Inauguração: 28 de novembro de 2007, às 19h30 Museu Nacional do Conjunto Cultural da República Setor Cultural Sul . 70310-000 . Brasília DF de 28 de novembro de 2007 a 11 de fevereiro de 2008 de terça a domingo, das 9h às 18h30 Workshop Jum Nakao 29 e 30 de novembro de 2007 10h às 13h e 14h às 17h Informação Grupo AG (61) 33645987 [email protected] Grupo AG Embaixada da Suíça Realização Grupo AG Embaixador da Suíça no Brasil Rudolf Baerfuss Curadoria Geral Nicola Goretti Produção Executiva Thaís Pena Produção Geral Clarice Paiva Ministro Conselheiro Claude Crottaz Assessora Cultural Ana Cláudia Basto Bertolazi Arquitetura Caetano Xavier de Albuquerque Marcelle Borges Montagem Nathalia Ungarelli Chico Sassi Manuel Oliveira Consultoria Financeira Fernanda Nepomuceno Hércules Soares Tatiane Meira Iluminação Dalton Camargos Programa Educativo Marília Panitz Carlos Silva Produção Brasília Danilo Antonelli Juliana Xavier Juliana Aragão Cleonice Ferreira Assessoria de Imprensa Tátika Comunicação e Produção Assessoria Sainy Veloso Design Gráfico Clarissa Teixeira Convidado Especial Pedro Rosa dos Santos Fotografia Fabio Scrugli Cristiano Sérgio APOIO Museu Nacional do Conjunto Cultural da República Governo do Distrito Federal Governador José Roberto Arruda Secretaria de Cultura do Distrito Federal Secretário Silvestre Gorgulho Sec. Adjunto Beto Sales Sec. Políticas Públicas TT Catalão Equipe DEphA Cooperação Técnica Diretor de Patrimônio José Carlos Córdova Coutinho Ass. Geral Martita Icó Conservação e Restauro Zeli Dubinevics Tec. Museologia Ana Frade Tec. Segurança Eugênio Pacele Maia Holcim Comissão Intergovernamental do Conjunto Cultural da República Carlos Alberto Xavier, TTCatalão e Wagner Barja Museu Nacional Direção Executiva Wagner Barja Administração Geral Lamartine Mansur Coop. Técnica de Programas Nilcéia Dorázio Secretaria Executiva João Bastos Presidente da Holcim Brasil Carlos F. Bühler Diretor Comercial e de Relações Externas Carlos Eduardo Garrocho de Almeida Gerente de Comunicação Ana Cláudia Paes Coordenadora de Comunicação Salete da Hora APOIO INSTITUCIONAL REALIZAÇÃO PATROCÍNIO CURADORIA E REALIZAÇÃO A questão do habitat nas grandes cidades é parte de um repertório de exigências elementares para a sobrevivência e para o surgimento das sociedades. Esses núcleos de habitação, muitas vezes precários e transitórios, expressam desejos e sonhos de convivência, permitindo compartilhar espaços e objetos dentro de pequenos refúgios que refletem o sentido do ninho, com primária intensidade. São sistemas que prevalecem por fora do pentagrama urbano e legal. Em cada operação de ‘habitar’, esses organismos vivos se resignificam, incubando arquiteturas orgânicas, mutantes, flexíveis e lógicas, de mobilidade migratória surpreendente. A exposição Moradias Transitórias atravessa esse olhar ziguezagueante, estimulando processos de agregação convalidados simplesmente pelos elementos da existência humana, dos sentidos, da perda e da memória. Processos de coesão iniciados há tempos, mas que nem sempre conseguimos perceber. Nicola Goretti CURADORIA GERAL Os temas da casa são as bases para inúmeras pesquisas formais e simbólicas por parte de arquitetos, designers e artistas, moldadas em manifestações culturais que abordam o tema da precariedade, entendida dentro dos parâmetros sociológicos e antropológicos. São refúgios alternativos que protegem e resguardam as massas de pessoas em busca de um lugar onde estabelecer-se. São várias as manifestações artísticas que expõem e procuram respostas. Em 2005, o Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova York expôs Safe, Design Takes on Risk, imaginando um mundo repleto de aparatos para a proteção e a segurança. Em 2006, a exposição italiana Less, Strategie Altenative dell`Abitare nos conduziu a exemplos que falavam sobre esta relação que nós humanos mantemos com o espaço construído, unindo espaço público com arte, design e arquitetura, caracterizando diferentes sistemas construtivos alternativos à disposição. No mesmo ano, Safety Nest, realizada no SESC Pinheiros e Santo André de São Paulo, introduzia alguns temas impactantes sobre a relação que estabelecemos com nossos espaços de vida, nossos ninhos. Como se fossem elementos produzidos em laboratório, estas estranhas obras oscilavam entre os universos do design experimental e