Pró-Reitoria de Graduação Curso de Direito Trabalho de Conclusão de Curso Documentário Espelho do Amanhã Envelhecimento Digno Sob a ótica do Estatuto do Idoso Autores: Aline Oliveira de Souza Moreno Cláudia Barros Rezende dos Santos Dulcinéia Cunha de Souza João Guilherme Cabral Luciene Rodrigues Braga Souza Orientadores: MSc. Odair José Torres de Araújo MSc. Paulo Marcelo Moreira Lopes Taguatinga - DF 2012 Aline Oliveira de Souza Moreno Cláudia Barros Rezende dos Santos Dulcinéia Cunha de Souza João Guilherme Cabral Luciene Rodrigues Braga Souza DOCUMENTÁRIO ESPELHO DO AMANHà Envelhecimento Digno sob a ótica do Estatuto do Idoso Documentário apresentado ao curso de graduação em Direito da Universidade Católica parcial de para Brasília, obtenção como do requisito título de Bacharel em Direito. Orientadores: Prof. MSc. Odair José Torres de Araújo Prof. MSc. Paulo Marcelo Moreira Lopes Taguatinga – DF 2012 RESUMO Referência: SOUZA, Dulcinéia Cunha de et al. Espelho do Amanhã – Envelhecimento digno sob a ótica do Estatuto do idoso.f. Trabalho de conclusão de curso – Universidade Católica de Brasília – UCB, Taguatinga, 2012. O presente trabalho trata-se de documentário acerca da avaliação às Políticas públicas e as Ações da Sociedade Civil Organizada que, observando os direitos e princípios embutidos no Estatuto do Idoso, oferecem atividades para promoção do bem estar do idoso em prol de um envelhecimento digno, por meio da inserção social e da prática de diversas atividades físicas e recreativas. O Estatuto do Idoso trás em seu bojo uma coletânea de direitos e garantias e de fato, a lei produz um ideal paradigmático. Entretanto, podemos encontrar discrepância entre o ideal da lei e a sua efetiva aplicabilidade no plano fático. Entrevistar-se-á pessoas que vivenciam o cotidiano das várias problemáticas que envolvem a pessoa idosa, desde autoridades, parlamentares e diferentes profissionais nas áreas de assistência médica e de apoio, até os próprios idosos Expor-se-á situações de abandono, desprezo e solidão em que vivem muitos dos idosos, que muitas vezes ficam ocultas nas vistas da sociedade em geral. Em algumas entrevistas serão propostas soluções ao problema, com o desiderato de promover a dignidade da pessoa humana. Palavras-chave: documentário – Políticas Públicas– Estatuto do Idoso– inserção social- bem estar- envelhecimento digno. ABSTRACT Reference: SOUZA, Dulcinéia Cunha de et al. Mirror of tomorrow- The application of the legal provisions of the statute of the elderly, public polices and actions of civil society organizations for promoting aging digno. F. Completion of course workCatholic University of Brasilia- UCB, Taguatinga, 2012. The present work it is a documentary about the assessment to the public policies and actions of civil society organizations who, observing the rights and principles embedded in the elderly, offer activities for promoting the welfare of the elderly towards a dignified aging, through social inclusion and the practice of various physical and recreational activities. The statute of the elderly behind in its wake a collection of rights and guarantees and in fact, the law makes na ideal paradigm. However, we find a discrepancy between the ideal of law and its effective application to the factual level. Interview will be people who experience the daily lives of several issues involving the elderly, from authorities, parliamentarians and Professional in different areas of medical care and support to older people themselves Will expose situations of neglect, contempt and loneliness in which many of the elderly, who often are hidden in the views of society in general. In some interviews Will propose solutions to the problem, with the goal to promote human dignity. Keywords: Documentary- Public Policy- The statute of the elderly - Social InclusionWelfare- Dignified aging. Esse Trabalho é dedicado a todos os idosos envolvidos em sua execução, por suas colaborações e experiências. Pelo carinho e a forma com que lidam com a perda, a frustração e a solidão... Por terem ampliado os horizontes de nossos olhares e de nossas concepções... Por terem nos querido bem e nos admirarem, sendo eles, no entanto, o referencial de admiração... mas, principalmente, por nos terem feito entender o significado singular de cada pessoa humana, independente de qualquer preceito ou classificação social. Documentário de autoria de ALINE OLIVEIRA DE SOUZA MORENO, CLÁUDIA BARROS REZENDE DOS SANTOS, DULCINÉIA CUNHA DE SOUZA, JOÃO GUILHERME CABRAL e LUCIENE RODRIGUES BRAGA SOUZA, intitulado “ESPELHO DO AMANHÔ, apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Direito da Universidade Católica de Brasília, em ____ de junho de 2012, defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada: ____________________________________________________________ Prof. MSc. Odair José Torres de Araújo Orientador Direito – Universidade Católica de Brasília ____________________________________________________________ Prof. MSc. Paulo Marcelo Moreira Lopes Orientador Comunicação Social – Universidade Católica de Brasília ____________________________________________________________ Prof. ______________________________________ Avaliador Direito – Universidade Católica de Brasília Taguatinga 2012 AGRADECIMENTO Primeiramente a Deus, por todos os momentos de aflição, angústia e cansaço com que nos consolou e reativou a Esperança e a Determinação. Aos Professores Odair José e Paulo Marcelo, pela imensa paciência e carinho com que nos trataram, orientaram e nos conduziram na elaboração detalhada de cada momento dessa Produção. Ao Diretor do curso, Professor Elvécio, pelo auxilio e orientação na confecção desse trabalho. A Professora Simone Pires, por sua eterna paciência e boa vontade em nos ajudar sempre. A todos os Profissionais da Estrutura Jurídica envolvidos na defesa e proteção dos idosos no Distrito Federal, que cederam suas imagens e depoimentos de forma espontânea e compromissada com a verdade. A todos os funcionários do CCI-UCB e também aos idosos participantes de suas atividades, por nos abrirem as portas de suas instalações, atividades e projetos. Aos políticos e gestores que nos atenderam, por sua atenção e respeito. A todos os funcionários e idosos residentes do Abrigo Maria Madalena, que nos receberam com carinho e presteza. A todos aqueles que de alguma forma colaboraram para a Construção desse Projeto Acadêmico e que nos conduziram as informações e lugares corretos. Enfim, a cada membro de nossas famílias, que mesmo sentindo as nossas ausências, nos apoiaram, confortaram e nos deram força para empreender as dificuldades encontradas na execução desse Trabalho. SUMÁRIO 1. Apresentação 09 2. Objetivos 11 2.1 Objetivo Geral 11 2.2 Objetivos Específicos 11 3. Justificativa 12 4. O Estatuto do Idoso e a constituição da cidadania na terceira idade: entre o documento 14 e a prática 4.1 Aspecto Histórico do Estatuto do Idoso 14 4.2 Proteções conferidas pelo Estado ao Idoso e estrutura jurídica de apoio e proteção 15 5. O Documentário: Espelho do Amanhã 18 5.1 Sumário Executivo 18 5.2 Escaleta 19 5.3 Roteiro do Documentário 22 6. Metodologia 6.1 Do tipo de pesquisa 39 39 6.1.1 Do ponto de vista dos seus objetivos 39 6.1.2 Do ponto de vista da sua natureza 39 6.1.3 Do ponto de vista da forma