www.vivapacaembu.com.br Ago/Set/Out 2012 Ano X - Nº9 Foto: Vera Enderle NESTA EDIÇÃO Candidatos a vereador da capital se encontraram com moradores do Pacaembu e contaram a que vieram. Veja na página 2. A união faz a força. Por isso o Vizinhança Solidária é sucesso nos lugares onde é implantado. Saiba detalhes deste projeto na página 2. Ações que merecem elogios e outras que são alvo de críticas, a vida em nosso bairro. Leia no Balaio de Notícias da página 3. Uma caminhada que faz bem para o corpo e para a alma. Redescubra a vegetação e as praças tão características do Pacaembu, nas fotos das páginas 4 e 5. Quem cresceu no bairro sempre retorna às suas origens: conheça a Ana Luíza que repaginou a casa construída na década de 50, reaproveitando materiais e estruturas. Página 6. Temperos fresquinhos e salada livre de agrotóxicos? É fácil fazer uma horta em casa! Página 6. O Correio de Leitor e a palavra da Cia City que idealizou o Pacaembu estão na página 7. www.vivapacaembu.com.br O novo presidente da Viva Pacaembu Rodrigo Mauro, foto tirada da Casa Guilherme de Almeida. O Desafio é grande e a vontade também A nova diretoria da Associação Viva Pacaembu por São Paulo tomou posse no último dia 1º de agosto. Somos compostos pelos Presidente, VicePresidente, Secretária, Tesoureiro e 6 Coordenadores: de Comunicação, Meio Ambiente, Urbanismo, Eventos, Jurídico e de Representantes de Rua. Cada um tem a função específica do cargo, mas todos, o mesmo objetivo: trabalhar pela manutenção, preservação e união do bairro do Pacaembu. Teremos um grande desafio no triênio 2012-2015, o qual será marcado por mudanças na esfera municipal e grandes eventos que agitarão a rotina do país. Queremos continuar lutando pela existência do nosso querido Pacaembu, com todas as peculiaridades que lhe são características, pois é um coração verde dentro da metrópole e um lugar tão necessário para a qualidade de vida das pessoas. Para isso, pretendemos dar dinâmica nova às reuniões mensais (acontecem toda 1ª segunda- feira de cada mês), trazendo mais moradores para discutir os nossos problemas e conquistas. Queremos ver aqueles “Pacaembuenses” que não são associados juntando-se ao “Time” porque, somente desta forma, conseguiremos um Pacaembu melhor para viver. O nosso site - www.vivapacaembu.com.br – é uma eficiente forma de comunicação com a comunidade, tanto interna como externa ao nosso pedaço. Afinal de contas, somos a “Viva Pacaembu por São Paulo” e devemos nos preocupar não só com o bairro, mas com o seu impacto na cidade como um todo. A vontade é grande. Temos energia para não parar nunca, mas sozinhos não conseguiremos ir a lugar algum. Precisamos da ajuda de cada morador para chegarmos aonde queremos. A Viva Pacaembu precisa de todos nós. Vamos ao trabalho. Rodrigo Mauro Palavra do Presidente Editorial Os candidatos na berlinda A Viva Pac sempre esteve atenta à atuação do poder Legislativo e do poder Executivo. Sabe o quanto a eleição que teremos em outubro afeta a vida de todos os paulistanos e quis criar uma oportunidade para que políticos e eleitores se aproximassem. Por isso, promoveu no último dia 3 de setembro um encontro entre candidatos estreantes de partidos diferentes que aceitaram o convite para expor suas ideias e debater com os pacaembuenses as necessidades da cidade e do bairro. Compareceram: Sr. Cel. Alvaro Batista Camilo, Sr. Andrea Matarazzo, Sra. Luiza Eluf, Sr. Marcelo Sampaio, Sra. Selma Rocha. Todos frisaram que em seus cotidianos – ocupando cargos executivos ou no desempenho de suas atividades profissionais – se depararam com uma barreira que os impedia de concretizar seus objetivos: eram as leis, muitas anacrônicas ou falhas, que