B O L E T I M 1 OFERECIMENTO NÚMERO 19 DO DIA 500 mil 05/02/2015 pessoas teve a ESPN no Brasil em audiência acumulada na transmissão do Super Bowl Doping reduz o apelo de Anderson Silva na publicidade POR DUDA LOPES E ADALBERTO LEISTER FILHO Até o início de 2011, poucos brasileiros sabiam quem era Anderson Silva; seu apelo comercial era restrito ao fã do MMA. A modalidade cresceu, Silva ganhou destaque e fechou com a recém-formada agência do ex-jogador Ronaldo, a 9ine. A partir dali, tornou-se difícil ficar muito tempo sem ver o lutador em algum comercial na televisão. Ontem, essa popularidade pode ter tido um ponto final. Nos últimos anos, Silva foi o rosto de diversas empresas. Nike, Procter & Gamble, Budweiser entre outras veicularam suas marcas ao brasileiro. São poucas, no entanto, que deverão resistir ao anúncio de doping, divulgado pelo UFC na última terça-feira. O lutador teria usado anabolizante num teste feito no dia 9 de janeiro. Assunto delicado, o doping costuma afastar patrocinadores. Procuradas pela Máquina do Esporte, algumas das empresas se recusaram a comentar o caso neste primeiro momentoDuracell, HDI e Hotel Urbano gerenciaram a crise por esse caminho. Caso mais explícito do desconforto foi dado pela Furnas. No fim de 2014, a estatal usou o termo “embaixador” para sinalizar um acordo comercial com Anderson Silva. Hoje, a quem mais ativou Silva para o retorno da luta do último sábado. Em dezembro, a empresa lançou um comercial celebrando o retorno do atleta ao octógono. Por ora, a comunicação da cervejaria preferiu não se pronunciar. Em 2012, a empresa esteve em situação semelhante, comunicação da marca cravou que “não patrocina o lutador” e mantém apenas um acordo de imagem do atleta. E, ainda que o acordo tenha uma cláusula de dissolução, Furnas declarou que esperaráo desfecho do caso. Outra empresa que ficou em situação delicada foi a Budweiser. A marca de cerveja foi com o ciclista Lance Armstrong. O contrato foi rompido apenas após a confirmação do doping. Outro problema que Anderson Silva deverá enfrentar é a ausência de patrocinadores fixos. Nos últimos anos, o atleta esteve em evidência por meio de variadas marcas, mas muitas delas com contratos pontuais. Super Bowl dá recorde no Brasil à ESPN, que celebra salto na internet POR DUDA LOPES A ESPN continua colhendo números crescentes com a transmissão da NFL no Brasil. No último domingo, a emissora exibiu a final da liga de futebol americano, o Super Bowl, e conseguiu mais um recorde. Segundo a emissora, esse foi o jogo de futebol americano mais assistido da história da televisão fechada brasileira. Durante a partida, 500 mil pessoas passaram pela ESPN. Pela TV fechada, em que a emissora manteve exclusividade na transmissão, a média foi de 0,44% da participação de todos os indivíduos com acesso ao canal. Entre os homens, o número foi de 0,77%. Não foi só na TV o bom desempenho da ESPN. Nas redes sociais, a emissora teve destaque, especialmente no Twitter. A hashtag #ESPNTemSuperBowl49 chegou a ser o termo mais citado da rede em todo o mundo. KATY PERRY DURANTE A APRESENTAÇÃO NO INTERVALO DO SUPER BOWL 49, NO DOMINGO Considerando Twitter, Facebook anos. Em dados divulgados pela e Instagram, a ESPN ganhou 10 Ibope Repucom, o número de inmil seguidores durante o Super teressados pelo esporte no Brasil Bowl. A rede de fotos foi quem dobrou de 2013 para 2014. teve crescimento mais acentuado Para conseguir bons númeproporcionalmente, de 32%. ros com o Super Bowl, a ESPN Os números positivos acompaapostou em ativações como a nham a evolução do esporte no transmissão em salas de cinema, Brasil. Na própria ESPN, o Super um evento fechado para relacioBowl teve aumento de 800% na namento, um concurso cultural e audiência nos últimos quatro publicidade em São Paulo e Rio. 2 D A REDAÇÃO Erro ou hipocrisia movem história do doping de Anderson Silva Adalberto Leister Filho é diretor de conteúdo da Máquina do Esporte Alguma coisa não faz sentido na história do doping do brasileiro Anderson Silva. E não é apenas o teste positivo em si. Houve erro de procedimento do UFC. Ou hipocrisia. É