Ano XIII N.º 738 8 de Julho de 2014 Diretora: Sandra Ribeiro Gonçalves DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Atropelamento em Mogege: mãe e filha continuam em estado crítico Pág. 3 www.opovofamalicense.com Homenageado Bombeiros Voluntários de Riba de Ave já estrearam novo quartel Pág. 6 “O Povo Famalicense” falou com Armindo Costa, a dias de receber o título de Cidadão Honorário, em mais uma sessão solene do aniversário de elevação a cidade. Pág. 11 O Povo Famalicense 2 Prova é sábado e domingo, numa organização da Associação Amigos do Pedal Cerca de mil estão inscritos para as 24 Horas BTT É já no próximo fim-de-semana, sábado e domingo, que Vila Nova de Famalicão recebe um dos maiores eventos desportivos do ano do país. Cerca de 1000 atletas vão disputar as 24 Horas BTT de Vila Nova de Famalicão, uma competição que é sobretudo a realização de uma grande festa desportiva, combinando a competitividade com a diversão e a camaradagem. São 24 horas de plena entrega, com participações individuais e em equipas de 2, 4 ou 6 elementos. O entusiasmo à volta da prova já se sente em Vila Nova de Famalicão e às mesas dos cafés da cidade a conversa gira muitas vezes à volta da estratégia das equipas, dos planos de alimentação e dos programas de descanso que, diz a experiência de outras edições, quase nunca são levados a sério. O fenómeno não é novidade em Famalicão. Nos últimos anos a onda do BTT ganhou uma força verdadeiramente notável no concelho, sendo hoje possível encontrar praticantes em qualquer ponto florestal do município. Para isso, muito têm contribuído as grandes organizações desportivas da modalidade levadas a cabo pelas mais variadas associações locais ao longo do ano, em particular as promovidas pela Associação “Amigos do Pedal”, que deu um toque de profissionalismo aos eventos, notoriamente responsável por fazer crescer a onda de entusiasmo e o número de adeptos em Famalicão. As 24 Horas BTT são um bom exemplo dessa qualidade organizativa. Toda uma mega-estrutura está a ser preparada há vários meses com o apoio da Câmara Municipal para que nada falhe e para que os atletas disponham de todas as comodidades necessárias a uma experiência inesquecível em Famalicão. Desde o espaço para a montagem das tendas até ao percurso da competição, nada é deixado ao acaso. É este rigor organizativo que explica o sucesso do evento que, ao contrário de outros da mesma natureza, vem em crescendo acentuado ao longo dos últimos anos, sendo hoje, segundo a organização, seguramente um dos maiores eventos do género da Península Ibérica. O epicentro da prova é na Urbanização do Talvai, às portas da cidade, de onde 8 de Julho de 2014 Opinião O escriba partem os atletas para um percurso de 9 quilómetros pelas quintas e matas situadas nas costas da malha urbana. Junto ao paddock, no Talvai, o circuito foi cuidadosamente preparado para proporcionar aos milhares de visitantes que são esperados imagens de grande espetacularidade e razões de sobra para um acompanhamento intensivo da competição. Em jogo vão estar mais de três dezenas de prémios e troféus, que garantem um desafio de emoções únicas e irrepetíveis para todos os amantes do BTT. A política é, da perspectiva aparelhistica, a arte do impensável. Li há dias em, aliás, douto, artigo de opinião do meu camarada Nuno Sá, no Jornal Viver a Nossa Terra, inaflamado artigo opinativo em que foi desfraldada implícita e explicita acusação a António Costa de incutir nos portugueses a dúvida de que António José Seguro não seria um bom Primeiro-ministro de Portugal. Em argumentos claramente opinativos (politicamente isentossic) argumentava o esclarecido deputado escriba que a dúvida dos portugueses radicava, nada em insuficiências políticas de Seguro, mas sobretudo num pretenso e infame oportunismo do alcaide de Lisboa – o Costa. Veio-me imediatamente à memória o “julgamento” interno e a sindicância de opinião a que foram sujeitos em Vila Nova de Famalicão, pelo mesmo e dito escriba político, note-se, os camaradas Paulo Folhadela, Pedro Acácio, João Casimiro e outros sobre artigo em que expressaram nos media a sua opinião. Conclusão imediata: na política vale tudo, desde que dê jeito! E, dentro desta regra do “vale tudo menos arrancar olhos político”, a mesma pessoa que acusou Folhadela e seus pares de heresia politiqueira e de “delito de opinião” descambou em irado articulado no Costa a seu arbitrário e despudorado bel-prazer político. Mas não foi este o motivo de denunciar a, eventual, falta de ética política ou a contradição explícita de fazer e sentir que motiva o meu artigo. Louvo-me aqui em artigo de opinião de Diogo Quintela, dos Gato Fedorento, publicado no “Jornal Público”, de acordo com o qual as ideias de Seguro durante estes três anos são de assinalar, a saber as que transcrevo: Eis a Doutrina Tozé Seguro. (…) É uma ideia simples, mas tão poderosa que substitui um programa político. E mesmo um programa de vida, já que tem aplicação universal: Viver mal é maçador, viver bem é agradável. Desemprego é negativo, positivo é o emprego. Tristeza é má, alegria é que é boa. Estamos a perder? Então vamos ganhar! Ter borbulhas é feio, opte-se antes por ter pele lisa. Chove e isso molha. Faça-se sol. Tenho 1,67, mas vou passar a ter 1,85. Levar com um pau nas costas aleija. É preferível não levar para não doer. Ser pobre é pior do que ser rico. Dificuldades devem ser substituídas por facilidades. Entre um pneu careca e um novo, escolha o segundo. Parecem verdades óbvias. E são. Estes truísmos podiam ser da autoria de António José Seguro. Ou de uma criança de sete anos. É justamente esse o ponto forte de Seguro: quem é que não gosta de crianças? E o povo português começa a tratar Seguro como uma criança, não ligando ao que ele diz.” Ora, deixo aqui um desafio ao ilustre deputado da nação. Foi o Costa que provocou a dúvida nos portugueses ou o Seguro andou distraído estes três anos das reais dificuldades e vivências de Portugal e dos Portugueses? Tenho dito! JORGE COSTA Este Gargantinha só dá buracos! Bem, mas se os há... Este é no passeio da movimentada Avenida Marcehal Humberto Delgado. Ainda por cima junto a uma zona de embarque de passageiros em transportes públicos... MUDANÇA DE NÚMERO Contactos para PUBLICIDADE 252 312 435 8 de Julho de 2014 3 O Povo Famalicense Mogege Mãe e filha feridas com gravidade em atropelamento PERMANECEM INTERNADAS NOS CUIDADOS INTENSIVOS E COM PROGNÓSTICO RESERVADO Duas mulheres de 59 e 24 anos, mãe e filha, ficaram feridas com gravidade quando um veículo ligeiro as colheu junto a uma paragem de autocarro na Avenida do Berredo, em Mogege. O acidente teve lugar pouco antes das duas da tarde da passada terça-feira. Segundo apurámos durante o dia de ontem (segunda-feira) junto do Hospital de S. Marcos, para onde ambas foram evacuadas, permanecem internadas nos cuidados intensivos e com prognóstico reservado. As duas mulheres encontravam-se nas imediações da paragem de autocarro quando foram surpreendidas por um veículo ligeiro em despiste. A viatura estaria a circular no sentido descendente daquela avenida, quando chocou com com um outro ligeiro, que entrava na rua vindo da transversal Avenida Bernardo Guimarães. O choque entre as duas viaturas terá causado o despiste do li- Joane, que tomou conta da ocorrência. Ao que apurámos, nas imediações ninguém terá presenciado o acidente. Apenas o estrondo chamou à atenção de residentes e comerciantes, que acionaram de imediato o socorro às vítimas. S.R.G. Curto circuito na origem de incêndio em Requião Acidente ocorreu ao início da tarde geiro, que rodopiou e foi colher as duas mulheres na faixa contrária. Ao sofrerem o embate do ligeiro, mãe e filha foram projetadas contra a estrutura fixa e envidraçada da paragem de autocarro. Ambas sofreram ferimentos graves, tendo sido encaminhadas para o Hospital de Braga. A condutora do veículo que colheu as duas mulheres, transtornada, também teve necessidade de assistência médica. Foi conduzida ao Hospital de Famalicão. Na assistência aos feridos estiveram as VMERS’s de Famalicão e Guimarães, que durante mais de meia hora permaneceram no local do acidente estabilizando as duas mulheres com ferimentos graves. A evacuação para os hospitais foi feita pelos Bombeiros Voluntários de Famalicão, que acorreram ao sinistro com duas ambulâncias, e pelos Bombeiros Voluntários Famalicenses, que mobilizaram uma ambulância. No local esteve ainda a GNR de Um curto circuito terá estado na origem de um pequeno incêndio ocorrido na passada quarta-feira no café “Toons”, em Requião. Chamados ao local os Bombeiros Voluntários Famalicenses foram confrontados com um pequeno foco de incêndio com origem numa fritadeira. Segundo o sub-chefe Manuel Pereira, que coordenou as operações, o fogo foi prontamente extinto, tendo-se mantido circunscrito ao equipamento em causa. Após a extinção os bombeiros procederam à ventilação do espaço. No local estiveram três veículos e 13 homens. Câmara descentraliza competências e canaliza 272 mil euros para as freguesias A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão acaba de celebrar com as Juntas de Freguesia do concelho, um acordo que promove a descentralização de competências, e que se traduz na transferência de 272 mil euros. A assinatura de acordos de execução com os 34 presidentes de junta do conce- lho, teve lugar na semana passada no salão nobre dos Paços do Concelho. Juntas vão atuar na limpeza e nas pequenas reparações A celebração destes protocolos, que é acompanhada pela transferência dos meios financeiros adequados, permite delegar nas Juntas de Freguesia responsabilidades ao nível da limpeza das vias e espaços públicos, bem como ao nível da realização de pequenas reparações nos estabelecimentos de educação pré-escolar e do primeiro ciclo do ensino básico. Desta forma, frisa presidente da Câmara, Paulo Cunha, “estamos também a dar mais autonomia aos executivos autárquicos locais, manifestando total confiança na capacidade de gestão dos autarcas das freguesias”. O exercício destas competências pelas freguesias representa um encargo anual para o município de cerca de 272 mil euros, mas, tal como assegura o edil, “não determina o aumento da despesa pública global”. Para a limpeza das vias e espaços públicos, sarjetas e sumidouros está destinada uma verba global de 168 mil euros e para a realização de reparações nos estabelecimentos de educação pré-escolar e do primeiro ciclo do ensino básico está previsto um investimento de 103 mil euros. As verbas canalizadas por via destes acordos são distribuídas por todas as au- tarquias locais em função da extensão das vias públicas existentes, assim como do número de equipamentos escolares. No entender do presidente da Câmara Municpal, esta medida “promove o aumento da eficiência da gestão e dos ganhos de eficácia dos recursos por parte das autarquias locais e concretiza uma boa articulação entre o município e as freguesias”. Os acordos de execução, aos quais acrescem as verbas livres atribuídas todos os anos pelo município às freguesias, vigoram até ao final da presente legislatura. 