ESAPL
IPVC
Licenciatura em Engenharia do
Ambiente e dos Recursos Rurais
Economia Ambiental
Tema 2
O MERCADO
O Mercado
 Os Economistas estudam e analisam o funcionamento de
uma série de instituições, no intuito de determinarem a forma
como são usados os recursos escassos de que as sociedades
humanas dispõem.
 Talvez o mais importante conjunto de instituições
estudado seja o dos Mercados.
 O Mercado não é mais do que o local onde se
encontram vendedores e compradores, com vista à
realização de trocas de bens e serviços.
 Por isso os Mercados podem ocorrer a muitos e diferentes
níveis e escalas. Tanto podemos falar do Mercado Local ou
do Mercado Mundial de determinado bem, como do Mercado
de Trabalho ou do Mercado de Acções de uma cidade ou de
um país.
O Mercado
 Os Mecanismos do Mercado só podem funcionar plenamente
quando as pessoas seguem um certo conjunto de normas
comportamentais de mercado. Assim assumimos que:
1. Os vendedores de bens e serviços
devem estar motivados pela obtenção de
Lucros.
2. Os compradores de bens e serviços
devem estar motivados por conseguirem
obter o máximo possível do seu dinheiro
(quer em termos de quantidade, quer em
termos de qualidade).
O Mercado – A PROCURA
 Quando se recorre ao mercado com vista à obtenção de um
bem ou serviço, diz-se que se está numa situação de
PROCURA (ou Demand, conforme a terminologia Anglo-Saxónica).
 Como consumidores reagimos a mudanças nos preços dos
bens e serviços. Se os preços sobem, normalmente
compramos menos, porque:
1. Um aumento no preço daquilo que queremos comprar
nos torna mais pobres. Precisamos de uma maior
quantidade de dinheiro para adquirir a mesma
quantidade do bem ou serviço.
2. Somos sensíveis aos preços de outros bens e
serviços que possam satisfazer o mesmo tipo de
necessidades. Se o preço das maçãs sobe, podemos
bem passar a comprar mais pêras, assumindo que o
preço destas se mantém.
O Mercado – A PROCURA
 No primeiro caso estávamos a reagir a um preço de um
bem relacionando-o com o nosso nível de rendimentos.
 No segundo caso estávamos a reagir a um preço de um
bem relacionando-o com o preço de outros bens.
 Note-se que reagiríamos em direcção oposta se o preço
do bem ou serviço que procurávamos baixasse.
Os Economistas acham que esta resposta a variações de
preços é tão universal que lhe chamam:
A Lei da Procura
A LEI DA PROCURA
 Podemos então enunciar a Lei da Procura da seguinte
forma:
Mantendo-se todas as demais coisas
constantes, a procura de um bem ou serviço
aumenta quando o seu preço baixa, e diminui
quando o seu preço sobe.
 Note-se que não podemos deixar de considerar o facto de
todas as demais coisas terem de se manter constantes, uma
vez que a procura de um dado bem ou serviço depende, como
já se viu, de outros aspectos, como sejam, o preço de bens
relacionados, o nível de rendimentos, os gostos, etc., etc..
A LEI DA PROCURA
A preços elevados correspondem
quantidades compradas baixas.
P
A preços mais baixos correspondem
quantidades compradas mais
elevadas.
p1
p2
D
q1
q2
Q
ELASTICIDADE DA PROCURA
 A Lei da Procura, por nos dar apenas uma relação qualitativa,
e não quantitativa, entre o preço a a quantidade procurada de um
determinado bem ou serviço, tem por si só pouca utilidade.
 Por exemplo para uma empresa, seria bem mais interessante
poder saber quanto subirão ou baixarão as suas vendas, em
consequências desta ou daquela baixa ou aumento de preços
nos seus produtos.
 Os Economistas desenvolveram uma medida numérica, para
exprimir os diferentes graus de resposta dos consumidores a
variações dos preços dos diferentes produtos, a que se chama
Elasticidade da Procura em Relação ao Preço.
ELASTICIDADE DA PROCURA
 A Elasticidade da Procura em Relação ao Preço calcula-se
dividindo a variação percentual na quantidade procurada pela
variação percentual do preço que a originou:
 No gráfico anteriormente apresentado, se o preço do bem
passasse de p1 para p2, a Elasticidade da Procura em Relação
ao Preço viria dada por:

q2  q1
100
%Q
q1


%P p 2  p1  100
p1
ELASTICIDADE DA PROCURA
 Os consumidores reagem de forma distinta a variações de
preços em produtos distintos. Por exemplo, um aumento de 30%
no preço das tangerinas pode implicar uma baixa de 70% nas
suas compras. Mas um aumento de 50% no preço da gasolina
pode implicar uma redução no consumo de menos de 10%.
