A MUSICOTERAPIA: ESTUDOS, PESQUISAS E ATUAÇÃO CLÍNICA EM TERESINA- PIAUÍ .i
Nydia Cabral Coutinho do Rego Monteiro
Especialista em Musicoterapia - CBM- CEU-RJ.
Musicoterapeuta do Centro Integrado de Reabilitação –
CEIR - Teresina-PI
E-mail: [email protected]
Palavras-Chave: Musicoterapia, pesquisas, atuação clínica, Piauí.
INTRODUZINDO
A Musicoterapia nos foi apresentada naturalmente durante nossa vivência e
aprendizagem musical inicial, pelo violoncelista Eugen Ranevsky, professor da escola
nacional de Música do RJ /UFRJ e Escola de Musica do Espírito Santo, em Vitória.
Na ocasião, em 1974, nos ensinava violoncelo nos fins de semana e nos informou
sobre o novo curso, Musicoterapia, e nova profissão surgida, o Musicoterapeuta. Ao
detalhar sobre quantos resultados positivos estavam sendo conquistados com os
pacientes, principalmente na reabilitação física e saúde mental, aqueles momentos
mágicos ficaram registrados na minha mente ainda de pré-adolescente. Não temos
dúvidas que o perfil da pesquisadora e da Musicoterapeuta, nasceu e começou a ser
traçado naquele momento em nossos planos e vida. Música faz parte da vida de todos,
mas significados e alcances são individuais e intransferíveis. “A natureza polissêmica
da música nos força, algumas vezes, a nos abrirmos na direção de áreas não
pesquisadas do corpo e da consciência. Esse conhecimento ampliado, combinado com
pensamento e reflexão, pode nos ajudar a construir novas categorias, novos espelhos
através dos quais iremos de encontro ao mundo.” (RUUD, 1990)
No campo científico brasileiro a musicoterapia ainda é muito nova. Pesquisas no nível
de produção do graduado, especialista musicoterapeuta e musicoterapeuta mestre e
doutor em outras áreas têm contribuído na construção do saber do profissional. Dentro
do estado do Piauí, foi introduzido mais recentemente, podendo ser mais aprofundado
na área da pesquisa com o apoio da Universidade Federal do Piauí, no estímulo a
futuras pesquisas.
A MUSICOTERAPIA MUNDIAL
O início da musicoterapia mundial coube aos Estados Unidos, quando, em 1950 foi
fundada a National Association for Music Therapy. Vários países europeus, como a
1
Inglaterra, a Suíça, a França e a Alemanha, também deram início nessa década a
associações que utilizavam a música como recurso terapêutico. Na Inglaterra teve
início, em 1958 a British Society for Music Therapy, tendo à frente Juliette Alvin.
A MUSICOTERAPIA NO BRASIL – SUA ORIGEM NO RIO DE JANEIRORIO GRANDE DO SUL E PARANÁ
Segundo, Clarice Moura Costa (2008), a primeira referência à musicoterapia no Rio de
Janeiro, provavelmente no Brasil, ocorreu em 1955, com a contratação de uma técnica
em musicoterapia para o Centro Psiquiátrico Nacional. As duas primeiras associações
de musicoterapia, do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, foram fundadas em 1968.
A partir de então, houve uma grande expansão, tanto da clínica quanto da produção de
saber. Foram fundadas novas associações e criados cursos.
As primeiras associações foram fundadas por mulheres: no Rio Grande do Sul (Di
Pâncaro), no Paraná (Clotilde Leinig), em São Paulo (Clementina Nastari). No Rio de
Janeiro a primeira Associação e o primeiro Curso de Graduação ficaram a cargo de
Doris Hoyer de Carvalho, Cecília Fernandes Conde e Gabriele de Souza e Silva. Para
cada uma delas o interesse na musicoterapia surgiu impulsionado por um trabalho em
áreas diferentes, tais como:
Doris ofereceu-se como voluntária para trabalhar na Sociedade Pestalozzi do Brasil e
posteriormente numa comunidade ligada à Igreja católica.(deficiência mental);
Cecília, educadora, foi trabalhar na Casa das Palmeiras com a Drª Nise da Silveira,
depois de entusiasmar-se ao ouvi-la falar sobre Picasso, Guernica e Schumann.
(Psiquiatria);
Gaby, como é conhecida, dedicou-se ao atendimento de crianças com necessidades
especiais, inicialmente na Pestalozzi e logo depois na Associação Brasileira Beneficente
de Reabilitação (ABBR), onde trabalha até hoje com pessoas de todas as idades.
Da colaboração entre essas três mulheres, originou-se a Associação Brasileira de
Musicoterapia (ABMT), em 1968, e o Curso de Formação em Musicoterapia, em 1972.
