A missão no Documento da Aparecida Discípulos missionários O discipulado e a missionariedade a partir do Documento de Aparecida • O projeto missionário da Conferência de Aparecida envolve toda a Igreja da América Latina e o Caribe. “Discípulos missionários” é o grande convive que decorre do Batismo e que torna a Igreja missionária por sua própria constituição e natureza. A missão da Igreja e dos “discípulos missionários” começa por discernir e reconhecer as “sementes do Verbo” presentes nas culturas e realidade de nosso continente. Os povos indígenas cultivam valores humanos de grande significado, convicções e riquezas culturais que são fruto de ‘sementes do Verbo’, que já estavam presentes e operavam em seus antepassados (DA 92). 1. Discípulos missionários: tópicos significativos a) Atenção às “sementes do Verbo” Reconhecer essa presença nas culturas autóctones, facilita uma aproximação mais inculturada aos irmãos indígenas, e pode ajudar muitos a encontrarem no Evangelho respostas vitais para suas aspirações mais profundas (DA 4). Os discípulos de Jesus, encarnado na vida dos povos, facilmente descobrirão e reconhecerão, a partir da fé, as ‘sementes do Verbo’, presentes nas tradições e culturas dos povos indígenas da América Latina (529; cf. 92). b) A missão no “ver” da realidade LatinoAmericana e caribenha Os discípulos missionários olham a realidade como homens e mulheres de fé e contam com a Eucaristia como “alimento substancial” de suas vidas e ação, sendo Maria a “primeira discípula e grande missionária de nossos povos” (25). Como discípulos e missionários de Jesus, queremos e devemos proclamar o Evangelho, que é o próprio Cristo. “Igreja deve cumprir sua missão seguindo os passos de Jesus e assumindo suas atitudes” (31). • Ao tratar da “situação de nossa Igreja na hora histórica de desafios”, os bispos constatam que nosso povo aprecia o trabalho missionário dos presbíteros e sua criatividade pastoral (99c), “a abnegada entrega de tantos missionários e missionárias que, até o dia de hoje, têm desenvolvido valiosa obra evangelizadora e de promoção humana em meio a nossos povos”; a dedicação de consagradas e consagrados, leigos e leigas que, a partir do nosso Continente, participam da missão ad gentes” (99d). • “A DSI constitui uma riqueza sem preço, que tem animado o testemunho e a ação solidária dos leigos e leigas, que se interessam cada vez mais por sua formação teológica como verdadeiros missionários da caridade” (99f). c) O “julgar” da missão no olhar de Aparecida Os discípulos reconhecem em Jesus o evangelizador enviado por Deus (Lc 4, 44), o Evangelho de Deus em pessoa (cf. Rm 1, 3). Com a alegria da fé, somos também missionários para proclamar o Evangelho de Jesus Cristo e, nele, a boa notícia da dignidade humana, da vida, da família, do trabalho, da ciência e da solidariedade com a criação (103). Pois é próprio do discípulo missionário, respondendo ao desígnio de Deus, promover a dignidade do trabalhador e do trabalho, o justo reconhecimento de seus direitos e de deveres, promover o trabalho digno e denunciar toda injustiça (121). “Como discípulos e missionários somos chamados a intensificar nossa resposta de fé e anunciar que Cristo redimiu todos os pecados e males da humanidade” (134). “Identificar-se com Jesus Cristo é também compartilhar seu destino”, como o fizeram tantos missionários e mártires de ontem e de hoje (140). Assim, “todo discípulo é missionário, pois Jesus o faz partícipe de sua missão ao mesmo tempo em que o vincula a Ele como amigo e irmão... Cumprir essa missão não é tarefa opcional, mas parte integrante da identidade cristã, porque é a extensão testemunhal da vocação mesma” (144). Discipulado e missão são duas faces de uma mesma moeda. Ao apaixona-se por Cristo o discípulo necessariamente anuncia ao mundo que só Ele nos salva (cf. At 4, 12). “Esta é a tarefa essencial da evangelização, que inclui a opção preferencial pelos pobres, a promoção humana integral e a autêntica libertação cristã” (146). “O discípulo missionário há de ser um homem ou uma mulher que torna