Correlação entre células sanguíneas e celularidade de escarro na tuberculose pulmonar: estudo comparativo entre indivíduos positivos e negativos ao HIV. Paula Luz Stocco – PIBIC - CNPq Orientadora: Profa. Dra. Rosemeri Maurici da Silva. Colaboradores: Profa. Dra. Maria Luiza Bazzo - UFSC Introdução Tuberculose = reação inflamatória não específica > reação granulomatosa. Imunossuprimidos = não ocorre formação de granuloma. As alterações que ocorrem no sangue periférico de indivíduos com tuberculose não são bem descritas, tampouco sua relação com as alterações celulares que ocorrem nas secreções do aparelho respiratório. Metodologia Estudo transversal – Hospital Nereu Ramos – Florianópolis. Pacientes acima de 14 anos admitidos com tuberculose pulmonar. Exclusão: comorbidade respiratória – recusa – sem expectoração espontânea. Hemograma – Celularidade total e diferencial no escarro. Metodologia Correlação entre células sanguíneas e do escarro = Coeficiente de Correlação de Pearson. Nível de significância de 95%. Projeto de pesquisa aprovado pelo CEP Unisul (09.572.4.01.III) Resultados 40 indivíduos. 31 (77,5%) homens (10 HIV+). 9 (22,5%) mulheres (6 HIV+). Média de idade 40,5 anos (DP±11,7). 24 (60%) HIV negativos. 16 (40%) HIV positivos. Sangue Leucócitos Totais Eosinófilos Escarro Neutrófilos Neutrófilos Macrófagos Células Totais Correlação (Independente do status sorológico) p < 0,05 Sangue Leucócitos Totais Escarro Macrófagos Correlação (Independente do status sorológico) p < 0,05 Sangue Leucócitos Totais Eosinófilos Escarro Neutrófilos Neutrófilos Macrófagos Células Totais Correlação (HIV Positivos) p < 0,05 Sangue Neutrófilos Escarro Macrófagos Células Totais Correlação (HIV Positivos) p < 0,05 Conclusões As correlações encontradas entre as células sanguíneas e as células responsáveis pela resposta imune local, tanto negativas quanto positivas, apontam para um estado dinâmico de resposta imune, onde alterações sistêmicas refletem comportamentos locais diversos. O aumento dos neutrófilos no sangue periférico parece diminuir os níveis de macrófagos e células totais no escarro de indivíduos HIV positivos, o que tornaria a resposta ao bacilo menos efetiva. Já o aumento de leucócitos totais e eosinófilos parece aumentar os níveis de neutrófilos, macrófagos e células totais no escarro, tornando a resposta mais efetiva. Estudos adicionais com amostras maiores devem ser conduzidos para confirmar ou não esta hipótese.