de abordagem do problema 40 6.1.4 Do ponto de vista dos procedimentos técnicos 40 6.2 Método de abordagem 40 6.3 Método de Procedimento 40 6.4 Diário de Bordo 41 7. Considerações Finais 42 8. Bibliografia/Videografia 43 9. Anexos (Autorizações) 44 10. Conclusão 53 9 1. APRESENTAÇÃO De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), O Brasil terá em 2025, aproximadamente, um contingente de trinta e dois milhões de idosos. Essa estatística preocupa governos e a sociedade como um todo, devido à exigência e eficácia de políticas e projetos que viabilizem melhores condições assistenciais e de amparo a essa população, pois evidenciado os problemas relacionados às necessidades físicas, afetivas e sociais que acometem aos idosos. Problemas esses que tendem a minorar sua qualidade de vida e produtividade e a desencadear distúrbios mentais, intelectuais, psicológicos, entre outros. Apesar de todo ordenamento jurídico voltado para questão do idoso no Brasil, a realidade se desponta como uma saga cinematográfica, onde são constantes e até culturais, os desmandos e desrespeitos relacionados ao tratamento e cuidado dispensado aos idosos em diferentes meios e camadas sociais, inclusive, em sua maioria, na própria família. Os casos rotineiros de abandono material, moral e emocional, despertam para o fato de que é preciso intentar e fazer cumprir os dispositivos legais inseridos na Constituição do Brasil, bem como no Estatuto do Idoso, através da aplicação da lei e fiscalização do poder judiciário, como também, da promoção de campanhas e debates que fomentem na sociedade uma nova concepção do envelhecimento, por meio do discurso da dignidade e respeito da pessoa humana, para que novos paradigmas sejam instaurados na mentalidade da sociedade nacional e possam com isso, provocar mudanças nos tratamentos e programas dispensados aos idosos. Atento a esses problemas de natureza emocional e social, a proposta desse trabalho é a de avaliação e apontamento das políticas públicas e das ações da sociedade civil organizada, que têm como mote a reinserção social do idoso, bem como a promoção de seu bem estar em prol de um envelhecimento digno, através de programas e projetos que permitam sua participação em atividades físicas, esportivas e terapêuticas, como também, seu envolvimento em grupos e oficinas de lazer e cultura, entre outros, promovidos por órgãos públicos e outros da comunidade civil, como os CCIs, por exemplo, agentes provedores de um envelhecimento produtivo, equilibrado e saudável. Será também apreciado o papel e a importância social das ILPIs (Instituição de Longa Permanência para Idosos) e dos chamados “Abrigos para Idosos”, pois 10 estes fazem o papel social institucionalizado de abrigar idosos em situação de risco, sem família ou mesmo abandonados pelas mesmas. Além disso, serão relacionados os órgãos e os instrumentos jurídicos que fazem parte da estrutura legal de apoio, fiscalização e execução das políticas voltadas a esse público, assim como a função laboral de cada um e a situação social em que atuam. Nesta experiência empírica, serão estabelecidos contrapontos entre a legislação e a realidade local e nacional, a eficácia e as deficiências do sistema, partindo da análise jurídica e humana a respeito da dignidade do idoso, do direito a tratamentos condizentes com suas especificidades, da cultura de desprezo e improdutividade da pessoa idosa e de sua eficácia individual e social, e ainda, a possibilidade de propiciar ao idoso, condições dignas para envelhecer com produtividade, saúde, respeito e bem estar. 11 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo (s) Geral (is) Esse projeto procura demonstrar a necessidade e a importância da inserção de idosos em grupos e atividades recreativas e/ou esportivas, de lazer e cultural com finalidade psicomotora e afetiva, como forma de minimizar os problemas de saúde, integração social, produtividade, apontando os dispositivos legais inseridos no Estatuto do Idoso e na Constituição. 2.2 Objetivos específicos Levantar e analisar os principais problemas enfrentados pela população idosa. Estabelecer parâmetros comparativos de diferentes realidades vividas por distintos grupos de idosos. Elencar alguns dos grupos e instituições públicas e da sociedade civil organizada que oferecem e promovem atividades físicas, recreativas e esportivas a idosos. Apontar as iniciativas positivas de grupos e instituições públicas e particulares. Apontar os dispositivos legais que visam garantir e assegurar direitos aos idosos. Apresentar as estatísticas referentes ao quantitativo da população idosa nacional de acordo com dados do IBGE. Comparar os dados estatísticos e resultados de pesquisas e estudos nesta área para estabelecer parâmetros qualitativos como sugestões para um envelhecimento digno. Determinar a possibilidade de serem fixadas as competências fiscalizadoras, defensoras e de apoio psicossocial, bem como a estrutura dos órgãos que compõem os institutos jurídicos responsáveis e auxiliadores no amparo da pessoa idosa. 12 3. JUSTIFICATIVA Analisando a problemática social em torno das questões que envolvem os idosos no Brasil e no Distrito Federal e os problemas consequentes dessa avaliação, pensou-se o tema para esse trabalho, em face do contingente elevado desse grupo de pessoas. As políticas públicas e programas de beneficiamento e assistência aos idosos nos dias atuais, bem como a incidência significativa de projetos filantrópicos, que visam atender às especificidades desse grupo de pessoas, têm se avolumado e, respaldados no Estatuto do Idoso, oferecido melhores condições de aplicação, inclusão e tratamento dos males que acometem aos idosos. As pesquisas e estudos relacionados à longevidade, qualidade de vida e bem estar, apontam a importância da inserção dos idosos em grupos de atividades físicas, de lazer ou qualquer outro programa que envolva o relacionamento com pessoas de sua idade, tendo em vista a reciprocidade de entendimento e problemas, pois o universo particular e mesmo, o núcleo familiar do idoso, tende a ser modificado em razão de diferentes situações de vida, pois o tempo passa, a idade chega, a disposição e produtividade da pessoa humana se modifica a partir do avançar dos anos, sendo cada vez mais difícil acompanhar um mundo globalizado, informatizado e extremamente rápido em seus conceitos, regras e valores, que são modificados e alterados de acordo com esse descompasso da vida idosa e da era tecnológica. É claro que o idoso vive nesse mundo de inovações, podendo dele tomar parte e atuar, mas geralmente isso pouco acontece, sendo que na verdade há uma grande limitação em relação a sua inclusão social, visto ainda existir na sociedade brasileira um preconceito em torno da figura do envelhecimento, de que idoso é aquele que já viveu tudo que tinha pra viver e deve ficar em casa assistindo televisão, fazendo crochê ou jogando dominó nas praças. Mudar essa concepção, essa imagem da velhice no mundo moderno é uma tarefa a ser cumprida pelos interessados no debate da promoção da dignidade da pessoa idosa, pois há um número expressivo de pessoas que vivem deslocadas da sociedade; abrigadas em lares especiais ou mesmo em suas residências sem o mínimo de assistência ou zelo, que necessitam de proteção, acompanhamento e políticas que