ROGÉRIO DIAS REGAZZI CALIBRAÇÃO ABSOLUTA DE TRASNDUTORES DE VIBRAÇÃO EM ALTA FREQUÊNCIA: DESENVOLVIMENTO E IMPLEMENTAÇÃO. DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DEFENDIDA EM 1999 POR REGAZZI Orientador: Arthur Martins Barbosa Braga (DEM/PUC-RJ) Co-orientador: Gustavo Palmeira Ripper (INMETRO) “A importância da calibração para avaliação de vibração em Máquinas/Equipamentos para as altas frequências” Objetivo O presente trabalho compreende o desenvolvimento e implementação de um sistema de calibração absoluta de transdutores de vibração na faixa de freqüências de 3.500 Hz a 10.000 Hz através do princípio do interferômetro de Michelson, utilizando o método 2, conhecido como “Ponto Mínimo”, da norma [ISO 5347/1, 1993]. A meta é alcançar uma incerteza de calibração inferior a ±1%, como recomendado pela mesma norma para calibrações primárias. Alta Frequência SISTEMA DESENVOLVIDO LAVIB2 SALA DE PROJETO Justificativa O Sistema Metrológico Nacional é composto por Laboratórios Primários e diversos Laboratórios Secundários credenciados, responsáveis pela rastreabilidade ao padrão nacional, repassando esta referência para o processo produtivo do país, na direção vertical e no sentido de cima para baixo. A incerteza aumenta a medida que se aproxima da base da pirâmide. Calibração ABSOLUTA: a calibração é dita absoluta quando o fator de calibração do transdutor (sensibilidade), relação entre saída elétrica e entrada mecânica, é obtido a partir da medição direta das grandezas de um sistema de base [SI, 1988]. COMPARATIVA: nos métodos comparativos, o fator de calibração é obtido através da comparação dos sinais de saída do transdutor a calibrar e de um transdutor de referência, o qual deve possuir características estáveis e conhecidas. PARÂMETROS MAIS IMPORTANTES Sensibilidade em Carga (pC/m.s-2) Sensibilidade em Voltagem (mV/m.s-2) Equação do Método Comparativo S ac = S ref . × Vac Gref . × Vref . Gac Transdutores para padrão de vibração Acelerômetros “Back-to-Back” Calibração comparativa BTB/SE acelerômetro BTB montado contra acelerômetro SE Calibração Absoluta (Interferômetro de Michelson) espelho 1 transdutor l1 laser He-Ne mesa vibratória E1 Eo E2 divisor de feixes l2 espelho 2 E1+E2 xξ(t)=ξ (t)=x sen(2 p f tt)) cos(2πf fotodetector I= 1 2 1 2 E01 + E02 + E01 E02 cos( k .∆L ) 2 2 2 1 2 1 2 1 E01 + E02 + E01 E02 = E012 + E022 2 2 2 2 1 1 1 = E012 + E022 − E01 E02 = E012 − E022 2 2 2 I max = ( ) I min ( ) Esquema do Interferômetro ESPELHO FIXO EXCITADOR TRANSDUTOR LASER He-Ne DIVISOR DE FEIXES FOTODECTOR Esquema do Interferômetro ESPELHO FIXO EXCITADOR TRANSDUTOR LASER He-Ne DIVISOR DE FEIXES FOTODECTOR Esquema do Interferômetro ESPELHO FIXO EXCITADOR TRANSDUTOR LASER He-Ne DIVISOR DE FEIXES FOTODECTOR Esquema do Interferômetro ESPELHO FIXO EXCITADOR TRANSDUTOR LASER He-Ne DIVISOR DE FEIXES FOTODECTOR Esquema do Interferômetro ESPELHO FIXO EXCITADOR TRANSDUTOR LASER He-Ne DIVISOR DE FEIXES