N.º 28
JUL/DEZ
2009
Editorial
na e do Poder Local Democrático sempre
presente em toda a nossa actividade, seja
ela de carácter cultural ou no apoio social
que prestamos aos idosos, nossos utentes.
Permitam que lembre aqui o artigo primeiro
dos nossos estatutos: “A Alma -Alentejana Associação para o Desenvolvimento, Cooperação
e Solidariedade Social é uma instituição particular de solidariedade social”. E porque assim
é, para cumprirmos os nossos compromissos
com a sociedade envolvente, distribuídos por
dois centros de dia, dois centros de convívio e
um serviço de apoio domiciliário – este último
com um novo protocolo alterando o apoio estatal de 10 para 20 utentes - também tivemos
que assumir responsabilidades para com os
Cerimónia de Entrega de Prémios dos IX Jogos Florais
S
ão passados apenas 4 meses desde que
tomámos posse até ao momento em que escrevo estas linhas. E, fiéis ao lema “dar continuidade…” concluímos satisfatoriamente a realização XI Feira Alentejana, a edição da Revista
Cultural nº 22 e o evento cultural dos IX Jogos
Florais -falando apenas das mais relevantes tarefas iniciadas pela anterior Direcção, cujo
apoio aqui desejamos enaltecer e agradecer
bem como o dos grupos culturais, Cantadeiras,
Cavaquinhos e Sevilhanas da Alma Alentejana,
sempre disponíveis para trazer alegria, arte e
boa disposição onde e quando necessários.
Porém, nada disto seria possível sem o
apoio e colaboração dos muitos sócios
amigos e trabalhadores da Alma Alenteja-
2
alma alentejana
que aqui trabalham para que no fim de cada
mês possam levar para casa o seu parco salário. Quero com isto dizer que a Associação
Alma Alentejana, com os seus mais de vinte
trabalhadores, para além de tudo o que dela já
conhecemos, cultural e socialmente, é uma pequena empresa cuja gestão não se pode ficar
pela dedicação dum grupo familiar ou de meia
dúzia de “carolas” reformados, sem formação
específica de gestão. Por certo, de entre os
cerca de milhar e meio de associados, alguns
hão-de haver que neste capítulo poderiam dar
um valioso contributo na melhoria dos processos de gestão desta já considerável nau.
É necessária uma maior “participação” dos sócios na vida da nossa Alma Alentejana porque
os seus êxitos ou fracassos não serão pertença
apenas de uns quantos que aceitaram responsabilidades de direcção mas sim de todos os
que a constituem. A omissão é um acto tão responsável quanto a acção. Por isso, participar é,
para além dum direito o dever de “zelar pelo
bom nome, prosperidade e prestígio da Associação” - alínea c) do artigo 11.º dos Estatutos.
Estamos em fase de elaboração do orçamento
e programa de acção para 2010. Eis pois uma
ocasião soberana para trazer à participação,
fazendo uso dos seus direitos, todos os sócios
que tenham sugestões ou propostas visando
uma melhor realização dos fins da Associação.
Participem… Ficamos á espera.
Por último, apesar da crise económica geral e em
particular daquela em que os últimos governos
mergulharam este país, e porque o tempo voa,
quero aproveitar a ocasião para desejar a todos
Feliz Natal e um Novo Ano o melhor possível.
António Oliveira
Presidente da Alma Alentejana
FichaTécnica
ÍNDICE
EDITORIAL..................................................... 1
ACTUALIDADE
Reflexão sobre Associativismo ................... 3
Nós, o Fisco e a Segurança Social ............... 5
Estado-Providência: Modelo Escandinavo e
Modelo Português. Algumas diferenças ...... 7
XI FEIRA DO ALENTEJO .............................. 10
CORPOS SOCIAIS BIÉNIO 2009/2010 ....... 12
IX JOGOS FLORAIS .....................................14
NOTÍCIAS DA ALMA
Espectáculo de Viola Campaniça
em Lisboa ....................................................18
Avis: Exposição Alentejo com Alma
Terras com História ...................................... 18
Novas escolas em Almada ........................ 18
Feira do Artesanato da Trafaria ................ 19
Borba: Visita à Festa da Vinha e do Vinho .. 19
Multiusos da Sobreda .............................. 19
Lançamento no novo CD das
Cantadeiras da Alma Alentejana
“O Alentejo não tem fim...” ........................ 19
PLANO DE ACTIVIDADES PARA 2010 ......... 20
PARA RIR ... E LEVAR A SÉRIO ................. 22
PASSATEMPOS ........................................... 23
CONTACTOS
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C. D. PRAGAL: Travessa Moinhos Ed. Polivalente - Pragal
Telef/Fax: 212 740 688 - [email protected]
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w w w. a l m a a l e n t e j a n a . p t
Edição: Alma Alentejana, Associação para o Desenvolvimento, Cooperação e Solidariedade Social
Coordenação: José Rabaça e José Moutela | Director Editorial: António Oliveira
Colaborador Técnico: Hélio Heitor | Produção Gráfica: Tipografia Lobão, Lda.
A Alma Alentejana não se responsabiliza pelas opiniões expressas pelos seus colaboradores
boletim informativo
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Actualidade
José Moutela
Reflexão sobre
Associativismo
L
evamos já muitos
anos de movimento
associativo.
Todos
eles de grande realização pessoal. De
grandes aprendizagens. Também de
grandes vivências no
plano da solidariedade e da amizade, pois
este é um mundo onde estes valores, associados a outros como a honestidade, a fidelidade, a
amizade e um objectivo comum que é contribuir
com trabalho, ideias e disponibilidade de tempo, por vezes “roubado” à família, aos amigos e
ao lazer e descanço, nos realiza como pessoas.