da arte conceitual. Podem ser tendas de toda espécie, cápsulas futuristas e primitivas, caixas para habitar, bolhas semi-tecnológicas, veículos multifuncionais, barracas “estilo árabe”, cabanas rudimentares, estruturas em forma de iglu e carrinhos de supermercado com tecidos e caixas de papelão que armam espécies de contêineres para dormir. Esta lacerante realidade vem acompanhada de um fenômeno que cruza nosso presente: as migrações. Existem as migrações locais que originam deslocamentos medidos e, de alguma forma, controlados. Existem outras, de maior impacto, provocadas em sua maioria por um fenômeno típico da modernidade: a fuga dos habitantes de países ex- tremamente pobres em direção aos países considerados “ricos”. Uma realidade que se vê ainda mais dificultada pela sintonia perversa e ambígua de controles fronteiriços, onde os limites geográficos são fechados e elásticos ao mesmo tempo. As novas construções que se localizam entre os universos artesanal e industrial provocam arquiteturas orgânicas, mutantes, flexíveis e lógicas, permitindo-nos uma mobilidade migratória surpreendente, como se fossem organismos vivos. O sentido experimental e artístico deste momento, que formula constantemente a questão da sobrevivência como tema prioritário, estabelece outro ponto de reflexão e de entendimento sobre a importância de uma exposição brasileira com matizes locais. Estes objetos de design e arte são objetos-símbolo em transformação que formulam conceitualmente as casas/ ninhos como prolongação de nós mesmos, de nossos corpos. Podem ser muitas as manifestações desta realidade, entendidas às vezes como organismos que possuem uma segunda pele própria, ou uniformes sensíveis e tatuados onde as frases não ditas estão escritas na superfície dos tecidos - como ocorre com as emocionantes obras de Lucy Orta. É assim que a cidade se torna uma resultante deste processo dinâmico de superposição: habitat construído e habitat alternativo disseminados em territórios que fogem de sua condição de auto-definição. Atividades Exposição brasileira e internacional Público Alvo Fundamentalmente, o grande público. Acreditamos que um número expressivo de pessoas se sinta atraído por esta exposição, tratando-se de conceitos que refletem, fortemente, novos usos e formas de viver e habitar o nosso planeta. Escolas de ensino básico, superior e pós-graduação em áreas de design, arquitetura e arte, público específico (designers, artistas plásticos, críticos de arte, filósofos, antropólogos, sociólogos e outros especialistas de distintas áreas) e um numeroso público geral. Bens Culturais Edição de um pequeno catálogo com as obras e autores. Textos críticos e de introdução dos curadores. Emiliano Godoy Nora Correas Domenec A77 Jum Nakao Ana Miguel Mana Bernardes México Argentina Espanha Argentina Brasil Brasil Brasil Ralph Gehre Lucy & Jorge Orta Brasil França Dirigible Sin Destino Superquadra casa-armario Plug Out Unit Brasil Paisagem Urbana-1 Rosa morada (máquina de áudio-transporte 2) No papel não caberia o que no corpo já não cabia, na poesia caberá! Adulterações objetivas - Tomos I a XVIII Urban Life Guard – Ambulatory Sleeper Connector Mobile Village I Body Architecture – Foyer D Brasil 2007 Artistas e Designers A77 Buenos Aires Gustavo Diéguez (n. 1968) e Lucas Gilardi (n. 1968) são arquitetos graduados na Universidade de Buenos Aires. Formaram o coletivo m777 até 2004, onde desenvolveram projetos de arquitetura e urbanismo em diferentes países como Holanda, Espanha, Alemanha e Estados Unidos da América. Atualmente, com o nome de A77, desenvolvem projetos de habitação experimental e desenho através do conceito Plug and Live System [1], assim como projetos que entrelaçam modalidades da arte contemporânea com o urbanismo em relação à cidade de Buenos Aires e a complexidade de sua área metropolitana. É dessa forma que integram os projetos coletivos Charlas de Gasolinería e Rally Conurbano. Ambos são professores na área de urbanismo e projeto da Universidade de Palermo e na Universidade de Buenos Aires, respectivamente. ANA MIGUEL Rio de Janeiro A artista que nasceu no Rio de Janeiro em 27 de julho de 1962, começou seu percurso como gravadora, desenvolve, a partir dos anos 80, obras tridimensionais. Colabora também com projetos de teatro. As relações humanas, os deslizamentos dos sentidos, a experiência