Segunda-feira
5 de outubro de 2015
SAPUCAIA DO SUL
PASSO FUNDO
Condomínio é projetado para
estudantes universitários
O ingresso na educação superior é
um período de intensas mudanças na
vida dos estudantes, e o endereço é,
muitas vezes, uma dessas novidades.
Todos os anos, milhares de estudantes chegam ao município em busca
de formação profissional e, após a
alegria da aprovação no vestibular,
começa a busca por onde morar. A
egressa de Arquitetura e Urbanismo
da Universidade de Passo Fundo
(UPF) Gabriela Liotto Conci sugeriu,
em seu trabalho final de graduação
(TFG), uma nova opção de moradia
para os universitários. Gabriela
elaborou o projeto de um condomínio estudantil, que contempla
infraestrutura básica para moradia,
estudo e lazer, com capacidade para
aproximadamente 200 estudantes,
e todos os detalhes pensados para
proporcionar bem estar a esse amplo
e exigente público.
O filtro dos sonhos, um amuleto
circular preenchido por linhas em formato de teia, representa o conceito do
projeto. Para Gabriela, a trama mostra
um circuito fechado, lembrando um
refúgio, que transmite paz, segurança
e proteção, sensações que os estudantes procuram ao se afastarem do
contexto familiar. O filtro também
representa o início de uma nova fase,
na qual os universitários tecem sua
própria caminhada.
A atmosfera jovem é percebida
logo ao se visualizar a fachada do
condomínio, por suas cores e formas
singulares. Com a ideia de remeter ao
conforto familiar, a proposta explora
espaços dominantes que funcionam
como centro de distribuição e elo
unificador. Isso se dá por meio de um
conjunto de blocos interligados por
espaços de uso comum. No térreo,
aideia está presente em praças e
espaços de convivência e, nos pavimentos superiores, nas passarelas.
O volume do edifício foi desenvolvido a partir de uma base
formal que representa um circuito
fechado - como o filtro dos sonhos.
Da mesma forma como ele começa
no centro e vai se desconstruindo,
há subtrações que criam volumes
de diferentes alturas. Além disso, o
projeto inclui elementos verticais,
ora dinâmicos ora estáticos, com
a finalidade de proteção solar. De
acordo com Gabriela, esse é mais
um recurso que reflete a jovialidade
dos estudantes, que vivem uma fase
de transformação e mudança.
A construção foi planejada para o
bairro Petrópolis, em terreno de uma
quadra, cercado pela avenida Rui
Barbosa e pelas ruas Princesa Isabel,
Antoninho Moraes e Hugo Lisboa.
A seleção do local considerou sua
natureza residencial, o que permite
oferecer conforto e qualidade de
vida aos usuários. O condomínio está
dividido em setores: íntimo, social,
administrativo, serviço, comércio,
lazer e áreas de estacionamento.
O número de apartamentos é de
120, divididos em três modelos: do
tipo JK para uma pessoa, do tipo
kitnet para duas pessoas e alguns,
das extremidades do edifício, com
espaços maiores, sendo kitnets para
3 moradores e para pessoas com
mobilidade reduzida.
O prédio, de 14.693,98 m², contempla subsolo e mais 12 pavimentos, que, além dos apartamentos,
abrigam garagem, bicicletário, setor
de serviços, cisterna para água
pluvial, setor administrativo, sala
de reuniões, lavanderia, enfermaria,
bibliotecas e espaços para estudo,
salão de festas, academia, terraços
e outras áreas de convívio, como
sala de jogos e de estar, além de
áreas sob pilotis e espaços abertos. O
projeto foi desenvolvido a partir da
divisão do terreno em dois espaços,
um privativo, correspondente à implantação do condomínio estudantil,
e uma área pública, com espaços
comerciais, fazendo a integração
com o canteiro da Avenida Rui
Barbosa e propiciando interação
entre os moradores do condomínio
e a vizinhança. A sustentabilidade
ambiental está presente por meio
de telhado verde, ventilação natural
cruzada, reaproveitamento de água
da chuva, controle da radiação solar
e pavimentação permeável.
Por sua localização, o condomínio é especialmente conveniente
para estudantes da UPF e de outras
instituições próximas. Dessa forma,
afirma Gabriela, visa estimular a real
integração entre usuários, comunidade e instituições. Os moradores podem utilizar transporte público, uma
vez que diversas linhas de ônibus
atendem ao bairro. Além disso, está
em fase de projeto uma ciclovia na
avenida Rui Barbosa, o que pode ser
uma alternativa sustentável de transporte para os moradores da região.
