4º RETIRO DAS SMP
MISSIONÁRIOS DE FORA
DIOCESE DE ITABIRA-FABRICIANO
 CELEBRAÇÃO DE ABERTURA. A equipe
paroquial acolhe os missionários de fora de
forma bem calorosa, e alguns minutos antes
da celebração, cantos animados de acolhida,
etc.
 Na celebração, pode ser feito de forma criativa
o Evangelho de Lc 4,14-20. No decorrer da
celebração, o assessor pode aprofundar estes
pontos:
 Jesus cheio do Espírito Santo, volta para
Nazaré/Cafarnaum (Galiléia) e começa a sua
MISSÃO (Lc 4,14-20).
As atitudes de Jesus Missionário:
1) Ir aos outros/ escutar/ estar com os
outros;
2) Sentir a situação das pessoas;
3) Pregar e curar, anunciar o Reino e
torná-lo presente;
4) Jesus não espera o povo ir a Ele; é
Ele quem vai ao encontro (Sinagoga,
ruas, casas...); 5) Jesus está sempre
atento às situações das pessoas (sogra
de Pedro, Zaqueu, outros).
 Jesus e o chamado dos primeiros
discípulos/missionários. Chamou-os a estar
com Ele e enviá-los para a missão (Mc 3,1314). Jesus não quis realizar a Missão só, quis
contar com ajuda de pessoas (colaboradores).
 Ainda na abertura: 1) Informes das boas
notícias do trabalho missionário na Paróquia e
apresentação dos anseios e do que se espera
da SM (por parte da equipe local ou pároco).
2) Apresentação dos missionários de fora,
leituras de cartinhas, etc.
 1º MOMENTO: CHAMADOS PARA A
MISSÃO (Lc 10,1-2)
A Igreja toda em estado
permanente de Missão. O ponto de
partida para a Missão é a realidade; e
ponto de chegada é a Vida. O sentido da
missão no DA é a vida. E o Documento
vem falar das condições para a Missão:
conversão pastoral/ conversão pessoal.
 As SMP:
 As SMP estão dentro da proposta e dos
objetivos de Aparecida;
 SMP – É um projeto, que se dá em três
etapas: Pré-Missão (tempo de acordar);
Missão (tempo de saborear); A Missão
continua (tempo de aprofundar).
 Semana Missionária – É o ponto alto das SMP,
é o momento mais importante de todo o
processo das SMP, é o momento mais bonito
de toda a caminhada das SMP.
 Sentido da Semana Missionária: 1) É um
grande retiro espiritual popular;2) É uma
semana especial; 3) É um tempo de muitas
visitas, encontros, celebrações, partilhas,
fraternidades, perdão/conversão, celebrações.
 A Semana Missionária é um tempo de muita
escuta e de aprender com as pessoas.
 A Semana Missionária é uma bonita
experiência de vivência eclesial.
 A Semana Missionária e um momento especial
para SABOREAR A BELEZA DO EVANGELHO
DE JESUS CRISTO, que é VIDA. Jesus Cristo:
O EVANGELHO VIVO.
 ► MISSÃO em sentido amplo.
 1) “Assumimos o compromisso de uma grande
missão em todo o Continente” (DA 362).
 2) “A missão continental procurará colocar a
Igreja em estado permanente de missão” (DA
551).
 3) “Hoje, toda a Igreja na América Latina e no
Caribe quer colocar-se em estado de missão”
(DA 213).
 4) “A Igreja necessita de forte comoção que a
impeça de se instalar na comodidade” (DA
362).
 5) “Esperamos em novo Pentecostes, uma
vinda do Espírito que renove nossa alegria e
nossa esperança” (DA 362).
 6) “A conversão pastoral de nossas
comunidades exige que se vá além de uma
pastoral de mera conservação para uma
pastoral decididamente missionária” (DA 370).
 7) “Precisamos de uma evangelização muito
mais missionária, em diálogo com todos os
cristãos e a serviço de todos os homens” (DA
13).
 8) “Missão não é tarefa opcional, mas parte
integrante da identidade cristã” (DA 144).
 9) “A Igreja peregrina é missionária por
natureza, porque tem sua origem na missão do
Filho e do Espírito Santo, segundo o desígnio
do Pai” (PA 347).
 10) “A missão é a razão de ser da Igreja,
define sua identidade mais profunda” (DA 373).
 11) “A missão não se limita a um programa ou
projeto, mas é compartilhar a experiência do
acontecimento do encontro com Cristo,
testemunhá-lo e anunciá-lo de pessoa a
pessoa, de comunidade a comunidade e da
Igreja a todos os confins do mundo” (DA 145).
 12) “A Igreja é chamada a repensar
profundamente e a relançar com
fidelidade e audácia sua missão nas
novas circunstâncias latino-americanas e
mundiais” (DA 11).
 13) “A Igreja deve cumprir sua missão
seguindo os passos de Jesus
e adotando suas atitudes”
(DA 31, cita Mt 9,35-36).
 ► PARÓQUIAS em missão
 “As paróquias são células vivas da
Igreja... São chamadas a ser casas e
escolas de comunhão” (DA 170).
 “Todas as nossas paróquias se tornem
missionárias” (DA 173)
 “A renovação missionária das paróquias
se impõe tanto nas cidades como no
mundo rural” (DA 173)
 “A renovação missionária das paróquias
exige de nós imaginação e criatividade
para chegar às multidões” (DA 173).



“Os melhores esforços das paróquias devem
estar na convocação e na formação de leigos
missionários” (DA 174)
“Todos os membros da comunidade
paroquial são responsáveis pela
evangelização dos homens e mulheres em
cada ambiente” (DA 171).
“A renovação das paróquias exige a
reformulação de suas estruturas, para que
ela seja uma rede de comunidades e grupos,
capazes de se articular conseguindo que
seus membros se sintam realmente
discípulos e missionários de Jesus Cristo em
comunhão” (DA 172).



