VALÉRIA DA SILVEIRA O USO DE AULAS PRÁTICAS COMO RECURSO DE UM PROFESSOR DE QUÍMICA CANOAS, 2013 2 VALÉRIA DA SILVEIRA O USO DE AULAS PRÁTICAS COMO RECURSO DE UM PROFESSOR DE QUÍMICA Trabalho apresentado ao Curso de Química do Centro Universitário La Salle – Unilasalle, como exigência parcial para obtenção do grau de Licenciado em Química. Orientação: Profº. Me. Alessandro Cury Soares CANOAS, 2013 3 AGRADECIMENTOS Agradeço a todos que contribuíram para a conclusão deste trabalho. Obrigado pela compreensão nos momentos principalmente, entre meus familiares e amigos. em que fui ausente, 4 RESUMO Nos dias atuais cada vez mais o aluno questiona a aplicação da química em seu cotidiano. O presente trabalho teve como principal objetivo mostrar se a utilização de aulas práticas favorece ou não a aprendizagem do conteúdo. Utilizando a matéria dada em sala de aula e após isso, levando os alunos do terceiro ano do ensino médio ao laboratório foi feito uma conexão dos conteúdos pertinentes a disciplina de química com o cotidiano dos alunos, utilizando na prática materiais conhecidos dos estudantes. Após, os educandos responderam à um questionário manifestando se o experimento foi ou não favorável ao entendimento da disciplina de química. Foi analisada também a opinião das professoras de química da escola onde foi aplicado o trabalho. A análise dos dados mostrou que os alunos aprovam a utilização de prática como método de tornar a matéria de química mais fácil de ser entendida. O referencial teórico também nos mostra vários estudiosos favoráveis a utilização das aulas práticas. Palavras-chave: Química, práticas, cotidiano, sala de aula. 5 ABSTRACT Nowadays more and more student questions the application of chemistry in your daily life. This study aimed to show whether the use of classes favors or not the learning content. Using the material given in class and after that, leading students of the third year of high school was the lab made a connection of content relevant discipline of chemistry with the students' everyday lives, using practical materials known to the students. After the students responded to a questionnaire stating whether or not the trial was favorable to the understanding of the discipline of chemistry. We analyzed also the opinion of school chemistry teachers of applied work. Data analysis showed that students approve the use of practice as a method of making the material chemistry easier to understand. The theoretical framework also shows several scholars favor the use of classes. Keywords: Chemistry, practices, routine classroom. 6 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Foto 01...............................................................................................................12 Foto 02...............................................................................................................13 Foto 03...............................................................................................................13 Gráfico 01..........................................................................................................15 Gráfico 02..........................................................................................................16 Gráfico 03..........................................................................................................17 7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 08 2 METODOLÓGIA...................................................................................11 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................. 15 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 19 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 20 APÊNDICE A – .............................................................................................. 22 APÊNDICE B – ............................................................................................... 23 APÊNDICE C – ............................................................................................... 