Hoje, existe a UBAM, União Brasileira de Associações de Musicoterapias, às quais
devem estar filiados todos os musicoterapeutas graduados ou pós-graduados em atuação
clínica. São elas: Associação de Musicoterapia do Rio de Janeiro – AMT-RJ,
Associação de Musicoterapia do Paraná- AMT-PR, Associação de Profissionais e
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Estudantes de Musicoterapia do Estado de São Paulo- APEMESP, Associação de
Musicoterapia do Rio Grande do Sul- AMT-RS, Sociedade Goiana de MusicoterapiaSGMT,
Associação de Musicoterapia do Piauí- AMT-PI, Associação Baiana de
Musicoterapia – ASBAMT, Associação Gaúcha de Musicoterapia- AGAMUSI,
Associação de Musicoterapia do Distrito Federal- AMT-DF, Associação de
Musicoterapia de Minas Gerais – AMT-MG, Associação de Musicoterapia do NordesteAMTNE. A UBAM, com seu representante e colegiado representativo composto pelos
representantes das associações, é responsável pelas decisões maiores da classe
profissional já representada no Código Brasileiro de Ocupação –CBO- Musicoterapeuta.
CURSOS NO BRASIL
Graduações e Pós- graduações
Universidade Federal de Goiás
Bacharelado e Pós-Graduação stricto sensu em MúsicaMusicoterapia
Conservatório Brasileiro de Música- RJ
Bacharelado e Pós-Graduação lato sensu em Musicoterapia
Faculdade EST (São Leopoldo)
Curso de Bacharelado em Musicoterapia
Faculdade de Artes do Paraná - Curitiba/PR
Bacharelado em Musicoterapia
UFPI Universidade Federal do Piauí
Pós-Graduação lato sensu em Musica: Musicoterapia
Faculdades Metropolitanas Unidas FMU - São Paulo
Bacharelado e Pós-Graduação lato sensu em Musicoterapia
Universidade Federal de Minas Gerais
Bacharelado em Musicoterapia
Faculdade de Ciências Humanas Olinda
Curso de Pós-Graduação lato sensu (Especialização)
Musicoterapia
Faculdades Integradas Olga Mettig, FAMETTIG
Pós-Graduação lato sensu - Musicoterapia
Universidade Federal de Pelotas
Curso de Pós-Graduação lato sensu (Especialização) em
Musicoterapia
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MUSICOTERAPIA – DEFINIÇÃO
Musicoterapia é a utilização da música ou de seus elementos constituintes (ritmo,
melodia e harmonia) por um musicoterapeuta qualificado, com um cliente ou grupo, em
processo destinado a facilitar e promover comunicação, relacionamento, aprendizado,
mobilização, expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, a fim de
atender às necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas. A
musicoterapia busca desenvolver potenciais ou restaurar funções do indivíduo para que
ele alcance uma melhor qualidade de vida, através de prevenção, reabilitação ou
tratamento. (World Federation of Music Therapy- 1996)
MUSICOTERAPEUTAS MESTRES E DOUTORES NO BRASIL
No Brasil atualmente já temos um numero expressivo de musicoterapeutas mestres e
doutores, mas a grande maioria busca a titulação em outras áreas, como da educação,
saúde e afins, por não dispormos de curso no Brasil. Há poucas exceções, que
prosseguiram dentro da própria área a evolução em nível de mestrado, doutorado e pósdoutorado em outros países, como Estados Unidos e diversos países europeus. Pesquisa
de levantamento tem sido realizada por grupo de pesquisadores para atualizar número,
que foi apresentado em Congresso da ANPPOM (Associação Nacional de Pesquisa e
Pós-Graduação em Música), em 2009, e também no ENPEMT (Encontro de Pesquisa
em Musicoterapia), em 2010.
Números atualizados de Musicoterapeutas pesquisadores brasileiros Agosto 2009 Plataforma Lattes:
Doutores n: 18
Doutorandos: 12
Mestres: 50
Mestrandos: 26
Observação: Nem todos os musicoterapeutas têm seus currículos atualizados ou
preenchidos corretamente, como também não exercem a prática clínica. É um número
inexpressivo, se lembrarmos que são mais de 3.000 musicoterapeutas atualmente no
Brasil.
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A MUSICOTERAPIA EM TERESINA – PIAUÍ
Especialista em musicoterapia pelo Conservatório Brasileiro de Música desde 1998
como pesquisadora pioneira no estado, realizamos a primeira pesquisa em 1997,
baseada em estágio no Lar da Fraternidade (PI), em atendimento com pacientes
portadores de HIV/AIDS. Concluímos curso no Rio de Janeiro, com a orientação do
Professor Doutor Eduardo Passos, finalizando a monografia com a primeira experiência
clínica, sob o seguinte título: “Passando sonoramente a AIDS a limpo”. Temos
exercido a função com pacientes neurológicos, portadores de HIV-Aids e Câncer,
hospitalizados (UTIs , enfermarias e apartamentos), em consultório e casas de apoio. A
partir de 2001, cursos e palestras sobre Musicoterapia foram aplicados na capital, já
visando despertar interesse em possíveis futuros profissionais, que viriam abastecer a
cidade nessa nova categoria de profissionais da educação e saúde. Em 2005,
percebemos ter uma clientela significativa com perfil para um curso de especialização.