FOTODECTOR Método Empregado: J1 da Função de Bessel Pelo princípio do Interferômetro de Michelson quando uma vibração senoidal é exercida na mesa vibratória, a intensidade da luz do laser detectada no fotodetector é expressa pela equação: 2 2π I (t ) ≈ E1 + E2 = A + B cos ⋅ (∆L + 2ξ (t)) λ 4π∆L 4πξ 4πξ 4πξ I(t) = A + D.cos . J 0 − 2J2 . cos(2ωt ) + 2 J 4 .cos( 4ωt ) − ....... − λ λ λ λ 4πξ 4πξ 4πξ D.sin .2 J 1 .cos( ωt ) − 2 J 3 .cos( 3ωt ) + ...... λ λ λ I ( t ) = A + B ∑ ( − 1 )n J 2 n ( α ) cos( 2 n ω t ) + C ∑ ( − 1 )2 n − 1 J ( α ) cos(( 2 n − 1 )ω t ) 2n − 1 Filtrando este sinal na freqüência de Excitação teremos: I f ( t ) = − C . J 1 ( α ) cos( ω t ) α .λ 4πξ Jn =0 ⇒ξ = 4.π λ S votagem = Stransd = V V. 2 V 4 = = 3 , 5822 × 10 × a (2πf )2 ξ ξ f2 S acel Gc arg a pC ms −2 a = (2πƒ)².ξ Método do J1 (Método 2 - “Ponto Mínimo” segundo a ISO 5347/1993) Freqüência Aceleração (ξ= 0,1930 µm (Hz) (m /s2 pico) 3500 93,34 4000 121,91 5000 190,48 6300 302,41 0,6709 7000 373,34 0,8294 8000 487,63 9000 617,16 10000 761,93 Ordem do zero n Raizes da Função J 1( α) Ampl. ξ ( µm) Eq.3.6 0 0,00000 0,00000 1 3,83170 0,1930 2 7,01559 0,3533 3 10,17346 0,5123 4 13,32369 5 16,47063 X:12.032 kHz X:8 kHz X:4.032 kHz Pwr Spec 2 Y:-4.185 dBV Y:-11.667 dBV Y:-54.121 dBV 30 dBV rms Mag (dB) -120 0 Hz 25.6 kHz Características do Metodo J1da Função de Bessel Foi adotado como procedimento, a calibração no primeiro zero da função J1, isto é, parauma amplitude de deslocamento de ξ = 0,1930 µm. O método empregado estabelece acelerações fixas para cada freqüência analisada em função da ordem do zero. Diferentes dos outros métodos absolutos onde são mantidos a mesma aceleração para diferentes freqüências. A medição é realizada aumentando gradualmente a partir de zero a amplitude de vibração até que o harmônico de ordem 1 se torne mínimo no “Lock in”, condição do primeiro zero. Mede-se posteriormente a resposta do acelerômetro no multímetro digital para obter a sensibilidade de calibração. O ganho do amplificador de potência é mantido fixo, portanto altera-se apenas a tensão do gerador até obter o primeiro mínimo que corresponde a 0,193 µm. “Basta que esta condição seja atingida para a realização da calibração”. Para o método 2 a obtenção do mínimo na aceleração recomendada fica fácil nas freqüências acima de 1.600 Hz pois 0,1930 µm representa o primeiro mínimo da função J1 Sistema de Calibração Implementado Técnicas Implementadas Devido a grande influência de ruídos espúrios na medição, já que está se trabalhando com acelerações elevadas e a necessidade de se obter deslocamentos com exatidão menor que 0,001 µm. Para a realização das medições foi necessário o desenvolvimento de dispositivos e implementação de técnicas de montagem para a minimizarão dos erros de medição. Dentre as mais importantes pode-se destacar: 1 ) Medição em dois espelhos diametralmente opostos devido ao efeito rotacional Esp. Dir Esp. Esq Ac . Ac . ξm ξm = 0,1930 