Determinação da aceleração da gravidade através de queda livre vertical e pêndulo simples. Determinação da aceleração da gravidade através de queda livre vertical e pêndulo simples. José Wesley R. Sousa, Renato Szitas Lima, Guilherme Begotti Domingos, Diego Thadeu N. do Valle, Vinícius Freitas M. da Costa, Luiz Gustavo Ribeiro Professor: Jeroen Schoenmaker, CECS Campus Santo André Resumo Com intuito de atingir um valor aproximado ao do que se usa comumente para a aceleração da gravidade, serão executados dois experimentos. O de queda livre consiste em medir diversas vezes o tempo que uma pequena esfera leva para atingir o solo quando solta de uma determinada altura para que com a média relativa a esses dados possamos calcular a aceleração da gravidade no local. Esse método será repetido para outras duas esferas de massas diferentes para que possamos evidenciar que o resultado é o mesmo independentemente da massa do objeto. O segundo experimento para determinação da aceleração da gravidade é o famoso pêndulo simples. Medindo os tempos de oscilação de um pêndulo formado por um cordão de comprimento L e um peso de massa M, será possível determinar a aceleração da gravidade por meio de procedimentos matemáticos e estatísticos. INTRODUÇÂO Na Grécia antiga, Aristóteles foi um dos primeiros a pensar na gravidade. Achava que corpos de massas diferentes caiam com velocidades diferentes. Só no século XIV o físico Galileu Galilei pôs a prova o pensamento aristotélico: lançou dois objetos de massas diferentes da mesma altura e ao mesmo tempo, e concluiu que ambos chegavam ao chão no mesmo instante, desde que fossem desprezados os efeitos da resistência do ar. O mesmo Galileu, ainda formulou a lei do isocronismo do pêndulo simples, verificando que, para oscilações de pequenas amplitudes o seu período era sempre o mesmo, não dependendo da massa, mas sim do comprimento do fio. gramas e uma esfera de metal com massa de 66 gramas. Com o intuito de obter uma melhor precisão na medição dos tempos, usamos um aparato construído em madeira com cerca de 30 cm de altura e em seu topo colocamos um eletroímã feito por 0.15 metros de fio de cobre esmaltado enrolados em um parafuso de 4 cm de comprimento com uma chave com a qual é possível acionar o dispositivo. OBJETIVO Este trabalho tem como objetivo determinar a aceleração da gravidade por meio de dois experimentos diferentes. Um deles usando um pêndulo simples e equações associadas ao seu movimento, o outro por meio e equações que descrevem o movimento de queda livre. Neste último vamos ainda “testar” a hipótese de Galileu, procurando mostrar que a massa de um corpo não interfere no seu movimento de queda. METODOLOGIA No método da "queda livre" utilizamos como sólidos uma esfera de isopor com um parafuso de metal fixado em seu centro, com massa total de 3.9 gramas, uma esfera de plástico com um parafuso de metal em seu centro, com massa total de 15.8 Figura1: Dispositivo de queda livre. Isso nos permitiu sincronizar o acionamento de um cronômetro digital com o momento em que a esfera é lançada. Atingido o solo, o cronômetro é pausado, o resultado anotado e o método repetido por 5 vezes (diminuindo erros de medição) para cada esfera em três alturas diferentes. Após isto se calcula a aceleração da gravidade pela seguinte formula: Na determinação pelo método do pêndulo simples foram utilizados um fio de náilon com 5 cm de IX Simpósio de Base Experimental das Ciências Naturais da Universidade Federal do ABC - 12 e 13 de agosto de 2011 Determinação da aceleração da gravidade através de queda livre vertical e pêndulo simples. comprimento e um objeto de forma cilíndrica (massa 200g) para constituir o pêndulo. Medimos os períodos de dez oscilações do pêndulo, variando o ângulo de início do movimento em três valores (menor que 15° e entre 15° e 45° °). Assim podemos calcular as acelerações da gravidade pela seguinte fórmula: Depois de encontrados os valores empíricos foram feitas as análises de dados, médias, desvios, erros e o cálculo da incerteza relativa para determinar a melhor aproximação da aceleração da gravidade e qual o método mais eficaz. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados encontrados para a aceleração da gravidade no experimento de queda livre estão listados abaixo: Tabela 1: Média dos resultados da aceleração da gravidade por tipo de esfera. Medias dos Testes 1 a 5 da Aceleração da Gravidade (m/s²) Altura(m) Isopor Plástico Metal 0,28 8,22 9,44 9,31 0,8 8,24 9,66 9,59 1,2 8,51 9,68 9,99 Média 8,33 9,59 9,63 Desvio Padrão Incerteza Relativa da Média (%) 0,16 0,13 0,34 15,04 2,11 1,73 Os resultados encontrados para o valor da aceleração da gravidade a partir do pêndulo simples são: Tabela 2: Aceleração da gravidade a partir do pêndulo com 10 oscilações. ¹ L (cm) ² 34 53 64 107 132 Período de 10 Oscilações(s) 14° ² 30° 12,32 12,63 15,16 16,2 16,32 16,5 20,87 21,03 23,06 24,34 Média Desvio Padrão Incerteza Relativa da Média (%) ¹ L = comprimento do pêndulo ² 14° e 30º = ângulo de lançamento Aceleração da gravidade (m/s²) ² 14° ² 30° 8,84 8,41 9,10 7,97 9,49 9,28 9,70 9,55 9,80 8,80 9,39 8,80 0,40 0,64 4,22 a média eles ficam mais coerentes, os erros ficaram entre +0,2 a +0,4 para a aceleração medida pela queda da esfera de plástico e metal e para o pêndulo simples com ângulo de lançamento de 14°. Sendo que o experimento de queda livre apresentou uma menor incerteza relativa quando comparada ao pêndulo. Foi possível concluir que o peso das esferas não influi no valor obtido para a gravidade. A única ressalva é sobre a bola de isopor, que por ter menor massa e ser volumosa, ficou mais exposta à força de resistência do ar, implicando no aumento do valor da incerteza relativa final e do erro de sua medida, mostrando que o isopor não é eficaz no método de queda livre, bem como o pêndulo simples quando o valor do ângulo é 30°. CONCLUSÕES Por meio dos dados conseguidos em ambos os experimentos propostos foi possível obter um valor satisfatório, se comparados aos apresentados pela literatura especializada, para a aceleração da gravidade, como também mostramos que a massa de um corpo não afeta o movimento de queda livre. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1]http://pt.wikipedia.org/wiki/Gravidade acessado em 03/08/2011. [2]http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_ estudantes/fisico_quimica/fisico_quimica_trabalhos/r elatquedalivre.htm acessado em 03/08/2011. [3]http://www.cepa.if.usp.br/efisica/mecanica/universitario/cap13/cap13_35.htm [4]http://pt.wikipedia.org/wiki/Galileu_Galilei acessado em 04/08/2011. [5] Resnick, Hallidey e Krane. Física 2, Editora LTC,4ª.ed.,Capitulo 17-5. [6]http://www.ifi.unicamp.br/~lunazzi/F530_F590_F69 0_F809_F895/F809/F609_2010_sem2/DiegoMMauro_F609_RF3.pdf acessado em 01/08/2011. 10,17 Os dois métodos geram valores relativamente próximos da aceleração da gravidade, verificando-se IX Simpósio de Base Experimental das Ciências Naturais da Universidade Federal do ABC - 12 e 13 de agosto de 2011