Tomando conhecimento da preparação de projeto de curso de especialização em Música
- Musicologia e Educação Musical pelo departamento de Música da Universidade
Federal do Piauí, fomos procurar o professor Doutor João Berchmans Sobrinho (Chefe
do Departamento na época e posteriormente diretor do Centro de Ciências de
Educação), para sondar a possibilidade de incluir a Musicoterapia. Orientou-nos a fazer
lista de interessados. Conseguindo sucesso em número significativo, iniciamos a
elaboração de projeto em parceria com o Professor Doutor Odailton Aragão, que
abraçou a causa, e com apoio e orientação da professora Dra Lia Rejane Barcellos,
Coordenadora do Curso de Especialização em Musicoterapia no Conservatório
Brasileiro de Música. Após aprovação em todos os conselhos da Universidade Federal
do Piauí, o curso de especialização em Música - Musicoterapia teve início junto com as
habilitações de Musicologia e Educação Musical. Treze pessoas foram selecionadas, e
iniciaram o curso de especialistas.
O curso, além de capacitar tecnicamente e profissionalmente na área específica de saúde
e musicoterapia, também estimulou o início das pesquisas em Musicoterapia no Piauí.
Além do quadro de professores do Departamento de Música e Artes Visuais e do Centro
de Ciências da Educação pertencentes a UFPI, com titulação de doutores, somaram-se a
eles os professores convidados da UFG, Profa Dra Leomara Craveiro de Sá do CBM
(Conservatório Brasileiro de Música - RJ) Profa Dra Lia Rejane Barcellos,
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Musicoterapeutas pioneiras do nordeste, professoras especialistas Carmen Lúcia
Vasconcelos (PE) e esta musicoterapeuta do Piauí.
CURSO E PESQUISA NA UFPI – 2006 - 2007
Paralelamente à capacitação teórica e participação em estágios, os, futuros
musicoterapeutas piauienses mergulharam no mundo da pesquisa, possibilitando uma
investigação científica dentro da área, com uma diversidade que muito contribuiria a tão
recente área abraçada pela Universidade Federal do Piauí. Eis algumas pesquisas
realizadas e transformadas em monografias de conclusão pelos integrantes da primeira
turma de pós-graduação lato sensu em Música - Musicoterapia:
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A MUSICOTERAPIA COMO COADJUVANTE NO TRATAMENTO DA
RADIOTERAPIA – Simone Maria Assunção - Orientadora Professora Dra Lia
Rejane Barcellos- CBM-RJ - Pesquisa realizada no Hospital São Marcos com
pacientes com câncer em tratamento na Radioterapia e pioneira no Brasil.
A MUSICOTERAPIA NA EDUCAÇÃO: DIFICULDADES NA
APRENDIZAGEM - Eliete Quixaba - Orientadora Professora Dra Lia Rejane
Barcellos - CBM-RJ - Pesquisa realizada com crianças em escolas da rede
pública da cidade Teresina- Piauí
MUSICOTERAPIA NO PROGRAMA MÃE-CANGURU: UM ELO DE
AMOR ENTRE MÃE E FILHO- Olga Marques- Orientadora professora Dra
Lia Rejane Barcellos- CBM- RJ- Pesquisa realizada na Maternidade pública
estadual D. Evangelina Rosa- Teresina- Piauí
ASPECTOS DA FORMAÇÃO DO MUSICOTERAPEUTA NO BRASIL –
Rejane Batista e Silva- Orientadora Professora Dra Leomara Craveiro Sá-UFG
MUSICOTERAPIA-UM CAMINHO PARA O DESENVOLVIMENTO DAS
RELAÇÕES INTER E INTRA PESSOAIS- ADOLESCENTES DO ABRIGO
FEMININO DE TERESINA- Alcides Valeriano -Orientador- Professor Dr.
Odailton Aragão Aguiar- UFPI
REFLEXÕES DO TRABALHO DE PROFESSOR DE MÚSICA E DO
MUSICOTERAPEUTA COM CRIANÇAS AUTISTAS – Karine Jericó –
Orientador – Professor Dr. Odailton Aragão Aguiar- UFPI
QUALIDADE DE VIDA NO AMBIENTE DE TRABALHO E A
MUSICOTERAPIA- Leila Maria Sousa Santos- Orientador- Professor Dr.