“A imensa maioria dos católicos de nosso continente
vive sob o flagelo da pobreza... A paróquia tem a
maravilhosa ocasião de responder às grandes
necessidades de nossos povos. Para isso tem que
seguir o caminho de Jesus e chegar a ser a boa
samaritana como Ele. Cada paróquia deve chegar a
concretizar em sinais solidários seu compromisso
social nos diversos meios em que se move, com
toda a ‘imaginação da caridade’” (DA 176)
“A paróquia chegará a ser comunidade de
comunidades’” (DA 309, citando Santo Domingo 58).
“Uma paróquia, comunidade de discípulos
missionários, requer organismos que superem
qualquer tipo de burocracia. Os Conselhos Pastorais
Paroquiais terão de estar formados por discípulos
missionários constantemente preocupados em
chegar a todos” (DA 203).
 ► COMUNIDADES em missão
 “As CEBs têm sido escolas que têm
ajudado a formar cristãos comprometidos
com sua fé, discípulos e missionários do
Senhor”. (DA 178).
 “As CEBs são expressão visível da
opção preferencial pelos pobres. São
fonte e semente de variados
serviços e ministérios a favor
da vida na sociedade e
na Igreja” (DA 179).
 “É preciso reanimar os processos de
formação de pequenas comunidades no
Continente” (DA 310).
 “A conversão pastoral requer que as
comunidades eclesiais sejam
comunidades de discípulos missionários
ao redor de Jesus Cristo, Mestre e
Pastor. Daí nasce a atitude de abertura,
diálogo e disponibilidade para promover
a co-responsabilidade e participação
efetiva de todos os fiéis na vida das
comunidades cristãs” (DA 368).

“Enraizadas no coração do mundo, as
CEBs são espaços privilegiados para a
vivência comunitária da fé, mananciais
de fraternidade e de solidariedade,
alternativa à sociedade atual fundada
no egoísmo e na concorrência brutal”
(presente no texto original
aprovado pela assembléia,
tirado do documento oficial
aprovado pela Santa Sé).
 “Queremos decididamente reafirmar e
dar novo impulso à vida e à missão
profética e santificadora das CEBs, no
seguimento missionário de Jesus. Elas
têm sido uma das grandes
manifestações do Espírito na América
Latina e no Caribe depois do Vaticano
II”(presente no texto original
aprovado pela assembléia,
tirado do documento oficial
aprovado pela Santa Sé).

“Depois do caminho feito até agora,
com avanços e dificuldades, é o
momento de uma profunda renovação
desta rica experiência eclesial em
nosso Continente, para que não
percam sua eficácia missionária e sim a
melhorem e a aumentem diante das
continuas novas exigências da época”
(presente no texto original aprovado
pela assembléia, tirado do documento
oficial aprovado pela Santa Sé).
 ► TODOS OS CRISTÃOS: discípulos
missionários de Jesus Cristo.
 “Somos missionários para proclamar o
Evangelho de Jesus Cristo e, nele, a boa nova
da dignidade humana, da vida, da família, do
trabalho, da ciência e da solidariedade com a
criação” (DA 103).
 “Todo discípulo de Jesus Cristo é missionário”
(DA 144).
 “Os discípulos por essência
são também missionários,
em virtude do Batismo e da
Confirmação” (DA 377).
 “O discípulo missionário torna visível o
amor misericordioso do Pai,
especialmente para com os pobres e
pecadores” (DA 147)
 “Os discípulos missionários de Jesus
Cristo devem iluminar com a luz do
Evangelho todos os âmbitos da vida
social. A opção preferencial pelos
pobres, de raiz evangélica, exige
atenção pastoral voltada aos
construtores da sociedade” (DA 501).
 2º MOMENTO – JESUS NOS ENVIA EM
MISSÃO (Lc 10,3-5)
 A partir do texto indicado, dar continuidade ao
sentido da Palavra Missão.
 1 - O Conceito de Missões
 "Missão" (no singular) e "Missões" (no plural).
 MISSÃO. Palavra muito usada entre nós É
“encargo, incumbência” (Aurélio)
 Missão é todo apostolado
da Igreja. Tudo o que a Igreja
faz e qualquer campo.
 1.1 - Missão:Enfoque Existencial
 A vida precisa de sentido.
 Não se vive sem sentido.
 Dar um sentido verdadeiro a vida é um
desafio.
 A vida é uma missão
 A grande missão: dar um
sentido verdadeiro a vida.
 1.2 - Missão:Enfoque Sócil –político cultural
 A missão só existe dentro de um
contexto.
 A missão só existe situada.
 A missão é partidária.
 A missão visa a transformação.
 Em que mundo vivemos?
 Qual o verdadeiro sentido da sua
vida?
 1.3 - Missão:Enfoque Bíblico. Por quê
ir à bíblia?
 Deus é mistério
 Deuséamor(trindade)
 Amor é missão
 Deus é missão. (Missio Dei)
 Esse deve ser o eixo de todas as
missões.
 1.4 - Missão:Enfoque Teológico
 Tirar o universo do nada (criação)
 Deus não se cansa (dilúvio)
 Missão de libertação (êxodo)
 A Missio Dei visa:
 A defesa da vida
 Faz sonhar tempos novos
 Não sossega enquanto toda a
humanidade não estiver livre.
 1.5 - Missão:Enfoque Místico
 Para ser testemunha é preciso
experimentar.
 Experiência de sentido, de opção,
comunhão.
 Convicção
 Mística e missão são inseparáveis.
 O místico é fiel a Missio Dei.
 1.6 - Missão:Enfoque Eclesial
 A Igreja é herdeira e testemunha da
Missio Dei.
 A missão é eclesial.
 O missionário é um enviado.
 1.7 – Missão: Enfoque Escatológico
 A vida é uma caminhada. Rumo a quê?
 A uma nova terra.

Missões é um aspeto particular da única e
abrangente Missão da Igreja. (CNBB. Doc.45,
11°81)
 "M i s s õ e s" as iniciativas especiais dos
ara1tos do Evangelho que, enviados pela
Igreja, vão pelo mundo, todo realizando o
múnus de pregar o Evangelho e a fundar a
própria Igreja entre os povos ou sociedades
que ainda não crêem em Cristo. São
realizadas pela atividade missionária e em
geral exercidas em certos territórios
reconhecidos pela Santa Sé. O fim próprio
dessa atividade missionária é a evangelização
e a fundação da Igreja nos povos ou
sociedades onde ainda não está radicada.”