25 8 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho tem o intuito de mostrar o panorama das aulas de química em uma escola pública de Porto Alegre. Cada vez mais o ensino de química tem como objetivo a formação de cidadãos conscientes e críticos, e Chassot (1990, p. 30) explica o porquê: “A Química é também uma linguagem. Assim, o ensino da Química deve ser um facilitador da leitura do mundo. Ensina-se Química, então, para permitir que o cidadão possa interagir melhor com o mundo”. O foco do trabalho foi a importância das aulas práticas para um maior entendimento da matéria ministrada em sala de aula. A origem do trabalho experimental nas escolas foi, há mais de cem anos, influenciada pelo trabalho experimental que era desenvolvido nas universidades. Tinha por objetivo melhorar a aprendizagem do conteúdo científico, porque os alunos aprendiam os conteúdos, mas não sabiam aplicá-los. Passado todo esse tempo, o problema continua presente no ensino de Ciências (IZQUIERO, SANMARTÍ E ESPINET, 1999, p. 103). Quando entramos em uma sala de aula, não podemos pensar que o aluno é algo vazio que precisamos encher de conhecimento, mas em alguém que possui uma cultura, um ambiente e que portanto, esses conhecimentos são aprendizagens cotidianas que podem ser utilizados em sala de aula. Na disciplina de química, por exemplo, não devemos encher um quadro com fórmulas e conceitos que os estudantes nunca viram e não tem ideia da sua ligação com sua vida, temos que tentar fazer com que o conteúdo chegue até eles de uma maneira leve, como se fizesse parte do seu dia a dia, para isso, a utilização de aulas práticas é muito útil. Uma química contextualizada e útil para o aluno, futuro cidadão, deve ser uma química do cotidiano, que pode ser caracterizada como uma aplicação do conhecimento químico estruturado na busca de explicações para a facilitação da leitura dos fenômenos químicos presentes em diversas situações na vida diária (DEL PINO, 1993 p. 13). A educação escolar na virada do século XX é apresentada, a partir das mudanças apontadas pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB-9394/96) e das “orientações” expressas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, como modo capaz de educar para o cuidado de si e do ambiente e para a compreensão do desenvolvimento científicotecnológico. (Estratégias para o ensino de química orgânica no nível médio: uma proposta curricular Maira Ferreira; José Cláudio Del Pino). Os Parâmetros Curriculares Nacionais defendem a contextualização como forma de integrar o mundo físico com os conteúdos ensinados em sala de aula, favorecendo a formação do indivíduo capaz de julgar com 9 fundamentos as informações advindas da tradição cultural, da mídia e da própria escola e tomar decisões autonomamente, enquanto cidadãos (2001). Sendo assim, partindo de conceitos desenvolvidos em sala de aula podemos preparar uma aula prática ilustrativa e instrutiva, para que os alunos consigam visualizar o que foi dado em aula. O aprendizado de Química pelos alunos do Ensino Médio, implica a compreensão das transformações químicas que ocorrem no mundo físico de forma abrangente e integrada. Esse aprendizado deve possibilitar ao aluno a compreensão tanto dos processos químicos, quanto da construção de um conhecimento científico em estreita relação com as aplicações tecnológicas e suas implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas. Essa compreensão ajuda o estudante e o professor a terem a necessária visão crítica da ciência (MENEZES, 2001 p.84). Um dos motivos pelos quais as aulas práticas não são muito utilizadas, relatam é que os livros didáticos do Ensino Médio não trazem os roteiros experimentais de fácil compreensão, e esses não estão na sequência de cada tópico estudado, sendo assim, o grau de dificuldade do desenvolvimento das práticas, perde o seu caráter investigativo. (MACHADO; MOL, 2008 p. 57-60) Desta maneira, há pouca utilização de práticas, fator que nos intriga pois nelas os alunos tem a oportunidade de visualizar o seu cotidiano, suas vivências, sua vida. Conforme Borges nos diz: Nessas aulas práticas, os alunos têm a oportunidade de interagir com as montagens de instrumentos específicos que normalmente eles não têm quando em contato com um ambiente com um caráter mais informal do que o ambiente da sala de aula (BORGES, 2002). Para uma aula experimental acontecer não precisamos de materiais e reagentes sofisticados, mas de preferência material conhecido pelos estudantes, para uma melhor ligação do conteúdo com seu cotidiano. Conforme Maldaner (2003, p.105), o objetivo da atividade experimental deve ser o de aproximar os objetos concretos das descrições teóricas criadas, produzindo idealizações e, com isso, originando sempre mais conhecimento sobre esses objetos e, dialeticamente, produzindo melhor matéria-prima, melhores 10 meios de produção teórica, novas relações produtivas e