Abordagens Psicoterápicas Ana Cecilia P R Marques Outubro de 2004 O modelo etiológico Modelos x Tratamento MODELO TRATAMENTO Psicanálise por tempo indeterminado PSICOANALÍTICO MORAL-DOENÇA Abstinência por meio de grupo de ajuda mútua AA + Recuperação da estrutura social MÉDICO Abstinência acompanhada de tratamento farmacológico COMPORTAMENTAL Desabituação por meio de novo aprendizado COGNITIVO . Reestruturação cognitiva COMPORTAMENTALCOGNITIVO Reestruturação comportamental e cognitiva SISTÊMICO Reestruturação das relações familiares O Modelo BIOPSICOSSOCIAL INDIVÍDUO BIOLÓGICO SUSCEPTIBILIDADE PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA SOCIAL TRABALHO FAMÍLIA SOCIEDADE CULTURA ESCOLA DROGAS PSICOLÓGICO PERSONALIDADE O que tratar? CONSUMO ABUSO PROBLEMAS RISCO DEPENDÊNCIA Todos os indivíduos que apresentam problemas relacionados ao uso de substâncias de abuso e seus colaterais (NIDA, NIAAA, WHO, ASAM, 2002) A Intoxicação e o risco PADRÕES DE CONSUMO EFEITOS TÓXICOS VOLUME CONSUMIDO INTOXICAÇÃO DEPENDÊNCIA DOENÇA CRÔNICA ACIDENTES TRAUMAS (DOENÇA AGUDA) PROBLEMAS SOCIAIS AGUDOS PROBLEMAS SOCIAIS CRÔNICOS A Carga de Doenças DALYs Developing countries High Mortality 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Underweight Unsafe sex Unsafe water Indoor smoke Zinc deficiency Iron deficiency Vitamin A deficiency Blood pressure Tobacco (2.0%) Cholesterol Alcohol Low fruit & veg intake Developed countries Low Mortality Alcohol (6.2%) Blood pressure Tobacco (4.0%) Underweight Body mass index Cholesterol Low fruit & veg intake Indoor smoke - solid fuels Iron deficiency Unsafe water Unsafe sex Lead exposure Tobacco (12.2%) Blood pressure Alcohol (9.2%) Cholesterol Body mass index Low fruit & veg intake Physical inactivity Illicit drugs (1.8%) Unsafe sex Iron deficiency Lead exposure Child sexual abuse Estado da Arte Abuso de Drogas é um comportamento evitável Dependência de Drogas é uma doença tratável O Tratamento Psicossocial Evolução Histórica das Psicoterapias As Terapias Psicossociais Avaliação Inicial e Desintoxicação Entrevista motivacional 3 a 4 semanas “continuum” de problemas prioridades e pareamento Problemas moderados e graves Poucos problemas IB Farmacatoterapia para SA e “fissura” TERAPIA PSICOSSOCIAL Farmacoterapia Aversivos e anitfissura TCC OU TC Avaliação das comorbidades Serviços especializados Individual ou grupal Comunidade Casal Familiar A Intervenção Breve BRIEF INTERVENTION IS EFFECTIVE Wallace et al., 1988 Kristenson etal., 1983 Anderson & Scott, 1992 Israel et al., 1996 Fleming et al., 1997 - Project TREAT Fleming et al., 1999 - Project GOAL Ockene et al., in press - Project HEALTH Bien et al., 1993 Kahan et al., 1995 Wilk et al., 1997 WHO Brief Intervention Study Group, 1996 Sanchez-Craig et al, 1990 Bien et al., 1993 VERSUS Ali et al., 2000 BRIEF INTERVENTION IS NOT EFFECTIVE Richmond et al., 1995 Senft et al., 1997 Chang et al., in press A Terapia Comportamental Cognitiva Terapia Comportamental Cognitiva Terapias Psicossociais Comportamento e pensamento são determinados pelo modo como o indivíduo estrutura o seu mundo, sua vulnerabilidade e segundo seu ambiente • COMPORTAMENTO E COGNIÇÃO PODEM SER ALTERADOS • MUDANÇAS COMPORTAMENTAIS SÃO OBTIDAS POR MEIO DE MUDANÇAS COGNITIVAS E VICE-VERSA. Terapias Psicossociais 1. reconhecer o vínculo entre COMPORTAMENTO E COGNIÇÃO. 