(AD)
 Antigo Testamento
 A escolha de Deus visa sempre uma tarefa a
executar.
 Israel foi o “povo escolhido” de Deus. Sua tarefa era
a de ser testemunha e mediador entre deus e as
demais nações.
 Israel conhecia o desejo de deus: a salvação de
todos. (Is45,21-25)
 A mentalidade missionária não desabrochou em
Israel
 Deus tem um plano: a salvação de TODOS
 Objetivo da obra missionária: levar o povo a um
compromisso leal com Deus.
 Patriarcas, profetas, reis.
 A atividade missionária chegou a florir somente com
a Vinda de Jesus Cristo.
 Novo Testamento
 Dinamismo do amor de Deus
 A infância de Jesus
 Nascimento
 Magos do oriente VÊM
 Simeão: Luz para iluminar os povos
 A vida pública de Jesus
 Missão: Lc 4,18-21
 Destinatários
 Após a ressurreição
 A Paixão de Cristo
 A sua glorificação
 A continuação da obra por virtude do
Espírito Santo
 A Igreja dos Primórdios
 JESUS CRISTO É O
MESMO
ONTEM HOJE
E SEMPRE.
 Missão da Igreja
 “Toda a autoridade foi dada a mim no ceu e sobre a
terra. Portanto, vão e façam com que todos os povos
se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do
Pai e do Filho e do Espírito Santo. E ensinando-os a
observar tudo o que ordenei a vocês. Eis que eu
estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo.”
(Mt28,18b-20)
 A Igreja, enquanto missionária precisa:
 Evangelização: dar testemunho diante de todas as
nações, até “fazer discípulos”
 Sacramentalização: Batizar. Administrar os
sacramentos
 Catequese: Impregnar a vida. Ensinar a observar
tudo o que cristo mandou.
 Missão: Ir aos outros, sair de nós
mesmos, deixar o nosso mundo e
abraçar outro mundo, às vezes até
desconhecido por nós.
 Ser missionário é tornar-se seguidor de
Jesus na prática, ou seja, gostar e fazer
gostar do seguimento de Jesus, como os
seus discípulos: “conhecemos Jesus...”
(Jo 1,41).
 Jesus prepara os seus para a Missão (Lc 10,6-9). Daí
algumas observações: 1) A Missão é urgente; 2) O
missionário deve ser uma pessoa atenta às diversas
situações; 3) O missionário tem um jeito (estilo)
especial, que sabe compreender as pessoas e suas
preocupações; 4) O missionário deve ser uma pessoa
de muita simplicidade, sem exigir muita coisa, aceitar o
que lhe é oferecido (acolhida); 5) O missionário é uma
pessoa com espírito de abertura.
 A presença do missionário deve gerar VIDA, PAZ,
CURA conforme nos relata o texto de Lucas.
 ►Se possível, alguns testemunhos de
missionários que já participaram de SM.
 3º MOMENTO – ESTAR NA MISSÃO HOJE
(Lc 9,6) – “E os discípulos partiram”.
 O centro da pregação e da mensagem de
Jesus – e portanto, de sua missão como
enviado de Deus - está em seu ensinamento
sobre o Reino de Deus. O evangelho de
Marcos resumiu muito bem o que aqui
afirmamos com estas palavras programáticas:
"Quando detiveram João Batista, Jesus foi à
Galiléia pregar de parte de Deus a boa notícia.
Dizia: cumpriu-se o prazo, já chega o reinado
de Deus. Convertam-se e creiam na boa nova"
(Mc 1,14-15).
 Nestas palavras há dois elementos muito claros: por
uma parte, a mensagem essencial de Jesus era sua
pregação sobre o Reino; por outra parte, essa
pregação sobre o Reino é a "boa notícia", o evangelho
que Jesus tinha que proclamar. Por conseguinte, fica
claro que o centro mesmo do evangelho é a pregação
sobre o Reino de Deus.
 Um Reino de justiça e de paz
 O Reino de Deus não se reduz a um mero projeto de
justiça social. Vai muito mais longe, uma vez que
somente alcançará seu estádio definitivo na plenitude
da vida, mais à frente, quando Deus seja tudo em
todas as coisas. O projeto do Reino é de Deus,
portanto não se esgota nos limites do tempo e do
espaço.
 O Reino de Deus supõe e exige
conversão, mudança de mentalidade e
de atitudes (Mc 1,15), adesão
incondicional à mensagem de Jesus (Mc
4,3-20), coração de pobre aberto e
disponível para acolher sua pessoa e
sua mensagem. Portanto, nesse sentido,
exige interioridade. O estádio definitivo
do Reino será somente a consumação
da nova sociedade antes sumariamente
descrita e que deve prefigurar-se já
neste mundo e nesta terra, nas
condições de nossa sociedade atual.
 Um Reino que é de Deus dado a nós como
graça
 Decididamente, as exigências do Reino não se
satisfazem apenas mediante a prática da
caridade é preciso chegar até a solidariedade,
a igualdade verdadeira, a fraternidade
incondicional, em um sistema de convivência
que faça tudo isso realmente possível e viável.
O projeto do Reino de Deus é uma utopia, no
sentido mais estrito dessa palavra. Utopia,
com efeito, segundo a etimologia da palavra, é
o que ainda não tem lugar, ainda não
acontece.
 Na verdade a utopia é o motor da
história, pelo fato de que é ela que aviva
os ideais e dá força aos projetos.
 Pode-se portanto afirmar, com todo
direito, que o projeto do Reino de Deus é
uma utopia. Trata-se de um projeto que
antecipa um futuro melhor. Mas essa
utopia, que é o projeto de Jesus, é
possível. É realizável. Porém ela não vai
se dar por um passe de mágica ou como
resultado de um prodígio que Deus
realiza sem nossa colaboração.
 O projeto do Reino se fará realidade na
medida em que os cristãos tenham fé em
que esse projeto é realizável. E
sobretudo, na medida em que os que
cremos em Jesus nos dediquemos a
realizá-lo. Embora custe suor
e sangue como aconteceu
com muitos projetos na
história da humanidade.