Estivemos alguns anos na área da Educação
como membros e dirigentes de Associações de
Pais, andámos pelo Movimento Associativo Popular, como dirigentes de uma colectividade com
Banda e Escola de Música, entre outras actividades, e estamos nesta fase, na Alma Alentejana.
Nas AP’s o trabalho incidia, sobretudo, na dinamização dos pais para que participassem com
maior intensidade na vida escolar dos seus filhos,
no apoio aos professores, fazendo sentir a uns
e outros que a Escola não é dissociada da família, não é um “depósito” de crianças ou jovens.
Já a actividade desenvolvida na Colectividade
foi diferente, pois a mesma para além de Centenária, tinha na Banda o seu grande património, cultural e histórico, palco de formação de
gerações de músicos, de homens e mulheres
cultas, e, na primeira metade do século vinte
4
era nestas casas que muita gente aprendia a ler
e a escrever. E foram também locais que permitiram a descoberta em muitos do que era ser
cidadão pleno, dos valores da liberdade. Aqui
tentámos adapar ao nosso tempo as vivências,
tão diferentes, já que a evolução da própria
vida exige que nos mesmos espaços se criem
novas actividades, que sejam atractivas, que
levem as pessoas até à “Sociedade” para um
café, uma conversa, um espectáculo, etc. É dificil de concretizar esta ideia, já que o ritmo de
vida, frenética, “stressante”, e sobretudo muito
individualista, leva a que as pessoas se mantenham em casa – dezenas de canais TV, internet,
etc. Esta fase da nossa vida, apesar de tudo, foi
muito rica em termos de realização pessoal.
E chegámos aqui, à Alma Alentejana. A primeira reacção foi de grande emoção, pois nunca tinhamos estado tão próximo desta realidade que é a terceira idade. No Centro de Dia
do Pragal despertámos para este facto que é a
nova “Escola”. Já não são os pais que levam os
filhos à Escola. Inverteu-se, de certa forma, a
situação. Mas também é verdade que os Centros de Dia, têm condições para substituir, digo
antes, complementar a assitência e a responsabilidade da família para com os seus idosos.
Temos estado todos os dias a aprender a lidar
com esta actividade social de um relevância
enorme para a qualidade de vida dos nossos
pais e avós. Há aspectos de natureza legal e de
apoio do estado que ainda não dominamos,
que ainda questionamos a sua justeza, quantificamos os apoios, não temos ainda noção
das necessidades, logo não podemos ter uma
opinião definitiva sobre esta questão. Já em relação à equipa de colaboradores (empregados)
da Alma Alentejana, desde o Director Técnico
à Auxiliar dos Serviços Gerais, temos constatado um grande profissionalismo, uma grande
dedicação, um grande espírito de solidariedade e carinho para com os utentes que nos
alma alentejana
tem deixado agradávelmente surprendidos
e felizes. Estamos a sentir um prazer enorme
em estar aqui, em poder ajudar a concretizar sonhos, que não se ficam por aquilo que
fazemos hoje, mas também pelo muito que
queremos fazer, em equipa, esta Direcção e
todos os sócios. É premente o trabalho que,
na área social estamos a desenvolver, mas
não queremos esquecer um dos pontos fundamentais que estiveram na génese da criação da Alma: O Alentejo e os Alentejanas na
Margem Sul do Tejo. Nesta grande Metrópole
que é Lisboa e que tantos alentejanos alberga.
m
boletim informativo
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Actualidade
José Assunção
Nós, o Fisco e a Segurança
Social
U
ltrapassado que
está o “empecilho“
legal que desde há
vários anos vinha
obstando a que as
instituições
particulares de solidariedade social (… e
outras)
pudessem
usufruir de uma parcela - 0,5% - do imposto sobre o rendimento
das pessoas singulares liquidado com base nas
declarações anuais dos sujeitos passivos que
assim o desejassem, esta instituição requereu já, a quem de direito, tal beneficio fiscal,
referente ao IRS que vier a ser liquidado no
ano de 2010, com referência aos rendimentos
do ano de 2009, fazendo prova da obtenção
do reconhecimento pelo Governo da prossecução dos seus fins relevantes para efeitos
de aplicação da Lei da Liberdade Religiosa;
Considerando que a alteração da Lei - afastamento da exigência de não pedido de reembolso do IVA suportado na aquisição de certos
bens - ocorreu em Agosto último, entende
esta instituição estar claramente dentro do
espírito da mesma e dentro dos prazos referidos na Portaria que decorreu daquela Lei;
Assim e para que a Alma Alentejana possa
vir a ser contemplada com a consignação fiscal em causa, basta agora que todos os nossos associados, em particular, e mais generalizadamente todos os nossos amigos, no
momento da apresentação da sua Declaração
de IRS respeitante aos rendimentos do ano
de 2009 - que será suposto vir a acontecer
em Março/Abril/Maio de 2010 - em suporte de papel ou utilizando os meios informáticos - façam constar do campo 9 do Anexo
H (… assim foi na Declaração respeitante aos
rendimentos do ano de 2008 …) conforme
quadro que reproduzimos no fim da página.