2. identificar e testar inadaptações e concepções do comportamento e pensamento. 3. examinar as evidências dos comportamentos e cognições automáticos e distorcidos. 4. auxiliar na identificação de crenças disfuncionais. 5. desenvolver habilidades sociais para o manejo das situações de risco. 6. Resgatar o auto-controle e buscar a abstinência ou o beber moderado. Terapias Psicossociais Tipos de intervenções: Terapia Comportamental (Azrin, 1976; Higgins et al, 1991; 1994; Crowley, 1984; Niaura et al., 1988; Klajner et al., 1984; Childress et al., 1988; Monti et al., 1993; O`Brien et al., 1990; Cannon et al., 1981) Terapia Cognitiva (Beck et al, 1985) Prevenção de Recaída (Annis & Davis, 1989; Annis, 1986; Marlatt & Gordon, 1985) Terapia Motivacional (Miller, 1983; Miller et al., 1993) Terapia Psicodinâmica e Interpessoal ((Woody et al., 1983; 1986; 1985; 1986; Luborsky, 1984) Terapia Individual Interpessoal (Klerman et al., 1984; Rounsaville et al., 1983) Terapias Psicossociais Grupoterapia (Zinberg et al., 1978; Brandsma & Pattinson, 1985; Khantzian et al., 1990; Yalom et al., 1978; Vannicelli, 1992; Marques & Formigoni, 1997) Terapia Familiar (McKay et al., 1992; Steinglass, 1987; Stanton, 1979; Heath & Atkinson, 1988; Stanton, 1988; 1982; Kaufman & Kaufman, 1979; Heath & Stanton, 1991; Galanter, 1993) Terapia de Contingência Grupos de Auto-ajuda Terapia Comportamental Dialética Efetividade das Terapias Psicossociais COMORBIDADE PSIQUIÁTRICA: muda o curso, a aderência e a efetividade do tratamento (Vaillant, 1983; McLellan et al., 1983,Schuckitt, 1986; Norstrom, 1988; Penick et al., 1988; Rounsaville et al., 1987 ). As mais frequentes são: depressão, ansiedade, conduta. COMPLICAÇÃO CLÍNICA: as mais frequentes acometem o sistema gastrointestinal e o sistema nervoso central (Goodwin, 1992) GRAVIDEZ (Little et al., 1986; Dattel, 1990) USO DE MÚLTIPLAS SUBSTÂNCIAS (Hunt et al., 1971) Efetividade das Terapias Psicossociais SEXO (Ladwig & Andersen, 1989) IDADE: crianças e adolescentes (Reilly, 1976; Stanton & LandauStanton, 1990; Catalano et al., 1991); idosos (Atkinsosn, 1984; Abrams & Alexopoulos, 1991) MINORIAS (NIAAA, 1994, IOM, 1990) DURAÇÃO DO TRATAMENTO: O tratamento psicossocial tem se mostrado mais efetivo quando a intervenção dura pelo menos 3 meses (Carroll et al., 1994). Ambiente para aplicação das Terapias Psicossociais Ambulatório (Kleber & Slobtez, 1979; McLellan et al., 1992) Internação Domiciliar (Friedman & Glickman, 1991) Hospital-dia: 4-12 horas/dia, 3-7 dias/semana (Longabaugh, 1988) Hospital Geral (ainda sem estudos controlados) Hospital Psiquiátrico (Dackis & Gold, 1992; Hayashida et al., 1989) Comunidades Terapêuticas: de 15 a 25% de efetividade (De Leon, 1984; De Leon & Rosenthal, 1989) Justificativas para a aplicação 1. QUALQUER INTERVENÇÃO É MELHOR QUE NENHUMA, mesmo um simples Aconselhamento 2. A maioria dos dependentes pode ser tratado em ambiente ambulatorial. Esta intervenção se adaptada muito bem a este ambiente 3. É uma intervenção breve e as TERAPIAS BREVES têm se mostrado tão efetivas quanto as mais prolongadas e apresentam menor custo 4. A PSICOTERAPIA COMPORTAMENTAL COGNITIVA tem produzido RESULTADOS EFETIVOS. 