possam favorecer-lhes bem-estar em sua vida e de acordo com suas características, limitações e valor humano. Então, esse trabalho procura demonstrar 13 as dicotomias de realidades, estabelecendo uma comparação entre os idosos inseridos em grupos de atividades recreativas, esportivas e outras que favorecem sua inserção social, cultural com outros que não participam de nenhum grupo de apoio, de modo a avaliar sua qualidade e quantidade de vida. A negligência familiar, o abandono social e a falta de interesse político ou pouco interesse em se criar programas que possam abranger uma parcela maior da população de idosos no Brasil e, especialmente, no Distrito Federal, fazem parte do conjunto de entraves que muitas vezes inviabilizam uma melhoria na qualidade de vida dos mesmos, sem falar na ignorância e baixa renda familiar, que também levam as famílias a não ofertarem tratamento mais qualitativo a seus idosos. Além, é claro, dos problemas em torno dos idosos que sofrem agressões, maus tratos, privações e outros castigos sociais, que os levam ao cárcere, a morte, a depressão e mesmo a internação em entidades públicas ou civis que acolhem e tratam dos idosos em situação de risco e abandono familiar. Durante o estudo realizado pelo grupo, pesquisas bibliográficas e de campo, entrevistas e outros artifícios utilizados nesse intuito, constatou-se que há uma diferença singular em relação a essas realidades diferentes, pois se de um lado o idoso inserido em grupos de apoio e atividades laborais, recreativas, físicas e esportivas apresenta um desempenho e uma qualidade de vida melhores, por outro lado, o idoso distanciado de alguma dessas práticas ou de qualquer outra que venha a suprir sua carência de movimento e inserção social, vem apresentando cada vez mais problemas de ordem emocional, física e social, que são externadas por meio de doenças, depressões e até suicídio. Com o advento do estatuto do idoso e a implementação de estratégias no combate as moléstias que acometem a população idosa, a visão em torno das questões e da figura do envelhecimento, vem se alterando e muitos dos paradigmas de outrora foram paulatinamente modificados. Uma nova concepção de velhice vem se desenhando no cenário social da comunidade brasileira e vem se consolidando através de conceitos arrojados nos avanços da medicina geriátrica, no comércio cada vez mais especializado a esse público, nas políticas públicas e programas sociais de revitalização e destaque do papel histórico e social do idoso e em outras campanhas de promoção do respeito e dignidade da pessoa humana. Todas essas ações contribuem para construção de uma proposta humanizadora de tratamento e beneficiamento do idoso e para o aviltamento de um novo paradigma da velhice. 14 4. ESTATUTO DO IDOSO E A CONSTITUIÇÃO DA CIDADANIA NA TERCEIRA IDADE: ENTRE O DOCUMENTO E A PRÁTICA. 4.1 Aspecto Histórico do Estatuto do Idoso. A temática em torno da situação do idoso surge no Brasil a partir das décadas de 60 e 70, vinculada a mudanças no perfil demográfico da população nacional (qual seja, o crescimento da população de idosos e a queda na taxa de natalidade), aos avanços da medicina e a atuação política de aposentados e grupos ativistas em defesa dos direitos sociais do idoso. Esses fatores conjugados fizeram com que a sociedade percebesse a necessidade de novas conceituações de idoso, mais adequadas às exigências dessa parcela cada vez mais numerosa, mais produtiva, saudável e com longevidade. Diante do novo conceito, com novas atribuições na sociedade e consciente de seus direitos, ocorreu o reconhecimento de uma necessidade por um grupo social, capaz de organizar - se e de tomar medidas para atender à demanda de atitudes jurídicas, políticas, sociais, policiais, referentes ao fato em evidência. A partir de leis anteriores que já reconheciam a importância de defender e amparar a parcela da população brasileira constituída pelos idosos, sancionadas em face dos dispositivos legais inseridos na Constituição Federal, que conferem direitos e garantias aos idosos, foi sancionado, em 1º de outubro de 2.003, o Estatuto do Idoso, após sete anos de tramitação pelo Congresso Nacional e vários outros de discussão. Quatro anos antes, em 1999, celebrava-se o Ano Internacional do Idoso, tendo como tema o conceito: “uma sociedade para todas as idades”, que apresentava dimensões quanto ao desenvolvimento individual, durante toda a vida; quanto às relações entre várias gerações; quanto a relação mútua entre envelhecimento e desenvolvimento e quanto a situação dos idosos. A Constituição, em vários de seus artigos, já apontava para o cerne do discurso e dos princípios protetistas e garantidores que seriam embutidos na interpretação de cada um dos dispositivos legais contido no Estatuto do Idoso, mediante os conceitos de Dignidade da Pessoa Humana, Cidadania, respeito e igualdade, compreendendo nesse último, a proibição de tratamento preconceituoso em relação a pessoas por motivo de origem, raça, sexo, cor, idade ou qualquer outra forma de discriminação (conteúdo do inciso IV, do artigo 3º, da Constituição 15 Federal). Além das garantias impressas em todo o artigo 5º da CF e outros que apontam e tutelam diversos direitos relacionados a atendimento de saúde, Previdência, Assistência Social, obrigação da família em amparar e proteger a pessoa idosa. Enfim, direitos já disciplinados na Carta Magna do país, mas que seriam copilados e melhor explicitados por meio da criação do Estatuto do Idoso. 4.2 Proteções Conferidas Pelo Estatuto ao Idoso e estrutura jurídica de apoio e proteção. Como já foi dito, o Estatuto do idoso foi criado a partir das disposições contidas na Constituição Federal da República a cerca do idoso. O mesmo, vem assumindo um papel central na forma como, atualmente, é visto o envelhecimento humano e na maneira de se tratar a população idosa. Ele aponta à figura da velhice de forma diferenciada, atribuindo-lhe imagens e sentido próprios, inerentes a situação de fragilidade e necessidade de proteção da pessoa idosa, em face do comprometimento de suas funções motoras, sensoriais e psicológicas, pressupondo ser o idoso uma pessoa hipossuficiente, carente de proteção e tutela jurídica e familiar. Esse aparato legal que compõe o Estatuto do Idoso, vem assegurar que as pessoas com mais de 60 anos tenham direito à vida, à liberdade, à dignidade, à saúde, à educação, ao lazer, ao respeito etc. Direitos esses amplamente garantidos pela Constituição Federal, posicionados em vários artigos e separados de acordo com o significado social, político, ideológico e personalíssimo, pois que se configuram as diversas abordagens temáticas que comportam a pluralidade de conceitos que envolvem a contemporânea figura da velhice. No entanto, ainda não se incorporaram totalmente no ideário da sociedade brasileira, mas veem se configurando através de diversas políticas e campanhas de promoção, sensibilização, divulgação e tratamento da população idosa no Brasil. Na verdade, o Estatuto representa um avanço significativo e um forte instrumento de combate aos preconceitos e aos estereótipos criados na cultura nacional em relação a improdutividade e incapacidade do idoso. E, muito embora, as ações e políticas realizadas nesse sentido ainda sejam insuficientes, é inegável que o advento do