dos sentimentos e afetos constituem a matéria do seu trabalho desconcertante e pleno de humor. Recebeu inúmeros prêmios por seu trabalho que se encontra em coleções públicas e privadas, como a de Gilberto Chateaubriand, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Museu de Arte Moderna da Bahia, Mudeu de Arte de Brasília, Centro de Leitura de Reus, Espanha, Fundação ARTEBA de Buenos Aires, Argentina, entre outras. Participou da Oficina de Gravura do Ingá, onde recebeu orientação dos principais gravadores cariocas, de 1979 a 1985. Estudos de gravura e pintura na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, assim como História da Arte, com Alair Gomes, em 1981 e 1982. Paralelamente seguiu cursos de Antropologia e Filosofia Contemporânea, na Universidade Federal Fluminense e na Universidade de Brasília. Viveu em Barcelona de 1991 a 94, onde cursou os ateliers de Montesquiu. No Arteleku, San Sebastian, assistiu aos seminários coordenados por Francisco Jarauta em 1993, 1994 e 1995. DOMENEC Barcelona Artista visual. Criou uma obra escultórica, fotográfica, instalações e intervenções no espaço público que tomam o projeto arquitetônico como uma das construções imaginárias mais complexas da modernidade. Realizou numerosas exposições e projetos in situ [2] em diferentes lugares como Irlanda, México, Bélgica, França, Itália e Estados Unidos da América. É co-editor da publicação de arte Roulotte. Principais exposições e intervenções: 2007 Passe-By. Estúdios de Artistas de Tel Aviv, Tel Aviv (Israel). Rieres / rambles, Observatório Nômade, Barcelona (Espanha). 2006 Not Sheep, New Urban Enclosures and Commons. Galeria Artspeak. Vancouver (Canadá). Dynamicity (ON: Immaginare Corviale). NAI. Rotterdam (Holanda). Campagna Romana. Observatório nômade. Roma (Itália). Brigade des images. Moscú. GlasKultur, ¿que paso con la transparencia? Koldo Mitxelena, Donostia / La panera, Lleida (Espanha). 2005 Brigade des images Divan du Monde, Paris. Mira como se mueven Fundación Telefónica, Madrid (Espanha). Unité Mobile (roads are also places). Intervención en la Unité d’Habitation de Marsella (França). Living Landscape. West Corck Art Center, Skebereen (Irlanda). 2004 Immaginare Corviale. ON y Fundación Adriano Olivetti, Roma (Itália). Maps and Mirrors. MAP, Denver (USA) 2003 Kunst & Zwalm. Rosebeke (Bélgica). Stand By, Listos para actuar, Laboratório Arte Alameda. México DF. (México) 2002 Existenzminimum. Fundació Espais, Girona (Espanha). Sans domicile fixe. Halle au poisson, Perpiñan (França). Pis compartit. 22A, Barcelona. 2001 Qui est là? EMILIANO GODOY Cidade do México Mestre em Desenho Industrial pelo Pratt Institute (Nova York, 2004), formado em Desenho Industrial pela Universidade Ibero-Americana (México, 1997) e com estudos em mobiliário pela Danish Design School (Copenhague, 2003). Dirige o espaço de desenho Godoylab e é diretor da empresa de mobiliários Pirwi. É professor das graduações em Desenho Industrial no Centro de Investigações em Desenho Industrial da UNAM (México) e no Instituto Tecnológico e de Estudos Superiores de Monterrey, ITESM (México). Lecionou na Universidade Ibero-Americana (México) e no Pratt Institute (Nova York). Compõe o conselho editorial da revista de arquitetura e desenho Arquine, na qual publica periodicamente artigos e resenhas de desenho. É parte do coletivo de desenho NEL e é membro do Advisory Board da UNESCO/Felissimo Social Design Network. Emiliano Godoy trabalhou para empresas como Nouvel, Weidmann, Lacoste, Pepsico, Holland Chemical International (HCI), Pipeline Integrity International (PII), Pipetronix, Gamesa e Frito Lay. JUM NAKAO São Paulo Jum Nakao é estilista e diretor de criação, brasileiro e neto de japoneses. Vive na cidade de São Paulo onde se localiza seu ateliê. Inicialmente acreditava que o suporte do seu trabalho poderia ser a eletrônica e a computação, mas abandona esse setor por considerar os estudos extremamente distantes do olhar humano. Foi na moda que Jum percebeu a possibilidade desta aproximação e inicia sua formação em 1984 através do CIT – Coordenação Industrial Textil – onde tem os primeiros contatos com profissionais da área, entre eles as professoras Vera Lígia P. Gilbert e Marie Ruckie. Em 1988 cursa licenciatura em Artes Plásticas na Faculdade Armando Álvares Penteado e em 1989 faz extensão universitária