µm Ac . ξD ξm ξE Calibração no Espelho Direito ESPELHO FIXO EXCITADOR TRANSDUTOR LASER He-Ne DIVISOR DE FEIXES FOTODECTOR ξD = 0.1930 µm ESPELHO FIXO EXCITADOR TRANSDUTOR LASER He-Ne DIVISOR DE FEIXES FOTODECTOR ESPELHO FIXO EXCITADOR TRANSDUTOR LASER He-Ne DIVISOR DE FEIXES FOTODECTOR Calibração no Espelho Esquerdo ESPELHO FIXO EXCITADOR TRANSDUTOR LASER He-Ne DIVISOR DE FEIXES ξE = 0.1930 µm FOTODECTOR Técnicas Implementadas (continuação) 2) Montagem do Interferômetro em uma mesa mais rígida sobre a pneumática 3) Montagem dos elementos do interferômetro o mais rígido possível Técnicas Implementadas (continuação) 4) Isolamento acústico do interferômetro As ondas de pressão sonora interferem nos elementos do interferômetro e no excitador provocando um desalinhamento entre os braços do interferômetro, acarretando uma variação da intensidade medida no fotodetector. Técnicas Implementadas (continuação) 5) Montagem de um Filtro passa alta para o excitador eletrodinâmico Gerador “Lock in” Amplificador Filtro passa alta Excitador Eletrodinâmico O filtro foi montado para minimizar o efeito do ruído elétrico de 60 Hz que modula o sinal lido no fotodetector: Técnicas Implementadas (continuação) 6) Monitoramento de Temperatura - Variação máxima permitida: 22°C a 30 °C A variação da temperatura na superfície do excitador foi monitorada com um termopar tipo “T” [Werneck,1996] fixado com pasta térmica na superfície do excitador. As medições foram realizadas nas freqüência de calibração após 1 minuto de funcionamento do excitador com o auxílio de um interface desenvolvida para controle do Módulo 6B11 responsável pela leitura da temperatura. A variação do excitador piezoelétrico é desprezível. Excitador Eletrodinâmico B&K 4809 Frequência Variação da Temp. da Corrente na BobiSuperfície na do excitador (Hz) (A) ( °C) 3500 1,98 0,85 4000 2,93 1,10 5000 3,13 1,58 6300 7,81 2,19 7000 15,10 2,40 8000 19,06 2,65 9000 17,40 2,84 10000 13,07 2,54 Problemas Ambientais Analisando as dimensões do laboratório (Lavib2), Lay-Out da sala e a presença de fontes de ruído acústico de baixa freqüência, foi descoberto que ocorriam excitação dos modos naturais da sala devido ao sistema de ar-condicionado. A vibração estrutural oriunda dos “fancoils” transformava a sala num grande alto-falante, principalmente nas freqüências de 24 a 29 Hz. nx ny nz f(Hz) “Fancoil” Freqüência Nível de Pressão Sonora 1 0 0 27,5 (Hz) (dB linear) 0 1 0 23,0 25,0 56,8 0 0 1 48,4 Ventilador: 1350rpm 22,5Hz 29,7 57,7 1 1 0 35,9 Num de pás: 12 120,3 50,5 1 0 1 55,7 205,5 49,0 1 0 1 55,7 Motor: 1780rpm 29,7Hz 240,6 53,7 0 1 1 53,6 Polias: 1343rpm 22,4Hz 1 1 1 60,3 Freqüência Nível de Pressão Sonora 2 1 0 55,0 (Hz) (dB linear) 2 1 0 59,6 60,0 19,2 80,0 25,5 120,3 36,2 205,5 29,7 240,6 41,9 16200 rpm = 270Hz Problemas Ambientais Efeito do ruído acústico devido ao sistema de ar condicionado no sinal de saída do fotodetector: O ruído identificado não mantém a