mesmo estabeleceu um soldo protetor e uma fiscalização da sociedade, do poder público e judicial, em torno das questões que envolvem o idoso, coibindo agressões, 16 fomentando debates e oferecendo um plus no incremento de políticas de beneficiamento e assistência ao cidadão com mais de 60 anos. No tocante a violência e abandono, o Estatuto afiança que é tarefa do Estado prestar garantia de proteção ao idoso, para que não sofra qualquer tipo de violência, negligência, crueldade, discriminação ou opressão. Assegura ainda que todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma de lei. E complementa dizendo que nos casos de suspeita ou confirmação de maus tratos contra idoso, serão obrigatoriamente comunicados pelos profissionais de saúde a quaisquer dos seguintes órgãos: autoridade policial, Ministério Público, Conselho Municipal do Idoso, Conselho Estadual e Conselho Nacional. No Distrito Federal, por exemplo, existe uma complexa estrutura de apoio, fiscalização e execução de políticas e medidas interventivas, que visam assegurar tratamento adequado e digno ao idoso, bem como, se necessário for, protegê-lo e resgatá-lo de comprovadas situações de risco em que possa estar inserido. Através dos institutos da PRODIDE, Promotoria de Justiça de Defesa do Idoso e do Portador de Deficiência, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e da Central Judicial do Idoso, formada pelos órgãos do MPDFT, Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, Defensoria Pública e a Policia Civil do Distrito Federal, o idoso no Distrito Federal obteve melhores condições de ver resguardada sua proteção quando em risco, além disso, esses institutos, pioneiros na legitimação de políticas protetivas a idosos, são específicos para o atendimento dessa demanda e público especial. O trabalho realizado pela PRODIDE, a Promotoria do Idoso, visa tratar as questões que envolvem transgressão aos direitos do idoso de forma a evitar processos penais e mesmo civis, pois procura antes sensibilizar o agente causador do mal intentado a pessoa hipossuficiente e frágil, que está na condição de idoso, para somente em caso de insucesso, instaurar os processos pertinentes as infrações causadas. De acordo com a Promotora de Justiça da Prodide, em entrevista aos integrantes do grupo que realizou esse Memorial, a promotoria tenta de várias formas mediar os conflitos e, em muitos casos, essa mediação resulta positivamente em aprendizado, tanto para o idoso agredido ou subtraído de seu direito, quanto ao agente causador, que em sua maioria, é pessoa do núcleo familiar do idoso. 17 Papel importante também é o da Central do Idoso, pois essa comporta uma estrutura ampla de atendimento e acompanhamento aos idosos, formada por vários profissionais que lidam com as questões próprias dessa população. Entre eles destaca-se os profissionais da Vigilância Sanitária, que são co-responsáveis pela fiscalização dos abrigos e ILPIs em todo o Distrito Federal. O trabalho da Central é o de averiguar caso a caso, a situação em que se encontra o idoso demandado e, mediante essa triagem e avaliação, promover e estimular em outros órgãos, se for o caso, todos os trâmites necessários para apuração, punição e resolução da dificuldade apresentada na situação concreta. Portanto, existe toda uma estrutura e aparato jurídico legitimando e respaldando a garantia de direitos e proteção aos idosos, o que falta necessariamente, é maior implementação das políticas públicas, sociais e da Sociedade Civil Organizada, no sentido de oferecer soluções e alternativas para os problemas da população idosa. Quando esse pensamento tomar corpo na mentalidade política e social dos brasileiros, será possível desenvolvimento, a dignidade e o respeito do cidadão idoso no país. promover o 18 5. DOCUMENTÁRIO Esse documentário pretende mostrar uma visão diferenciada a cerca dos problemas que envolvem a pessoa idosa no Distrito Federal, apontando possíveis soluções através da inserção em atividades físicas, sociais e culturais, oferecidas pelos agentes públicos ou por entidades filantrópicas. Apresenta ainda a estrutura jurídica de apoio ao idoso, por meio da PRODIDE, da Central do Idoso e de outros órgãos auxiliares. 5.1 SUMÁRIO EXECUTIVO – “ESPELHO DO AMANHÔ (JUNHO/2012) Tema: Envelhecimento Digno sob a ótica do Estatuto do Idoso. 5.1.1 OBJETIVO: Esse projeto procura demonstrar a necessidade e a importância da inserção de idosos em grupos e atividades recreativas e/ou esportivas, de lazer e cultura, com finalidade psicomotora e afetiva, oferecidas pelo poder público ou por entidades da sociedade Civil Organizada, como forma de minimizar os problemas de saúde, integração social e produtividade, apontando os dispositivos legais inseridos no Estatuto do Idoso e na Constituição Federal. 5.1.2 JUSTIFICATIVA DO PROJETO: Em face do progressivo aumento da população idosa no Brasil e, principalmente no Distrito Federal e dos problemas inerentes a essa condição humana, pensou-se o tema para esse trabalho, tendo em vista a comprovação, mediante estudos nas áreas de geriatria, gerontologia, ciências biomédicas, humanas e sociais, de que a população idosa local e, mesmo em nível nacional e mundial, tem apresentado necessidades físicas, afetivas e sociais, que tendem a minorar sua qualidade de vida e produtividade. Sendo cada vez maior a ocorrência de problemas relacionados ao idoso, pensar alternativas que procurem solucionar ou minimizar as incidências desses fatos é de extrema importância e relevância aos diferentes grupos e entidades sociais, sobretudo às famílias. Com vista a essa preocupação, o trabalho desse 19 grupo é o de apresentar, divulgar e difundir os projetos e políticas públicas relacionados aos idosos, bem como as iniciativas da sociedade civil organizada, através de entidades filantrópicas, ONGs e outras, que visam promover e fomentar o esporte, atividades físicas e o lazer como mecanismos de interação, produção e longevidade do idoso, no sentido de que, em resgatando sua dignidade humana, ele possa usufruir de um envelhecimento condizente com o respeito às garantias embutidas nas legislações pertinentes. 5.1.3 FORMATO: Documentário de 20 minutos, com captação em tecnologia digital de alta definição (HD), padrão 4/3, com geração matriz de mídia DVD. Após a montagem e finalização em digital, será convertido para o formato de baixa resolução, que possibilita a veiculação por meio da internet. 5.1.4 VIABILIDADE ECONÔMICA: É possível porque o equipamento é disponibilizado pela CRTV, há locações determinadas, entrevistas marcadas e tema definido. Será voltado para os idosos e o público em geral, pessoas que tenham interesse em saber mais sobre os projetos que atendem ao público da melhor idade e onde encontrar oficinas, atividades físicas e esportivas, lazer e entretenimento para idosos, de forma a propiciar melhores condições de saúde e interação social, melhorando sua produtividade e oportunizando longevidade. O documentário também é voltado para órgãos de fomento federais e locais, particularmente interessados no tema. 5.1.5- ESTRATÉGIA DE MARKETING: Pretende-se divulgar o presente documentário na Universidade Católica de Brasília - UCB, servindo como instrumento didático, a fim de informar aos acadêmicos, bem como mostrá-los a problemática que envolve muitos dos idosos locais e também em nível nacional. 