em História da Vestimenta no Instituto de Museologia de São Paulo e História da Moda. Em 1996 é considerado a grande revelação da 6a Edição do Phytoervas Fashion e passa a ocupar o cargo de Diretor de Estilo de uma das maiores empresas de moda do Brasil, a Zoomp, onde permanece por seis anos. Em 2004 o Banco do Brasil solicita uma campanha para estreitar elos com arte, moda, cinema e dança. Participam deste projeto diretores de arte, fotografia, publicidade e companhias de dança. Jum Nakao é o estilista convidado para Design de Conceito e Figurinos. No mesmo ano assina contrato como diretor Criativo de uma das mais tradicionais empresas de moda feminina: VIVAVIDA. É convidado ainda pela FAAP, ABIT e MASP para ser o Mentor Criativo do projeto: Instituto Brasil de Arte e Moda. Realiza em junho de 2004, no São Paulo Fashion Week, uma performance em que, ao final do desfile, modelos rasgaram elaboradas roupas feitas de papel vegetal confeccionadas em mais de 700 horas de trabalho. referências do desfile de verão 2004, editado pelas Editoras SENAC. Em junho de 2005, desfila e expõe em Paris na Galeries Lafayette nas comemorações do ano do Brasil na França. Na comemoração de dez anos de moda no Brasil, através do São Paulo Fashion Week, seu trabalho “a costura do invisível” é homenageado como o desfile da década. Em agosto de 2005, ineditamente, Moda passa a fazer parte das Mostras Culturais do SESC e Jum Nakao é convi- dado p/ a concepção e realização da exposição “Conflitos e Caminhos”. Em 2005 passa a assinar as coleções do tenista Guga Kuerten. Em parceria com a Curtlo lança em 2006 uma coleção de bolsas: Curtlo por Jum Nakao que é selecionada para a I Bienal Brasileira de Design. É convidado em janeiro de 2006 pela curadora internacional Anne Zazzo do Galliera, Fashion Museum of Paris, para participar da Mostra Internacional dos mais representativos trabalhos de Moda de todo o século XX até hoje. Em julho de 2006 lança a coleção OXTO – JUM NAKAO. Realiza em 2006 a direção criativa da ópera Kseni de Jocy de Oliveira. A convite do Museu de Arte Brasileira concebe o espaço cenográfico da exposições GRAN SERA e PERCURSOS. Expõe no MON – Museu Oscar Niemeyer – em Curitiba a instalação REVOLVER em maio de 2007. Jum realiza diversas palestras e workshops pelo país e no exterior sobre o processo criativo. Em sua produção, Jum Nakao é capaz de conciliar os recursos da tecnologia digital à sofisticação de peças únicas confeccionadas à mão, como o encontro em clima de suspense e contos de fadas, da elaborada moda do século XIX com o universo lúdico dos bonecos playmobil. Como disse um dia Lautréamont, o que depois virou um slogan surrealista, “Belo como o encontro entre uma máquina de costura e um guarda-chuva sobre uma mesa de dissecação”. Dissecando o mundo, Jum Nakao costura o imprevisível. LUCY ORTA & JORGE ORTA Londres, Paris A impressionante obra de Lucy Orta está presente em coleções privadas e nos grandes museus do mundo como o G. Pompidou de Paris e no Museu da Arte Moderna de Nova York (MoMA). Este novo e sugestivo olhar faz parte de uma estratégia de pensamento que se contrapõe à visão paradigmática e reinante que estimula o atual desenvolvimento social, como si este fosse o único possível. Os trabalhos de Lucy Orta tomam impulso nos anos oitenta, quando a Guerra fria se dilui provocando um sim numero de fatos políticos e sociais. A artista cristaliza seu pensamento no meio deste panorama de fragilidade e precariedade, paralelamente aos acontecimentos que marcaram o mundo como a caída do Muro de Berlim, a uni-polaridade do poder político, a rotação do eixo do poder -dando espaço a novos modelos econômicos- e a irresolução dos modelos sociais propostos pela cultura ocidental. A sua arte denuncia o desespero das novas sociedades, onde a ética e a estética tomam um valor quase equivalente, igualitário. As obras são produto desta pulsão, onde vestiário, invólucro e superfície atuam como se fossem uma segunda pele, possibilitando slogans a partir das frases escritas, onde o vestiário vira arquitetura e refugio pelo poder da transformação e da persuasão. O pensamento coletivo é o que norteia este olhar. O individuo para se salvar precisará da sua comunidade, podendo ser esta própria ou alehia, mais sim lugar a duvida adquirida. Os sistemas de parentesco já não são de ordem