 Quando o preço varia muito mas a quantidade procurada
varia pouco, como o caso da gasolina, diz-se que a Procura é
Inelástica. Quando pelo contrário o preço varia pouco e a
variação na procura é proporcionalmente maior, diz-se que a
Procura é Elástica.
 Procuras Inelásticas têm Elasticidades entre 0 e 1.
 Uma Elasticidade de 1 marca a fronteira entre Procuras
Elásticas e Inelásticas (Diz-se Elasticidade Unitária).
 Procuras Elásticas têm Elasticidades maiores que 1.
O Mercado – A OFERTA
 Vejamos agora o lado dos vendedores de bens e serviços.
O seu objectivo é ganhar o máximo lucro possível, no quadro
das condições que enfrentam. No seu conjunto, produzirão o
que quer que seja desde que tal lhes seja rentável.
 Se o preço que conseguem obter aumenta, terão maiores
lucros. Podem aumentar a produção.
 Se o preço que conseguem obter baixa, algumas empresas
cortam nas suas produções, enquanto outras se vêem mesmo
forçadas a abandonar o negócio. Na globalidade a produção
tende a baixar.
A Oferta (Supply – na língua Inglesa) tem portanto um
comportamento semelhante, mas oposto, ao da Procura.
Um preço em alta diminui a quantidade comprada, mas
aumenta a quantidade oferecida. Um preço em baixa
aumenta a quantidade comprada, mas diminui a quantidade
oferecida. Mantidas constantes todas as demais coisas.
A OFERTA
S
P
p1
A preços elevados correspondem
quantidades oferecidas altas.
p2
A preços mais baixos correspondem
quantidades oferecidas mais baixas.
q2
q1
Q
Mercados e Concorrência Perfeita
 As regras gerais faladas para a Procura, e muito mais em
particular para a Oferta, são mais fortes quando há Maior
Concorrência, e mais fracas quando há Menor Concorrência.
 A forma como as empresas respondem a mudanças de
preços é influenciada pelo grau de concorrência existente no
seio do seu sector industrial.
 Os mercados podem variar desde aqueles em que nada do
que uma empresa isolada possa fazer altera o preço do seu
produto, até àqueles em que uma única empresa tem
possibilidades fortes de alterar esse preço, isoladamente.
 Vejamos então as condições que devem existir para que os
mercados operem de forma concorrencial.
Mercados e Concorrência Perfeita
1. Deve haver um grande número de produtores
(empresas) e um grande número de compradores.
De tal forma que se uma empresa sair do mercado ou,
pelo contrário, triplicar a sua produção, o preço do
produto por ela produzido não é alterado.
2. Os Direitos de Propriedade devem estar
perfeitamente definidos. Quando compramos um
quilo de carne, ele passa a pertencer-nos. Contudo não
podemos comprar um litro de ar puro. Por isso há um
mercado para a carne, mas não há um para o ar limpo.
3. Deve haver Competição. Ou algo a que podemos
chamar de rivalidade. Quando compramos gasolina
Galp, não compramos gasolina Cepsa. Ambas
competem pelas nossas compras de gasolina, e
fornecem-nos bens que podemos considerar como
exactamente iguais.
Mercados e Concorrência Perfeita
4. Deve ser possível entrar ou abandonar o mercado com
toda a facilidade. Quer dizer que o Mercado deve permitir
a exclusão e o fácil acesso. Produtores e consumidores
podem ser excluídos do mercado dependendo de factores
como a oferta, a procura, e outros.
6. O Mercado não deve ser coercivo. Quer os
consumidores, quer os vendedores, devem ser livres
de fazer as suas escolhas, e devem estar livres de
situações de coerção nas suas transacções.
7. A informação deve ser barata e fácil de obter. Tanto
os consumidores como os vendedores devem ter fácil
acesso à informação que consideram necessária para
melhor tomarem decisões relativas às suas
transacções.