fase. Sistema de Ar-condicionado desligado: Resultados de Medição Foram utilizados dois tipos distintos de excitadores para avaliação dos resultados de calibração: piezoelétrico e eletrodinâmico. As características dinâmicas foram levantadas através de medições: Excitador Piezoelétrico X:13.824 kHz X:3.776 kHz X:2.752 kHz X:2.048 kHz Freq Resp 2:1 Excitador Eletrodinâmico Y:68.74112 Y:67.68155 m Y:38.72032 m Y:25.94919 m X:12.864 kHz Freq Resp 2:1 100 100 Mag (Log) Mag (Log) 0.001 0 Hz Y:39.1555 25.6 kHz 0.01 0 Hz 25.6 kHz Resultados de Medição Y Distorção Harmônica: X Frequência Excitador D60H Excitador B&K 4908 (Hz) Distorção (%) Distorção (%) 3500 3,10 0,34 4000 3,87 0,95 5000 8,03 0,41 6300 6,74 3,43 7000 21,15 0,44 8000 4,57 0,45 Frequência Excitador D60H Excitador B&K 4809 9000 2,95 0,59 (Hz) Relação (%) Relação (%) 10000 2,15 0,99 Vibração Transversal: X/Z Y/Z X/Z Y/Z 3500 5,0 30 1,2 4,6 4000 6,3 16,5 2,0 3,6 5000 8,4 32,3 1,2 4,5 6300 6,1 69,9 3,4 2,8 7000 7,8 39,6 0,9 5,6 8000 4,9 7,4 1,1 11,5 9000 6,8 19,8 5,0 15,7 10000 30,0 43,7 4,5 20,8 Resultados de Medição Calibração com excitador piezoelétrico: Frequência Esp. Direito -2 Esp.Esquerdo Média -2 -2 Análise da distorção harmônica em um espelho Desvio (%) entre Desvio (%) da (Hz) (pC/m.s ) (pC/m.s ) (pC/m.s ) Espelhos Calibração (ref PTB) 4000 0,1431 0,1310 0,1370 9,25 6,60 5000 0,1308 0,1326 0,1317 -1,34 1,98 6300 0,1336 0,1328 0,1332 0,62 1,49 7000 0,1376 0,1322 0,1349 4,05 2,16 8000 0,1457 0,1258 0,1358 15,81 1,62 9000 0,1273 0,1474 0,1373 -13,66 1,39 10000 0,1355 0,1408 0,1382 -3,77 0,64 Frequência Multímetro Analisador -2 Distorção Diferença -2 (Hz) (pC/ms ) (pC/ms ) (% ) (%) (ref. Analis.) 3500 0,13472 0,13482 3,43 -0,07 4000 0,13067 0,13048 4,51 0,15 5000 0,13359 0,13389 8,20 -0,23 6300 0,13062 0,13021 7,22 0,31 7000 0,13503 0,13288 19,04 1,62 8000 0,13586 0,13653 4,13 -0,49 9000 0,13549 0,13557 3,54 -0,06 10000 0,13949 0,13983 2,44 -0,24 Excitador Piezoelétrico D60H Sensibilidade Obtida para a Condições de Mínimo num Espelho 0.1450 0.1420 0.1400 0.1400 0.1350 Espelho direito 0.1300 Espelho esquerdo 0.1250 Média (calibração) 0.1200 PTB (Intercomparação) 0.1150 0.1100 4000 5000 6300 7000 8000 Frequência (Hz) 9000 10000 Sensibilidade pC/ms^-2 Sensibilidade mv/ms^-2 0.1500 0.1380 0.1360 0.1340 Mult (pC/ms2) 0.1320 Analis (pC/ms2) 0.1300 0.1280 0.1260 0.1240 3500 4000 5000 6300 7000 Frequência (Hz) 8000 9000 10000 Resultados de Medição (Sistema Implementado) Calibração com excitador eletrodinâmico: Frequência Esp. Direito Esp.Esquerdo Média Desvio (%) entre Desvio (%) da (Hz) (pCm.s-2) (pC/m.s-2) (pC/m.s-2) Espelhos Calibração (ref PTB) 3500 0,1299 0,1275 0,1287 1,92 0,25 4000 0,1302 0,1278 0,1290 1,82 0,36 5000 0,1327 0,1265 0,1296 4,91 0,39 6300 0,1324 0,1303 0,1313 1,63 0,06 7000 0,1372 0,1267 0,1319 8,23 -0,09 8000 0,1177 0,1628 0,1402 -27,71 4,94 9000 0,1290 0,1420 0,1355 -9,16 0,04 10000 0,1392 0,1382 0,1387 0,72 1,01 Resultado