biológica, sendo a estrutura dos laços familiares dependente de outros mecanismos de convivência, promovendo novas maneiras de vincularse. As experiências no campo do idealismo e do ativismo político se completa com a obra de Jorge Orta, seu companheiro de vida a par- tir dos anos noventa. A visão pluri-centrista deste fantástico artista sudamericano aporta um olhar maduro e complementar ao trabalho da dupla, questionando os estereótipos e as convenções sociais. Baseado na projeção de “novos e possíveis mundos” (segundo um dos críticos do MoMA de Nova York) sobre territórios naturais e fachadas de prédios, a obra indaga as novas formas de comunicação em oposição aos modelos sociais e econômicos propostos pela sociedade de consumo, tentando retratar os novos anelos possíveis e os desejos comunitários que derivam da esperança, outorgando visibilidade aos aspectos invisíveis deste sistema muitas vezes perverso. O estúdio reúne, alem destes dois nomes, um singular grupo de profissionais e artistas de diversas áreas, composto por arquitetos, engenheiros, desenhistas, diretores de arte e de moda e artesãos que trabalham sobre os nexos entre as questões sociais, a vida contemporânea e suas contradições. MANA BERNARDES Rio de Janeiro Mana Bernardes é uma jovem designer de jóias, poetisa e artista plástica. Tão múltipla que consegue circular entre o Chelsea Art Museum em Nova York e as ruas populares do Rio de Janeiro. Seus colares estão à venda em conceituadas lojas de design - como a Collete, em Paris e a Zona D em São Paulo. Já sua invenção o Magnomento, um fecho magnético de ímã que não pesa, é comercializado em larga escala para os fabricantes de bijuteria do Saara, no Rio. Com o irmão Pedro Bernardes, escreve um livro de poemas musicados. Ela ainda viaja pelo Brasil multiplicando em oficinas o seu trabalho. Mana nasceu no Rio de Janeiro e vem de uma família comprovadamente criativa. Seu pai é o cineasta Sérgio e o avô, o arquiteto Sergio Bernardes. Sua história profissional começou aos 7 anos, quando fez seu primeiro colar. Aos 11, já criava peças para a loja carioca Cantão e também as tiaras de Babalu, personagem de Letícia Spiller da novela “Quatro por quatro”. Seguiu inventando objetos. Tudo para expressar um conceito: “o poder de transformação é a jóia do ser humano”. Suas peças são chamadas de jóias pela maneira como ela enxerga a nobreza nos materiais. Assim, utiliza mini frascos, garrafas Pet, palitos, grampos, pérola, prata e ouro, criando um resultado moderno e instigante. Bolas de gude se transformam no colar “Esferas que Flutuam na Rede”. A partir de uma colher de café, surge o “Mexedor”. Gargantilhas com espelhos são chamadas de “Você é Algo em Mim”. NORA CORREAS Buenos Aires Nasceu em Mendoza, em 1942. Completou seus estudos na Escola Superior de Belas Artes da Universidade de Cuyo, Mendoza. Em 1966, obteve uma bolsa do Fundo Nacional de Belas Artes para estudar pintura no Ateliê de Juan Batlle Plans, em Buenos Aires. Trabalhou em arte têxtil desde 1967 até 1985. Em 1970, durante três anos, dirigiu um ateliê no Rio de Janeiro, Brasil. A partir de 1979, desenvolveu atividades docentes em seu ateliê. Atualmente, vive e trabalha em Buenos Aires. Como presidenta da AAVRA (Associação de Artistas Visuais da República Argentina), e em conjunto com um grupo de artistas, vêm coordenando projetos e ações tais como, o No a La Guerra a Irak (Não à Guerra do Iraque), ao tingir as águas das fontes da Avenida 9 de Julho; a convocação Las Camitas (2002-2003) que, com 500 artistas, tornou visível a situação da saúde. Finalmente, o Projeto Patagônia, que levou três anos para amadurecer. Mesas redondas no Malba, a curadoria da mostra Patagonia, Pasado y Presente, Ayer y Hoy (Patagônia, Passado e Presente, Ontem e Hoje) no Centro Cultural Recoleta da cidade de Buenos Aires, e a instalação em Ushuaia de Temaukel, Las Banderas de lo Posible (As Bandeiras do Possível), onde centenas de artistas apresentaram bandeiras com símbolos daquilo que devemos proteger enquanto país, a água, a terra, os minérios, a pesca, os hidrocarbonetos, etc. RALPH GEHRE Brasília Ralph Gehre expõe regularmente desde 1980, tem por formação básica arquitetura e artes gráficas e trabalha essencialmente o desenho, a pintura e a fotografia. Algumas exposições: Individuais: não precisa ser assim você pode mudar as