INSTITUTO FORMAÇÃO – Cursos Técnicos e Profissionalizantes ENFERMAGEM EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA PROFESSORA: PAULA SOBRINHO C – Circulação – Bebê e Criança Em bebê ou criança que não responde e não apresenta respiração (ou apenas com gasping) você deve: Verificar o pulso (braquial em bebê e carotídeo ou femoral em criança) em até 0 segundos; caso não o sinta ou estiver inseguro em relação a isso inicie as compressões torácicas; Caso o profissional de saúde não detecte com rapidez o pulso a RCP deve ser iniciada. Menos ênfase é colocada à verificação do pulso, pois dados adicionais sugerem que os profissionais de saúde não podem determinar com rapidez e segurança a presença ou ausência de pulso (AHA, 2010). A responsividade em bebê é avaliada tocando-se o membro inferior. Na realização de RCP com um profissional iniciar com 30 compressões e em seguida duas ventilações; com dois profissionais, realizar 15 compressões e em seguida duas ventilações. Manter essa proporção até a colocação da via aérea avançada. MANOBRA: CHIN LIFT E JAW THRUST Verificação de pulso braquial no bebê Reanimação de bebê com dois profissionais C – Idosos e Gestantes Idoso As calcificações de cartilagens costo-condrais podem provocar fraturas de costelas durante a realização da RCP. Gestante Para realização adequada da RCP, faça tração do útero para o lado esquerdo da cliente. Assim, você estará descomprimindo a veia cava e tornando a manobra de RCP mais eficaz, melhorando a situação da mãe e do feto. Lembre-se do princípio: se a mãe estiver bem, o feto também estará. A - Vias Aéreas (VA) - Bebê e Criança A utilização de coxins facilitará a abertura das vias aéreas, com a manobra de inclinação da cabeça e elevação da mandíbula. Bebê com flexão no pescoço. Bebê com pesçoço na posição neutra. B - Boa ventilação – Bebê e Criança Com a série de compressões torácicas iniciais, o procedimento “ver, ouvir e sentir se há respiração” foi excluído da sequência de RCP. As ventilações com via aérea avançada em bebê e criança seguem as mesmas orientações preconizadas para o adulto, ou seja, cada ventilação é oferecida por cerca de 1 segundo, verificando-se a elevação do tórax. D- Desfibrilação - Bebê e criança Segundo as novas Diretrizes AHA 2010, é recomendado para bebê e criança o uso de desfibrilador manual ou um DEA equipado com atenuador de carga pediátrico. Se não houver disponibilidade de nenhum dos dois, utiliza-se um DEA sem atenuador de carga pediátrico. A aplicação de um choque de carga alta é preferível a nenhum choque (AHA, 2010). Cuidados pós-reanimação Na fase de pós-reanimação, destacam-se os cuidados relacionados à: Vias aéreas e ventilação; Monitorização cardíaca; Verificação de oximetria de pulso; Verificação de acesso venoso; Controle de infusão de volume, drogas vasoativas e antiarrítmicas; Controle de glicemia; Sonda nasogástrica e cateter vesical de demora; Controle dos sinais vitais; Monitorização e registro de parâmetros hemodinâmicos. OBS: A oximetria deve ser monitorada para evitar problemas hemodinâmicos, ofertar oxigênio mantendo a saturação de oxigênio > ou = a 94% (AHA, 2010). Obstrução das vias aéreas por corpo estranho (Ovace) Podemos encontrar obstrução leve da via aérea quando o cliente tem troca gasosa, está consciente, consegue tossir e apresentar chiados no peito quando respira. Nesse caso, encorajar a pessoa a tossir para expelir o corpo estranho, acompanhando sua evolução. Caso a obstrução da via aérea se torne grave, a troca gasosa pode estar insuficiente ou ausente. A pessoa pode não conseguir tossir, ruídos respiratórios podem ser percebidos ou estar ausente, a pele fica cianótica e não consegue falar nem respirar. Nesse momento, a pessoa leva as mãos ao pescoço, agarrando-o com o polegar e os dedos, olhos arregalados, apresentando claro sinal de asfixia. É necessário acionar imediatamente o serviço de emergência. Nessa situação, indica-se a Manobra de Heimlich. Para isso, você deve posicionar-se atrás do cliente, envolvendo-o com os braços, fechando uma das mãos, que é colocada com o lado do polegar contra o abdome na linha média entre o apêndice xifóide e a cicatriz umbilical. O punho fechado deve ser agarrado pela outra mão. Em seguida, aplicar golpes rápidos para dentro e para cima até que o corpo estranho seja expelido ou a pessoa tornar-se inconsciente. Esta manobra provoca uma tosse artificial, tentando expelir o corpo estranho. Caso a pessoa fique inconsciente, inicie o protocolo de SBV. SINAL UNIVERSAL DO ENGASGO Ovace em Crianças Cuidado, pois as compressões abdominais em crianças podem causar lesões internas pela proximidade dos órgãos. Manobra de Heimlich em criança Ovace no bebê Com a região hipotênar de sua mão, aplicar cinco golpes nas costas entre as escápulas do bebê; cada golpe deve ter a intensidade suficiente para deslocar o corpo estranho. Manobra de desobstrução de via aérea em bebê. Aplique cinco compressões torácicas rápidas abaixo da linha dos mamilos, no mesmo local onde se realiza a RCP. Aplique as compressões torácicas com uma frequência de uma por segundo, com a intensidade suficiente para deslocar o corpo estranho. Manobra de desobstrução de via aérea em bebê FIM...