 O projeto do Reino de Deus será sempre
utópico, ou seja, será sempre algo não
plenamente realizado na história. Esse projeto
aponta para uma meta tão perfeita que será
sempre algo irrealizável plenamente na
condição histórica do ser humano. O Reino de
Deus se fará realidade na medida em que haja
homens e mulheres que mudem radicalmente
sua própria mentalidade, sua escala de
valores, sua relação prática e concreta com o
dinheiro, o poder e o prestígio. Porém isso não
se dará em nível de toda a sociedade sem cair
no totalitarismo e na repressão..
 A Comunidade, lugar do Reino de Deus
 Como sabemos, Jesus escolheu doze dentre
os membros desta comunidade (Mt 10,1-2;
11,1;20,17; 26,20; Mc 3,14-16;4,10;6,7; 9,35;
10,32; Lc 6,13; 8,1; 9,1; 18,31; Jo 6,67-71;
20,24). A estes doze discípulos confiou uma
missão e poderes especiais (Mt 10,7; Mc
1,22.37; 2,10; 11,28-29.33). Após a
Ressurreição, comunicou-lhes o Espírito (At
2,1ss), que fora prometido (Lc 24,49; At 1,5.8),
para que fossem suas "testemunhas" em todo
o mundo (At 1,8). De fato, estes "doze"
desempenharam uma função de primeira
importância na constituição da Igreja (cf. 1Cor
15,5; Ap 21,14).
 Porém, há que ter consciência que os "doze",
além da função histórica que desempenharam
na organização e estrutura da Igreja, tinham
evidentemente uma dimensão simbólica:
representavam as "doze tribos" de Israel (Mt
19,28; Ap 21,14. 20), ou seja, simbolizavam a
plenitude do novo povo de Deus inaugurado
por Jesus, o novo Israel. Dito mais claramente,
da mesma maneira que o povo de Israel tinha
sido a expansão e a multiplicação dos doze
filhos de Jacó, assim também a Igreja, novo
povo de Deus, não era outra coisa senão a
posteridade e o desenvolvimento dos doze
apóstolos encarregados da transmissão do
evangelho de Jesus.
 A intenção primeira de Jesus, portanto, foi
constituir uma comunidade. Dentro dela os
doze desempenharam uma missão particular.
A Igreja, no entanto, é a comunidade toda
inteira. Os doze não são anteriores e
exteriores à comunidade. Surgem dentro dela
e por causa dela e estão a serviço dela. Sem a
comunidade, cada um dos doze como
indivíduo não tem sentido e razão de ser
enquanto testemunha. A primeira providência
de Jesus para levar a cabo a missão
para a qual o Pai o enviou foi,
portanto, formar uma comunidade
de discípulos.
 O programa de vida que Jesus propõe a sua
comunidade consiste, antes de tudo, em
escolher ser pobres (primeira bemaventurança: Mt 5,3; Lc 6,20), para ter de
verdade somente a Deus por rei. Trata-se da
condição de admissão no grupo cristão. Jesus
aceita entre os seus somente a quem não
reconhece como absolutos:
nem o dinheiro, nem o
prestígio,
nem o poder, mas
unicamente Deus.
 As conseqüências da adesão a este programa
de vida serão : em primeiro lugar, os que
sofrem vão deixar de sofrer (segunda bemaventurança: Mt 5,4; Lc 6,21); em segundo
lugar, os oprimidos vão sair de sua situação
humilhante e humilhada (terceira bemaventurança: Mt 5,5); em terceiro lugar, os que
têm fome e sede de justiça vão ser saciados
(quarta bem-aventurança: Mt 5,6). Estas
promessas de Jesus expressam a abundância
característica dos tempos messiânicos, que
plenificam as aspirações humanas para além
do necessário até o transbordamento das
expectativas vitais.
 As três bem-aventuranças seguintes expõem
as razões profundas desta situação
surpreendente . Sobretudo o que é dito na
quinta bem-aventurança: “Bem aventurados os
misericordiosos, porque alcançarão
misericórdia" (Mt 5,7). Na comunidade de
Jesus a ninguém vai faltar nada, porque tudo
vai estar à disposição de todos. E isso porque,
segundo a sexta bem-aventurança, na
comunidade todos serão pessoas de coração
puro e limpo (Mt 5,8), pessoas sem má
intenção, sem idéias distorcidas e olhares
enviesados, pessoas verdadeiras, incapazes
de traição.
 Por isso tais pessoas "vão ver a Deus". Esta
expressão quer dizer que os membros da
comunidade serão pessoas que existem para
servir aos outros.
Na sétima bem-aventurança, Jesus elogia os
membros da comunidade porque trabalharão e
construirão a paz (Mt 5,9). A comunidade cristã
vai ser uma fonte de reconciliação e de
harmonia entre os homens, de tal maneira que
assim se instaurará uma ordem nova, não
apoiada sobre a repressão , a competição e a
violência , mas repousando sobre a humildade
e a aceitação incondicional do outro.
 O evangelho certamente tem em mente
aqui regular a ação do grupo naquela
sociedade onde estão inseridos, não
apenas a nível interpessoal (reconciliar
os indivíduos entre si), mas também em
âmbito social e político, que tão
fortemente condiciona a
convivência humana.
 A última bem-aventurança elogia os que
"vivem perseguidos por sua fidelidade"
(Mt 5,10). A razão desta perseguição
está em que a ordem presente (o
"mundo") não tolera de maneira
nenhuma o programa de vida e ação que
a comunidade vive. Portanto, praticar o
programa da comunidade de
Jesus é algo que não se
pode fazer impunemente
e sem riscos ou perigos.
 O mundo se sente ameaçado por pessoas que
comunitariamente não aceitam o dinheiro, o
poder e o prestígio como bases da
organização social.
Jesus, carinhosa e pedagogicamente, prepara
seus discípulos para as perseguições e os
sofrimentos que certamente virão e adverte-os
que deverão sentir-se felizes quando isto lhes
acontecer, pois significará que estão sendo
fiéis ao Mestre e seu projeto, testemunhas
puras e santas de Deus e Seu Reino.