coisas, ECCO - Espaço Cultural Contemporâneo, 2006 e Des Enhos, Referência Galeria de Arte, Brasília-DF, 2004. Coletivas: Gentil Reversão: versão Castelo, Castelinho do Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, 2003; Eixo Brasília, Galeria Ecco, Brasília e ArtFrankfurt, Alemanha, 2003; Gentil Reversão, CCBB-Brasília, 2001; Uma pintura, com Dominic Dennis, The Britsh Council, Galeria Mezanino da Sala VillaLobos do TNCS-BsB, 1999. Durante as duas décadas que se seguiram à Segunda Guerra Mundial, desenvolveu-se na Suíça um estilo gráfico que ficou conhecido no mundo todo como “swiss style”. As fontes das quais se alimentavam esses projetos gráficos foram, entre outras, as idéias da Bauhaus que, por sua vez, tinha assimilado elementos do construtivismo russo e do movimento holandês “De stijl”. Depois da Segunda Guerra Mundial, o estilo suíço manifestou-se em vanguardas como a Arte Concreta na cidade de Zurique, chegando finalmente à Exposição Nacional de 1964, com a contribuição de vários artistas. A exposição, composta de 100 cartazes que provêm do acervo do Museu de Cartazes de Basiléia (“Basler Plakatsammlung”, curadoria: Dr. Rolf Thalmann), identifica a história apaixonante do Design Gráfico Suíço durante o período de maior efervescência cultural do século 20. Museu Nacional do Conjunto Cultural da República Setor Cutural Sul 70310-000 . Brasília DF Datas Inauguração Brasília 28 de novembro de 2007 Exposição 29 de nov 2007 a 11 de fevereiro 2008 Produção Produção Geral Grupo AG Produção Executiva Thaís Pena Curadoria Nicola Goretti Atividades 80 cartazes medindo 105cm x 75cm 15 cartazes medindo 128 cm x 90,5cm 05 cartazes medindo 128 cm x 271,5 cm (opcionais para itinerância) Lançamento Concurso Holcim Awards Conferência A77 Gustavo Dieguez e Lucas Gilardi 29 de novembro de 2007, 20h Workshop Jum Nakao 29 e 30 de novembro 2007 10-13h / 14-17h APRESENTAÇÃO O Consulado Geral da Suíça em Brasília tem como um dos seus objetivos institucionais a divulgação da cultura suíça no Brasil através de manifestações que estimulem e intensifiquem o interesse pela Suíça e, sobretudo, que permitam a ampliação do diálogo intercultural. Composta de 100 cartazes que provêm do acervo de cartazes da Basiléia, pertencente à Escola de Artes da Basiléia (antiga Escola de Ofícios, Departamento de Decoração). Esta coleção foi reunida pela primeira vez em 1896 por ocasião da exposição suíça de cartazes no Museu de Ofícios. E tornou-se uma referência para os designers gráficos e tipógrafos em uma época em que os livros e as revistas eram inacessíveis aos estudantes. Hoje o acervo do Museu de Cartazes de Basel possui mais de 50.000 cartazes suíços de todos os setores (eventos, bens de consumo, turismo, política etc.), a exposição Gráfica Suíça apresenta pela primeira vez ao público brasileiro um recorte muito significativo desta coleção e do design gráfico suíço. Desta forma, o Consulado Geral da Suíça acredita que esta exposição é bastante rica para o Brasil, abrindo novas possibilidades de parcerias, e reforçando as já existentes, com entidades culturais brasileiras, ao tratar de uma matéria - o design gráfico - que já é, por excelência, um tema constante do diálogo entre o Brasil e a Suíça. cartazes presentes na exposição: 80 cartazes de 105cm x 75cm 15 cartazes de 128 cm x 90,5cm 05 cartazes de 128 cm x 271,5 cm (opcionais para itinerância) (poderá ser viabilizada uma seleção menor para itinerância) Claros, despojados, objetivos Durante as duas décadas que se seguiram à Segunda Guerra Mundial desenvolveu-se na Suíça com muito êxito um estilo gráfico que ficou conhecido no mundo todo como “swiss style”. Suas características mais destacadas foram a estrutura rigorosa e, geralmente, geométrica, o uso de um único tipo de caracteres (lineal, universal ou helvética) e a restrição freqüente às letras minúsculas. Além disso, são quase sempre dispensados os desenhos ilustrativos, em seu lugar se recorre de preferência a formas gráficas ou fotografias em preto e branco. As fontes das quais se alimentavam esses projetos gráficos foram, entre outras, as idéias da Bauhaus que, por sua vez, tinha assimilado elementos do construtivismo russo e do movimento holandês “De stijl”. É nítido também o paralelismo com as idéias sobre a elaboração de cartazes, propagadas por Jan Tschichold em seus primeiros