4 O Povo Famalicense 8 de Julho de 2014 “Famalicão Made IN”, na Escola Superior de Saúde do Vale do Ave CESPU é referência internacional no campo da saúde A CESPU (Cooperativa de Ensino Politécnico e Universitário), detentora em Famalicão da Escola Superior de Saúde do Vale do Ave (ESSVA), quer reforçar o seu papel de referência no plano da saúde. Aponta baterias no âmbito da formação, onde reclama um lugar entre as três ou quatro principais entidades nacionais a atuar no setor, mas também se posiciona mais além no campo da investigação, agora que é membro do Campus da Universidade de Saúde de Barcelona, e no setor da prestação de serviços. A exportação da formação é já uma realidade, com estruturas descentralizadas em Angola, Cabo Verde, Brasil, Barcelona e até Marraqueche, mas este é um plano onde a CESPU quer continuar a dar cartas no futuro, disseminando a qualidade que lhe é reconhecida pelos parceiros internacionais. Por oposição, a “importação” de novos alunos é outra das estratégias do grupo. Almeida Dias, presidente da direção da CESPU, adianta que são já cerca de 200 os alunos europeus a estudar no campus de Gandra (Paredes), esperando-se que os primeiros possam ingressar na unidade de Famalicão já no próximo ano letivo. As novidades foram avançada ontem (segundafeira), em mais uma jornada do “Famalicão Made In”, desta feita direcionada para a área da saúde. Para o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, “o concelho de Vila Nova de Famalicão é mais apetecível, do ponto de vista da afirmação do seu território, a partir do momento que chega a CESPU a Vila Nova de Famalicão”, motivo mais do bastante para justificar o seu enquadramento no programa que pretende ser um hino ao empreende- daturas sucessivas da instituição de ensino: “nós já fomos avaliados positivamente em todos os parâmetros. O que acontece é que num determinado ano, imagine-se, fomos avaliados a verde em alguns deles, e a vermelho noutros. Ou seja, para a candidatura seguinte, fizemos questão de ajustar todos os parâmetros onde tinhamos sido avaliados a vermelho. Sabem o que aconteceu? Nesse ano os vermelhos passaram a verdes, e os verdes, onde já tínhamos sido avaliados positivamente, passaram a vermelhos”. Abertura a estrageiros Almeida Dias com Paulo Cunha e Leonel Rocha dorismo. Consciente da mais-valia da CESPU para o concelho, o edil famalicense sublinhou que o municíopio está “grato e reconhecido” pelo trabalho feito e pelo papel que tem tido “no nosso sucesso coletivo”. A Câmara Municipal, que tem sido parceira da cooperativa no desenvolvimento de vários projetos, “protegendo as suas forças e reconhecendo o mérito dos que estão instalados no seu território”, e segundo o edil famalicense continuará a sê-lo, seja apoiando as apostas da instituição, seja assumindo a sua responsabilidade no apoio aos alunos que têm dificuldades no acesso ao ensino superior. Recorde-se que a autarquia garantiu recentemente o aumento do número de bolsas de estudo, proporcionando assim a muitos jovens concluir os seus projetos de estudo. Este apoio, admite, acaba por beneficiar também as organizações que os formam, não obstante o objetivo principal ser o da formação dos jovens. “Sabemos que os alunos a quem concedemos bolsas de estudo, infeliz- mente, quase na totalidade, nunca frequentariam o ensino superior não fosse essa bolsa”, frisa, acrescentando que esta lógica de integração também favorece a “massa crítica” das próprias instituições de ensino. Três novos cursos na calha Chegada a Vila Nova de Famalicão em 1997, a CESPU conta com mais de 30 anos de experiência em formação na área da saúde. Em 2004 deu um grande passo para o seu futuro, inaugurando instalações novas munidas da mais moderna tecnologia. No currículo de 17 anos de atividade no concelho, já diplomou 2532 pessoas, somando 277 especializações e 42 mestrados, e 30 cursos de pós-graduação com 584 alunos. De olhos postos no futuro, e na qualificação cada vez maior da sua oferta formativa, a CESPU tem três novas candidaturas pendentes para licenciaturas. Os cursos em questão são de fisiologia clí- nica, ciências biomédicas e laboratoriais, e imagem médica e radioterapia. Paralelemanete, a CESPU também pretende acrescentar três ou quatro cursos técnicos, de acordo com a tipologia recentemente criada pela tutela. “São cursos que não conferem grau académico mas competência profissionais”, esclarece a propósito. “Blindagem” à medicina no privado é “um escândalo” Entretanto, a faltar nas ambições formativas da CESPU fica a faltar o curso de Medicina, para o qual a instituição já vai na quinta candidatura. Sem rodeios, Almdeia Dias atribui ao insucesso das candidaturas dos privados a existência de lobis, não da classe médica mas das universidades. O dirigente da CESPU, que garante todas as condições para a integrassão do curso, disse mesmo que o que se passa quanto a esta questão é “um escãndalo”. Justificando a acusação, revelou pormenores sobre as candi- A estratégia fufura da CESPU passa ainda por uma aposta nos alunos estrangeiros. Enquanto referência na fomação, a cooperatia pretende aumentar o número de alunos estrangeiros, numa lógica de interdepêndia com o território europeu. Segundo Almeida Dias este projeto da cooperativa já tem confirmado sucesso no pólo da Grandra, atualmente frequentado por cerca de 200 alunos estrangeiros, essencialmente de Espanha, França e Itália, mas também do Leste Europeu. Este responsável sublinha que a intenção da CESPU é reproduzir o modelo em Vila Nova de Famalicão. As expetativas atuais premitem já equacionar que o próximo ano letivo arranque com vários alunos estrangeiros inscritos na ESSVA. “Até agora temos olhado para a Europa apenas no plano económico e financeiro. De vez em quanto no plano social, quandos e fala no emprego e desemprego. Mas a Europa é muito mais do que isso. A Europa é nós estarmos sem fronteiras nisto do empregar e do formar. E temos que ter a noção que até 2030 precisaremos de 5,5 milhões de profissionais de saúde para repôr outros tantos que se reforma, e mais 1,5 milhões porque as necessidades aumentam”, alega Almdeia Dias, de olhos postos no universo europeu dos jovens que procuram formação na área da saúde. Segundo o mesmo responsável esta nova linha estratégica nada tem a ver com a perda de alunos nacionais. Almeida Dias adianta que, no ensino universitário, o ano de 2013 até foi o melhor ano da organziação, com o aumento e não decréscimo do número de alunos. Os bons resultados atingido, revela, foram já fruto desta abertura de portas aos estrangeiros. Onde efetivamente se sente o decréscimo do número de alunos, adverte, tem sido no ensino politécnico, com as instituições privadas que durante anos asseguraram sozinhas esta vertente do ensino, a serem prejudicadas pelos institutos públicos entretanto criados. CESPU tem “pressa” no Centro de Reabilitação À margem da visita Almeida Dias adiantou ainda que se mantém em aberto o projeto de um centro de reabilitação, junto à universidade, estrutura que irá conciliar os serviços de saúde que a instituição tem dispersas pela cidade. Este projeto, que resulta de uma reformulação do projeto inicial de construção de uma unidade hospitalar de raíz, é, segundo o dirigente, “uma necessidade”. Sem avançar ou comprometer-se com datas de entrada em funcionamento, admitiu, todavia: “temos pressa porque precisamos de estar melhro instalados”. SANDRA RIBEIRO GONÇALVES 8 de Julho de 2014 5 O Povo Famalicense “Celta” passa a contar com duas paragens diárias para ambos os sentidos Comboio Celta já pára na Estação de Nine O Povo Famalicense, 8 de Julho de 2014 - 2.ª PUBLICAÇÃO Juízos de Competência Criminal de Vila Nova de Famalicão 1.º Juízo Criminal Av. Eng. Pinheiro Braga, N.º 1000 - 4764-501 Vila Nova de Famalicão Telef.: 252 303 510 Fax: 252 089 559 Mail: [email protected] Processo: 154/13.6PAVNF Processo Comum (Tribunal Singular) Referencia: 4986765 Data: 18-06-2014 ANÚNCIO A Mmª. Juiz de Direito Drª. Gracinda Dias Ferreira, do 1º Juízo Criminal - Juizos de Competência Criminal de Vila Nova de Famalicão: O Comboio Celta, que liga Porto a Vigo, parou pela primeira vez na Estação Ferroviária de Nine, pelas 8h43 da passada terça-feira. O comboio que há um ano liga as duas cidades sem realizar paragens comerciais, efetuou assim a sua carga e descarga de passageiros em Vila Nova de Famalicão pela primeira vez. O cenário vai repetir-se, pelo menos, quatro vezes por dia, já que a partir desta terça-feira, 1 de julho, o Celta passa a contar com duas paragens diárias em Nine, para ambos os sentidos. As alterações neste serviço internacional da CP, que incluem ainda novas paragens nas estações de Valença e Viana do Castelo, eram já uma reivindicação de longa data de um conjunto de entidades do Norte de Portugal, nomeadamente, da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, que desde a criação do serviço se batia para que o Celta servisse também a população do concelho. O vice-presidente da autarquia, Ricardo Mendes, acompanhou na passada terça-feira a paragem do Celta em Nine. Para o autarca esta é uma boa notícia para os empresários do concelho, “que têm agora mais uma ex- celente oportunidade para fortalecer os laços comerciais com o Norte de Espanha”, mas também para a população famalicense, que “passa a usufruir de um serviço cómodo e económico para conhecer os encantos daquela região”. Desde o passado dia 1 o Comboio Celta pára em Nine, às 8h43 e às 19h43, com destino a Vigo, e às 9h50 e 20h50, proveniente de Vigo com destino a Porto Campanhã. A viagem de ida e volta custa cerca de 20 euros, com desconto para crianças dos 4 aos 12 anos, para jovens dos 13 aos 25 anos e para seniores com 60 ou mais anos. Junho foi de festa na vila de Riba de Ave O mês de Junho ficou marcado por uma intensa atividade na Vila de Riba de Ave. No encerramento do ano letivo, todos os estabelecimentos de ensino realizaram as suas festas de final de ano, com particular destaque para os finalistas de ciclo. Na Escola e Jardim de Infância da Avenida, a Junta de Freguesia, a associação de pais e os professores uniram esforços para comemorar o fim de mais uma etapa para os jovens estudantes. Num arraial que chamou à Escola centenas de pessoas, os alunos presentearam os presentes com divertidos números preparados por si. No passado dia 19, 300 crianças assistiram à cena a peça de teatro “O Patinho Feio”, encenada pela Companhia de Teatro Jangada, numa parceria entre a Junta de Freguesia, a Casa das Artes e a Didáxis. À peça seguiu-se uma divertida aula de Faz saber que no passado dia 09-06-2014, em audiência de discussão e julgamento, as arguidas abaixo identificadas formularam um pedido de desculpas à ofendida Maria Olinda Gonçalves Sabina da Costa, residente na Travessa Salgueiros, nº. 2, Lemenhe, V.N. Famalicão, conforme a seguir se transcreve: "Pelas arguidas foi pedida a palavra no uso da mesma manifestaram o propósito de formular um pedido de desculpas, na presença de todas as testemunhas arroladas nos presentes autos. Perante o pedido de desculpas formulado, pela ofendida foi dito desistir das queixas apresentadas, requerendo que a posição assumida pelas arguidas consignada na presente acta, seja publicada e afixada, no Centro Social e Paroquial de Santiago de Antas, com sede na Rua José Freitas Dias, nº. 2201, 4760-046 Antas, nesta Comarca, bem como no periódico o "Povo Famaicense". Dada a palavra às arguidas, pelas mesmas foi dito aceitarem as condições ora apresentadas, tendo cada uma delas e individualmente formulado um pedido de desculpas à ofendida. Dada a palavra ao Digno Magistrado do Ministério Público, pelo mesmo foi dito nada ter a opor à desistência de queixa apresentada, promovendo ainda a homologação da mesma. Após, pela Mmª. Juiz foi proferida a seguinte SENTENÇA Vem as arguidas Cândida Freitas e Gabriela Azevedo acusadas da prática de um crime de difamação, p. e p. pelo artº. 180º. e de um crime de injúrias, p. e p. pelo art.