visível o amor misericordioso do Pai, especialmente para com os pobres e pecadores” (147). Ao participar da missão, o discípulo caminha para a santidade. Vive-la na missão o conduz ao coração do mundo (148). E a missão é possível quando se é conduzido pelo Espírito Santo como foi conduzido Jesus (149). • A comunhão e a missão estão unidas entre si. De um • • lado, a comunhão é missionária e, de outro, a missão é para a comunhão. Em nossas Igrejas particulares, todos os membros do Povo de Deus, segundo suas vocações específicas, somos convocados à santidade na comunhão e na missão (163). “A vida em comunidade é essencial à vocação cristã. O discipulado e a missão sempre supõem a pertença a uma comunidade”, pois somos salvos por Deus, não isoladamente, mas formando um Povo (164). A Igreja particular, para levar seus membros ao amadurecimento no seguimento de Jesus, necessita renovar-se constantemente em sua vida e ardor missionário. Só assim poderá ser casa e escola de comunhão, de participação e solidariedade (167). A Diocese “é chamada a ser uma comunidade missionária”; “com espírito materno é chamada a sair em busca de todos os batizados que não participam na vida das comunidades cristãs” (168). A Diocese “é o primeiro espaço da comunhão e da missão”, e o bispo “deve estimular e conduzir uma ação pastoral orgânica renovada e vigorosa, de maneira que a variedade de carismas, ministérios, serviços e organizações se orientem no mesmo projeto missionário para comunicar vida” (169). • Todas as comunidades devem se imbuírem da tarefa missionária (171). • “Toda a paróquia é chamada a ser o espaço onde se recebe e se acolhe a Palavra, onde se celebra e se expressa na adoração do Corpo de Cristo, e assim é a fonte dinâmica do discipulado missionário” (172). • “A renovação missionária das paróquias se impõe, tanto na evangelização das grandes cidades como do mundo rural de nosso Continente” (173). • “Os melhores esforços das paróquias neste início de terceiro milênio devem estar na convocação e na formação de leigos missionários. Só através da multiplicação deles poderemos chegar a responder às exigências missionárias do momento atual” (174). “Toda a autêntica missão unifica a preocupação pela dimensão transcendente do ser humano e por todas as suas necessidades concretas, para que todos alcancem a plenitude que Jesus Cristo oferece” (176). • Na experiência eclesial da AL, as CEBs “têm ajudado a formar cristãos comprometidos com sua fé, discípulos e missionários do Senhor, como o testemunha a entrega generosa, até derramar o sangue, de muitos de seus membros” (178). • Elas “demonstram seu compromisso evangelizador e missionário entre os mais simples e afastados, e são expressão visível da opção preferencial pelos pobres”. As CEBs têm a Palavra de Deus como fonte de sua espiritualidade e orientação de seus pastores como guia que assegura a comunhão eclesial”, além de possuírem um compromisso evangelizador e missionário com os mais simples e afastados (179). Os bispos são animadores da comunhão, tendo a missão de acolher, discernir e animar os carismas, ministérios e serviços na Igreja (188). Os presbíteros são enviados a outras Igrejas, motivados pelo sentido missionário (191). “O Povo de Deus sente a necessidade de presbíteros-missionários” (199). O pároco “deve ser ardoroso missionário que vive o constante desejo de buscar os afastados e não se contenta com a simples administração” (201). A paróquia, comunidade de discípulos missionários, requer organismos que superem qualquer tipo de burocracia. Os Conselhos pastorais paroquiais serão formados por discípulos missionários preocupados em chegar a todos. O Conselho de assuntos econômicos trabalhará para obter os recursos necessários, de maneira que a missão avance e se faça realidade em todos os ambientes (203). Os leigos e leigas “realizam, segundo sua condição, a missão de todo o povo cristão na Igreja e no mundo” (209). “Sua missão própria e específica se realiza no mundo, de tal modo que, com seu testemunho e sua atividade, contribuam para a transformação das