difícil crer que coletas de sangue ou urina, feitas em 9, 19 e 31 de janeiro, tenham o resultado divulgado no mesmo dia. O primeiro teste demorou quase um mês para flagrar um doping banal, como o de esteroides anabólicos. O último, três dias. Se soube realmente só na terça-feira, o UFC rasgou o livro de regras do Código Mundial Antidoping, ao não dar prazo para o atleta apresen- tar suas alegações e pedir a contraprova. Pelo procedimento padrão, só depois disso o UFC poderia tornar o caso oficial e suspender o atleta preventivamente. Como acreditar então que “o UFC tem uma rígida e consistente política contra o uso de qualquer droga ilegal, de alteração de desempenho ou agentes mascarantes, por parte de seus atletas”? É mais razoável crer que o UFC já soubesse do doping de Anderson Silva antes do esperado retorno ao octógono. Mas como cancelar a luta mais aguardada do UFC 183? Como dar as costas a todas as ações de marketing e negócios envolvidas no evento? E os milhões negociados no pay-per-view? E as ativações dos patrocinadores? E o comércio de produtos com a imagem do Spider? E o lucro das casas de apostas? Muito longe de fazer o papel de virgem ultrajada e de efetivamente combater fraudes esportivas, o UFC parece ter compactuado com a farsa. Fez vistas grossas ao problema. Antes de ser negócio, o esporte divulga valores. E esses são essenciais ao negócio do esporte, muito mais do que os lucros passageiros. Lições ainda não aprendidas pelo UFC... CBT fecha acordo com FFT, e Brasil terá eventos de Roland Garros POR REDAÇÃO A Confederação Brasileira de Tênis e a FFT (federação francesa da modalidade) assinaram um acordo em que ficou estabelecido que o país irá receber dois eventos de Roland Garros. Haverá uma seletiva para a chave júnior do Grand Slam francês e o “Roland Garros in the city”, uma ativação do evento. O torneio seletivo será em abril, em São Paulo, com disputas no masculino e feminino. Ambas terão 16 tenistas de até 18 anos que não estiveram entre os 48 primeiros colocados do ranking. “Essa parceria abre um caminho excelente de aprendizado para o Brasil”, disse, em comunicado à imprensa distribuído pela CBT, Gustavo Kuerten, maior nome do esporte no Brasil e tricampeão de Roland Garros. O “Roland Garros in the city” será em junho, no Rio, durante o Grand Slam francês. Essa ação terá atividades de tênis com uma quadra de saibro, exposição de patrocinadores e telão para acompanhar os jogos. Tudo isso com enJUVENIL ORLANDO LUZ, EM AÇÃO DURANTE TORNEIO; APOIO AOS JOVENS É META DE PARCERIA trada gratuita. Em 2014, esse A parceria entre CBT e FFT evento foi em Pequim, na China. também se estenderá à admi“O Brasil vem conquistando nistração visando o legado da excelentes resultados com os Olimpíada do Rio-2016. Além do juvenis em Roland Garros, e aproveitamento do Centro Olímvimos a importância de estapico de Tênis, esse acordo inclui belecer uma parceria de longo a capacitação dos departamenprazo com a CBT. Há também tos. “Deixamos claro que vamos uma história profunda em função precisar de todo o conhecimento de tudo o que Gustavo Kuerten deles no desenvolvimento do construiu ao longo de sua trajeplano para o legado dos Jogos tória em Roland Garros”, afirmou Olímpicos”, completou Jorge Lucas Douburg, gerente da FFT. Lacerda, presidente da CBT. Guarani e Ponte fecham acordo conjunto após 6 anos Guarani e Ponte Preta, os dois principais clubes de Campinas, fecharam um acordo conjunto de patrocínio pela primeira vez após seis anos. A fabricante de colchões Inducol vai estampar a marca no número da camisa dos times durante o Campeonato Paulista, que vai até o final de abril. Segundo a empresa, os valores do acordo são distintos, sendo que a Ponte Preta receberá um valor maior por disputar a Série A nacional, enquanto o Guarani está na Série C. Além de um pagamento em dinheiro, a marca vai ceder colchões para os dois clubes. Eles serão utilizados pelos jogadores das categorias de base. “A ideia de incluir colchões à base é mostrar na prática o valor de um bom sono ao atleta”, disse Olga Fonseca, gerente de marketing da Inducol. 4