Outras Formas de Concorrência
1. Concorrência Monopolística. É muito semelhante à
concorrência perfeita. Só que as empresas de
concorrência monopolística produzem bens ou serviços
ligeiramente diferentes daqueles que são produzidos
pelos seus concorrentes. Um bom exemplo são os
Restaurantes (e não as cadeias de Fast Food), ou os
Cabeleireiros.
2. Oligopólio. É uma estrutura de mercado na qual um
pequeno número de grandes empresas produz a maior
parte do bem ou serviço produzido. Exemplos são as
cadeias de Fast Food, a indústria de Motores para
Automóveis, as Siderurgias, etc..
Outras Formas de Concorrência
3. Monopólio. Uma única empresa produz a totalidade do
bem ou do serviço disponível. Tal bem ou serviço não
tem qualquer substituto. Uma vez que o monopólio
deixa o consumidor sem escolha – para além de poder
escolher ficar sem o bem ou serviço – é normalmente
proibido nos países industrializados.
Nos casos em que a tecnologia de produção é tal que
não permite a concorrência directa – como o
fornecimento de água potável, os sistemas de esgotos,
a produção de electricidade – os monopólios podem
existir mas os seus preços são determinados pelos
governos, ou então são directamente possuídos ou
operados pelos governos.
Mercados e Preço de Equilíbrio
 Os Mercados proporcionam às pessoas: 1) a oportunidade de
vender os bens ou serviços para cuja produção trabalharam e,
2) a oportunidade de comprarem os bens e serviços de que
necessitam ou que desejam.
 O equilíbrio do mercado dá-se quando a Oferta de um bem
ou serviço iguala a Procura. Os economistas usam as Curvas
da Oferta e da Procura (anteriormente mostradas) para
descrever este equilíbrio.
 Analisemos o gráfico seguinte, que inclui as duas curvas da
Oferta e da Procura para um determinado bem ou serviço,
conforme o anteriormente mostrado:
Vejamos uma situação de Excesso
Se o preço prevalecente do produto for demasiado alto, a quantidade
oferecida será muito superior à quantidade procurada, verificando-se a
existência de excedentes de mercado para o mesmo.
S
P
Excedente = q2-q1
p1
D
q1
q2
Q
Vejamos uma situação de Excesso
À medida que os vendedores se tentam ver livres do excesso de produto, tendem
a baixar o preço do mesmo. A resposta dos compradores é, como se viu, comprar
mais. Se mais for sendo comprado, e menos for sendo produzido (devido à
diminuição do preço) os excedentes acabarão por desaparecer.
S
P
Excedente Inicial
p1
Novo Exced.
p2
D
q1
q3
q4
q2
Q
Vejamos uma situação de Escassez
Se o preço prevalecente do produto for demasiado baixo, a quantidade
oferecida será muito inferior à quantidade procurada, verificando-se a
existência de escassez de mercado para o mesmo.
S
P
p
1
Escassez = q2-q1
D
q1
q2
Q
Vejamos uma situação de Escassez
À medida que os compradores tentam adquirir o produto, que é escasso ao preço
prevalecente, tendem a oferecer um preço mais alto. A resposta dos vendedores é,
como se viu, produzir mais e aumentar o preço. Os compradores reagem então
consumindo menos. Se menos for sendo comprado, e mais for sendo produzido
(devido ao aumento do preço) a escassez acabará por desaparecer.
S
P
p2
Nova Escas.
p
1
Escassez Inicial
D
q1
q3
q4
q2
Q
O Preço de Equilíbrio
Se quando há excedentes de oferta os preços tendem a baixar, diminuindo a
quantidade oferecida e aumentando a quantidade procurada...
E quando há excesso de procura os preços tendem a aumentar, aumentando a
quantidade oferecida e diminuindo a quantidade procurada...
S
P
Então tende-se para
um Preço - p*
Que corresponderá
a uma quantidade
Procurada que é
igual à quantidade
Oferecida - q*
p*
D
q*
A p* chamamos de
Preço de Equilíbrio
e a q* chamamos de
Quantidade de
Equilíbrio.
Q
Mercados e Preço de Equilíbrio
 Vimos então que há excedentes quando a oferta é superior à
procura, para o preço prevalecente de mercado.
 E vimos também que há escassez quando a oferta é inferior
à procura, para o preço prevalecente de mercado.
 E vimos ainda que são as forças que se encontram no
mercado que empurram os preços para o chamado Preço de
Equilíbrio.
 O Preço de Equilíbrio é o preço para o qual os compradores
estas dispostos a comprar a mesma quantidade do bem ou do
serviço que os vendedores estão dispostos a vender.