5. O TRATAMENTO PSICOSSOCIAL MELHORA O RELACIONAMENTO SOCIAL E FAMILIAR. Evidências Existem vários tipos de psicoterapias, mas a terapia Comportamental Cognitiva (TCC) tem produzido melhores resultados (Miller & Heather, 1986; IOM, 1990; McKay & Maisto, 1993; Babor, 1994) O tratamento por meio de psicoterapia, a Compotamental-Cognitiva, é efetivo em relação ao custo, a redução do beber e a criação de estratégias para lidar com situações de risco (Miller & Hester, 1986; Holder et al., 1991; Kadden et al., 1992; McKay & Maisto, 1993; Miller et al., 1995; Finney & Monahan, 1996; Project Match, 1997; Longabaugh et al., 1994; 1995;1999; Longabaugh & Morgenstern, 1999) Em função da heterogeneidade dos pacientes, houve um desdobramento da TCC nos seguintes formatos: técnica da resolução de problemas; prevenção de recaída; técnicas de desenvolvimento de estratégias para lidar com situações de risco social; técnicas comportamentais para evitação; grupoterapia. Evidências O paciente motivado tem melhores resultados no tratamento (Rossi, 1992; McKay et al., 1994, Beitman et al., 1994; Miller & Rollnick, 1991; Rollnick et al., 1992; Miller et al., 1992; 1993; Ryan et al., 1995; Miller & Tonigan, 1996; Prochaska et al., 1992; 1993; 1997; Medeiros & Prochaska, 1997) As terapias fundamentadas na Entrevista Motivacional produzem bons resultados no tratamento (Deci & Ryan, 1985; Krampen, 1989; DiClement & Hughes, 1990; DiClemente et al., 1992; Carney & Kivlahan, 1995;DiClemente & Scott, 1997; DiClemente & Prochaska, 1998 ) As psicoterapias associadas à farmacoterapia produzem melhores resultados (Taylor et al., 1990; Volpicelli et al., 1992; O´Malley et al., 1992; Keller et al., 1995 Sass et al., 1996; Withworth et al., 1996) As psicoterapias psicodinâmicas ainda carecem de avaliação da efetividade (Holder et al., 1991) A Entrevista Motivacional Estágios de Mudança Apenas 25 % dos indivíduos que usam ATOS estão em tratamento (Moorse et al., 1989; USDHHS, 1990; Goldenberg, 1991; APA, 1994; Bradley, 1994; Fleming et al., 1997;Botvin & Kantor, 2000). Dos 80% fumantes MOTIVADOS para tratamento da dependência, 11% alcançaram a meta (Prochaska, 97) Mudar o “tratamento” de passivo-reativo para proativo aumenta a efetividade. O Pareamento dos estágios de mudança com os diferentes tratamentos pode influenciar no resultado (Lichtenstein & Hollis, 1992; Medeiros & Prochaska, 1997) Estágios de Mudança Contemplação Determinação Pré-contemplação Ação Recaída Manutenção Término Estratégia Motivacional O Aconselhamento XVII Congresso da ABEAD Responsabilidade Social e Prevenção ao Uso de Drogas: o Papel da Comunidade e das Políticas Públicas Ouro Preto – MG agosto de 2005 WWW.ABEAD.COM.BR