precisam urgentemente ser discutidas e reformuladas. Por isso, lançaram-se na disputa à Câmara. Os moradores questionaram a cerca de problemas que repercutem mais diretamente sobre a região: segurança, drogas e o Estádio do Pacaembu. Aliás, este tópico gerou bastante polêmica e evidenciou a preocupação com o destino que se dará ao complexo esportivo. Houve consenso entre todos os candidatos de que a opinião dos moradores do entorno deve ser ouvida e considerada com muito cuidado antes que se decida pelo futuro do Estádio. A finalidade do encontro foi alcançada. Agora, é esperar pelos resultados da urna. Vale lembrar que conhecer os candidatos à vereança para votar com consciência e depois poder cobrar um bom desempenho é um dever de cidadania. Rodrigo Mauro Sr. Cel. Alvaro Batista Camilo, Sr. Andrea Matarazzo, Sra. Luiza Eluf, Sr. Marcelo Sampaio, Sra. Selma Rocha. Vizinhança solidária, o olhar cuidadoso do morador No último mês de junho, começou a ser implantado, no Itaim Bibi, o projeto Vizinhança Solidária, depois de uma reunião entre moradores, comerciantes e representantes da Polícia Militar. Para o comandante geral da PM Roberval França, “O modelo é baseado na seguinte lógica: que a sociedade se sinta dona do seu bairro, que ela possa também passar a ser os olhos da polícia”. Inspirado em um movimento de sucesso que surgiu na Inglaterra, é uma nova proposta da PM para trazer mais segurança à população. Funda-se na parceria entre a comunidade e a polícia e se justifica porque, segundo o coronel Marco Roberto Chaves da Silva (Comando de Policiamento da Capital), “serão 11milhões de pares de olhos que ajudarão a polícia da Capital a monitorar e reduzir a criminalidade. O elemento surpresa será invertido, pois a população irá acionar a PM antes mesmo do delito. O morador de um prédio que observar que uma pessoa está passando várias vezes em frente a um comércio deve ligar para o 190 para que a PM vá verificar”. O programa Vizinhança Solidária já ocorre em outros lugares pelo Brasil a fora, onde tem conseguido reduzir consideravelmente os índices de criminalidade. Ninguém melhor do que aquela pessoa que vive/trabalha naquela região para conhecer a rotina do local e, detectando qualquer caso de anormalidade, deve pedir a intervenção da polícia: “Não é interferir na vida do seu vizinho, mas é participar da segurança pública do bairro”, concluiu. Fonte: http://radiopreventiva.blogspot.com.br/2012/06/ vizinhanca-solidaria.html O capitão Takeshi (23º Batalhão da PM, na Rua Itapicuru) acredita bastante neste projeto e os moradores do Pacaembu que se interessarem em tê-lo na sua rua devem se mobilizar por meio das reuniões do CONSEG (Conselho Comunitário de Segurança). Estes encontros acontecem todas as terceiras 3ª feiras de cada mês para a área Pacaembu-Perdizes e todas as quartas 3ª feiras para o lado Pacaembu-Higienópolis. http://www2.policiacivil.sp.gov.br/x2016/modules/news/ article.php?storyid=2986 Cláudia Sodré PÁG. 2 Agosto/Setembro/Outubro 2012 Balaio de Notícias O perigo ronda nossas esquinas Sub Lapa de cara nova As nossas ruas sinuosas foram invadidas por motoristas que fogem do congestionamento dos principais corredores de trânsito do bairro. Além das vias não comportarem tal volume de veículos, os cruzamentos não oferecem boa visibilidade. Muitos motoristas desconhecem quais são as preferenciais, circulam com velocidade excessiva e se precipitam enquanto avançam em seu trajeto. Resultado: perigo para os pedestres, freadas bruscas e acidentes. Exemplos: Rua Monsenhor Alberto Pequeno, Ilhéus X D.Balduina, Gustavo Teixeira X Praça Sílvio de Almeida. É vital que as autoridades escutem os moradores e, juntos, busquem