 O Preço de Equilíbrio só se altera quando se alteram as
condições da oferta ou da procura, ou seja, quando se alteram
todas as outras coisas que considerámos constantes para além
do preço – condição ceteris paribus
Como se viu, as forças que se encontram no
mercado – Vendedores e Compradores ou, dito
doutra maneira, a OFERTA e a PROCURA –
empurram o preço dos bens e serviços para o
chamado PREÇO DE EQUILÍBRIO.
Mas há um aspecto bem mais profundo para o
resultado dos mecanismos do mercado do que
este, e que é, por assim dizer, um resultado
socialmente desejado.
Para o analisarmos temos de compreender
melhor o que está por trás dos conceitos de
Oferta e Procura.
Algo mais sobre a PROCURA
P
p1
Que significado tem dizer-se que, ao
preço p1, os consumidores desejam
comprar q1 unidades do bem, por
exemplo, energia ?
D
q1
Q
 Os consumidores estarão a comparar os benefícios
que obtêm do consumo de energia com os custos que
têm de pagar – o preço da energia.
Estes custos representam de facto os benefícios que
obteriam pelo consumo de outros bens que tivessem
adquirido com o dinheiro gasto na compra da energia, ou
Custo de Oportunidade.
Algo mais sobre a PROCURA
P
p1
 Se desejam adquirir q1 unidades de
energia ao preço p1, é porque o
benefício que daí obtêm é pelo menos
tão alto como os custos que têm de
suportar.
D
q1
Q
 Em termos marginais, o benefício do consumo de energia
deve ser igual ao seu preço.
 Se o benefício obtido de uma unidade extra de energia
fosse superior ao seu preço, certamente que os
consumidores comprariam mais...
 Se o benefício obtido fosse inferior ao preço, certamente
que os consumidores comprariam menos.
Procura e Disposição para Pagar
P
p1
 Podemos então pensar no preço p1
como uma medida do benefício marginal
que os consumidores obtêm por consumir
a última unidade de energia, quando a
quantidade consumida é q1.
D
q1
Q
 Podemos igualmente dizer que o preço p1 mede,
relativamente ao consumidor, a sua Disposição Marginal
para Pagar a energia (DMP).
 A DMP representa então a quantidade máxima de dinheiro
que os consumidores estão dispostos a pagar por mais uma
unidade do bem – neste caso energia – quando o consumo
total é de q1 unidades.
Procura e Disposição para Pagar
 A argumentação anterior sugere que se p1 é igual ao benefício
da última unidade de energia consumida quando o consumo total
é q1, então as unidades anteriores de energia devem ter dado
aos consumidores pelo menos tanto benefício quanto p1.
 Se o preço fosse p2 os consumidores
só comprariam q2 unidades de energia, e
para a última unidade de energia
consumida obteriam um benefício
marginal de p2 > p1.
P
p3
p2
p1
D
q3 q2 q1
Q
 p2 é a Disposição Marginal para Pagar dos consumidores para
a última unidade de energia consumida, quando o consumo total
é de q2. O mesmo raciocínio se poderá fazer quando a última
unidade consumida for q3, que deverá originar um benefício
marginal igual a p3.
Procura e Disposição para Pagar
 Então, e de acordo com o que se disse, se os consumidores
compram q1 unidades de energia ao preço p1, o benefício total
que os consumidores obtêm dessa situação deverá ser igual à
área ABEF – a área debaixo da curva da Procura.
A
p1
C
B
F
E
q1
 De igual modo, a área
ABEF mede, por parte dos
consumidores, a sua
Disposição Total para
Pagar (DTP) as q1 unidades
de energia.
D
Procura e Excedente do Consumidor
 Mas, para adquirirem a quantidade q1 os consumidores
apenas despendem o equivalente à área BCEF – igual à despesa
total dos consumidores em energia = p1  q1.
A
p1
C
B
F
E
q1
 Assim, os consumidores
recebem um benefício líquido,
também chamado de Excedente
do Consumidor, equivalente à
área ABC, quando compram q1
unidades ao preço p1.
D
Algo mais sobre a OFERTA
P
S
Que significado tem dizer-se que, ao
preço p4, os vendedores desejam
vender q4 unidades do bem ?
(continuemos com o exemplo da
energia)
p4
q4
Q
 Similarmente os vendedores estarão a comparar os
benefícios que obtêm da venda de energia (o preço
recebido por cada unidade de energia vendida) com os
custos de produção da mesma.
