Federação Espírita Brasileira Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita Programa Fundamental – Tomo I Módulo VI: Reencarnação Objetivo Geral: Possibilitar entendimento da reencarnação sob a ótica da Doutrina Espírita. Módulo VI: Reencarnação Roteiro 1 – Fundamentos e finalidade da reencarnação; Roteiro 2 – Provas da reencarnação; Roteiro 3 – Retorno à vida corporal: o planejamento reencarnatório; Módulo VI: Reencarnação Roteiro 4 – Retorno à vida corporal: união da alma ao corpo; Roteiro 5 – Retorno à vida corporal: a infância; Roteiro 6 – O esquecimento do passado: justificativas da sua necessidade. Módulo VI - Roteiro 3 Retorno à vida corporal: o planejamento reencarnatório Objetivo específico: Explicar como é realizado o planejamento reencarnatório. Base Doutrinária No estado errante, e antes de começar nova existência corporal, o Espírito tem consciência e previsão das coisas que lhe vão acontecer durante a vida? “Ele próprio escolhe o gênero de provas que deseja sofrer e nisso consiste o seu livre-arbítrio” KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Perg. 258. Se o Espírito pode escolher o gênero de provas que deve sofrer, seguir-se-á que todas as tribulações que experimentamos na vida foram previstas e escolhidas por nós? “Todas não é bem o termo, porque não escolhestes nem previstes tudo o que vos sucede no mundo, até as menores coisas. Escolhestes apenas o gênero das provações; os detalhes são consequência da posição e, muitas vezes, das vossas próprias ações. [...]” KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Perg. 259. Como pode o Espírito que, em sua origem, é simples, ignorante e sem experiência com conhecimento de causa e ser responsável por essa escolha? “Deus lhe supre a inexperiência, traçando-lhe o caminho que deve seguir, como fazes com uma criança, desde o berço. Contudo, pouco a pouco, à medida que seu livre-arbítrio se desenvolve, Ele o deixa livre para escolher e só então é que muitas vezes o Espírito se extravia, tomando o mau caminho, por não ouvir os conselhos dos bons Espíritos. [...]” KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Perg. 262. O que guia o Espírito na escolha das provas que queira sofrer? “Ele escolhe as [provas] que lhe possam servir de expiação [reparação], segundo a natureza de suas faltas, e o faça progredir [aprendizagem, evolução] mais depressa. [...]” KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Perg. 264. Todos os Espíritos estão em condições de planejar sua própria reencarnação? “Os Espíritos categoricamente superiores [...] podem plasmar por si mesmos [...] o corpo em que continuarão as futuras experiências [...]” “Os Espíritos categoricamente inferiores, na maioria das ocasiões, [...] entram em simbiose fluídica com as organizações femininas a que se agregam [...] em moldes inteiramente dependentes da hereditariedade [...].” XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. Evolução em dois mundos. Pelo Espírito André Luiz. ed. esp. Rio de Janeiro: FEB, 2003. Primeira Parte: Cap. 19. p. 173-174. O planejamento reencarnatório é o mesmo para todos os Espíritos? Não. “Entre ambas as classes [Espíritos superiores e inferiores], [...] contamos com milhões de Espíritos medianos na evolução, portadores de créditos apreciáveis e dívidas numerosas, cuja reencarnação exige cautela de preparo e esmero de previsão.” XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. Evolução em dois mundos. Pelo Espírito André Luiz. ed. esp. Rio de Janeiro: FEB, 2003. Primeira Parte: Cap. 19. p. 174. A REENCARNAÇÃO DE SEGISMUNDO Espírito: ANDRÉ LUIZ Psicografia: CHICO XAVIER Obra : “MISSIONÁRIOS DA LUZ” Edição: FEB