O trabalho de Gabriela foi orientado pela professora me. Raquel
Rhoden Bresolin. Ela explica que
o projeto foi desenvolvido ao longo de um ano e passou por várias
fases, como pesquisa bibliográfica
e de referências arquitetônicas,
levantamento e análise do locar de
intervenção, desenvolvimento do
projeto arquitetônico suas soluções
e detalhamentos construtivos. “Cada
fase teve seus desafios, e trabalhamos ainda com outras questões, por
exemplo, como entender com mais
profundidade esses usuários? Para
isso, Gabriela realizou uma pesquisa
com o público-alvo a fim de definir o
programa de necessidades ideal para
esse cliente tão particular”, relata
a professora, que destaca ainda as
soluções sustentáveis inseridas no
projeto. Uma maquete do condomínio está exposta no Laboratório de
Modelos e Maquetes da Fear.
7
Prefeitura oferece oficina de horta
para alunos da escola Adolfo Cassel
VIRGÍNIA DO ERRE/DIVULGAÇÃO/CIDADES
Os alunos participaram em todas as etapas do processo, incluindo preparo do solo e a forma de plantio
U
ma tarde para mexer na terra,
preparar o solo e plantar. Os
estudantes da escola Adolfo
Cassel, na zona Rural do município,
aprenderam como plantar verduras,
hortaliças e temperos na tarde da última
quarta-feira, dia 30. A prefeitura, por
meio da secretaria municipal de Indústria,
Comércio, Agricultura e Abastecimento
(Smicaa) e Emater, promoveu uma oficina de horta para os estudantes do 1º ao
5º ano da escola.
O engenheiro agrônomo da secretaria, Sérgio Viero, mostrou na prática
como deve ser a montagem e os cuidados
com uma horta, como deve ser o preparo
do solo e de que forma as mudas devem
ser plantadas. “Nosso objetivo é transmitir o máximo de informações e estimular
as crianças para que elas levem este
conhecimento para as suas casas. Com
isto, novas hortas serão construídas e a
alimentação de todos será mais saudável
e livre de agrotóxicos”, disse.
Os alunos prestaram atenção e participaram de cada etapa do processo. Para
preparar o solo, ajudaram a colocar a
terra, o esterco, o calcário e o composto
orgânico feito de folhas colhidas por eles
no próprio pátio da escola. Depois disso,
com bastante cuidado, cada muda de
alface foi colocada no soloc respeitando
o espaço entre uma e outra. Samuel
da Fonseca Leal, de oito anos, queria
aprenderpara explicar para o pai. “Meu
pai está fazendo uma horta lá em casa,
então vou ensinar pra ele como se faz.
Agora já aprendi”, disse. Alana Padilha
da Silva, de nove, também estava entre
as mais curiosas. “Gosto muito de verduras. Como de tudo. Lá em casa temos
uma horta com muitas verduras. Comer
verduras faz bem pra saúde”, afirmou.
A vice-diretora da escola, Alessandra
Prass, acompanhou a atividade de perto.
“Esta atividade integra o projeto Educando para a Sustentabilidade, que a escola
desenvolve desde 2013.”
ALEGRETE
Centro Nehyta Ramos conclui mais um curso profissionalizante
O centro profissionalizante Nehyta
Ramos realizou o encerramento de mais
um curso. Foram entreguescertificados
de conclusão do curso de Utilidades Domésticas às 20 alunas. Prestigiaram o ato
a vice-prefeita Maria Mulazzani, o secretário de Educação e Cultura, Jorge Sitó,
e o diretor do centro, Jeferson Berned.
O curso, que é um dos mais procurados, capacitou as alunas para fazer a
confecção artesanal de produtos como
bolsas, bonecas, pesos de porta, dentre
outros. O secretário, Jorge Sitó, ressaltou
a arte como elemento fundamental para
o desenvolvimento das pessoas. “O que
vocês produziram aqui é muito mais do
que simples utilidade domésticas, mas
sim arte e a arte é um dos elementos que
nos permite crescer como seres humanos”, comenta.
A Maria disse estar contente vendo
o interesse da turma, porque “muitas de
vocês já vocês já têm uma profissão, mas
preferiram buscar capacitação e aprender
ainda mais, seja para geração de renda ou
simplesmente pelo interesse de aprender
algo novo”, disse.
ANDRESSA BENITES/DIVULGAÇÃO/CIDADES
As alunas aprenderam a fazer bolsas, bonecas, dentre outras coisa
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Prefeitura oferece oficina de horta para alunos da escola Adolfo