Odailton Aragão Aguiar- UFPI
A MUSICOTERAPIA ORGANIZACIONAL PARA SAUDE MENTAL DO
TRABALHADOR – Patricia Carvalho Moreira- Orientador- Professor
Odailton Aragão Aguiar
APLICABILIDADE DA MUSICOTERAPIA COM CRIANÇAS VÍTIMAS
DE
ABANDONO
FAMILIAR
Lilia-Virgínia Dias Braga-Orientadora- Professora Dra Leomara Craveiro
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MUSICOTERAPIA E TERCEIRA IDADE- RESGATANDO VIDA
ATRAVÉS DA MEMÓRIA SONORO-MUSICALRodrigo Melo- Orientadora Professora Dra Leomara Craveiro de Sá-UFG

O CANTO NO SETTING MUSICOTERÁPICO- Vanda Maria Queiroz LimaOrientador Professor Dr. Odailton Aragão Aguiar-UFPI
- DEFININDO PESQUISA
“É uma investigação sistemática e auto-monitorada que leva a uma descoberta ou a
um novo insight que, quando documentados e difundidos, contribuem para, ou
modificam, uma prática ou um conhecimento existentes.” (Bruscia, 1998)
No Piauí, os musicoterapeutas são pós-graduados, especialistas em musicoterapia, e as
pesquisas que despontaram foram estimuladas pela prática clínica. É difícil transitar
entre estas duas áreas ao mesmo tempo, já que a prática envolve o “fazer” e a pesquisa,
o “estudar esse fazer”. E como bem ressalta Bruscia:“Na pesquisa, o cliente ajuda o
pesquisador a alcançar seus objetivos; no trabalho clínico, o ‘terapeuta’ está lá para
ajudar o cliente a alcançar seus objetivos.” Em relação à carência de estrutura de
pesquisa com curso de mestrado e doutorado e a falta de doutores para orientarem as
pesquisas, além é claro da inexistência de financiamentos, passamos a optar pela ação.
Ou seja, citando aquela famosa música:
Vem, vamos embora, que esperar, não é saber:
Quem sabe faz a hora. não espera acontecer.” (Geraldo Vandré)
Assim, optamos por aumentar nossa presença e capacitação nos eventos científicos da
área em nível nacional. Além disso, a partir de 2008 passamos a compartilhar
sistematicamente nossas produções científicas, frutos principalmente de nossa prática
clínica, com outros profissionais, colegas e demais pessoas interessadas, em nível
nacional e internacional,. Segundo Bruscia “o primeiro beneficiário do conhecimento da
pesquisa é o universo profissional, que o utiliza para o benefício de seus clientes”. Essa
troca de informações e práticas compartilhadas nacionalmente demonstrou ser bem
recebida entre os nossos colegas, tornando nossos trabalhos selecionados e despertando
interesse para o Piauí, a partir daquele ano.
“Escrever sobre a prática continua a ser da maior importância para o estudo da nossa
profissão, não devendo ser subestimados estes textos. Só a partir da prática é possível
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sistematizar observações e levantar hipóteses teóricas sobre as mesmas.” (Costa,2006) .
Também achamos que a prática e a teoria são muito importantes e coexistem sempre.
As abordagens de pesquisa podem ser utilizadas conforme a necessidade se apresente.
“Tanto o paradigma quantitativo quanto o qualitativo são necessários para abordar a
grande gama de questões e de problemas inerentes à disciplina.” (Bruscia, 1998) Na
maioria de nossos trabalhos, as abordagens tendem para a metodologia qualitativa, o
que é assinalado por Barcellos (2004) como uma tendência que vem acontecendo por
pesquisadores desde 1980. Segundo Bruscia (1998), a pesquisa quantitativa está
fundamentalmente relacionada com três variáveis: estímulo, organismo e resposta; e
com
as
principais
questões:
incidência,
mensuração,
correlação,
fatoriais,
desenvolvimento, comparação, tratamento e interação.
A pesquisa qualitativa- coloca o foco no fenômeno completo. Há quatro grandes
categorias de focos: eventos, experiências, materiais e pessoas. E seus objetivos
típicos são: descrição holística, descrição da essência, análise, construção teórica,
interpretação, re-criação, crítica, autoexploração.
O que pode demonstrar a tendência da pesquisa qualitativa da maioria dos trabalhos
apresentados pelos musicoterapeutas piauienses até os dias de hoje é exatamente esta
necessidade que ainda temos de ter o foco no fenômeno completo. Talvez por
fazermos parte de um universo tão pequeno e desconhecido de profissionais que
necessitam demonstrar, explicar e comprovar com mais agilidade e criatividade o seu
fazer diário.
CENTRO DE REABILITAÇÃO MULTIDISCIPLINAR, MUSICOTERAPIA E A
PESQUISA, EM 2008
A partir desse ano, foi iniciado trabalho no CEIR (Centro Integrado de Reabilitação
Fisica) em musicoterapia, depois da seleção pública nacional e treinamento realizado na
AACD em São Paulo, em 2006. Ao longo desses anos, a musicoterapia foi divulgada
através de palestras, cursos, estágios, muitas reportagens em jornais, televisão e rádio.
Foi realizado o I Encontro Piauiense de Musicoterapia no ano de 2007, com a
realização anual de outros encontros abrangendo palestras e cursos até o ano atual.