 Jesus e a comunidade do Reino de Deus:
paradigma de uma nova humanidade
 Na comunidade de Jesus se exige uma atitude
fundamental: o serviço a outros. A afirmação
de Jesus neste sentido é radical e não deixa
lugar a dúvidas: "Sabem que os chefes das
nações as tiranizam e que os grandes as
oprimem. Não será assim entre vocês. Ao
contrário, quem quiser ser o primeiro, seja
servidor de todos; e o que queira ser o
primeiro, seja escravo de todos. Porque este
homem não veio para ser servido, mas para
servir e dar sua vida em resgate por todos" (Mt
20,25-28).
 Portanto, Jesus afirma que na comunidade os
primeiros têm que ser os mais desprezados,
os que são considerados inúteis e
desprestigiados, a quem são designados os
serviços mais humildes.
Na comunidade de Jesus, portanto, não pode
haver ambição ou desejo de poder ou
dominação. Por isso Jesus proíbe aos seus a
utilização de títulos honoríficos: "pai", senhor,
mestre, doutor", etc. são termos proibidos em
Mt 23,8-10 (cf. tb. Mt 20,26-27; 23,11; Mc 9,35;
10,43-44; Lc 22,25; Jo 15,131524).
 Pelo contrário, na comunidade, diz
Jesus, "todos vocês são irmãos" (Mt
23,9) e "o maior de vocês será o servidor
de todos" (Mt 23,11). Daí se segue que
no grupo cristão deve reinar a mais
absoluta igualdade e caridade, até o
ponto em que nem sequer Jesus se
comporta como "Senhor" (Jo 13,13) e
chama os discípulos "amigos" (Lc 12,4;
Jo 15,15) e "irmãos" (Mt 28,10; Jo 20,17.
Cf. tb. Paulo em 1Cor 3,21-23; ROM
14,7-9; Gal 3,27; Col 3,11).
 A missão fundamental de Jesus
consistiu, portanto, no anúncio do Reino
e na formação de uma comunidade que
visibilizasse esse Reino para o mundo e
a humanidade. Jesus viu claramente,
desde o primeiro momento, que o mais
urgente para a implantação do Reino de
Deus é a existência de uma comunidade
que viva e pratique os princípios e os
valores do Reino. Mas a missão de
Jesus não se reduziu somente a formar a
nova comunidade de salvação.
 Sua atividade em favor do projeto do Pai foi
muito mais longe. Ele sabia perfeitamente que
o inimigo número um do projeto do Reino de
Deus é o sistema estabelecido sobre o
dinheiro, o poder e o prestígio. E sabia
também que os dirigentes do sistema são, e
têm que ser, os mais encarniçados inimigos de
seu projeto e de sua comunidade. Por tudo
isso, os enfrentamentos entre Jesus e esses
dirigentes do povo não demoraram a vir.
Apareceram e aconteceram logo que Jesus
começou a pregar e a pôr em ação seu
projeto.
 Na verdade, o conflito esteve sempre presente
na vida e na pessoa de Jesus e configurou seu
ministério público . Apesar de certa
espiritualidade sempre ter procurado dar-nos
outra imagem e outra idéia disto, sempre
lemos nos evangelhos o relato das palavras
duras de Jesus contra os fariseus e contra os
sacerdotes. A lista de ataques,
e denúncias, muito fortes,
é impressionante: Jesus os
chama assassinos (Mc 12,1-12)
e lhes diz que Deus lhes tirou o
Reino (Mt 21,3346);
 compara os dirigentes com crianças
insensatas e inconseqüentes (Mt 11,1619; Lc 7,31-35); diz-lhes que são uma
"raça de víboras" e más pessoas (Mt
12,34)26; chama-os "gente perversa e
idólatra" (MT 12,39); joga-lhes
constantemente no rosto que são uns
hipócritas (Mt 6,1-6.16-18; 15,7;
23,13.15.23.25.29; Lc 13,15) e que seu
fermento é a hipocrisia (Lc 12,2);
 chama-os cegos e guias de cegos (Mt
15,14; 23,16.19.24); diz-lhes que são
"sepulcros caiados" (Mt 23,27) ou
"túmulo sem sinal" (Lc 11,44), insensatos
cheios de roubos e maldades (Lc
11,3941) e que além disso são
incorrigíveis (Mt19,8),
que o culto que praticam
é inútil (Mt 15,8-9).
 Assegura que os publicanos e as prostitutas
são melhores que eles (Mt 21,31-32) e que
passam por cima da justiça e do amor de Deus
(Lc 11,42); aos juristas diz com desassombro
que afligem as pessoas com fardos
insuportáveis, enquanto eles nem os roçam
com o dedo (Lc 11,46); e denuncia que
guardaram a chave do saber enganando ao
povo (Lc 11,52); ridiculariza os fariseus e sua
piedade (Lc 18,9-14), assim como questiona o
clero, que fica abaixo de um herege
samaritano em termos de valorização por parte
de Jesus (Lc 10,30-37);
 desacredita os letrados diante do povo,
jogando-lhes na cara que "comem os bens das
viúvas com pretexto de rezas longas" (Lc
20,45-47); denuncia que os saduceus não
entendem as Escrituras (Mc 12,24); ameaça
os ricos, os satisfeitos e os que riem (Lc 6,2426). No evangelho de João, os enfrentamentos
entre Jesus e os dirigentes judeus se repetem
constantemente. É verdade que João não
especifica, como o fazem os Sinóticos, a que
grupos dirigentes fala Jesus em seus repetidos
ataques.
 Se todas estas coisas não estivessem nos
evangelhos, resultar-nos-ia quase impossível
acreditar nelas. Ninguém que tenha sido
formado pela catequese tradiconal imagina a
Jesus falando desta maneira, porque a
imagem que dele nos ofereceu a pregação e a
literatura religiosa é completamente distinta.
Entretanto, aí estão os testemunhos dos
quatro evangelhos, para nos dizer até que
ponto a imagem usual de Jesus, como uma
pessoa doce e inofensiva, avessa aos conflitos
e tímida, é completamente falsa.