uma solução para esse caos que vem se instalando no Pacaembu. Gostaríamos de dar boas- vindas ao novo Subprefeito da Lapa, o Sr. Ailton Araujo Brandão. Ele tem 55 anos e é Coronel da Reserva da Polícia Militar. Sabemos que terá grandes desafios à frente, como por exemplo, dar andamento ao bom trabalho realizado pelos seus antecessores no cuidado com as nossas praças. Pizzaria Benetti (R. Minas Gerais, 112), Inconfidência (R.Minas Gerais, 316)? Se a lei não permite, como estão aí? O nosso novo site é um sucesso de audiência No dia 1º de Agosto o nosso novo site entrou no ar e o portal já é um sucesso de audiência. Sr. Ailton Brandão, novo subprefeito da Acesse www.vivapacaembu.com.br e Lapa navegue pela História do bairro, leia as nossas últimas Notícias, informe-se sobre as próximas Reuniões e descubra Rua Minas Gerais... “É campeã!!?...” algumas Dicas Úteis. Além disso, Às vezes quer nos parecer que a Rua aproveite e explore o Espaço do Minas Gerais disputa um campeonato Morador e nos mande suas críticas e de irregularidades no bairro tombado sugestões. Um cruzamento perigoso da R. Gustavo do Pacaembu. A ser assim, está prestes Teixeira a vencer a disputa, tal a quantidade de usos não conformes na via, pois a Lei 1885, no seu Livro IX – Plano Diretor Até que enfim, silenciaram o tamborim Estratégico da Subprefeitura da Sé – é Finalmente o merecido descanso aos muito clara quando no art. 24, diz: “... sábados sem as fanfarras tocando sem ficam enquadrados em ZCLz-II, os parar!!!! Obrigada, Delegado Dr. seguintes trechos de logradouros: ... Marco Aurélio Batista pelo empenho h- Rua Minas Gerais em toda sua no caso; parte do problema foi sanado. extensão” Não podemos deixar que a Praça Ora, se ela é uma ZCLz-II, onde Charles Miller se fixe como ponto de só são permitidos alguns tipos de encontro de baderneiros, principalmente Marque este site como favorito serviços específicos, como explicar o durante a noite, com música alta funcionamento dos restaurantes: Sal provinda dos carros e rachas, como Gastronomia (R. Minas Gerais, 350), Iênidis Benfati acontece às terças e quintas- feiras. www.vivapacaembu.com.br PÁG. 3 Um oásis na capital paulista Desde tempos remotos, as praças públicas sempre estiveram associadas a momentos agradáveis de celebração, convivência e lazer da comunidade. Nas grandes metrópoles - e na cidade de São Paulo em particular - essas praças além de escassas reduziram-se, em sua maioria, a meros espaços verdes. Entendemos que a arborização e o ajardinamento são essenciais tanto para o embelezamento e harmonização do espaço urbano, quanto pelas funções biológico-climáticas que desempenham. Praça das Orquídeas Nas grandes metrópoles - e na cidade de São Paulo em particular - essas praças além de escassas reduziramse, em sua maioria, a meros espaços verdes. O bairro do Pacaembu preserva seus jardins públicos, destacando-se por isso como um oásis na aridez da cidade. Isto, apesar da ação deletéria de pessoas com pouca consciência cívica que neles jogam entulho. Acrescente-se a isso, os resíduos deixados pelos moradores de rua. Praça Ricardo Ramos Praça Márcia Aliberti Mammana Praça Wendell Wilkie PÁG. 4 Agosto/Setembro/Outubro 2012 Praça Casa da Colina Praça Ana Maria Poppovic Entretanto, apenas a limpeza não é suficiente. As encostas e outras áreas inadequadas para o convívio social mereceriam um projeto paisagístico mais elaborado de forma que o bairro pudesse efetivamente fazer jus ao conceito de bairrojardim. Além disso, a ausência de equipamentos e ser viços adequados às necessidades dos moradores do entorno contribui para que esses locais permaneçam subutilizados e vulneráveis à degradação. Praça Barry