novos contextos sociais e legais da atividade produtiva intelectual. Na disciplina de química, assim como na de Física e Biologia as aulas teóricas e práticas deveriam ocorrer paralelas, para um melhor aproveitamento do conteúdo ministrado. As aulas práticas são também uma boa forma de se verificar e auxiliar nesse processo de ensino-aprendizagem, uma vez que acompanhar o processo de aprendizagem dos alunos, passa pela observação dos progressos e das dificuldades da sala de aula. É uma atividade importante que o professor deve fazer, pois os alunos muitas vezes têm dificuldade de compreender o porquê dos conteúdos por ele estudado em sala de aula (BIZZO, 2000). KRASILCHIK (2008) argumenta que as aulas práticas são pouco difundidas, pela falta de tempo para preparar material e também a falta de segurança em controlar os alunos. Mas que, apesar e tudo reconhece que o entusiasmo, o interesse e o envolvimento dos alunos compensam qualquer professor pelo esforço e pela sobrecarga de trabalho que possa resultar das aulas práticas. Realmente na escola onde foi desenvolvido o trabalho, não existe um professor disponível para a preparação das aulas práticas, e as professoras titulares da disciplina de química não tem horas disponíveis para a preparação dessas aulas. Sendo assim a utilização do laboratório é rara. 11 2 METODOLOGIA Nos utilizamos de uma metodologia com aporte nas pesquisas mistas de cunho qualitativo e quantitativo, possibilitando um mapeamento e os desejos destes estudantes em relação a utilização de aulas práticas como ferramenta. Neste sentido, o trabalho foi aplicado em sessenta e três alunos de terceiro ano do Ensino Médio do turno da manhã, em uma escola localizada no bairro Belém Novo, zona extremo sul de Porto Alegre. Como os alunos normalmente apresentam dificuldade na disciplina de química tivemos a idéia de demonstrar o conteúdo ministrado em sala de aula, através de uma prática simples com reagentes conhecidos pelos alunos. Podemos citar, por exemplo, a falta de laboratórios e equipamentos no colégio, número excessivo de aulas, o que impede uma preparação adequada de aulas práticas; desvalorização das aulas práticas, conduzida pela idéia errônea de que aulas práticas não contribuem para a preparação para o vestibular; ausência do professor laboratorista; formação insuficiente do professor. Na química onde poucos são os professores formados nessa disciplina, parece-nos que o último desses fatores tem grande importância, pois muitas vezes existem equipamentos no colégio, mas os professores não sabem utilizá-lo.(NARDI,1998) O conteúdo de Cinética Química foi utilizado, pois era o proposto para o final do primeiro trimestre pelo plano de trabalho do terceiro ano do ensino médio. Sendo assim, após o desenvolvimento do conteúdo de Cinética Química em sala de aula e da realização de exercícios antes da prática, os alunos foram encaminhados até o laboratório de ciências, onde lhes foi apresentada a prática constante no apêndice A. A seguir algumas fotos da aula prática. 12 Foto 01 – Aula em laboratório Fonte: Autoria própria, 2013 O experimento foi realizado por mim, pois como estava sozinha, sem monitoria de laboratório, uma vez que, não existe um professor disponível para essa função. Gostaria que os alunos tivessem feito a prática, mas ficaria difícil controlálos, eram 34 alunos em uma turma e 29 na outra turma. Quanto mais contato os alunos tem com a prática maior a fixação do conteúdo. O emprego de atividades no laboratório poderia permitir uma aprendizagem mais profunda, por parte do aluno. As instalações ou condições dos laboratórios são, em geral, deficientes. Além disso, os professores não sabem como incluir a atividade de laboratório no escasso tempo disponível. O trânsito dos alunos para o laboratório, especialmente quando há divisões de turmas, perturba a rotina da escola e não é bem aceito pela administração. Além disto, o professor precisará dispor de tempo extra para preparar a prática, organizar o laboratório e arrumá-lo ao final da prática (NOGUEIRA et al., 1981, p. 46-47) 13 Foto 02 – Aula prática no laboratório Fonte: Autoria própria, 2013 Foto 03 – Aula prática no laboratório Fonte: Autoria própria, 2013 14 Feito isso os estudantes puderam interagir no laboratório, uma vez que eles normalmente ficam com dúvidas à respeito do conteúdo, o debate entre eles foi bem importante para dirimi-las. Após a aula prática, os mesmos responderam a um questionário (apêndice B). O