O QUE É FEMINISMO? Movimento social – Prática política Teoria – Pensamento crítico Ação pessoal diante da vida - questionamento Que o feminismo sempre existiu pode se afirmar em diferentes sentidos. No sentido mais amplo do termo, sempre que as mulheres individual e coletivamente questionaram seu destino sobre o patriarcado e tem reivindicado uma vida melhor. A trajetória histórica do feminismo se dá quando as mulheres começaram a articular tanto na teoria como na prática um conjunto de reivindicações e tem se organizado para consegui-las. No período pré-moderno – Renascimento Christine de Pisan escreveu “A cidade das damas (1405) apontando o discurso da inferioridade das mulheres e oferece uma alternativa a sua situação. Guillermine de Bohemia no final do século XIII afirmava que a redenção de Cristo não havia alcançado as mulheres. Criou uma Igreja de mulheres onde iam burguesas e aristocratas. A Ceita foi denunciada pela inquisição no século XIV. França – século XVII – as mulheres protagonizaram o movimento literário conhecido como Preciosismo. As preciosas revitalizaram a língua francesa e impuseram novos estilos amorosos. FEMINISMO MODERNO: O feminismo como corpo coerente de reivindicações e como projeto politico capaz de constituir um sujeito revolucionário coletivo só pode articular-se teoricamente a partir de premissas ilustradas. Premissas que afirmam que todos os homens e mulheres nascem livres e iguais e portanto têm os mesmos direitos. Na revolução Francesa vemos um forte protagonismo das mulheres. Aparição das demandas da igualdade sexual. A convocatória dos Estados Gerais por parte de Luis XVI se constituiu no prólogo da revolução. Os três estados: nobreza-clero e povo se reuniram para redigir suas reivindicações para apresentar ao rei. As mulheres ficaram excluídas e começaram a redigir seus próprios “cahiers de doléance”. Mostraram sua clara consciência do coletivo oprimido e do caráter interestadual de sua opressão. Três meses depois da tomada de Bastilla as mulheres parisienses protagonizaram a crucial marcha até Versalhes. Neste período se formaram clubes de mulheres. Um dos mais importantes e radicais foi o dirigido por Claire Lecombe e Pauline León: a Societé Républicaine Révolutionnaire. Claire Lecombe – Pauline León 1791 – Olimpe de Gouges fez a declaração dos direitos da mulher e da cidadã. Foi condenada a guilhotina. 1792 – A inglesa Mary Wollstonecraft redigiu a celebre reivindicação dos direitos da mulher: caderno de queixas. Depois da Revolução Francesa os clubes de mulheres foram fechados pelos jacobinos em 1793 e em 1794 se proibiu explicitamente a presença de mulheres em qualquer tipo de atividade política. No século XIX o feminismo aparece pela primeira vez como um movimento social de caráter internacional com uma identidade autônoma teórica e organizativa. Ocupou um lugar importante entre os outros movimentos sociais. MOVIMENTO SUFRAGISTA Nos Estados Unidos o movimento sufragista esteve inicialmente muito relacionado com o movimento abolicionista. Muitas mulheres uniram suas forças para combater a escravidão. Em 1848 no estado de Nova York se aprovou a declaração de Seneca Falls, um dos textos fundamentais do sufragismo. MULHERES QUE FIZERAM HISTÓRIA NO MUNDO 1 – Flora Tristán – em seu livro União Operária (1843) dedicou um capítulo para expor a situação das mulheres (feminismo socialista) 2 – Alexandra Kolontai – militante da Revolução Russa de 1917 – Escreveu sobre a moral sexual em 1921. 3 – Clara Zetkin – - socialista Marxista -dirigiu a revista feminina Die Gliechhteit (Igualdad) e chegou a organizar uma Conferência Internacional de Mulheres em 1917. 4 – Emma Goldman – anarquista – dialogava sobre a emancipação feminina. 1920 5 - Rosa Luxemburgo 6 – Simone de Bouavoir escreve em 1949 o livro “O segundo sexo”. 7 – Betty Friedan – contribuiu para a fundação em 1966 de uma das organizações feministas mais poderosas dos Estados Unidos, a Organização Nacional para as mulheres (NOW) “Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres.” Rosa Luxemburgo