Comparativo (sistema Implementado) 0.1420 0.1420 0.1400 0.1400 0.1380 0.1360 Es pelho direito 0.1340 Es pelho esquerdo 0.1320 Média (calibração) 0.1300 PTB (Intercom paração) 0.1280 0.1260 0.1240 3500 4000 5000 6300 7000 Frequência (Hz) 8000 9000 10000 Sensibilidade pC/ms^-2 Sensibilidade pC/ms^-2 Resultado da Calibração (controle de temperatura) 0.1380 0.1360 Média (com controle) 0.1340 PTB (Intercomparação) 0.1320 Média (sem controle) 0.1300 0.1280 0.1260 0.1240 3500 4000 5000 6300 7000 Frequência (Hz) 8000 9000 10000 ITEM VAR IÁVEIS DE INFLUÊNCIAS R EFER ÊNCIA INCER TEZ A PADR ÃO Incertezas padrões percentuais em relação a sensibilidade de calibração u(S) (% ) (1) Incerteza do multímetro H P 3478A Manual do ± 0,02 % (Eq 5.6) Fabricante (2) Condicionador de sinais B&K 2650 em 1.000 /0.1 mV/unit out Calibração elétrica e análise da estabilidade/°C. (3) Vibração transversal (considerando que a sensibilidade transversal máxima do acelerômetro é igual a 2% e a vibração transversal máxima é 11,5% ) Estimativa através de Medições ± 0,12 % (Eq. 5.7) 0,02.11,5 % = 0,23 % Portanto a incerteza máxima para as calibrações realizadas no sistema absoluto implementado no LAVIB2, na faixa de freqüência de 3.500 Hz a 10.000 Hz, é menor que 1% para uma confiabilidade de 95%. O que está de acordo com a meta estabelecida nos objetivos da dissertação de mestrado. (Distribuição retangular) (tabela 3.5) u vib .trans (%) ( S ) = 0 ,23 3 ± 0,13 % (4) D istorção harmônica (item 5.1) Estimativa através de Medição (Distribuição retangular) 0 ,25 3 u harm (%) ( S ) = (tabela 5.1) ± 0,14 % (5) Vibração rotacional Literatura [Clark,1993] (6) Variação da sensibilidade em função da temperatura do excitador (0,01% /°C). Variação entre 22°C e 30°C Certificado do fabricante (B&K 8305) Uvib.rotac (S) = ± 0,20 % 8.0,01 % = 0,08 % (Distribuição retangular) 0 ,08 u temp (%) ( S ) = 3 ± 0,05 % (7) Alinhamento do interferômetro Estimativa (item 2.3) (Distribuição retangular) u alin(%) ( S ) = 0 ,06 3 ± 0,03 % (8) Semi-amplitude máxima devido ao fator aleatório (repetição) do sistema de medição implementado com monitoramento de temperatura. Medições obtidas no item 5.2.2b (Distribuição retangular) S (V , G , f ) = 1,8561×105 × 0 ,45 u aleat (%) ( S ) = 3 ± 0,26 % U % ( S ) = 2 [0,02] + [0,12] + [0,13] + [0,14] + [0,20] + [0,05] + [0,03] + [0,26] = 0,81% 2 2 2 2 2 2 2 2 V f 2G Conclusão ⇒ O método dos nulos da função de Bessel foi desenvolvido para medição da vibração em deslocamentos bem definidos [Sutton, 1990]. Para esse método, em freqüências superiores a 3.500 Hz as acelerações de calibração são bastante elevadas, acima de 100 m/s2 pico e o deslocamento muito pequeno, necessitando de grande controle das condições ambientais. O método tem na estabilidade da potência do feixe combinado um dos fatores limitantes. ⇒ A aplicação das técnicas implementadas no decorrer dos trabalhos no LAVIB2 permitiram esclarecer e identificar a origem