AVES DA MATA DE ALDEIA, CAMARAGIBE, PERNAMBUCO. SÉRIE RELATÓRIOS DA AVIFAUNA # 06 Glauco Alves Pereira Sidnei de Melo Dantas Sônia Aline Roda Recife/ Fevereiro/ 2005 AVES DA MATA DE ALDEIA, CAMARAGIBE, PERNAMBUCO. G l a u c o A l v e s P e r e i r a 1, S i d n e i d e M e l o D a n t a s 2 & S ô n i a A l i n e R o d a 3 INTRODUÇÃO A Floresta Atlântica nordestina, ou Centro de Endemismo Pernambuco – floresta costeira localizada ao norte do rio São Francisco, do Estado de Alagoas ao Rio Grande do Norte (Prance 1982) – é um dos setores mais ameaçados da Região Neotropical. Essa região é considerada uma das mais devastadas da Floresta Atlântica, mesmo assim, recentemente novas formas animais e vegetais vem sendo descobertas nessa região, como por exemplo, a descoberta do caburé-de-pernambuco Glaucidium mooreorum (Silva et al. 2002), além de abrigar a maior quantidade de aves ameaçadas de toda a Floresta Atlântica, são 35 táxons endêmicos do Centro Pernambuco (Olmos 2005), sendo que 32 são considerados ameaçados de extinção de acordo com o MMA (2003). As florestas de baixada no Centro Pernambuco quase não existem mais, foram substituídas quase completamente por extensas plantações de cana-de-açúcar, além disso, suportam agressões como a retirada de madeira e a caça ilegal (Silveira et al. 2003). Com o objetivo de analisar algumas áreas em Pernambuco consideradas insuficientemente conhecidas quanto à diversidade biológica de vertebrados, realizamos um trabalho de inventário avifaunístico da Mata de Aldeia. 1 2 3 Estagiário CEPAN/ FNMA. Observadores de Aves de Pernambuco. Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste. Rua Major Médico Vicente Fonseca de Matos, 750, 302/A, Candeias, Jaboatão dos Guararapes, PE, CEP 54440-370, E-mail: [email protected]. ÁREA DE ESTUDO A Mata de Aldeia é considerada um dos maiores fragmentos de Mata Atlântica da Região Metropolitana do Recife, possuindo uma área de aproximadamente 3.000 hectares (CHESF 2004). Está localizada entre os municípios de Abreu e Lima, Araçoiaba, Camaragibe, Igarassú, Paudalho, Paulista e São Lourenço da Mata, formando um único bloco de mata ladeado por outros fragmentos menores (Figura 1). A vegetação apresenta características de floresta secundária (Figuras 2 e 3). Na maior parte da mata, o dossel chega a ter aproximadamente 15 m de altura, mas nas partes mais preservadas chega a 25 m. Esse grande fragmento é bastante vulnerável, localiza-se às margens da Estrada de Aldeia, e possui casas e condomínios ao seu redor. É comum ouvir pessoas na mata, corte de madeira e tiros. A caça e captura de aves parece ser uma atividade comum na localidade. Os trabalhos de campo deram-se no Km 17 da Estrada de Aldeia (07°54’19,4”S; 35°03’27,3”W), no município de Camaragibe. . Figura 1 – Localização da Mata de Aldeia (Fonte: SOS Mata Atlântica). Figura 2 – Vegetação da Mata de Aldeia ao lado da linha de transmissão da CHESF. Figura 3 – Interior da Mata de Aldeia. MÉTODOS Para realizar o inventário, foram percorridas diversas trilhas existentes na mata. Os trabalhos de campo foram realizados entre junho/ 2004 a março/ 2005, totalizando 17 saídas de campo (c. 82 horas de observação). As observações eram realizadas geralmente entre 5:30 e 10:30h, horário de maior fluxo de aves. Para a identificação das espécies foram empregados os métodos da observação direta, por meio de binóculos, e meios auditivos, por escuta e gravação do canto das aves. A nomenclatura popular, científica e a classificação taxonômica das aves seguiram a adotada pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO 2006). Quanto ao uso do hábitat, as espécies foram classificadas em: dependentes, semidependentes e independentes de florestas. Na categoria dependente de florestas estão incluídas todas as espécies que vivem no interior e, também, ocasionalmente podem ocorrer nas bordas. Na categoria semi-dependentes estão inseridas as espécies que habitam tanto o interior das florestas e suas bordas, como áreas abertas próximas as matas. Na última categoria encontram-se todas as espécies que ocorrem em áreas abertas e independem das florestas para sobreviver. As espécies foram classificadas de acordo com seus níveis tróficos, essa classificação está de acordo com Roda (2003). Os níveis tróficos considerados foram: 1. Frugívoros; 2. Granívoros; 3. Insetívoros; 4. Nectarívoros; 5. Onívoros; e Predadores. As espécies também foram qualificadas em seus graus de endemismos, tanto para a Floresta Atlântica como para o Centro Pernambuco. Para a classificação das espécies endêmicas da Floresta Atlântica, seguiu-se Parker et al. (1996) e Roda (2002). Já para as endêmicas do Centro Pernambuco seguiu-se Stattersfield et al. (1998), Roda (2002) e Silveira et al. (2003). Para classificar as espécies ameaçadas de extinção e suas respectivas categorias de ameaça, seguiu-se a Lista das Espécies Brasileiras Ameaçadas de Extinção (MMA 2003). RESULTADOS Foram registradas 131 espécies de aves, distribuídas em 35 famílias distintas. As famílias mais representativas quanto ao número de espécies foram: Tyrannidae e Thraupidae, cada uma com 24 e 13 espécies, respectivamente. Quanto ao uso do hábitat, foram identificadas 64 espécies dependentes de florestas. Um total de 39 são considerados semi-dependentes de ambientes florestais, e 28 foram classificados como independentes florestas (Figura 3). Um total de 103 espécies são dependente ou semi-dependentes de florestas. Quanto à classificação da estrutura trófica das espécies, a maioria das espécies registradas na Mata de Aldeia é insetívora (57; 43,51%), seguidos por Frugívoras (38; 29%). Essas duas guildas tróficas juntas, representam 72,51% do total de aves registradas para a Mata de Aldeia (Figura 4). 70 60 Número de espécies 50 40 30 20 10 0 Dependentes Semi-dependentes Independentes Uso do hábitat Figura 3 – Uso do hábitat das aves da Mata de Aldeia. Um total de seis espécies foi identificado como endêmicas da Floresta Atlântica e nove táxons ao Centro Pernambuco (Tabela 1). Entre as espécies ameaçadas de extinção segundo o MMA (2003), a Mata de Aldeia apresenta nove classificadas como “vulnerável” e uma como “em perigo” (Tabela 1). 60 Número de espécies 50 40 30 20 10 0 Insetívoros Frugívoros Nectarívoros Onívoros Predadores Aquáticos Granívoros Detritívoros Grupos tróficos Figura 4 – Grupos tróficos reconhecidos para a avifauna da Mata de Aldeia. Registros importantes: Crypturellus strigulosus – Espécie que apesar de não ser considerado ameaçado de extinção, possui uma população bem reduzida no Centro Pernambuco, principalmente no Estado de Pernambuco, provavelmente isso é conseqüência do intenso desmatamento que houve nessa região. Foi assinalado apenas uma vez, em 05.03.2005. Amaurolimnas concolor –Essa espécie reside no interior e bordas de matas, desde que haja algum corpo d’água. Casais foram ouvidos várias vezes na área de estudo. Pyriglena leuconota pernambucensis – Táxon endêmico do Centro Pernambuco e classificado como “vulnerável” de acordo com o MMA (2003). Foi observada apenas próxima a torre de transmissão da CHESF, junto a Estrada de Aldeia. Tabela 1: Lista dos táxons ameaçados e/ou endêmicos registrados para Mata de Aldeia, Gravatá, PE. Ameaça: Cr, criticamente em perigo; EP, em perigo; Vu, vulnerável. Endemismo: CP, Centro Pernambuco; FA, Floresta