Também aqui se falou, recentemente, da
criação do novo Código da Segurança Social;
Ele já saiu. Vertido que foi na Lei n.º 110/2009, de
16.09. nasceu o Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social;
A Alma Alentejana contribui para o orçamento da Segurança Social - beneficiando já de
um regime de excepção por se tratar de uma
empregadora sem fins lucrativos - a título de
prestação pecuniária destinada à efectivação do direito à segurança social, com 19,6%
do montante das remunerações que mensalmente atribui aos seus trabalhadores;
Tal montante será elevado no ano de 2010 para
20%, aumentando sucessiva e anualmente 0,4%
até ao ano de 2016 em que se fixará em 22,3%;
Partindo do pressuposto que as IPSS não aceitam pagar mais para a Segurança Social sem
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alma alentejana
contrapartidas e (…) “atendendo ao contexto
de crise internacional e suas repercussões na
nossa sociedade“ está previsto o acréscimo à
percentagem de actualização anual das comparticipações da segurança social - de uma
actualização extraordinária correspondente a
0,4%, a qual “deve“ manter-se pelo mesmo período em que se verifique a actualização gradual da taxa contributiva; … estaremos cá para ver
o “impacto efectivo … no ano civil anterior, do
aumento da taxa social única e o montante da
comparticipação financeira da segurança social
a que corresponderá a actualização extraordinária de 0,4%, tendo, nomeadamente - mas não
só - em atenção o alargamento da base de incidência contributiva - vide Abono para Falhas.
Estaremos atentos.
Junta de Freguesia de Laranjeiro
Pela passagem de mais uma época natalícia, a Junta de Freguesia de
Laranjeiro saúda com amizade e total estima, toda a população do
Laranjeiro da qual faz parte toda a Comunidade Alentejana, desejandolhes um NATAL MUITO ALEGRE e para o ANO DE 2009, as maiores
virtudes, acompanhadas de muita saúde, progresso e paz.
boletim informativo
7
Actualidade
Paulo Mota
Estado-Providência:
Modelo Escandinavo e
Modelo Português.
Algumas diferenças.
O
desenvolvimento dos Estados-Providência na Europa está
intimamente associado aos processos de
desenvolvimento das
nações. Por outras
palavras, desde o advento da Revolução
Industrial, e de todos os processos daí resultantes como o êxodo rural e consequente expansão
urbana das grandes Metrópoles, acompanhado de maiores desequilíbrios na redistribuição da riqueza, formaram um terreno fértil
para o aparecimento dos Estados-Providência.
Porém, para que esses mesmos Estados-Providência saiam mais reforçados, é necessário
que um conjunto de indivíduos possa
lutar por “ele”
e que o torne
forte e estável.
Na Escandinávia esse terreno foi sendo
preparado
logo em finais
do Século XIX.
A
primeira
confederação
sindical
surgiu na Suécia
em 1898. Um ano depois, os vizinhos noruegueses seguiram-lhes as pisadas. Já no Século XX, mais concretamente em 1907 e em
1916, surgiram as primeiras estruturas sindicais na Finlândia e Islândia, respectivamente.
Actualmente, estes países têm taxas de sindicalização muito superiores, quando comparados
com os seus congéneres europeus. Senão observe-se os valores do quadro a seguir indicado:
País
Taxa de sindicalização
Islândia
85%
Finlândia
85%
Suécia
81%
Noruega
57%
A base cedo foi lançada. O grande desenvolvimento verificou-se nas décadas que se
seguiram ao final da Segunda Guerra Mundial e que dotou estas nações de sistemas
de protecção dos seus cidadãos, ao nível da
saúde, da educação e de apoio social, sendo
aos olhos de todos como um modelo a seguir. Contudo este estado de paz social sentiu os primeiros abalos no final dos anos 70 e
Estocolmo
8
alma alentejana
Oslo
inícios da década de 80, do Século XX, quando no Mundo Ocidental se assistiu à ofensiva
dos Governos Neo-Liberais e Neo-Conservadores, com a senhora Tatcher e o presidente
norte-americano Ronald Reagan, à cabeça.
Todavia, os países escandinavos sentiram
as influências (aumento do desemprego, diversificação do movimento sindical e internacionalização das economias de mercado),
mas não claudicaram! Tendo inclusive saído desta crise de uma forma airosa, criando as bases para o estabelecimento de uma
economia forte e próspera, como são disso
exemplo as empresas de telecomunicações.
Ao nível do Estado-Providência, veja-se o caso
dinamarquês em que todos os recém-nascidos, a partir dos 6 meses, têm lugar garantido
nas Creches, ou onde os cuidados prestados
aos idosos nos seus domicílios é generalizado,
a saúde é grátis e os jovens durante cinco anos
têm direito a um subsídio de estudo, mais um
ano sabático para “descobrirem o mundo” ou
aquilo que é mais frequente para se prepararem para o exame de admissão à Universidade.
Com a entrada no novo Século, assistimos
a uma nova crise mundial e que a todos
afecta, sendo por isso designada de global.
Hoje a economia sofre dos dissabores da globalização, da ameaça dos Fundamentalismos Religiosos, das flutuações dos preços dos combustíveis e da redução ou não dos impostos. Daqui
resulta uma dificuldade em unir os indivíduos
em torno de um objectivo comum. Isto é, a defesa dos direitos adquiridos. E assim se propicia
o terreno ideal para os políticos de direita conservadora e populista, e em alguns casos para
a extrema-direita, angariarem mais eleitorado
(veja-se o caso do CDS-PP, que nas últimas legislativas teve quase 11% dos votos dos portugueses). Com este avanço da direita a privatização de sectores chave (saúde, educação e
segurança social) de um verdadeiro Estado-Providência, podem ser uma grave consequência.
Deste modo caminhamos pois para uma lógica
mercantilista, onde a lei da oferta e da procura, permite às grandes empresas entrarem, na
maioria das vezes, com o consentimento dos
governos nacionais, na gestão do sector público, preparando-se para efectivar o desmantelamento do modelo social europeu, e consequentemente o fim do Estado-Providência.