questionário foi utilizado com a intenção de verificar a validade da utilização desta prática na compreensão da matéria, para que pudéssemos ter idéia de se esse método foi útil para o aprendizado. Pois segundo Giordan: A experimentação é desenvolvida juntamente com a contextualização, ou seja, levando em conta aspectos socioculturais e econômicos da vida do aluno, os resultados da aprendizagem poderão ser mais efetivos. O caráter particular da experiência e sua natureza factual, já eram reconhecidos há mais de 2300 anos. (GIORDAN, 1999, p.43) Os professores também responderam à um questionário (apêndice C), uma vez que precisávamos saber sua opinião sobre a utilização dessas atividades na aula de química. No questionário puderam expor se são favoráveis ou não a utilização de práticas para um melhor aproveitamento dos alunos, no decorrer do ano letivo, neste também foi perguntado sobre a viabilidade de aplicação destas práticas. 15 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES Os resultados obtidos nestes questionários foram tabulados e analisados, conforme mostram os gráficos abaixo. O questionário aplicado nos alunos obteve os seguintes resultados: Figura 01 – Gráfico contendo o percentual de respostas sim e não na questão nº 01 do questionário respondido pelos alunos. 1,6% Sim Não 98,4% Na questão nº 01 apenas uma aluna respondeu não, que a aula prática não ajuda na compreensão da matéria, os demais (sessenta e dois alunos) responderam que sim a aula prática ajuda na compreensão da matéria, inclusive alguns alunos foram mais incisivos dizendo “sim, pois todos os alunos prestam mais atenção e é muito mais interessante.” Ou também a resposta: “sim, além da aula ficar mais interessante, nos envolve mais no tema.” Até mesmo alunos que erraram a questão número 02 acham que a aula experimental é muito útil, e responderam: “ sim, serviu pois a aula prática é uma espécie de reforço, complemento da matéria.” Essas respostas positivas dos alunos, principais interessados nestas aulas, mostra o que já se imaginava que a experimentação é importante para o aprendizado As aulas experimentais são muito viáveis para o aprendizado dos conteúdos. (CASTELEINS, 2011, p.03) Portanto, a experimentação no currículo para o ensino de química faz-se necessário devido ao seu caráter de pesquisa e descobertas, permitindo aumentar o 16 conhecimento por meio das manifestações que regem o fenômeno testado e observado. Figura 02 – Gráfico contendo o percentual de respostas corretas e erradas com relação a questão nº 2 do questionário. 38,1% Correta Errada 61,9% Como observamos no gráfico (2), a grande maioria dos alunos acertou a questão de número 2, que era de múltipla escolha. A partir dos conceitos vistos em aula e na prática, que foi exatamente sobre este conteúdo, eles deveriam marcar a alternativa correta após analisarem as situações numeradas de 1 a 5 e corresponderem estes números aos fatores que influenciam na velocidade das reações. Trinta e nove alunos acertaram a questão respondendo letra D; dois alunos erraram respondendo alternativa A; nenhum aluno errou respondendo B; seis alunos erraram respondendo C e dezesseis alunos erraram respondendo E. Baseado nas respostas acima, analisamos que os alunos tem mais dificuldade no que diz respeito à energia de ativação e efeito do catalisador, pois os demais fatores foram relacionados corretamente a seus respectivos números, apenas nas alternativas D e E há a inversão dos números 4 e 5, a maioria dos erros foram na alternativa E, mostrando a dificuldade de entendimento entre energia de ativação e utilização de catalisador. Esses fatores não foram demonstrados na aula prática, apenas foram diferenciados em sala de aula, durante aula expositiva com giz e quadro. Na prática apenas o efeito da temperatura, do aumento da superfície de contato e da concentração dos reagentes foi mostrado. Essa maioria de erros justamente de inversão dos dois fatores mostra, que os efeitos demonstrados foram melhor fixados por parte dos estudantes. 17 Figura 03 – Gráfico contendo o percentual de erros em cada alternativa. 