5.2 ESCALETA: ESPELHO DO AMANHà Envelhecimento digno sob a ótica do Estatuto do Idoso 1) Cena de abertura feita com duas mulheres em frente ao espelho uma sendo reflexo da outra. 20 2) Cena 1 – Imagens do Idosos no seu Cotidiano, com Narração feita por um integrante do grupo. 3) Cena 2 – Vídeo de uma aposentada falando da solidão e do esquecimento de seus filhos, rejeição... 4) Cena 3 – Imagens do Lar Maria Madalena e na Avenida Principal do Guará II, com uma narrativa do crescimento populacional, e Imagens do Plenário do Senado Federal, com a narração da Aprovação do Estatuto do Idoso e Duas Imagens, uma da Campanha da Fraternidade 2003, e outra de livros e do Estatuto do Idoso, com a locução de um texto sobre a influência da sociedade civil organizada na aprovação do Estatuto. 5) Cena 4 – Entrevista da Dra. Paula Regina, onde ela faz questionamentos e explicações sobre o Estatuto do Idoso. 6) Cena 5 – Parte da Novela da Rede Globo, Mulheres Apaixonadas, no capítulo em que o autor aborda o Estatuto do Idoso, com a explicação e o motivo pelo qual foi criado. 7) Cena 6 – Entrevista com o Senador Paulo Paim, explicando o que aborda o Estatuto do Idoso, o motivo pelo qual foi criado. 8) Cena 7 – Mix de fotos tiradas em uma ILPI, com uma trilha sonora ao fundo. 9) Cena 8 – Encenação de agressão ao idoso, com uma situação controversa entre o tratamento da enfermeira em relação a idosa e a simulação com os filhos, ao telefone. 10) Cena 9 – Tela em fundo preto com uma música “com ar misterioso” com a seguinte expressão, “O que pode ser feito?”. 21 11) Cena 10 – Entrevista com a Promotora Pública do Distrito Federal a Dra. Sandra Julião, onde ela explica qual o instrumento usado pelo Ministério Público após a criação do Estatuto do Idoso. 12) Cena 11 – Entrevista com Dra. Paula Regina, explicando o que fazer quando o idoso necessita de ajuda, sobre alguns problemas na própria família. 13) Cena 12 – Imagens, com fundo musical, mostrando algumas atividades realizadas pelo Centro de Convivência do Idoso da Universidade Católica de Brasília. 14) Cena 13 – Entrevista com o Participante do CCI da UCB, Eloy Barbosa, onde diz o motivo pelo qual procurou o CCI, onde temos quebras de imagens, com uma fusão de imagens dos participantes do CCI em atividades, com fundo musical. 15) Cena 14 – Entrevista com a Gestora do CCI da UCB, Zilda Pessoa, explana como o projeto é mantido, por quais os motivos levam os idosos procurarem o CCI. 16) Cena 15 – Entrevista com o Coordenador da Geriatria/Gerontologia do HRAN Dr. Sabri Lakhdari, fala da qualidade de vida na Terceira Idade, 17) Cena 16 – Cena do filme UP com uma trilha sonora bem calma. 18) Cena 17 – Entrevista com a Dra. Paula Regina, ela fala dos Direitos dos Idosos, das ILPI´s. 19) Cena 18 – Um morador da ILPI, Sr. Eury Alves da Costa, canta uma música, e logo após diz o que acha da sua moradia em uma ILPI. 20) Cena 19 – Imagens de uma ILPI, com uma trilha sonora. 22 21) Cena 20 – Entrevista com a Maria das Dores, fala de sua trajetória até o momento em que foi morar em um ILPI, dos problemas e de suas atividades, com um mix de imagem de uma senhora tendo uma atividade das quais a Dona Maria conta. 22) Cena 21 – Entrevista com a Dra. Paula Regina, explana que as ideias de uma ILPI devem ser alteradas, pois não é ruim quanto dizem. 23) Cena 22 – Imagem dos Pontos de Encontros Comunitários, com um fundo musical animado, seguido de uma locução falando dos projetos feitos pelo Governo Local. 24) Cena 23 – Entrevista com o Secretário do Idoso do Distrito Federal, explicando os projetos e políticas públicas oferecidas para a comunidade. 25) Cena 24 – Entrevista com o Sr. Eloy, falando de afeto na terceira idade. 26) Cena 25 – Imagem do Coral Sempre Jovem da Universidade Católica de Brasília, cantando algumas músicas, marchinhas. 27) Cena 26 – Entrevista com o Maestro do Coral Sempre Jovem, o Mestre Sérgio Kolodziey, diz os preconceitos vividos pelo mundo, e que nos seremos tratados do jeito que tratamos os outros. 28) Cena 27 – Imagem do Coral Sempre Jovem, com os integrantes cantando. 29) Cena 28 – Tela preta com a finalização, com um fundo musical cantado pelos integrantes do coral. 30)Cena 29 – Considerações Finais, Créditos Finais, com música ao fundo 31) Cena 30 – Encerramento. 23 5.3 ESPELHO DO AMANHà ROTEIRO DO DOCUMENTÁRIO Data: 09/06/2012 Grupo: Aline Oliveira de Souza Moreno, Cláudia Barros Rezende da Silva, Dulcinéia Cunha de Souza, João Guilherme Cabral, Luciene Rodrigues Braga Souza. Orientadores: Prof. MSc. Odair José de Araújo Torres Prof. MSc. Paulo Marcelo Moreira Lopes RETRANCA ENVELHECIMENTO DIGNO SOB A Editor/diretor: Aline Oliveira de Souza Moreno, Claudia Barros Rezende dos Santos, Dulcinéia Cunha ÓTICA DO ESTATUTO DO IDOSO de Souza, João Guilherme Cabral, Luciene Rodrigues Braga Souza. SOBE-SOM 01- ABERTURA DO DOCUMENTÁRIO ESPELHO DO AMANHà LOC – OFF 01 (IMAGENS DO COTIDIANO) CENA - 01 Abertura do documentário com a imagem inicial do espelho coma música (ONLY TIME / ENYA) ao fundo. Mesmo com os avanços em relação às políticas e projetos de inclusão direcionados aos idosos, ainda há discriminação, falta de respeito, abandono e agressão em relação a eles inclusive dos próprios familiares. A visão da sociedade revela uma ideologia negativa da velhice, na qual o envelhecimento é uma fase compreendida por perdas físicas, intelectuais e sociais, onde o idoso vivencia a diminuição de suas 24 habilidades, conhecimento e experiências, tornando suas contribuições sociais pouco relevantes, se sentindo excluídos e sem utilidade. FADE IN “Vídeo explicando a sua trajetória de vida” (música instrumental) VÍDEO DEPOIMENTO D. FRANCISCA SANTOS REIS CENA 02 LOC – OFF 02 CENA – 03 (IMAGENS DO LAR MARIA MADALENA) (IMAGENS FEITAS AVENIDA PRINCIPAL DO GUARÁ II) Atualmente com uma população de 22 milhões de pessoas com mais de sessenta anos, o que representa 10% da população brasileira, esse quadro é preocupante. Principalmente levando-se em conta as pesquisas indicando um número crescente de idosos. Pode-se dizer, então que o Brasil é um país idoso. O envelhecimento da população é um reflexo do aumento da expectativa de vida, devido aos avanços no campo da saúde e à redução das taxas de natalidade. LOC – OFF 03 CENA 03 IMAGENS DA SESSÃO PLENÁRIA DO SENADO FEDERAL. Em outubro de 2003 foi aprovada a Lei 10.741 conhecida como a Lei do Estatuto do Idoso. 25 (IMAGEM DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE E DO ESTATUDO, CARTILHAS SOBRE A NOVA LEI). A elaboração desse projeto contou com a participação de vários setores da sociedade brasileira incomodados com a situação de abandono e desrespeito com a população idoso. EFEITO 01 FADE IN IMAGEM PRETA CENA 04 SONORA – 01 ON DEPOIMENTO Dr.