Karl Popper
O Falsificacionismo
Um novo critério de demarcação
científica.
Crítica ao método tradicional da ciência
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Um novo critério de demarcação
científica.
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As afirmações que não podem ser falsificadas
pela experiência não podem constituir-se como
conhecimento científico.
Exemplo: Ou chove ou não chove
Não é científico
Amanhã à tarde, entre as 15h e as 18h vai chover
Científico
Argumentos para validar esta teoria:
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As teorias científicas que usam a experiência para confirmação
podem nunca ser verdadeiras nem falsas.
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Exemplo: A teoria psicanalítica de Adler diz que todo o
comportamento humano pode ser explicado pelo complexo
de inferioridade.
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O facto 1: O pai bate violentamente no filho – confirma a teoria
– quer mostrar superioridade, impelido pela consciência da sua
inferioridade.
Facto 2 : O pai é carinhoso com o filho – confirma a teoria –
porque o pai revela o seu complexo de inferioridade de modo a
suscitar uma reacção contrária no filho.
CONCLUSÃO: Factos contrários são interpretados como
confirmando sempre a teoria.
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Argumento 2
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Estas teorias são VAGAS
NADA DIZEM ACERCA DO MUNDO
As teorias mais informativas são as que correm mais riscos de
falsificação:
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Exemplo: A previsão amanhã vai chover entre as 15h e as
18h é mais informativa, logo mais facilmente falsificável,
logo científica.
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Se de facto chover, revela-se que a teoria permanece verdadeira,
até se revelar falsa e ser substituída por outra.
Conclusão: Quanto mais arriscada, mais informativa, e mais
facilmente falsificável. Este é o critério de separação entre as
afirmações científicas e as que não são.
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Crítica ao método tradicional: a
indução
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Os positivistas, para quem a observação era a
fonte de toda a investigação e verificação
científica, partem dos seguinte pressupostos:
Há uma observação neutra e pura
É possível registar todo o tipo de dados
empíricos.
Popper refuta estes pressupostos:
Não há observação neutra e pura, porque o
cientista selecciona e previlegia na realidade os
fenómenos que quer observar e não dá valor a
outros
Toda a observação já tem uma finalidade, já
está sujeita a um critério de escolha.
A forma como se classifica os factos também
está sujeita a um método prévio de
classificação
Assim o que vamos observar nas formigas não pode ser
o mesmo que observamos nos leões.
CONCLUSÃO: Há realidades que não são observáveis
(átomos). O sujeito afecta e o objecto a
observar.
Crítica à Indução 2
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As leis científicas como são universais não podem ser
empiricamente verificáveis.
Podem permanecer como conjecturas, até serem falsificadas.
Não podem constituir-se como verdades inabaláveis.
O método indutivo não é suficiente para provar a universalidade
porque por mais casos que se verifiquem é impossível verificar
todos e as leis referem-se a todos.
Propõe-se um método hipotético-dedutivo: Formulação de
hipóteses explicativas para resolver os problemas.
Teste experimental às hipóteses
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