º 181º. , ambos do C.P, e a arguida Balsamina Freitas acusada da prática de um crime de injúrias, p. e p. pelo artº. 181º. do C.P. Atenta a natureza particular dos crimes imputados às arguidas, julgo válida e relevante a desistência de queixa apresentada pela assistente e aceite pelas arguidas, a qual homologo, julgando extinto o procedimento criminal instaurado contra as arguidas Balsamina Figueiredo Freitas, Cândida Figueiredo de Freitas e Gabriela Maria Figueiredo Azevedo, nos termos dos artºs. 188º., 116º. e 117º. , todos do C.Penal, e ainda o artº. 51º., do C.P.P.Custas pela assistente/desistente, fixando-se a taxa de justiça no mínimo legal, devendo ter-se em conta o já pago (artº. 515º., nº. 1, al. d) do C.P.P). Notifique." Arguidas: zumba. Celebrando o legado do famalicense José Casimiro, encontra-se em exibição no pólo de Riba de Ave da Biblioteca uma exposição evocativa do percurso deste ilustre jornalista. No último fim de semana do mês tiveram lugar as Festas de São Pedro, que se festejam em Riba de Ave há mais de 50 anos. A par com as celebrações religiosas, preparou-se um cartaz musical apelativo, com artistas como Gil Cadeias, Grupo Vera Cruz, e atuação de ranchos folclóricos, tunas académicas, da Banda de Música de Riba de Ave e da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários. Candida de Figueiredo de Freitas, filha de Mário de Freitas e de Alexandrina Carvalho de Figueiredo, estado civil: Desconhecido, nascida em 21-011949. freguesia de Antas [Vila Nova de Famalicão], BI - 9676923, domicílio: Rua 13 de Maio, Nº 62, Antas, 4760-879 V.N Famalicão Balsemina Figueiredo de Freitas, filha de Mário de Freitas e de Alexandrina Carvalho de Figueiredo, estado civil: Viúvo, nascida em 29-08-1936, freguesia de Requião [Vila Nova de Famalicão], BI - 1695435, domicílio: Rua 13 de Maio, Nº 62, 4760-879 Vila Nova de Famalicão. Gabriela Maria Figueiredo da Silva Azevedo, filha e Júlio de Jesus da Silva e de Cândida Figueiredo de Freitas, estado civil: Casada, nascida em 04-121970, freguesia de Antas [Vila Nova de Famalicão], Cartão de Cidadão 098386565ZZ4, domicílio: Rua de Santiago, 370, 1º Esqº, Antas, 4760-028 V.N. Famalicão A Juiz de Direito, Drª. Gracinda Dias Ferreira A Escrivão Auxiliar, Beatriz Cunha Martins O Povo Famalicense 6 Quartel novo custou um milhão de euros e já está em pleno funcionamento 8 de Julho de 2014 Novo futuro para os Bombeiros Voluntários de Riba de Ave A mudança para o novo quartel, é o marco de uma nova era para os Bombeiros Voluntários de Riba de Ave. A corporação já está instalada em casa nova desde o final da passada semana, numa operação de transferência sensível, por força da necessidade absoluta de garantir a normalidade dos sistemas de comunicações, e a resposta às ocorrências da sua área de intervenção. “O Povo Famalicense” acompanhou os dias de mudança para as novas instalações, e falou com presidente da direção e comandante, Narciso Silva e Manuel Antunes. Ambos confessam expetativas altas quanto ao futuro de uma corporação que tem agora as condições materiais ideais para levar ainda mais longe a sua ação. O novo quartel, situado na recém criada Avenida Cidade Abreu e Lima, está em pleno funcionamento desde a passada sexta-feira. A inauguração está agendada para Setembro. Um milhão de euros de investimento A obra custou cerca de um milhão de euros, compreendendo o custo do edifício, 620 mil euros comparticipados em 85 por cento pelo QREN, e respetivo equipamento. A área bruta do edifício é superior a 1400 metros quadrados, sendo a área útil de 1100. O anterior quartel continua a ser o capital que irá assegurar os recursos financeiros a garantir pela corporação. Segundo Narciso Silva, “em princípio não teremos que recorrer a financiamento externo”, o que quer dizer que continua em aberto a possibilidade de alienação do edifício antigo. “Nós ainda não desistimos de negociar e vender aquela estrutura. Até ao final do ano temos que resolver o problema”, refere o mesmo responsável a propósito, que coloca a fasquia da aquisição em “nunca menos de 250 mil euros”. A Câmara Municipal, parceira privilegiada da corporação na concretização deste projeto, continua a estar nas perspetivas de Narciso Silva, convencido que “conseguiremos desbloquear esta situação até ao final do ano”. Caso assim não suceda, adverte, o edifício do anterior quartel poderá funcionar como ativo numa operação de financiamento. Posto de Emergência Médica pode estar na calha Agora que se fecha um ciclo, em que todos os recursos eram todos canalizados para a obra agora concluído, o tempo é de futuro. Narciso Silva fala dos novos projetos que estão no horizonte da corporação. A instalação de um Posto de Emergência Médica (PEM) do INEM é um desses projetos. No que diz respeito à corporação as condições estão criadas. Falta apenas “luz verde” do INEM. “No que depende de nós, em termos de estrutura e recursos humanos, nós temos. A candidatura está a ser analisada pelo INEM”, revela o presidente da direção. A par desta nova meta, os bombeiros têm em vista a concretização de uma escola de formação, orçada em seis/sete mil euros, orientada para planos internos e também externos, numa lógica de prestação de serviços e angariação de receitas. Segundo o mesmo responsável, trata-se de um objetivo que “não está tão longínquo quanto isso”. Concretizada a “loucura” da construção de um novo quartel, nas palavras de Narciso Silva, a renovação da frota também entra agora na linha de prioridades. Dois veículos de combate a incêndios (um para fogos urbanos e outro para fogos florestais), e um desencarcerador mais recente, seriam bem-vindos. Do “alento” do novo quartel, Narciso Silva espera que possam ser criadas as sinergias financeiras necessárias à prossecução desses objetivos. Segundo Manuel Antunes, só o veículo para incêndios urbanos pode rondar um investimento na ordem dos 220 mil euros. Novas valências, uma nova página Segundo Narciso Silva o novo quartel vem possibilitar a integração de elementos femininos nos piquetes norturnos, o que era impossível nas antigas instalações, sem as necessárias valências para garantir o seu alojamento e privacidade. Para lá do imperativo logístico duma obra nova, que sempre Novo quartel em funcionamento desde o final da passada semana teria em consideração a coabitação de homens e mulheres em plano de igualdade, importa salientar que elas têm vindo a ganhar força no Corpo Ativo. Segundo Manuel Antunes a corporação conta atualmente com mais de uma dezenas de mulheres no ativo, sendo que outras tantas irão iniciar em breve a recruta. No total o Corpo Ativo tem cerca de 80 elementos, prevendo-se que até ao final do ano chegue aos cem. Uma sala de formação destinada aos planos internos, mas que também poderá potenciar a prestação de serviços a entidades externas, é outra das infra-estruturas que o presidente da direção considera essencial. Ao nível mais operacional, o novo quartel dispõe ainda de um depósito de 32 mil litros de água, “que nos permite armazenar e ter sempre água disponível para uma eventualidade, quando antes tínhamos que ir buscar”. Potencial do edifício já está esgotado Para lá das especificidades de uma obra adaptada às necessidades de um Corpo de Bombeiros, quer ao nível do interior quer ao nível do exterior, a obra contempla “margem de progressão” para as necessidades que eventualmente surjam no futuro. Narciso Silva adverte para o facto desta margem de progressão poder ser considerada já em breve, uma vez que as dimensões do quartel, no âmbito da candidatura ao QREN, condicionaram a área útil do projeto à dimensão da área de intervenção (Riba de Ave, Pedome, Oliveira Santa Maria, Oliveira S. Mateus, Carreira, Delães e Bairro). Ou seja, a área construída não chega para albergar toda a frota: “já temos esse problema. Uma das questões que se colocou quando começámos, é que estavamos limitados a uma determinada área, em termos legais. E essa área foi esgotada na totalidade! Temos viaturas que vão para além dessa área, e tivemos que pensar numa alternativa. A alternativa, a prazo, será crescer, daqui a meia dúzia de anos. Entretanto vamos aproveitar algumas áreas exteriores cobertas”, revela o dirigente. Acerca da área de intervenção Manuel Antunes adianta que os Bombeiros de Riba de Ave também asseguram duas freguesias do concelho de Guimarães: Serzedêlo e Guardizela, numa situação que não tem suporte formal e decorre apenas de um “acordo de cavalheiros” com os Bombeiros de Guimarães. “Gostava de ter mais 40 bombeiros, pelo menos” Manuel Antunes está satisfeito com a resposta do seu Corpo Ativo, que caracteriza de “razoável” na dimensão, mas não esconde que “gostava de ter mais 40 bombeiros, pelo menos”. O Comandante acredita que com o quartel novo se gere uma nova dinâmica que potencie a entrada de mais voluntários, mas admite que as exigências de formação são “uma dificuldade”. Só a recruta são seis meses, adianta, e cada bombeiro está obrigado a 270 horas anuais de formação, o que naturalmente colide com a vida pessoal e profissional de cada um, condicionando a adesão à causa do voluntariado nesta área. Ou seja, remata Narciso Silva, “os deveres exigem da parte do voluntário um empenhamento total”. “Este não é um problema da nossa associação, mas do país. Quando faço formação, quero ver aquela fomação reconhecida. Mas os bombeiros, que são possivelmente as pessoas que mais formação têm, não vêm essa formação reconhecida oficialmente. Não há uma valorização desta formação e deste empenho!”, frisa o presidente, que alerta para a necessidade de uma discussão nacional em torno desta questão, sob pena de escassearem cada vez mais os voluntários ao serviço das corporações de bombeiros. Acerca da qualidade desses homens e mulheres que são o grande suporte do socorro em Portugal, Narciso Silva alega: “os nossos bombeiros sabem o que fazem. Têm formação e especialização. Por isso impõe-se um reconhecimento, porque nós somos voluntários na vocação, mas profissionais na ação”, conclui a propósito. 