ª PAULA REGINA “Você pergunta para o idoso conhece o estatuto do idoso sim conheço todo mundo conhece o Estatuto do Idoso ai você pergunta você já leu o estatuto do idoso você entende quais os direitos assegurados pelo Estatuto não ai isso eu não sei.” DEFENSORA PÚBLICA TC ‘’23.43/23.54’’ TC ‘’24.09/24.14’’ “O idoso ele não conhece os seus direitos. Efetivamente não conhece”. (Cena onde o neto explica aos avós que o Estatuto do Idoso está sendo votado). CENA 05 SOBE SOM MULHERES APAIXONADAS NOVELA – TV GLOBO CENA 06 SONORA 02 ON “O Estatuto na verdade ele trata das Políticas Públicas para o idoso nas mais variadas áreas né como na saúde educação transporte habitação no próprio trabalho no lazer na cultura são artigos que tratam do combate 26 preconceito contra o idoso. DEPOIMENTO DO SENADOR PAULO PAIM. TC ‘’3.52/4.14’’ TC ‘’7.23/08.06’’ O estatuto do idoso é muito bom falta é aplicação na prática mas assim mesmo eu diria que o estatuto é mais aplicado no dia a dia do que o estatuto da criança do adolescente porque a criança ela não tem instrumento para dizer assim olha apliquem o meu estatuto. Já o idoso que tem uma sabedoria acumulada na faculdade da vida ele tem mais força p exigir a aplicação do estatuto eu diria que o Brasil esta caminhando para estar preparado quanto mais for aplicado mais poderá responder a demanda da população idosa” CENA 07 SOBE – SOM 03 (Música instrumental ao fundo mostrando uma senhora deitada no banco) IMAGEM – MONTAGEM DE FOTO TIRADA NO LAR MARIA MADALENA MÚSICA EM BG CENA 08 SOBE – SOM 04 ENCENAÇÃO DE MAUS TRATOS COM UM IDOSO. (Nessa cena, observa-se que mesmo quando a família deixa o idoso aos cuidados de profissionais que deveriam tratá-los com carinho isso na realidade não ocorre). SOBE SOM- QUEDA ÁUDIO PARA O BG CENA 09 EFEITO 02 FADE OUT O QUE PODE SER FEITO?? 27 “Então com o advento do Estatuto do Idoso a gente ficou com um grande instrumento que é esse o nosso realmente assim o nosso diferencial que é a possibilidade de tomar medidas protetivas com relação ao idoso em situação de risco, isso a gente não tinha antes e eu to falando a gente mesmo, o Ministério Publico, porque o Art. 43 diz quais as situações de risco e o Art. 45 do Estatuto do Idoso diz em que situações e quem é que pode definir determinar a medida protetiva, né. E ali o Estatuto do Idoso no seu Art. 45 ele não diz quais são as medidas de maneira taxativa, porque medida de proteção é toda aquela que pode tirar o idoso da situação de risco.” CENA 10 SONORA 03 ON DEPOIMENTO Dr.ª SANDRA JULIÃO PROMOTORA MPDF TC ‘’7.14/8.08’’ ‘’E também inserir este idoso na rede de proteção e defesa do distrito federal, porque nos temos diversos órgãos governamentais e não governamentais que prestam apoio ao idoso. Então ele pode tá deprimido né, derrepente o idoso veio aqui porque a companheira dele acabou de falecer, ele ta extremamente deprimido e não encontra amparo nos filhos né, porque os filhos no dia a dia na rotina tendo que trabalhar ele ta se sentindo sozinho, e agora o meu referencial foi embora. A onde que a gente pode. Tem uma demanda judicial para isso? Não tem uma demanda judicial. Mas aonde eu posso buscar atendimento para esse idoso, eu poso estar tentando inseri-lo num grupo de idosos, num CCI Centro de convivência do idoso.” CENA 11 SONORA 04 ON DEPOIMENTO Dr.ª PAULA REGINA TC ‘’11.32/12.22’’ SOBE SOM 05 CENA 12 OFF IMAGENS DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DO IDOSO UCB (Filmagem efetuada durante atividades desenvolvidas pelos idosos no CCI). CENA 13 SONORA – 05 DEPOIMENTO ON “o que me levou a eu ir procurar o centro de convivência do idoso foi justamente porque eu estava tomando remédio demais eu tomava remédio para pressão”... 28 ELOY BARBOSA ALUNO CCI TC ‘’25.09/25.38’’ OFF ... colesterol eu tomava eu gastava em média de R$600,00 por mês de remédios ai quando eu cheguei na no CCI fui recebido de braços abertos com grandes profissionais,eu fui melhorando a minha condição física, IMAGENS DAS ATIVIDADES DO CCI hoje eu não tomo nenhum remédio, eu tenho orgulho de falar isso.” ON SOBE SOM 06 (GRUPO DE DANÇA DO CCI) CENA 14 SONORA – 06 (GRUPO DE DANÇA DO CCI) DEPOIMENTO ZILDA PESSOA SILVA OFF “O projeto é um degrau que ele vai aos pouquinhos ele vai conquistando outros”. 29 COORDENADORA CCI/UCB TC’’28.07/28.20’’ TC’’06.11/06.20’’ ...e a partir dos momentos que ele conquista a sua dignidade, a sua independência assim sim, ele é um idoso ativo, um idoso saudável e capaz.... TC’’06.24/06.36’’ SONORA SONORA ON OFF IMAGENS DAS ATIVIDADES SONORA ...A instituição tem dentro da missão e dentro do objetivo do projeto atender idosos em situação de risco ou vulnerabilidade social... ... a vulnerabilidade social não tá simplesmente associada a questão financeira, eu também tenho uma vulnerabilidade de abandono, situação de depressão, ON ...a gente tem muitos idosos que moram sozinhos.” CENA 15 SONORA – 07 ON “Acho que para ter qualidade de vida tem que se manter ativo, tem que ter uma rede de relações sociais ou familiares adequadas, e parar de achar que é velho simplesmente viver a sua vida normalmente.” DEPOIMENTO Dr.º SABRI LAKHDARI GERIATRA “Acho que a qualidade de vida na terceira idade é a mesma das outras idades né, o que a gente vê muito na terceira idade é o problema da solidão.” TC’’11.59/12.10’’ CENA 16 SOBE SOM 07 IMAGEM DO FILME UP – ALTAS AVENTURAS (Cena em que se retrata a solidão do personagem, e o modo como ele decidiu viver). Com a trilha sonora (ONLY HOPE, Mandy Moore). 30 CENA 17 SONORA 08 ON DEPOIMENTO Dr.ª PAULA REGINA “O idoso têm o direito de escolher onde ele quer viver né, ele pode querer viver sozinho, ele pode querer viver com a família, ele pode querer viver em uma ILPI.” DEFENSORA PÚBLICA TC’’33.39/33.48 SOBE SOM (MÚSICA CEGO GERICÓ) IDOSO CANTA 08 CENA 18 IMAGEM DO IDOSO SONORA 10 ON DEPOIMENTO MORADOR DO LAR EURY ALVES DA COSTA TC’’02.57/03/24’’ SOBE SOM 09 „‟Bom é da maneira que eu posso e gosto de viver, eu tem algum que escuta umas que escuta as piadinhas que eu conto piadinha de pescador, isso ai conversar já eu sou antigo somos antigo com os garotos eu não vou conversar, tem poucos garotos converso com os idosos”. (trilha sonora do violão) Imagens dos idosos no seu dia a dia no lar com uma música de fundo. CENA 19 SOM EM BG IMAGENS DOS IDOSOS CENA 20 SONORA ON DEPOIMENTO DA MORADORA DO LAR MARIA DAS DORES “Eu vim porque eu estava muito doente, não tenho marido , não tenho mãe minha filha mora no RIO e não pode cuidar de mim que meu genro é alcoólico e ela não pode cuidar de mim E eu tenho um irmão, mas também é defeituoso não 31 TC’’09.42/10/04’’ tem capacidade para cuidar de mim. Então eu fui obrigada a vir para cá porque eu fiquei doente da cabeça com a morte da mamãe. TC’’10.39/11.03’’ Eu acho que o idoso ele saber viver a vida, aproveitar não ficar parado.... SONORA ...o idoso parado fica só sentado deitado ele tem que ter uma atividade andar principalmente andar. OFF Então o idoso tem que aproveitar.... SONORA ...dançar procurar fazer uma atividade bordar fazer uma pintura fazer um estudo conforme eu faço.” ON “Agora a gente tem que tirar o mito de que uma ILPI é a pior coisa do mundo”. CENA 21 SONORA 11 ON “Hoje no Distrito Federal a gente conta com 12 instituições entre filantrópicas e privadas. Não existe no Distrito Federal nenhuma instituição pública né, que preste este tipo de atendimento ao idoso.” Dr.