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AVALIAÇÃO DO EFEITO BACTERICIDA DO EQUIPAMENTO DE ALTA FREQUÊNCIA EM CULTURAS DE
Staphylococcus aureus
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CAMILA BARUFFI, 2THAIS ANGHINONI, 3AEDRA CARLA BÚFALO, 4SAMANTHA WIETZIKOSKI SATO,
AMARAL GURGEL VELASQUES, 6EVELLYN CLAUDIA WIETZIKOSKI
5PATRÍCIAL
1
Acadêmica do Curso de Farmácia - PIBIC/UNIPAR
2
Acadêmica do Curso de Farmácia - PIBIC/UNIPAR
3
Profª Adjunta da UNIPAR - Francisco Beltrão
4
Profª Adjunta da UNIPAR - Umuarama
5
Profª Adjunta da UNIPAR - Francisco Beltrão
6
Profª Titular - UNIPAR Francisco Beltrão
Introdução: Infecções causadas por Staphylococcus aureus podem atrasar ou impedir o processo de cicatrização de uma ferida,
bem como debilitar o estado geral do paciente (MARTIN et al., 2012). Este microorganismo está entre as infecções de maior
ocorrência em hospitais e mais freqüentes em lesões cutâneas. Trata-se de uma bactéria resistente, o que dificulta o controle da
infecção. Assim, com o aumento da resistência das bactérias às drogas antibióticas gera a necessidade de desenvolver novos
meios bactericidas que colaborem com a terapêutica de indivíduos infectados. O equipamento de alta freqüência é um recurso
terapêutico coadjuvante relevante quando utilizado para o tratamento de diversas afecções dos tecidos biológicos (BORGES,
2010).
Objetivo: Verificar se o equipamento de alta freqüência possui efeito bactericida em cultura padrão de S. aureus (ATCC®
25923).
Metodologia: Para avaliar a atividade bactericida do equipamento de alta frequência sobre S. aureus (ATCC® 25923) foram
divididos os seguintes grupos: controle, 6, 8, 10 Hz. As culturas foram inoculadas na superfície do meio Müller-Hinton
previamente distribuído em placas de Petri. A inoculação se deu com uma suspensão de colônias seguindo a escala 0,5 de
McFarland em salina estéril com concentração 0,9 %. A cada placa adicionou-se 1µL dessa suspensão de inóculo sobre o meio
de cultura já solidificado. Após realizou o faiscamento com o aparelho de alta frequência nos tempos de 30, 60, 90, 120 e 180
segundos. Por fim, a suspensão foi espalhada com auxilio da alça de drigalsky de maneira homogênea pela superfície da placa.
A quantificação das colônias foi realizada 24 horas após o material permanecer em estufa a 35 +/- 2 ºC. Todos os grupos foram
testados em triplicatas. Os resultados foram avaliados por ANOVA, seguido pelo post-hoc de Tuckey e considerados
significativos quando p < 0,05.
Resultados: Após a quantificação das placas, observou-se redução do crescimento bacteriano em todas as frequências e tempos
utilizados. Foram demonstrados que faiscamento na frequência de 6Hz (F 5,12 = 25,06; p < 0,001), 8Hz (F 5,12 = 49,77; p <
0,001) e 10 Hz (F 5,12 = 156; p < 0,001) reduziram o crescimento bacteriano de forma significativa quando comparados ao
grupo controle em todos os tempos. Na frequência de 6Hz foi observado que o efeito é mais proeminente no maior tempo 180
seg (p < 0,05).
Discussão: O equipamento de alta frequência funciona através de uma onda alternada que através do faiscamento transforma o
O2 existentes no ar em O3. O O3 apresenta efeito cauterizador, cicatrizante, térmico, analgésico, anti-inflamatório, fungicida,
bactericida, bacteriostático e desinfetante (PEREIRA, 2007; OLIVEIRA, 2011). Seu uso é comum para o tratamento de lesões
dermatológicas infectadas por bactérias e fungos (MARTINS et al., 2012). Nesta pesquisa, foi demonstrado que este recurso é
capaz de reduzir o crescimento de S. aureus. Resultados semelhantes foram observados em humanos que tiveram úlceras de
decúbito tratadas com o mesmo recurso.
Conclusão: Concluímos que o aparelho de alta frequência produz efeito bactericida sobre as culturas de S. aureus.
Referências:
BORGES, F. S. Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas. São Paulo: Editora Phorte. 2010.
MARTINS, A.; SILVA, J. T.; GRACIOLA, L.; FRÉZ, A. R.; RUARO, J. A.; MARQUETTI, M. G. Fisioter. Pesqui. vol.19 no.
2 São Paulo abr./jun. 2012.
OLIVEIRA, L. M. N. Utilização do ozônio através do aparelho de alta frequência no tratamento da úlcera por pressão. RBCS,
v. 30, p. 41-46, 2011.
PEREIRA, F. Eletroterapia sem mistérios. 3 ed. Rio de Janeiro: Rubio. 2007.
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08/07/2014
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