Desenho: RODVAL MATIAS Estúdio: CENA & AÇÃO Produção: S.E. MÃOS UNIDAS Centro de Planejamento de Reencarnações Cidade Espiritual “Nosso Lar” XAVIER, Francisco Cândido. Missionários da luz. Pelo Espírito André Luiz. ed. esp. Rio de Janeiro: FEB, 2003. Primeira Parte: Cap. 12. p. 167-193 (Desenhos de Rodval Matias: Estúdio Cena & Ação. Produção S. E. Mãos Unidas) O Instituito de Planejamento das Reencarnações André Luiz XAVIER, Francisco Cândido. Missionários da luz. Pelo Espírito André Luiz. ed. esp. Rio de Janeiro: FEB, 2003. Primeira Parte: Cap. 12. p. 167-193 (Desenhos de Rodval Matias: Estúdio Cena & Ação. Produção S. E. Mãos Unidas) André Luiz Alexandre Josino XAVIER, Francisco Cândido. Missionários da luz. Pelo Espírito André Luiz. ed. esp. Rio de Janeiro: FEB, 2003. Primeira Parte: Cap. 12. p. 167-193 (Desenhos de Rodval Matias: Estúdio Cena & Ação. Produção S. E. Mãos Unidas) Pavilhão de Desenhos XAVIER, Francisco Cândido. Missionários da luz. Pelo Espírito André Luiz. ed. esp. Rio de Janeiro: FEB, 2003. Primeira Parte: Cap. 12. p. 167-193 (Desenhos de Rodval Matias: Estúdio Cena & Ação. Produção S. E. Mãos Unidas) André Luiz XAVIER, Francisco Cândido. Missionários da luz. Pelo Espírito André Luiz. ed. esp. Rio de Janeiro: FEB, 2003. Primeira Parte: Cap. 12. p. 167-193 (Desenhos de Rodval Matias: Estúdio Cena & Ação. Produção S. E. Mãos Unidas) Projeto de reencarnação de Silvério André Luiz Manassés Silvério XAVIER, Francisco Cândido. Missionários da luz. Pelo Espírito André Luiz. ed. esp. Rio de Janeiro: FEB, 2003. Primeira Parte: Cap. 12. p. 167-193 (Desenhos de Rodval Matias: Estúdio Cena & Ação. Produção S. E. Mãos Unidas) Projeto de reencarnação de Anacleta Anacleta Manassés André Luiz XAVIER, Francisco Cândido. Missionários da luz. Pelo Espírito André Luiz. ed. esp. Rio de Janeiro: FEB, 2003. Primeira Parte: Cap. 12. p. 167-193 (Desenhos de Rodval Matias: Estúdio Cena & Ação. Produção S. E. Mãos Unidas) Outro projeto de reencarnação André Luiz Manassés XAVIER, Francisco Cândido. Missionários da luz. Pelo Espírito André Luiz. ed. esp. Rio de Janeiro: FEB, 2003. Primeira Parte: Cap. 12. p. 167-193 (Desenhos de Rodval Matias: Estúdio Cena & Ação. Produção S. E. Mãos Unidas) Úlcera planejada XAVIER, Francisco Cândido. Missionários da luz. Pelo Espírito André Luiz. ed. esp. Rio de Janeiro: FEB, 2003. Primeira Parte: Cap. 12. p. 167-193 (Desenhos de Rodval Matias: Estúdio Cena & Ação. Produção S. E. Mãos Unidas) Pontos centrais do estudo Na reencarnação, existe uma planificação fundamentada na lógica e na moralidade; O planejamento pode ser elaborado pelo próprio Espírito, desde que ele tenha condições morais e intelectuais para tanto; No caso de Espíritos menos adiantados, seu planejamento pode ficar na responsabilidade de outros Espíritos mais esclarecidos. Em cinco grupos Tarefas dos Grupos 1. Proceder, individualmente, a leitura silenciosa dos “Subsídios” e do caso: A história de Stella, no “Anexo 2”; 2. Cada grupo deverá responder duas das dez questões listadas no Anexo 2. Grupo 1 - Questões 1 e 2 Grupo 2 - Questões 3 e 4 Grupo 3 - Questões 5 e 6 Grupo 4 - Questões 7 e 8 Grupo 5 - Questões 9 e 10 Resultados do estudo em grupo Pergunta 1 1. Onde, na história, encontramos evidências de um planejamento reencarnatório? Grupo 1 Respostas para pergunta 1 a) A condição de Stella como enfermeira e em dificuldades financeiras; b) O homem doente, em completo estado de retardamento mental e nascido em uma família rica; c) O reencontro de ambos, na presente encarnação, buscando o perdão mútuo para se reajustarem perante a lei de Deus. Pergunta 2 2. Que idéias o texto oferece para justificar as evidências