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CENTRO INTEGRADO DE REABILITAÇÃO FÍSICA – CEIR – TERESINA –
PIAUÍ – PESQUISA DE MUSICOTERAPIA REALIZADA
O Complexo foi construído pelo Governo do Estado, através de projeto elaborado pela
Ceid (Coordenadoria Estadual para Inclusão da Pessoa com Deficiência), hoje,
Secretaria Estadual, e pelas secretarias estaduais de Saúde e de Educação, em parceria
com o Governo Federal. Ao todo foram investidos cerca de R$ 8,5 milhões na
construção e na aquisição de equipamentos, sendo R$ 4,5 milhões do Governo Federal e
R$ 4 milhões do Governo do Estado. São cerca de 6,5 mil m² de área construída. A
pedra fundamental do Centro foi lançada em 13 de dezembro de 2005, e a obra
completa foi entregue em. abril de 2008. A AACD (Associação de Atendimento à
Criança Deficiente) é parceira do Centro. Com experiência de mais de 60 anos em
reabilitação, a Associação prestou todo o apoio necessário, desde a concepção. e tem
realizado auditorias e treinamentos, tendo incluído a musicoterapia nesses treinamentos,
já que em São Paulo e outros estados, o musicoiterapeuta faz parte de seu quadro de
profissionais.
O CEIR é administrado pela Associação Reabilitar (Associação Piauiense de
Habilitação, Reabilitação e Readaptação). A Associação não tem fim lucrativo e possui
um contrato de gestão com o estado. No Piauí, o CEIR é o primeiro órgão público a
oferecer serviços de alta complexidade em reabilitação, incluindo o atendimento com
equipe multiprofissional, a oficina de órteses e próteses e o Centro de Diagnóstico pelo
SUS. São oferecidos atendimentos multi e interdisciplinar nas áreas de arte-reabilitação,
enfermagem,
musicoterapia,
fisioterapia,
nutrição,
terapia
ocupacional,
odontologia,
pedagogia,
fonoaudiologia,
produção
e
hidroterapia,
adaptação
de
órteses/próteses, psicologia, reabilitação desportiva e várias especialidades médicas,
totalmente pelo SUS.
Surgiu a motivação para iniciarmos uma pesquisa inédita, em que registraríamos
imediatamente este acontecimento em nosso estado em vários aspectos relevantes. A
capacidade de atendimento futuro será de 1400 pacientes ao dia, inicialmente, nos três
primeiros meses da pesquisa estavam sendo atendidos 72 pacientes dia. em média. O
que nos motivou a realizar a pesquisa logo para registrar os primeiros passos desta
terapia que era desconhecida pela maioria desta clientela envolvida neste contexto da
área de saúde em sua prática clínica.
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PESQUISA COLETA DE DADOS Foram elaborados questionários e realizadas
entrevistas com 50 pessoas do CEIR, entre funcionários, profissionais (médicos,
assistentes sociais , enfermeiras e terapeutas), pacientes e acompanhantes, durante o mês
de julho de 2008. (*transcrição de parte da pesquisa- Pesquisa Quantitativa e
qualitativa)
RESULTADOS:
1 – Tinha conhecimento sobre musicoterapia antes do atendimento no CEIR? Sim48% Não-52%
2 – Tem interesse em saber mais? Sim-98% Não- 2%
Melhor forma de adquirir estas informações: Palestras-37%; E-mails e sites-19%;
Cursos-8%; Vídeos-6%; Contato profissional-17%; Revistas/Jornais-5%;
Folders/Informativos- 8%
3-Acha importante a presença da Musicoterapia neste Centro de Reabilitação
Física em uma equipe multidisciplinar? Sim-100%. Buscou-se saber o porquê através
de entrevistas. Algumas das respostas foram estas:
(1) De profissionais: => “Favorece o desenvolvimento psicossocial e estimula a
cognição do paciente.”; => “Adiciona-se uma melhor evolução para o caso clínico.”; =>
“É de suma importância para o desenvolvimento de habilidades necessárias para o
desenvolvimento e reabilitação psicofísica do paciente.(atenção, concentração); =>
“Porque aumenta o repertório de habilidades, melhora a coordenação motora, além de
proporcionar grande satisfação.” => “Porque a musicoterapia auxilia na reabilitação, no
envolvimento e em ganhos adicionais ao paciente.”
(2) De pacientes e acompanhantes: => “Ajuda muito o paciente e ajuda a melhorar a voz
e se surpreender com ele mesmo.” =>-“Estimula o desenvolvimento psicomotor.” =>
“Claro, já foi comprovado cientificamente que esse tratamento tem beneficiado várias
pessoas com problemas de saúde e de comportamento....” =>“Ajuda na reabilitação
motora.”
(3) De funcionários: =>“A música é algo espetacular, transforma, constrói, ajuda na
nossa árdua caminhada de várias formas.” =>“Pelo ganho que traz esta terapia ao
paciente.” =>“Sinto que os pacientes gostam desta terapia.” =>“Desperta aptidões nos
pacientes.” =>“Contribui muito na reabilitação do paciente; com a musicoterapia ele
sente-se melhor, de bem com a vida.”
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4-Este período inicial de atuação do setor de musicoterapia com atendimentos em
comum de pacientes com sua área de atuação você percebeu algum benefício
recebido pelo paciente que a musicoterapia tenha contribuído? Sim: 74,35%; Não:
25,65% Aqui também buscou-se o porquê através de entrevistas. Algumas respostas:
(1) Pacientes: =>“Ânimo,sou mais feliz.” =>“Estou falando mais alto.” =>-“Porque
aumentou minha autoestima, proporcionando momentos de relaxamento e descontração,
ao mesmo tempo em que tenho a oportunidade fundamental para mim.” => “Legal, pois
nos une a algo bem agradável, quando saímos da sala sentimo-nos leve e cheia de vida.”
