30 16 de Abril 2015 correiodominho.pt VOZ da Justiça europe direct João Gonçalves * AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE BARCELOS – UMA ESCOLA PORTUGUESA NA EUROPA EUROPA | JORGE SALEIRO DIRETOR DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE BARCELOS Q uanto tempo demora a criar uma identidade, uma cidadania europeia? Qual a melhor forma de o conseguir? Provavelmente não haverá uma resposta simples para as questões. Ou haverá tantas, quantos os cidadãos dos países que compõem a União Europeia. Numa época de crises profundas, de questionamento do futuro da União Europeia, o desafio de desenvolver nos diversos países este sentimento de pertença a algo maior, é mais exigente do que nunca. As políticas europeias, em todas as áreas, vão-se aplicando a todos os Estados-Membros, com maior ou menor dificuldade. Mas, e a identidade europeia? Essa questão tem-se revelado bem mais difícil de concretizar. No Agrupamento de Escolas de Barcelos, acreditamos que a escola também deve dar o seu contributo para esta construção, acreditamos que o contributo das escolas será dos mais eficazes para a sua edificação. Estamos convictos que o bom aproveitamento e a eficaz aplicação dos projetos europeus acelerarão a vinculação dos nossos jovens à construção de uma Europa mais solidária. Aliás, esta vertente de internacionalização e de fomento da cidadania europeia está bem vincada no seu Projeto Educativo, integrada na sua missão e elegida como uma área prioritária de intervenção. Sem qualquer experiência em parcerias europeias, em 2009, iniciou-se um processo que se viria a afirmar e solidificar, através de muito trabalho e envolvimento de todos os participantes. Estamos a falar do Clube Europeu. Do nada se criou um dos mais dinâmicos Clubes Europeus do nosso país. A partir de 2010, através de candidaturas ao programa Comenius, iniciou-se o desenvolvimento de intercâmbios bilaterais e multilaterais que trouxeram uma nova forma de encarar a escola e a Europa por parte dos nossos alunos. Mas não ficámos por aí. Também se iniciaram projetos sob a égide dos programas Leonardo DaVinci e de Assistentes Come- nius. Fomos pioneiros no programa MIA (Mobilidade Individual de Alunos – uma experiência de mobilidade para alunos do ensino secundário próxima do programa Erasmus para o ensino superior) e também realizámos intercâmbios fora do âmbito dos programas europeus, dos quais destacamos a parceria com a Ucrânia. Entre todos estes programas, de uma forma ou de outra, já pouca Europa ficou por dar a conhecer aos nossos alunos. Alemanha, Bélgica, Croácia, Eslovénia, Espanha, Finlândia, Holanda, Hungria, Inglaterra, Itália, Letónia, Lituânia, Noruega, República Checa, Roménia, Grécia, Polónia, Turquia, Ucrânia foram os países com os quais já estabelecemos parcerias diretas. Se considerássemos outras formas de relacionamento, muitas outras nações estariam assinaladas. Estamos, neste momento, a desenvolver um programa de formação na Ação-Chave 1 do programa Erasmus+, que irá promover cinquenta mobilidades entre todos os trabalhadores do Agrupamento, docentes e não docentes. Simultaneamente, estamos a participar em projetos da Ação-Chave 2, que mobilizarão dezenas de alunos. Esta dinâmica de trabalho é, naturalmente, mérito do Coordenador do Clube Europeu, Fernando Carvalho, mas, também de todos os envolvidos nos projetos, alunos, professores, pessoal não docente, autarquia, comunidade, e, com um destaque muito especial, as famílias dos nossos aluCentro de Informação Europe Direct de Barcelos Instituto Politécnico do Cávado e do Ave Campus do IPCA - Lugar do Aldão 4750-810 Vila Frescaínha S. Martinho - Barcelos Contactos Gerais Telefone: 253 802 201 Email: [email protected] Web: www.ciedbarcelos.ipca.pt Facebook: www.facebook.com/cied.barcelos Twitter: https://twitter.com/CIEDBarcelos Flickr: http://www.flickr.com/photos/ciedbarcelos nos. Têm sido elas, não temos dúvidas, a garantir o sucesso dos intercâmbios. São elas que asseguram que a fama de bons anfitriões, de que temos beneficiado, não se perde nem se negligencia. São também as famílias que fazem perdurar os laços entre parceiros, de origens e culturas bem diversas. São elas que, apesar de toda a diversidade, fazem sobressair que é sempre muito mais o que nos une; que são sempre muito maiores as semelhanças; e que as diferenças nos enriquecem e valorizam. No fundo, é importante naturalizar a convivência europeia, fazer com que qualquer cidadão europeu se sinta em casa, em qualquer dos estados membros. Os alunos do Agrupamento de Escolas de Barcelos têm essa vivência. Fora do país ou na escola, já se tornou perfeitamente normal cruzar com um colega alemão, ou com uma colega turca, com um professor lituano ou uma estagiária inglesa. Estamos certos de que esta convivência com outras culturas, com outros sistemas de ensino, com outras mundividências é uma mais-valia para os nossos jovens. Num mundo cada vez mais globalizado, a capacidade de lidar com a diversidade, de estar à vontade em ambientes diferentes, em viver, conviver e resolver problemas, fora da sua zona de conforto, são ferramentas inestimáveis para o seu futuro e, decorrente deste efeito positivo, para o futuro da Europa. A partir de que idade os filhos deixam de entrar no IRS dos pais e passam a entregar a declaração em separado? Até 2014, a regra era a de que até aos 25 anos os filhos podiam ser considerados dependentes e entravam no IRS dos pais desde que se verificassem dois requisitos: no ano a que o imposto respeita estivessem a estudar ou a cumprir o serviço militar. Além disso, os rendimentos anuais auferidos pelos jovens não podiam ser superiores ao valor do ordenado mínimo em vigor. Quando um destes critérios não era cumprido, o jovem tinha de apresentar o seu IRS de forma autónoma. Estas regras ainda são válidas para as declarações a entregar em 2015, uma vez que dizem respeito aos rendimentos de 2014. No entanto, com a entrada em vigor do diploma sobre a Reforma do IRS, as regras foram alteradas ligeiramente. Assim para os rendimentos de 2015, que serão declarados em 2016, todos os jovens até aos 25 anos, mesmo que já não estejam a estudar, poderão entrar no IRS dos seus pais, como dependentes, desde que não ganhem anualmente rendimentos superiores ao valor do salário mínimo. * Advogado