No nosso país, só após a Revolução de 25 de
Abril de 1974, é que se verificou o aparecimento (tardio) de um sistema de protecção
Copenhaga
boletim informativo
9
social para todos os cidadãos e que se caracteriza pelo seu vasto leque de abrangência,
isto é, protecção na doença, maternidade,
paternidade, desemprego, velhice, invalidez e
sobrevivência. Porém, esta protecção é apenas válida para aqueles que se encontram
bem integrados no mercado de trabalho, deixando de lado todos os que se encontram
em situações atípicas de emprego, como por
exemplo os trabalhadores independentes.
Para Sílvia Ferreira (Socióloga do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra) o
sistema de Segurança Social Português é ao nível da União Europeia, o mais ineficaz no combate à pobreza, na redistribuição dos rendimentos e na redução das desigualdades sociais.
Os últimos governos do Partido Socialista,
em Portugal, têm preparado o caminho, para
a privatização dos serviços públicos, utilizando para tal Reformas Legislativas, que
em nada favorecem os cidadãos, no que
aos seus direitos constitucionais dizem respeito. Estamos a falar de saúde, educação e protecção social universal e gratuita.
Têm sido efectivados incentivos à iniciativa
privada, como sendo meios complementares
da Segurança Social, ficando apenas a cargo
Helsínquia
Reykjavik
do Estado um nível mínimo de apoios sociais.
Há estudiosos desta matéria, como Alfredo Bruto da Costa, que defendem a ideia que o financiamento do Estado-Providência, depende do
contexto económico, mas sobretudo do grau de
solidariedade que cada um de nós está disposto a dar, sendo que os primeiros de todos nós
deverão ser os nossos governantes, que deverão ter vontade política para mudar o rumo da
situação que se avizinha cada vez mais negra.
Em jeito de conclusão, podemos afirmar que
o nosso país está ainda a anos-luz de uma realidade que já foi a melhor na Escandinávia,
mas que esperamos venha a mudar. Para tal é
necessário que os nossos governantes, abandonem a ideia de desresponsabilização do
Estado para suprimirem disfuncionamentos
sociais existentes e que se prendem sobretudo
com o envelhecimento da população e o seu
consequente financiamento das pensões de
reforma, e com o crescente desemprego, provocado pelo desmantelamento de grandes empresas transnacionais, que procuram noutros
continentes, fontes de mão de obra mais barata e obviamente o aumento dos seus lucros.
10
XI Feira do Alentejo...
A XI Feira do Alentejo decorreu, durante 10
dias (24/Julho a 2 de Agosto), com uma grande
participação de visitantes. O programa cultural cativou a atenção de todos, quer visitantes
quer os próprios grupos que actuaram. Todas
as noites e tardes o pavilhão da Escola Secundária Cacilhas Tejo esteve com muito público
para adquirir produtos alentejanos (Paios,
chouriços, queijos, doces, mel e artesanato) e
para assistir, por vezes com muita emoção, à
exibição dos grupos vindos do Alentejo. Foi um
voltar às origens, foi um reviver vidas e memórias dum tempo passado e nunca esquecido.
Foi também ponto de encontro de muitos
alentejanos, que apesar de viverem nos concelhos de Almada e Seixal, só se encontram
nestes momentos. Revêem amigos e retomam
conversas sempre inacabadas. Deixamos aqui
um agradecimento muito sentido a todos os
que colaboraram e ajudaram à realização deste evento, que por razões do seu sucesso anual
é já uma referência cultural na Margem Sul do
Tejo. É o Alentejo vivo na grande Metrópole
Lisboeta. Pró ano voltamos a ver-nos, na XII
Feira do Alentejo.
alma alentejana
boletim informativo
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alma alentejana
Corpos Sociais - B
Presidente
António Oliveira
Vice-Presidente
Vice-Presidente
José Rabaça
José Moutela
Tesoureiro
2º Tesoureiro
Secretário
2º Secretário
José Assunção
Lurdes Silva
Vítor Navalho
José Revés
Vogal
Vogal
Vogal
Vogal
Felismina Santo
Maria Coutinho
Ermelinda Franco
Rui Carvalho
Suplente
Suplente
Suplente
Suplente
Suplente
Domicilia Costa
Joaquim Biga
Fátima Amiguinho
Fátima Moisão
Florinda Mareco
Suplente
Suplente
Suplente
Leonor Silva Francisco Fernandes Maria Gonçalves
Suplente
Suplente
Higino Santos
Francisco Rebeca
boletim informativo
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Biénio 2009/2010
Presidente
Carlos Almeida
Secretário
Vice-Presidente
Armindo Rosado
António Cristo
Suplente
Suplente
Virgínia Oliveira
Joaquim Parrinha
Presidente
António Pombeiro
Secretário
Vice-Presidente
Brás Borges
Manuel Viegas
Suplente
Suplente
Maria Viegas
Barbara Petronilha
14
alma alentejana
IX Jogos Florais da Alma Alentejana
No passado domingo dia 25 de Outubro, em
Almada no “Fórum Romeu Correia” no Auditório Lopes Graça , realizou-se a Gala de
Encerramento e entrega de prémios dos IX
Jogos Florais da Alma Alentejana. Como patrono tivemos José Manuel Maia, figura bem
conhecida e querida na margem Sul do Tejo.
Na mesa estiveram presentes o Patrono dos
Jogos José Manuel Maia, Dra. Natália Pinto, Manuel Fernandes, Joaquim Avó, poetisa
Rosa Dias, José Ferreira e o Vice Presidente
e Presidente da Alma Alentejana, Prof. José
Rabaça e António Oliveira, respectivamente.