dos sinais espúrios que provocavam instabilidade do sinal do fotodetector, minimizando suas influências. ⇒ Optou-se, a princípio, por um excitador piezoelétrico que teoricamente responderia melhor as altas freqüências. Através de levantamentos experimentais verificou-se que esse não possuía as qualidades metrológicas necessárias para se obter incertezas compatíveis com a calibração absoluta. O sistema final implementado foi composto pelo excitador eletrodinâmico. ⇒ Contudo, é evidente a necessário do desenvolvimento de um excitador piezoelétrico específico para calibração absoluta. Estes demostraram ser mais estáveis, sofrendo menos variação de temperatura e influências externas. Conclusão (continuação) ⇒ A meta de obter incertezas menores de ± 1,0% na faixa de freqüência considerada foi atingida com êxito para as calibrações de acelerômetros do tipo "Back to Back", atendendo os requisitos da norma [ISO 5347/1, 1993]. ⇒ A montagem e fixação do acelerômetro no excitador pode causar um desvio de ± 0,12% segundo [Shiraishi, 1988] decorrente da deformação de base. A variação de temperatura na superfície do excitador pode interferir em mais de 0,2% nos resultados de calibração. E ainda, o problema da vibração rotacional seguido das técnicas de anulação deveria ser levantado nas normas juntos como os outros fatores. Há a necessidade de uma maior homogeneização e uniformização dos métodos de medição estabelecido em norma ou em procedimentos específico de calibração para ser usado nas intercomparações, minimizando os desvios de calibração. A identificação das influências dos ruídos acústicos mostrou a necessidade de se estabelecer critérios de aprovação de ambientes, considerando os modos naturais das paredes do laboratórios e as possíveis excitações externas. Este problema foi descoberto no prédio 3 (LAVIB2) do INMETRO e provavelmente deve interferir em medições de outros laboratórios. INTERCOMPARAÇÃO INTERNACIONAL 0,126 0,125 MEDIANA = 0,12213 0,124 0,123 0,122 Mediana 0,121 0,120 0,119 0,118 INMETRO INTERCOMPARAÇÃO INTERNACIONAL 0,212 0,210 0,208 0,206 0,204 0,202 0,200 Mediana Comparação Interlaboratorial Diferença percentual em rel. à mediana -1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1 Acelerômetro ENDEVCO 0.8 0.6 0.4 0.2 0 -0.2 -0.4 -0.6 -0.8 -1 INMETRO Acelerômetro B&K Round Robin CALIBRAÇÃO ABSOLUTA DE TRANSDUTORES - MÉTODO INTERFEROMÉTRICO DE ZEROS DA FUNÇÃO DE BESSEL J1 DETECTOR OSCILOSCOPIO AMPLIFICADOR ACELERÔMETRO SHAKER PIEZO DIVISOR FEIXE AMP. CASADOR DE IMPEDANCIA FONTE LASER ESPELHO FIXO AMPLIFICADOR MULTIMETRO GERADOR COMUNICAÇAO GPIB |||||| Calibração comparativa SE/SE acelerômetro SE como transdutor de referência para outro SE Calibração a laser “Próximo passo da DIAVI/ INMETRO: referências para baixa freqüência para atender inclusive a calibração de medidores de vibração no corpo humano a partir de 2010.” Foto: cortesia 3R Brasil durante medição para Rio Tinto Exploration.