Atlântica. Táxon Ameaça (MMA) Endemismo Touit surdus _ FA Florisuga fusca _ FA Picumnus exillis pernambucensis VU CP Thamnophilus caerulescens pernambucensis VU CP Cercomacra laeta sabinoi VU CP Pyriglena leuconota pernambucensis VU CP Conopophaga lineata cearae VU FA Automolus leucophthalmus lammi EP CP Xenops minutus alagoanus VU CP Xiphorhynchus fuscus atlanticus VU FA Hemitriccus griseipectus _ CP Schiffornis turdina intermedia _ CP Ramphocelus bresilius _ FA VU CP _ FA VU _ Tangara fastuosa Tangara velia cyanomelaena Carduelis yarrellii Cercomacra laeta sabinoi – Espécie típica do sub-bosque. Endêmico do Centro Pernambuco e ameaçado de extinção, categoria “vulnerável”, de acordo com o MMA (2003). Relativamente comum na área de estudo. Formicarius colma – Formicariidae de vasta distribuição pela Amazônia e com uma população que habita a Floresta Atlântica. Habita os estratos inferiores e escuros da mata. Foi registrado em algumas ocasiões. É bastante sensível ao desmatamento, e possui poucos registros no Centro Pernambuco. Automolus leucophthalmus lammi – Táxon endêmico do Centro Pernambuco e classificado na categoria “em perigo” segundo o MMA (2003). Essa espécie teve sua voz gravada em 28.11.2004. Tangara fastuosa – Espécie endêmica do Centro Pernambuco e classificada como “vulnerável” pelo MMA (2003). Encontrada no dossel da floresta, estando algumas vezes junto com bandos mistos. Esse pássaro é bastante ameaçado pela captura de aves para abastecer o comércio ilegal de aves local. Tangara velia cyanomelaena – Forma endêmica da Floresta Atlântica. É uma espécie pouco cumum nas matas do Estado de Pernambuco. Neste trabalho foi encontrado em pequenos bandos, algumas vezes com Tangara fastuosa. Carduelis yarrellii – Outro pássaro que tem sua população bastante prejudicada pelo comércio ilegal de aves. É muito perseguido nessa região. Essa espécie está classificada como “vulnerável” de acordo com o MMA (2003). Foram observados três indivíduos na borda da mata, em 12.03.2005. Referências Bibliográficas CBRO (Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos). 2006. Listas de Aves do Brasil. Versão 10/02/2006. Disponível em http://www.cbro.org.br/CBRO/listabr.htm. Acesso em: 28 de fev. 2006. CHESF. 2004. Relatório Final da Fase I do Programa de Monitoramento da Fauna, na Área de Influência da Linha de Transmissão 230 kV Recife II/ Pau Ferro. Brasilconsult. MMA (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE). 2003. Instrução Normativa Nº 3, de 27 de maio de 2003. Diário Oficial da União, Brasília – Seção 1 101: 88-97. OLMOS, F. 2005. Aves ameaçadas, prioridades e políticas de conservação no Brasil. Natureza & Conservação. 3 (1): 21-42. PRANCE, G. T. 1982. Forest refuges: evidence from woody angiosperms. In: Prance, G. T. (ed.) Biological diversification in the tropics. New York: Columbia University Press. SOS Mata Atlântica. Atlas da Mata Atlântica: Domínio da Mata Atlântica conforme decreto 750/93. Disponível em: <http://www.sosmataatlantica.org.br/?secao=atlas>. Disponível em: (29/06/2005). SILVA, J. M. C., COELHO, G., GONZAGA, L. P. 2002. Discovered on the brink of extinction: a new species of Pygmy-Owl (Strigidae: Glaucidium) from Atlantic Forest of northeastern Brazil. Ararajuba 10 (2): 123-130. SILVEIRA, L. F., OLMOS, F., LONG, A. J. 2003. Birds in Atlantic Forest fragments in north-east Brazil. Cotinga 20: 32-46. STATTERSFIELD, A. J., CROSBY, M. J., LONG, A. J., WEGE, D. C. 1998. Endemic Bird Areas of the world: priorities for biodiversity conservation. Cambridge, UK: BirdLife International (Conservation Series 7). Apêndice 1 - Lista das espécies de aves registradas para a Mata de