=>“Ótimo! Adorei ter neste tratamento, este atendimento.” => “Muito bom, realizado
de forma competente por uma profissional atuante, atenta, observadora e participativa.”
=> “Ela só veio somar e multiplicar, por isso o atendimento está show de bola.” =>
“Uma ótima terapia, pois relaxa mais os pacientes e torna para eles uma convivência
social mais aprazível.” =>“Muito gostoso. A musicoterapia nos deixa bem à vontade.”
=> “Nos dá afinidade com a música e a profissional.” de aprendizagem fazendo-me
sentir ativa e isto é muito bom..
(2) Terapeutas: =>“O paciente ficou mais tranquilo.” => “Relaxamento e
autocontrole.” => “Mudanças no humor”. =>“Melhora na fala, verbalização, melhoria
no comportamento.” => “A motivação maior para vir às terapias.” =>“O paciente está
percebendo e cooperando mais no atendimento.” => “Percebo o interesse dos pacientes
e a conscientização que eles ganham a partir da atividade.” => “Na autoestima.” =>
“Eles chegam ao meu setor contando que cantaram ou que tocaram algum instrumento
com alegria estampadas no rosto.” => “Paciente apresentou-se mais relaxado.” =>
“Pacientes manifestam afeto satisfatório direcionado à profissional, evidenciando bom
vínculo terapêutico.” => -“Porque os pacientes relatam grande interesse pela atividade
.É um momento prazeroso para eles.” => “Pacientes ficam mais desinibidos e alegres.”
(3) Acompanhantes => “É um tratamento muito importante, pois a música é capaz de
estimular e despertar emoções, reações, sensações e sentimentos, e no caso de minha
filha, além dela ser deficiente física, ela é bastante nova, tem apenas 15 anos, tem
tendência para ser depressiva, estressada e até mesmo tensa. A musicoterapia abre
muitos canais.” => “Excelente para crianças e adultos desenvolverem suas
capacidades.“ => “Bom, meu filho gosta e fica ansioso para ter aulas nas terças-feiras.”
=> “Ótimo, a musicoterapeuta é ótima e competente.” => -“Excelente, alegre e
prazeroso com perspectivas de aprendizado real do paciente. Outro aspecto relevante é o
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incentivo da musicoterapeuta, sempre incentivando e levando a paciente a novas e
prazerosas descobertas.” => “É muito bom para desenvolvimento.” => “Acho que ajuda
o paciente a ter um interesse de ouvir e lembrar de sons de uma forma geral.” => “Acho
muito bom, pois esta trabalha a coordenação de meu filho.” => “Bom, pois interage
muito com o paciente, por ele gostar muito de música e alguns instrumentos.”
*Pesquisa e trabalho apresentados no VIII Encontro Nacional de Pesquisa em
Musicoterapia, no Rio de Janeiro, em comemoração dos 40 anos da musicoterapia e do
primeiro Curso de Graduação do Brasil, no Conservatório Brasileiro de Música (RJ).
VIII ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM MUSICOTERAPIA-VIII
JORNADA CIENTÍFICA DE MUSICOTERAPIA DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO – 24 a 27 de setembro de 2008
- Participação das musicoterapeutas Leila Maria Sousa Santos e Nydia Cabral
Coutinho do Rego Monteiro, com a publicação de trabalhos nos anais e
apresentação oral dos mesmos nestes eventos:
- “Musicoterapia e prematuridade em decorrência da gravidez de alto risco.” Leila
Maria Souza Santos.
- “A Trajetória da Musicoterapia em um Centro de Reabilitação Física em
Teresina- Piauí.”- Nydia Cabral Coutinho do Rego Monteiro.
Participação nos cursos durante estes eventos das musicoterapeutas já citadas e da
musicoterapeuta Simone Maria Assunção:
“Modelo Benenzon em Musicoterapia”- Dr. Rolando Benenzon – Argentina
-“Analisando a Música em Musicoterapia, improvisações e composições: uma visão de
métodos quantitativos e qualitativos”- Prof. Dr. Lars Ole Bonde – Dinamarca
-Projeto de Pesquisa desenvolvido em parceria com a UESPI (Universidade Estadual do
Piauí): “Musicoterapia no fortalecimento da comunicação entre os idosos do Abrigo São
José – Parnaíba. Leila Maria Sousa Santos,
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PESQUISAS REALIZADAS DURANTE O ANO DE 2009Em setembro de 2009, a musicoterapia piauiense se fez representar no mais importante
evento científico da área: XIII Simpósio Brasileiro de Musicoterapia, que reuniu
também o XI Fórum Paranaense de Musicoterapia e o IX Encontro Nacional de
Pesquisa em Musicoterapia. Os trabalhos selecionados para os mesmos, todos de
autoria de Nydia do Rego Monteiro, foram resultado do esforço realizado na
Reabilitação Física no CEIR, estudos de pesquisas bibliográficas e científicas mundiais
sobre o cérebro do músico e a História da Musicoterapia no Piauí em vídeo. Foram
eles:
- “Aplicações
da Musicoterapia
em reabilitação física na atualidade”.