O Presidente da Alma Alentejana, saudou os
presentes dando início à sessão. Joaquim Avó
fez a apresentação da Mesa, dando a palavra
ao Prof. José Rabaça que por várias vezes parou
para suster a lágrima, tal a emoção que sentia.
Dando de seguida a palavra ao patrono do
evento, que nos iria presentear com passagens do seu interessante percurso de vida.
Rosa Dias, com sua veia poética, leu de sua
autoria o que lhe ia na alma acerca do amigo
“Maia”, do qual deixamos um pequeno extracto.
Há homens, que embora mortais
Farão sempre parte da verdadeira história
Como homens raros, homens especiais
Irão permanecer na nossa memória
Não fora esse “Dom” com que nascem, dar sinal
Duma dimensão incrivel, p’ra lá do amor
Passariam despercebidos, ao vulgar mortal
Que olha com indiferença, o seu real valor
Mas lá estão os poetas, eternos poetas
Esquadrinhando a vida, em seu pormenor
Castelos fechados, janelas abertas
Com olhares atentos mirando em redor
O valor do homem é um valor de vida
Vive em cada frase dum vulgar poema.
(…)
boletim informativo
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... IX Jogos Florais da Alma Alentejana
Obras Distinguidas
Categoria Quadra
1.º Prémio
Maria Amélia Brandão de Azevedo
Natural de Vila Nova de Famalicão
(pseudónimo Papoila)
Vi a Cegonha singela
A voar sobre a Cidade
Era a imagem mais bela
Dum sonho de Liberdade.
Categoria Poesia
1.º Prémio e Prémio Absoluto
Maria Cecília Sobral Santos Franco de Sousa
Natural de Lisboa
(pseudónimo Euridíce)
NO SILÊNCIO
Quando o som do silêncio sai da flauta
E se tinge o horizonte de vermelho
Sinto uma segurança quase incauta,
Olho céu e mar e vejo-me ao espelho.
A representação da vida pára.
O pano cai no fim, sem ovações,
E tudo à minha volta é coisa rara,
Mundo de sonhos, doces ilusões.
Nesse silêncio, escuto a poesia
Doutras flautas tocando para mim,
Solta-se no ar pó de fantasia,
Arabescos, perfumes de jardim.
O meu silêncio é cântico das aves,
Inspiração que chega de mansinho,
Transparentes palavras que são chaves
Abrindo as portas brancas dum caminho.
Categoria Conto
1.º Prémio
Maria de Fátima da Silva Santos de Mendonça
Natural de Ferreira do Alentejo
(pseudónimo Maria do Povo)
O CENTRO DE DIA
- Comadre Chica! – gritou Ludovina TrombaRija, assomando ao portão do quintal. – Vossemecê está em casa?
Chica Júlia, limpando o nariz ao lenço amarrotado, respondeu:
- Cá estou, comadre Ludovina! Então que novidades me traz hoje?
-Olhe, eu não sei se lhe deva contar ou não
aquilo que me disseram. Vossemecê sabe que
o Zé Felizardo, que é agora o presidente da Junta, anda a magicar numa ideia? Veja lá para o
que lhe havia de dar! O rapaz não está bom da
cabeça!... Anda pensando em fazer um Centro
de Dia para os mais velhos…
- O quê, comadre? Um “assento” de dia? – replicou Chica Júlia, sem perceber bem – Mas o
que vai essa gente toda para lá fazer? E onde
comem? E onde se sentam? E em que sítio podem fazer isso?...
Ludovina Tromba-Rija estava “em pulgas” para
lhe contar tudo o que sabia, mas a comadre
Chica podia pensar que era mentirosa, que as
coisas não eram assim, que ela estava era a inventar como das outras vezes…
Arrepanhou o avental e começou a torcê-lo,
como se fizesse uma “sogra” para pôr o cântaro à cabeça, medindo as palavras. Ainda não
tinha percebido bem as ideias daquela mulher!... Nas conversas, além das intrigas e mexericos, ela nunca se “descosia”! Tão depressa
dizia bem dos camaradas da Junta de Freguesia
16
alma alentejana
... IX Jogos Florais da Alma Alentejana
Obras Distinguidas
e da Câmara, como levantava o vozeirão, numa
exaltação sem controle, para exclamar:
- Outro Salazar é que a gente precisava cá!....
É tudo a mesma corja!... Só querem é encherse!...
Ludovina distorceu o avental e sentando-se
num “mocho”, ao pé da porta, recomeçou:
- Pois é, comadre!... A nossa aldeia está metida
nestes corgos… Os presidentes que aí estiveram, até agora, fizeram o que puderam: arranjaram trabalho às pessoas nas alturas de maior
crise, calcetaram as ruas, ergueram um depósito para a água… Esse foi o Manel da Tia Engrácia!... Coitado, nem se lembrou que o poço
não dava água suficiente!... Tiveram que fazer
o furo!...Depois, os da Câmara, nesse tempo,
eram d’outro partido… só olhavam para quem
tinha de seu… Ainda bem que a gente escolheu
o Zé Felizardo!... Ele é um rapaz novo, já ouviu
e viu muita coisa, sabe falar bem… Já as “cantou” lá nas Casas da Câmara e disse que têm
que fazer aqui um Centro de Dia!...