 Mais uma vez, o preço da energia, p4, deve igualar o
custo marginal de produção da última unidade de energia,
quando a produção total é de q4.
Algo mais sobre a OFERTA
P
S
 Se o custo marginal fosse menor que o
preço, poderiam obter maiores lucros
produzindo mais energia.
p4
Se o custo marginal fosse maior que o
preço , poderiam obter maiores lucros
produzindo menos energia.
q4
Q
 Portanto, a curva da Oferta mede o Custo Marginal de
produção da última unidade de energia produzida, para os
diferentes níveis de produção total.
 Mais uma vez, esta situação implica que se o preço p4
apenas cobre o custo marginal de produção da última
unidade de energia quando a produção total é q4, então p4
deve ser pelo menos tão elevado quanto o custo marginal de
produção das unidades anteriores de energia.
Algo mais sobre a OFERTA
P
S
 Se a produção total fosse apenas de
p4
q5, então o custo marginal de produzir
essa última unidade de energia deveria
ser de apenas p5.
p5
q5
q4
Q
 Vejamos então, usando a representação gráfica, quais
serão os custos totais de produção e os rendimentos totais
dos produtores, tal como fizemos anteriormente para o
caso dos consumidores.
Oferta e Excedente do Produtor
 Podemos dizer que quando ocorre a produção de q4 unidades
de energia a um preço p4, o Custo Total de Produção
corresponde à área GJKL – a área debaixo da curva da oferta,
enquanto que o Rendimento Total corresponde à área LHJK =
p4  q4.
S
A
p4
H
 Assim, os produtores recebem
um benefício líquido, também
chamado de Excedente do
Produtor, equivalente à área
GHJ, quando vendem q4
unidades ao preço p4 – Lucro.
J
G
K
L
q4
As Curvas da Oferta e da Procura juntas
 Juntemos agora ambas as curvas:
P
S
Pe
D
Qe
Q
As Curvas da Oferta e da Procura juntas
P
 O equilíbrio de mercado conduz a uma produção de
energia Qe que maximiza os benefícios líquidos que a
sociedade obtém da energia.
S
Pe
D
Qe
Q
As Curvas da Oferta e da Procura juntas
P
 A quantidade de equilíbrio Qe é tal que o benefício
marginal que os consumidores obtêm do consumo de
energia apenas cobre o custo marginal de produção da
mesma.
S
Pe
D
Qe
Q
As Curvas da Oferta e da Procura juntas
P
 A uma quantidade maior que Qe o custo marginal de
produção excede o benefício marginal que os
consumidores obtêm do consumo de energia – a
sociedade estaria a produzir energia a mais.
S
CM
Pe
BM
D
Qe
Q’’
Q
As Curvas da Oferta e da Procura juntas
P
 A uma quantidade menor que Qe o benefício marginal
que os consumidores obtêm do consumo de energia
excede o custo marginal de produção – produzir mais
energia seria mais benéfico para a sociedade.
S
BM
Pe
CM
D
Q’
Qe
Q
As Curvas da Oferta e da Procura juntas
 O máximo benefício líquido pode ser medido pela área
ABC, que é igual à soma do excedente do consumidor
(ABM) mais o excedente do produtor (CBM).
P
S
A
M
 A quantidade
Qe é aquela que
maximiza o
excedente do
consumidor mais
o excedente do
produtor.
B
Pe
C
D
Qe
Q
Conclusão
O Mercado garante que obtemos
a “quantidade certa” que é
produzida de um determinado
bem ou serviço, uma vez que
garante, em termos marginais,
que o benefício social derivado
do seu consumo cobre o seu
custo social de produção.
Que tem tudo isto a ver com o
Ambiente ?
• Como vimos em aula anterior, há certos tipos de bens para os
quais as leis do mercado não funcionam convenientemente.
•O mercado, e consequentemente a economia, funcionam
convenientemente quando é possível que se atinja aquilo a que
chamámos de preço de equilíbrio.
• Ora como muitos bens não são objecto de pagamento
monetário, tal como muitas acções dos agentes económicos
que consideramos nocivas também não são alvo de
compensações monetárias, acontecem situações de Falência
do Mercado.
• Com os bens ambientais esta é a situação mais frequente, e a
ela dedicaremos as próximas aulas.
FIM
Tema 2
O MERCADO
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