 Por outra parte, é evidente que se tirarmos dos
evangelhos tudo o que se refere aos
enfrentamentos de Jesus com os dirigentes do
povo, mutilamos essencialmente aquilo que a
mensagem do Novo Testamento nos quer
transmitir. E o que nos quer transmitir é muito
claro: que Jesus foi o mais radical de todos os
profetas, porque não transigiu com a injustiça
e a opressão que as classes dirigentes
exerciam sobre o povo, falseando dessa
maneira o significado da religião.
 Missão de Jesus, Missão de Deus e nossa
Missão
 Reforçamos a idéia de que a Missão é de
Deus, mas confiada a nós. Dizemos: estamos
em Missão ou estamos no trabalho
missionário. Neste sentido, aprofundamos
estes pontos:
 Quem faz a Missão é o Espírito Santo, que é o
ANIMADOR por excelência da SM.
 Mas os missionários estão a serviço do
Espírito Santo, e a sua tarefa é ajudar, criar
condições para que a graça de Deus possa
atuar, para transformar.
 Para isto – Os missionários devem: 1) Gostar
da Missão, e ter paixão por ela; 2) Ser um bom
conselheiro: contagiar as pessoas; 3) Ter
espírito de humildade e simplicidade; 4) Ser
pessoas conscientes, não um alienado e ser
GENTE DE FÉ.
 AS VISITAS: São a alma da SM, uma grande
riqueza; as visitas fazem bem...
 As visitas dos missionários não são para
ensinar, fazer pregação, etc. A visita é um meio
para ir ao encontro das pessoas, para contatos
pessoais.
 Em síntese: estar na Missão SER
PRESENÇA no meio dos outros.
 Nas visitas, procurar valorizar o que há
de bom na família.
 Não é preciso ter pressa: escutar,
conversar, criar clima, etc.
 E se alguma porta se fechar? Continuar
a viagem, seguir em Missão...
 Para aprofundar: O missionário deve se
identificar com JC (Gl 2,20).
 4º MOMENTO – ESTAR NA MISSÃO
Programação da Semana Missionária.
 1 - REGRA DE VIDA DOS
MISSIONÁRIOS DIOCESANOS
 As tarefas dos missionários diocesanos,
assim como vimos acima, já dizem que
perfil de missionário necessitam, com
qual regra de vida viver. Cada diocese
poderá ver melhor para seus
missionários diocesanos. A seguir
algumas sugestões:
 Ser missionário diocesano não é título, é
serviço humilde (Mc 10,43-44).
 Viver a missão com gratidão, eficácia e
gratuidade (Lc 17,10).
 Viver pessoalmente o que se quer
transmitir aos outros, procurando superar
toda e qualquer hipocrisia (Mt 23,3).
 Buscar ser cada vez mais
pessoa verdadeira (Mc 8,36).



Cultivar o encanto e a atração ao mistério de
Deus, que se revela por amor, gratuitamente
na pessoa de Jesus de Nazaré (Ef 3,14-20).
Cultivar sempre a espiritualidade do discípulo
missionário de Jesus de Nazaré (Mc 3,1415). Isso exige fé humilde e serena; e
conversão permanente.
Buscar inspiração na regra de vida dos
missionários, elaborada pelas primeiras
comunidades, tirada dos ensinamentos de
Jesus (Mt 10,1-42; Lc 10,1-24).






Estudo meditado, continuado, orante do Evangelho
do ano litúrgico (Fl 3,7-12).
Oração silenciosa e contemplativa; possivelmente
10-20 minutos, cada dia, em adoração (Mt 6,5-6).
Manter atual a ligação fé-vida, dando sempre razão
de nossa esperança (1Pd 3,15).
Participar ativamente da própria comunidade
eclesial, sem assumir outros compromissos
(somente em caso de necessidade), para se dedicar
mais ao serviço missionário.
Ter consciência crítica e vigilante sobre a vida do
mundo
Estar comprometido com uma prática
transformadora e libertadora; simples e popular, nos
vários níveis.




Viver com doação, com jubilo interior, com
gosto, a missão de missionário diocesano.
Tomar iniciativa, sem esperar ordens de fora;
ternura e firmeza na caminhada.
Ser humilde, dócil à ação do Espírito Santo.
Saber reconhecer as próprias falhas, pedir
perdão, perdoar; levantar e caminhar,
sempre, com paz e firmeza (Mt 7,3-5).
Dar atenção especial à própria família, ser
companheiro fiel com colegas no trabalho.
Viver nos ambientes de trabalho a missão de
missionário, partindo sempre da realidade
sócio-econômica, dos anseios do povo,
testemunhando os valores evangélicos.





Ver tudo em função da missão: relações,
contatos, visitas, organização do tempo,
opções.
Saber trabalhar em equipe, valorizando os
dons dos outros, deixando-se questionar.
Cuidar da própria vida afetiva e emocional;
que seja sadia, serena, coerente.
Viver um estilo de vida simples e sóbria;
fraterna e solidária, sem consumismos.
Cultivar a própria formação permanente,
também através da ajuda dos livros que as
SMP publicaram e vem publicando, e outros
elaborados pela própria diocese.
 Mas cuidado: as regras não devem
abafar, cortar asas; não estão aí para
fiscalizar. Elas somente apontam o rumo
a seguir, querem dar asas a uma
belíssima experiência de vida. Querem
encher de sentido
profundo, de criatividade
e fidelidade.
 O importante não é fazer missão, mas ser
missionário, ou seja, estar na Missão de
Jesus. SER PRESENÇA DE JESUS NO MEIO
DAS PESSOAS, pois somos enviados.
 Se houver tempo, pode ser feita uma reflexão
sobre a pessoa de Paulo, um modelo de
missionário, homem de uma santa ousadia,
que conseguiu ser presença de Jesus em
culturas diferentes e situações desafiadoras
 São Paulo: “Tenham em vocês os mesmos
sentimentos que havia em Jesus” (Fl 2,5).

