CONGRESO LXV CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA BOTÁNICA XXXIV ERBOT - Encontro Regional de Botânicos MG, BA, ES 18 A 24 DE OUTUBRO DE 2014 - SALVADOR - BAHIA - BRASIL Latinoamericano de Botânica na América Latina: conhecimento, interação e difusão DENSIDADE DE MADEIRA DE ESPÉCIES ARBUSTIVAS-ARBÓREAS EM DIFERENTES COTAS ALTITUDINAIS DA SERRA DE BODOCONGÓ, SEMIÁRIDO BRASILEIRO AUTOR(ES):Camila Santos Albuquerque;Maiara Bezerra Ramos;Gilbevan Ramos de Almeida;Sérgio de Faria Lopes; INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual da Paraíba A Caatinga caracteriza-se pela formação de florestas secas, com vegetação xerófila de porte arbóreo, arbustivo e herbáceo, possuindo uma ampla variação florística e fisionômica e elevada diversidade. Estudos tem demostrado que as comunidades vegetais apresentam-se compostas por espécies que pertencem a grupos funcionais distintos quanto a densidade da madeira (DM). Densidade de madeira pode ser enquadrada em DM pesada (> 0,8 g.cm-3), incluindo grupos com uma madeira mais rígida e pouca capacidade de armazenamento de água, DM leve (< 0,5 g.cm-3) que são acumuladoras de água e densidade intermediária que seus padrões estão entre a densidade de madeira pesada e leve, sendo pouco estudada. A distribuição das espécies vegetais está associada a gradientes ambientais que estão relacionados a disponibilidade de luz, nutrientes, umidade do solo e temperatura, como também os gradientes altitudinais representando mecanismos ecológicos para as espécies vegetais. O objetivo do trabalho foi identificar grupos funcionais relacionados com características da madeira em relação à altitude. O estudo foi feito na serra de Bodocongó, localizada em Caturité- PB. Foram plotadas 45 parcelas de 200 m2 em três altitudes diferentes. Foram selecionadas as espécies com 70% da biomassa da comunidade de cada cota altitudinal. Foi determinada a massa seca e fresca da madeira, bem como sua densidade. Posteriormente as espécies foram classificadas em densidade de madeira leve ou pesada, dentro e entre as cotas altitudinais. Os resultados apontaram que a maioria das espécies apresentaram-se com DM alta, sendo a maioria distribuídas por mais de uma cota altitudinal, mostrando-se resistentes e tolerantes ao déficit hídrico. Alguns estudos afirmam que o comportamento fisiológico de espécies com altas densidades de madeira refere-se a disponibilidade de recurso, tendo relação então com o solo e a altitude encontrada. Apenas Commiphora leptophloeos apresentou DM baixa, o que pode ser explicado pela alta capacidade de armazenar água no caule que a espécie apresenta como resposta adaptativa frente aos longos períodos de estiagem que a região enfrenta, essa espécie se encontrou principalmente na segunda cota altitudinal, onde provavelmente possui um solo mais fértil e com uma mediana profundidade em relação aos demais, se mostrando ideal para essa espécie. Desta forma foi possível visualizar que a vegetação da Caatinga apresenta particulares adaptações para sobreviver ao clima semiárido.