Parker Constatamos que os espaços mais bem conser vados são aqueles efetivamente usufruídos pelos cidadãos. Vigilantes, os vizinhos atuam em colaboração com as e n t i d a d e s l o c a i s e ó r g ã o s p ú b l i c o s, contribuindo com ideias criativas ou solicitando a solução de problemas pontuais. Você pode participar desse esforço contatando a Viva Pacaembu ou a Administração Regional responsável, que em nosso bairro pode ser a Subprefeitura da Lapa ou da Sé. Rosiclé Ruben de Hollaender Praça Gregório Barrios www.vivapacaembu.com.br Fotos: Vera Enderle PÁG. 5 Carta do Leitor Recebemos carta da Sra. Maria do Socorro Nepomuceno a qual assumiu no começo deste ano a diretoria da EMEF Tenente José Maria Pinto Duarte, assunto de nosso número anterior. Eis, abaixo, alguns trechos: Queremos registrar nossa indignação com a matéria publicada pelo VIVA PACAEMBU, por serem inverídicas as informações relatadas... ... porque os alunos e os pais são constantemente orientados e informados sobre os horários de entrada e saída e os riscos existentes nos arredores da escola, uma vez que não contamos com um vigia ou um agente da Guarda Civil Metropolitana para deter as raras situações em que isto acontece. Os portões trancados e os muros existem, de fato, mas apenas e simplesmente para a segurança dos alunos que aqui estudam. A avenida realmente perigosa e intensamente movimentada existente é a Sumaré, local impossível de se ficar e, principalmente, de jogar bola. ... porque o jornal, ao acusar a escola de não formar cidadãos, mostra que desconhece os projetos e parcerias existentes na escola aprovados pelo Conselho de Escola composto por alunos, funcionários e pais, entre eles a parceria com a ABCD NOSSA CASA, PROJETO ESPECIAL DE AÇÃO, Sala de Apoio à Inclusão, Projeto de Recuperação Paralela, Associação de Pais e Mestres, o próprio Conselho de Escola, entre outros. Todos voltados para a convivência, formação, aprendizagem e participação escolar... Nossa escola está aberta à comunidade e sempre esteve. Prova disso está no questionário realizado no início deste ano onde consta um alto grau de afinidade e confiança de mais de 90% dos pais dos alunos aqui matriculados. Um grupo de pais, indignados e inconformados com as informações distorcidas e negligentes da publicação do referido jornal, procuraram a direção da escola para prestarem apoio e solidariedade. NOTA DA REDAÇÃO: Ressaltamos que os acontecimentos apontados não se restringem só a este ano e que a conduta dos alunos pelo entorno da escola ainda chama a atenção. Cabe também frisar que o foco da matéria publicada foi o não recebimento de moradores da região pela escola e a segurança dos alunos que circulam pelas ruas em meio aos veículos. A Viva Pacaembu foi, enfim, convidada pela atual Diretora para uma reunião em que foram tratados os temas da reportagem e entregue a resposta acima. A Escola abriu seus portões. Esperamos que disso resulte uma saudável parceria. Nosso vizinho A jovem Ana Luíza volta para o bairro Ana Luíza de Almeida Prado Sawaia voltou para cá há pouco mais de um ano. Foi criada na casa onde conviviam quatro gerações. Com a bisavó, aprendeu as tradições familiares; com a avó, passeava pelo bairro em direção à feira na frente do estádio para comprar roupinhas de boneca, enquanto apurava seu senso estético, observando a paisagem. Por isso, fo i q u a s e i m e d i at a a o p ç ã o p e l a arquitetura. Quase, porque havia dúvidas, já que cresceu respirando música e cedo aprendeu a tocar piano - seu pai era compositor, professor de música e aquarelista; sua mãe, pianista; a irmã tornou-se violinista. Quando se casou, morou num apartamento. Logo os filhos chegaram