escritos. Além disso, existia nos anos vinte a tradição do cartaz concreto, seja no estilo marcado pela nova objetividade de um grupo de artistas de Basiléia, imitando fotos coloridas, seja na reprodução fotográfica do objeto. O ponto de partida do “estilo suíço” nascido depois da Segunda Guerra Mundial foi a cidade de Zurique, onde, desde os anos trinta, se cultivava de modo especial a “arte concreta”, baseada em estruturas geométricas. Nesta cidade atuara no século XVI o reformador religioso Huldrych Zwingli, cujas idéias, inicialmente hostis às imagens e concentradas exclusivamente na palavra da Bíblia, exerceram desde então uma grande influência na cidade. Até os dias de hoje, a cidade se distingue por um certo ar puritano e sóbrio. Alguns desses artistas concretistas (entre eles Max Bill, Richard P. Lohse, Karl Gerstner, Nelly Rudin, Gottfried Honegger e Warja Lavater) criaram não apenas pinturas e esculturas, mas também arte gráfica aplicada que, aos olhos deles, não deveria ser considerada como arte de segunda classe. A respeito dela, Max Bill se manifestou nesses termos: “Estou interessado num meio de comunicação que apresente processos simples e complicados de tal maneira que qualquer um que o contemple entenda imediatamente seu sentido.” Aos artistas plásticos se juntaram, depois artistas gráficos como Josef Müller-Brockmann, Hans Neuburg, Carlo Vivarelli, Siegfried Odermatt e muitos outros. Entre 1958 e 1965, alguns dos artistas influenciados pela arte concreta fundaram uma revista com o título programático de “Neue Grafik – Internationale Zeitschrift für Grafik und verwandte Gebiete” (Nova arte gráfica – Revista internacional de arte gráfica e áreas afins), O primeiro número foi lançado por ocasião da exposição “Arte gráfica construtiva”, que se realizou na Kunstgewerbemuseum de Zurique. O cartaz para esta exposição é uma criação de Hans Neuburg. O “swiss style” genuíno chegou ao fim com a Exposição Nacional de 1964, para a qual contribuíram vários desses artistas gráficos, e com o encerramento da publicação da revista, em 1965. Diversos artistas passaram então a dedicar-se exclusivamente à arte livre e, ao lado das formas gráficas habituais, começaram a surgir novas formas. Uma outra tendência importante da segunda metade do século XX foi a “nova escola de Basiléia”, marcada nitidamente pela tipografia. Seus expoentes principais foram Emil Ruder e Armin Hofmann. Trabalhando na mesma direção dos artistas gráficos de Zurique e visando enfatizar o enunciado, insistiram na ligação íntima entre o texto e a imagem (quase sempre fotografias). Seus trabalhos e os de seus numerosos discípulos também encontraram atenção e reconhecimento fora da Suíça. Muitos dos impulsos que partiram do Swiss Style e da nova escola de Basiléia exerceram sua influência sobre as gerações posteriores de artistas gráficos, mesmo que esta influência tenha ficado limitada, geralmente, a trabalhos isolados. O artista gráfico versátil Niklaus Troxler, por exemplo, recorreu por diversas vezes a soluções inspiradas na linha de trabalho do Swiss Style. Numa visão geral salta à vista o fato de que grande parte desses cartazes austeros foram criados para eventos culturais (exposições, teatro, música). É que muitos dos cartazes eram dirigidos a um grupo relativamente pequeno de pessoas de mentalidade progressista que estavam familiarizadas com essa linguagem figurativa. Os cartazes contavam com um intenso efeito de identificação, criando, portanto uma espécie de vínculo espiritual entre o contratante e o observador, que era geralmente também o freqüentador desses eventos. Rolf Thalmann / Curador Basler Plakatsammlung (Museu de Cartazes de Basel, Suíça); tradução – Alfred J. Keller O prêmio Holcim Awards for Sustainable Construction promove inovação e criatividade na construção, por meio de uma série de competições regionais e globais, tendo como focos a arquitetura, o paisagismo, o desenho urbano, a engenharia civil e mecânica e outras disciplinas de âmbitos similares. Esse mecanismo ético e sensível promove a geração de grupos de profissionais de excelência, reconhecidos nos conceitos que derivam da ecologia, das condições geográficas, das culturas regionais, da vocação do lugar e do desenvolvimento sustentável. Com esta e outras iniciativas, a Holcim Foundation fortalece seus compromissos e promove a