola Palmilha Palmilha de conforto Há penetração de água Peso (par de nº 40) Preço médio de mercado Refletivo Resistência do solado à corrente elétrica Resistencia à perfuração Resistência do solado à temperatura Revestimento externo Composite Nylon Não Kevlar Borracha Borracha nitrílica Poliéster + Resina poliuretânica EVA Aço traçado Borracha supernitrílica Fibras + Poliamidas EVA EVA Sim Não Não 2,0 Kg 3,0 Kg 2,0 Kg ± R$ 200,00 ± R$ 400,00 ± R$ 400,00 Sim Não Sim Baixa tensão 14 Kv 14 Kv Baixa Alta Alta 300° C 1200º C 1200º C Couro hidrofugado Borracha vulcanizada Couro hidrofugado impermeável Tabela: 01 – Comparativo entre a Bota Multiuso de Bombeiro e as botas do Uniforme Operacional e a de Combate a Incêndio. Fonte: Elaborada pelo autor, com base na pesquisa. Atualmente existem algumas empresas que fabricam esse tipo de calçado de segurança para bombeiros, nessa pesquisa fizemos contato com fabricantes e revendedores, em busca de informações técnicas e comerciais, com o objetivo de fazer uma pesquisa mercadológica. Alguns Corpos de Bombeiros fizeram a aquisição desse calçado recentemente, podemos citar o Distrito Federal que licitou 4000 (quatro mil) pares, lançando o edital da licitação modalidade de Pregão Presencial com o valor unitário inicial de R$ 764,72 (setecentos sessenta e quatro reais e setenta e dois centavos) e ao final do processo licitatório acabou comprando por um valor unitário de R$ 339,0012 (trezentos e trinta e nove reais). ____________________ 12 Fonte: Diário Oficial do Distrito Federal de 31/10/2011, pag. 20. 19 Caso o CBMGO decida pela aquisição desta bota a estimativa do Departamento de Compras e Licitação (DECOL), seção do Comando de Apoio Logístico (CAL) da corporação, é que o preço final esteja em torno de R$ 400,00 (quatrocentos reais) o par. Em primeiro momento pode parecer um valor alto, se comparado ao valor da bota do uniforme operacional que foi adquirida na ultima compra por um valor de R$ 187,0013 (cento e oitenta e sete reais) o par. Deve-se salientar que essa comparação não parece a mais viável, quando o que se está olhado é somente o valor, sabe-se que aos profissionais bombeiros são atribuídas atividades de alto grau de risco como a extinção de incêndios e os serviços de buscas e salvamentos, assim o CBMGO tem uma responsabilidade maior que é proporcionar sempre que possível maior segurança aos seus militares. A Bota multiuso de bombeiro trás esse grande diferencial: a capacidade de ofertar maior segurança para os pés dos bombeiros. Outro sim é a capacidade que ela tem de agregar as funções de combate a incêndios com as demais atividades desenvolvidas pelo militar. Isso acaba fazendo com que o preço final fique mais em conta, pois ao deixar de comprar uma bota do uniforme operacional e uma de borracha de combate a incêndio, esses valores serão descontados no valor final da nova bota. Faz-se importante lembrar que todo EPI tem prazo de validade no seu uso, como a bota multiuso de bombeiro possui um tempo maior no seu uso, isso é um fator positivo em sua avaliação. Bota de borracha de combate a incêndio Bota do uniforme operacional (4º A) Bota multiuso de bombeiro Tabela 02: Prazo de validade de botas Fonte: Catálogos de fabricantes de botas. ________________________ 13 Fonte: CAL/CBMGO, em 02/10/2013 5 (cinco) anos 2 (dois) anos 3 (três) anos 20 Fazendo uma projeção para 06 (seis) anos teríamos por bombeiro o gasto aproximado de 02 (dois) pares de botas multiuso para cada 03 (três) pares da bota do uniforme operacional e aproximadamente 01 (um) par da bota de combate a incêndio. Considerando os valores aproximados de mercado teríamos a seguinte tabela com os custos desse período: BOTA Multiuso Bombeiro Bombeiro 4º A Combate a incêndio Quantidade 02 pares 03 pares 01 par Valor unitário (R$) 400,00 200,00 400,00 Valor Total (R$) 800,00 600,00 400,00 Tabela 03: Estimativa de custo. Autor: Elaborada pelo autor com base em valores aproximados de planilhas mercadológicas do CAL/CBMGO e Catálogos de empresas. Teríamos R$ 800,00 (oitocentos reais) de