realidades e para a criação de estruturas justas segundo os critérios do Evangelho” (210). Para cumprir sua missão, os leigos necessitam de sólida formação doutrinal, pastoral, espiritual e adequado acompanhamento (212). A Igreja em nosso Continente quer “colocar-se em estado de missão” (213). • O compromisso missionário é de toda comunidade, que “sai ao encontro dos afastados, buscando-os em sua situação particular, a fim de reencantá-los com a Igreja e convidá-los a retornarem para ela” (226d). • É indispensável “desenvolver as potencialidades que há nas pessoas e formar discípulos missionários” da Boa Nova, na força do Espírito (276). • Para acontecer isto é preciso: o encontro com Jesus cristo (ação missionária da comunidade querigma), a conversão, o discipulado, a comunhão e a missão (278). O processo formativo dos discípulos e missionários está atento a diversas dimensões: humana e comunitária, espiritual, intelectual, pastoral e missionária (280). Toda formação deve inspirar-se numa “espiritualidade da ação missionária” (284). “Uma comunidade que assume a iniciação cristã renova sua vida comunitária e desperta seu caráter missionário” (291). O discípulo de Jesus Cristo seja inserido “cordialmente na comunidade eclesial e social e seja solidário no amor e fervoroso missionário” (292). São “lugares de formação de discípulos missionários”: a família, as paróquias, as pequenas comunidades eclesiais, os movimentos eclesiais e novas comunidades, os seminários e casas de formação religiosa, as escolas e universidades católicas (301-345). c) O “agir” da missão no DA Descobrimos duas leis da realidade: a primeira é que a vida só se desenvolve plenamente na comunhão fraterna e justa (359); a segunda é que a vida amadurece à medida que é entregue para dar vida aos outros (360). Por isso, “a doutrina, as normas, as orientações éticas e toda a atividade missionária das Igrejas, deve deixar transparecer essa atrativa oferta de vida mais digna, em Cristo, para cada homem e para cada mulher” (361). O grande convite da V Conferência a todas as forças da Igreja e às comunidades eclesiais é que se empenham na “missão continental” (362): Assumimos o compromisso de uma grande missão em todo o Continente, que de nós exigirá aprofundar e enriquecer todas as razões e motivações que permitam converter cada cristão em discípulo missionário. Necessitamos desenvolver a dimensão missionária da vida de Cristo. A Igreja necessita de uma forte comoção que a impeça de instalar-se na comodidade, no estancamento e na indiferença, à margem do sofrimento dos pobres do Continente. • Precisamos que cada comunidade cristã se transforme num poderoso centro de irradiação da vida em Cristo. Esperamos em um novo Pentecostes que nos livre do cansaço, da desilusão, da acomodação ao ambiente; esperamos uma vinda do Espírito que renove nossa alegria e nossa esperança. Por isso, é imperioso assegurar fortes espaços de oração comunitária, que alimentem o fogo de um ardor incontido e tornem possível um atraente testemunho de unidade ‘para que o mundo creia’ (Jo 17, 21)” (362). “A conversão pastoral requer que as comunidades eclesiais sejam comunidades de discípulos missionários ao redor de Jesus Cristo, Mestre e Pastor” (368). “A conversão pastoral exige que se vá além de uma pastoral da mera conservação, assumindo uma pastoral decididamente missionária” (370). “Reconhecemos como fenômeno importante de nosso tempo o aparecimento e difusão de diversas formas de voluntariado missionário que se ocupam de uma pluralidade de serviços” (372). “Como discípulos missionários queremos que a influência de Cristo chegue até os confins da terra. Descobrimos a presença do Espírito Santo em terras de missão mediante os sinais”, tais como: os valores do Reino presentes nas culturas, o compromisso histórico das religiões, o nascimento da comunidade eclesial, o testemunho de pessoas e comunidades (374). • “Nossa missão, para que nossos povos tenham vida n’Ele, manifesta nossa convicção de que o sentido, a fecundidade e a dignidade da vida humana se encontram no