Comunicação oral publicada nos Anais;
- “O cérebro do músico como referencial nas práticas musicoterápicas do século
XXI.” Comunicação oral publicada nos Anais;
- “Ampliando fronteiras: musicoterapia no Piauí”- DVD – Vídeo
Nesses eventos estiveram presentes as piauienses Karine Jericó e Nydia do Rego
Monteiro. Aconteceu ainda, pela primeira vez, a participação da Associação de
Musicoterapia do Piauí- AMT-PI em reunião da União Brasileira de MusicoterapiaUBAM. Representaram a AMT-PI as duas piauienses citadas, como Presidente e VicePresidente da entidade.
2010 – PRÁTICA CLÍNICA COMO PESQUISA
Publicação de artigos baseados em nossas pesquisas bibliográficas e de observação
sobre ritmo gânglios basais, paralisia cerebral, música e capoeira no CEIR:
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-“Ritmo impulsionando movimentos e superando barreiras.” Revista Esportiva de
Portugal, p.79 “O Praticante”- 9/03/ 2010;
-“Musicoterapia e praticante esportivo: Ritmo superando barreiras.” Revista Sapiência,
setembro de 2010, -nº 25, -Ano VI. (Informativo Científico da FAPEPI- ISSN 18090915);
No ano de 2010, iniciamos pesquisa em consultório no CEIR e em salas de aula em
educação musical na cidade de Teresina e na zona rural de Davi Caldas (Gameleira,
município de União), em que 88 crianças de 0 a 5 anos estavam envolvidas. Como
atendíamos bebês com desenvolvimento neuropsicomotor- audiomusicoverbal de 0 a 2
anos bastante comprometido no setor de musicoterapia em equipe multidisciplinar e não
tínhamos nenhum protocolo ou escala específica de avaliação de musica ou
musicoterapia do desenvolvimento normal, resolvemos pesquisar e desenvolver um
quadro de 0 a 5 anos;
X Encontro Nacional de Pesquisa em Musicoterapia – X ENPEMT – Pesquisa em
Musicoterapia: especificidades e diálogos com outros campos epistemológicos, de 29 a
31 de outubro de 2010, na cidade de Salvador- Bahia;
Reunião da União Brasileira de Associações de Musicoterapia, com cursos e palestras.
Estiveram presentes membros da diretoria da AMT-PI: Karine Jericó, Nydia do Rego
Monteiro, Olga Marques, Rejane Batista, Simone Assunção e Vanda Queiroz;
Mais uma vez tivemos trabalhos nossos selecionados no X Encontro Nacional de
Pesquisa em Musicoterapia (X ENPEMT) sobre Pesquisa em Musicoterapia:
Especificidades e diálogos com outros campos epistemológicos, de 29 a 31 de outubro
de 2010, na cidade de Salvador- Bahia. Assim surgiu a oportunidade de expormos
oralmente nossos trabalhos clínicos e de pesquisa e discutirmos e aprofundarmos com
nossos pares em nível nacional. Foram aprsentados e discutidos estes trabalhos::
- “Proposta de um Quadro referencial Audiomusicoverbal do desenvolvimento
neuropsicomotor da criança de 0 a 5 anos para a prática musicoterapêutica.”
- “Musicoterapia, a prática clínica vista sob a ótica da Neurociência.”, em que
relatamos nossa experiência clínica com a clientela de autistas, transtornos globais de
desenvolvimento, encaminhados por neuropediatras ao longo de treze anos, e os
resultados positivos explicados pelas últimas pesquisas da neurociência e do cérebro do
músico e do autista.
14
REVISTA BRASILEIRA DE MUSICOTERAPIA – 2011
Em
2011,
pudemos
concluir
a
pesquisa
do
quadro
de
desenvolvimento
audiomusicoverbal da criança de 0 a 5 anos, e ele foi adotado na AACD – Associação
da Criança Deficiente – em São Paulo e unidades de MG, RS, RJ, além, é claro do
CEIR – Centro Integrado de Reabilitação Física, emTeresina- Piauí. Culminando, para
nossa satisfação, com a seleção e publicação do quadro na Revista Brasileira de
Musicoterapia Ano XIII, n11, 2011. ISSN 2175-5957):
- “Quadro do desenvolvimento audiomusicoverbal infantil de zero a cinco anos
para a prática de Educação Musical e Musicoterapia – Nydia Cabral Coutinho do
Rego Monteiro
O que realmente traz retorno ao nosso trabalho é trocar com nossos colegas do Brasil e
de outros países, como Espanha e Canadá, e verificar que o que um dia iniciou como
necessidade de melhorar a nossa prática, hoje pode ajudar outros, em seu dia a dia. Isso
é que realmente importa, porque vai surtir efeito no resultado final, ao atingir o objetivo
com nossas crianças e melhorar a nossa realidade musicoterapêutica. Para isso que deve
servir a pesquisa: melhorar a realidade.