Chica Júlia ouvia a comadre e pensava… Na sua
cabeça corria uma espécie de filme: o tempo
em que a monda e a ceifa eram feitas “a toque
de caixa”… Aquele dia em que ouviu o marido falar de um tal “25 de Abril” sem perceber
muito bem o que se tinha passado… Ele fora à
taberna da Aldegundes e viera de lá com essa
novidade! Só depois percebera que as coisas
tinham mudado, que o regime era outro, que
se estava numa “desmocarcia” ou lá o que era,
que havia liberdade e todos tinham os mesmos
direitos... Recordava as esperanças que tinha
alimentado a partir do dia em que aparecera
um médico na aldeia, depois dessa tal revolução. Agora é que era! Ela também tinha direito
a ter um filho e ele é que lho ia arranjar!... O
doutor ainda veio algumas vezes mas logo foi
espaçando as visitas e deixou de aparecer…O
filho, esse, nunca chegou a vir!...
O apelo do marido, clamando da cozinha,
arrancou-a aos pensamentos. A trombose
deixara-o inutilizado, preso à cadeira de rodas
mas consciente, o bastante para reconhecer a
desgraça. Ficara “desensofrido” e não permitia
boletim informativo
17
... IX Jogos Florais da Alma Alentejana
Obras Distinguidas
que ela se ausentasse ou entretivesse muito
tempo.
- Já lá vou!...- respondeu em jeito de consolação.
Ludovina continuava a falar, a falar, mas ela dificilmente acompanhava o raciocínio da outra.
Voltou aos seus pensamentos: as ruas de terra
batida que haviam sido alcatroadas ou calcetadas, as obras para meterem os canos da água,
as escavações no chão para porem os canos
largos que passaram a levar os despejos que
antes eram lançados na estrumeira, ao canto
do quintal…Quem estava na Junta e na Câmara
pensava muito bem!... Até a saúde estava diferente!... Vinha a médica à Casa da Junta… Os
remédios tinham descontos e alguns, os “angelcos” até já eram de graça!...
- Comadre, que me diz à ideia?... – barafustou
Ludovina vendo-a alheada.
Chica Júlia abriu os olhos da cor do mar com
que sonhava mas nunca tinha visto… da cor do
céu que a tapava todos os dias … entre o Sol e
as estrelas, da cor do “pezinho” destacado na
cal branquinha da parede da sua casa… Abriu
os olhos e sorriu … Um sorriso enigmático mas
confiante… Afinal, ela e o marido até tinham
um pensão cada um, agora que os males apertavam e lhes traziam tanto sofrer…
Olhando Ludovina que não sabia como interpretar a sua mudez, exclamou:
- Sim senhora, comadre, tenho a certeza de
que o Zé Felizardo vai conseguir o que traz na
ideia! Temos mas é que ajudar o rapaz!... E se
fizéssemos uma venda como a quermesse da
igreja?... Eu tenho ali umas rendinhas, uns taleigos…
Ludovina despediu-se apressada mas feliz com
a lembrança. Era melhor ir falar com ele! Pelos
vistos, podia contar com todos! Até com a comadre Chica!...
Zé Felizardo era um homem honesto e cheio
de ideias, um empreendedor, que fazia da Vida
um pronto-socorro! O Presidente da Câmara já
o tinha chamado de “humanista” quando inaugurara o tanque para a lavagem da roupa, que
substituira as idas à ribeira…
O Centro de Dia ergueu-se no “Casarão da
Quinta”, com a sua vontade, a colaboração da
Autarquia e a ajuda do povo. Houve festa com
foguetes, no dia da inauguração!...
Os velhotes que moldavam a sua solidão nas
esquinas das ruas ou nas soleiras das portas,
por não terem outro poiso, viram de repente
abrir-se uma luz! O Centro de Dia era uma nova
casa onde tomavam as refeições, onde podiam
conversar… jogar às cartas… entreter-se…
Chica Júlia e o marido integraram o grupo. Pagavam qualquer coisa, mas pouco!
Um dia Zé Felizardo lembrou-se de levar, quem
podia, a ver o mar. A excursão partiu bem
cedo, que a distância era grande e o autocarro
da Câmara só podia dispor daquele tempo.
Chica Júlia não tinha espaço nos vidros para
tanta paisagem!... Mas, quando pôs os pés na
areia, os seus olhos espraiaram-se na distância
e ganharam um azul muito puro, entre safira e
turquesa…Abraçando Zé Felizardo, chorou de
alegria, as lágrimas em fio, sem parar, como a
pedir-lhe desculpa …
O Presidente da Junta limpou, sem ela ver, os
olhos que também estavam marejados e prometeu, mais uma vez, a si próprio, que cumpriria o espírito do “25 de Abril” (uma data que,
estando àquem do seu nascimento, permanecia inteira no seu coração) , enquanto tivesse
“um pingo de senso”.
Levando Tia Chica pela mão, ajudou-a a arregaçar a saia e, molhando os pés, riram ambos
sem saberem bem de quê…
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alma alentejana
Notícias da Alma
Espectáculo de Viola Campaniça
em Lisboa
Artesão e tocador, Pedro Mestre é responsável
por oficinas e workshops de música tradicional
alentejana. Procurando revitalizar a viola campaniça, executa as próprias violas que toca,
com o objectivo de preservar os usos e costumes do concelho de Castro Verde.
Actuou, com o Mestre Manuel Bento, no passado dia 18 de Outubro, no auditório do Grupo
Desportivo do BES, em Lisboa, onde a Direcção
da Alma Alentejana e muitos sócios marcaram
presença, assistindo a um fantástico espectáculo de música e estórias. A ternura de Mestre
Bento (84 anos) e a arte do jovem Pedro Mestre, emocionaram a plateia durante cerca de 2
horas duma tarde de domingo. Foi bonito, pá.
Obrigado.