 Uma máxima: ESVAZIAR-SE A SI MESMO.
 O missionário é uma pessoa que se confia à
graça de Deus, como Paulo: “Basta-nos a
graça do Senhor” (2Cor 12,9).
 Para isto: ORAÇÃO, APROXIMAR-SE DAS
PESSOAS, AJUDAR NO QUE FOR PRECISO
(espírito de serviço), VALORIZAÇÃO DOS
GESTOS E SÍMBOLOS e o jeito simples das
pessoas expressarem a sua fé, RESPEITAR A
REALIDADE E VALORIZAR AS PESSOAS.
 Durante a SM – CELEBRAÇÕES VIVAS que
esquentam o coração.
 Outras questões práticas: acolhida nas
famílias, etc.
 2 – VISITAS
As Visitas: derrubam barreiras e
fortalecem a solidariedade
Páginas 233 a 247
Orientações para as
visitas dos
missionários/as
 As visitas de Jesus não eram
desarticuladas, ingênuas, sem um fio
condutor. Visitava movido pela missão
que o Pai e o Espírito Santo lhe haviam
confiado. Eram visitas sábias,
inteligentes, questionadoras,
esperançosas; tinham rumo. Alertou seus
discípulos a visitar com o mesmo
objetivo.
 Assim também querem ser as visitas dos
missionários/as das SMP. Nas visitas, os
missionários:
 a) Sabem colher e valorizar as Boas-Notícias
do Reino acontecendo (Mt 9,37-38) e não
somente semear (Mc4,3-9). Louvam,
agradecem pelas coisas boas; tiram lições de
vida.
 b) Conforme os terrenos que encontram, vão
lançando sementes, com convicção, com fé,
com gratuidade, sem exigir retomo como
recomendou Jesus: "Vocês receberam de
graça, dêem também de graça" (Mt 10,8).
 Assim também querem ser as visitas dos
missionários/as das SMP. Nas visitas, os
missionários:
 a) Sabem colher e valorizar as Boas-Notícias
do Reino acontecendo (Mt 9,37-38) e não
somente semear (Mc4,3-9). Louvam,
agradecem pelas coisas boas; tiram lições de
vida.
 b) Conforme os terrenos que encontram, vão
lançando sementes, com convicção, com fé,
com gratuidade, sem exigir retomo como
recomendou Jesus: "Vocês receberam de
graça, dêem também de graça" (Mt 10,8).
 c) Visitam as pessoas não somente nas casas;
gostam de encontrá-Ias e conversar com elas
na rua, no trabalho, no lazer.
 d) Não se apegam a formalismos, não ficam
na retranca, ou acanhados; conseguem
descongelar corações frios, derrubam
barreiras, fazem as pessoas se sentirem à
vontade.
 e) Sabem construir relações de simpatia, de
abertura, de busca.
 f) Carregam o mesmo sonho de Jesus,
despertando caminhos de conversão,
fortalecendo esperança, denunciando contravalores, articulando energias nova.
 g) Consideram os outros como pessoas, como irmãos
e irmãs da grande família humana. Não se deixam
bloquear por preconceitos, mas também não são
ingênuos. Eles levam sempre em conta as situações
sociais e culturais das pessoas, das famílias.
 h) Sabem escutar anseios e preocupações, sonhos e
alegrias, vitórias e derrotas, sacrifícios e fragilidades.
Eles não se calam diante de corrupções, conchavos
ambíguos e injustiças; sabem despertar indignação e
compromisso ético. Eles mantêm atitudes livres e
acolhedoras, inteligentes e sábias, abertas e
respeitosas.
 i) Longe de qualquer fanatismo, eles querem ser uma
presença viva de Jesus, mensageiros da paz, resumo
de todos os bens: “A paz esteja nesta casa!” (Lc 10,5).
 j) Eles não desanimam diante de possíveis
dificuldades; não jogam pragas quando não
são bem acolhidos. Sabem que, num lugar ou
outro, poderão não ser bem recebidos e até
recusados. Avaliarão o porque disso, talvez
pedindo perdão por alguma falha; e irão
continuar o caminho, semeando, na certeza de
que bons terrenos irão aparecer (cf. Mt 13,19). Vão com humildade, com serenidade e
júbilo interior, como fazia Francisco de Assis,
quando alguma porta ficava fechada.
 k) Os missionários não querem visitar, de uma
vez, com pressa, todas as casas de uma rua,
parecendo “arrastão”. Não são como tropas de
assalto. Eles preferem, antes, comunicar às
pessoas o desejo de visitá-las; e entram nas
casas quando percebem que serão bem
acolhidos; não forçam. Entrando nas casas,
sobretudo se não são conhecidos,
apresentam-se de maneira simples e humilde,
como missionários da paz e da vida, do
Evangelho de Jesus. Eles são e sentem-se
enviados pela Igreja Católica; quando
necessário, fazem questão de dizê-Io. Sabem
que isso é grande responsabilidade e
confiança; procuram cumprir a missão com
dedicação e fidelidade.
 I) Não fazem questão de levar a Bíblia nas
mãos ou debaixo dos braços; preferem
guardá-Ia com respeito numa pasta simples ou
na mochila.
 m) Usam roupa simples e decente,
possivelmente camisetas estampadas com
dizeres ligados às SMP.
 n) Não gostam de usar folhetos com
esquemas de visitas, pois isso tira a
espontaneidade, dá a sensação de querer
ensinar; não fazem sermões, nem despejam
normas e leis. Não abrem logo a Bíblia; sabem
que a Palavra de Deus revela-se, sobretudo,
em suas posturas e atitudes. Eles criam um
clima agradável, descontraído, sincero.
 o) Fazem as pessoas se sentirem bem à
vontade, conversando sobre fatos da vida,
com sabedoria.
 p) Conforme as situações sabem transformar a
visita em clima de oração, lendo ou lembrando
algum fato ou mensagem de Jesus e fazendo
um comentário simples que esteja relacionado
à vida; em seguida convidam a fazer orações
espontâneas e, se for o caso, uma bênção
final. Eles fazem da visita um encontro
personalizado, desejado, vivido, uma festa.
 q) Nas visitas, se forem solicitados, os
missionários poderão exercer o serviço do
aconselhamento, com carinho, com
responsabilidade e clareza. Quando
perceberem que se acham inseguros diante de
certos assuntos, eles podem sugerir e/ou
providenciar a visita de outras pessoas mais
capacitadas. E farão isso com boa vontade.