2013 fecha com saldo positivo Mesmo em ano de grande ginástica financeira, com a gestão de uma obra orçada num mihão de euros, 2013 fechou com saldo positivo, em resultado de uma optimização interna de recursos e de um aumento dos serviços prestados. Não obstante a contratação de mais três funcionários, os Bombeiros de Riba de Ave conseguiram a comparticipação das Juntas de Freguesia da sua área de intervenção nos custos de um elemento nortuno, sendo que os restantes encargos foram suprimidos por uma “gestão rigorosa”, orientada para a máxima resposta com mínimo de desperdício. Isso mesmo sublinha Narciso Silva, naturalmente satisfeito com a demonstração de resultados. Os Bombeiros de Riba de Ave têm um orçamento anual que ronda o meio milhão de euros, contando com uma despesa mensal fixa da ordem dos 40 mil euros. SANDRA RIBEIRO GONÇALVES 8 de Julho de 2014 O Povo Famalicense 7 8 Dia a Dia - Mário Martins O Povo Famalicense 8 de Julho de 2014 É Leica… É única… É famalicense… «O trabalho que se faz em Lousado é tão minucioso, tão manual, tão sensível que, neste momento, é seguro Carlos Mira dizer que “o que se faz aqui não consegue fazer-se em mais nenhuma parte do mundo, por causa das pessoas. Todas as Leica do mundo saem desta fábrica (de Lousado) e dependem muito do trabalho manual, por isso, não há duas iguais. São autênticas peças de escultura, já que o produto final depende da sensibilidade dos trabalhadores que estão naquele posto, naquele dia, àquela hora, tal como uma obra de arte.» A Leica Portugal, à semelhança da Continentalmabor, as duas localizadas a meio caminho da terra onde se reza e da terra onde se trabalha, são exemplos de bom investimento estrangeiro em Portugal. 1. Li já há algum tempo atrás, no “Diário Económico”, uma reportagem interessantíssima sobre as máquinas fotográficas “Leica”, intitulada “Leica: não há duas iguais”. Dizia assim uma pequena parte da referida reportagem, parte que, pelo seu interesse, trago até aos meus leitores, no âmbito da exposição sobre a máquina e a empresa que está patente ao público na Casa do Território, no Parque da Devesa, integrada nas comemorações dos 100 anos da criação da empresa Leica e dos 41 anos da sua presença em Vila Nova de Famalicão. «Quando os irmãos Leitz decidiram conhecer Portugal, no início da década de 70, correram o País de Norte a Sul. Nessa altura, de alguma forma, chegou aos ouvidos de Ernst, Gunther e Ludwig, o seguinte ditado popular: “em Lisboa diverte-se; em Coimbra estuda-se; em Braga reza-se e no Porto trabalha-se”. E não é por acaso – para os alemães, nada é por acaso – que a fábrica portuguesa da Leica está localizada em Lousado, no concelho de Vila Nova de Famalicão. Os alemães decidiram que a melhor opção seria instalar a empresa entre a cidade onde se reza e onde se trabalha porque, no final de contas, uma empresa precisa sempre das duas coisas. E, hoje em dia, mais do que nunca. A fábrica de Lousado, em Vila Nova de Famalicão, é a única unidade da Leica fora da Alemanha. A dependência que a marca tem da unidade portuguesa é total. Cerca de 90% de uma máquina fotográfica é feita em Portugal, (em Vila Nova de Famalicão). Quando chega à Alemanha, é incorporado o prin- cipal valor acrescentado: o sensor que é o que permite à máquina disparar e capturar o momento, e o corpo da máquina que é revestido a cabedal preto. Carlos Mira, administrador da Leica Portugal, desbafou que, numa reunião na Alemanha, os administradores, reunidos à volta de uma mesa, colocaram um cenário de incêndio: quais os prejuízos da empresa se uma das fábricas ardesse? Os alemães foram unânimes: o que é feito na fábrica de Solms, na Alemanha, a fábrica portuguesa poderia começar a fazer em duas semanas, mas se ardesse a unidade portuguesa, a marca Leica desparecia. O trabalho que se faz em Lousado é tão minucioso, tão manual, tão sensível que, neste momento, é seguro Carlos Mira dizer que “o que se faz aqui não consegue fazer-se em mais nenhuma parte do mundo, por causa das pessoas. Todas as Leica do mundo saem desta fábrica (de Lousado) e dependem muito do trabalho manual, por isso, não há duas iguais. São autênticas peças de escultura, já que o produto final depende da sensibilidade dos trabalhadores que estão naquele posto, naquele dia, àquela hora, tal como uma obra de arte.» A Leica Portugal, à semelhança da Continentalmabor, as duas localizadas a meio caminho da terra onde se reza e da terra onde se trabalha, são exemplos de bom investimento estrangeiro em Portugal. A Leica emprega actualmente mais de 800 trabalhadores, muitos deles os artesãos do digital que fazem com que uma Leica seja uma máquina única. Daí serem oportunas e justas as palavras do Presidente da Câmara Municipal, na abertura da exposição que está na Casa do Território até ao próximo dia 20 de Julho: «A presença da Leica em Famalicão é decisiva para que, hoje, sejamos o território que somos e possamos ter a capacidade produtiva, exportadora e empregadora que temos.» Venham muitas “Leicas” para Vila Nova de Famalicão! 2.O ciclista famalicense, de Vale S. Martinho, Tiago Machado, foi o brilhante vencedor da Volta à Eslovénia, uma vitória importante para a sua carreira e que vai ter o condão de o catapultar para outros voos no mundo do Ciclismo. Uma vez mais, Vila Nova de Famalicão vai à frente, neste caso, pelo trabalho, sacrifício e dedicação de um profissional do Ciclismo de quem ainda muito se espera. Para além de ser um grande ciclista, Tiago Machado é também um grande ser humano. Ainda não vai há muito tempo que organizou, em Vale S. Martinho e nas freguesias vizinhas, uma corrida de bicicletas solidária que teve como objectivos divulgar o trabalho da Associação Famalicense de Prevenção e Apoio à Deficiência (AFPAD) e contribuir para o avanço de alguns dos seus projectos e iniciativas na defesa das pessoas portadoras de deficiência e incapacidade. A viver uma espécie de “renascer no ciclismo”, Tiago Machado estreou-se agora na maior corrida do Mundo de bicicletas, a Volta à França, prova em que deposita também fundadas expectativas. Sobre esta primeira participação na Volta à França em Bicicleta, Tiago Machado considera que «é uma sensação muito grande porque só me faltava mesmo o Tour para estar presente em todas as provas mais importantes do Mundo. Acho que todo o ciclista tem o sonho comum de poder estar na prova mais importante que é o Tour. Vamos ver se a minha condição física vai ser a melhor, de maneira a que eu possa prestigiar o nome de Portugal e também o da minha equipa.» Recorde-se que Tiago Machado já participou na Volta à Espanha (a conhecida “Vuelta”, e na Volta à Itália, o conhecido “Giro”. Confiança é o que é preciso ter nestes momentos. E confiança no seu valor e nas suas possibilidades é o que não falta a Tiago Machado: «Quando muita gente já me fazia o “funeral” e me punha sete palmos abaixo da terra, eu saí de lá e vou dando umas sapatadas de luva branca àqueles que me criticavam»… É isso mesmo, Tiago Machado! Neste País e neste Concelho, há muitos invejosos do mérito e do trabalho dos outros! Há muita “dor de cotovelo”! Força! Presidente da Câmara elogia papel da Santa Casa Desde os lares de idosos aos centros de dia, da assistência social ao apoio domiciliário, das creches aos jardins-de-infância, esta nobre instituição desempenha um papel importantíssimo ao serviço da comunidade”“. As palavras foram proferidas pelo presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, que marcou presença na sessão solene de encerramento da Semana das Misericórdias promovida pela Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Famalicão. Depois de ao longo da semana ter assinalado a efeméride com a prática de inter- câmbio geracional, através da rotação dos seus utentes pelas diversas valências, a instituição terminou as celebrações com uma sessão solene no passado dia 28, na sua sede social. Paulo Cunha enalteceu o importante papel da Santa Casa da Misericórdia na vigilância quotidiana das carências sociais, procurando assegurar aos cidadãos desfavorecidos a proteção na doença, invalidez, velhice e infância. Na cerimónia foram ainda entregues emblemas aos irmãos com 50 e 25 anos de inscrição na Santa Casa famalicense e foi descerrada a foto da última provedora, Maria Helena Lacerda. 8 de Julho de 2014 9 O Povo Famalicense Famalicão integra grupo piloto para testar descentralização de competências na Educação PARA O VEREADOR DA EDUCAÇÃO, A ESCOLHA É O “RECONHECIMENTO” DO TRABALHO FEITO PELO MUNICÍPIO NESTA ÁREA Vila Nova de Famalicão está entre os dez municípios portugueses onde o Ministério da Educação pretende implementar, já no próximo ano letivo, um projeto piloto que aponta para a descentralização de competência em matéria de 2.º, 3.º ciclos e secundário, transferindo para as autarquias autonomia em matéria de definição de oferta curricular, gestão de pessoal não docente e das infra-estruturas. A novidade foi conhecida no final da passada semana, com o concelho famalicense a ser par dos municípios de Matosinhos, Maia, Óbidos, Oliveira de Azeméis, Águeda, Oliveira do Bairro, Cascais, e Abrantes. Leonel Rocha, vereador da Educação na Câmara Municipal, adianta que a escolha do concelho não é mais do que “a consequência lógica de um caminho que nos leva a necessitarmos de outras competências para podermos exercer aquilo que já fazemos”. O titular da pasta re- corda que muitas das ações já encetadas pelo município, nos graus de ensino que não são da competência das autarquias locais, não resultam de competências formais mas antes da vontade “de encontrar sempre as melhores soluções”, independentemente de formalismos. Mais do que um prémio, a integração do concelho neste grupo de autarquias piloto é “um reconhecimento” pelo trabalho feito pela autarquia no setor da Educação. Leonel Rocha sublinha que a Câmara está já em condições de testar o modelo no próximo ano letivo, até porque já há passos dados de mote próprio em diversas áreas. No entanto, acrescenta, as competências a transferir estão ainda por discutir, e só deverão começar a ser desenhadas na sequência do encontro que o vereador tem com a tutela já esta quarta-feira. Em todo o caso, Leonle Rocha garante que as competências em discussão nunca serão do ãmbito da contratação dos professores. Desde logo porque qualquer mudança nesta campo “iria inquinar com certeza o processo”, mas também porque a própria Câmara já recuou nesse modelo no que toca à contratação dos professores das as Atividades Extra-Curriculares. “Nós entendemos que essa deve ser uma competência das escolas. E portanto nunca iriamos recuar para uma solução que já percebemos que não funciona”, garante. As competências em cima da mesa passam pela contratação e gestão dos recursos humanos à excepção dos professores, a gestão dos edifícios escolares, autonomia financeira, e pela autonomia curricular e pedagógica. Nesta última área, da autonomia curricular ou pedagógica, o responsável autárquico adverte para o facto dela existir “há anos” em Famalicão. Dá como exemplo os cursos profissionais, que são estabelecidos e articulados, através do Conselho Municipal de Educação e através da Rede Municipal de Educação. “Fazêmo-lo porque achámos que este é o caminho. Colocam a autarquia de Famalicão como um exemplo, mas só agora é que teremos competências formais”, esclarece. Com esta transferência de competências, que necessariamente será acompanhada de transferência de recursos financeiros (em que a verba é definida pelas estimativas custo/aluno/ano letivo), também se abre a possibilidade de requalificação do parque escolar ao nível das escolas do 2.