indicadas na resposta anterior? Grupo 1 Respostas para pergunta 2 a) As dificuldades que moveram Stella na busca da sobrevivência da filha, apesar da timidez; b) O aconselhamento de amigos na escolha da profissão por Stella; c) O encaminhamento de Stella ao trabalho; d) A dificuldade de Stella na execução da tarefa e a busca pela ajuda esclarecedora; e) A persistência de Stella adequadamente a missão; para cumprir f) A necessidade de cuidados especiais pelo homem, em completo retardamento mental. Pergunta 3 3. Que texto da história indica que, efetivamente, não há improvisação nos procedimentos que antecedem as experiências reencarnatórias? Grupo 2 Resposta para pergunta 3 a) Os esclarecimentos do médium Edgar Cayce, ao revelar para Stella sua missão, seus motivos e o final esperado nessa reencarnação; Pergunta 4 4. Seria correto afirmar que todos os personagens citados na história conceberam, por livre iniciativa, o próprio planejamento reencarnatório? Por quê? Grupo 2 Respostas para pergunta 4 Em relação à Stella, não resta dúvida que a reencarnação foi planejada. Em relação ao doente, na hipótese dele possuir bons sentimentos, pois houvera sido um rico filantropo, podemos considerar que ele tenha se arrependido dos graves desvios morais e pedido para vir na situação de um dementado para resgatar os seus erros e conseguir o perdão de uma de suas vítimas, bem como, ficar incapacitado de cometer os mesmos erros. Pergunta 5 5. Tendo como referência as informações que os Espíritos transmitiram a Cayce, que hipóteses poderiam ser concebidas para justificar o estado de debilidade mental do enfermo? Grupo 3 Resposta para pergunta 5 Poderia ser de uma reencarnação compulsória, ou seja, sem a participação do espírito, que não compreendeu e nem se arrependeu dos atos cometidos, e que certamente voltaria a cometê-los, por isso veio sem capacidade de monitorar suas próprias decisões, em condições subhumanas, para causar a mesma repulsa que havia despertado nas suas vítimas em encarnação pretérita. Pergunta 6 6. Por que o afeto de Stella, em especial, teve o poder de melhorar as condições espirituais do doente? Grupo 3 Resposta para pergunta 6 Considerando que se tratava de uma reencarnação planejada e que o móvel da questão era a reaproximação dos dois, tão logo ela apareceu, tratando o doente com afeto e carinho, as condições foram criadas para o refazimento do enfermo e a reparação do mal feito entre ambos. Pergunta 7 7. Por que outras pessoas, inclusive os familiares do enfermo, não conseguiram obter os resultados alcançados por Stella? Grupo 4 Resposta para pergunta 7 Possivelmente, a necessidade mútua de perdão e de reparação do mal cometido era o verdadeiro motivo do refazimento do enfermo. Talvez, não houvesse, entre os parentes, um compromisso tão forte com o doente como o de Stella, que cumpriu com amor a sua tarefa para sublimar o mal que antes unira os dois. Pergunta 8 8. Um ponto – que não escapa à história – diz respeito ao enfermo: ter renascido em uma família rica, a qual poderia assegurar-lhe conforto e recursos materiais. Que explicação espírita poderíamos dar para tal fato, considerando a exposição que foi realizada pelo monitor no início da aula? Grupo 4 Resposta para pergunta 8 Como a prova da riqueza na reencarnação passada foi mal aproveitada anteriormente, então, nesta reencarnação, ele teve a mesma prova, porém sem poder aproveitála, uma vez que estava incapacitado mentalmente para gerir a fortuna. No entanto, agora a riqueza poderia ser usada para atrair Stella, por meio do ofício de enfermeira. Pergunta 9 9. Será que o médium Edgar Cayce estaria, de alguma forma, vinculado à problemática