Deus vivo revelado em Jesus” (389). • Para sermos fiéis ao Evangelho precisamos proclamar a verdade sobre o ser humano e sua dignidade (390). • Para isso é preciso “fortalecer uma Pastoral Social estruturada, orgânica e integral que, com a assistência e a promoção humana, se faça presente nas novas realidades de exclusão e marginalização em que vivem os grupos mais vulneráveis, onde a vida está mais ameaçada” (401). “A opção preferencial pelos pobres nos impulsiona, como discípulos e missionários de Jesus, a procurar caminhos novos e criativos a fim de responder a outros efeitos da pobreza” (409). Os migrantes são “estimulados a se fazer discípulos e missionários nas terras e comunidades que os acolhem, compartilhando com eles a riqueza de sua fé e de suas tradições religiosas” (415). “Como discípulos de Jesus Cristo, encarnado na vida de todos os povos, descobrimos e reconhecemos a partir da fé as ‘sementes do Verbo’, presentes nas tradições e culturas dos povos indígenas” (529). “Ser discípulos e missionários significa assumir a atitude de compaixão e cuidado do Pai, que se manifestam na ação libertadora de Jesus” (532). Sendo a missão evangelizadora inseparável da solidariedade com os pobres e sua promoção integral, e sendo que existem comunidades eclesiais carentes dos meios necessários, é imperativo ajuda-las, imitando as primeiras comunidades cristãs, para que verdadeiramente se sintam. “É urgente, portanto, a criação de um fundo de solidariedade amadas. Para este fim faz-se necessária a criação de um fundo de solidariedade entre as Igrejas da América Latina e do Caribe que esteja a serviço das iniciativas pastorais próprias” (545). “Esta V Conferência, recordando o mandato de ir e de fazer discípulos (cf. Mt 28, 20), deseja despertar na Igreja na América Latina e do Caribe um grande impulso missionário. Não podemos deixar de aproveitar esta hora de graça. Necessitamos de um novo Pentecostes! Necessitamos sair ao encontro das pessoas, das famílias, das comunidades e dos povos para lhes comunicar e compartilhar o dom do encontro com Cristo, que tem preenchido nossas vidas de ‘sentido’, de verdade, de amor, de alegria e de esperança! Não podemos ficar tranqüilos em espera passiva em nossos templos, pois urge sair em todas as direções para proclamar que o mal e a morte não têm a última palavra, que o amor é mais forte, que fomos libertados e salvos pela vitória pascal do Senhor da história, que Ele nos convoca em Igreja, e quer multiplicar o número de seus discípulos na construção do seu Reino em nosso Continente! • Somos testemunhas e missionários: nas grandes cidades e campos, nas montanhas e selvas de nossa América, em todos os ambientes da convivência social, nos mais diversos ‘areópagos’ da vida pública das nações, nas situações extremas da existência humana, assumindo ad gentes nossa solicitude pela missão universal da Igreja” (548). O esforço evangelizador da comunidade eclesial passa por iniciativas pastorais criativas, num espírito de diálogo, compreensão e delicada caridade. Essa missão abraça com o amor de Deus a todos e especialmente aos pobres e aos que sofrem (550). “Este despertar missionário, na forma de Missão Continental, cujas linhas fundamentais foram examinadas por nossa Conferência e que esperamos sejam portadoras de sua riqueza de ensinamentos, orientações e prioridades, será ainda mais concretamente considerada durante a próxima Assembléia Plenária do CELAM, em Havana”. Procurará colocar a Igreja em “estado permanente de missão” (551). 