º, 3.º ciclos e secundário. Isto porque, segundo o vereador com a pasta da Educação, o novo quadro comunitário prevê candidaturas a verbas, sendo que estas não podem, todavia, ser tituladas pelo Estado. Com a transferência de competências para as autarquias abrese uma nova janela de oportunidades a este nível. Para lá desta possibilidade teórica, Leonel Rocha entende que “os ganhos de escala” com a gestão municipal serão sempre vantajosos. SANDRA RIBEIRO GONÇALVES 10 O Povo Famalicense 8 de Julho de 2014 Bloco contra concessão da recolha de lixo O Bloco de Esquerda (BE) de Famalicão está contra a intenção da Câmara Municipal de entregar a privados o serviço de recolha de resíduos sólidos urbanos. Em conferência de imprena realizada ao final da tarde da passada sexta-feira, o deputado do partido à Assembleia Municipal, Paulo Costa, “a anunciada redução dos custos para o município só pode resultar numa degradação do serviço prestado, nomeadamente com menor frequência de recolhas”. Para além desta matéria o partido afirma-se preocupado com situação dos trabalhadores que irão efetuar o serviço por privados, “uma vez que para reduzir custos e ainda obter lucros, certamente a empresa vencedora irá optar por uma situação de precariedade laboral que irá piorar ainda mais a situação social da região”. Paulo Costa denunciaou ainda a falta de documentação sobre o processo, referindo-se em concreto ao caderno de encargos. O deputado referiu que esta não é a primeira vez que Câmara Municipal leva a votação na José Luís Araújo e Paulo Costa Assembleia Municipal concursos públicos sem os respetivos cadernos de encargos e demais documentação. José Luís Araújo, líder da coordenadora conclhia, vai mais longe nas acusações e considera que este processo não consubstancia “uma mera opção de gestão municipal, mas uma opção ideológica de degradação dos servi- ços públicos do Estado, entregando-os aos interesses privados”. O mesmo responsável alerta ainda para a possibilidade deste ser apenas o primeiro de outros serviços que a autarquia pretende entregar a privados, referindo- se aos serviços de abastecimento de água. Segundo José Luís Araújo o presidente da Câmara, Paulo Cunha, já deixou de resto antever este cenário. O BE chama a atenção da população para que se mantenha atenta ao processo, e aproveita para censurar uma vez mais a forma como a Câmara Municipal “priva os partidos da oposição da documentação necessária para um cabal esclarecimento de todos os detalhes deste concurso público”. S.R.G. Fundação promove primeiro encontro de poesia “Carmina 1”, o primeiro encontro de poesia promovido pela Fundação Cupertino de Miranda, a 11 e 12 de Julho, vai fazer ecoar declamações e, ruas, cafés e até bancos da cidade de Vila Nova de Famalicão. A iniciatuva foi dada a conhecer na passada sexta-feira em conferência de imprensa na sede da Fundação. Segundo Pedro Álvares Ribeiro, presidente do Conselho de Administração, a poesia surpreenderá tudo e todos nos momentos mais inesperados. Isaque Ferreira, João Rios e Rui Spranger serão os declamadores de serviço. Segundo Pedro Álvares Ribeiro este será “um elemento diferenciador”, e que vem privilegiar a poesia, uma das facetas que caracteriza como “das mais importantes da instituição”. O primeiro encontro de poesia, para além de a trazer ao quiotidiano dos famalicenses, irá reunir especialistas em literatura para trocas de imprensões. Pedro Álvares Ribeiro adianta que a antologia do encontro já está pronta, sendo o propósito desta a criação de “um certo cânone nacional e que seja salutar como base de trabalho”. É apresentada dia 12, pelas 10 horas. O mote desta primeira troca de imprensões é “A interrogação de Deus na poesia portuguesa – breves achas para uma grande fogueira”. José Tolentino Mendonça e Pedro Mexia são os dois especialistas que se confrontarão em diálogo moderado por Sousa Dias. Esta iniciativa tem lugar já na próxima sexta-feira , pelas 10h30, na sede da fundação. Alex Villas Boas é o senhor que se segue, pelas 12h30, com “A interrogação de Deus na poesia brasileira”. Já ao início da tarde, pelas 15h00, “À poesia o que é da poesia e a Deus o que é de Deus”., é o desafio para uma mesa redonda moderada por Maria João Costa, com a participação de Fernando Martinho, Maria João Reynaud e Rosa Maria Martelo. O último painél de especialistas irão procurar responder à questão “A poesia cabe dentro das antologias? Não. Então porque se fazem?”, para no dia seguinte se discutir Deus e a poesia. No decurso de “Carmina 1” a Fundação Cupertino de Miranda terá às centenas de livros de poesia, alguns deles são raros. S.R.G. 8 de Julho de 2014 Armindo Costa homenageado 11 O Povo Famalicense Título de Cidadão Honorário formaliza "carinho" e "reconhecimento" que sente dos famalicenses Armindo Costa venceu a Câmara Municipal em 2001 pela primeira vez. Avançou para a presidência legitimado por 47 por cento dos votos dos famalicenses. Logo com maioria absoluta. Quatro anos de governação depois, a maioria absoluta do primeiro mandato saiu fortalecida (nas autárquicas de 2005). O voto de confiança de 55 por cento dos eleitores famalicenses permitiu-lhe até acrescentar um vereador ao executivo. Para aquele que seria o seu último mandato, em resultados das eleições de 2009, consegue aumentar novamente a votação em cerca de um por cento. Em doze anos de governação autárquica, conseguiu desbloquear o processo da Variante Nascente, revolucionou o parque escolar, descentralizou o investimento em equipamentos deportivos, requalificou a rede viária concelhia, e alargou a cobertura da rede de infra-estruturas básicas. Já próximo da saída, deixou feita a obra de que muito se falara, ao longo de décadas: Parque da Devesa. Afastado da governação da Câmara por força da lei de limitação e mandatos, que acabou legitimando o terceiro de apenas dois mandatos com os quais se comprometera, Armindo Costa vai ver formalizado o seu lugar na galeria dos ilustres famalicenses, ao ser distinguido com o título de Cidadão Honorário, na sessão solene de comemoração do aniversário de elevação a cidade. Consciência do dever cumprido Armindo Costa, que entretanto retomou o leme da "ACO Shoes", relativiza o galardão e prefere ancorar-se na consciência do dever cumprido, assim como no "reconhecimento e carinho" que sente por parte dos famalicenses. "Eu sou uma pessoa de trabalho, e quando manifestei disponibilidade para concorrer à Câmara tinha um objetivo, que não era aparecer em outdoors com gravata ou sem gravata, consoante a época do ano, com um slogan mais ou menos apelativo. Eu sentia que a minha terra podia ser melhor administrada, melhor governada. O meu objetivo era fazer alguma coisa pela minha terra", alega o ex-edil, que considera ter sido fiél a esse compromisso, e que encontra no reconhecimento e "carinho" dos famalicenses a melhor das recompensas. Disposto a continuar a bater-se pela sua terra, Armindo Costa adianta que não voltaria à política ativa, "mas se visse, amanhã, o meu concelho, a seguir caminhos menos aconselháveis, e, se visse que determinada pessoa, mesmo sem nada a ver com as pessoas que me apoiaram, tinha condições para mudar o rumo dos acontecimento, saltaria para a rua. Porque o meu partido sempe foi Famalicão, e continua a ser". Famalicão "no top" mesmo em era de "vacas magras" Afastado do palco das decisões em contexto de causa pública, Armindo Costa considera ter feito um "bom trabalho", trabalho que divide e partilha com a sua equipa governativa, mas também com os funcionários do município, cujo potencial considera ter conseguido capitalizar por via do respeito mútuo e da necesidade de liderança firme. No entanto, lembra que os tempos "nunca foram fáceis" desde que assumiu a governação da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão. "No primeiro mandato apanhei quatro governos. Governei sempre em tempo de vacas magras e de crise política. Eu tinha uma dívida escondida que era enorme". Ainda assim, considera que "Famalicão nunca desenvolveu tanto", conseguindo até "aquilo que os vizinhos aqui à volta não conseguiram". "Famalicão puxou em todas as áres. Não posso dizer que tenhamos tido alguma área em que falhamos", refere sem falsas modéstias, apoiado nos mais diversos indicadores que foram colocando Vila Nova de Famalicão entre os municípios melhor administrado, com maior autonomia financeira, e com boas práticas em sectores sensíveis como sejam a Educação ou a Ação Social. Naturalmente, os resultados conseguidos são obra de uma equipa. Dos seus vereadores recorda empenho e trabalho, não sem deixar de assumir a força da sua liderança. "Um barco não pode ter dois comandantes", diz a propósito. Cidade Desportiva era "projeto extraordinário" Olhando para trás, não se arrepende de nenhuma decisão. Gostaria apenas de ter antecipado algumas. Se o conseguisse ter feito, revela, hoje Famalicão poderia ter conseguido concretizar a badalada Cidade Desportiva, um projeto abandonado por força do insucesso das negociação para a concessão da rede de água e saneamento. O negócio apontava para uma contrapartida financeira da ordem dos 80/90 milhões de euros, mas acabou por ruir no rescaldo da crise política aberta pelo anúncio do pedido de assistência financeira externa, durante a governação de José Sócrates. Armindo Costa continua a defender que este seria "um projeto extraordinário para Famalicão, com um impacto tão grande como o Parque da Devesa". A retirada do estádio do centro da cidade, sublinha, iria potenciar outro tipo de infra-estuturas, como zonas de laser e pequenos equipamentos, muito mais "valiosos". Consciente de que o Parque da Devesa marca a sua go- vernação, por ser a face mais recente da mesma, Armindo Costa fala de outras obras igualmente determinantes para o desenvolvimento do concelho. Refere-se concretamente à Variante Nascente, que conseguiu agarrar ao Governo, depois de anos sucessivos de reivindicações por parte dos executivos que lhe antecederam. "Eu agarrei a Variante pelas pontas", alega acerca de um processo difícil mas consagrado. "Sem essa grande obra Famalicão seria hoje uma cidade atrofiada, e não teria tido condições de se reabilitar como reabilitou", defende. Entre as obras determinantes, coloca ainda os equipamentos desportivos e de laser criados nas freguesias - numa opção por descentralizar a qualificação do território -, os melhoramentos na rede viária, numa lógica de homogeneidade de tratamento para com os cidadãos do concelho, e a requalificação total do parque escolar, cumprindo com o compromisso de privilegiar o setor da Educação. Variante Poente: Secretário de Estado "nas tintas para Famalicão" Lamenta não ter conseguido concretizar a Varainte Poente, e acha difícil que isso venha a ser possível enquanto o processo estiver na alçada do atual Secretário de Estado das Obras Públicas. "Foi pessoa que não me recebeu bem, não sabe onde fica Famalicão, está-se nas tintas para o que se produz ali, e para a importância estratégica que tem, para o país, aquele pedacinho de terra, que é a zona de Lousado e Ribeirão, e uma zona importante da Trofa também", revela sobre o último encontro com o governante acerca da infra-estrutura. "Mais do que dizer não, não quer saber o que se passa", desabafa o ex-edil, que ainda interpelou para que mantivesse pelo menos uma rubrica aberta destinada à obra. "Para mim, que gosto da minha terra, e do potencial da minha terra, é persona non grata", desabafa indignado com a desconsideração que sentiu. SANDRA RIBEIRO GONÇALVES 12 O Povo Famalicense 8 de Julho de 2014 Vila celebrou o 24.