ª PAULA REGINA DEFENSORA PÚBLICA TC’’35.58/36.11’’ Alguns projetos políticos foram criados para amenizar os problemas que acometem os idosos. LOC – OFF 04 CENA 22 SOBE SOM 10 LOC 04 IMAGEM DO COMUNITÁRIO PONTO DE CENA 23 SONORA 12 ON SECRETÁRIO RICARDO QUIRINO TC ‘’9.20/9.43’’ ENCONTRO No Distrito Federal por exemplo a criação da secretaria especial do idoso favoreceu o implemento de projetos na área de esporte e lazer visando o bem estar da população de idosos “Então quando você então faz essa inclusão social, só de ele estar envolvido em práticas esportivas culturais também no âmbito jurídico esta envolvido com a sociedade isso já trás qualidade de vida e anexando isso a questão do respeito e da valorização que a secretaria quer implementar, já esta implementando trás para ele uma satisfação muito grande. Então o perfil do idoso de 32 hoje é totalmente diferente daquele, ainda existe um grupo que tem um perfil antigo sim mas é porque ainda não foi alcançado .mas o idoso ativo, pro ativo e o que participa que trabalha que é o senhor das suas atitudes e que precisa ser apenas respeitado. .ele quer um espaço para mostrar o seguinte: EU POSSO EU SOU CAPAZ “ TC’’ 12.10/12.37’’ CENA 24 SONORA 13 DEPOIMENTO ELOY BARBOSA VIEIRA ON TC ‘’26.46/26.41” ALUNO DO CCI “Todo mundo gosta de carinho principalmente o idoso. O idoso gosta muito de carinho, então qualquer carinho que uma pessoa da para o idoso é um pedação.” SOBE- SOM 11 (SOM DO CORAL) CENA 25 (Passeio oferecido pelos alunos da UCB ao Pontão do Lago Sul) IMAGENS DO CORAL SEMPRE JOVEM DA UCB CENA 26 ON SONORA 14 DEPOIMENTO DO MAESTRO DO CORAL SEMPRE JOVEM TC’’37.57/38.30 “Olha essa palavra idoso eu gostaria de dizer uma pessoa mais experiente, é a sua maneira de pensar tem pessoas que são jovens e já são fechadas e se fecham para o mundo e acham que o mundo está contra eles, na realidade não é , é você, você tem que mudar não é o mundo que tem que mudar certo, o mundo é o espelho do que você é , é um eco do que você é, é um xérox do que você é, então não é o mundo que está contra você é é você que está contra o mundo, então mude que o todo vai mudar.” CENA 27 IMAGEM CORAL SEMPRE JOVEM (Música do Coral Sempre Jovem da Universidade Católica de Brasília) CENA 28 “Após 9 anos, o Estatuto do Idoso Lei 10.741/2033 nos dá uma nova concepção de velhice, aonde o respeito e a dignidade da pessoa idosa vêm sendo resgatados. TELA PRETA As contribuições ao longo desses anos vieram de todos 33 COM A FINALIZAÇÃO DO DOCUMENTÁRIO os setores da sociedade... especialmente pela conscientização do próprio idoso em não se deixar esquecer ...e avisar para o mundo” . “EU CONTINUO AQUI” ENCERRAMENTO DIVISÃO DE TELA / CRÉDITOS (música Somewhere over the Rainbow) SOBE SOM 12 CENA 29 Créditos CRÉDITOS Universidade Católica de Brasília QS 07 Lote 01 EPCT Águas Claras CEP: 71966-700 Taguatinga/DF Telefone: (61) 3356-9000 www.ucb.br documentário ESPELHO DO AMANHà direção JOÃO GUILHERME CABRAL 34 direção geral ALINE OLIVEIRA DE SOUZA MORENO LUCIENE RODRIGUES BRAGA SOUZA direção de fotografia CLÁUDIA BARROS REZENDE SOS SANTOS DULCINÉIA CUNHA DE SOUZA fotografia STUDIO FORMATURAS imagens ALINE OLIVEIRA DE SOUZA MORENO JOÃO GUILHERME CABRAL LUCIENE RODRIGUES BRAGA SOUZA pesquisa ALINE OLIVEIRA DE SOUZA MORENO CLÁUDIA BARROS REZENDE SOS SANTOS DULCINÉIA CUNHA DE SOUZA JOÃO GUILHERME CABRAL LUCIENE RODRIGUES BRAGA SOUZA roteiro e decupagem CLÁUDIA BARROS REZENDE SOS SANTOS DULCINÉIA CUNHA DE SOUZA 35 revisão DULCINÉIA CUNHA DE SOUZA trilhas sonoras Enya – Only Time Lecrae – Walking on Water Mandy Moore – Only Hope Tiago Iorc – Nothing But a Song David Guetta & Sia – Titanium Israel IZ Kamakawiwo – Somewhere over the Rainbow Marchinhas alunos ALINE OLIVEIRA DE SOUZA MORENO CLÁUDIA BARROS REZENDE SOS SANTOS DULCINÉIA CUNHA DE SOUZA JOÃO GUILHERME CABRAL LUCIENE RODRIGUES BRAGA SOUZA orientadores ODAIR JOSE TORRES PAULO MARCELO diretor do curso de direito da universidade católica de Brasília ELVÉCIO DINIZ 36 coordenadora de monografia SIMONE PIRES agradecimentos LUCIANA MEES – PROFESSORA UCB MARILI QUADROS – PROFESSORA UCB ROSE Central judicial do Idoso ANA PAULA RITA Lar Maria Madalena HÉLIO DI ARAÚJO GABRIELLA MIRANDA DI ARAUJO Agência H Master EQUIPE DA SECRETARIA ESPECIAL DO IDOSO DO DF EQUIPE DO GABINETE DO SENADOR PAULO PAIM EQUIPE DA STUDIO FORMATURAS EQUIPE DO PONTÃO DO LAGO SUL 37 EQUIPE DO CRTV DA UNIVERSIDADE CATÓLICA AOS PARTICIPANTES DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DO IDOSO DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA entrevistados Dr.ª. PAULA REGINA DE OLIVEIRA RIBEIRO Defensora Pública do Distrito Federal Dr.ª. SANDRA JULIÃO BONFÁ Promotora de Justiça da PRODIDE do Ministério Público do Distrito Federal Drº. SABRI LAKHDARI Coordenador do Ambulatório de Geriatria e Gerontologia HRAN SECRETÁRIO RICARDO QUIRINO Secretário Especial do Idoso do Distrito Federal – PTB/DF SENADOR PAULO PAIM Senador da República – PT/RS ZILDA PESSOA Gestora do Centro de Convivência do Idoso da Universidade Católica de Brasília ELOY BARBOSA DE OLIVEIRA 38 Participante do Centro de Convivência do Idoso da Universidade Católica de Brasília SÉRGIO KOLODZIEY Maestro do Coral Sempre Jovem da UCB EURY ALVES DA COSTA MARIA DAS DORES Moradores da ILPI CENA 30 Este documentário apresentado ao Curso de Direito da Universidade Católica de Brasília – UCB, como requisito para obtenção do TÍTULO DE BACHAREL EM DIREITO, sob orientação dos professores Odair José Torres de Araújo e Paulo Marcelo Moreira Lopes. 39 6. METODOLOGIA O Estatuto do Idoso foi a fonte básica para a realização deste trabalho, além da utilização bibliográfica para o entendimento de categorias utilizadas nesse documento, tais como: idoso, velhice, políticas públicas. Títulos esses arrolados ao final desse trabalho. Além disso, foram observadas situações em que se aplicariam os preceitos assegurados pelo Estatuto enquanto exercício da cidadania na terceira idade e foram realizadas entrevistas com a população alvo, com as autoridades que compõem a estrutura jurídica de suporte, fiscalização e execução dos aspectos legais do Estatuto do Idoso, com o parlamentar elaborador do projeto de Lei, com funcionários e profissionais que lidam no dia-a-dia com idosos. 6.1 Do tipo de pesquisa 6.1.1 Do ponto de vista dos seus objetivos A pesquisa do ponto de vista objetivo foi exploratória. Pois foi analisado como o idoso é visto em sociedade. Seus conceitos e estereótipos, bem como avaliando sua qualidade de vida, buscando e apontando com isso, meios para sua inserção social. 6.1.2 Do ponto de vista da sua natureza A pesquisa do ponto de vista da sua natureza foi aplicada, porque através de grupos específicos de pessoas foi possível relacionar como é a vida de pessoas idosas que possuem incentivos tanto do governo, sociedade e da família, em relação ao acompanhamento, bem estar e incentivo à práticas de atividades que visem seu relacionamento com outros de mesma faixa etária, comparando com aqueles que não possuem nenhum auxílio, não participam de nenhum programa ou atividade com os demais de sua idade e, além disso, foi comparado também com a situação do idoso abandonado, agredido ou desrespeitado em suas peculiaridades. 40 6.1.3 Do ponto de vista da forma de abordagem do problema O método de abordagem utilizado foi o quantitativo, tanto pesquisas estatísticas governamentais como também questões particulares obtidas através de pesquisa de campo. 