custo com a bota multiuso de bombeiro e R$ 1000,00 (mil reais) com as outras duas botas. É importante salientar que para essa comparação foi considerando uma situação ideal, onde o bombeiro receberia os pares de botas individualmente e obedeceria os prazos de validade de cada uma conforme o fabricante, o que ainda não é possível no CBMGO devido a falta de recursos. Mas com esse exemplo é possível ver que de médio em longo prazo é bem compensador a aquisição deste calçado. Com o uso da bota multiuso de bombeiro cada bombeiro estará com sua bota na numeração correta aos seus pés, cumprindo as exigências legais sobre o uso individualizado do EPI, dando o primeiro passo para que os equipamentos de proteção sejam realmente individuais, o que hoje não está sendo observado no serviço operacional, principalmente quanto às roupas e botas de combate a incêndios. Considerando que os riscos envolvendo eletricidade quase sempre estão presentes nas ocorrências de bombeiros, a resistência do solado a corrente elétrica de no mínimo 14 Kilovolts por minuto se mostra muito pertinente para uma bota de bombeiro, cumprindo a recomendação da NBR ISO 20.345. A resistência à temperaturas de até 1200° C é outra grande vantagem nesse EPI, tornando o tão resistente quanto a bota de borracha de combate a incêndio e bem superior à bota do uniforme operacional que suporta no máximo 300º C de temperatura. 21 6. Conclusão Este trabalho teve por objetivo analisar a viabilidade do uso de uma bota multiuso de bombeiro, um calçado de alto desempenho que pode ser usado no atendimento às diversas ocorrências e também durante a rotina normal do quartel, oferecendo grande proteção para os pés dos militares. Pode-se afirmar que os métodos usados para a realização desse estudo foram adequados, pois ao pesquisarmos em sites de empresas especializadas na internet, manuais técnicos, catálogos e editais de licitações de compras de outras corporações de bombeiros, foi possível o levantamento de informações importantes como, por exemplo, as especificações técnicas e valores de mercado deste calçado de segurança, possibilitando assim a análise e comparação entre as botas usadas atualmente pelos militares do CBMGO e a bota proposta neste trabalho. O diferencial desta bota é que ela foi projetada exclusivamente para o uso no serviço de bombeiro, podendo ser empregada nas variadas atividades que são realizadas pelo profissional bombeiro militar. Alguns itens se destacam na composição desse calçado e chamam a atenção: a biqueira em composite de alta resistência, o solado em borracha super-nitrílica com resistência de até 1200ºC14, a tecnologia chamada de Dry System que possibilita a impermeabilidade do couro, mas no entanto permite a saída dos vapores da transpiração do corpo, evitando assim a condensação e o acúmulo de suor dentro da bota. Outra vantagem está no conforto que pode proporcionar para o militar durante o atendimento a ocorrências em que necessitam ficar ajoelhados, situação comum no Resgate Pré-Hospitalar. As especificações técnicas apresentadas por essa bota possibilitam que seja usada no combate a incêndios, substituindo as botas de borracha de combate a incêndios com a mesma segurança, trazendo economia para os recursos da corporação. Outra questão observada é que com esse calçado os bombeiros terão o uso individualizado da bota, situação que hoje não acontece no serviço de combate a incêndio, evitando assim o uso de botas de forma coletiva e trazendo condições de melhor higienização destes calçados, _____________________ 14 Fonte: www.guaranyind.com.br/equipamentos/catalogo – 01/10/2013. 22 pois assim cada militar se responsabilizará pela sua bota, situação que é recomendada no uso de EPI. Ao finalizar esse trabalho concluímos que é viável o emprego da bota multiuso de bombeiro para os militares do CBMGO, o que proporcionará vantagens para o bombeiro militar quanto ao conforto e segurança e vantagens operacionais e econômicas para o CBMGO. 