8% 0% 25% Letra A Letra B Letra C Letra E 67% A utilização de aulas práticas na disciplina de química é de fundamental importância para uma boa fixação do conteúdo, uma vez que sabemos, por si mesmos, que quando enxergamos o que estamos aprendendo, torna-se muito mais fácil o entendimento. “A importância na inclusão da experimentação está na caracterização de seu papel investigativo e de sua função pedagógica em auxiliar o aluno na compreensão dos fenômenos químicos”. (SANTOS; SCHNETZLER, 1996, p.31). No que diz respeito ao questionário destinado aos professores, como são apenas duas professoras de química na escola onde foi aplicado o questionário, não foi feito gráfico. A primeira professora a responder o questionário ministra aulas de química há 30 anos na rede pública estadual, e diz não utilizar muito aulas práticas, mesmo achando que elas são muito úteis para os alunos compreenderem a matéria. A professora diz que o problema das aulas experimentais é a falta de tempo e pessoal para a organização do experimento, uma vez que as turmas são grandes e não tem como levá-los todos juntos ao laboratório, seria necessário um monitor para ficar com uma parte da turma em sala de aula e montar a prática. Para ela, os alunos precisam interagir com o experimento para poder entender a matéria, mas a apresentação por parte do professor já ajuda bastante. A segunda professora a responder o questionário ministra aulas de química há 12 anos na rede pública estadual, diz utilizar aulas práticas, não tanto como gostaria, por falta de tempo para montar os experimentos, e também por falta dos 18 materiais, que muitas vezes precisam ser comprados e a verba à ser destinada para a compra precisa ser prevista com antecedência. A mesma acha que o professor apresentando a prática não tem a mesma eficácia que o aluno poder mexer e ver de perto como funciona o mundo da química. Cabe ao professor a tarefa de ajudar os alunos a aprenderem por meio do “estabelecimento das inter-relações entre os saberes teóricos e práticos inerentes aos processos do conhecimento escolar em ciências” (ZANON; SILVA, 2000, p. 134). 19 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Após análise dos resultados dos questionários aplicados nos alunos, verificou-se que realmente, como imaginávamos, os alunos compreendem melhor o conteúdo com a presença de aulas práticas no currículo escolar. Como vimos nos gráficos, o percentual de acertos da questão referente ao conteúdo visto na aula teórica e depois na prática foi consideravelmente grande. Dos 63 alunos pesquisados, 39 acertaram a resposta perfazendo um percentual de 61,8%. Comprovou-se a teoria de que o contato com o conteúdo teórico através de uma prática faz com que os alunos fixem mais o que aprenderam. As professoras da disciplina de química, como podemos observar através das respostas dadas por elas, também compartilham da idéia de que aulas práticas colaboram bastante na aprendizagem dos estudantes. Notou-se também, pelas respostas do questionário, que as professoras gostariam de utilizar mais atividades práticas com os alunos, mas esbarram em alguns empecilhos. Sendo assim a finalidade do trabalho foi alcançada. Mostrou-se que realmente a utilização de experimentos, mesmo que simples, como foi o caso do utilizado, ajuda no processo ensino-aprendizagem dos alunos. 20 REFERÊNCIAS BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2000. BORGES, A.T. Novos rumos para o laboratório escolar de ciências. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v.19, p.291-313, dez. 2002. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Brasília: MEC/SEMTEC, 4v, 1999. CASTELEINS, Vera Lúcia. Dificuldades e benefícios que o docente encontra ao realizar aulas práticas de química, PUC/PR 2011. CHASSOT, A. 1990. A Educação no Ensino de Química. Ijuí, UNIJUÍ. p. 30. DEL PINO, J.C. et al. Química do cotidiano: pressupostos teóricos para a elaboração de material didático alternativo. Espaços na Escola, v. 10, p. 47-53, 1993. FERREIRA, Maira; DEL PINO, José Cláudio. Estratégias para o ensino de química orgânica no nível médio: uma proposta curricular .p.06 GIORDAN, Marcelo. O papel da Experimentação no ensino de ciências. Química nova na escola, v. 10, Nov. 1999. IZQUIERDO, M; SANMARTÍ, N; ESPINET, M. Fundamentación y diseño de las prácticas escolares de ciencias experimentales. Enseñanza de las Ciencias, v. 17, n.1, p. 45-60, 1999. KRASILCHIK, M. Prática de Ensino de Biologia. São Paulo: Edusp, 2008. MACHADO, Patricia Fernandes Lootens; MÓL, Gerson de Souza. Experimentando Química com Segurança. Química nova na escola, v. 27, p. 57-60, fev. 2008. MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de Química:Professor/Pesquisador. 