Aldeia, em Municípios de Camaragibe, Pernambuco. Uso do hábitat: DEP, Dependente de florestas; SDE, Semidependente de florestas; IND, Independente de florestas. Grupos tróficos: AQUA, Aquático; DETR, Detritívoro; FRU, Frugívoro; GRA, Granívoro; INS, Insetívoro; NEC, Nectarívoro; ONI, Onívoro; PRE, Predador. Nome popular Uso do habitat Grupo trófico tururim DEP FRU Crypturellus strigulosus inhambu-relógio DEP FRU Crypturellus parvirostris inhambu0chororó IND FRU Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha IND DETR Cathartes burrovianus urubu-de-cabeça-amarela IND DETR urubu-de-cabeça-preta IND DETR Rupornis magnirostris gavião-carijó IND PRE Buteo nitidus gavião-pedrês IND PRE Buteo brachyurus gavião-de-cauda-curta SDE PRE Buteo albonotatus gavião-de-rabo-barrado DEP PRE caracará IND PRE carrapateiro IND PRE saracura-três-potes SDE AQUA Amaurolimnas concolor saracura-lisa SDE AQUA Laterallus viridis sanã-castanha SDE AQUA sanã-parda IND AQUA quero-quero IND AQUA Columbina talpacoti rolinha-roxa IND GRA Patagioenas speciosa pomba-trocal DEP FRU Leptotila verreauxi juriti-pupu SDE FRU Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira DEP FRU pariri DEP FRU Família/Espécie TINAMIDAE (3) Crypturellus soui CATHARTIDAE (3) Coragyps atratus ACCIPITRIDAE (4) FALCONIDAE (2) Caracara plancus Milvago chimachima RALLIDAE (4) Aramides cajanea Laterallus melanophaius CHARADRIIDAE (1) Vanellus chilensis COLUMBIDAE (5) Geotrygon montana Nome popular Uso do habitat Grupo trófico tuim IND FRU apuim-de-cauda-amarela DEP FRU alma-de-gato SDE INS Crotophaga ani anu-preto IND INS Tapera naevia saci IND INS bacurau SDE INS joão-corta-pau SDE INS Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal SDE INS Panyptila cayennensis andorinhão-estofador SDE INS balança-rabo-de-bico-torto DEP NEC Phaethornis ruber rabo-branco-rubro DEP NEC Phaethornis pretrei rabo-branco-acanelado SDE NEC beija-flor-rabo-de-tesoura IND NEC beija-flor-preto DEP NEC beija-flor-de-veste-preta SDE NEC DEP NEC Chlorostilbon aureoventris beija-flor-de-garganta-azul besourinho-de-bicovermelho SDE NEC Amazilia versicolor beija-flor-de-banda-branca SDE NEC Amazilia fimbriata beija-flor-de-garganta-verde SDE NEC surucuá-de-barriga-vermelha DEP FRU ariramba-de-cauda-ruiva DEP INS pica-pau-anão-de-pintasamarelas DEP INS picapauzinho-anão SDE INS Veniliornis affinis picapauzinho-avermelhado DEP INS Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca SDE INS Família/Espécie PSITTACIDAE (2) Forpus xanthopterygius Touit surdus CUCULIDAE (3) Piaya cayana CAPRIMULGIDAE (2) Nyctidromus albicollis Caprimulgus rufus APODIDAE (2) TROCHILIDAE (10) Glaucis hirsutus Eupetomena macroura Florisuga fusca Anthracothorax nigricollis Chlorestes notata TROGONIDAE (1) Trogon curucui GALBULIDAE (1) Galbula ruficauda PICIDAE (4) Picumnus exilis pernambucensis Veniliornis passerinus Nome popular Uso do habitat Grupo trófico choca-listrada SDE INS choca-do-planalto DEP INS choca-da-mata DEP INS choquinha-lisa choquinha-de-flancosbrancos chororozinho-de-chapéupreto chororozinho-de-asavermelha DEP INS DEP INS DEP INS DEP INS papa-formiga-pardo SDE INS chororó-didi DEP INS papa-taoca DEP INS chupa-dente DEP INS galinha-do-mato DEP INS arapaçu-verde DEP INS arapaçu-de-bico-branco SDE INS arapaçu-rajado DEP INS barranqueiro-de-olho-branco DEP INS Xenops minutus alagoanus bico-virado-miúdo DEP INS Xenops rutilans bico-virado-carijó DEP INS cabeçudo DEP FRU maria-de-barriga-branca DEP INS Todirostrum cinereum ferreirinho-relógio SDE INS Phyllomyias fasciatus piolhinho DEP FRU Myiopagis gaimardii maria-pechim guaracava-de-cristaalaranjada guaracava-de-barrigaamarela DEP FRU DEP