23 Referências Bibliográficas ARTEFLEX. Disponível em: <http://www.arteflex.net/arteflex/pt/index.php>. Acessado em 29 de setembro de 2013. Ávila, A. Guia de design do calçado brasileiro: agregando valor ao calçado. Brasília: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, 2003. BOLIS, Ivan. Contribuições da ergonomia para a melhoria do trabalho e para o processo de emancipação dos sujeitos. 2011. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo,2011.Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3136/tde19042011-103051/>. Acesso em: 2013-09-03. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado, 1998. BRINO, Cíntia da Silva. Influência de diferentes calçados sobre os percentuais da força peso aplicados na base de sustentação e a postura corporal em pé. 2003. Dissertação (Mestrado) – Escola de Educação Física, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 2003. Disponível em: < COSTA, Célia Regina da. Um análise nos principais aspectos da construção calçadista para o desenvolvimento de um solado protótipo feito a partir de fibras de coco. 2013. Dissertação (Mestrado em Ciências) – Escola de Artes, Ciências e Humanidade. Universidade de São Paulo, São Paulo, São Paulo, 2013. ELETRONORTE. Disponivel em: http://www.eletronorte.gov.br/ opencms/opencms/Pila res/tecnologia/lacen/serviços/ensaios_seguranca.html. Acesso em 29 de setembro de 2013. ESTADO DE GOIÁS. Constituição do Estado de Goiás, publicada em 5 de outubro 1989. Diário Oficial do Estado de Goiás, Goiânia, GO, 5 out.1989. ESTADO DE GOIÁS. Lei Estadual n. 11.416, de 5 de fevereiro de 1991. Estatuto dos Bombeiros Militares do Estado. Diário Oficial do Estado de Goiás, Goiânia, GO, 13 fev. 1991. 24 ESTADO DE GOIÁS. Lei Estadual n. 17.682. Dispõe sobre o efetivo do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás e dá outras providências, 28 de jun. 2012. Disponível em:< http://www.gabinetecivil.goias.gov.br/leis_Ordinárias /2012/lei_ 17682.htm >. ESTADO DE GOIÁS. Decreto Estadual n. 7.005, de 30 de setembro de 2009. Regulamento de Uniformes do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás. Disponível em: <http://www.gabinetecivil.goias.gov.br/pagina_decretos.php ?id=7528 >. FERREIRA, Aurélio B. de Hollanda. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. 1838 p. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2008. JUSBRASIL. Disponível em: http://www.jusbrasil.com.br/diarios/31907185/dodfsecao-03-31-10-2011-pg-20. Acesso em 05 de outubro de 2013. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 5 ed. São Paulo, SP: Atlas, 2003. MEIRELES, Marcelo Ferreira. Fraturas ortopédicas comuns na prática militar. (Monografia) Escola de Saúde do Exército. Exército Brasileiro, Rio de Janeiro – RJ. 2009. Disponível em < http://www.essex.ensino.eb.br/doc/PDF/PCC_2009_ cfo_pdf/1%ba%20ten%20al%20marcelo%20ferreira%20meireles.pdf > MALVESTIO, Marisa Aparecida Amaro. Predeterminantes de sobrevivência em vítimas de acidentes de trânsito submetidas a atendimento pré-hospitalar de suporte avançado à vida. 2005. Tese (Doutorado em Enfermagem na Saúde do Adulto) - Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-15012007165049/>. Acesso em: 05 de setembro de 2013. MARLUVAS. Disponível em: <http://www.marluvas.com.br/pt/>. Acessado em 02 de setembro de 2013. MONTENEGRO, Daiane Silva; SANTANA, Marcos Jorge Almeida. Resistência do Operário ao Uso do Equipamento de Proteção Individual. Disponível em: < http://info.ucsal.br/banmon/Arquivos/Mono3_0132.pdf> Acesso em 05 de setembro de 2013. 25 NASSER, J. P. Estudo da variação do arco plantar longitudinal com apoio do calcâneo em diferentes alturas. Santa Maria, Faculdade de Educação Física. Santa Maria, 1999. PREGÃO ELETRÔNICO N° 2013.0017/CBMCE/CELOG/PROCESSO N° 12402448-3. Disponível em: <http://licita.seplag.ce.gov.br/pub/189787/189787_201362 1162854_PE20130017CBMCE.pdf>. Acesso em 30 de setembro de 2013. QUARTELÁ. Disponível em: <http://guartela.com.br/site/?s=fire+8&x=14&y=8#>. Acessado em 07 de outubro de 2013. RUBBERPEDIA. Disponivel em: <http://www.rubberpedia.com/borrachas/borracha-nitrilica.php>. Acesso em 01 de outubro de 2013.