2ª ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2003. MENEZES, L. C. Parâmetros Curriculares Nacionais (Ensino Médio). Parte III: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília, 2001. NARDI, Roberto. Questões Atuais no Ensino de Ciências. São Paulo: Escrituras, 1998. 21 NOGUEIRA, J. C. et al. Descrição e análise de problemas de desempenho de professores de Química do Segundo Grau na região de São Carlos, São Paulo. Química Nova, v. 4, n. 2, p. 44-48, 1981. PRÁTICA testando a velocidade das reações químicas. Disponível <http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/teste-velocidade-das reacoes.htm> Acesso em: 03/04/2013 em: SCHNEITZLER, Roseli P.Concepções e Alertas sobre Formação Contínua de Professores de Química. Química nova na escola, v. 16, Nov. 2002. ZANON, Lenir B.; SILVA, Lenice H. A. A Experimentação no Ensino de Ciências. In: SCHNETZLER, R. P.; ARAGÃO, R. M. R. de. Ensino de Ciências: fundamentos e abordagens. Campinas: Capes/Unimep. p. 120-153, 2000. 22 APÊNDICE A – Prática utilizada com os alunos no laboratório TESTANDO A VELOCIDADE DAS REAÇÕES Material 3 comprimidos de antiácidos efervecentes Água Vinagre 6 copos Experimento 1 Corte um comprimido antiácido ao meio e triture uma das metades. Coloque volumes iguais de água, à mesma temperatura, em dois copos. Em um deles coloque a metade não triturada e, no outro, a metade triturada. As duas ações devem ser executadas ao mesmo tempo. Observe a velocidade de liberação das bolhas. Experimento 2 Corte um comprimido de antiácido ao meio. Coloque volumes iguais de água em dois copos. Em um deles, água deve estar na temperatura ambiente e, no outro, deve estar aquecida quase à ebulição. Coloque cada metade do comprimido em cada um dos copos, ao mesmo tempo, e observe atentamente. Experimento 3 Corte um comprimido de antiácido ao meio. Coloque volumes iguais de água em dois copos, à mesma temperatura. Em um dos copos, adicione uma colher de sopa de vinagre e, no outro uma colher de chá. Agite o conteúdo para tornar a solução homogênea. Coloque uma metade de comprimido em cada copo, ao mesmo tempo, e observe atentamente. 23 APÊNDICE B - Questionário aplicado nos alunos do terceiro ano do ensino médio Nome do aluno___________________________________ Idade:_________ A aula prática apresentada serviu para ajudar na compreensão da matéria de cinética química?_________________________________________________ Utilizando os conceitos dados em aula, e com base na prática sobre velocidade das reações, resolva a questão de vestibular abaixo: (UFRGS 2009) Considere os dois blocos abaixo: O bloco superior apresenta 5 situações em que são feitas observações sobre velocidade de determinadas reações. O bloco inferior identifica o aspecto cinético que está sendo observado em cada situação. Associe adequadamente o bloco inferior ao superior. 1 – Uma xícara de chá é adoçada mais rapidamente com uso de açúcar refinado do que com uso de açúcar cristal. 2 – A liberação de CO2 é mais rápida e vigorosa na dissolução de sal de fruta em água morna do que na sua dissolução em água gelada. 3 – O incêndio nas matas propaga-se com maior rapidez quando está ventando, porque o vento leva ao local do fogo um “ar novo” que contém maior quantidade de O2 para a combustão. 4 – A adição de uma pequena quantidade de MnO2 sólido a água oxigenada, (H2O2), faz com que sua decomposição em H2O e O2 se torne bem mais rápida. 5 – Uma faísca elétrica é suficiente para causar uma explosão em um posto de gasolina. Tal fato deve-se ao início da reação de combustão dos vapores da gasolina com o O2 do ar, reação essa que tem sua velocidade aumentada violentamente. ( ) efeito da concentração dos reagentes ( ) energia de ativação ( ) efeito da superfície de contato ( ) efeito da temperatura ( ) efeito do catalisador A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: 24 A) 1 – 4 – 2 – 3 – 5 D) 3 – 5 – 1 – 2 – 4 B) 5 – 2 – 4 – 1 – 3 E) 3 – 4 – 1 – 2 – 5 C) 1 – 2 – 5 – 3 – 4 Fonte - site: http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/teste-velocidadedas-reacoes.htm 25 APÊNDICE C - Questionário aplicado nos professores de química do onde foi feito o trabalho Nome do professor________________________________________________ Há quanto tempo ministra aulas?_____________________________________ Você utiliza práticas para ilustrar as aulas de química?____________________ Você acha a utilização de aulas práticas importante para uma melhor fixação dos conteúdos, por parte dos alunos?_________________________________ _______________________________________________________________