FRU SDE FRU Família/Espécie THAMNOPHILIDAE (10) Thamnophilus palliatus Thamnophilus pelzelni Thamnophilus caerulescens pernambucensis Dysithamnus mentalis Myrmotherula axillaris Herpsilochmus atricapillus Herpsilochmus rufimarginatus Formicivora grisea Cercomacra laeta sabinoi Pyriglena leuconota pernambucensis CONOPOPHAGIDAE (1) Conopophaga lineata cearae FOMMICARIIDAE (1) Formicarius colma DENDROCOLAPTIDAE (3) Sittasomus griseicapillus Xiphorhynchus picus Xiphorhynchus fuscus atlanticus FURNARIIDAE (3) Automolus leucophthalmus lammi TYRANNIDAE (24) Leptopogon amaurocephalus Hemitriccus griseipectus naumburgae Myiopagis viridicata Elaenia flavogaster Nome popular Uso do habitat Grupo trófico poiaeiro-de-sobrancelha DEP INS Camptostoma obsoletum risadinha IND INS Phaeomyias murina bagageiro SDE FRU Capsiempis flaveola marianinha-amarela SDE INS Zimmerius gracilipes poiaeiro-de-pata-fina DEP FRU bico-chato-de-cabeça-cinza DEP INS bico-chato-amarelo DEP INS filipe IND INS Myiobius barbatus assanhadinho DEP INS Fluvicola nengeta lavadeira-mascarada IND INS bem-te-vi-pirata bentevizinho-de-penachovermelho DEP FRU SDE INS bem-te-vi IND INS Megarynchus pitangua neinei DEP INS Tyrannus melancholicus suiriri IND INS Myiarchus tuberculifer maria-cavaleira-pequena DEP INS maria-cavaleira SDE INS fruxu-do-cerradão DEP FRU rendeira DEP FRU tangará-falso DEP FRU cabeça-encarnada DEP FRU Schiffornis turdina intetrmedia flautim-marrom DEP FRU Pachyramphus polychopterus caneleiro-preto DEP INS Cyclarhis gujanensis pitiguari DEP INS Vireo olivaceus juruviara DEP INS andorinha-do-rio IND INS andorinha-doméstica-grande IND INS andorinha-serradora IND INS Família/Espécie TYRANNIDAE (Cont.) Ornithion inerme Tolmomyias poliocephalus Tolmomyias flaviventris Myiophobus fasciatus Legatus leucophaius Myiozetetes similis Pitangus sulphuratus Myiarchus ferox PIPRIDAE (4) Neopelma pallescens Manacus manacus Chiroxiphia pareola Pipra rubrocapilla TITYRIDAE (2) VIREONIDAE (2) HIRUNDINIDAE (3) Tachycineta albiventer Progne chalybea Stelgidopteryx ruficollis Nome popular Uso do habitat Grupo trófico garrinchão-pai-avô DEP ONI corruíra IND INS bico-assovelado balança-rabo-de-chapéupreto DEP INS SDE INS Turdus rufiventris sabiá-laranjeira SDE ONI Turdus leucomelas sabiá-barranco SDE ONI caminheiro-zumbidor IND INS cambacica SDE NEC Thlypopsis sordida saí-canário SDE FRU Hemithraupis guira saíra-de-papo-preto DEP FRU saíra-de-chapéu-preto SDE FRU tiê-galo DEP FRU Tachyphonus rufus pipira-preta SDE FRU Ramphocelus bresilius tiê-sangue DEP FRU sanhaçu-cinzento SDE FRU sanhaçu-do-coqueiro SDE FRU Tangara fastuosa pintor-verdadeiro DEP FRU Tangara cayana saíra-amarela SDE FRU Tangara velia cyanomelas saíra-diamante DEP FRU saí-azul DEP FRU saíra-beija-flor DEP FRU Volatinia jacarina tiziu IND GRA Sporophila angolensis curió IND GRA tico-tico-de-bico-preto DEP ONI tempera-viola DEP ONI Família/Espécie TROGLODYTIDAE (2) Thryothorus genibarbis Troglodytes musculus POLIOPTILIDAE (2) Ramphocaenus melanurus Polioptila plumbea TURDIDAE (2) MOTACILLIDAE (1) Anthus lutescens COEREBIDAE (1) Coereba flaveola THRAUPIDAE (13) Nemosia pileata Tachyphonus cristatus Thraupis sayaca Thraupis palmarum Dacnis cayana Cyanerpes cyaneus EMBEREZIDAE (3) Arremon taciturnus CARDINALIDAE (1) Saltator maximus Família/Espécie Nome popular Uso do habitat Grupo trófico canário-do-mato DEP INS encontro SDE ONI pintassilgo-do-nordeste SDE GRA gaturamo-verdadeiro SDE FRU fim-fim DEP FRU pardal IND ONI PARULIDAE (1) Basileuterus flaveolus ICTERIDAE (1) Icterus cayanensis FRINGILLIDAE (3) Carduelis yarrellii Euphonia chlorotica Euphonia violacea PASSERIDAE (1) Passer domesticus