 Quando certos assuntos são de interesse
comum da vizinhança, aí os missionários
podem sugerir reuniões ampliadas.
 r) Na medida do possível, escolhem os
horários mais convenientes para as pessoas
que vão visitar.
 2.1 - Orientações gerais para a Visita
Missionária:
 1) Ao chegar à casa, o visitador deverá
respeitar três momentos:
a) Conquistar a amizade das pessoas, ser
cordial e simpático. SABER OUVIR.
(Encontrará pessoas felizes, mas também
muitos angustiados, revoltados contra a Igreja,
padres...). - Acolher os desabafos com
serenidade. Este não é o momento para
debate ou doutrinação.
b) Tempo da palavra: - Conquistada a
amizade, há mais chance de evangelizar: Esclarecer sobre a intenção da visita.
 c) Tempo da ação: - Ao perceber que há
situações de problemas mais sérios,
como alcoolismo, desemprego, conflitos
no casamento... O visitador deverá voltar
para ajudar buscar soluções para os
problemas. (O problema deverá ser
levado ao conhecimento da equipe
central, que procurará a melhor maneira
possível de solucioná-lo).
 2) O visitador não deve desanimar
quando for mal recebido. É preciso ter
paciência e calma. Disse Jesus:
"Abençoai a quem vos persegue".
 3) Onde for bem recebido, não deixar o
orgulho tomar conta do coração.
 4) Guardar sigilo de tudo o que ouvir na
visita, sobretudo das confidências feitas.
 5) O visitador deve estar bem informado
sobre a vida da Paróquia: horário, cursos
etc.
 6) NÃO DISCUTIR RELIGIÃO. Não ser
"chato". Evitar perguntas indiscretas, não ser
moralista...
 7) Depois de algumas visitas, pode-se fazer
ficha sobre dados importantes.
 8) Quando for possível, criar clima de oração,
e convidar para rezar.
 9) Entregar folhetos com orações, mensagens
e informações sobre a Paróquia.
 10) As visitas devem ser feitas sempre de dois
em dois.
 2.2 - Passos para evangelizar de casa
em casa:
 1°) - No dia da visita não esquecer de
fazer uma oração antes de sair de casa,
pedindo ao Senhor a unção do Espírito
Santo para o bom êxito de seu trabalho
como evangelizador.
 2°) - Não esquecer de verificar antes de
sair de casa se está com todo o
material.
 3°) - No caminho, faça oração.
 4°) Na chegada nas casas:
 a) - Cumprimentar as pessoas e apresentar-se
como Missionário Católico da Paróquia Nossa
Senhora Imaculada Conceição, dizendo: “A
paz do Senhor Jesus Cristo esteja nesta casa”.
 b) - Havendo barulho (rádio muito alto, TV
ligada em alto som etc.) pedir com delicadeza
para abaixar o volume;
 c) - Perguntar o nome de quem lhe atendeu e
se tiver esposo (a), filhos, amigos, convidar a
todos para participarem da conversa se for
possível;
 d) - Não esquecer que o missionário deve em
primeiro lugar OUVIR, OUVIR, OUVIR;
 e) - Manter uma disposição de profundo
acolhimento para o visitado.
 5°) No desenrolar da visita:
 (Prestar atenção naquilo que as pessoas
falam).
 a) - Esclarecer o motivo da visita missionária: é
um trabalho apostólico, onde estamos
realizando o mesmo trabalho feito por Jesus e
pelos Apóstolos. Falar sobre o conteúdo das
missões populares.
 b) - Perguntar se freqüenta alguma Igreja...
 c) - Se for Católico, perguntar se quer
participar da vida comunitária da Igreja... Caso
for Católico e não participa da vida da Igreja,
perguntar se sente necessidade de participar
da comunidade, com muita delicadeza.
 d)- Perguntar se há alguém doente em casa.
Caso haja algum doente, perguntar se
gostariam de fazer uma oração pelo mesmo.
 e) - Pedir a Deus que abençoe as pessoas,
derrame sua graça sobre aquela família.
 f) - Rezar em conjunto o Pai Nosso.
 6°) Na despedida:
 a) - Agradecer a acolhida e dizer que foi
grande a alegria de conhecer e visitar
essa família e estas pessoas;
 b) - Informe que dentro em breve,
voltaremos para fazer outra visita, se não
se opuserem;
 c) - Desejar que a Paz de Jesus
permaneça nesta casa e com todos os
membros da família.
 7°) Após a saída das casas:
 a) - Fazer as anotações necessárias na ficha.
 b) - Lembrar-se do sigilo sobre os assuntos e
as pessoas visitadas;
 c) - Anotar as casas em que não foi possível
fazer a visita por qualquer razão, para visitálas em outra ocasião;
 d) – Anotar o nome de pessoas que queiram
trabalhar como lideranças nas comunidades;
 e) – Perceber se há algum problema pastoral
que precise ser resolvido.
 Ainda no sábado, pedir a equipe paroquial para
apresentar alguns aspectos da realidade local, os
objetivos da Semana Missionária, o que esperam dos
missionários e em que eles podem colaborar, etc.
Apresentar a programação da SM, e fazer alguns
encaminhamentos práticos. Se for oportuno, fazer a
destinação dos missionários e dar tempo para eles se
encontrarem com representantes dos setores.
 VIGÍLIA DE ORAÇÃO
Como à noite vai ter o festival de músicas, pode
terminar o retiro com um momento especial para os
missionários de fora: clima de oração e meditação
pessoal, se possível, com a presença do Santíssimo,
momento de perdão, etc.
 DOMINGO, Missa de envio, conforme programação.
MISSIONÁRIOS DE FORA
Página: 166 a 170
SUGESTÃO PARA TODOS OS DIAS DA
SEMANA MISSIONÁRIA
272 a 306
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missionários de fora