º aniversário de elevação a vila Alternativa à EN 14: autarcas recusam "Plano B" enquanto A questão de uma alternativa à Estrada Nacional 14 (EN 14) tem sido, invariavelmente, tema em desta-que nas sessões solenes de aniversário da vila de Ribeirão. A que se realizou na passada quinta-feira, assinalando 24 anos desde a elevação, não foi excepção. Adelino Oliveira, presidente da Junta de Freguesia, considerou a obra determinante para potenciar a pojança económica da região. De tal forma que se recusa a equacionar um "plano B" em matéria de melhoria das acessibilidade da vila à nacional, por considerar que não estão esgotadas todas as condições de garantir a execução do "plano A": a Variante Poente. O autarca local admite que a acessibilidade à congestionada EN 14 "é um assunto que nos aflige a todos", e que tem motivado articulação constante com o presidente da Câmara Municipal, no sentido de exigir a alternativa que se impõem: uma variante. Apesar dos sucessivos anos em que a obra tem sido relegada para segundo plano, e até as notícias mais recentes que apontm para abandono Autarquia homenageou aquele que foi pároco da freguesia ao longo de décadas da alternativa por contrapartida de uma intervenção no traçado atualmente existente, Adelino Oliveira adianta que ainda acredita que "esse grande projeto se concretize". O presidente da Junta considera que esta é uma situação especialmente sensível para a vla de Ribeirão, que coloca como a mais prejudicada pelos condicionalismos da via saturada, pelo que, "como esse projeto ou com outro as coisas não podem continuar como estão", para aquilo que caracterizou como "um calvário" para as pessoas, e sobretudo para as empresas, que vivem "com a questão do tempo, que conta muito". Convicto do dinamismo económico da vila, e da sua margem de progressão com a concretização da Variante, Adelino Oliveira frisa: "temos magníficas condições para os empresários desenvolverem as suas atividades, temos um povo que quer trabalhar. Faltam-nos condições ao nível das acessibilidades". Instado sobre intervenções de recurso para aliviar a pressão que a EN 14 exerce sobre a vila, como aquela que está em execução na freguesia de Vilarinho cm a construção de uma rotunda, o autarca da vila de Ribeirão prefere não as colocar para já em cima da mesa: "eu tenho que acreditar que vai haver Variante. Nós não podemos estar a avançar com 'Planos B's' nem 'Planos C's', antes que esse 'Plano A' esteja ter- minado. E eu não acredito que esse 'Plano A' vá terminar. Não podemos dar sinais a quem esta acima de nós, as entidades que tutelam essas obras, que temos alternativas, embora as possamos ter. Podem estar nas nossas cabeças agumas alternativas para minimizar os problemas, mas o nosso objetivo é a Variante". Ricardo Mendes, vicepresidente da Câmara Municipal de Vila Nova de amalicão, alinha com Adelino Oliveira ao considerar que não há que falar de alternativas de acessibilidades à EN 14 para a vila de Ribeirão, por não estarem "esgotadas" todas as possibilidades de fazer garantir a construção de ums alternativa. O responsável autárquico sublinhou que o presidente do município tem-se envolvido "política e pessoalmente" nesta questão, entendendo que ela está ainda em aberto, pelo menos até que estejam fechado definitivamente os pressupostos dos próximos Fundos Comunitários. "Até conseguirmos a obra, ou vermos todos os caminhos fechados, continuaremos a bater-nos por ela", salienta. "A Variante Poente continua a ser a única a ser a solução que aceitaremos como a melhor solução", alegou Ricardo Mendes, acrescentando que o argumento do forte potencial económico é razão bastante para abrir caminhos à resolução. Tal como o autarca de Ribeirão adverte que "até ao momento é prematuro avançarmos para outras soluções". Reabilitação nas prioridades Nos discurso que dirigiu as presentes na sessão solene evocativa do 24.º aniversário de elevação a vila, Adelino Oliveira falou ainda de outras intervenções que gostaria de ver avançar, nomeadamente a requalificação da Avenida Rio Veirão, da rua Camilo Castelo Branco e do Xisto. "Estamos confiantes numa resolução a breve prazo", disse a propósito, regateando o apoio da da Câmara Municipal para o efeito. Para além dos espaços públicos, tambem a sede da Junta de Freguesia surge nas prioridades do executivo autárquico local, que Continua na pág. 13 8 de Julho de 2014 O Povo Famalicense 13 não se esgotar a esperança gostaria de ampliar o Salão Nobre e modernizar o espaço que está ao serviço dos seus concidadãos. Comprometido com a melhoria das condições de vida da população, que procura que se realize elo "bem-estar e o emprego", o presidente da Junta prometeu continuar a "trabalhar com afinco" e continuar a "sonhar", na convicção de que estas são condições essenciais para a concretização de projetos. Em representação do presidente da Câmara, o número dois do executivo, Ricardo Mendes, admite que todas as reivindicações da vila "não são caprichos mas necessidades". Em nome da gestão municipal frisou que a equipa governativa está atenta, e que "com os pés bem assentes na terra", tentará concretizar os anseios da população "laboriosa" da vila de Ribeirão. Oito ribeirenses homenageados Como vem sendo hábito a Sessões Solene de aniversário voltou a ficar macada pela homenagem a alguns cidadãos da vila que se notabilizaram nos mais diversos campos, da cultura ao desporto ou à ação social. André Moreira, do Grupo Desportivo de Ribeirão, foi o primeiro a subir ao palco, destacando-se por ter sido convocado para a Seleção Nacional de Sub-19, tend tido a sua primeira internacionalização em Abril deste ano. Ainda no desporto foi homenageada Elsa Cruz, do Clube de Cultura e Desporto de Ribeirão (CCDR), que se sagrou campeã nacional de desporto escolar e ds Olímpicos Jovens na modalidade de lançamento do peso. Detém a melhor maca nacional de juvenis. Tiago Costa, também do CCDR, notabiloizou-se com o recorde nacional na modalidade de salto em altura. Também já foi convocado para a Seleção Nacional, tendo tido a primeira internacionalização este ano. Eduardo Sá, campeão nacional de junires em pista coberta, mereceu igualmente dintinção da Junta neste dia de aniversário. O próprio CCDR, por todo o trabalho que desevolve, mas em especial no ano em que angariou para Ribeirão a vitória nas Marchas Antoninas, foi a única coletividade homenageada. Ainda a propósito de Marchas, a coerógrafa Mariana Silva também foi homenageada. Integra a equipa desde 1998, sempre como coreógrafa, e vem arrecadadando sucessivos prémios de Melhor Coreografia. O Centro Social e Paroquial de Ribeirão foi distinguido elo trabalho desenvolvido na área social, e que e brindado com a abertura de uma nova valência, orientada para a reabilitação de pes- soas com deficiência. O pároco Henrique Ferreira fechou o lote dos homenageados. A distinção acontece a título póstumo, numa manifestação pública da gratidão da comunidade pelos serviços prestados pelo sacerdote à comunidade entre 1956 e 1978. SANDRA RIBEIRO GONÇALVES O Povo Famalicense 14 Campeonatos Nacionais de Masters, nas Piscinas Olímpicas de Évora 8 de Julho de 2014 Natação famalicense com seis Recordes Nacionais e nove Campeões Nacionais O Grupo Desportivo Natação de Famalicão (GDNF) conquistou nove títulos de campeão nacional e estabeleceu seis recordes nacionais de Masters, nos Campeonatos Nacionais de Masters com a participação de cerca de 500 atletas em representação de 51 Clubes, realizados nas piscinas olímpicas de Évora, nos dias 4 e 6 de Julho. Francisco Zamith, conquistou quatro títulos de campeão nacional e um título de vice-campeão nacional, demonstrando todo o seu potencial, toda a sua qualidade, entrega e dedicação à modalidade. Das cinco provas (50, 100, 400 e 800 Livres e 400 Estilos) subiu ao pódio em todas, o que é bem demonstrativo do seu valor. Margarida Costa, realizou seis provas (50 e 100 Livres, 50 e 100 costas, 50 e 100 Bruços) obtendo seis Recordes Pessoais. Adriano Niz, conquistou cinco títulos de campeão nacional e ainda abrilhantou estes campeonatos com seis Recordes Nacionais. Com- petiu nas provas (100 e 200 Costas, 100 e 200 Livres e 400 Estilos), realçando todo o seu potencial e a sua qualidade, assim como a sua entrega e dedicação à modalidade e à natação Famalicense. Adriano Niz foi ainda o nadador mais pontuado nesta competição com 973 pontos nos 100 costas no escalão A e Francisco Zamith foi 2º classificado no escalão B na prova dos 50 Livres com 690 pontos. Adriano Niz foi ainda considerado o nadador mais completo da época desportiva 2013/2014. Para a treinadora do escalão de Masters, Margarida Malvar, “a obtenção de mais estes títulos nacionais acompanhados de mais seis recordes nacionais significam em primeira instância o reflexo da qualidade dos nadadores e da natação em Famalicão”. No entender da técnica, “títulos nacionais e recordes nacionais não se obtêm todos os dias, nem se conseguem alcançar de forma fácil, bem pelo contrário, é necessário muita entrega, muita dedicação, muita competência, muito trabalho, que associados ao talento produzem resultados de nível”. Para o responsável técnico Pedro Faia, é “gratificante ter a felicidade de trabalhar com extraordinários atletas, que com estas suas conquistas de títulos e de recordes nacionais, contribuem da melhor forma possível para cimentar a grandeza de um Clube que vive 24horas a Natação e que projeta a marca Famalicão ao mais alto nível”. Desde os escalões de formação, à natação pura competitiva, ao desporto escolar, ao desporto universitário, até agora aos Masters, “o Clube é uma verdadeira família que já atingiu a sua maturidade e que precisa do envolvimento de todos e dos seus principais parceiros institucionais, para continuar a dar mais e melhores alegrias para Famalicão”, sublinha. Para Pedro Faia “estes sucessos são a nossa melhor forma de agradecimento”. Ambicioso, con- clui: “não estamos satisfeitos e queremos continuar a curva de tendência do crescimento e do reconhecido nacional e internacional. A Natação de Famalicão não pára”. Nesta competição estiveram presentes três nadadores do Clube de Famalicão, nomeadamente o Francisco Zamith, Adriano Niz e Margarida Costa. “Fora, Satanás” nas Noites do Cineclube “Fora, Satanás”, de Bruno Dumont é o filme em exibição esta quinta-feira, no Pequeno Auditório da Casa das Artes, em mais uma sessão das Noites do Cineclube, com hora marcada para as 21h45. O filme passa-se em França, junto a Côte d'Opale. Um eremita sobrevive à custa de alguns roubos e da ajuda de uma jovem de uma aldeia próxima. Com o tempo, os dois desenvolvem uma relação de estranha cumplicidade, entre o silêncio e a oração, entre Deus e o Diabo. 