Universidade Federal da Bahia Escola de Administração ADM - 174- Administração da Produção I Semestre: 2011.2 Prof. Maria Teresa Franco Ribeiro Ementa: Formas de organização da produção; principais mudanças e suas características; efeitos sobre a organização da produção e sua gestão; os sistemas produtivos contemporâneos e os desafios para a gestão da produção e do trabalho. A organização em rede. Principais mudanças no mundo do trabalho. Metodologia: O curso será desenvolvido com aulas expositivas, leitura e discussão de textos, artigos, exposição de vídeo e realização de trabalhos em grupo, seminários e palestras. Objetivos: Apresentar aos alunos as principais características do sistema de produção e suas principais mudanças ao longo das últimas décadas. A evolução das formas de organização da produção: artesanal, fordista e as variantes da produção enxuta. O objetivo é construir uma visão crítica das mudanças e da complexidade da sua implementação e gestão. Compreender as bases das principais mudanças no processo produtivo e nas relações de trabalho no interior da fábrica e da sociedade, incluindo aqui as mudanças recentes na área da gestão social. Fornecer instrumental analítico e operacional para o exercício criativo da gestão da produção; compreender os desafios da complexidade da gestão contemporânea e a importância de combinar diferentes "paradigmas" para atender as especificidades das organizações. Conteúdo Programático As principais características dos modos de produção e das relações sociais no sistema produtivo. 1. Do Modo de Produção Artesanal à Produção Fordista. 1.1 A relação mestre artesão; 1.2 As especificidades da organização social e da produção; 1.3 O advento da produção em massa; 1.4. Produção em Massa: modelo Fordista; 1.5. A organização da produção; 1.6.. A divisão e qualificação do trabalho; 1.7. Os instrumentos de trabalho; 1.8. A crise do Fordismo; 1.9. A TI e a organização da produção nas organizações. Bibliografia: 1. TAUILE, Ricardo. Para (re) construir o Brasil contemporâneo. Rio de Janeiro: Contraponto. 2001. Parte I. 2. NETO, B. Rodrigues de Morais. Marx, Taylor, Ford. As forças produtivas em discussão. Cap. 1- Marx, Taylor, Ford. Rio de Janeiro: Editora Brasiliense, 1989. 3. WOMACK, James ET. Al. A Máquina que Mudou o Mundo. Rio de Janeiro: Editor Campus, 1992. Introdução; Capítulos: 1, 2, 3 e 5. 4. ALVES, Giovanni. O Novo (Precário) Mundo do Trabalho - Reestruturação produtiva e crise do Sindicalismo. São Paulo: Boitempo Editorial, 2000. Capítulo I, IV. 5. WOOD, T. JR (2000), “Fordismo, Toyotismo e Volvismo: os caminhos da indústria em busca do tempo perdido”. Em T, Wood (Coordenador), Mudança Organizacional. São Paulo: Editor Atlas. 2. A Resposta do Capital à sua Crise Estrutural 2.1. A produção Enxuta; O modelo de produção da Toyota. 2.2 A qualificação do trabalho e a produção em células; 2.3. O sistema Just in Time; 2.4. A concepção do produto e a relação com os consumidores; Bibliografia: 6 HARVEY, David. A transformação político-econômica do capitalismo do final do século XX Parte II. In: HARVEY, D. A condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. São Paulo: Edição Loyola. 1989. 7 ZUBOFF, S. (1994), “Automação/Informatização: as duas faces da tecnologia inteligente” Revista de Administração de Empresas, 34 (6). 8 WOOD, T. JR (2000), “Fordismo, Toyotismo e Volvismo: os caminhos da indústria em busca do tempo perdido”. Em T, Wood (Coordenador), Mudança Organizacional. São Paulo: Editor Atlas. Capitulo 7: Gerenciamento da Qualidade Total: uma revisão crítica. 9 Palestra sobre os desafios da difusão das TICs 3. A Organização em Rede 3.1. Rede de firmas e rede de aprendizado 3.2. Redes de cooperação e redes sociais 3.3. A construção de redes de fornecimentos; 3.4. VIDEO – Manuel Castells Bibliografia 10. Castells, Manuel. A Sociedade em Rede. São Paulo: Paz e Terra. 1999 11. Brito, Jorge. Cooperação Interindustrial e redes de emppresas. In: Kupper, D;Hasenclever,L. (org) Economia Industrial: Fundamentos teóricos e práticos no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2002. cap. 15, p. 345-388. 