sustentabilidade. O lançamento do prêmio Holcim Awards em 2007 abrirá, mais uma vez, a possibilidade de novos sonhos realizados, conscientizando o público do papel social da arquitetura. www.holcimawards.com Um dos objetivos da Holcim Foundation para a Construção Sustentável é o reconhecimento por meio de premiação para projetos inovadores, eficientes e de visão futura. Os prêmios são uma forma comprovada de incentivar e inspirar descobertas que vão além do convencional, explorando novas formas e técnicas, atraindo e identificando a excelência. A Holcim Foundation entende o Holcim Awards como uma atividade que contribui para este objetivo. O Holcim Awards promove inovação na construção sustentável através de uma série de competições regionais e globais. Juntas, estas premiações totalizam USD 2 milhões para cada ciclo de competição. As cinco competições regionais serão lançadas em cooperação com aproximadamente 50 empresas do Grupo Holcim em 50 países, no último trimestre de 2004. O prêmio global, em 2006, estará aberto aos melhores vencedores dos prêmios regionais. Os júris contarão com a participação de especialistas independentes e internacionalmente comprometidos com o desenvolvimento sustentável da sociedade, bem como projetistas, especialistas em materiais construção e construtores. O Holcim Awards reconhece toda contribuição para a construção sustentável – independentemente da escala – em arquitetura, paisagismo, desenho urbano, engenharia civil e mecânica e outras disciplinas relacionadas. Na data de inscrição da competição, o projeto deverá ter alcançado um estágio de projeto avançado antes do início de execução de obras. O projeto deverá demonstrar evidência de sustentabilidade de acordo com cinco temas alvos conforme previamente definidos pela Holcim Foundation e as universidades parceiras. A Holcim Foundation possui uma parceria com cinco universidades no mundo: o Instituto Federal Suíço de Tecnologia (ETH), em Zurique, Suíça; o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em Cambridge, EUA; a Universidade de Tongji em Xangai (TDX), China; a Universidade de São Paulo (USP), Brasil, e a Universidade de Witwatersrand (Wits), em Johanessburgo, África do Sul. As universidades parceiras definem o critério de avaliação a ser aplicado nas competições do Holcim Awards e formam os painéis de jurados que avaliam os projetos inscritos nas competições. O Instituto Federal Suíço de Tecnologia (ETH), em Zurique, em seu papel de Centro de Competência Técnica, promove a colaboração entre as universidades parceiras e os jurados. O Holcim Awards regional é dividido em cinco regiões geográficas: Europa, América do Norte, América Latina, África Oriente Médio e Ásia Pacífica. As empresas do Grupo Holcim, em aproximadamente 50 países, organizam as competições regionais do Holcim Awards patrocinadas pela Holcim Foundation. Os projetos inscritos serão avaliados por júris regionais, liderados por uma universidade parceira, e serão compostos por representantes independentes do setor da ciência, do setor empresarial e da sociedade civil. O valor total da premiação por região é USD 220,000: primeiro lugar USD 100,000; segundo USD 50,000; terceiro USD 25,000; e três prêmios de reconhecimento de USD 10,000 cada. Os júris também poderão conferir três prêmios de incentivo a partir de um orçamento de USD 15,000 por região. Todas as premiações serão entregues durante uma cerimônia a ser realizada em cada região. Os três projetos vencedores de cada região participarão da competição global do Holcim Awards no ano seguinte, em 2006. Os projetos inscritos serão avaliados por um júri global composto por representantes independentes do setor da ciência, empresarial e da sociedade civil. Os três projetos receberão um total de USD 900,000: primeiro lugar USD 500,000; segundo USD 250,000; terceiro USD 150,000. As premiações serão entregues na cerimônia global do Holcim Awards em 2006. O Holcim Awards busca progressivamente gerar um grupo de profissionais de excelência, reconhecidos em construção sustentável. Porém, as soluções identificadas como sustentáveis em uma parte do mundo não poderão simplesmente ser aplicadas à outra. As soluções devem ser reinterpretadas para que possam se adequar às restrições locais bem como respeitar as condições culturais e geográficas específicas de outras regiões.