2. Por uma Missiologia a partir de Aparecida a) A expressão “discípulos missionários” 66 vezes no DA Discipulado e missão Jesus convida a segui-Lo Discipulado: vivência e experiência Viver a vida do Mestre – deixar-se moldar por Ele Discipulado nasce do amor e da resposta a Jesus Cristo • Somos missionários já em força do nosso batismo. • A missionariedade é constitutivo da vocação batismal de todo cristão: • "Ide e fazei discípulos todos os povos" (Mt 28, 16). b) A proposta de Aparecida - uma missão continental O novo do projeto missionário está na forma de convidar, no modo de fazer e de onde partir. Os bispos se deram conta que, sem as comunidades eclesiais, a Igreja de Jesus perde seu sentido. Talvez aqui esteja a grande “novidade” em relação a outros projetos, às vezes vindos de cima para baixo, e que por isso não tinham uma recepção adequada. O projeto missionário deverá começar por cada pessoa, cada comunidade, cada paróquia, cada Igreja particular, chegando a ser também uma missão ad gentes. É um projeto que emerge da própria realidade que clama por nossa presença e da essência mesma da Igreja. Os bispos foram sensíveis e acolheram as propostas e os compromissos que emergiram da grande consulta feita no período anterior à Conferência. c) As “sementes do Verbo”– uma missão inculturada “As sementes do Verbo, presentes nas culturas autóctones, facilitou a nossos irmãos indígenas encontrar no Evangelho respostas vitais às suas aspirações mais profundas” (DA 4). “Como discípulos de Jesus Cristo, encarnado na vida de todos os povos, descubramos e reconheçamos a partir da fé as sementes do Verbo presentes nas tradições e culturas dos povos indígenas da América Latina” (DA 548). O Verbo de Deus e suas sementes Presença gratuita Presença nas mais diversas etnias e culturas Características de sua presença: silenciosa, discreta, amorosa, vital e revitalizadora, misericordiosa, iluminadora, criativa, respeitosa, libertadora... d) O sujeito prioritário da missão – a comunidade eclesial A herdeira prioritária da missão é a comunidade eclesial: Igreja particular, paróquia, comunidades de base, pastorais, ministérios e serviços eclesiais. Missão particular confiada especialmente aos leigos e leigas. Todo batizado é missionário, mas inserido em sua comunidade eclesial. A comunidade eclesial precisa ser “um centro irradiador de vida”. e) As mediações da missão A intuição vem antes da instituição. Se a segunda preceder a primeira perdemos o significado cristão da missão. Os meios não podem estar acima do objetivo. As instituições e os recursos são secundários. A comunidade eclesial é capaz de ajudar os missionários a estarem presentes na vida social, como sinais de vida animada pela fé, esperança e caridade. A comunidade eclesial precisa estar em “estado permanente de missão”. Os sujeitos prioritários e preferenciais são os pobres e o meio privilegiado é a vida comunitária - necessidade de comunidades vivas e atuantes, com leigos e leigas, lideranças e serviços interagindo e atuando de forma viva, participativa e eficaz. A missão deve levar em conta o mandato missionário de Jesus (Mt 28,16-20). Assim, para uma coerente teologia da missão para ajudar a discernir os elementos constantes do mandato, é importante que os agentes missionários e as comunidades eclesiais sejam capazes de se colocarem em movimento na direção dos outros, daqueles que estão à margem do anúncio do Evangelho. f) Os lugares da missão: o mundo e a história O mundo é o lugar onde se opera a salvação de Deus. A história é o lugar dos testemunhos humanos no tempo, bem como o lugar da manifestação e revelação de Deus à humanidade. Recordar a gradativa revelação da presença de Deus em meio ao povo nos ajudará a precisar a forma como acontece este encontro na história. Presença e encontro que levam adiante a humanidade, mas que celebram no presente enquanto alegria. • Conclusão A vocação missionária nasce do discipulado de Jesus de Nazaré. As comunidades eclesiais são desafiadas a entrar em ritmo discípulas missionárias, entrar em missão. As Comunidades Eclesiais são chamadas a ser um laboratório do Reino de Deus. A ênfase não são os missionários isolados, mas as comunidades com o agentes da evangelização. Por sua própria natureza, a comunidade eclesial precisa ser missionária, não fechar-se em si mesma, mas estar aberta à proclamação da boa nova de Jesus, indo ao encontro das sementes do Verbo espalhadas na realidade. Chegou a hora de criar uma clima e uma atmosfera toda missionária, e de sair de nós mesmos em vista do anúncio de Deus às pessoas, não importando as conseqüências e os riscos.