12. TIGRE, Paulo. Redes de Firmas e cadeia produtivas. In: Tigre, Paulo. Gestão da Inovação; a economia da tecnologia no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier. 2006. 282 páginas. 13. La Rovere. As Pequenas e Médias Empresas na Economia do Conhecimento: implicações para políticas de inovação. In: Lastres, H & Albagli S. Informação e Globalização na Era do Conhecimento. Rio de Janeiro: Editora Campus. 1999. 4. Questões Contemporâneas: 4.1 Produção e Competitividade 4.1.1 A inserção da produção nas organizações contemporâneas 4.1.2.A estratégia da Produção e do Negócio 4.1.3. As transformações recentes no mundo do trabalho Bibliografia: 14. LIMA, Eurenice.Toyota: A inspiração Japonesa e os caminhos do consentimento. Em: Ricardo ANTUNES (Org). Riqueza e Miséria do Trabalho no Brasil. São Paulo: Boitempo. 2006. 528p. 15. ANTUNES, Ricardo. Adeus ao trabalho? Ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. 13 ed. Rev. Ampl. – São Paulo: Cortez, 2008. Capítulos 8, 9, 10,11,12 (páginas 161- 205) 16. Industrias Criativas : Palestra. Texto: De MARCHI, Leonardo. Do marginal ao empreendedor. Transformações no conceito de produção fonografica independente no Brasil. ECO-PÓS, v.9, n1. Janeiro-julho, 2006. pp121140.(texto complementar). 17. Filme: Mundo Vino (partes e debate) 4.2. Produção e Meio Ambiente Bibliografia: 18.ALMEIDA, Fernando. O mundo dos Negócios e o Meio Ambiente. (2003). Em: TRIGUEIRO, André (Coord.) Meio Ambiente no século 21, 21 especialistas falam da questão ambiental nas suas áreas de conhecimento. Rio de Janeiro: Sextante, 2003. 367p. 19.FELDMAN, Fábio. A Parte que nos cabe: consumo sustentável? (2003). Em: TRIGUEIRO, André (Coord.) Meio Ambiente no século 21, 21 especialistas falam da questão ambiental nas suas áreas de conhecimento. Rio de Janeiro: Sextante, 2003. 367p. 20.FRANCO, C, FILIPAM. M. Produção Verde: Administração da Produção com ênfase em Ferramentas Ambientais. SEGET 2007. http://www.aedb.br/seget/artigos07/1187_Artigo%20Ambiental%20%20Versao%20SEGET.pdf acessado em 17/02/2011 21. Mello, M.C.A. e NASCIMENTO. L.F. PRODUÇÃO MAIS LIMPA: UM IMPULSO PARA A INOVAÇÃO E A OBTENÇÃO DE VANTAGENS COMPETITIVAS. Anais XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção Curitiba – PR, 23 a 25 de outubro de 2002 22. Video: sobre a questão ambiental e os pocessos de produção e palestra do Prof. Célio Andrade sobre os MDL. : produção limpa e protocolo de Kioto 5. Experiências de Gestão Contemporânea 5.1.Organizações cooperativistas e da Sociedade Civil; novos arranjos produtivos. Bibliografia: 23.SINGER Paul. Economia Solidária: um modo de produção e distribuição. In: A Economia Solidária no Brasil. A auto-gestão como resposta ao desemprego. Paul Singer e André Ricardo de Souza (organizadores). São Paulo: Contexto, 2000 24. Um caso de Ensino sobre Economia Solidária: Video Ilha das Flôres e a resposta dez anos depois. Critérios de avaliação: Freqüência mínima de 75% do total de aulas, segundo norma da Secretaria Geral de Cursos da Ufba / Limite de faltas: 25% de 30 aulas = 7 faltas e ½, arredondadas para 8 (oito). Avaliação; 3 Provas (0 a 10) referente às aulas e bibliografias indicadas nos itens 1, 2 e 3 1 Seminário (0 a 10) (em grupo); textos a partir dos itens 4 e 5. Todos os alunos deverão apresentar um resumo dos textos discutidos, no dia da apresentação. O grupo responsável pelo seminário deverá entregar uma resenha do texto antes de começar o debate. Serão sorteados dois alunos do grupo que serão responsáveis pela condução do seminário e levantamento de questões para a turma. Estudos dirigidos (2) Essas notas somam 80% da avaliação total 20% referente à participação; (leitura dos textos indicados). OBS: Os textos da bibliografia estão disponíveis para xerox em pasta identificada com nome da disciplina e da professora. Quando necessário devem ser copiados, mas em hipótese alguma retirados da pasta sem reposição. A maioria dos textos está disponível no site do Labmundo: www.labmundo.org (disciplinas). Ao longo do curso, pode haver modificações na bibliografia indicada. Neste caso, os alunos serão avisados com antecedência e o novo texto será colocado à disposição dos mesmos.