Em novembro de 2011, Eliete Quixaba Ferreira lançou em Teresina seu livro:
-“A Musicoterapia na educação – Dificuldades na aprendizagem.”
Esse trabalho é fruto de sua monografia de 2008, já citada anteriormente. Essa
profissional de nossa área prossegue em sua prática clínica e investigações de pesquisa.
É muito importante a contribuição que a musicoterapia tem dado e pode vir a dar mais
concretamente em futuras turmas de musicoterapeutas que virão a ser formadas pela
Universidade Federal do Piauí. Eliete, com sua linha de trabalho, pesquisa e livro,
delimita bem um campo importante a ser trilhado pela Musicoterapia no Piauí na área
de pesquisa.
PESQUISANDO NO ANO DE 2012
Ainda neste ano em curso algumas pesquisas e projetos estão sendo desenvolvidos, a
maioria deles provocados pela atuação clínicas de nossos profissionais de Teresina, do
estado do Piauí. Algumas delas são estas:
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-Karine Jericó Vieira – Musicoterapeuta do Centro Integrado de Educação Especial –
CIES e AMA – Associação dos Amigos de Autistas – prossegue em suas pesquisas
sobre tema abordado em sua especialização sobre “Autismo, educação e musicoterapia.”
- Leila Maria Sousa Santos – Musicoterapeuta do Centro Integrado de Reabilitação
Física – CEIR, selecionada para o turno da tarde em 2009, tem desenvolvido um projeto
de pesquisa com os pacientes desde o segundo semestre de 2011. Projeto de confecção
de instrumentos, jogos musicais e sonoros no processo de reabilitação. (Culminará em
2012 ccom a I Mostra de Musicoterapia do CEIR e com o livro do projeto em que cada
etapa será relatada.)
-Nydia Cabral Coutinho do Rego Monteiro – Musicoterapeuta do CEIR e coautora
do projeto de especialização em Música – Musicoterapia da UFPI tem realizado estas
pesquisas: “Grupo de bebês em musicoterapia; “Hiperacusia e Fonofobia”; “O cérebro
do músico como referência nos atendimentos em musicoterapia neurológica”
(desenvolvendo desde 2008); “Estimulação auditiva em musicoterapia com bebê com
implante coclear.”
FINALIZANDO
A musicoterapia tem-se mostrado perfeita em contextos multidisciplinares diversos, nas
áreas:
didática,
médica,
psicoterápica,
recreativa,
ecológica,
organizacional,
comunitária. Cada vez mais expande sua prática clínica, na aceitação da sociedade e
com as possibilidades de pesquisas científicas. Não existem limites para a expansão da
musicoterapia no mundo. Aqui em Teresina, ainda não é acessível a muitos. Mas já a
temos oferecido pelo SUS aos poucos que a ela têm acesso. Estamos realizando poucas
pesquisas com esses pacientes assistidos pelo sistema público de saúde, para possibilitar
uma divulgação. Precisamos cada vez mais ampliar as pesquisas, precisamos de mais
pessoas interessadas em pesquisar. Queremos também aumentar o número dos que
consomem essas pesquisas, a fim de ampliar o conhecimento e a compreensão da
musicoterapia. Acreditamos não estar finalizando, e sim iniciando. Precisamos de
orientadores e colaboradores para nossas pesquisas prosseguirem e terem seus espaços e
cumprirem suas funções.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARCELLOS,L.R.M(org). Musicoterapia: Alguns
musicoterapia. Rio de Janeiro: Enelivros, 2004
escritos.
Sobre
pesquisa
em
BRUSCIA, K.E. Definindo Musicoterapia. 2.ed. Rio de Janeiro: Enelivros, 2000.
COSTA, C.M. Desafios da construção de conhecimento em musicoterapia.Rio de Janeiro: V
Jornada Científica de Musicoterapia, AMT-RJ, 2006
COSTA, C.M.,CARDERMAN,C. História da musicoterapia no Rio de Janeiro-1955-2005.
Revista-CD-rom- Rio de Janeiro:AMT,2005
RUUD,E.Caminhos da musicoterapia-tradução Vera Wrobel.-São pulo:Summus,1990.
ZANINI, C.R.; PIAZZETA, C.M.; TRELHA, B.; BORNE,L. ALBUQUERQUE,L.
Musicoterapeutas pesquisadores- Uma atualização de dados e sugestões para futuros
encaminhamentos. Revista Brasileira de Musicoterapia /UBAM- Ano XII, nº 10,(2010)Curitiba-ISSN 2175-5957
i
Capítulo do livro “PAUTAS DE INVESTIGAÇÃO MUSICAL: Um contributo ao estudo do texto
e contexto”. Organizador João Berchmans de Carvalho Sobrinho; autores, Débora Moraes
Gonçalves de Oliveira ... [et. al -Teresina: EDUFPI, 2012. 293 P.- ISBN: 978-85-7463-541-5)
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A Musicoterapia: Estudos, Pesquisas e Atuação Clínica em Teresina