e o casal decidiu mudar para um espaço maior. Na busca pelo apartamento novo, Ana Luíza se deparou com uma casa no Pacaembu, construída nos anos 50 que era o ideal: estariam perto do trabalho, dos familiares, com acesso rápido a qualquer canto e cercados de verde. A arquiteta percebeu o potencial do imóvel e foi à luta. Procurou as plantas originais na Prefeitura e recuperou a estrutura; abriu alguns espaços internos para dar mais claridade e restaurou ferragens, portas, e tudo o que foi possível. Substituiu o cimentado por um jardim que combinou com as árvores frondosas que lá havia. O lema foi: respeitar, reciclar e produzir pouco entulho. Um pouco de cor aqui, uma boa ideia ali e a casa, repaginada, ganhou inclusive as páginas de revista. - O uso da sala de jantar mudou; hoje, é usada por todos. Também, o espaço é multiuso, pois parte do trabalho pode ser feita em casa. Agora, a cozinha é um grande centro de encontro, de convivência, de aproximação e acaba virando uma outra sala; até os amigos gostam de participar da preparação da comida...” PÁG. 6 Logo na entrada fica o piano - presente surpresa do marido – comprado da D. Paulita: essa vizinha e a mãe de Ana passavam tardes tocando a quatro mãos, um instrumento em frente ao outro, sob o olhar das filhas. Ela comenta que “o estádio é uma aula de arquitetura, pois foi aproveitado o relevo para assentar as arquibancadas. Veja o contraste com o Anhangabaú onde, no fundo do vale, foi construído um túnel, um absurdo!” A visão da profissional se mescla com as lembranças da infância e reforçam a vontade de criar os filhos no Pacaembu. Sejam bem vindos. Cláudia Sodré Agosto/Setembro/Outubro 2012 Que tal uma horta em casa? É mais fácil do que se imagina! Com um pequeno espaço ou em vasos, ela ficará vistosa e você poderá colher hortaliças fresquinhas, sem agrotóxicos e, o melhor, sem sair de casa. Além, é claro, do prazer de mexer com a terra e se livrar do estresse diário. Vale lembrar que algumas hortaliças com coloração verde-escuro são ricas em vitaminas A, C, complexo B, cálcio e ferro. Tanto para os canteiros como para vasos, o material necessário é: pá, enxada, sacho (uma enxada menor), ancinho, estacas, barbante, regador e terra adubada. Para a horta domiciliar, a sementeira pode ser num vaso grande ou uma área pequena, 1m x 2m e 10cm de altura. Se a horta for feita diretamente no solo, observar que seja distante de esgotos e que o local receba sol diretamente por pelo menos 4 horas/dia. É conveniente cercar a plantação para evitar a entrada de animais; no caso de vasos, o melhor é ficarem suspensos (são decorativos!). Ao escolher hortaliças é bom saber quais são as companheiras, isto é, que se desenvolvem melhor se plantadas em conjunto: alface e a beterraba ou alface e feijão-de-vagem. Porém, existem plantas que, se plantadas em conjunto, prejudicam o crescimento como: alface e salsa, ervilha e cebolinha. A época ideal de plantio de cada vegetal e a orientação específica para que a sua horta seja um sucesso está bastante detalhada em nosso site. Visite-o: www.vivapacaembu.com.br Maria Amélia Perrone Espaço Cia City O Pacaembu há 100 Anos Um mergulho na história do bairro, através do resgate de notícias do começo d o s é c u l o p a s s a d o, m o s t r a f a t o s interessantes que permanecem atuais quase um século depois. O Pacaembu foi lançado em 1925, mas desde 1913 a Cia. City vinha anunciando este novo jeito de se m o r a r, e m u m b a i r ro p l a n e j a d o, arborizado, que proveria conforto e benfeitorias indispensáveis à vida do morador. Uma curiosidade anterior ao lançamento: em 07 de Janeiro de 1913, a City abriu à população de São Paulo a possibilidade de