Novas escolas. Inovação
em Almada
Almada – cidade educadora inaugurou, no início deste ano lectivo sete novas Escolas básicas. Assistimos a algumas destas inaugurações
e registamos a qualidade arquitectónica e funcional das mesmas, no nosso entender do melhor e mais bonito que temos visto. E porque
entendemos o investimento na educação essencial e prioritário, aqui deixamos a notícia.
Multiusos da Sobreda
O artesão alentejano, de Safara, Francisco Lampreia representou a Alma Alentejana, mais recentemente numa iniciativa levada a cabo pela
Junta de Freguesia da Sobreda. Trabalhando ao
vivo durante a feira tem sido alvo da atenção
dos visitantes, cativados pela sua arte.
Borba
Visita à Festa da Vinha
e do Vinho
No passado dia 15 de Novembro, a Alma alentejana esteve de visita a Borba. O grupo teve
a oportunidade de visitar a Adega Marcolino
Sebo onde fomos recebidos pelo Empresário.
A sua filha Sónia orientou uma visita guiada a
toda a estrutura da Adega, desde a produção
ao engarrafamento do vinho e posterior expedição. Terminou a visita com um “licoroso de
honra”. A seguir ao almoço, visitámos o Lar de
Idosos onde as Cantadeiras e os Cavaquinhos
fizeram uma pequena actuação. Terminámos
na Feira do Vinho e da Vinha.
boletim informativo
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... notícias da Alma
AVIS
Exposição Alentejo com Alma,
Terras com História
Integrado nas Jornadas Europeias do Património e a convite da Câmara Municipal de Avis,
a nossa exposição fotográfica “Alentejo com
Alma Terras com História” esteve patente até
final de Outubro, no Auditório Municipal Ary
dos Santos. A Direcção da Alma Alentejana
esteve presente na inauguração da exposição,
sendo recebidos pela Coordenadora do Auditório e pelo vereador da Cultura.
Feira do Artesanato da Trafaria
Estivemos presentes com bancas de artesanato
e produtos alentejanos no Passeio Ribeirinho
da Trafaria, no passado mês de Agosto, dando
ao evento um “toque” da cultura e gastronomia alentejana.
Gravação do novo CD das
Cantadeiras da Alma Alentejana
“O Alentejo não tem fim...”
O Grupo “As Cantadeiras da Alma Alentejana”
vai gravar o seu 2º CD, que terá o título “Alentejo não tem fim” e que será o corolário lógico de centenas de actuações por toda a área
Metropolitana de Lisboa e também pelo Alentejo. Estas actuações têm merecido os mais
rasgados elogios e carinho, quer pela qualidade e rigor do cante, quer pela extraordinária
mensagem cultural que transmitem do nosso
Alentejo e das suas gentes. Estamos a fazer a
promoção e divulgação deste nosso objectivo
junto dos sócios e amigos da “Alma” e também
junto das Autarquias do Alentejo e da Margem
Sul, estando neste momento a registar uma
boa recepção destas que nos têm manifestado
a intenção de comprar CD´s. A todos os sócios
lançamos um apelo para que divulguem também esta iniciativa.
As Cantadeiras irão actuar durante a época
natalícia nos seguintes locais: Lar de Vale Figueira (5/12); Associação de Socorros Mútuos
1º Dezembro (9/12); Mercado Amigo da Terra (12/12); Lar de S. Tiago (16/12); Colégio o
Palhaço (18/12; Escola Tecn. Naval do Alfeite
(18/12); Jardim Infância 1º Maio (04/01); Lar da
Esperança (05/01); Igreja N. Srª Fátima (06/01)
e Junta de Freguesia do Feijó (06/01).
Junta de Freguesia da Cova da Piedade
A Junta de Freguesia da Cova da Piedade vem saudar toda a população,
bem como toda a comunidade alentejana, aqui residente, desejando-lhes
um FELIZ NATAL e UM ANO NOVO com muita paz e progresso social
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alma alentejana
Plano de Actividades para o ano 2010
Síntese do Plano de Actividades
para 2010
Publicamos, nesta edição do nosso Boletim (última deste ano), uma síntese do Plano de Actividades para o Ano de 2010 que iremos submeter à aprovação dos Sócios na Assembleia
Geral, convocada para o dia 12 de Dezembro,
cumprindo assim o que determinam os Estatutos da nossa Associação.
1º ACÇÕES DE PROMOÇÃO
Continuaremos a realizar acções de promoção, da Alma Alentejana e do Alentejo, com a
realização, periódica e em diversos locais da
Margem Sul, dos tradicionais Fins-de-semana
Alentejanos. Esta é uma iniciativa que nos permite, a par de divulgação cultural, a angariação
de fundos através da venda de artesanato e
produtos alentejanos. Vamos também aproveitar as parcerias existentes com a Câmara
Municipal de Almada, Juntas de Freguesia do
Concelho e outras Associações Culturais e integrar iniciativas, por estas promovidas, onde
podemos realizar alguns dos nossos objectivos.
Estas parcerias estão em fase de expansão ao
Concelho do Seixal, havendo já alguns contactos para uma maior participação da Alma em
eventos neste Concelho.
2º XII FEIRA ALENTEJANA
É já uma referência cultural do Alentejo na Margem Sul. É também uma iniciativa que acarreta
um grande esforço de quem tem a responsabilidade da sua organização. Nesse sentido,
queremos repensar o seu planeamento, quer
no aspecto de venda de produtos, gastronomia
e tempo de duração, sendo ponto assente que
a “Feira” é um ex-libris da Alma Alentejana e a
sua continuidade um ponto de honra.