8 de Julho de 2014 15 O Povo Famalicense Executivo Municipal reúne esta terça-feira para autorizar abertura de concurso Crianças do 1.º Ciclo voltam a ter manuais escolares gratuitos O executivo municipal de Vila Nova de Famalicão delibera hoje (terça-feira), uma nova proposta para a autorização de abertura de procedimento concursal para aquisição dos manuais escolares e fichas de apoio do 1º Ciclo do Ensino Básico para o ano letivo 2014/2015, num universo de cerca de 5 mil crianças que serão beneficiadas com esta medida. Recorde-se que a oferta dos manuais escolares a todas as crianças que frequen- tam o 1º Ciclo ocorrerá pelo décimo terceiro ano consecutivo. A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão foi a primeira autarquia do país a oferecer os livros escolares a todos os alunos daquele grau de ensino, uma decisão inovadora entretanto seguida por outros municípios. Para o presidente da autarquia famalicense, Paulo Cunha, esta medida educativa traduz uma das principais prioridades da ação governativa municipal, uma vez que contempla “condições indispensáveis para o cumprimento de uma educação universal e gratuita”. Para o edil famalicense, ao mesmo tempo esta é uma medida de grande alcance social, pois “diminui os encargos das famílias com as despesas de educação dos seus filhos e ganha redobrada importância no atual contexto de crise”. Clube Sénior da “Gerações” abre inscrições para o ano letivo 2014/2015 O Clube Sénior, serviço da Associação Gerações, irá iniciar o novo ano letivo a partir do dia 1 de Setembro de 2014. Assim, desde o passado dia 7 começaram as inscrições para novos alunos, para a frequência de ateliês/ atividades no Clube Sénior para o Ano Letivo 2014/2015. O Clube Sénior da Associação Gerações é um espaço que cria e dinamiza regularmente atividades so- ciais, culturais, educacionais e fomenta o convívio, apelando deste modo à participação da comunidade sénior do concelho. Este é um espaço único de aprendizagem que tem como objetivo satisfazer as necessidades do grupo dos seniores em geral e da individualidade de cada um em especial, promovendo a potenciação das capacidades de cada um. “O Clube Sénior é um excelente serviço que contribui para uma geração de seniores que reconquista a liderança da sua vida e partilha o seu precioso contributo de sabedoria”, refere a Gerações acerca da valência, que está em funcionamento pelo quinto ano consecutivo. Para este ano letivo a instituição pretende disponibilizar ateliês de informática, inglês, yoga, pintura, decoração de materiais, artes florais, ginástica, danças de salão, bordados, psicologia e inteligência emocional, aulas de teatro, aulas de concertina, zumba gold, entre outros. Para além destes ateliês, serão ainda organizados ao longo de todo o ano letivo diferentes atividades, desde passeios e visitas culturais, caminhadas, sessões de saúde e bem-estar e atividades alusivas a épocas festivas. Os seniores interessados em frequentar as atividades disponíveis no Clube Sénior, deverão passar na sede da nossa Associação, na Avenida Marechal Humberto Delgado, 499-515 4760-012 Vila Nova de Famalicão, entre as 9h00 e as 19h00, para efetuar a inscrição. FORAVE acolhe seminário sobre “Empreender !?” Atitude foi a palavra chave do seminário realizado na FORAVE, pelo palestrante convidado, André Vieira de Castro, presidente do BIC Minho e Administrador da Empresa Argacol – Tintas e Vernizes, S.A., que veio falar aos alunos do 1.º ano dos Cursos Profissionais, sobre atitudes, comportamentos e competências para o empreendedorismo. André Vieira de Castro focou muitos exemplos práticos, baseados no quotidiano, em experiências comuns a todos os jovens, referiu as suas próprias vivências, convidou a plateia à participação e deixou uma mensagem muito clara de que a diferença se resume aos 2 sinais de pontuação ! ? presentes no tema da palestra. Ver, registar, interrogar, tirar partido de todas as oportunidades para aprender, ter capacidade de reagir perante os desafios e ser resiliente , são os ingredientes para uma atitude diferente. Estas Jornadas incluíram, também, o Concurso “ A ideia mais absurda em 90 minutos”, dinamizado pelo comissário de empreendedorismo da FORAVE, Carlos Paiva e o seminário “Empreendedorismo Social – Soluções Originais para Problemas Locais” dinamizado pela oradora Maria João Ferreira da CIM do Ave. Esta atividade foi organizada pelo Núcleo de Empreendedorismo da FORAVE que tem como objetivo melhorar o autoconhecimento e a autoconfiança nos alunos para que sejam capazes de transformar as suas ideias em ações, de resolver problemas e tomar a iniciativa, levando-os a agir de forma empreendedora. 16 O Povo Famalicense 8 de Julho de 2014 Xadrez Instituição candidata Ivo Dias representa Portugal nos Jogos Europeus Escolares AFPAD procura apoios para “Centro de Alzheimer” Ivo Dias, do Clube Escolar de Xadrez da Associação Académica da Didáxis e aluno da Didáxis-Vale S. Cosme, foi convocado para os Jogos Europeus Escolares na modalidade Xadrez. Este evento decorrem em Viena de Áustria, entre 8 e 14 de julho, contando já com 65 edições e reunirá as modalidades de Atletismo, Basquetebol, Futsal, Natação, Voleibol e Xadrez. Desta forma, os 66º Jogos da Féderation International Sportive de l’Enseignement Catholique (FISEC) e FICEP reunirão os melhores alunos europeus classificados nas competições nacionais escolares de cada país, representando um total de 13 países europeus envolvidos nesta competição internacional escolar. A Associação Famalicense de Prevenção e Apoio à Deficiência (AFPAD) está a participar numa acção de voluntariado integrada nas comemorações de mais um aniversário de uma grande superfície comercial. Depois da fase de apresentação de candidaturas pelas instituições do concelho, a proposta da AFPAD foi seleccionada com mais duas entidades para a segunda fase do projecto em que são os próprios clientes do Jumbo a escolher a candidatura vencedora, através do seu voto. A AFPAD candidatou-se com o projecto “Um sorriso para o Alzheimer”. Através da instalação de um “Centro de Estimulação de Alzheimer”, a AFPAD tem como objectivos prestar serviços de apoio a pessoas com doença de Alzheimer, disponibilizar apoios às famílias e ajudar a preservar, nos doentes de Alzheimer, as capacidades que ainda possuem. Este é um serviço que ainda não existe no Município de Vila Nova de Famalicão e, com a sua entrada em funcionamento, haverá uma contribuição importante para melhorar a qualidade de vida das pessoas que têm esta doença e outras doenças Para a concretização desta convocatória para a Seleção de Portugal, o jovem xadrezista famalicense, Ivo Dias, conquistou no presente ano letivo vice título nacional individual e coletivo, e sagrou-se Campeão Distrital Escolar individual e coletivo. I Feira de Oportunidades em Joane A vila de Joane acolhe, no próximo sábado, a I Feira de Oportunidades, que terá lugar na Associação Teatro Construção, em Joane. Na feira estarão móveis antigos recuperados, e os objetos do quotidiano noutras funções. “Esta é uma Feira inteiramente dedicada à reciclagem não só de objetos mas também de memórias”, refere a organização, segundo a qual esta “é uma feira de oportunidades também para jovens de risco que se têm mantido ocupados na preparação da mesma, sentindo-se úteis e capazes”. “Dar uma nova vida aos objetos, guardar o seu património material e imaterial, economizar, rentabilizar espaços e continuar a história de cada um dos objetos da exposição” são também outros dos objetivos. A I Feira de Oportunidades terá também música ao vivo e alguns petiscos tradicionais. “As Lavradeiras” têm novo CD O Grupo Etnográfico "As Lavradeiras" Santa Maria de Oliveira recebeu, na passada semana, o seu novo trabalho discográfico, apresentado no Festival de Folclore "Lavradeiras 2014". Depois do primeiro trabalho editado em 2003 "Memórias Vivas", e de muito esforço e trabalho por parte de todos os elementos para conseguirem verba para gravar um novo, é com “orgulho” que todos apresentam este "Reviver Tradições". O noco CD pode ser adquirido junto de qualquer elemento. neurodegenerativas. “Green Diference” Entretanto, seis estagiá-rios da Didáxis que estão a terminar a sua formação em contexto de trabalho, no Lar Residencial e no Centro de Actividades Ocupacionais da AFPAD, vão encenar com os utentes da instituição uma pequena peça de teatro com o título “Reutilizar” e realizar uma exposição dos trabalhos que foram desenvolvidos durante o tempo de estágio. As duas iniciativas integram-se no projecto “Green Diference” que os estagiários têm vindo a dinamizar. A AFPAD e a Didáxis têm uma parceria de cooperação que viabiliza este tipo de intercâmbios entre as duas instituições. Ganham os alunos da Didáxis que assim podem desenvolver projectos em contexto de trabalho com pessoas portadoras de deficiência e ganham os utentes da AFPAD com o seu envolvimento em actividades novas que contribuem de forma importante para o seu desenvolvimento e para a sua integração comunitária. Alunos da Didáxis de São Cosme chegam aos quartos finais do ISMAI LENGENDS Exposição: “Lousado – Visão do Futuro, Olhos do Presente” O Museu Nacional Ferroviário - Núcleo de Lousado inaugura, no próximo domingo (dia 13 de julho), pelas 14h30, uma exposição fotográfica de Madalena Magalhães, José Coelho e Filipe Figueiredo. A exposição estará patente até ao dia 31 de Agosto e centra-se na freguesia de Lousado e seus habitantes. As imagens do passado fazem reviver hábitos e tradições ancestrais que marcam a história da freguesia de Lousado, numa lógica de valorização do património cultural e da memória. Equipa constituída por Diogo Monteiro, Daniel Rodrigues, Tiago Barbosa, Nuno Gonçalves e Luís Costa No passado fim-de-semana os alunos Diogo Monteiro, Daniel Rodrigues, Tiago Barbosa, Nuno Gonçalves e Luís Costa da Didaxis de Vale São Cosme chegaram aos quartos finais do Festival de Videojogos ISMAI LEGENDS que decorreu no Instituto Superior da Maia (ISMAI). Os cinco alunos partici- param num torneio de um videojogo league of legends jogado online contra escolas do norte e centro do país. Diogo Monteiro confidencianos que " este festival foi uma grande experiência, que estava muito nervoso mas que sabe que toda a equipa tentou de tudo para ir mais longe". No auditório do ISMAI passaram 15 equipas cada uma com 5 elementos competindo entre si para chegarem a grande final. No decorrer do fim-de-semana passaram cerca de 300 pessoas pelo festival onde não só estava a decorrer o torneio como jogos de playstation e jogos ao ar livre como tiro ao arco, golf. Ana Filipa Ribeiro 8 de Julho de 2014 17 O Povo Famalicense Empresa produz 1,6 milhões de pares por ano "ACO Shoes": maior empresa portuguesa de calçado dá cartas no mundo SANDRA RIBEIRO GONÇALVES "ACO Shoes" dá nome à maior empresa portuguesa de calçado. Fundada em 1975, a empresa de Armindo Costa nasceu pequena mas agigantou-se no mercado do calçado. Com 800 colaboradores e três unidades industriais em funcionamento - em Mogege, Ponte de Lima e Cabo Verde - exporta para os quatro cantos do mundo e produz 1,6 milhões de pares de sapatos por ano. A contengenciar as encomendas à capacidade de resposta, a "ACO Shoes" encontra-se em processo de reestruturação e reforço da produção, no sentido de dar resposta a um mercado em crescendo. A criação de mais alguns postos de trabalho está em agenda. Orientada para o pleno, no que toca à qualidade, desempenho e conforto, aposta forte na investigação e desenvolvimento de novos processos, novas técnicas, novos materiais, tendo ao seu serviço a tecnologia mais avançada. Na "ACO Shoes", o futuro não é uma miragem, mas uma meta que todos os dias se procura atingir. Para saber mais do percurso de quase 40 anos desta empresa, "O Povo Famalicense" falou com o fundador, Armindo Costa, segundo o qual o sucesso é resultado de muito trabalho. "Nunca gostei de ser o último", é a frase própria que de resto traduz aquele que é o seu percurso de vida. Anúncio de jornal e o salto para setor do calçado Fez tropa, trabalhou na Mabor, e a ligação ao setor do calçado partiu de um anúncio de jornal. Ainda ao serviço da Mabor, propôs-se ao anúncio que dirigia a jovens portugueses com formação acima do sétimo ano. O objetivo era a frequência de um curso de especialização no setor do calçado, durante dois anos. Entre 23 candidatos chamados para os testes sico- técnicos, Armindo Costa era o único que não era formado. Mas foi selecionado. No regresso foi trabalhar para a "Campeão Português", empresa detentora da conhecida marca "Camport", onde era diretor de produção. Entretanto saiu, por vontade própria e por não compactuar com determinados métodos no tratamento dos trabalhadores. Um alemão atravessou-se no caminho, em 1973. Com o estalar da Revolução, em 1974, Armindo Costa quis regressar ao Norte, e aconselhara o patrão a regressar à Alemanha. A contra-proposta do alemão era uma sociedade no Norte. "Eu era o homem da fábrica. Ele era homem das vendas", revela o administrador. Nascia assim a primeira fábrica "ACO Shoes", já em Mogege, a 6 e Junho de 1975. Entretanto, o falecimento do sócio deixa Armindo Costa sozinho ao leme da empresa, em 1977. No início, a empresa que se arrojava no setor do calçado, contava com onze pessoas. Algumas destas pessoas ainda fazem parte dos quadros da empresa, que tem como critério de admissão a residência no concelho de Vila Nova de Famalicão. Armindo Costa não o esconde, e alega que esta é mais uma forma de ajudar a terra onde nasceu e decidiu investir. Em 1979 Armindo Costa compra o terreno das atuais instalações para construir a fábrica de raíz. Aí se desenvolveu e cresceu, apadrinhando novas unidades em Cabo Verde (1993) e Ponte de Lima (2000). A unidade de Mogege tem o monopólio da cadeia produtiva - solas, palmilhas, corta, costura e monta. Em Cabo Verde a unidade apenas corta e cose, sendo que em Ponte de Lima costura e monta. 1,6 milhões de pares de sapatos/ano No total do grupo são produzidas oito mil pares de sapatos por dia, numa dinâmica produtiva interdependente que garante o domínio da cadeia. A "ACO Shoes" apenas recorre a parceiros externos para a fase de costura, assegurando ainda assim a correspondência dos processos. Com uma componente altamente técnica e orientada para o conforto, os produtos Alguns funcionários estão na empresa desde a fundação "ACO Shoes" podem ser encontrados em farmácias, e disseminados um pouco por todo o mundo. A empresa de Mogege está presente nos principais mercados europeus, mas também em mercados como a Turquia, África do Sul, Canadá, Israel ou os Estados Unidos. Segundo Armindo Costa os principais mercados são a Alemanha e a Rússia. Com um departament de investigação e desenvolvimento a produção tem uma vocação fortemente técnica, que procura potenciar materiais, formas e palmilhas, ao serviço do máximo conforto. A "ACO Shoes" produz, nomeadamente, sapatos para diabéticos, que obedecem às necessidades específicas de doentes com fragilidades ao nível dos pés. Vocação social Em paralelo com a lógica comercial, a empresa distingue-se pelos serviços sociais que disponibiliza aos seus colaboradores. Em Mogege, uma creche, um jardim de infância e um ATL ,com cerca de 60 crianças, estão a um passo de distância para mães e pais da "ACO Shoes" de Mogege. O equipamento foi inaugurado em 1993, num assumido sentido de responsabilidade social do empresário Arindo Costa. Pela valência já passaram várias gerações de crianças, hoje adultos e jovens. A mesma vocação de responsabilidade social se repete por exemplo em Cabo Verde, onde a "ACO" é portadora de esperança a uma sociedade flagelada pelo desemprego. Segundo Armindo Costa, atento às carências alimentares dos colaboradores, a empresa suspende a laboração da manhã para um lanche, e novamente para almoço. "Para alguns deles temos a certeza que são as únicas refeições do dia", confessa emocionado o administrador. 18 O Povo Famalicense 8 de Julho de 2014 Festa da Eucaristia celebrada e vivida no Parque da Devesa O anfiteatro do Parque da Devesa serviu de palco, no passado sábado, àquela que é para os cristãos a maior das festas, a celebração do Sacramento da Eucaristia. Esta iniciativa, promovida e organizada pela Equipa Arciprestal de Catequese de Famalicão, congregou neste espaço cerca de 170 fiéis, provenientes de várias paróquias do Arciprestado, entre eles muitos catequistas, que, assim, responderam ao apelo de celebrar a Fé, mas desta feita num espaço diferente, no coração da cidade, habituado a ser espaço de VENDE-SE ARMAZÉM A 1KM DA CIDADE RETOMA DO BANCO. TLM.: 911 596 216 convívio, de festa, de prática desportiva e de lazer. A celebração contou com a animação musical do Grupo de Jovens da paróquia de Nine e foi presidida pelo padre António Loureiro, Assistente da Equipa Arciprestal de Catequese. Na partilha dirigida aos presentes, o sacerdote lembrava a importância de celebramos a nossa Fé na Eucaristia, na medida em que “não há festa como esta”, acrescentando que “é a partir do banquete eucarístico que todos, e particularmente os catequistas, restabelecem forças e se sentem interpelados a anunciar Jesus Cristo, isto é, a levar este anúncio festivo à vida dos irmãos, comprometendo-se em ser testemunha desta alegria, apesar de todas as dificuldades que possam surgir”. Já perto do final da celebração, no momento de Acção de Graças, um pequeno gesto fez sair do altar várias fitas coloridas que cobriram a assembleia de cor e de festa, precisamente para corroborar a certeza de que “a Fé que se celebra no Sacramento da Eucaristia gera continuamen- DR. KHALILO Dotado de conhecimentos e poderes, ajuda a resolver problemas em 3 dias, difíceis ou graves, c/ eficácia e garantia como: Amor, negócio, depressão, justiça, afastar e aproximar pessoa amada c/ rapidez e garantia total, impotência sexual, vícios de droga, tabaco, álcool, inveja, etc... Lê sorte, dá previsão de vida. Se quer prender a si uma nova vida, com segurança e pondo a fim a tudo o que o preocupa, contacte Dr. Khalio poid não deixe agravar os seus problemas nos casos acima mencionados. DELÃES. 252 110 535 | 926 762 542 | 911 892 726 te festa, uma festa grandiosa e sem ocaso, que irradia até ao coração de todos os homens, pois desinstala, derruba comodismos e compromete cada um a ser verdadeiro testemunho de amor, tornando-nos mais capazes de promover uma Igreja ‘em saída’, de que tanto nos fala o Papa Francisco, isto é, uma Igreja que sai de dentro de si mesma para comunicar a Alegria do Evangelho, a alegria de crer, a alegria de cada um se saber e sentir profundamente amado por Deus”. 48 Horas Ténis 2014 O Ténis Clube de Famalicão promove, de sexta-feira a domingo, as 48 Horas de Ténis 2014. O jogo de abertura está previsto para as 21 horas do dia 11. Nos dias 11, 12 e 13, entre as 21h00 do dia 11 e as 21h00 de dia 13 haverá jogos nos courts do Covelo e do Complexo Desportivo de Famalicão sem interrupções. No dia 13 a final de pares está agendada para as 16h00, seguindo-se a actuação do Grupo Gindança. Pelas 17h30 terá lugar a final singulares. Workshop de Defesa Pessoal em Delães A Casa da Juventude de Delães, é palco, no próximo sábado, a partir das 15 horas, de um WorkShop de Defesa Pessoal. O evento contará com demonstrações de técnicas de desarme, técnicas de medidas preventivas e luxações. ORAÇÃO AO DIVINO ESPIRÍTO SANTO Contactos para PUBLICIDADE 252 312 435 Oh! Divino Espirito Santo,Vós que iluminais os meus caminhos para que eu possa atingir a felicidade, Vós que me concedeis o sublime dom de perdoar e esquecer as ofensas e até o mal que me tenham feito, Vós que estais comigo em todos os instantes eu quero humildemente agradecer por tudo o que sou, por tudo o que tenho e confirmar uma vez mais a minha intenção de nunca me afastar de Vós, Por maiores que sejam as ilusões, ou com a esperança de um dia merecer e poder juntar-me a Vós e a todos os meus irmãos na perpetua Glória e Paz. Obrigado mais uma vez. (A pessoa devera fazer esta oração por 3 dias seguidos sem dizer o pedido, dentro de 3 dias será alcançada a graça, por mais difícil que seja). Publicar a oração assim que receber a graça. Graça recebida ARRENDA-SE T1 Vende-se Com garagem fechada em Famalicão. TLM: 916 355 179 VENDE-SE Terra preta certificada. Qualquer quantidade TLM: 919 234 463 VENDE-SE DIVERSO EQUIPAMENTO HOTELEIRO USADO TLM.: 913 205 566 19 O Povo Famalicense 8 de Julho de 2014 ALUGA-SE T3 Mobilado c/ ou sem garagem no Shopping Town. 252 050 877 | 939 072 973 ALUGA-SE T1 Vinhal como novo. 290€ TLM.: 914 904 464 VENDO - NOVO ALUGA-SE T1 Parque da cidade c/ garagem. Bom preço. TLM: 914 904 464 T1 Av. Gen. Humberto Delgado Cond.incluido. VENDE-SE ALUGA-SE T1 VIÚVO Com casa e carro, deseja conhecer Senhora a partir dos 52 anos anos para uma vida a dois. Não procura riquezas mas honestidade. TLF.: 919 360 353 PÓVOA DE VARZIM Relax Paula portuguesa mulher atrente todos os dias. 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