sugerir nomes para as novas ruas e avenidas a serem criadas no bairro. O concurso premiaria os cidadãos Paulistanos cujas propostas fossem escolhidas com 1 conto de réis - equivale a R$30.000,00 hoje. Percebe-se, assim, que o Pacaembu é, desde as suas origens, um bairro com grande participação e envolvimento afetivo de seus moradores. Após o lançamento oficial, em 1925, uma série de anúncios foram publicados no O Estado de S. Paulo, informando a vantagem de se viver no novo bairro City. Em 9 de Novembro de 1930, por exemplo, O Estado anunciava a inauguração da novíssima “Illuminação Publica” (sic) nas ruas do Pacaembu que, junto ao “Arruamento Perfeito, Leis de Urbanismo, Accesso Facilimo, Linhas de Bond e Omnibus, Agua e Esgotos, Luz www.vivapacaembu.com.br Electrica e Gaz” (sic), fazia do lugar uma oportunidade única para se viver bem. Também no O Estado de S. Paulo em 19 de Dezembro de 1937, há na carta aberta publicada de António Vicente de Azevedo, ex-vereador morador do bairro, um exemplo característico do zelo praticado pela comunidade residente no Pacaembu. Intitulada “O Problema do Ruido”, nela discorre sobre a necessidade do controle na emissão dos ruídos e de como isso é importante para o progresso e desenvolvimento da cidade. “De uns dias para cá, tem-se verificado um abuso inqualificável. No Bairro do Pacaembu, onde as ruas vêm de ser asfaltadas, tem Anúncio publicado pela Cia. City no O Estado de S. havido corridas de motocycletas Paulo em 09 de Novembro de 1930 com escapamento, produzindo ruído insuportável, como o de finalmente, sugere “...uma campanha metralhadoras (...) Num bairro educativa do povo, no sentido de residencial, deve ser prohybida esta reprimir os ruídos inúteis, não será prática e a policia proteger a somente um motivo de benemerência, população pela sua acção enérgica e será, mais bem, uma defesa efectiva eficaz” (sic), diz o Ver. Azevedo. do bem estar, do socego e da Preocupado em proteger o bem-estar da tranquilidade da população comunidade, acrescenta “... se não forem paulistana” (sic). Palavras proferidas há 75 tomadas medidas prophylacticas, anos, mas ainda muito atuais! São Paulo irá se tornando menos agradável para a residência” e, José Bicudo – presidente Cia. City PÁG. 7 TELEFONES ÚTEIS CET 1188 Bombeiro 193 PM Emergência 190 Defesa Civil 199 Prefeitura SAC 156 GCM 153 23º Distrito Ilume 3864 6712 0800 722 0156 Ouvidoria Prefeitura 0800 17 5717 SAC: www.prefeitura.sp.gov.br REUNIÕES VIVAPAC - 2012 1 de outubro 5 de novembro 3 de dezembro Sala de Imprensa, Estádio do Pacaembu , Portão 23 - Rua Capivari, às 20 hora s Sua participação é importante para a melhoria do nosso bairro! Email Lapa : [email protected] Email Sé: [email protected] [email protected] EXPEDIENTE • Boletim Informativo Viva Pacaembu Por São Paulo •Conselho editorial Rodrigo Mauro, Iênidis Benfati, Cláudia Sodré, Sérgio Livovschi, Maria Amélia Perrone,Vera Enderle, Rosiclé R. Hollaender, Pedro Py •Colaboraram nessa edição Rodrigo Mauro, Iênidis Benfati, Cláudia Sodré, Sérgio Livovschi, Maria Amélia Perrone,Vera Enderle, Rosiclé R. Hollaender, Milena Issler, Miriam Rezende • Projeto Gráfico Juan José Balzi e Milena Issler • Jornalista Responsável Silvio Henrique Barbosa (MTB 19258) Não se esqueça! O papel do boletim e o plástico da embalag em são recicláveis. Seja responsável, após a leitura encaminhe pa ra reciclagem! • Diagramação Milena Issler • Fotografia Miriam Rezende Fotografia e Vera Enderle • Tiragem 2800 exemplares • Gráfica Activa. Fone – 3255-6718 PÁG. 12 O CONTEÚDO DAS MATÉRIAS ASSINADAS É DE RE SPONSABILIDADE DOS AUTORES. Cartas à redação: vivapacaembu@vivap acaembu.com.br Agosto/Setembro/Outubro 2012