evidenciada na história? Justifique a resposta. Grupo 5 Resposta para pergunta 9 Nada é por acaso. Possivelmente, o médium foi contatado por Stella por ser a pessoa que poderia lhe ajudar e que no passado pode ter tido vinculações com ambos e veio nessa reencarnação com o propósito de ajudá-los nessa tarefa de reajustamento. Pergunta 10 10. E os pais do enfermo? Teriam eles alguma ligação com Stella? Por que tiveram que passar pela provação de receber aquele Espírito, em especial, como filho?. Grupo 5 Resposta para pergunta 9 A responsabilidade dos pais do enfermo pode ser fruto de prova ou de expiação. A provação deles poderia ser, por exemplo, a de propiciar condições para o resgate das encarnações passados de ambos, Stella e o filho doente. Quanto à sua ligação com Stella, pode ter sido advinda de relacionamento anterior, mas num grau menor do que aquele que tiveram com o enfermo. Destaques ... Não há improvisações nos procedimentos que antecedem as experiências reencarnatórias; Existe, na verdade, uma planificação fundamentada na lógica e na moralidade; A escolha das especiais por planejadores; provas parte merece dos cuidados Espíritos O planejamento pode ser feito pelo próprio Espírito ou por outros mais adiantados, dependendo das condições do reencarnante; FEB. Estudo sistematizado da doutrina espírita. Org. Cecília Rocha. Rio de Janeiro: FEB, Módulo VI, Roteiro 3, p.200-211. 2007. v.1, Destaques (cont.)... O planejamento reencarnatório prevê, em geral, apenas os principais acontecimentos que poderão ocorrer no mundo físico; Independentemente de quem fez o planejamento, não há garantias de que ele será cumprido, total ou parcialmente; O planejamento reencarnatório está ligado às consequências do uso do livre-arbítrio e do nível de evolução moral e intelectual do reencarnante; Enfim, os planejamentos reencarnatórios são muito diversificados, pois diversas sãos as necessidades humanas. FEB. Estudo sistematizado da doutrina espírita. Org. Cecília Rocha. Rio de Janeiro: FEB, Módulo VI, Roteiro 3, p.200-211. 2007. v.1, Testando nosso aprendizado! Em relação ao planejamento reencarnatório, à luz da Doutrina Espírita, como nós podemos avaliar as seguintes alternativas? (Módulo VI, Roteiro 3): a) b) c) d) O planejamento reencarnatório sempre feito pelo próprio espírito. é Os espíritos categoricamente superiores podem plasmar por si mesmos o corpo em que continuarão as experiências. O planejamento reencarnatório detalha todos os acontecimentos que poderão ocorrer no mundo físico. Os processos de reencarnação não são subordinados à evolução do espírito reencarnante. F V F F Ainda em relação ao planejamento reencarnatório, à luz da Doutrina Espírita, como nós podemos avaliar as seguintes alternativas? (Módulo VI, Roteiro 3): a) A memória integral das experiências reencarnatórias encontra-se bloqueada, a fim de que o espírito possa melhor aproveitar os benefícios objetivados pela reencarnação. V b) Dando ao espírito o livre arbítrio, Deus deixa a ele a inteira responsabilidade de suas escolhas, isto é, seus atos e as conseqüências que estes tiverem. V c) Os planejamentos reencarnatórios são muito diversificados, porque são diversas as necessidades humanas. V d) Os espíritos nunca são impedidos de participar do próprio planejamento reencarnatório, em respeito ao seu livre-arbítrio. F Mensagem final... [...] a existência humana não é um ato acidental [...], a justiça exerce seu ministério, todos os dias, obedecendo ao alto desígnio que manda ministrar os dons da vida “a cada um por suas obras” XAVIER, Francisco Cândido. Missionários da luz. Pelo Espírito André Luiz. ed. esp. Rio de Janeiro: FEB, 2003, p.193.