3º ACTIVIDADES CULTURAIS
As comemorações do 14º Aniversário da Alma
Alentejana e o 5º das Cantadeiras, a realização
de Debates, almoços temáticos de homenagem a figuras ilustres do Alentejo e os X Jogos
Florais, serão acções a levar a efeito durante o
ano de 2010. A gravação de um CD pelas Cantadeiras é também um objectivo do Grupo das
Cantadeiras e da Direcção. Estão já em curso
iniciativas visando a cativação de apoios e a
divulgação do mesmo. Além destas iniciativas
é nossa intenção dar o maior apoio possível a
todos os nossos Grupos para que cumpram os
objectivos que levaram à sua criação. As visitas culturais a terras do Alentejo serão também efectuadas, havendo neste aspecto que
fomentar uma maior participação dos Sócios e
amigos da Alma.
4º ALMAJOTA
É nossa intenção criar actividades que permitam cativar a juventude, em especial, no âmbito da área cultural. A presença nas Escolas,
através da intervenção dos Grupos da Alma
Alentejana em festas e iniciativas das Associações de Pais e Associações de Estudantes. Já
em curso uma parceria com a CMA no sentido
de levar o Cante e outras tradições, através dos
nossos Grupos, às Escolas de Almada.
5º EXPOSIÇÕES
É nossa intenção continuar a levar as nossas
Exposições “Alentejo com Alma – Terras com
História” e “Futebol com Humor” a sítios para
onde forem solicitadas.
6º REVISTA E BOLETIM
São os nossos elos de ligação com sócios e po-
boletim informativo
pulação em geral. Gostaríamos de ter a participação dos sócios, com artigos de opinião,
notícias, imagens e “estórias de vida”. Vamos
fomentar esta ideia.
7º PÁGINA NA NET
Vai ser renovada e tornada mais atractiva para
que todos tenham nesta moderna ferramenta
toda a informação actualizada sobre as actividades da Alma e também sobre o Alentejo.
8º Centro de Estudos Alentejanos
Na sequência de uma experiência realizada no
ano 2006 / 2007 com uma Cadeira de Estudos
sobre o Alentejo, em parceria com a USALMA,
(Universidade Sénior de Almada), vamos tentar criar um Centro de Documentação e Estu-
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dos para recolha, arquivo, estudo, divulgação
e promoção de documentos (nas diversas
formas de registo do escrito ao áudio visual)
relacionados com os valores culturais do Alentejo. Por exemplo organizar e catalogar espólio
de Victor Paquete e outros…) em articulação
(em rede) com Autarquias e Associações do
Alentejo e núcleos com marcada presença de
alentejanos, como a/s Casa/s do Alentejo… Em
estudo a possibilidade de criar um curso regular para os mais interessados. Neste campo a
organização da Biblioteca da Alma Alentejana,
terá de merecer uma atenção especial para
a qual poderemos ter de recorrer a parcerias
pontuais com o pessoal e os serviços das Bibliotecas locais, como por exemplo a Biblioteca
Municipal.
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alma alentejana
Para rir ... e levar a sério
9 Mandamentos para destruir
uma Associação
Aqui tem alguns mandamentos que fazem
com que a associação literalmente vá se destruindo. A finalidade dele é alertar para que tal
facto não aconteça em nenhuma Associação,
entidade ou similar.
1. Não frequente a Associação, mas quando
lá for, procure sempre algo para reclamar. Se
comparecer a qualquer actividade, encontre apenas falhas
nos trabalhos.
2. Nunca aceite uma incumbência. Lembre-se de que é
mais fácil criticar do que realizar. Se a Direcção pedir sua
opinião sobre um assunto
impor-tante, responda que
não tem nada a dizer e depois,
espalhe entre os sócios, como
se deveriam fazer as coisas.
3. Não se empenhe. Quando os Directores estiverem a
trabalhar com boa vontade e
interesse para que tudo corra
bem, afirme que, afinal, a sua Associação está
dominada por um “grupinho”.
4. Não leia as publicações da Associação e muito menos os comunicados. Afirme que ambos
não publicam nada de interessante, ou, melhor
ainda, diga que não tem nada para colaborar e
que não recebe nada regu-larmente.
5. Se for contactado para ocupar qualquer cargo, recuse, alegando falta de tempo e depois
critique com afirmações do tipo: “Este grupo o
que quer é ficar nos cargos para sempre...”.
6. Quando tiver divergências com um Director,
procure com toda a inten-sidade, vingar-se na
Associação. Faça ameaças de abrir processo
ético e envie cartas ao quadro social com acusações pesadas à Direcção.
7. Sugira, insista e exija a realização de cursos e palestras.
Quando a entidade os realizar,
não se inscreva. Nem compareça.
8. Se receber um questionário a solicitar sugestões, não
preencha e se a Direcção não
adivinhar as suas ideias e pontos de vista, critique e conte a
toda a gente que é sempre ignorado.
9. Após toda esta colaboração
espontânea e insistente, quando cessarem as publicações, as
reuniões, o lazer e todas as demais actividade,
enfim, quando a sua Associação desaparecer,
encha o peito e afirme aos quatro ventos, com
orgulho: «Eu bem dizia!!!»
Junta de Freguesia do Seixal
O Executivo da Junta de Freguesia do Seixal,
deseja a toda a comunidade Seixalensem,
um Bom Natal e um Feliz Ano de 2010.
SOLUÇÕES:
Sopa de Letras: Abril, Canções, Carmo, Cravos, Liberdade, Lisboa, Maia, Marcello, Militares,
Otelo, Povo, Regime, Revolução, Santarém, Spínola.
Descubra as Diferenças: Foguete, Pau da Bandeira, Bandeira, Chão, Raquete, Pássaro, Casa, Rato
Descubra as diferenças
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