6.1.4 Do ponto de vista dos procedimentos técnicos A pesquisa foi bibliográfica, pois foram utilizados livros conceituados, artigos científicos, para se criar parâmetros comparativos entre a época da pesquisa com o estudo de caso, com uma análise mais específica e aprofundada na vida dos idosos. E o documental, foi feito através de questionários, com perguntas abertas, entrevistas individuais e em grupo. O levantamento se dará através de dados colhidos em órgãos como o IBGE e secretarias distritais de políticas voltadas para o público alvo. 6.2 Método de abordagem: Através de Entrevistas e Pesquisas de Campo. 6.3 Método de procedimento: Os métodos utilizados foram: a) Comparativo, pois realizada uma comparação entre a comunidade ativa e auxiliada pelo governo ou por entidades filantrópicas, com casos em que os idosos não são inseridos em grupos de terceira idade, ou mesmo, sofrem abandono familiar, material ou moral e outras formas de desrespeito e discriminação da pessoa idosa. b) Estatístico, pois dados oficiais compõem os números da pesquisa demográfica. c) Etnográfico, pois analisam a situação de vida de um grupo específico da sociedade: idosos com mais de 60 anos de idade. 41 6.4 Diário de Bordo A realização deste só foi possível mediante o esforço conjunto de docentes e discentes. Incluídos também aqui, os funcionários do CRTV, bem como e, principalmente, o acompanhamento sistematizado dos Professores Msc (s.) Odair José e Paulo Marcelo, que acompanharam passo-a-passo, toda elaboração, preparação e execução da produção do presente trabalho acadêmico. Por serem todos os integrantes do grupo que realizaram esse Memorial e, consequentemente, o Roteiro Documentário e o Documentário, do curso de Direito, as informações técnicas pertinentes a área da Comunicação, necessárias a elaboração do trabalho em comento, teriam que ser repassadas e/ou ensinadas, através de oficinas, mas comumente conhecida no meio da Comunicação como “Workshop”. Então, foram realizados vários desses encontros, sob a direção, coordenação e atuação do Professor Paulo Marcelo. Esses Workshops ocorreram nas datas de 15/03/2012, 22/03/2012, 24/03/2012, 29/03/2012 e outras mais marcadas pelo professor ou a pedido dos integrantes do grupo. Nessas oficinas eram ensinadas as informações técnicas referentes ao Processo de Criação, Produção (em seus vários momentos: pré e pós), Manuseio do equipamento de filmagem, Processo de Produção, uso apropriado do som, luz, etc. Enfim, todas as informações necessárias a composição desse trabalho. 42 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS A situação social do idoso no Brasil aponta para a necessidade de maiores e mais aprofundadas discussões sobre as relações do idoso na família e na sociedade, sobretudo na criação de mais e melhores projetos e programas de atendimento e assistência ao idoso. Neste texto a situação social do idoso foi delineada por questões pertinentes aos aspectos demográficos, aspectos psicossociais, aspectos outros gerais, evidenciando a relação afetiva e familiar, o abandono, a negligência e os maus tratos que sofrem alguns idosos, para atinar sobre a importância de se cumprir o disposto no Estatuto do Idoso, bem como na própria Constituição Federal. Tais aspectos, embora já amplamente discutidos e veiculados publicamente nos mais diversos meios de comunicação, não se encontram esgotados na sua temática e continuam merecendo destaque e atenção, bem como discussões verticalizadas, voltadas para a inclusão social do idoso, visto que a imposição de padrões estéticos de produtividade e de socialização aponta para essa exclusão. Porém, o implemento de políticas e projetos que permitam sua revitalização e bem estar, já existem e estão por ir mudando vidas. O que falta, na verdade, é a ampliação e divulgação dos direitos e projetos que atendem a idosos, bem como maior fiscalização em relação as situações de risco em que se encontram uma parcela da população idosa brasileira. Na elaboração desse trabalho foram assimiladas informações técnicas na área da Comunicação audiovisual por meio de Oficinas, o que então resultou na finalização desse Memorial e também do Documentário. Essa experiência foi de grande valia para todos os integrantes do grupo, autores do trabalho em epigrafe, pois não conhecedores de todas as informações necessárias à produção deste e dessa forma, impossibilitados estariam de realizar o necessário para confecção. Então, essa foi uma experiência singular, capaz de possibilitar o aprendizado nessa área desconhecida pelos integrantes do grupo, ou pelo menos, por maioria dele. 43 8. BIBLIOGRAFIA/ VIDEOGRAFIA VILAS BOAS, Marco Antônio. Estatuto do Idoso Comentado. 2 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2009. p. 49-56. OLIVEIRA, José Lisboa Moreira de; SÍLVERES, Luiz. Ensaios sobre Justiça Social: refazendo o caminho da vida e da paz. Taguatinga: Universa, 2009. p. 72-104. SETUBAL, Alglair Alencar. Pesquisa em Serviço Social: Utopia e realidade. 4 ed. São Paulo: Cortez, 2009. p. 34-36 MITTLER, Peter, Tradução de: FERREIRA, Winduz Brazão: Educação Inclusiva: contextos sociais. Porto Alegre: Arte Med, 2003. p. 97-120, 183203. SAVIANI, Dermeval. História das idéias pedagógicas no Brasil. 2 ed. Campinas: Autores Associados, 2009. OLIVEIRA, Adriano Cordeiro de. A importância do idoso para a história. 2007. Disponível em: http://www.cfh.ufsc.br/abho4sul/pdf/Adriano%20Cordeiro%20de%20Oliveira.p df Acesso em 23 de setembro de 2011. MATSUDO, Sandra M. e MATSUDO, Victor K. R. Prescrição de Exercícios e Benefícios da Atividade Física na Terceira Idade. Revista Brasileira de Ciências e Movimento. São Caetano do Sul, v. 05, n. 04, p. 19-30, 1992. TELES, Alice Krebs. A Consagração do Direito ao Envelhecimento Digno. Revista: Prática Jurídica. Santa Maria/ RS. Ano IX. N. 103, p. 32-39, 2010. 44 9. ANEXOS 45 46 47 48 49 50 51 52 53 10. CONCLUSÃO O Estatuto do Idoso ainda não atingiu os vários objetivos propostos pelo legislador, pois sua eficácia não alcançou uma parte dos idosos no país, que vivem em situações de risco, com violência, discriminação e negligência familiar ou estatal. Contudo, ele vem contribuindo em vários aspectos para a qualidade de vida dos mesmos. Por meio desse instituto ressaltou-se a consciência de que o Brasil está envelhecendo, graças aos avanços da ciência, aos trabalhos de prevenção e de conscientização da necessidade de controle alimentar e de atividade física; necessitando então, de tomada e implemento das decisões contidas no espírito legal desse instrumento de garantias de direitos, para o exercício da cidadania, onde a dignidade humana deve ser tida como prioridade. Não se pode negar que esse instituto diminuiu o temor sofrido pelo idoso, amenizando sua insegurança em relação ao futuro, servindo-lhe de instrumento de defesa e proteção. Porém, infelizmente, a maioria dos idosos ainda não conhece seus direitos nem a forma de usufruí-los, reclamá-los e garanti-los, isso devido a falta de informação e a cultural ausência de incentivo governamental em relação a divulgação e acesso a projetos e políticas de fomento das atividades relacionadas ao atendimento das especificidades de grupos como o dos idosos. As políticas existentes contribuem em muito para melhoria da qualidade de vida do idoso, mas carecem de ampliação e divulgação no tocante a maior acessibilidade dos idosos aos benefícios e programas existentes, sejam públicos ou filantrópicos, bem como a possibilidade de aproximar os institutos de proteção, como a Defensoria do Idoso e a Prodide, mais ao alcance geográfico do idoso em risco.